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Julho a Setembro de 2010
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Medicina estética e auto-estima
A
Organização Mundial de
Saúde define saúde não
apenas como a ausência de
doenças, mas como bem-estar físico,
psicológico e social. Portanto, a
estética está inserida nesta definição
como importante ferramenta para o
resgate da auto-estima e
autoconfiança, essenciais à saúde do
indivíduo.
O uso de artifícios para melhorar a
auto-imagem vem desde a
antiguidade. No Egito antigo, já se
utilizavam pigmentos extraídos de
plantas como maquiagem. Há
evidências da presença de kohl (um
pó escuro formado da mistura de
malaquita com carvão e cinzas que
era usado para realçar os olhos) nas
tumbas de Menes, faraó egípcio por
volta de 3000 a.C. Na Grécia antiga,
as mulheres já utilizavam gordura
misturada com tinta vermelha como
blush. Até mesmo a Cirurgia Plástica
remonta à antiguidade, havendo
papiros egípcios que relatam o
tratamento de fraturas nasais datando
de 3000 a 2500 a.C.
Hoje, as exigências da sociedade
aumentaram em muito a procura
pelos tratamentos estéticos. Cada vez
mais homens e mulheres buscam
alterar características físicas que
lhes incomodam.
No entanto, é importante salientar
que a busca pela perfeição está
criando padrões inalcançáveis.
Pessoas cada vez mais jovens vão aos
consultórios em busca de soluções
para problemas muitas vezes
inexistentes. O número de casos de
transtornos alimentares é crescente.
Muitas pessoas procuram tratamentos
estéticos como solução para todos os
seus problemas.
Dra. Sabrina Maranhão *
“Muitas pessoas procuram
tratamentos estéticos
como solução para todos os
seus problemas. O papel do
profissional de estética é
buscar equilibrar os
desejos do paciente e os
resultados reais passíveis
de serem alcançados.”
A Medicina Estética vem
trabalhando constantemente no
sentido de desenvolver novos
tratamentos, que aliem eficácia e
segurança para auxiliar os
pacientes a obterem resultados
mais próximos do desejado. A cada
dia, são lançadas novas técnicas e
novos aparelhos que visam tornar
os tratamentos menos invasivos e
mais eficazes.
(*) Dra. Sabrina Maranhão é Dermatologista (Pós-Graduanda). Telefone: (85) 8726-0818.
DIVULGAÇÃO PAGUE MENOS
O papel do profissional de estética
é buscar equilibrar os desejos do
paciente e os resultados reais passíveis
de serem alcançados. A ele cabe
estabelecer o limite entre a procura
saudável do belo e os exageros
cometidos em nome da perfeição.
Os avanços da estética podem e
devem ser aproveitados em toda a
sua extensão. O uso de novas
tecnologias, como a radiofrequência
e os diversos tipos de "laser", vem
tornando os tratamentos mais
simples, menos agressivos e mais
eficientes. Os efeitos colaterais são
cada vez menores, enquanto o
resultado se torna progressivamente
melhor. Mesmo tratamentos já
consagrados vêm encontrando novos
usos. Um exemplo disso é o uso da
toxina botulínica no
rejuvenescimento das regiões do
pescoço e colo, áreas antigamente
consideradas de difícil
tratamento.
Se antes tínhamos que nos
conformar com os efeitos da idade e,
nas últimas décadas, passamos a
lutar para corrigir essas alterações,
hoje devemos fazer um trabalho
preventivo. A mulher atual já sabe o
que prejudica sua pele, o que causa
o envelhecimento precoce, e se
protege disso. O uso de protetor
solar é prática comum no dia-a-dia,
estando inclusive presente em muitos
cosméticos. O tabagismo, importante
inimigo da saúde, inclusive a da
pele, diminui a cada dia.
A função da Medicina Estética
hoje, portanto, não é apenas tratar
danos já existentes, mas também
orientar e atuar na prevenção desses
danos, visando complementar a
saúde do indivíduo.