19.04.2013 Views

Tavares literatura de horror.pdf - Departamento de Difusão Cultural ...

Tavares literatura de horror.pdf - Departamento de Difusão Cultural ...

Tavares literatura de horror.pdf - Departamento de Difusão Cultural ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A Literatura <strong>de</strong> Horror e o Doppelgängerscheu (Temor Ao Duplo) 1<br />

Mal-estar na Cultura / Abril-Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

Promoção: <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Difusão</strong> <strong>Cultural</strong> - PROREXT-UFRGS<br />

Pós Graduação em Filosofia - IFCH – UFRGS<br />

www.malestarnacultura.ufrgs.br<br />

Pedro Heliodoro <strong>de</strong> Moraes Branco <strong>Tavares</strong> 2<br />

“(...)Vio su sombra tendida y quieta<br />

en el blanco diván <strong>de</strong> seda.<br />

Y el joven rígido, geométrico,<br />

com un hacha rompió el espejo.<br />

Al romperlo, un gran chorro <strong>de</strong> sombra<br />

inundó la quimérica alcoba”<br />

Fe<strong>de</strong>rico García Lorca – (Suicídio)<br />

Estabelecer paralelos entre a Arte e a Psicanálise nos faz trilhar caminhos tortuosos.<br />

Fato é, que a psicanálise se coloca como uma forma <strong>de</strong> saber/fazer singular, “não se<br />

situando (epistemologicamente) em continuida<strong>de</strong> com saber algum, apesar <strong>de</strong><br />

arqueologicamente estar ligada a todo um conjunto <strong>de</strong> saberes sobre o homem”<br />

(GARCIA-ROZA, 1998), o que não nos livra das tentações <strong>de</strong> aproximá-la das <strong>de</strong>mais<br />

formas, buscando, sobretudo como Lacan, aprimorar o entendimento e a prática <strong>de</strong>sta.<br />

A Psicanálise se estrutura como um campo <strong>de</strong> saber que não é da or<strong>de</strong>m da Religião,<br />

mas segue seus próprios “dogmas”; não é da or<strong>de</strong>m da Filosofia, mas se propõe à<br />

uma crítica <strong>de</strong> seus próprios dogmas, é dogmático-crítica como <strong>de</strong>finiria Freud<br />

(FREUD, 1919). Não é da or<strong>de</strong>m da Ciência, apesar <strong>de</strong> um compromisso com uma<br />

verda<strong>de</strong>, a verda<strong>de</strong> do sujeito. Também não é a psicanálise uma categoria artística<br />

apesar <strong>de</strong> ser “um fazer criador que engendra realida<strong>de</strong>s, ou sentimentos <strong>de</strong><br />

realida<strong>de</strong>” e é à noção <strong>de</strong> “engendrar“ que virei a me remeter adiante.(KON, 1996) É a<br />

criação <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> fato notório, sobretudo na beletrística. Nesse espaço entre<br />

1 Publicado originalmente em Acheronta - Revista <strong>de</strong> Psicoanalisis y Cultura no. 16 ISSN 0329-<br />

9147 Dezembro <strong>de</strong> 2002, Psicomundo: Buenos Aires. Acheronta, Buenos Aires, v. 16, 2002.<br />

2 Psicanalista – Psicólogo [CRP 12/04085], Doutor em Psicanálise e Psicopatologia –<br />

Université Paris VII – Denis Di<strong>de</strong>rot, Doutor em Teoria Literária – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Santa Catarina (pedrohmbt@hotmail.com).<br />

1


Ciência e Arte, Lacan propõe, em se tratando da temática, a preocupação com um “...<br />

terceiro que não está ainda classificado, que se apoia na Ciência por um lado e se<br />

inspira na Arte por outro ” (LACAN, 1974)<br />

Po<strong>de</strong>-se dizer, portanto, que as relações frutíferas que po<strong>de</strong>m ser estabelecidas entre<br />

a Psicanálise e outros campos do saber seriam da or<strong>de</strong>m da polifonia (clave<br />

intertextual), on<strong>de</strong> nos interessam as “consonâncias” existentes entre estes em prol da<br />

teoria e clínica psicanalítica. No tocante à Arte e mais exatamente a <strong>literatura</strong> <strong>de</strong><br />

ficção, essas consonâncias nos remetem a um aficcionado por <strong>literatura</strong> que citava<br />

longos extratos <strong>de</strong> Goethe ao longo <strong>de</strong> sua obra. Era ele seu herói particular, e a ele,<br />

Freud, foi conferido um prêmio com o nome do poeta. Mérito conferido ao talento<br />

literário manifesto em sua ensaística. Freud atribui ao “Ensaio sobre a Natureza” que<br />

hoje sabemos não ser <strong>de</strong> Goethe, sua opção pelos estudos médicos (FREUD, 1924-<br />

25).<br />

Em se tratando <strong>de</strong> artistas da pena, além <strong>de</strong> Goethe, torna-se curioso e digno <strong>de</strong><br />

investigação o temor ao duplo (Doppelgängerscheu) expresso por Freud em carta a<br />

Arthur Schnitzler, escritor e dramaturgo, seu contemporâneo (In KON, 1996). Por que<br />

duplo? Bom, não eram poucas as semelhanças entre o autor da Traum<strong>de</strong>utung e o da<br />

Traumnovelle; (1) com seis anos <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> Schnitzler era ju<strong>de</strong>u, vienense,<br />

médico, e controvertido escritor (KON, 1996). Na carta, Freud afirma seu espanto ao<br />

perceber na prosa <strong>de</strong> Schnitzler, que este trata <strong>de</strong> modo intuitivo aquilo que ele<br />

mesmo percebe: “...sob a superfície poética, as mesmas suposições antecipadas, os<br />

interesses e conclusões que reconheço como meus próprios.” Ele continua dizendo<br />

tocar-lhe com uma “familiarida<strong>de</strong> estranha” (unheimlichen Vertrautheit) “sua profunda<br />

apreensão das verda<strong>de</strong>s do inconsciente, da natureza pulsional do homem, a ruptura<br />

das certezas convencionais-culturais, o apego <strong>de</strong> seus pensamentos sobre a<br />

polarida<strong>de</strong> do viver e morrer...” (In KON, 1996).<br />

Mas <strong>de</strong> que Duplo po<strong>de</strong> ele estar falando? Bom, o <strong>de</strong> que falo é o Duplo trazido em<br />

“Das Unheimliche” artigo para qual esse trabalho converge. “O duplo originalmente era<br />

uma garantia contra a queda/ocaso (Untergang) do Eu, um enérgico <strong>de</strong>smentimento<br />

do po<strong>de</strong>r da morte” (FREUD, 1919a) Isso, ressalta Freud, é o que se dá originalmente<br />

Mal-estar na Cultura / Abril-Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

Promoção: <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Difusão</strong> <strong>Cultural</strong> - PROREXT-UFRGS<br />

Pós Graduação em Filosofia - IFCH – UFRGS<br />

www.malestarnacultura.ufrgs.br<br />

2


mas, superado o narcisismo primário, este outro volta-se contra o sujeito <strong>de</strong> forma<br />

assustadora.<br />

Chegamos aqui a um ponto on<strong>de</strong> não avançaríamos sem mencionar o advento do eu<br />

(je) em vista do estádio do espelho. Ora é no espelho justamente que temos a<br />

entificação do duplo, não seria ao acaso que Freud o cita em sua experiência na<br />

cabina do trem.(FREUD, 1919a). O espelho é o fornecedor da imago fundamental do<br />

eu. Lacan <strong>de</strong>fine este estadio como um “drama cujo impulso interno precipita-se da<br />

insuficiência para a antecipação – e que fabrica para o sujeito, apanhado no engodo<br />

da i<strong>de</strong>ntificação espacial, os fantasmas que se suce<strong>de</strong>m <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma imagem<br />

<strong>de</strong>spedaçada do corpo até uma forma que chamaremos <strong>de</strong> ortopédica”. (LACAN,<br />

1966)<br />

Na ânsia <strong>de</strong> estruturar sua personagem há algo que resta do sujeito, algo que retorna<br />

engendrado como um estranho, porém é justamente esse “estranho”, que <strong>de</strong>termina<br />

seu ser e fazer.<br />

Vê-se que o duplo, cuja primeira aparição se faz na idéia <strong>de</strong> alma (FREUD, 1919a) é<br />

algo do sujeito que se volta contra ele como horrendo que vem nos assombrar.<br />

Po<strong>de</strong>ríamos dizer que a alma, o duplo tão heimlich (familiar, doméstico, natal, pátrio),<br />

torna-se o fantasma, a assombração, algo umheimlich (inquietante, sinistro, lúgubre,<br />

medonho, numinoso) (IRMEN, 1968).<br />

Cabe ai ressaltar que o processo i<strong>de</strong>ntificatório passa, primariamente, pelo Eu i<strong>de</strong>al<br />

(fruto do narcisismo) e, secundariamente, pelo I<strong>de</strong>al do Eu (ligado as figuras parentais,<br />

no que aqui nos toca, principalmente ao pai). (ROUDINESCO & PLON, 1998). O duplo<br />

não po<strong>de</strong> estar isento <strong>de</strong>stas duas instâncias. Em se tratando das personagens <strong>de</strong><br />

<strong>literatura</strong>, vemos isto no tão citado Hamlet, no fantasma <strong>de</strong> seu pai. Ali estão<br />

magistralmente fundidas, a imago paterna e a própria imagem do príncipe<br />

dinamarquês nesta assombração que retorna após a morte (SHAKESPEARE, 1937).<br />

É certo que o fantasma aí não assusta, mas atormenta.<br />

Num artigo que trata da temática das personagens psicopáticas Freud traz que “...os<br />

heróis são rebel<strong>de</strong>s que se voltaram contra um Deus.” (FREUD, 1942) Deus que, em<br />

Mal-estar na Cultura / Abril-Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

Promoção: <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Difusão</strong> <strong>Cultural</strong> - PROREXT-UFRGS<br />

Pós Graduação em Filosofia - IFCH – UFRGS<br />

www.malestarnacultura.ufrgs.br<br />

3


Freud <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Totem e Tabu é o Pai que matamos (FREUD, 1913). Um engendramento<br />

<strong>de</strong> uma personagem, esse Deus, por que não dizer? Confortante isso? Talvez num<br />

primeiro momento, mas não esqueçamos que “Deus e o Demônio eram originalmente<br />

idênticos, uma única Gestalt - uma figura posteriormente <strong>de</strong>composta em duas com<br />

características opostas” (FREUD, 1923). O <strong>de</strong>mônio, pai das figuras <strong>de</strong> <strong>horror</strong>, é o<br />

anjo caído (que cayó bajo la repression), pois o unheimlich do duplo é o <strong>horror</strong>, o<br />

estranhamento ao familiar que foi recalcado.(HARARI, 1998) .Na palavra Unbewußt,<br />

Lacan vê o prefixo <strong>de</strong> negação un_ como a entificação do reprimido, é o que marca a<br />

cisão (LACAN, 1974a).<br />

Sabemos que na neurose, criam-se, engendram-se fantasmas, já o escritor pela<br />

sublimação engendra-os sobre a folha, no caráter e nas atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suas<br />

personagens,. “O artista afastara-se, assim como o neurótico, <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong><br />

insatisfatória para esse mundo da fantasia/fantasma (Phantasie); mas, diferentemente<br />

do neurótico, encontrou o caminho <strong>de</strong> volta <strong>de</strong>ste para mais uma vez alcançar um<br />

firme apoio na realida<strong>de</strong>. Suas criações, obras <strong>de</strong> arte, eram satisfações <strong>de</strong> fantasias<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos inconscientes, da mesma forma que os sonhos, com os quais tem em<br />

comum o caráter <strong>de</strong> compromisso”. (FREUD, 1924-25)<br />

O escritor encontra, pôr assim dizer um meio <strong>de</strong> savoir y faire diverso da análise para<br />

lidar com seus fantasmas. “Como o neurótico, angustiado por seu sintoma recorre ao<br />

psicanalista, assim o escritor, querendo livrar-se <strong>de</strong>ssa placa retida, começa suas<br />

campanhas <strong>de</strong> redações não implelido, mas atraído pôr pelo <strong>de</strong>sejo.” (WILLEMART,<br />

1993).<br />

Freud se utiliza da figura do Sandmann o Homem da Areia <strong>de</strong> E. T. A. Hoffmann, o<br />

precursor da <strong>literatura</strong> fantástica ou <strong>de</strong> <strong>horror</strong>, para abordar o tema do unheimlich.<br />

(FREUD, 1919a) Mas autores britânicos da época criaram entes que fixaram-se no<br />

nosso imaginário <strong>de</strong> tal forma que não po<strong>de</strong>mos negar sua importância para a<br />

compreensão <strong>de</strong> nosso psiquismo (STEVENSON, STOKER, SHELLEY, 1978). A<br />

primeira personagem <strong>de</strong> <strong>horror</strong> em que vemos as marcar <strong>de</strong>ssa Spaltung é a figura<br />

cindida <strong>de</strong> Dr. Jekyll & Mr. Hy<strong>de</strong> <strong>de</strong> R. L. Stevenson. On<strong>de</strong> o respeitável e exemplar<br />

médico oculta em si o temível monstro, capaz das maiores atrocida<strong>de</strong>s. Esse monstro<br />

recebe o nome <strong>de</strong> Hy<strong>de</strong>, não pôr acaso, homófono a hi<strong>de</strong> ocultar em inglês, heimlich<br />

Mal-estar na Cultura / Abril-Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

Promoção: <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Difusão</strong> <strong>Cultural</strong> - PROREXT-UFRGS<br />

Pós Graduação em Filosofia - IFCH – UFRGS<br />

www.malestarnacultura.ufrgs.br<br />

4


halten em alemão – (- If he be Mr.Hy<strong>de</strong>, I shall be Mr. Seek. - Dr.Jekyll and Mr Hy<strong>de</strong>,<br />

Stevenson}<br />

É o testemunho da cisão que vemos também no misterioso Dracula, the Un- <strong>de</strong>ad<br />

(não-morto) <strong>de</strong> Bram Stoker. Não só uma personagem, mas um ente folclórico, este<br />

que recalca a morte, é imortal pelo fato <strong>de</strong> não-viver, mortificando seu <strong>de</strong>sejo. É o<br />

fantasma do obsessivo personificado perguntando “Quem sou? Estou vivo?” E tendo o<br />

<strong>de</strong>sejo condicionado ao contrabando (QUINET, 1991), sorrateiramente sugando a<br />

vitalida<strong>de</strong>, o sangue, e anulando o <strong>de</strong>sejo do Outro.(QUINET, 1991) Este nobre<br />

con<strong>de</strong>, atraente, <strong>de</strong> alta estirpe, encarna na mesma figura o animal hematófago,<br />

asqueroso. É um sedutor-repugnante, um bruto-civilizado, fascinante-odiável, como a<br />

maioria <strong>de</strong>stas figuras da ficção fantástica o são. Paradoxos estes, que não são<br />

incompreensíveis <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Interpretação dos Sonhos on<strong>de</strong> Freud diz que no que se<br />

refere à categoria <strong>de</strong> contrários e contradições, essas ten<strong>de</strong>m a ignorar o “não”<br />

combinando contrários numa unida<strong>de</strong> (FREUD, 1900). Essa temática é retomada no<br />

artigo sobre a significação antitética das palavras primitivas, o que se manifesta, as<br />

avessas, no unheimlich.(FREUD, 1910).<br />

No Frankenstein <strong>de</strong> Mary Shelley, no entanto, fez-se uso <strong>de</strong> duas personagens, o<br />

criador e o monstro, para a polarização. O <strong>de</strong>terminado cientista é o <strong>de</strong>saventurado<br />

herói, o gênio que cria o monstro bizarro <strong>de</strong> “corpo esfacelado” (tal qual nossa<br />

i<strong>de</strong>ntificação imaginaria primitiva) (LACAN, 1966) Por falar em “Monstro” seria<br />

interessante uma incursão pela etimologia da palavra . Do latim temos (FERREIRA,<br />

1873):<br />

Monstro: mostrar com o <strong>de</strong>do, ensinar, <strong>de</strong>clarar, manifestar, acusar, <strong>de</strong>latar, malsinar,<br />

<strong>de</strong>nunciar<br />

Monstrum: o monstro, prodígio, a coisa extraordinária, ou contra a natureza<br />

Monstruosus: <strong>de</strong>formado<br />

Pois ao longo do romance, o que testemunhamos é o monstro <strong>de</strong>monstrando,<br />

acusando, incansavelmente a falta, a imperfeição no cientista, tal qual faz uma<br />

histérica com seu amo sobre o qual passa a reinar (QUINET, 1991). O criador vê-se<br />

assujeitado à criação. O que <strong>horror</strong>iza é pôr fim o que “nos <strong>de</strong>-monstra a nós” ainda<br />

Mal-estar na Cultura / Abril-Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

Promoção: <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Difusão</strong> <strong>Cultural</strong> - PROREXT-UFRGS<br />

Pós Graduação em Filosofia - IFCH – UFRGS<br />

www.malestarnacultura.ufrgs.br<br />

5


que sobre o disfarce da alterida<strong>de</strong>. L’enfer sont les autres (O inferno são os outros)<br />

disse o romancista do existencialismo, talvez po<strong>de</strong>ríamos inferir que são os non-autres<br />

ou, les nôtres, os nossos, nossos próprios fantasmas.<br />

Notas:<br />

(1) - Refiro-me respectivamente à Interpretação <strong>de</strong> Sonho obra mestra <strong>de</strong> Freud e à<br />

Novela do Sonho <strong>de</strong> Arthur Schnitzler. Esta última, um <strong>de</strong> seus principais romances,<br />

foi recentemente filmada por Stanley Kubrik sob o título <strong>de</strong> Eyes Wi<strong>de</strong> Shut (De Olhos<br />

Bem Fechados).<br />

(2) – “Ihr Ergriffensein von <strong>de</strong>n Wahrheiten <strong>de</strong>s Unbewußten, von <strong>de</strong>r Triebnatur <strong>de</strong>s<br />

Menschen, Ihre Zersetzung <strong>de</strong>r kulturell-konventionellen Sicherheiten, das Haften Ihrer<br />

Gedanken an <strong>de</strong>r Polarität von Leben und Sterben...” Carta <strong>de</strong> Freud a Schnitzler em<br />

14 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong>1922.<br />

(3) - É digno <strong>de</strong> nota, a partir daqui, o fato da Escola Francesa utilizar as palavras<br />

fantôme/fantasme (fantasma) como traducão da Phantasie (fantasia) <strong>de</strong> Freud.<br />

(4) “Sendo ele o Sr. Hy<strong>de</strong> (escon<strong>de</strong>r), serei pois, o Sr. Seek (procurar)”<br />

Referências<br />

1. FREUD, Sigmund, Gesammelte Werke – Chronologisch geordnet, Frankfurt am<br />

Main ALEMANHA; Fischer Verlag, 1999:<br />

- Band II / III - Die Traum<strong>de</strong>utung (1900)<br />

- Band IX - Totem und Tabu (1913)<br />

- Band XII – Das Unheimliche (1919a)<br />

- Band XIII – Eine Teufelsneurose im siebzehnten Jahrhun<strong>de</strong>rt (1922-23)<br />

- Band XIV – Selbstdarstellung (1924-25)<br />

2. FREUD, Sigmund, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas;<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, Imago, 1996<br />

- Volume - VII – Personagens Psicopáticos no Palco (1942 {1905-06})<br />

- Volume – XVII - Sobre o Ensino da Psicanálise nas Universida<strong>de</strong>s (1919)<br />

3. LACAN, Jacques - Escritos, Rio <strong>de</strong> Janeiro; Jorge Zahar Ed., 1966 [1998]<br />

4. LACAN, Jacques - O Seminário – Livro 2 – O Eu na Teoria <strong>de</strong> Freud e na Técnica<br />

da Psicanálise, Rio <strong>de</strong> Janeiro; Jorge Zahar Ed., 1985<br />

5. LACAN, Jacques - O Seminário – Livro 21 – Les Non-Dupes Errent, (Inédito)<br />

1974<br />

Mal-estar na Cultura / Abril-Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

Promoção: <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Difusão</strong> <strong>Cultural</strong> - PROREXT-UFRGS<br />

Pós Graduação em Filosofia - IFCH – UFRGS<br />

www.malestarnacultura.ufrgs.br<br />

6


6. LACAN, Jacques - O Seminário – Livro 24 – L’insu que Sait <strong>de</strong> l’une-Bevue s’aile à<br />

Mourre, (Inédito), 1974a<br />

7. GARCIA-ROZA, Luiz, Alfredo – Freud e o Inconsciente, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge<br />

Zahar Ed., 1998, p.22<br />

KON, Noemi Moritz – Freud e seu Duplo: Reflexões sobre Psicanálise e Arte, São<br />

Paulo: Edusp, 1996<br />

8. QUINET, Antonio – As 4+1 Condições da Análise, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar<br />

Ed., 1991<br />

9. ROUDINESCO, Elisabeth & PLON, Michel – Dicionário <strong>de</strong> Psicanálise, Verbete:<br />

“I<strong>de</strong>al do Eu” Rio <strong>de</strong> Janeiro, Jorge Zahar Ed., !998<br />

10. WILLEMART, Universo da Criação Literária, São Paulo, Edusp, !993 em Insight,<br />

São Paulo, Lemos Ed. Ano X -N 110 – Setembro <strong>de</strong> 2000<br />

11. STEVENSON, Robert Louis; STOKER, Bram & SHELLEY, Mary – Three Classics<br />

of Horror – Frankenstein, Dracula & Dr Jekill and Mr Hy<strong>de</strong>, Londres INGLATERRRA,<br />

Penguin Books, 1978<br />

12. SHAKESPEARE, William – Hamlet, Londres, INGLATERRA, Penguin Books, 1937<br />

13. HARARI, Roberto – Polifonías <strong>de</strong>l Arte en Psicoanálisis, Barcelona, ESPANHA:<br />

Ediciones <strong>de</strong>l Serbal, 1998<br />

14. IRMEN, Friedrich – Langenscheidts Taschenwörterbuch – Portugiesisch<br />

ALEMANHA, Langenscheidt KG, 1988<br />

15. FERREIRA, Emmanuelis Josephi – Magnum Lexicon Novissimum Latinum et<br />

Lusitanum, Paris: FRANÇA Emmanuellis Josephi Ferreira, 1873<br />

Mal-estar na Cultura / Abril-Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

Promoção: <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Difusão</strong> <strong>Cultural</strong> - PROREXT-UFRGS<br />

Pós Graduação em Filosofia - IFCH – UFRGS<br />

www.malestarnacultura.ufrgs.br<br />

7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!