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A maldade original de fábrica Veículo: Revista Jurídica Consulex Por

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PSICOPATIA<br />

A MALDADE ORIGINAL DE FÁBRICA<br />

“A psicopatia po<strong>de</strong> ser modulada por meio <strong>de</strong> processos educacionais. Contudo, é necessário<br />

que isso ocorra ainda na infância. Caso contrário, a bagagem genética aliada<br />

aos processos educacionais e sociais terá como resultado um indivíduo francamente<br />

perverso. A prevalência geral da psicopatia, em amostras comunitárias, é <strong>de</strong> aproximadamente<br />

3% em homens e 1% em mulheres; ou seja, a cada 25 pessoas, uma é psicopata.”<br />

Psicopatas são indivíduos que apresentam um transtorno<br />

<strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, que se caracteriza por<br />

ausência <strong>de</strong> emoções <strong>de</strong> forma geral, sentimento<br />

<strong>de</strong> empatia, compaixão, culpa ou remorso. Eles<br />

são frios e calculistas, transgressores <strong>de</strong> regras sociais e<br />

capazes <strong>de</strong> passar por cima <strong>de</strong> qualquer pessoa para satisfazer<br />

seus interesses próprios. Estão infi ltrados em todas<br />

as esferas sociais e profi ssionais, disfarçados <strong>de</strong> executivos,<br />

religiosos, bons amigos, pais e mães <strong>de</strong> família, e não<br />

costumam levantar suspeitas sobre quem realmente são.<br />

Almejam somente o po<strong>de</strong>r, status e diversão, e são livres<br />

<strong>de</strong> constrangimentos ou julgamentos morais internos.<br />

Ao contrário do que se po<strong>de</strong> imaginar, os psicopatas não<br />

são “loucos”, nem apresentam qualquer problema <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

cognitiva (raciocínio). Sabem exatamente o que fazem e<br />

distinguem perfeitamente o certo do errado. A <strong>de</strong>fi ciência<br />

<strong>de</strong>les está no campo dos afetos. Psicopatas são <strong>de</strong>stituídos<br />

do atributo “consciência”, que nos conecta afetivamente<br />

com os seres viventes.<br />

por AnA bEATRIZ bARbOSA SIlvA<br />

Até pouco tempo atrás se acreditava que a capacida<strong>de</strong><br />

humana <strong>de</strong> distinguir o certo do errado era algo exclusivamente<br />

aprendido nas relações interpessoais. Dessa<br />

forma, a única maneira <strong>de</strong> obtermos indivíduos morais seria<br />

educá-los e condicioná-los socialmente. Assim, caberia à<br />

socieda<strong>de</strong> e à cultura estabelecer, ao longo <strong>de</strong> toda a vida,<br />

o que os indivíduos po<strong>de</strong>riam ou não fazer.<br />

É lógico que muitas das regras sociais direcionadas às<br />

distinções entre o certo e o errado precisam ser aprendidas,<br />

já que é impossível nascer sabendo <strong>de</strong>terminadas convenções<br />

sociais e culturais. Estudos mais recentes sobre o<br />

comportamento revelam, porém, que as noções básicas <strong>de</strong><br />

retidão e justiça <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m muito menos do aprendizado<br />

social do que se supunha.<br />

As últimas pesquisas sobre o cérebro humano e as análises<br />

comparativas <strong>de</strong> outros comportamentos animais<br />

<strong>de</strong>monstram que a espécie humana adquiriu a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> avaliação moral com a própria seleção natural. Tudo<br />

indica que as instruções necessárias na produção <strong>de</strong> um<br />

revista JUrÍDiCa ConsUlex - www.ConsUlex.Com.br<br />

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cérebro capacitado para distinguir o certo do errado estão<br />

no DNA <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós. Se a seleção natural tem participação<br />

ativa na construção do senso moral dos humanos, é<br />

<strong>de</strong> esperar que o sentido <strong>de</strong> justiça e a compaixão também<br />

estejam presentes em outros segmentos do reino animal. E<br />

<strong>de</strong> fato estão, especialmente entre os primatas.<br />

Vários experimentos com chimpanzés <strong>de</strong>monstraram<br />

que estes foram capazes <strong>de</strong> apresentar sentimentos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />

e compaixão ao perceberem humanos, animais<br />

da mesma espécie e até aves em momentos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>.<br />

Tudo leva a crer que eles sabiam qual era a coisa certa a fazer.<br />

Toda a teoria da evolução das espécies se baseia na competitivida<strong>de</strong><br />

e na sobrevivência dos mais aptos. Como po<strong>de</strong>mos<br />

enten<strong>de</strong>r que características <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong> e altruísmo<br />

“Se, <strong>de</strong> fato, existe um ‘kit<br />

<strong>de</strong> moralida<strong>de</strong>’ instalado em<br />

nosso cérebro, como explicar o<br />

comportamento <strong>de</strong>sumano dos<br />

psicopatas? Estudos apontam<br />

que esses indivíduos apresentam<br />

uma ‘<strong>de</strong>sconexão’ dos circuitos<br />

cerebrais relacionados à emoção.<br />

Só po<strong>de</strong>mos ter senso moral<br />

quando manifestamos um mínimo<br />

<strong>de</strong> afeto em relação às pessoas<br />

e às coisas ao nosso redor.”<br />

tenham se perpetuado e evoluído em meio à violência do<br />

mundo natural? Teoricamente, os organismos “bonzinhos”<br />

<strong>de</strong>veriam ter ficado pelo caminho nessa corrida biológica.<br />

No entanto, ao longo das últimas décadas, os cientistas<br />

começaram a <strong>de</strong>svendar as vantagens evolutivas das “criaturas<br />

do bem”.<br />

Existem algumas teorias que tentam explicar o senso<br />

<strong>de</strong> justiça mais apurado em <strong>de</strong>terminados animais e nos<br />

humanos. Entre elas estão a “teoria da mente” e a “teoria<br />

do cérebro social”.<br />

A “teoria da mente” consiste basicamente na capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um ser biológico (humano ou não) imaginar que outros<br />

seres possam ter uma vida mental similar à <strong>de</strong>le. Essa teoria<br />

po<strong>de</strong> ser facilmente compreendida quando nos colocamos<br />

no lugar <strong>de</strong> outras pessoas, para inferir como elas <strong>de</strong>vem<br />

estar se sentindo.<br />

A “teoria do cérebro social” se <strong>de</strong>senvolveu <strong>de</strong> forma<br />

significativa nos últimos anos, <strong>de</strong>vido à utilização da Ressonância<br />

Magnética funcional (RMf), capaz <strong>de</strong> gerar um<br />

revista JUrÍDiCa ConsUlex - ano xv - nº 347 - 1º De JUlho/2011<br />

retrato <strong>de</strong>talhado das estruturas cerebrais. Como um ví<strong>de</strong>o,<br />

ela mostra o funcionamento <strong>de</strong> partes específicas do cérebro,<br />

quando ativadas durante certas situações. <strong>Por</strong> exemplo,<br />

ao ouvirmos o choro <strong>de</strong> uma pessoa que amamos, o centro<br />

da afetivida<strong>de</strong> entra em “ebulição”.<br />

Com base nesses estudos, os cientistas começaram a<br />

respon<strong>de</strong>r a uma série <strong>de</strong> perguntas sobre o comportamento<br />

social das pessoas. Existe, <strong>de</strong> fato, algum mecanismo<br />

mental na espécie humana responsável por nossos atos<br />

generosos ou solidários? Caso esse mecanismo exista, ele<br />

nasce “ativado” ou “<strong>de</strong>sativado”, conforme a pessoa? Esse<br />

processo <strong>de</strong> ligar/<strong>de</strong>sligar é algo que apren<strong>de</strong>mos por meio<br />

do convívio social ou trazemos conosco?<br />

Com a utilização da Ressonância Magnética funcional<br />

(RMf), muitos pesquisadores do comportamento humano<br />

passaram a utilizar o termo “cérebro social”, que po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>finido como o somatório <strong>de</strong> todos os mecanismos neurais<br />

envolvidos na orquestração <strong>de</strong> nossas interações sociais.<br />

Assim, o cérebro social nos possibilita a percepção empática<br />

dos sentimentos alheios.<br />

Se, <strong>de</strong> fato, existe um “kit <strong>de</strong> moralida<strong>de</strong>” instalado em<br />

nosso cérebro, como explicar o comportamento <strong>de</strong>sumano<br />

dos psicopatas? Os estudos indicaram que esses indivíduos<br />

apresentam uma “<strong>de</strong>sconexão” dos circuitos cerebrais relacionados<br />

à emoção. Só po<strong>de</strong>mos ter senso moral quando<br />

manifestamos um mínimo <strong>de</strong> afeto em relação às pessoas<br />

e às coisas ao nosso redor.<br />

Dessa maneira, o comportamento frio e perverso dos psicopatas<br />

não po<strong>de</strong> ser atribuído simplesmente a uma má-criação<br />

ou educação. A origem da psicopatia está na incapacida<strong>de</strong><br />

que essas criaturas têm <strong>de</strong> sentir e não <strong>de</strong> agir <strong>de</strong> forma<br />

correta. Para enten<strong>de</strong>r como uma mente po<strong>de</strong> funcionar sem<br />

emoção, é preciso conhecer os aspectos neurofuncionais.<br />

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ArquIvo PESSoAL<br />

A emoção e a razão são as funções mais complexas produzidas<br />

pelo cérebro humano. Apesar <strong>de</strong> parceiras constantes,<br />

os mecanismos neurais geradores da emoção e da<br />

razão são diversos. As emoções negativas são mais estudadas<br />

e compreendidas do que as positivas, e a mais conhecida<br />

<strong>de</strong> todas é o medo. Este surge quando algo nos ameaça,<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ando uma ação <strong>de</strong> luta ou fuga. Outro exemplo<br />

<strong>de</strong> emoção importante é a raiva, que se apresenta como<br />

mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa ou <strong>de</strong> sobrevivência.<br />

Nos seres humanos, as reações <strong>de</strong> medo e raiva se manifestam<br />

<strong>de</strong> forma bastante semelhante àquelas observadas<br />

nos animais. No entanto, entre os seres humanos as emoções<br />

são moduladas pela razão. Doses certas <strong>de</strong> razão e emoção<br />

é que fazem com que tenhamos comportamentos humanos.<br />

No cérebro, o sistema límbico é responsável por todas<br />

as nossas emoções (alegria, medo, raiva e tristeza). Uma<br />

das principais estruturas <strong>de</strong>sse sistema chama-se “amígdala”,<br />

que funciona como um “botão <strong>de</strong> disparo” <strong>de</strong> todas<br />

as emoções. A razão, por sua vez, está presente em diversas<br />

operações mentais. Entre elas estão o raciocínio, o planejamento,<br />

a solução <strong>de</strong> problemas e o comportamento social<br />

a<strong>de</strong>quado. A principal região envolvida nos processos racionais<br />

é o “lobo pré-frontal” (região da testa). A interconexão<br />

entre a emoção e a razão é que <strong>de</strong>termina as <strong>de</strong>cisões e os<br />

comportamentos socialmente a<strong>de</strong>quados.<br />

É importante sublinhar que os estudos clínicos sobre a<br />

psicopatia sempre apresentaram gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

serem realizados. A investigação clínica sobre a personalida<strong>de</strong><br />

psicopática é tarefa extremamente complicada, pois<br />

os testes realizados para esse fim <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m dos relatos dos<br />

avaliados. <strong>Por</strong>ém, os psicopatas não têm interesse nenhum<br />

em revelar algo significante para os pesquisadores e tentam<br />

sempre manipular a verda<strong>de</strong> para obter vantagens.<br />

As novas técnicas <strong>de</strong> neuroimagens (RMf e PETSCAN)<br />

ajudaram a reforçar o diagnóstico da psicopatia, uma vez<br />

que os estudos recentes apontaram alterações características<br />

do funcionamento cerebral <strong>de</strong> um psicopata. Pessoas<br />

sem nenhum traço psicopático revelaram intensa ativida<strong>de</strong><br />

da “amígdala” e do “lobo frontal”, quando estimuladas a se<br />

imaginar cometendo atos imorais ou perversos. No entanto,<br />

quando os mesmos testes foram realizados num grupo <strong>de</strong><br />

psicopatas criminosos, os resultados apontaram uma resposta<br />

débil nos mesmos circuitos.<br />

Se consi<strong>de</strong>rarmos que a “amígdala” é o nosso “coração<br />

cerebral”, enten<strong>de</strong>remos que os psicopatas são seres sem<br />

“coração mental”. Possuem grave “miopia emocional” e,<br />

por não sentirem emoções positivas, a “amígdala” <strong>de</strong>ixa<br />

<strong>de</strong> transmitir, <strong>de</strong> forma correta, as informações para que<br />

o “lobo frontal” possa <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar ações ou comportamentos<br />

a<strong>de</strong>quados.<br />

Se partirmos da premissa <strong>de</strong> que a alteração primária dos<br />

psicopatas é uma “amígdala hipofuncionante”, po<strong>de</strong>remos<br />

consi<strong>de</strong>rar as seguintes situações:<br />

Psicopatas pensam muito e sentem pouco. Suas ações<br />

são racionais, e a razão ten<strong>de</strong> sempre a escolher, <strong>de</strong> forma<br />

objetiva, o que leva à sobrevivência e ao prazer.<br />

Como espécie, os homens evoluíram muito mais por<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cooperação social do que por seus atributos<br />

individuais. Assim, os psicopatas são seres cujas tomadas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão privilegiam sempre os interesses individuais e<br />

nunca o social ou o coletivo <strong>de</strong> conteúdo solidário.<br />

Sem conteúdo emocional em seus pensamentos e em<br />

suas ações, os psicopatas são incapazes <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar os<br />

sentimentos do outro em suas relações e <strong>de</strong> se arrepen<strong>de</strong>r<br />

por seus atos imorais ou antiéticos. Assim, não apren<strong>de</strong>m<br />

através <strong>de</strong> experiências passadas nem por meio <strong>de</strong> métodos<br />

<strong>de</strong> ressocialização.<br />

Os estudos também nos fazem crer que a psicopatia é<br />

herdada geneticamente, já que outros membros da mesma<br />

família apresentam o mesmo comportamento transgressor<br />

e insensível. Mas não é só isso: a cultura e o meio ambiente<br />

assumem papéis importantes na forma como a psicopatia<br />

po<strong>de</strong> se manifestar, em seus variados graus. Um ambiente<br />

social no qual a violência e a insensibilida<strong>de</strong> emocional<br />

são “ensinadas” no dia a dia predispõe uma criança com<br />

tendências psicopáticas a ser uma pessoa extremamente<br />

perigosa. <strong>Por</strong> outro lado, um ambiente cuja educação seja<br />

mais rigorosa e menos con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte às transgressões<br />

po<strong>de</strong> levar essa mesma criança (propensa à psicopatia) a<br />

expressar a <strong>malda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> forma leve ou mo<strong>de</strong>rada. Ou seja,<br />

a psicopatia po<strong>de</strong> ser modulada por meio <strong>de</strong> processos<br />

educacionais. Contudo, é necessário que isso ocorra ainda<br />

na infância. Caso contrário, a bagagem genética aliada aos<br />

processos educacionais e sociais terá como resultado um<br />

indivíduo francamente perverso.<br />

A psicopatia não tem cura e, até o momento, as terapias<br />

medicamentosas e as psicoterapias, <strong>de</strong> modo geral,<br />

se mostraram ineficazes. A prevalência geral da psicopatia,<br />

em amostras comunitárias, é <strong>de</strong> aproximadamente 3%<br />

em homens e 1% em mulheres; ou seja, a cada 25 pessoas,<br />

uma é psicopata.<br />

Taxas <strong>de</strong> prevalência ainda maiores estão associadas aos<br />

contextos forenses ou penitenciários, po<strong>de</strong>ndo chegar a 25%<br />

em países on<strong>de</strong> testes específicos são realizados. Estudos<br />

também revelam que a taxa <strong>de</strong> reincidência criminal dos<br />

psicopatas é cerca <strong>de</strong> duas vezes maior que a dos <strong>de</strong>mais<br />

criminosos. E quando se trata <strong>de</strong> crimes associados à violência,<br />

a reincidência cresce três vezes mais.<br />

O indivíduo nasce assim e, <strong>de</strong>sse modo, permanece até o fim<br />

dos seus dias. O instinto predador faz parte da sua natureza. <br />

ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA é Médica Psiquiatra. Autora, entre outras obras, <strong>de</strong> Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado. Graduada pela UERJ<br />

com Pós-Graduação em Psiquiatria pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro (UFRJ). Professora Honoris Causa pela UniFMU (SP) e Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit <strong>de</strong> Atenção (AEDDA-SP). Diretora Técnica da Clínica Medicina do Comportamento, no Rio <strong>de</strong> Janeiro e<br />

em São Paulo, on<strong>de</strong> faz atendimento aos pacientes e supervisão dos profissionais <strong>de</strong> sua equipe. Escritora, realiza palestras, conferências, consultorias<br />

e entrevistas nos diversos meios <strong>de</strong> comunicação, sobre variados temas do comportamento humano.<br />

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