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Estratégias de manejo contra as lagartas ... - Grupo Cultivar

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Figura 1 - Percentual <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> lagart<strong>as</strong>-da-soja nos diferentes estados produtores <strong>de</strong> soja<br />

sição <strong>de</strong> espécies e um crescimento populacional<br />

daqueles <strong>de</strong> mais difícil controle<br />

em soja. Tais alterações apontam para a sobrevivência<br />

d<strong>as</strong> lagart<strong>as</strong> mais tolerantes aos<br />

inseticid<strong>as</strong> usados em soja. Possivelmente<br />

em muitos c<strong>as</strong>os seriam necessári<strong>as</strong> doses<br />

maiores para controlar <strong>as</strong> lagart<strong>as</strong>-falsamedi<strong>de</strong>ira<br />

e Spodoptera eridania, do que<br />

para controlar a lagarta-da-soja.<br />

O uso ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> doses <strong>de</strong> inseticid<strong>as</strong><br />

por erro <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação da<br />

praga-alvo ou por redução da quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> inseticida que atinge o inseto, sempre<br />

favorece os insetos ou <strong>as</strong> f<strong>as</strong>es mais tolerantes.<br />

Possivelmente a sucessão <strong>de</strong>sses<br />

eventos tenha contribuído para, ao longo<br />

dos últimos anos, permitir, o aumento da<br />

população d<strong>as</strong> espécies mais tolerantes aos<br />

inseticid<strong>as</strong> (Plusinae e Spodoptera spp.). A<br />

sobrevivência <strong>de</strong> lagart<strong>as</strong> <strong>de</strong>sses dois grupos<br />

<strong>de</strong>manda outr<strong>as</strong> aplicações que acabam<br />

por pressionar ainda mais a espécie mais<br />

suscetível às doses utilizad<strong>as</strong> e, portanto,<br />

contribuem para a redução da proporção<br />

<strong>de</strong> lagarta-da-soja (menos tolerante a inseticid<strong>as</strong>)<br />

no total <strong>de</strong> lagart<strong>as</strong>.<br />

la niña, <strong>de</strong>senvolvimento da<br />

cultura e a ocorrência <strong>de</strong> prag<strong>as</strong><br />

Sabe-se que em anos com influência<br />

do fenômeno La Niña, tanto o regime e a<br />

distribuição d<strong>as</strong> chuv<strong>as</strong> no Centro-Sul do<br />

Br<strong>as</strong>il é menor como mais irregular. Esses<br />

menores índices <strong>de</strong> precipitação <strong>de</strong>terminaram<br />

efeito danoso sobre o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da cultura da soja (menor área foliar) e<br />

redução nos índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. Já o<br />

conhecimento sobre a influência do evento<br />

La Niña sobre a ocorrência <strong>de</strong> insetos é<br />

pequena, apesar <strong>de</strong> haver informações <strong>de</strong><br />

campo que em anos com chuv<strong>as</strong> irregulares<br />

ocorre mais insetos que em anos do<br />

Fotos Jerson Gue<strong>de</strong>s<br />

fenômeno El Niño. Na região Sul do Br<strong>as</strong>il<br />

esta informação é corrente entre técnicos<br />

e produtores, fato também confirmado<br />

por observações do Gemip-UFSM. Estes<br />

dois <strong>as</strong>pectos somados, ou seja, <strong>de</strong> maior<br />

risco <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> lagart<strong>as</strong> e o menor<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da soja, <strong>de</strong>vem servir <strong>de</strong><br />

alerta ao produtor para um maior rigor no<br />

monitoramento d<strong>as</strong> populações, no seu<br />

reconhecimento e se necessário no <strong>manejo</strong><br />

d<strong>as</strong> prag<strong>as</strong> <strong>de</strong>sfolhador<strong>as</strong> da soja.<br />

momentos <strong>de</strong> maior risco <strong>de</strong> danos<br />

As divers<strong>as</strong> espécies <strong>de</strong> lagart<strong>as</strong>-da-soja<br />

normalmente ocorrem uma suce<strong>de</strong>ndo a<br />

Folha <strong>de</strong> soja severamente danificada<br />

pelo ataque <strong>de</strong> lagart<strong>as</strong><br />

outra e, eventualmente, em algum<strong>as</strong> áre<strong>as</strong><br />

ocorrem populações <strong>de</strong> distint<strong>as</strong> espécies<br />

sobrepost<strong>as</strong>. A ocorrência simultânea amplia<br />

o risco <strong>de</strong> danos (maior população) e<br />

dificulta o <strong>manejo</strong> (diferentes doses para<br />

o seu controle), permitindo e facilitando<br />

a sobrevivência d<strong>as</strong> lagart<strong>as</strong> mais tolerantes,<br />

que chegam a representar 50% d<strong>as</strong><br />

populações. A Figura 2 ilustra <strong>de</strong> forma<br />

genérica esta ocorrência, eventualmente<br />

sobreposta, com indicações do período <strong>de</strong><br />

maior risco <strong>de</strong> danos à soja, especialmente<br />

durante o florescimento e enchimento <strong>de</strong><br />

grãos. Por sua vez, na safra 2009/10, em<br />

algum<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> <strong>de</strong> soja do Sul do Br<strong>as</strong>il, foi<br />

verificada a ocorrência <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s populações<br />

<strong>de</strong> lagart<strong>as</strong>-pret<strong>as</strong> (Spodoptera spp.)<br />

em R5 e R6 <strong>de</strong> soja, com <strong>de</strong>sfolha e em<br />

alguns c<strong>as</strong>os ataques aos legumes, para a<br />

qual não se conhecem os riscos <strong>de</strong> danos e/<br />

ou nível <strong>de</strong> dano econômico e os inseticid<strong>as</strong><br />

para seu controle.<br />

amostragem e novos níveis <strong>de</strong><br />

dano econômico para lagart<strong>as</strong><br />

A amostragem <strong>de</strong> lagart<strong>as</strong> da soja <strong>de</strong>ve<br />

começar ainda no período vegetativo da<br />

cultura. No início do ciclo a soja é muito<br />

sensível ao corte e ao <strong>de</strong>sfolhamento,<br />

po<strong>de</strong>ndo oc<strong>as</strong>ionar atr<strong>as</strong>o no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

ou até a morte com a consequente<br />

redução na população <strong>de</strong> plant<strong>as</strong>. Em<br />

algum<strong>as</strong> localida<strong>de</strong>s, principalmente em<br />

anos <strong>de</strong> La Niña, verifica-se a ocorrência<br />

<strong>de</strong> picos populacionais no início da f<strong>as</strong>e<br />

vegetativa, antes do fechamento d<strong>as</strong> entre-<br />

www.revistacultivar.com.br • Dezembro 2010 / Janeiro 2011<br />

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