M quinas_13 new - Grupo Cultivar
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ROCHELI WACHHOLZ<br />
Vários aspectos são fundamentais<br />
para quem quer irrigar. A avalia<br />
ção da viabilidade de implantação<br />
do equipamento, a aquisição de um pivô confiável<br />
e de boa qualidade, os custos e o retorno<br />
que o investimento trará para a propriedade e,<br />
não poderia ficar de fora, a manutenção e os<br />
cuidados que devem ser dispensados ao equipamento,<br />
uma vez que este esteja instalado na<br />
propriedade.<br />
Uma boa assistência técnica e uma revenda<br />
sempre pronta para atender os seus clientes<br />
é fundamental para evitar perdas na lavoura.<br />
Como o pivô é um equipamento de alta tecnologia,<br />
é importante ter sempre perto uma equipe<br />
especializada, que dispõe de materiais de<br />
qualidade e mão-de-obra treinada para dar a<br />
melhor assistência aos agricultores.<br />
Este foi, segundo Jorge Fukuda, agricultor<br />
na cidade de São Gotardo (MG), o motivo que<br />
o fez se manter fiel à empresa que lhe vendeu o<br />
primeiro pivô há 21 anos. Ele já possui seis equipamentos<br />
em sua propriedade e considera o pós<br />
venda e o atendimento técnico fundamental.<br />
Apesar de garantir que o valor com manutenção<br />
seja extremamente pequeno, Fukuda atribui<br />
ganhos de produtividade e melhor conservação<br />
de seus equipamentos à revenda que além<br />
de ter profissionais aptos a trabalhar com a tecnologia<br />
da irrigação, lhe oferecem peças de boa<br />
qualidade.<br />
Também Eduardo Sekita de Oliveira, da<br />
26 Má<strong>quinas</strong><br />
Pivô central central<br />
manutenção<br />
Vida Vida Vida Vida longa<br />
longa<br />
longa<br />
longa<br />
Durabilidade do pivô central e rentabilidade na lavoura estão intimamente<br />
relacionadas com boa manutenção, assistência técnica e peças de qualidade<br />
Agropecuária Sekita, vê a equipe que lhe presta<br />
assistência como uma grande aliada para aumentar<br />
a sua produtividade. A Agropecuária<br />
possui um total de 21 equipamentos, irrigando<br />
1.688 hectares, sendo que o primeiro pivô foi<br />
adquirido há mais de 17 anos. Em uma de suas<br />
unidades, ele consegue irrigar 14 bases com<br />
apenas sete equipamentos, pois a equipe que<br />
atua naquela região desloca e remaneja os pivôs.<br />
“Nós contratamos a revenda para passar<br />
o pivô de uma base para outra e para fazer o<br />
remanejamento da lâmina de água. Desta maneira<br />
nós evitamos desperdícios e desgastes desnecessários<br />
do equipamento, dando-lhe maior<br />
vida útil”, explica Sekita.<br />
DURABILIDADE<br />
É claro que em se tratando de manutenção,<br />
independente do tipo de equipamento,<br />
quanto mais velho, maior e mais cara ela se<br />
torna. No caso do pivô central não é diferente.<br />
O que parece ser diferente é que a vida útil e o<br />
rendimento deste equipamento, apesar da idade,<br />
é muito maior do que o de diversas outras<br />
má<strong>quinas</strong>. Também quando se trata de valores,<br />
a manutenção não tem sido muito onerosa<br />
para os agricultores. É consenso entre eles afirmar<br />
que nenhum agricultor precisa deixar de<br />
irrigar as suas lavouras com medo dos valores<br />
de manutenção e a falta de atendimento, tão<br />
comum em alguns segmentos.<br />
www.cultivar.inf.br<br />
Sekita explica que possui em sua propriedade<br />
um pivô de mais de 17 anos trabalhando<br />
perfeitamente, mas que não consegue esta mesma<br />
vida útil na maioria de seus equipamentos.<br />
“Tenho aqui na fazenda um pivô antigo trabalhando<br />
sem problema, mas não tenho uma colhedora<br />
com esta idade”. Para ter equipamentos<br />
antigos em tão boas condições, Eduardo<br />
ressalta diversos cuidados que devem ser observados.<br />
A manutenção preventiva, segundo<br />
ele, é um item extremamente importante, já<br />
que evita prejuízos maiores, economizando tempo<br />
e dinheiro. Neste caso, o ganho não se dá<br />
somente em relação ao pivô, mas também traz<br />
economia de água, um bem cada vez mais caro<br />
e escasso, e maior produtividade, pois a máquina<br />
estará trabalhando em plenas condições.<br />
Sekita explica ainda que muitos outros fatores<br />
precisam ser observados para evitar problemas,<br />
mesmo em equipamentos novos. O<br />
terreno e a cultura que o pivô está irrigando,<br />
podem causar maior desgaste e exigir mais<br />
manutenção do que outro equipamento, mesmo<br />
que mais velho. O pivô da Agropecuária<br />
Sekita, que irrigava canteiros de cenoura, quebrou<br />
o eixo de transmissão de uma das unidades<br />
motoras por trabalhar em condições que<br />
exigiam muito esforço. Eduardo estuda a possibilidade<br />
de instalar um dispositivo de trilha<br />
seca e evitar que problemas como este voltem a<br />
acontecer. A sugestão de substituir o equipamento<br />
foi de um dos funcionários da empresa<br />
Outubro 2003
“Tannous conta que praticamente não houve a necessidade de utilizar a assistência técnica, já que o<br />
seu equipamento é novo, tem em torno de 18 meses e neste período não apresentou problemas”<br />
FOTOS ROCHELI WACHHOLZ<br />
Equipamentos antigos podem ter peças<br />
substituídas para manter o rendimento<br />
que lhe vendeu o pivô, possibilitando desta<br />
maneira que o equipamento se adapte a cada<br />
produtor.<br />
Marcelo de Oliveira Tannous, agricultor na<br />
cidade de Guaíra (SP) se diz muito satisfeito<br />
com a assistência que tem recebido. Ele possui<br />
hoje dois pivôs irrigando 180 hectares, mas faz<br />
planos para adquirir mais nove equipamentos.<br />
Tannous conta que praticamente não houve a<br />
necessidade de utilizar a assistência técnica, já<br />
que o seu equipamento é novo, tem em torno<br />
de 18 meses e neste período não apresentou<br />
problemas. Marcelo explica que a equipe foi<br />
muito rápida e eficiente no período de montagem<br />
do pivô, que sempre esteve presente para<br />
resolver qualquer tipo de problema e acredita<br />
que se efetivamente precisar de peças e de profissionais<br />
capacitados, eles estarão a sua disposição.<br />
“Os técnicos sempre dão um jeito de re-<br />
Tannous: equipamentos instalados e<br />
satisfação com assistência técnica<br />
28 Má<strong>quinas</strong><br />
Sekita (dir.) ao lado de um dos pivôs mais<br />
antigos da fazenda: satisfação apesar da idade<br />
solver os problemas, eles não medem esforços”.<br />
Além disso, Marcelo está impressionado<br />
com a simplicidade do equipamento, apesar do<br />
tamanho e da tecnologia que apresenta. Segundo<br />
ele o pivô não lhe traz problemas e é muito<br />
mais simples do que outras má<strong>quinas</strong> que tem<br />
na sua fazenda.<br />
ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO<br />
É consenso entre os produtores dizer que o<br />
equipamento é extremamente robusto, de manutenção<br />
muito simples e valor relativamente<br />
baixo.<br />
Dentre os itens citados como os que estão<br />
mais sujeitos a trocas e que apresentam maior<br />
problema estão, em primeiro lugar os que dizem<br />
respeito à parte elétrica, representando em<br />
torno de 50% da manutenção. Entre estes itens<br />
podem ser citados os microruptores, os fusíveis,<br />
a caixa elétrica em si, os motoredutores,<br />
etc. Outros 30% são referentes a peças ligadas à<br />
parte mecânica do pivô, que apesar de apresen-<br />
www.cultivar.inf.br<br />
tar problemas com menos freqüência tem um<br />
custo maior na reposição das peças. Os demais<br />
20% se referem à atualização tecnológica dos<br />
equipamentos mais antigos, que embora não<br />
seja uma prática obrigatória traz aos produtores<br />
a possibilidade de terem em suas propriedades<br />
equipamentos adquiridos há vários anos que<br />
ainda possam apresentar bom rendimento.<br />
Vários produtores adotam esta prática, pois<br />
desta maneira não precisam comprar uma máquina<br />
totalmente nova e ainda evitam perdas e<br />
desperdícios.<br />
Mário Yamashita, produtor que possui 14<br />
pivôs irrigando aproximadamente 960 hectares,<br />
diz que apenas depois de cinco ou seis<br />
anos é que se faz necessária a manutenção<br />
dos equipamentos. Apesar de estar começando<br />
agora a fazer um controle efetivo do que é<br />
gasto na reposição de peças, ele acredita que<br />
levando em consideração a média de duas<br />
mil horas de trabalho por pivô/ano, ele gasta<br />
Outubro 2003
em torno de R$ 500 por mês com cada equipamento,<br />
incluindo gastos com assistência<br />
técnica e com reposição de peças.<br />
Outubro 2003<br />
CONFIABILIDADE<br />
Quando se fala em peças para reposição,<br />
principalmente os de pivô central, cujo investimento<br />
é alto, parece ser inevitável comparar os<br />
valores das peças originais com os de outras<br />
procedências. Em parte dos casos, as peças originais<br />
realmente podem ser mais caras, custando<br />
até 40% a mais do que outras peças. Produtores,<br />
principalmente os que estão começando<br />
a utilizar a tecnologia da irrigação com pivô<br />
central, se sentem tentados a utilizar outras peças<br />
senão as originais, por estas terem um preço<br />
mais atrativo. Porém, a maioria dos agricultores<br />
que já trabalham com este equipamento<br />
há vários anos e já puderam comparar a relação<br />
entre preço e qualidade, acabam optando por<br />
usar peças originais.<br />
Este é o caso de Fukuda e Yamashita.<br />
Entre os quesitos, que os agricultores levam<br />
em conta neste caso, estão os de que com<br />
peças originais eles terão garantia, durabilidade<br />
e assistência quando necessário. Os<br />
itens de procedência duvidosa, além de, na<br />
sua maioria, não terem durabilidade comprovada,<br />
não apresentam garantia em todas<br />
as peças, não garantem assistência técnica<br />
e ainda podem trazer prejuízos muito maiores<br />
por sujeitar todo o equipamento a danos<br />
graves.<br />
SEGURANÇA<br />
Fukuda resume com uma frase o que parece<br />
ser o fator decisivo na escolha do equipamento.<br />
“Com certeza a empresa com a qual<br />
eu trabalho não vai vender um equipamento<br />
numa região em que não tenha uma boa assistência<br />
técnica, pois eu já a conheço há vinte<br />
e um anos e confio na sua tradição”. Fatores<br />
como a segurança de ter as peças necessárias<br />
para seus equipamentos nas revendas ou que<br />
elas virão da própria fábrica, em no máximo<br />
48 horas, uma equipe altamente treinada para<br />
lidar com a tecnologia, cursos oferecidos aos<br />
próprios agricultores para identificar e até<br />
mesmo evitar simples danos ao pivô, possibilidade<br />
de consultar o manual e as peças pela<br />
internet e linhas de financiamento para adquirir<br />
uma unidade de bombeamento e adutora<br />
e pacotes para modernizar e automatizar<br />
o pivô central, parecem ser decisivos na<br />
hora da escolha pelo equipamento, já que<br />
além da busca por um bom equipamento os<br />
produtores estão, cada vez mais, à procura<br />
de uma assistência bem qualificada e pronta<br />
para atendê-los a qualquer momento, o que<br />
por vezes pode ser decisivo. RW<br />
M<br />
Equipamento sofreu reparo, mas<br />
consegue manter o mesmo rendimento<br />
www.cultivar.inf.br<br />
A unidade motora é um dos itens fundamentais<br />
do pivô e requer atenção especial<br />
Redutor de roda com<br />
mais de 15 anos<br />
Motoredutor em pleno<br />
funcionamento na lavoura<br />
Motoredutor disponível<br />
na revenda<br />
Má<strong>quinas</strong><br />
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