Nutrição Infantil - Sociedade Brasileira de Pediatria
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<strong>Nutrição</strong> <strong>Infantil</strong><br />
Alimentação Alternativa<br />
Posição da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong><br />
Realizou-se em novembro p.p.. em Campos <strong>de</strong> Jordão.SP. o encontro anual do<br />
comitê <strong>de</strong> Nutrologia: da SBP do qual participaram professores <strong>de</strong> pediatria <strong>de</strong>todo<br />
o Brasil: especialista na área.<br />
Neste encontro foi analisado e aprovado o informe técnico que transcrevemos<br />
abaixo, encaminhado por pesquisadores da UNICAMP, no qual é apresentado e<br />
cientificamente discutida a questão da Alimentação Alternativa.<br />
Informe Técnico: programas emergenciais <strong>de</strong> combate à fome e o uso <strong>de</strong><br />
sub-produtos <strong>de</strong> alimentos.<br />
O farelo <strong>de</strong> arroz vem sendo utilizado coo suplemento alimentar em trabalhos<br />
sociais, por <strong>de</strong>mais louváveis, <strong>de</strong>senvolvidos com populações carentes <strong>de</strong><br />
diversas regiões do Brasil, principalmente na recuperação <strong>de</strong> criança <strong>de</strong>snutridas<br />
e como complemento alimentar <strong>de</strong> lactantes, ainda que sem suficiente caráter<br />
científico.<br />
Além <strong>de</strong>ste sub-produto, outros, não convencionalmente adotados como alimento,<br />
tais como folhas <strong>de</strong> mandioca em pó, resíduos <strong>de</strong> outras hortaliças, sementes,<br />
compõem a base da linha chamada “Alimentação Alternativa”.<br />
Pelo fato <strong>de</strong> estarmos já há quatro anos pesquisando proprieda<strong>de</strong>s nutritivas do<br />
farelo <strong>de</strong> arroz, vimos manifestar a nossa opinião sobre o assunto baseada em<br />
resultados <strong>de</strong> análises químicas e ensaios biológicos utilizando animais <strong>de</strong><br />
laboratporio como mo<strong>de</strong>lo experimental. Assim, seguem-se as seguintes<br />
consi<strong>de</strong>rações:<br />
1. O valor nutririvo <strong>de</strong> qualquer alimento não po<strong>de</strong> ser estabelecido unicamente<br />
com base na quantida<strong>de</strong> (dosagem química) <strong>de</strong> seus nutrientes, uma vez que sua<br />
qualida<strong>de</strong> nutricional é <strong>de</strong>terminada por uma série <strong>de</strong> fatores, como o equilíbrio<br />
entre seus constituintes, as interações entre os diversos compostos da dieta, o<br />
estado fisiológico do indivíduo, as condições <strong>de</strong> processamento e armazenagem e<br />
a ocorrências <strong>de</strong> antinutrientes.<br />
2. Os resultados da análise <strong>de</strong> conteúdo mineral do farelo <strong>de</strong> arroz, apesar <strong>de</strong><br />
indicarem altos teores <strong>de</strong>stes nutrientes (exceto cálcio), não são suficientes para<br />
recomendar a utilização do mesmo como fone <strong>de</strong> minerais. É importante saber se<br />
estes minerais são aproveitáveis pelo organismo, já que o resultados obtidos no<br />
Laboratório <strong>de</strong> Química <strong>de</strong> Proteínas da FEA/UNICAMP, revelaram a presença <strong>de</strong>
elevadas concentrações <strong>de</strong> ácido fítico, um fator antinutricional que interfere na<br />
disponibilida<strong>de</strong> biológica dos minerais presentes na dieta.<br />
3. O ácido fítico é um forte agente quelante dos cátions mono e divalentes, com os<br />
quais forma complexos insolúveis nos alimentos, em condições <strong>de</strong> ph fisiológico.<br />
Muitos estudos mostram a relação inversa que existe entre o cálcio e a absorção<br />
<strong>de</strong> minerais, tais como o zinco, cálcio, magnésio e provavelmente ferro, assim<br />
como o níquel. O teor <strong>de</strong> ácido fítico encontrado no farelo <strong>de</strong> arroz (5 a 6%) é um<br />
dos mais altos já referido na literatura para alimentos.<br />
4. Resultados preliminares do nosso trabalho apontam o zinco como um dos<br />
mnerais que tem sua biodisponibilida<strong>de</strong> significativamente afetada pela presença<br />
<strong>de</strong> ácido fítico. É importante reforçar a importância do zinco no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
infantil, <strong>de</strong>vido à sua paricipação em diversas etapas do metabolismo.<br />
5. As tentativas para a diminuição d conteúdo <strong>de</strong> ácido fítico consi<strong>de</strong>ram diferentes<br />
processamentos dada a gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> em reduzir os teores originalmente<br />
presentes nos alimentos. A forma <strong>de</strong> tratamento recomendada (torrefação) não<br />
alterou o teor original encontrado nas amostras dos diferentes lotes <strong>de</strong> farelo <strong>de</strong><br />
arroz analisados no Laboratório <strong>de</strong> Química <strong>de</strong> Proteínas.<br />
6. Já que o farelo <strong>de</strong> arroz é um sub-produto industrial, a sua obtenção ainda não<br />
conta com os cuidados necessários à manipulação <strong>de</strong> alimentos e a<br />
contaminaçãopor fungos toxigênicos <strong>de</strong>ve ser monitorada..<br />
Grupo <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> Pediátrica do Departamento <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Medicina da Universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais<br />
Em número anterior o J. N. publicou relato das atitu<strong>de</strong>s do NUNADI. Grupo <strong>de</strong><br />
<strong>Nutrição</strong> da Secretaria <strong>de</strong> estado da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> SãoPaulo.<br />
Neste número publicamos informações sobre o Gupo <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> Pediátrica do<br />
Departamento <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />
Minas Gerais, <strong>de</strong> modo a possiblititar a <strong>de</strong>mais interessados <strong>de</strong> outras regiões do<br />
país maior contato com grupos da área.<br />
O grupo <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> Pediátrica coor<strong>de</strong>nado pelo Prof. Joel Alves Lamounier<br />
exerce regularmente suas ativida<strong>de</strong>s assistenciais a crianças refenciadas a este<br />
serviço no Ambulatório São Vicente, anexo do Hospital <strong>de</strong> Clínicas , da<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais. O atendimento médico é feito às quintasfeiras<br />
no horário <strong>de</strong> 13 à 17 horas. As reuniões científicas são realizadas<br />
semanalmente às segundas-feiras no horário <strong>de</strong> 7:30 às 9:00 horas.<br />
Em se tratando <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> referência o ambulatório <strong>de</strong> nutrição recebe<br />
gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> crianças para esclarecimento diagnóstico que são geralmente<br />
portadoras <strong>de</strong> patologias difíceis <strong>de</strong> serem controladas a nível primário ou junto à
comunida<strong>de</strong>. A maioria dos problemas nutricionais dascrianças requer um período<br />
longo <strong>de</strong> acompanhamento clínico, muitas vezes difícil <strong>de</strong>vido às particularida<strong>de</strong>s<br />
inerentes a cada patologia. O raquitismo tem sido a patologia mais prevalente dos<br />
atendimentos.<br />
O ambulatório <strong>de</strong> doenças nutricionais funciona também como local <strong>de</strong><br />
treinamento para médicos e resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>. Cumpre assim, além das<br />
funções <strong>de</strong> assistência, ensino e pesquisa, ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão prestando<br />
assessoria e consultoria na área <strong>de</strong> nutrição em nível local e regional.<br />
Pacientes atendidos pelo <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> <strong>de</strong> 1989 a 1993 número<br />
<strong>de</strong> pacientes<br />
Ano Total<br />
1989<br />
262<br />
1990<br />
1991<br />
1992<br />
1993<br />
Histórico<br />
O Grupo <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> do Departamento <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> da UFMG foi criado em 1978<br />
como um grupo <strong>de</strong> professores li<strong>de</strong>rados pelo Dr. Ennio Leão, interessados no<br />
estudo da nutrição e <strong>de</strong> problemas nutricionais envolvendo a criança e o<br />
adolescente.<br />
O objeto inicial do Grupo <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> foi o <strong>de</strong> aprofundar o estudo das patologias<br />
nutricionais na criança, na formação <strong>de</strong> um grupo multiprofissional e<br />
multidisciplinar. Em 1980 foi iniciado um trabalho assistencial com crianças<br />
acometidas <strong>de</strong> distúrbios ósteo-metabólicos no ambulatório do Hospital da Baleia.<br />
Fundação Benjamin Guimarães. As ativida<strong>de</strong>s assistenciais consistiam no<br />
atendimento médico semanal (sábados) <strong>de</strong> crianças poratdoras <strong>de</strong> raquitismo.<br />
Nesta época foi realizado um estudo para avaliar incidência <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição<br />
protéico-calórica e raquitismo em crianças internadas no Hospital das Clínicas e<br />
da Baleia.<br />
No ano <strong>de</strong> 1985 a ativida<strong>de</strong> assistencial foi transferida para o ambulatório São<br />
Vicente do Hospital das Clínicas. Des<strong>de</strong> então são atendidas crianças portadoras<br />
<strong>de</strong> doença nutricionais, quintas-feiras no horário <strong>de</strong> 13 às 17 horas.<br />
372<br />
406<br />
430<br />
444
Instituição e Componentes do Grupo<br />
O grupo <strong>de</strong> <strong>Nutrição</strong> faz parte do complexo do Hospital das Clínicas , da UFMG,<br />
Belo horizonte. Dos membros do grupo, seis são professores do Departamento <strong>de</strong><br />
<strong>Pediatria</strong> da UFMG. Os membros do grupo são filiados à <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> Mineira <strong>de</strong><br />
<strong>Pediatria</strong> e à <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>. Também integram o grupo duas<br />
psicólogas, estagiárias do SESAM-Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Mental do Hospital das<br />
Clínicas, uma pediatra em convênio com a Prefeitura <strong>de</strong> Belo Horizonte e uma<br />
Nutricionista, docente da UFOP.<br />
Linhas <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong> Pesquisa em Andamento 1- Vitamina D – Raquitismo –<br />
Metabolismo <strong>de</strong> Cálcio e Fósforo<br />
Pesquisa envolvendo o diagnóstico , acompanhamento clínico e o tratamento <strong>de</strong><br />
crianças portadoras <strong>de</strong> raquitismo no ambulatório do Hospital das Clínicas. O<br />
projeto foi iniciado em 1978, sendo que a maioria das crianças são encaminhadas<br />
para este ambulatórios por outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Em setembro <strong>de</strong> 1990<br />
realizado projeto nesta mesma linha em crianças internadas no Centro Geral <strong>de</strong><br />
<strong>Pediatria</strong>, da Fundação Hospitalar do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais.<br />
2- Anemias Carenciais – Metabolismo <strong>de</strong> ferro<br />
Pesquisa para o acompanhamento clínico e tratamento das anemias <strong>de</strong> origem<br />
carencial na infância, particularmente a causa<strong>de</strong> para <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ferro. O<br />
estudo visa ao acompanhamento clínico <strong>de</strong> crianças após ser instituída a<br />
terapêutica ferruginosa , investigando-se os principais fatores relacionados com<br />
interrupção da terapêutica, efeitos adversos do medicamento e epi<strong>de</strong>mologia.<br />
3- Estado Nutricional em Crianças Hospitalizadas<br />
Projeto para investigar o estado nutricional <strong>de</strong> crianças internadas no Hospital das<br />
Clínicas e sua relação com a evolução e prognóstico da doença.<br />
4- Vitamina K – Deficiência <strong>de</strong> vitamina K e Doença Hemorrágica Tardia<br />
O estudo objetiva avaliar a possível <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> vitamina K em crianças com<br />
suspeita ou risco <strong>de</strong> doença hemorrágica tardia. Este estudo é um rastreamento<br />
<strong>de</strong> crianças com distúrbios hemorrágicos e dados laboratoriais sugestivos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ficiência vitamínica no período neonatal.<br />
5- Deficiência <strong>de</strong> Micronutrientes<br />
Investigação dos níveis <strong>de</strong> cromo, zinco, selênio no cabelo <strong>de</strong> crianças eutróficas<br />
e <strong>de</strong>snutridas.<br />
6- Leite Humano
Estudo para avaliar a composição bioquímica do leite humano <strong>de</strong> mãe diabéticas.<br />
7- Obesida<strong>de</strong> na Infância e Adolescência<br />
Projeto <strong>de</strong> pesquisa realizado no Ambulatório <strong>de</strong> Peditria da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Medicina da UFMG em crianças e adolescentes obesos, enfocando uma<br />
abordagem nutricional, clínica e psicológica dos fatores envolvidos na obesida<strong>de</strong>.<br />
Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária<br />
Resolução-rdc nº 53 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> julh <strong>de</strong> 2000<br />
Dispõe sobre Regulamento Técnico para Fixação <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Mistura a Base <strong>de</strong> Farelo <strong>de</strong> Cereias<br />
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária, no uso <strong>de</strong> sua<br />
atribuição que lhe confere<br />
o art.11, inciso IV, do Rgulameno da ANVS aprovado pelo Decreto 3.029, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong><br />
abril <strong>de</strong> 1999 e o § 1º do<br />
Art. 95 do Regimento Interno aprovado pela Resolução nº 1, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong><br />
1999, em reunião realizada em 17 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2000.<br />
Adota a seguinte resolução <strong>de</strong> Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presi<strong>de</strong>nte,<br />
<strong>de</strong>termino a sua publicação<br />
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Fixação <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Mistura à Base <strong>de</strong> Farelo <strong>de</strong> Cereais, em anexo.<br />
Art. 2º As empresas têm prazo <strong>de</strong> 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da<br />
publicação <strong>de</strong>sta resolução, para se a<strong>de</strong>quarem ao mesmo. Art. 3º O<br />
<strong>de</strong>scumprimento <strong>de</strong>sta Resolução constitui infração sanitária sujeitando os<br />
infratores à penalida<strong>de</strong>s da Lei nº 6.473, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1977 e <strong>de</strong>mias<br />
dispodições aplicáveis.<br />
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação. Gonzala<br />
Vencina Neto<br />
Anexo<br />
Regulamento Técnico para Fixação <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mistura à<br />
Base <strong>de</strong> farelos <strong>de</strong> Cereias.<br />
1. Alcance
1.1. Objetivo: fixar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e as caracteristicas mínimas<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a que<br />
<strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer a Mistura à Base <strong>de</strong> Farelos <strong>de</strong> Cereias.<br />
1.2. Âmbito <strong>de</strong> Aplicação: o presente Regulamento Técnico aplica-se à Mistura à<br />
Base <strong>de</strong> farelos <strong>de</strong> Cereais, conforme <strong>de</strong>finda no ítem 2.1.<br />
2. Descrição<br />
2.1 Definição: Mistura à Base <strong>de</strong> Farelo <strong>de</strong> Cereais é o produto obtido pela<br />
secagem, torragem, moagem e mistura <strong>de</strong> ingredientes <strong>de</strong> origem vegetal,<br />
po<strong>de</strong>ndo ser adicionada <strong>de</strong> leite em pó.<br />
2.2. Designação: o produto é <strong>de</strong>signado <strong>de</strong> Mistura à Base <strong>de</strong> Farelo <strong>de</strong> Cereais.<br />
3. Referências<br />
3.1. Brasil. Lei nº 8.543/92. <strong>de</strong> 23/12/92. Determina a impressão <strong>de</strong> advertência<br />
em rótulos <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> alimentos industrializados que contenham glúten.<br />
Diário Oficial da União, Brasília, 24 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1992. Seção 1, pt. 1.<br />
3.2 Brasil. Portaria nº 1428 <strong>de</strong> 26/11/93. Aprova Regulamento Técnico para<br />
Inspeção Sanitária <strong>de</strong> Alimentos, Diretrizes para o estabelecimento <strong>de</strong> Boas<br />
Práticas <strong>de</strong> Produção e <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviços na Área <strong>de</strong> Alimentos e<br />
Regulamento Técnico para o Estabelecimento <strong>de</strong> Padrão <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e<br />
Qualida<strong>de</strong> para Serviços e Produtos na àrea <strong>de</strong> Alimentos. Diário oficial da União,<br />
Brasília, 02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1993. seção 1, pt.1.<br />
3.3. Brasil. Portaria SVS/MS nº 326 <strong>de</strong> 30/07/1997. Regulamento Técnico sobre as<br />
condições higiênico-sanitárias e <strong>de</strong> boas práticas <strong>de</strong> fabricação para<br />
estabelecimentos produtores / industrializadores <strong>de</strong> alimentos. Diário Oficial da<br />
União, Brasília , 01 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1997. Seção 1 pt. 1.<br />
3.4. Brasil. Portaria SVS/MS nº 451 <strong>de</strong> 19/09/97. Princípios Gerais para<br />
Estabelecimento <strong>de</strong> Critérios e padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário<br />
Oficial da União, Brasília, 02 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1998. Seção 1, pt. 1.<br />
3.5. Brasil. Portaria SVS/MS nº 42/98 <strong>de</strong> 14/01/98. Regulamento Técnico para<br />
Rotulagem <strong>de</strong> Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, 16 <strong>de</strong><br />
janeiro <strong>de</strong> 1998. Seção 1, pt. 1<br />
3.6. Brasil. Portaria SVS/MS nº 41/98. Regulamento Técnico para Rotulagem<br />
Nutricional <strong>de</strong> Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, 21 <strong>de</strong> janeiro<br />
<strong>de</strong> 1998. Seção 1, pt. 1.
3.7. Brasil. Portaria SVS/MS nº 27/98. Regulamento Técnico referente à<br />
Informação Nutricional Comlementar. Diário Oficial da União, Brasília, 16 <strong>de</strong><br />
janeiro <strong>de</strong> 1998. Seção 1, pt.1.<br />
3.8. Brasil. Resolução ANVS/MS nº 16 <strong>de</strong> 30/04/1999. Regulamento Técnico <strong>de</strong><br />
procedimentos para registro <strong>de</strong> alimentos e ou novos igredientes. Diário Oficial da<br />
União, Brasília, 03 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999. Seção 1, pt.1<br />
3.9. Brasil. Resolução ANVS/MS nº 17 <strong>de</strong> 30/04/1999. Regulamento Técnico que<br />
estabelece as diretrizes básicas para avaliação <strong>de</strong> risco e segurança dos<br />
alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 03 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999. Seção 1, pt.1<br />
3.10. Brasil. Resolução ANVS/MS nº 18 <strong>de</strong> 30/04/1999. Regulamento Técnico que<br />
estabelece as diretrizes básicas para análise e comprovação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />
funcionais e ou <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> alegadas em rotulagem <strong>de</strong> alimento. Diário Oficial da<br />
União, Brasília, 03 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999. Seção 1, pt.1<br />
3.11. Brasil. Resolução ANVS/MS nº 19 <strong>de</strong> 30/04/1999. Regulamento <strong>de</strong><br />
procedimentos para registro <strong>de</strong> alimento com alegação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s funcionais<br />
e ou <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em sua rotulagem. Diário Oficial da União, Brasília, 03 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
1999. Seção 1, pt.1<br />
Composição e Requisitos<br />
4.1. Composição<br />
4.1.1. igredientes obrigatórios: farelos torrados <strong>de</strong> trigo ou <strong>de</strong> arroz ou <strong>de</strong> milho e<br />
ou <strong>de</strong> aveia, em quantida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> 70% (g/100g) e pó <strong>de</strong> folha <strong>de</strong> mandioca,<br />
batata doce, abóbora e ou chuchu. A utilização <strong>de</strong> outros farelos e <strong>de</strong> outras folhas<br />
<strong>de</strong> vegetais po<strong>de</strong>rá ser autorizada pela Agência Nacional d Vigilância Sanitária,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam apresentados estudos conclusivos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> risco e<br />
segurança <strong>de</strong> acordo com legislação específica.<br />
4.1.2. Ingredientes opcionais: pó <strong>de</strong> sementes torradas <strong>de</strong> abóbora, girassol,<br />
melão e ou gergelim; nozes; castanhas; farinhas; e amidos torrados <strong>de</strong> cereais,<br />
raízes e ou tubérculos; leite em pó ; germe <strong>de</strong> trigo e outros ingredientes que não<br />
<strong>de</strong>scaracterizem o produto. A utilização<strong>de</strong> pó <strong>de</strong> outros sementes, cascas <strong>de</strong><br />
vegetais, cascas <strong>de</strong> ovos <strong>de</strong> aves e novos ingredientes po<strong>de</strong>rá ser autorizada pela<br />
Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam apresentados estudos<br />
conclusivos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> risco e segurança <strong>de</strong> acordo com o Regulamento<br />
Técnico específico.<br />
4.1.3. Todos os igredientes utilizados, incluindo os farelos, folhas e pós <strong>de</strong><br />
sementes, <strong>de</strong>vem ser específicos para o consumo humano.<br />
4.2. Requisitos
4.2.1. Características sensoriais:<br />
4.2.1.1. Aspecto: Característico<br />
4.2.1.2. Cor: característica<br />
4.2.1.3. Odor: característico<br />
4.2.1.4. Sabor: característico<br />
4.2.2. Características físicas e químicas:<br />
4.2.2.1. Umida<strong>de</strong> e substâncias voláteis a 105°C, g/100g – máximo 6,0%<br />
4.2.2.2. Resíduo mineral fixo, g/100 – mínimo 5,5%<br />
4.2.2.3. Fibra bruta, g/100 – mínimo 8,0%<br />
4.2.2.4. Aci<strong>de</strong>z em solução N,ml/100g – máximo 5,0%<br />
4.2.2.5. Ácido cianídrico, mg/kg – máximo 4 ppm<br />
4.2.2.6. Ácido fítico, g/100g – máximo 0,1%<br />
4.2.3 Acondicionamento: O produto <strong>de</strong>ve ser acondicionado em embalagens<br />
a<strong>de</strong>quadas às condições previstas <strong>de</strong> transporte e armazenamento e que confiram<br />
ao produto a proteção necessária.<br />
5. Aditivos Intencionais e Coadjuvantes <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Fabricação<br />
Não é permitida a utilização <strong>de</strong> aditivos intencionais e coadjuvantes <strong>de</strong> tecnologia.<br />
6. Contaminantes<br />
Devem estar em consonância com os níqueis toleráveis na matéria prima<br />
empregada em Regulamento Técnico específico.<br />
7. Higiene<br />
7.1. Cosi<strong>de</strong>rações Gerais: os produtos <strong>de</strong>vem ser processados, manipulados,<br />
acondicionados, armazenados, conservados e transportados conforme as Boas<br />
Práticas <strong>de</strong> Fabricação, aten<strong>de</strong>ndo à legislação específica.<br />
7.2. Características macroscópias: <strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer à legislação específica.<br />
7.3. Características microscópias: <strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer à legislação específica.
7.4. Características microbiológicas: <strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer à legislação específica<br />
8. Pesos e Medidas<br />
Devem obe<strong>de</strong>cer à legislação específica.<br />
9. Rotulagem<br />
9.1. Deve obe<strong>de</strong>cer o Regulamento Técnico sobre Rotulagem <strong>de</strong> Alimentos<br />
Embalados e, obrigatoriamente apresentar:<br />
9.1.1. Quantida<strong>de</strong> recomendada para cada estado fisiológico e faixa etária.<br />
9.1.2. As segintes advertências: “Este produto não po<strong>de</strong>rá ser consumido como<br />
única fonte <strong>de</strong> alimento” e “Este produto não <strong>de</strong>ve ser utilizado na alimentação <strong>de</strong><br />
crianças nos primeiros doze meses <strong>de</strong> vida”;<br />
9.1.3. Modo <strong>de</strong> preparo/ uso, armazenamento e conservação<br />
9.2. É verda<strong>de</strong> na embalagem e ou rótulo a utilização <strong>de</strong> ilustração, fotos ou<br />
imagens <strong>de</strong> bebês ou outras formas que possam sugerir a utilização do produto<br />
como sendo o i<strong>de</strong>al para alimentação do lactente, bem como utilização da frase<br />
“quando não for possível...” ou similiares que possam por em dúvida a capacida<strong>de</strong><br />
das mães <strong>de</strong> amamentar seus filhos.<br />
9.3. É vedado mencionar na rotulagem a indicação do produto para suprir<br />
<strong>de</strong>ficiências nutricionais.<br />
9.4. Quando qualquer Informação Nutricional Complementar for utilizada , aten<strong>de</strong>r<br />
ao Regulamento Técnico específico.<br />
9.5. Deve constar no rótulo a seguinte informação: O Ministério da Saú<strong>de</strong> adverte:<br />
não existem evidências científicas comprovadas <strong>de</strong> que este alimento previna,<br />
trate ou cure doença<br />
10. Métodos <strong>de</strong> Análise/Amostragem<br />
A avaliação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser realizada <strong>de</strong> acordo com os<br />
planos <strong>de</strong> amostragem e método <strong>de</strong> análise adotados e ou recomendados pela<br />
Association of Analytical Chemists (AOAC), pela Organização Internacional <strong>de</strong><br />
Normalização (ISO), pelo Instituto Adolfo Lutz, pelo Food Chemicals Co<strong>de</strong>x<br />
Alimentarius e seus comitês específicos até que venham a ser aprovados planos<br />
<strong>de</strong> amostragem e métodos <strong>de</strong> análises pela Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância<br />
Sanitária.