Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Um segredo deixa de ser segredo quando um potencial agressor toma conhecimento de que há<br />
um segredo, sendo atraído apenas por esse conhecimento. Deve-se, portanto, manter segredo de<br />
tudo que protege um segredo, de forma que outros não saibam nem mesmo que existe algo sendo<br />
protegido. Esse interessante conceito estabelece que a primeira opção da segurança será sempre não<br />
fazê-la de forma ostensiva para que agressores não saibam que algo está sendo protegido, o que<br />
significa que a primeira opção do profissional de segurança deve ser sempre atuar na área da<br />
segurança da informação, que por natureza é não-ostensiva. A segurança ostensiva, da qual a<br />
segurança física é parte, é sempre uma segunda opção e, mesmo esta, se deve buscar minimizar a<br />
aparência agressiva das barreiras aplicando-se primeiramente, por exemplo, a teoria de CPTED, que<br />
será vista mais adiante. Exceções à regra são os casos em que pela própria natureza da atividade,<br />
não há como esconder a existência de algo valioso. Exemplificando, caso um profissional de<br />
segurança seja chamado para garantir a proteção de algo esteja sendo criado na empresa, a primeira<br />
opção é sempre protegê-lo pelo segredo.<br />
10°- Todo sistema de segurança deve comportar, no mínimo, um elemento de surpresa<br />
para o agressor.<br />
Esse conceito complementa o 4º. Guardando-se o segredo de parte das defesas, o agressor<br />
será surpreendido por fatores desconhecidos e inesperados. As surpresas mais eficientes são aquelas<br />
que causam nervosismo, que fazem o agressor hesitar e perder tempo. Por exemplo, pode-se<br />
ostentar rondas de vigilantes e cães junto ao perímetro defensivo, como forma de desencorajar<br />
possíveis agressores. Mas pode-se fazer segredo sobre um segundo sistema mais interiorizado de<br />
sensores de intrusão, que acionarão sirenes se ultrapassados e que causarão susto e hesitação ao<br />
agressor que tenha se planejado para passar apenas por vigias e cães. Como será visto mais adiante,<br />
esse conceito de elemento surpresa se aplica bem à segurança eletrônica.<br />
11°- As medidas de segurança jamais devem atrapalhar a marcha da empresa.<br />
Conforme o 1º conceito, não há proteção total. Mas é possível conseguir-se altos graus de<br />
proteção com medidas que se sobreponham. Porém, se tais medidas se tornam um entrave para o<br />
trabalho das pessoas, estas se sentirão saturadas e haverá a tendência de negligenciar a segurança, o<br />
que trará prejuízos à empresa. Esse é, como foi visto, o segundo conceito que se refere à RH.<br />
12°- A segurança deve ser compreendida, admitida e aprovada por todos.<br />
Ao contrário do senso geral, a segurança não é encargo apenas de especialistas. Para ser<br />
eficaz, deve contar com a cooperação de todos, pois é função do empenho e discrição de cada um<br />
individualmente e interage com o trabalho cotidiano. Esse conceito estabelece a importância do<br />
Prof. Wilmar A. C. Peixoto Prof HMoura<br />
wilmar.peixoto@tvglobo.com.br hmoura4@hotmail.com<br />
6