“O Evangelho de Deus” Prefácio à Edição em Inglês - Estudo Bíblico
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A Natureza da Graça<br />
No primeiro capítulo, tratamos do probl<strong>em</strong>a do pecado. No segundo, falamos acerca<br />
da graça <strong>de</strong> Deus. Entretanto, não concluímos essas questões; portanto este capítulo será<br />
uma continuação dos anteriores que tratará adicionalmente das questões da graça e do<br />
pecado.<br />
Primeiramente t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> ver qual é a natureza da graça. Que características a graça<br />
possui? Valorizamos o amor <strong>de</strong> Deus, pois s<strong>em</strong> o amor <strong>de</strong> Deus como fonte não haveria o<br />
fluir da salvação. O fluir da salvação resulta do amor <strong>de</strong> Deus. Ao mesmo t<strong>em</strong>po, s<strong>em</strong> a<br />
misericórdia <strong>de</strong> Deus não haveria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> salvação. Por ter Deus mostrado<br />
misericórdia para conosco, Ele nos <strong>de</strong>u a Sua salvação. A salvação <strong>de</strong> Deus é a expressão<br />
concreta do amor <strong>de</strong> Deus. Por isso valorizamos o amor e também valorizamos a<br />
misericórdia. Contudo, o que <strong>de</strong> mais precioso nos alcança é a graça. O amor s<strong>em</strong> dúvida é<br />
bom, mas ele não nos traz nenhum benefício concreto. A misericórdia é também muito boa,<br />
mas ela não nos traz qualquer benefício direto; no entanto, com a graça há um benefício<br />
direto. Portanto, a graça é mais preciosa. O Novo Testamento está repleto, não com o amor<br />
<strong>de</strong> Deus n<strong>em</strong> com a misericórdia <strong>de</strong> Deus, mas com a graça <strong>de</strong> Deus. Graça é o amor <strong>de</strong><br />
Deus vindo para cumprir algo para o pecador caído, perdido e que perece. Agora não t<strong>em</strong>os<br />
somente um amor abstrato e uma misericórdia sentimental, mas t<strong>em</strong>os a graça que v<strong>em</strong> ao<br />
encontro das nossas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maneira concreta.<br />
Po<strong>de</strong>mos achar que já é bastante maravilhoso se Deus for misericordioso conosco.<br />
Um carnal ou uma pessoa que vive na carne pensará que misericórdia é suficiente. O Antigo<br />
Testamento está repleto <strong>de</strong> palavras <strong>de</strong> misericórdia. Não exist<strong>em</strong> muitas palavras sobre<br />
graça. Quando o hom<strong>em</strong> está na carne, ele acha que misericórdia basta, que não há<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> graça. Ele pensa assim por não consi<strong>de</strong>rar o pecado como algo grave. Se o<br />
hom<strong>em</strong> estivesse s<strong>em</strong> comida, s<strong>em</strong> roupas ou s<strong>em</strong> casa, misericórdia não seria suficiente;<br />
haveria também a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> graça. Mas o probl<strong>em</strong>a com o pecado não é falta <strong>de</strong><br />
comida, <strong>de</strong> roupas ou <strong>de</strong> casa. O probl<strong>em</strong>a com o pecado é a inquietação na consciência do<br />
hom<strong>em</strong> e o julgamento diante <strong>de</strong> Deus. Por essa razão, o hom<strong>em</strong> acha que se tão-somente<br />
Deus fosse misericordioso conosco e um pouco mais brando, tudo estaria b<strong>em</strong>. Se Deus<br />
<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rasse nossos pecados já seria bastante bom para nós. Em nosso coração<br />
esperamos que Deus seja misericordioso conosco e nos <strong>de</strong>ixe ir. O conceito do hom<strong>em</strong> é<br />
<strong>de</strong>ixar ir e <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar. Mas Deus não po<strong>de</strong> misericordiosamente <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar nossos<br />
pecados. Ele não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar-nos ir <strong>de</strong> qualquer jeito. Ele precisa lidar totalmente com<br />
nossos pecados.<br />
Deus não somente t<strong>em</strong> <strong>de</strong> mostrar misericórdia para conosco, como também t<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />
nos conce<strong>de</strong>r graça. O que proce<strong>de</strong> do amor <strong>de</strong> Deus é a graça. Deus não está satisfeito<br />
somente com a misericórdia. Pensamos que se houvesse a misericórdia e que se Deus nos<br />
<strong>de</strong>ixasse ir e não ajustasse contas conosco, tudo estaria b<strong>em</strong>. Mas Deus não disse que<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenha pena <strong>de</strong> nós Ele nos <strong>de</strong>ixaria ir. Essa não é a maneira <strong>de</strong> Deus trabalhar.<br />
Quando age, Ele faz <strong>em</strong> harmonia Consigo mesmo. Portanto, o amor <strong>de</strong> Deus não po<strong>de</strong><br />
parar na misericórdia. Seu amor <strong>de</strong>ve esten<strong>de</strong>r-se até a graça. Ele <strong>de</strong>ve lidar completamente<br />
com o probl<strong>em</strong>a dos nossos pecados. Se o probl<strong>em</strong>a dos pecados fosse algo que pu<strong>de</strong>sse<br />
ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rado, a misericórdia <strong>de</strong> Deus seria suficiente. Mas <strong>de</strong>ixar-nos ir e<br />
<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar nossos pecados não é suficiente para Ele. Assim, ter só a misericórdia não é<br />
suficiente. Ele <strong>de</strong>ve pôr a questão <strong>de</strong> pecados completamente <strong>em</strong> or<strong>de</strong>m. Aqui v<strong>em</strong>os a<br />
graça <strong>de</strong> Deus. É por isso que o Novo Testamento, <strong>em</strong>bora não isento <strong>de</strong> misericórdia, está<br />
cheio <strong>de</strong> graça. Ali v<strong>em</strong>os como o Filho <strong>de</strong> Deus, Jesus Cristo, veio ao mundo para<br />
manifestar a graça e tornar-se graça a fim <strong>de</strong> que pudéss<strong>em</strong>os receber graça.<br />
Que é graça? Graça nada mais é que a gran<strong>de</strong> obra <strong>de</strong> Deus realizada gratuitamente<br />
<strong>em</strong> Seu amor incondicional e ilimitado <strong>em</strong> favor do hom<strong>em</strong> <strong>de</strong>samparado, indigno e pecador.