os alagamentos em uma sub-bacia do arroio da areia ... - LABOGEF
os alagamentos em uma sub-bacia do arroio da areia ... - LABOGEF
os alagamentos em uma sub-bacia do arroio da areia ... - LABOGEF
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
OS ALAGAMENTOS EM UMA SUB-BACIA DO ARROIO DA AREIA, EM<br />
PORTO ALEGRE/RS, COM ÊNFASE NA GEOMORFOLOGIA E DRENAGEM<br />
URBANA.<br />
OLIVEIRA, G.G.<br />
Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul – UFRGS; (51) 96624063; 3289.7515 (7514)<br />
oliveira_guitar@yahoo.com.br<br />
RESUMO<br />
O processo de urbanização nas grandes ci<strong>da</strong>des brasileiras, como Porto Alegre/RS, foi caracteriza<strong>do</strong> pela<br />
falta de planejamento urbano ambiental. Esse processo de urbanização altera as formas de relevo e gera<br />
grandes impact<strong>os</strong> nas dinâmicas hidrológicas, que acarretam na probl<strong>em</strong>ática d<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong>. O presente<br />
trabalho t<strong>em</strong> como objetivo principal, promover um estu<strong>do</strong> sobre <strong>os</strong> alagament<strong>os</strong> <strong>em</strong> <strong>uma</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> <strong>do</strong><br />
Arroio <strong>da</strong> Areia, <strong>em</strong> Porto Alegre/RS, com perspectivas no processo de urbanização e suas alterações nas<br />
dinâmicas geomorfológicas e hidrológicas. Para isso, faz-se necessário conhecer <strong>os</strong> process<strong>os</strong> naturais e<br />
sociais, e as transformações decorrentes dessa relação. Assim, procura-se reconhecer aspect<strong>os</strong> <strong>da</strong> geologia e<br />
geomorfologia, comportamento climático e <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a de drenag<strong>em</strong>, associad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> urban<strong>os</strong> <strong>da</strong><br />
área de estu<strong>do</strong>. Logo, três grandes etapas operacionais são necessárias: a) pesquisa bibliográfica; b)<br />
elaboração de mapas t<strong>em</strong>átic<strong>os</strong>; c) análise e cruzament<strong>os</strong> <strong>da</strong>s informações. Partin<strong>do</strong> dessa meto<strong>do</strong>logia de<br />
pesquisa, pode-se refletir, de mo<strong>do</strong> mais sist<strong>em</strong>ático, sobre o fenômeno d<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong>. Primeiramente, a<br />
urbanização implica na retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> cobertura vegetal e na modificação <strong>da</strong> superfície <strong>do</strong> terreno pelas<br />
construções. A impermeabilização d<strong>os</strong> sol<strong>os</strong> através d<strong>os</strong> loteament<strong>os</strong>, arruament<strong>os</strong>, calçament<strong>os</strong>, entre outras,<br />
diminu<strong>em</strong> a capaci<strong>da</strong>de de infiltração <strong>da</strong> água n<strong>os</strong> sol<strong>os</strong>, reduz<strong>em</strong> o escoamento difuso e aumentam o<br />
escoamento superficial concentra<strong>do</strong>. Dessa forma, as ruas e aveni<strong>da</strong>s, <strong>em</strong> dias de grande pluvi<strong>os</strong>i<strong>da</strong>de,<br />
tornam-se ver<strong>da</strong>deir<strong>os</strong> leit<strong>os</strong> pluviais. Além disso, o sist<strong>em</strong>a de drenag<strong>em</strong> <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> contribui com <strong>os</strong><br />
fenômen<strong>os</strong> d<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong>, na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que direciona o fluxo <strong>do</strong> escoamento <strong>da</strong>s águas de to<strong>da</strong> a <strong>sub</strong><strong>bacia</strong>,<br />
através d<strong>os</strong> condut<strong>os</strong> <strong>sub</strong>superficiais, para um único ponto, na Aveni<strong>da</strong> Teixeira Mendes, na Zona<br />
Norte <strong>do</strong> município de Porto Alegre/RS. Os cortes e/ou aterr<strong>os</strong> implicam <strong>em</strong> profun<strong>da</strong>s modificações no<br />
material superficial e também aceleram <strong>os</strong> process<strong>os</strong> er<strong>os</strong>iv<strong>os</strong> na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>. Logo, <strong>os</strong> alagament<strong>os</strong> estão<br />
intrinsecamente associad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> process<strong>os</strong> de urbanização, b<strong>em</strong> como suas alterações nas dinâmicas <strong>da</strong><br />
natureza. As áreas mais suscetíveis a<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong> são as áreas mais planas, de menores cotas altimétricas,<br />
pois concentram to<strong>do</strong> o escoamento de montante. Assim, <strong>os</strong> alagament<strong>os</strong> são um reflexo <strong>da</strong>s alterações <strong>do</strong><br />
hom<strong>em</strong> no meio e revelam a dificul<strong>da</strong>de que a Administração Pública t<strong>em</strong> no planejamento <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a de<br />
drenag<strong>em</strong>, de maneira a atenuar <strong>os</strong> probl<strong>em</strong>as gerad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong>.<br />
Palavras-chave: processo de urbanização; dinâmicas geomorfológicas e hidrológicas; alagament<strong>os</strong>; sist<strong>em</strong>a<br />
de drenag<strong>em</strong>.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
As mu<strong>da</strong>nças sócio-econômicas, decorrentes <strong>do</strong> progresso industrial e <strong>da</strong><br />
modernização d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong>, transformaram a dinâmica d<strong>em</strong>ográfica brasileira. O<br />
deslocamento populacional rural/urbano após a déca<strong>da</strong> de 1940, trouxe <strong>uma</strong> série de nov<strong>os</strong><br />
conflit<strong>os</strong> sociais e ambientais às ci<strong>da</strong>des e d<strong>em</strong>an<strong>da</strong>ram novas políticas de planejamento<br />
urbano ambiental. Porém, as políticas de desenvolvimento locais não evoluíram no mesmo<br />
ritmo <strong>do</strong> crescimento urbano e as condições de vi<strong>da</strong> se tornaram precárias <strong>em</strong> vári<strong>os</strong><br />
aspect<strong>os</strong>. Desse mo<strong>do</strong>, o processo de urbanização e metropolização <strong>da</strong>s grandes ci<strong>da</strong>des no<br />
século XX, esteve intrinsecamente associa<strong>do</strong> à falta de planejamento urbano e ambiental.
O processo de urbanização implica na alteração de diversas dinâmicas naturais,<br />
resultan<strong>do</strong> <strong>em</strong> novas dinâmicas ain<strong>da</strong> mais complexas. Os arruament<strong>os</strong>, loteament<strong>os</strong>,<br />
cortes, aterr<strong>os</strong>, entre outras intervenções de ação h<strong>uma</strong>na, implicam na alteração <strong>da</strong><br />
superfície, na canalização <strong>do</strong> escoamento, no aumento <strong>da</strong> poluição e <strong>do</strong> material sóli<strong>do</strong><br />
dep<strong>os</strong>to pela população, que modificam <strong>uma</strong> série de process<strong>os</strong> geomorfológic<strong>os</strong> e<br />
hidrológic<strong>os</strong>, constituin<strong>do</strong> impact<strong>os</strong> de diversas ordens e escalas.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, também o ciclo hidrológico sofre fortes alterações nas áreas urbanas,<br />
onde a impermeabili<strong>da</strong>de d<strong>os</strong> sol<strong>os</strong> aumenta o escoamento superficial e por conseqüência,<br />
a vazão máxima <strong>da</strong> <strong>bacia</strong>. Com o aumento <strong>da</strong> vazão pluvial, há o comprometimento <strong>do</strong><br />
sist<strong>em</strong>a de drenag<strong>em</strong> estabeleci<strong>do</strong> na ci<strong>da</strong>de. Assim, to<strong>da</strong>s políticas existentes de<br />
desenvolvimento e controle d<strong>os</strong> impact<strong>os</strong> quantitativ<strong>os</strong> na drenag<strong>em</strong> se baseiam no<br />
conceito de escoar a água precipita<strong>da</strong> o mais rápi<strong>do</strong> p<strong>os</strong>sível.<br />
Os alagament<strong>os</strong> <strong>em</strong> Porto Alegre/RS são freqüent<strong>em</strong>ente verificad<strong>os</strong> <strong>em</strong> pont<strong>os</strong><br />
crític<strong>os</strong> <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a de drenag<strong>em</strong>, as dinâmicas naturais foram fort<strong>em</strong>ente afeta<strong>da</strong>s pelo<br />
processo de urbanização e há deficiência no escoamento <strong>da</strong>s águas. As áreas localiza<strong>da</strong>s<br />
próximas a esses pont<strong>os</strong> constant<strong>em</strong>ente são atingi<strong>da</strong>s pel<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong>, <strong>os</strong> quais geram<br />
grandes transtorn<strong>os</strong> e risc<strong>os</strong> à saúde <strong>da</strong> população (PORTO ALEGRE, 2002). Os<br />
alagament<strong>os</strong> nas grandes ci<strong>da</strong>des brasileiras, e especialmente, <strong>em</strong> Porto Alegre/RS,<br />
oriund<strong>os</strong> <strong>da</strong> desorganização urbana, reflet<strong>em</strong> a dificul<strong>da</strong>de que a Administração Pública<br />
t<strong>em</strong> no planejamento d<strong>os</strong> sist<strong>em</strong>as de drenag<strong>em</strong>. Nesse senti<strong>do</strong>, faz-se necessário <strong>uma</strong><br />
profun<strong>da</strong> reflexão <strong>em</strong> torno <strong>da</strong>s probl<strong>em</strong>áticas urbanas, buscan<strong>do</strong> apreender <strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> <strong>da</strong><br />
impermeabili<strong>da</strong>de d<strong>os</strong> sol<strong>os</strong>, <strong>da</strong> retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> vegetação <strong>da</strong>s enc<strong>os</strong>tas, <strong>da</strong> retificação d<strong>os</strong><br />
curs<strong>os</strong> d’água, entre outras inúmeras interferências imp<strong>os</strong>tas pelo processo de urbanização<br />
desordena<strong>do</strong> e suas implicações no meio.<br />
O presente trabalho t<strong>em</strong> como objetivo principal, promover um estu<strong>do</strong> sobre <strong>os</strong><br />
alagament<strong>os</strong> na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> “A” <strong>do</strong> <strong>arroio</strong> Areia, <strong>em</strong> Porto Alegre/RS, com perspectivas no<br />
processo de urbanização e suas alterações nas dinâmicas geomorfológicas e hidrológicas.<br />
Para isso, faz-se necessário conhecer <strong>os</strong> process<strong>os</strong> naturais e sociais, e as transformações<br />
decorrentes dessa relação.<br />
2. ÁREA DE ESTUDO<br />
A <strong>bacia</strong> <strong>do</strong> Areia está localiza<strong>da</strong> na Zona Norte de Porto Alegre, Rio Grande <strong>do</strong><br />
Sul, Brasil. Suas coordena<strong>da</strong>s geográficas são 30° S e 51°10’ W. Essa <strong>bacia</strong> ocupa <strong>uma</strong><br />
2
área de 20,85 km², d<strong>os</strong> quais aproxima<strong>da</strong>mente metade, cerca de 11,7 km², corresponde à<br />
<strong>bacia</strong> <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia, e o restante pertence ao pôlder <strong>do</strong> Aeroporto.<br />
A Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através <strong>do</strong> Plano Diretor de Drenag<strong>em</strong><br />
Urbana, <strong>sub</strong>-dividiu a <strong>bacia</strong> <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia <strong>em</strong> 11 <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>s, de “A” a “L”, seguin<strong>do</strong><br />
a ord<strong>em</strong> alfabética. Essa <strong>sub</strong>-divisão considerou as condições de fluxo e o processo de<br />
urbanização, permitin<strong>do</strong> <strong>uma</strong> análise hidrológica mais acura<strong>da</strong> (PORTO ALEGRE, 2002).<br />
Na figuras a baixo, são apresenta<strong>da</strong>s a localização <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia e sua <strong>sub</strong>-<br />
divisão.<br />
Mapas de localização e <strong>sub</strong>divisão <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia.<br />
Fig. 1 – Bacias Hidrográficas de Porto Alegre e Bacia <strong>do</strong> Areia Fig. 2 – Bacia <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia<br />
Fonte: Plano Diretor de Drenag<strong>em</strong> Urbana, Porto Alegre, 2002.<br />
O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> “A” <strong>do</strong> Arroio Areia, que apresenta <strong>uma</strong> área<br />
total de abrangência de 2,37 Km² e o comprimento <strong>do</strong> canal principal de 2,47 Km. O<br />
desnível altimétrico é de 102m e a drenag<strong>em</strong> <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> é feita por conduto força<strong>do</strong>.<br />
Nessa <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>, há <strong>uma</strong> grande ocorrência de alagament<strong>os</strong> e muitas reclamações<br />
<strong>da</strong> população residente. Segun<strong>do</strong> o Departamento de Esgot<strong>os</strong> Pluviais (DEP), alguns d<strong>os</strong><br />
pont<strong>os</strong> mais crític<strong>os</strong> de alagament<strong>os</strong> <strong>em</strong> Porto Alegre estão localizad<strong>os</strong> na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>,<br />
próximo à Aveni<strong>da</strong> Nilo Peçanha, <strong>uma</strong> <strong>da</strong>s principais vias de circulação <strong>do</strong> município.<br />
2.1. Caracterização<br />
A área de estu<strong>do</strong> situa-se no Planalto Uruguaio Sul-Rio-Grandense, representa<strong>do</strong><br />
por morr<strong>os</strong> e colinas que formam <strong>uma</strong> faixa alonga<strong>da</strong> de direção NE-SW<br />
pre<strong>do</strong>minant<strong>em</strong>ente. As rochas graníticas, que formam <strong>os</strong> morr<strong>os</strong> e colinas de Porto<br />
Alegre, foram gera<strong>da</strong>s durante estági<strong>os</strong> de evolução de um cinturão orogênico, conheci<strong>do</strong><br />
3
como Cinturão Dom Feliciano. Esse cinturão foi origina<strong>do</strong> pela colisão entre <strong>do</strong>is antig<strong>os</strong><br />
continentes, um sul-americano e outro africano (MENEGAT, 1998). O Planalto Uruguaio<br />
Sul-Rio-Grandense destaca-se pel<strong>os</strong> caracteres tectônic<strong>os</strong> e litológic<strong>os</strong> de sua formação e<br />
por seus diferentes graus de dissecação. Apresenta-se com <strong>uma</strong> diversi<strong>da</strong>de morfológica<br />
marca<strong>da</strong>mente <strong>em</strong> formas de morr<strong>os</strong> e colinas de dimensões varia<strong>da</strong>s.<br />
O divisor <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> se encontra no morro Alto Petrópolis, o qual integra a conheci<strong>da</strong><br />
Crista <strong>da</strong> Matriz. Suas rochas pertenc<strong>em</strong> às uni<strong>da</strong>des geológicas Granito Independência,<br />
Granodiorito Três Figueiras e Gnaisse Chácara <strong>da</strong>s Pedras, representad<strong>os</strong> por um relevo<br />
<strong>em</strong> padrões de colinas com vales entalhad<strong>os</strong> (MENEGAT, 1998). Na enc<strong>os</strong>ta d<strong>os</strong> morr<strong>os</strong> e<br />
colinas, a declivi<strong>da</strong>de varia entre 10% a 25% e <strong>os</strong> sol<strong>os</strong> são litólic<strong>os</strong> associad<strong>os</strong> com<br />
podzólico vermelho-amarelo.<br />
Figura 3: Mapa Hipsométrico <strong>da</strong> Sub-<strong>bacia</strong> “A” <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia<br />
O clima de Porto Alegre é classifica<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Köppen, como sen<strong>do</strong> <strong>sub</strong>tropical<br />
úmi<strong>do</strong> (Cfa). A t<strong>em</strong>peratura média <strong>do</strong> ar é de 19,4°C, a precipitação anual média é de 1324<br />
mm/ano e <strong>os</strong> meses mais chuv<strong>os</strong><strong>os</strong> de junho a set<strong>em</strong>bro (8º Distrito de Meteorologia).<br />
A partir d<strong>os</strong> <strong>da</strong>d<strong>os</strong> pluviométric<strong>os</strong> analisad<strong>os</strong>, pode-se observar que são bastante<br />
comuns <strong>os</strong> event<strong>os</strong> capazes de gerar alagament<strong>os</strong> <strong>em</strong> alguns pont<strong>os</strong> <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>. Esses<br />
event<strong>os</strong> pod<strong>em</strong> estar associad<strong>os</strong> a episódi<strong>os</strong> de vári<strong>os</strong> dias de chuva com índices<br />
pluviométric<strong>os</strong> regulares e também a pic<strong>os</strong> de chuvas torrenciais com índices<br />
4
pluviométric<strong>os</strong> alt<strong>os</strong> e concentrad<strong>os</strong>, ou ain<strong>da</strong>, à conjunção <strong>da</strong>s duas situações. É também<br />
observa<strong>do</strong> que esses event<strong>os</strong> pod<strong>em</strong> ocorrer <strong>em</strong> qualquer época <strong>do</strong> ano.<br />
A população que reside na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> pertence às classes altas e médias, de acor<strong>do</strong><br />
com a ren<strong>da</strong> familiar mensal (IBGE, 2001). Os bairr<strong>os</strong> Chácara <strong>da</strong>s Pedras e Três<br />
Figueiras, localizad<strong>os</strong> na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>, estão entre <strong>os</strong> mais valorizad<strong>os</strong> <strong>do</strong> ponto de vista<br />
imobiliário. A ocupação <strong>da</strong> área de estu<strong>do</strong> iniciou a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1950, mas o<br />
processo de densificação urbana se tornou intenso a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1980.<br />
3. METODOLOGIA<br />
Para analisar <strong>os</strong> fatores potencializa<strong>do</strong>res e/ou desencadea<strong>do</strong>res d<strong>os</strong> event<strong>os</strong> de<br />
alagament<strong>os</strong> foram considerad<strong>os</strong> <strong>os</strong> condicionantes geomorfológic<strong>os</strong> <strong>da</strong> <strong>bacia</strong> hidrográfica,<br />
<strong>os</strong> condicionantes antrópic<strong>os</strong> relacionad<strong>os</strong> ao uso e ocupação <strong>da</strong> terra e às alterações<br />
imp<strong>os</strong>tas pela urbanização, <strong>os</strong> condicionantes climátic<strong>os</strong> e o sist<strong>em</strong>a de drenag<strong>em</strong> <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<br />
<strong>bacia</strong>, b<strong>em</strong> como suas limitações.<br />
Assim, este trabalho compreende três etapas operacionais, que visam apreender <strong>os</strong><br />
fenômen<strong>os</strong> naturais e sociais na área de estu<strong>do</strong>, com ênfase na geomorfologia e drenag<strong>em</strong><br />
urbana. A sist<strong>em</strong>atização e interpretação <strong>da</strong>s informações coleta<strong>da</strong>s permit<strong>em</strong> <strong>uma</strong> análise<br />
<strong>da</strong> situação d<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong> na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> “A” <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia.<br />
A primeira etapa <strong>do</strong> trabalho se resume na pesquisa de referências importantes<br />
quanto à geologia e geomorfologia <strong>da</strong> área de estu<strong>do</strong>, ao comportamento climatológico, ao<br />
processo de evolução <strong>da</strong> urbanização e ao sist<strong>em</strong>a de drenag<strong>em</strong> urbano <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>arroio</strong> Areia.<br />
A segun<strong>da</strong> etapa compreende a elaboração de mapas t<strong>em</strong>átic<strong>os</strong> e análise <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a<br />
de drenag<strong>em</strong> urbana <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>, de acor<strong>do</strong> com o ca<strong>da</strong>stro <strong>da</strong>s redes de drenag<strong>em</strong><br />
forneci<strong>do</strong> pelo Departamento de Esgot<strong>os</strong> Pluviais <strong>da</strong> Prefeitura Municipal de Porto Alegre.<br />
A construção <strong>do</strong> mapa hipsométrico foi realiza<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong>s curvas de nível, digitaliza<strong>da</strong>s<br />
na escala 1:1000. As curvas de nível também foram utiliza<strong>da</strong>s para a visualização <strong>do</strong><br />
impacto d<strong>os</strong> arruament<strong>os</strong> e loteament<strong>os</strong> nas formas de relevo.<br />
Para a elaboração de mapas, <strong>em</strong> escala compatível a este tipo de análise, utilizam<strong>os</strong><br />
imagens de alta resolução espacial. Os mapas foram construíd<strong>os</strong> a partir de imagens de<br />
satélite Quickbird, 2002, com resolução espacial de 0,7m. Os <strong>da</strong>d<strong>os</strong> planimétric<strong>os</strong> e<br />
altimétric<strong>os</strong> foram obtid<strong>os</strong> na Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Os softwares<br />
utilizad<strong>os</strong> para a digitalização <strong>da</strong>s imagens foram o AutoCad 2000 e o ESRI ArcView, já<br />
que amb<strong>os</strong> foram utilizad<strong>os</strong> na digitalização d<strong>os</strong> <strong>da</strong>d<strong>os</strong> obtid<strong>os</strong>.<br />
5
A justificativa para a utilização <strong>do</strong> ca<strong>da</strong>stro <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a pluvial <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> A <strong>do</strong><br />
<strong>arroio</strong> Areia, obti<strong>do</strong> no DEP, se deve pelo fato de revelar a direção <strong>do</strong> escoamento e o<br />
diâmetro <strong>da</strong>s canalizações. Estes <strong>da</strong>d<strong>os</strong> são importantes para explicar <strong>os</strong> pont<strong>os</strong> crític<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />
alagament<strong>os</strong> e áreas mais suscetíveis a este fenômeno.<br />
A última etapa operacional <strong>da</strong> pesquisa é caracteriza<strong>da</strong> pelo cruzamento <strong>da</strong>s<br />
informações, buscan<strong>do</strong> relacionar o processo de urbanização com <strong>os</strong> alagament<strong>os</strong><br />
ocorrid<strong>os</strong> na área de trabalho.<br />
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />
Os alagament<strong>os</strong> na área de estu<strong>do</strong> são reflex<strong>os</strong> <strong>do</strong> processo de urbanização, o qual<br />
implicou na alteração de diversas dinâmicas naturais na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong> “A” <strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia.<br />
Primeiramente, as modificações interfer<strong>em</strong> na cobertura vegetal e uso <strong>da</strong> terra, através <strong>da</strong><br />
retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> cobertura vegetal. Depois, a interferência ocorre através <strong>da</strong> criação de nova<br />
morfologia, liga<strong>da</strong> ao meio urbano. Nesta fase são elaborad<strong>os</strong> grandes cortes e/ou aterr<strong>os</strong><br />
no terreno para a instalação <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a viário e p<strong>os</strong>terior instalação <strong>da</strong>s construções.<br />
Durante as construções, há a modificação d<strong>os</strong> materiais superficiais e na resistência d<strong>os</strong><br />
agregad<strong>os</strong> (FUJIMOTO, 2002).<br />
Na área de estu<strong>do</strong>, pod<strong>em</strong><strong>os</strong> observar poucas manchas isola<strong>da</strong>s de vegetação<br />
caracterizan<strong>do</strong> o que chamam<strong>os</strong> de ‘ilhas verdes’ no meio <strong>da</strong>s construções e habitações. As<br />
praças, as calça<strong>da</strong>s, <strong>os</strong> jardins e <strong>os</strong> canteir<strong>os</strong> são <strong>os</strong> locais onde ain<strong>da</strong> encontram<strong>os</strong> alg<strong>uma</strong>s<br />
espécies <strong>da</strong> vegetação arbórea local. A <strong>sub</strong>stituição <strong>da</strong> cobertura vegetal pel<strong>os</strong> paviment<strong>os</strong><br />
utilizad<strong>os</strong> nas construções promove <strong>uma</strong> grande redução na taxa de infiltração de água no<br />
solo e impermeabilizam a superfície <strong>do</strong> terreno. Conseqüent<strong>em</strong>ente, observa-se um<br />
aumento <strong>do</strong> escoamento superficial <strong>da</strong>s águas e <strong>uma</strong> maior vazão máxima <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>.<br />
Assim, com o baixo grau de infiltração de água no solo devi<strong>do</strong> à impermeabilização<br />
<strong>da</strong> superfície d<strong>os</strong> terren<strong>os</strong> e o aumento <strong>do</strong> escoamento superficial, canaliza<strong>do</strong> pel<strong>os</strong><br />
arruament<strong>os</strong> e pelo sist<strong>em</strong>a de drenag<strong>em</strong> <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>, t<strong>em</strong><strong>os</strong> a ocorrência de grandes<br />
episódi<strong>os</strong> de alagament<strong>os</strong> nas áreas mais planas, de altitude menor <strong>do</strong> que 50m, onde a<br />
capaci<strong>da</strong>de de escoamento <strong>da</strong>s águas é menor.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, as áreas mais suscetíveis a alagament<strong>os</strong> são as áreas planas à jusante,<br />
pois se encontram <strong>em</strong> situação topográfica relativamente inferior às uni<strong>da</strong>des de vertente.<br />
Essas áreas receb<strong>em</strong> to<strong>do</strong> fluxo d<strong>os</strong> escoament<strong>os</strong> superficiais <strong>da</strong>s águas <strong>da</strong>s chuvas. Nas<br />
áreas mais planas, a veloci<strong>da</strong>de de escoamento é menor, proporcionan<strong>do</strong> <strong>uma</strong> grande<br />
6
concentração de água por ocasião de event<strong>os</strong> de precipitação associad<strong>os</strong> à<br />
impermeabilização <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong>s vertentes e <strong>da</strong>s áreas planas.<br />
Quanto a<strong>os</strong> loteament<strong>os</strong>, <strong>em</strong> geral, constata-se <strong>uma</strong> série de pequen<strong>os</strong> impact<strong>os</strong> no<br />
ambiente devi<strong>do</strong> às alterações imp<strong>os</strong>tas pela urbanização. Os degraus de corte realizad<strong>os</strong><br />
nas uni<strong>da</strong>des de vertentes <strong>do</strong> morro Alto Petrópolis para a criação <strong>da</strong>s superfícies planas<br />
são de grande dimensão. Observa-se, também, a impermeabilização destas áreas decorrente<br />
principalmente <strong>da</strong> compactação <strong>do</strong> material superficial para construção d<strong>os</strong> arruament<strong>os</strong> e<br />
<strong>da</strong>s moradias e p<strong>os</strong>teriormente <strong>da</strong>s edificações.<br />
Boa parte <strong>da</strong> área de trabalho se encontra <strong>em</strong> áreas com <strong>uma</strong> declivi<strong>da</strong>de<br />
razoavelmente acentua<strong>da</strong> e isso implica, muitas vezes, no aterramento, nivelamento <strong>do</strong><br />
terreno e/ou cortes n<strong>uma</strong> determina<strong>da</strong> secção <strong>do</strong> relevo. Qualquer <strong>uma</strong> dessas ações<br />
implicam <strong>em</strong> alterações <strong>em</strong> dinâmicas er<strong>os</strong>ivas e hidrológicas. Os impact<strong>os</strong> <strong>da</strong>s<br />
construções e loteament<strong>os</strong> são observad<strong>os</strong> na figura a seguir, onde pod<strong>em</strong><strong>os</strong> observar um<br />
corte abrupto na superfície <strong>do</strong> terreno. To<strong>da</strong>s essas modificações acarretam <strong>em</strong> novas<br />
dinâmicas de escoamento pluvial.<br />
Figura 4: Cortes e arruament<strong>os</strong> observad<strong>os</strong> nas curvas de nível.<br />
Digitalização no software AutoCad 2000.<br />
Autor: Guilherme G. Oliveira<br />
Legen<strong>da</strong>:<br />
Ruas<br />
Curvas de nível (1m)<br />
Curvas mestres (5m)<br />
Outro aspecto importante e preocupante é o fato de que <strong>os</strong> residentes <strong>da</strong> <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong><br />
estão, gra<strong>da</strong>tivamente, <strong>sub</strong>stituin<strong>do</strong> a grama pel<strong>os</strong> pis<strong>os</strong> de concreto, paviment<strong>os</strong> granític<strong>os</strong><br />
7
e/ou basáltic<strong>os</strong> n<strong>os</strong> jardins. Assim, além <strong>da</strong>s ruas, calça<strong>da</strong>s e residências, <strong>os</strong> jardins<br />
também estão impermeabilizan<strong>do</strong> a superfície <strong>do</strong> terreno e contribu<strong>em</strong> com o escoamento<br />
superficial <strong>da</strong>s águas.<br />
O processo de urbanização compreende também <strong>os</strong> arruament<strong>os</strong>, que interfer<strong>em</strong> e<br />
alteram dinâmicas naturais. O desnível entre as ruas e aveni<strong>da</strong>s <strong>em</strong> relação a<strong>os</strong> loteament<strong>os</strong><br />
promov<strong>em</strong> a concentração <strong>do</strong> fluxo <strong>do</strong> escoamento superficial, a que torna as ruas<br />
ver<strong>da</strong>deir<strong>os</strong> ri<strong>os</strong> <strong>em</strong> dias de grandes event<strong>os</strong> climatológic<strong>os</strong>. Observan<strong>do</strong> as curvas de nível<br />
no mapa a baixo pod<strong>em</strong><strong>os</strong> constatar a concentração <strong>do</strong> escoamento, com características<br />
s<strong>em</strong>elhantes a de um curso d’água.<br />
Figura 5: Arruament<strong>os</strong> observad<strong>os</strong> nas curvas de nível.<br />
Digitalização no software AutoCad 2000. Autor: Guilherme G. Oliveira<br />
Legen<strong>da</strong>:<br />
Ruas<br />
Curvas de nível (1m)<br />
Curvas mestres (5m)<br />
Conforme o ca<strong>da</strong>stro <strong>da</strong> rede pluvial, o diâmetro <strong>da</strong>s tubulações não comporta to<strong>do</strong><br />
o fluxo <strong>da</strong>s águas de montante, ain<strong>da</strong> mais levan<strong>do</strong>-se <strong>em</strong> conta que, quase to<strong>da</strong> água <strong>da</strong>s<br />
chuvas, é direciona<strong>da</strong> a<strong>os</strong> locais destacad<strong>os</strong> no mapa a seguir, <strong>os</strong> quais constant<strong>em</strong>ente<br />
sofr<strong>em</strong> com alagament<strong>os</strong>.<br />
8
Figura 6: Direção <strong>do</strong> escoamento <strong>da</strong>s águas na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong>.<br />
Digitalização no software AutoCad 2000. Autor: Guilherme G. Oliveira (Imag<strong>em</strong> Quickbird)<br />
CONCLUSÕES<br />
O processo de urbanização promove muitas alterações sobre as formas de relevo e<br />
dinâmicas hidrológicas. Em linhas gerais, há <strong>uma</strong> diminuição <strong>do</strong> escoamento superficial<br />
difuso e a intensificação <strong>do</strong> escoamento superficial concentra<strong>do</strong>. Estes process<strong>os</strong>, aliad<strong>os</strong> à<br />
impermeabilização d<strong>os</strong> sol<strong>os</strong>, contextualizam a probl<strong>em</strong>ática d<strong>os</strong> alagament<strong>os</strong> na <strong>sub</strong>-<strong>bacia</strong><br />
<strong>do</strong> Arroio <strong>da</strong> Areia.<br />
A Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através <strong>do</strong> Plano Diretor de Drenag<strong>em</strong><br />
Urbana, procura desenvolver projet<strong>os</strong> para atenuar tais process<strong>os</strong>. Uma <strong>da</strong>s prop<strong>os</strong>tas seria<br />
a construção de reservatóri<strong>os</strong> nas praças localiza<strong>da</strong>s na enc<strong>os</strong>ta d<strong>os</strong> morr<strong>os</strong>, visan<strong>do</strong> a<br />
contenção de <strong>uma</strong> parte <strong>da</strong> água <strong>da</strong>s chuvas.<br />
Em última análise, <strong>os</strong> alagament<strong>os</strong> constitu<strong>em</strong> um grande ca<strong>os</strong> no cotidiano d<strong>os</strong><br />
habitantes porto-alegrenses e revelam a desord<strong>em</strong> política e social <strong>da</strong>s grandes ci<strong>da</strong>des<br />
brasileiras. Constitu<strong>em</strong> um reflexo <strong>da</strong> falta de harmonia entre o natural e o urbano.<br />
9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:<br />
BEAUJEU-GARNIER, J. Geografia <strong>da</strong> população. São Paulo: Editora Nacional e Editora<br />
<strong>da</strong> USP, 1971.<br />
FUJIMOTO, N. S. V. M. Implicações ambientais na área metropolitana de Porto Alegre –<br />
RS: Um estu<strong>do</strong> geográfico com ênfase na geomorfologia urbana. In: GEOUSP – Espaço e<br />
T<strong>em</strong>po. Revista <strong>da</strong> Pós-Graduação <strong>em</strong> Geografia. São Paulo: FFLCH/USP, 2002. p. 141-<br />
177.<br />
GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S. <strong>da</strong>; BOTELHO, R. G. M. (Org.). Er<strong>os</strong>ão e conservação<br />
d<strong>os</strong> sol<strong>os</strong>: conceit<strong>os</strong>, t<strong>em</strong>as e aplicações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.<br />
KADE, G. et al. O hom<strong>em</strong> e seu ambiente. Rio de Janeiro: Fun<strong>da</strong>ção Getúlio Vargas,<br />
1975.<br />
MACEDO, R. K. de. Gestão ambiental: <strong>os</strong> instrument<strong>os</strong> básic<strong>os</strong> para a gestão ambiental<br />
de territóri<strong>os</strong> e de uni<strong>da</strong>des produtivas. Rio de Janeiro: ABES-AIDIS, 1994.<br />
MASCARÓ, L. R. de. Ambiência urbana = Urban environment. Edição Bilíngüe:<br />
português-inglês. Porto Alegre: Sagra-DC Luzatto, 1996.<br />
MENEGAT, R. (Coord.). Atlas Ambiental de Porto Alegre. 2. ed. Porto Alegre: Editora<br />
<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de, 1998.<br />
PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Departamento de Esgot<strong>os</strong> Pluviais. Plano<br />
Diretor de Drenag<strong>em</strong> Urbana. Porto Alegre: UFRGS/IPH, 2000-2001.<br />
PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Departamento de Esgot<strong>os</strong> Pluviais. Plano<br />
Diretor de Drenag<strong>em</strong> Urbana: Bacia <strong>do</strong> Arroio Areia. v. 4. Porto Alegre: UFRGS/IPH,<br />
2002.<br />
RABENO, R. (Org.). Horizonte metropolitano: a gestão territorial na região<br />
metropolitana de Porto Alegre. Porto Alegre: METROPLAN, 2002.<br />
ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. 7. ed. São Paulo: Contexto,<br />
2003.<br />
SANTOS, M. A natureza <strong>do</strong> espaço: técnica e t<strong>em</strong>po, razão e <strong>em</strong>oção. 4. ed. São Paulo:<br />
Editora <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de São Paulo, 2004.<br />
SOUZA, C. F. de & MÜLLER, D. M. Porto Alegre e sua evolução urbana. Porto Alegre:<br />
Ed. Universi<strong>da</strong>de/UFRGS, 1997.<br />
TUCCI, C. E. M. Plano Diretor de Drenag<strong>em</strong> Urbana: princípi<strong>os</strong> e concepções. In: TUCCI,<br />
C. E. M.; GOLDENFUM, J. A.; DEPETTRIS, C. A.; PILAR, J. V. Hidrologia urbana na<br />
<strong>bacia</strong> <strong>do</strong> Prata. Porto Alegre: ABRH, 2000. p. 109-120.<br />
10