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1 - Coleta e preparo de amostras de solo

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COLETA E PREPARO DE AMOSTRAS DE SOLO<br />

A coleta e o <strong>preparo</strong> <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> <strong>solo</strong> tem por objetivo obter um<br />

material a<strong>de</strong>quado para ser encaminhado ao laboratório <strong>de</strong> análises para<br />

estudo da fertilida<strong>de</strong> ou para estudos científicos mais profundos ou<br />

ainda, para organização <strong>de</strong> coleções ou mostruários didáticos.<br />

A coleta para fins pedológicos, como o levantamento e a<br />

classificação <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s são realizados empregando-se técnicas<br />

especializadas. As glebas a serem amostradas <strong>de</strong>vem ter uma área<br />

uniforme, e não <strong>de</strong>vem exce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> 10 a 15 hectares. A amostragem <strong>de</strong>ve<br />

ser bem feita para não comprometer os resultados <strong>de</strong> laboratório. O<br />

técnico <strong>de</strong>ve ter em mãos um mapa, fotografia aérea ou pelo menos um<br />

croqui da área a ser estudada. Percorrer toda a região e anotar tudo<br />

quanto for possível, como as formações geológicas, vegetação<br />

encontrada, relevo, <strong>solo</strong>s, <strong>de</strong>limitando ao mesmo tempo as <strong>de</strong>mais<br />

formas <strong>de</strong> uso do <strong>solo</strong>.<br />

Tipos <strong>de</strong> <strong>amostras</strong>:<br />

1. Terra solta: são as que se coletam na pare<strong>de</strong> do perfil, cortando-se<br />

verticalmente uma <strong>de</strong>terminada camada <strong>de</strong> <strong>solo</strong>, ao mesmo tempo em<br />

que se recebe em uma pá ou uma ban<strong>de</strong>ja, a terra <strong>de</strong>sprendida. Tais<br />

<strong>amostras</strong> po<strong>de</strong>m ser obtidas com auxílio <strong>de</strong> sondas, trados, enxadão e<br />

pá <strong>de</strong> corte. Amostras obtidas <strong>de</strong>sta maneira se prestam para certas<br />

<strong>de</strong>terminações físicas e <strong>de</strong> um modo geral, para todas as análises<br />

químicas.<br />

No laboratório, são colocadas em ban<strong>de</strong>jas ou sobre papel, em<br />

camadas finas, para secagem mais rápida; <strong>de</strong>vem permanecer à<br />

sombra e em ambiente isento <strong>de</strong> poeira e emanações gasosas. Depois<br />

<strong>de</strong> seco, as raízes e os cascalhos grossos (com mais <strong>de</strong> 2 cm <strong>de</strong><br />

diâmetro) representam o chamado esqueleto do <strong>solo</strong>. O <strong>solo</strong> seco<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>storroado com rolo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e passado em peneira <strong>de</strong> 2<br />

mm, obtendo-se <strong>de</strong>sta forma a Terra Fina Seca ao Ar (TFSA).<br />

2. Amostra <strong>de</strong> terra com estrutura natural: É tomada <strong>de</strong> maneira a se<br />

obter uma porção <strong>de</strong> terra com a mesma disposição encontrada na<br />

pare<strong>de</strong> do perfil ou na superfície do <strong>solo</strong>. É conhecida como amostra<br />

<strong>de</strong> <strong>solo</strong> não <strong>de</strong>formada.<br />

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2.1. Amostra obtida com anel volumétrico: Consiste em uma porção<br />

<strong>de</strong> <strong>solo</strong> com sua estrutura natural, obtida com auxílio <strong>de</strong> um anel<br />

metálico e <strong>de</strong> bordos cortantes (Fig. 1), o qual é introduzido no <strong>solo</strong>,<br />

sob pressão, com auxílio <strong>de</strong> um “castelo”, sendo removido a seguir,<br />

cuidadosamente, para que o <strong>solo</strong> nele contido não sofra <strong>de</strong>formações.<br />

Com um instrumento cortante, elimina-se o excesso <strong>de</strong> terra <strong>de</strong><br />

ambas as faces do anel. As dimensões são variáveis. Para<br />

<strong>de</strong>terminação da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> aparente do <strong>solo</strong> e, da microporosida<strong>de</strong> e<br />

da macroporosida<strong>de</strong> pela mesa <strong>de</strong> tensão, por exemplo, são utilizados<br />

anéis com capacida<strong>de</strong> entre 50 e 100 cm 3 .<br />

2.2. Amostras em forma <strong>de</strong> torrão e <strong>de</strong> conglomerados: As <strong>amostras</strong><br />

em torrão, obtidas sem a preocupação da sua orientação, são as mais<br />

usuais e se prestam para várias análises. São, também, a partir <strong>de</strong><br />

torrões, que se fazem observações <strong>de</strong> presença <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong> argila, da<br />

cor do <strong>solo</strong>, etc.<br />

2.3. Monolitos: Consiste em coletar uma amostra <strong>de</strong> todo o perfil do<br />

<strong>solo</strong>, mantendo não só a estrutura natural como a disposição dos<br />

horizontes, tal como se observa na pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> um barranco ou <strong>de</strong> uma<br />

trincheira. São recomendados para constituir museus didáticos, pois,<br />

oferecem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ter em um recinto, <strong>amostras</strong><br />

representativas <strong>de</strong> diferentes perfis <strong>de</strong> <strong>solo</strong>s, oriundos <strong>de</strong> locais<br />

distantes e variados.<br />

2.4. Micromonolitos: São pequeninas peças retangulares retiradas <strong>de</strong><br />

um perfil (medindo, por exemplo, 2,5 a 5,0 centímetros) sendo uma<br />

amostra <strong>de</strong> cada horizonte ou sub horizonte, essas peças serão<br />

montadas na mesma or<strong>de</strong>m para dar uma idéia da seqüência <strong>de</strong><br />

horizontes do perfil (Fig. 3).<br />

MÉTODO DO ANEL OU CILINDRO VOLUMÉTRICO<br />

Consiste na coleta <strong>de</strong> <strong>amostras</strong> <strong>de</strong> <strong>solo</strong> com estrutura não<br />

<strong>de</strong>formada através da utilização <strong>de</strong> anéis <strong>de</strong> aço Kopeck (Fig. 1) ou<br />

cilindros <strong>de</strong> volume interno conhecido (Vc), com ajuda <strong>de</strong> sondas. Uma<br />

vez coletada a amostra, secar em estufa a 105 o C durante 48 h, e após<br />

esse período pesa-se para obtenção da massa (M’) e calcula-se a<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> aparente (Dap).<br />

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Figura 1 – Amostrador volumétrico <strong>de</strong> Kopeck: “castelo” (A) e anel<br />

volumétrico (B).<br />

S’ = Dap = M’/Vc (g/cm 3 )<br />

Figura 2 – Esquema <strong>de</strong> amostragem do anel <strong>de</strong> Kopeck..<br />

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Prática:<br />

1. Amostrar <strong>solo</strong> com anel <strong>de</strong> Kopeck e com pá-<strong>de</strong>-corte; i<strong>de</strong>ntificando<br />

a amostra.<br />

2. Determinar a umida<strong>de</strong> atual (ver prática <strong>de</strong> Umida<strong>de</strong> do Solo)<br />

3. Secar as <strong>amostras</strong>;<br />

4. Destorroar o <strong>solo</strong> seco ao ar com rolo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira (a amostra obtida<br />

com pá-<strong>de</strong>-corte);<br />

5. Passar em peneira com malha <strong>de</strong> 2 mm, obtendo-se, assim, a TFSA;<br />

6. Acondicionar e i<strong>de</strong>ntificar a amostra <strong>de</strong> <strong>solo</strong> para uso em aulas<br />

futuras.<br />

Figura 3 – Seqüência da coleta e montagem <strong>de</strong> micromonolitos.<br />

FONTE: KIEHL, E.J. Manual <strong>de</strong> edafologia, relações <strong>solo</strong> – planta.<br />

São Paulo, Ceres, 1979. 264p.<br />

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