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MAXIMIZAÇÃO DO USO DE TOUROS A CAMPO - Simcorte

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<strong>MAXIMIZAÇÃO</strong> <strong>DO</strong> <strong>USO</strong> <strong>DE</strong> <strong>TOUROS</strong> A <strong>CAMPO</strong><br />

José Domingos Guimarães<br />

Departamento de Veterinária - Universidade Federal de Viçosa<br />

e-mail: jdguima@mail.ufv.br<br />

INTRODUÇÃO:<br />

Segundo Coulter et al. (1991) a reprodução é 10 vezes mais<br />

importante que o melhoramento e cinco vezes mais importante que a<br />

melhoria de carcaça. Certamente esta afirmação dos autores se deve ao<br />

fato de quanto maior a eficiência reprodutiva do rebanho, menor<br />

intervalo de parição e menores índices de mortalidade até os 505 dias<br />

de vida, melhores serão os resultados alcançados nas áreas de<br />

melhoramento e produção.<br />

Quando avaliamos a atividade pecuária Brasileira, esta<br />

preocupação aumenta em virtude da mesma ser predominantemente<br />

composta pela bovinocultura de corte, seguida da pecuária de leite.<br />

Sendo o segundo rebanho mundial com aproximadamente<br />

150.276.778 de animais bovinos, sendo 80,9 % destinado a produção<br />

de carne (ANUALPEC, 1999).<br />

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos<br />

Criadores de Zebu, a utilização de biotecnologias tal como a<br />

inseminação artificial, encontra-se ainda em fase de expansão, e apenas<br />

4,6 % do rebanho corte e leite são inseminados (ANUALPEC, 1999),<br />

sendo o restante servido por touros em regime de monta natural.<br />

Porém, há poucos rebanhos melhoradores destinados a produção de<br />

reprodutores, sendo capazes de produzir apenas 150.000 touros por<br />

ano, havendo um déficit anual de 1.350.000.<br />

Certamente, esta escassez somente será suprida a médio ou<br />

longo prazo. Portanto a maximização dos reprodutores deixa de ser um<br />

assunto de caracter inteiramente científico ou a pequeno grupo de<br />

empresas rurais e passa ser primordial sua adoção no manejo<br />

reprodutivo e produtivo como um todo.<br />

Contudo, se faz necessário a difusão dos conhecimentos dos<br />

fenômenos reprodutivos que acorrem do nascimento a senilidade<br />

desses animais, não de forma genérica, mas sim para cada região em


280 - I Simpósio de Produção de Gado de Corte<br />

que os mesmos são criados, visto que o Brasil é um país extremamente<br />

extenso e bastante diversificado quanto a vegetação, clima e sistema de<br />

manejo.<br />

PUBERDA<strong>DE</strong> E MATURIDA<strong>DE</strong> SEXUAL<br />

Provavelmente entre os processos reprodutivos, o mais<br />

importante é a idade a puberdade, por tratar-se da fase em que todo o<br />

trato reprodutivo sofre uma transformação estrutural em função de<br />

iniciar-se a produção dos espermatozóides, como também os níveis<br />

gonadais e circulatórios de hormônios masculinos mostram-se<br />

compatíveis aos animais adultos. Da mesma forma, a idade à<br />

puberdade dos rebanhos nas diversas regiões do Brasil nos fornece<br />

noções conclusivas quanto a qualidade do manejo adotado para o<br />

rebanho. Há varias definições de puberdade na literatura mundial,<br />

onde a mesma é definida como a idade em que o animal apresenta<br />

níveis hormonais elevados de testosterona e inicio da produção<br />

gamética (Abdel-Raouf, 1960), desprendimento do freio peniano<br />

(Foote, 1969), primeiros espermatozóides no lúme do epitélio<br />

seminífero (Cardoso, 1977; França, 1987), primeiros espermatozóides<br />

nas caudas dos epididímos ( Igboeli & Ralha, 1971) e primeiros<br />

espermatozóides no ejaculado(Backer et al., 1955; Backer et al., 1988).<br />

Porém, a maioria dos estudos empregam a definição de Wolf et al.<br />

(1965), onde os autores definem a puberdade como sendo a idade em<br />

que o animal apresenta um ejaculado com 10 % de motilidade<br />

espermática e concentração espermática com no mínimo de 50 milhões<br />

de espermatozóides ( Lunstra et al., 1988, Freneau, 1991, Guimarães,<br />

1993). Tal definição tornou-se a escolhida no manejo dos animais, em<br />

virtude de abranger todas as definições anteriores e ser facilmente<br />

obtida por meio de coleta e avaliação de sêmen.<br />

Diversos fatores de ambiente, tais como o manejo, nutrição,<br />

manejo sanitário, características climáticas, influenciam de forma<br />

marcante a idade à puberdade. Certamente, em condições de Brasil, o<br />

fator de maior impacto sobre a puberdade é a nutrição, onde os animais<br />

desde a desmama apresentam baixo índice de ganho de peso e<br />

desenvolvimento somático. Outro aspecto importante a ser considerado<br />

é grau de sangue dos animais que na maioria das vezes são animais


I Simpósio de Produção de Gado de Corte - 281<br />

azebuados e a minoria são animais puros Bos taurus taurus ou Bos<br />

taurus indicus.<br />

Diversos estudos têm demonstrado idade muito avançada à<br />

puberdade nos animais zebuínos, estando em torno de 25 a 28 meses<br />

de idade, sendo esta muito elevada quando comparado aos taurinos (12<br />

a 14 meses de idade), contudo, mesmo os taurinos nas condições<br />

tropicais, também apresentam-se tardios com relação as raças taurinas<br />

criadas nas condições de clima temperado (8 a 10 meses de idade).<br />

Deve-se ressaltar que em rebanhos zebuínos elite, onde os animais são<br />

criados em condições de manejo adequado, a idade à puberdade<br />

mostra-se muito próxima dos animais taurinos criados nas condições<br />

de trópicos, sendo relativamente comum a detecção da puberdade aos<br />

10 meses de idade.<br />

A curto prazo, com programas de melhoramento, será possível<br />

alcançar idades precoces quanto a esta característica, onde diversos<br />

programas implantados no Brasil, trazem como um dos parâmetros<br />

reprodutivos avaliados a idade à puberdade. Guimarães (1991)<br />

observou idade a puberdade aos 12 meses de idade em animais da raça<br />

Gir, criados em regime semi-extensivo, idade esta semelhante aos<br />

registros de Castro (1989) em animais da raça Nelore, criados em<br />

regime de pastagem.<br />

Após a fase puberal, marcada mudança quantitativa e qualitativa<br />

ocorre no sentido de alcançar um platô, onde o potencial reprodutivo<br />

de um touro se faz presente. Observa-se neste período, o aumento do<br />

volume seminal, da motilidade espermática progressiva, do vigor, da<br />

concentração espermática total e do decréscimo das patologias<br />

espermáticas ( Almquist & Amann, 1962; Lunstra & Echternkamp,<br />

1982; Garcia et al., 1987 e Freneau, 1991).<br />

Já a maturidade sexual , diferentemente do fenômeno<br />

apresentado nas fêmeas, ocorre em períodos diferentes da puberdade,<br />

normalmente ocorrendo 16 a 20 semanas após a puberdade (Lunstra &<br />

Echternkamp, 1982). Segundo Austin & Short (1991) a maturidade<br />

sexual é alcançada quando o crescimento gonadal e corporal,<br />

juntamente com níveis de testosterona e desenvolvimento sexual se<br />

estabiliza. Contudo de forma mais aplicada, a maioria dos estudos<br />

preconizam a maturidade sexual como a idade em que os animais<br />

apresentam-se com características seminais de no mínimo de 50 % de


282 - I Simpósio de Produção de Gado de Corte<br />

motilidade espermática progressiva e morfologia espermática com no<br />

máximo de 10 % de defeitos espermáticos maiores e 20 % de defeitos<br />

espermáticos menores (Blomm, 1973; Lunstra & Echternkamp, 1982;<br />

Garcia et al., 1987 e Freneau, 1991).<br />

Em animais de origem taurina, a maturidade sexual é alcançada<br />

em torno de 13 a 16 meses de idade em condições de clima temperado,<br />

porém em condições de trópicos tal característica somente é atingida<br />

em torno de 16 aos 20 meses de idade. (Freneau, 1991). Já, em animais<br />

de origem indiana, os animais mostram extremamente tardios com<br />

relação a maturidade sexual, atingindo-a somente aos 30 a 36 meses de<br />

idade (Fonseca et al., 1976; Vale Filho et al., 1985).<br />

Tal como a puberdade, esta característica é altamente<br />

influenciada por fatores de ambiente, principalmente nutrição e<br />

condições climáticas, onde pode-se observar animais tanto precoce<br />

como também tardios com relação a esta característica, dependendo do<br />

manejo no qual os animais são submetidos.<br />

COMPORTAMENTO SEXUAL<br />

Como mencionado anteriormente, em apenas 4,6% do rebanho<br />

nacional, emprega-se a inseminação artificial, e o restante do rebanho,<br />

utiliza-se do manejo de monta natural. Neste contexto, os reprodutores<br />

são de fundamental importância na produção final do rebanho. Outro<br />

aspecto importante a ser considerado de acordo com Geymonat e<br />

Mendez, (1987), pelo fato de um touro acasalar em média com 25<br />

fêmeas durante a estação de monta, o mesmo é responsável por mais<br />

de 80 % do melhoramento genético que se pode alcançar nas<br />

características produtivas do rebanho.<br />

O estudo comportamental em bovinos se baseia em dois<br />

parâmetros: a libido e a capacidade de serviço. Chenoweth (1997) os<br />

definiu a libido como a espontaneidade do macho em identificar,<br />

montar e efetuar a cópula com a fêmea e a capacidade de serviço como<br />

o número de montas completas (cópulas) que o reprodutor é capaz de<br />

realizar em um determinado tempo.<br />

Entre todas as características reprodutivas estudadas na<br />

bovinocultura de corte, provavelmente as características<br />

comportamentais são os que possui o menor número de trabalhos (<br />

Pineda, 1995; Crudeli, 1990, Fonseca et al., 1997; Pineda et al., 1997),


I Simpósio de Produção de Gado de Corte - 283<br />

e poderia-se aumentar consideravélmente os índices reprodutivos do<br />

rebanho, quando utilizar-mos a proporção touro/vaca correta. Ë<br />

consensual que a proporção atual de 1/25 touro/vaca, predominante no<br />

manejo, não demonstra nenhum desafio aos reprodutores,<br />

principalmente os de origem indiana são sub-utilizados, e que<br />

poderiamos aumentar sem nenhum esforço aos mesmo, para uma<br />

proporção de 1/40 touro/vacas, o que significaria uma economia aos<br />

produtores rurais na aquisição e reposição dos reprodutores do<br />

rebanho e custo por bezerro desmamado. Ressaltando que os estudos<br />

atuais (Galvani, 1998) apontam para proporções touro/vaca bem<br />

superiores.<br />

Segundo Hafez (1995) os animais de origem indiana possui<br />

menor libido que os animais taurinos, e entre os últimos, os de aptidão<br />

leiteira mostram-se mais ativos sexualmente do que os de aptidão de<br />

corte. Tais coclusões vão de encontro com as observações feitas pelos<br />

estudos realizados no Brasil, onde animais da raça Nelore<br />

demonstraram baixa libido em testes feitos em currais, tanto para a<br />

libido como para a capacidade de monta (Barbosa, 1987; Fonseca,<br />

1989; Crudeli, 1991). Tais observações também foram feitas por<br />

Lunstra (1984) em animais da raça Brahman e Africander, e o autor<br />

preconiza a realização de provas sob condições mais naturais e de<br />

maior duração. Dentro deste contexto, há diversos estudos sendo<br />

realizados em provas de maior tempo ou feitas diretamente no campo,<br />

em condições naturais de manejo. Segundo Marcelo ( comunicação<br />

pessoal, 1999) quando o teste da libido é efetuado com tempo de 20<br />

minutos, há um aumento superior a 30 % de animais aprovados no<br />

teste e Oliveira (comunicação pessoal, 1999) empregando teste em<br />

curral, porém com tempo de 3 horas de duração, verificou que a<br />

totalidade dos animais testados, efetuarão varias montas completas a<br />

partir de 58 minutos de prova. Certamente, diversos estudos devem<br />

serem conduzidos para determinar-se um tempo ótimo de teste,<br />

principalmente que venha a viabilizar estes testes, principalmente<br />

quando pensamos nos grandes rebanhos existentes no Brasil, que<br />

certamente, três horas de teste inviabilizaria qualquer tentativa de<br />

realização.


284 - I Simpósio de Produção de Gado de Corte<br />

Atualmente o Colégio Brasileiro de Reprodução (Manual de<br />

andrologia, 1998), preconiza dois testes da libido, sendo um destinado<br />

aos animais de origem taurina e outro para os de origem indiana. O<br />

primeiro, segue os protocolos desenvolvidos por Osborne (1971),<br />

modificado por Chenoweth (1974) e o segundo foi desenvolvido por<br />

Pineda (1996), a partir de algumas modificações feitas no primeiro.<br />

Onde o segundo, se diferencia além das pontuações, no número de<br />

fêmeas, utilizando cinco fêmeas, onde somente duas se encontram no<br />

estro e apenas uma contida.<br />

Como pode ser observado nas tabelas abaixo, o protocolo para os<br />

animais zebuínos, embora seja um parâmetro que deve ser seguido,<br />

parece não ser definitivo, devendo serem realizados estudos para<br />

alcançarmos um protocolo que avaliam com maior margem de<br />

segurança, a capacidade de serviço ou a libido dos animais zebuínos.<br />

NOTA ATITU<strong>DE</strong><br />

0 Sem interesse sexual<br />

1 Interesse Sexual somente uma vez<br />

2 Interesse sexual mais de uma vez<br />

3 Ativa perseguisiçào pela fêmea, com persistente interesse<br />

sexual<br />

4 Uma monta ou tentativa de monta, sem cópula<br />

5 Duas montas ou tentativas, mas sem cópula<br />

6 Mais duas montas ou tentativas de monta, sem cópula<br />

7 Um serviço, seguido por nenhum interesse sexual<br />

8 Um serviço, Seguido de interesse sexual<br />

9 Dois serviços , seguidos por nenhum interesse sexual<br />

10 Dois serviços, seguidos por interesse sexual, incluindo<br />

montas, tentativas de montas ou serviço<br />

Fonte: Chenoweth (1974)


I Simpósio de Produção de Gado de Corte - 285<br />

NOTA ATITU<strong>DE</strong><br />

0 Sem interesse sexual<br />

1 Interesse de fêmea em cio (cheio)<br />

2 Cheiro e perseguisão insistente<br />

3 Tentativa de monta sem salto, com mugido, deslocamento ou<br />

masturbação<br />

4 Tentativa de monta sem salto, com pênis exposto<br />

5 Tentativa de monta com salto, sem pênis exposto<br />

6 Duas ou mais tentativas de monta com salto, sem pênis<br />

exposto<br />

7 Tentativa de monta com salto e pênis exposto<br />

8 Duas ou mais tentativas de monta com salto e pênis exposto<br />

9 Uma monta com serviço completo<br />

10 Duas ou mais montas com serviço completo<br />

Fonte: Pineda (1996)<br />

CIRCUNFERÊNCIA ESCROTAL<br />

A circunferência escrotal durante muitos anos, foi rejeitada como<br />

uma das características reprodutivas a serem selecionada em programa<br />

de seleção. Porém atualmente a mesma é altamente difundida, e seu<br />

emprego como um dos instrumento de seleção é adotado por grande<br />

maioria dos pecuaristas. Provavelmente em função de sua facilidade de<br />

obtenção e alta repetibilidade em suas mensurações (0,95) e não<br />

precisar de técnicos altamente qualificados para sua execução.<br />

O aspecto mais difundido entre a comunidade científica, é o fato<br />

da mesma apresentar alta correlação (0,67 a 0,94) com a idade a<br />

puberdade dos seus descendentes, tanto nas fêmeas como em machos<br />

(Rekwot et al., 1988; Smith et al., 1989). Embora correto, não<br />

devemos esquecer que quanto maior a circunferência escrotal, maior<br />

será a produção espermática e consequentemente maior o número de<br />

ejaculados fertéis o animal apresentará. De acordo com Halnes et al.<br />

(1969), um reprodutor de origem taurina efetua duas montas completas<br />

por fêmea em estro, já Freneau (1991) observou em média 0,67 montas<br />

completas e outros estudos não diferenciaram desses estudos,


286 - I Simpósio de Produção de Gado de Corte<br />

apresentando uma amplitude de 0,6 a 3,2 montas por fêmea em estro<br />

( ) e quando consideramos a capacidade de produção de quatro<br />

ejaculados diários pelo processo de espermatogênese, verifica-se que<br />

quanto maior a circunferência, maior a produção de ejaculados férteis.<br />

Dentro deste contexto, há uma preocupação muito grande na<br />

determinação de qual a circunferência ideal para cada fase de<br />

crescimento do animal e em que fase de desenvolvimento poderia-se<br />

selecionar por esta característica. Atualmente, O Colégio Brasileiro de<br />

Reprodução Animal, preconiza uma tabela desenvolvida por Fonseca<br />

et . (1989), destinados aos animais de origem indiana e uma outra<br />

desenvolvida pelo Sociedade de Theriogenologia (1976) para os<br />

animais de origem indiana. Para os reprodutores mestiços F1, oriundos<br />

de cruzamentos Bos taurus taurus x Bos taurus indicus, Guimarães<br />

(1997) recomenda a utilização do protocolo empregado para animais<br />

taurinos. Entretanto para animais mestiços com diversos graus de<br />

sangue (compostos) não há até o momento, nenhum protocolo a ser<br />

seguido, restando aos produtores seguir o bom senso e descartar os<br />

animais que estiverem muito a baixa da média do rebanho<br />

contemporâneo.<br />

RESERVA GONADICA E EXTRA GONADICA<br />

Este parâmetro, talvez um dos mais importantes entre as<br />

características reprodutivas do macho bovino, por refletir o potencial<br />

de cobertura com sucesso que o mesmo pode realizar durante<br />

determinado período ou estação de monta. Conhecendo a capacidade<br />

de reserva gonadica, pode-se estabelecer a relação touro/vaca, sem que<br />

haja diminuição da eficiência reprodutiva do rebanho.<br />

Através deste conhecimento, Hahn et al. (1969), determinaram a<br />

produção espermática por grama de parênquima testicular por<br />

ejaculado, dia e semana e Galloway (1989) determinou o número de<br />

ejaculados por dia, número de ejaculados por 21 dias e número de<br />

vacas cobertas com sucesso durante os 21 dias.<br />

Neste contexto, diversos estudos foram realizados em bovinos<br />

tanto os de origem taurina como os de origem indiana (Hahn et al.,<br />

1969; Galloway, 1989; Cardoso & Godinho, 1985; Berndtson &<br />

Igboeli, 1988; Palasz et al., 1994; Freneau, 1996). A reserva gonadica


I Simpósio de Produção de Gado de Corte - 287<br />

e extra gonadica aumenta de forma acelerada da puberdade até a<br />

maturidade sexual, quanto então aumenta de forma gradativa até<br />

aproximadamente os seis anos de idade, quando então começa a<br />

diminuir em função de pequenas lesões que ocorrem normalmente nos<br />

túbulos seminíferos.<br />

De acordo com MacMillan & Hafez (1968) após a maturidade<br />

sexual, o aumento da reserva gonadica ocorre um função do aumento<br />

do peso testicular, sendo portanto diferente do processo antes da<br />

maturidade, no qual ocorre devido a melhoria no processo<br />

espermatogênico.<br />

Não diferente de todas as características reprodutivas, Igboeli &<br />

Rakha (1971) e Cardoso (1981) registraram valores bem inferiores de<br />

produção espermática total para animais de origem indiana quando<br />

comparada aos touros de origem taurina. Segundo ao último autor, se<br />

deve as menores mensurações apresentadas pela sub-espécie. Contudo,<br />

há uma tendência da produção por grama de parênquima testicular<br />

serem semelhantes entre as duas sub-espécies. Já os valores para os<br />

animais mestiços mostram próximos dos animais taurinos (Wildeus &<br />

Entwistle, 1983; Guimarães, 1997)<br />

Em animais taurinos a reserva espermática total encontra-se entre<br />

os valores de 2,83 a 5,26 x 10 9 células espermáticas por dia e nos<br />

animais de origem indiana os valores de 2,3 a 10,14 x 10 9 células<br />

espermáticas por dia e seus mestiços, concentrações espermática de<br />

1,48 a 5,32 células espermáticas ( Amann & Almquist, 1962; Igboeli &<br />

Rakha, 1971; Tegegne et al., 1992; Berndtson & Igboeli, 1988<br />

Freneau, 1996; Wildeus, 1993; Wildeus & Entwistle, 1982 e 1983;<br />

Guimarães, 1997. Certamente, as variações observadas deve-se as<br />

diferenças do peso testicular, observação esta corraborada pela alta<br />

correlação existente entre a produção espermática com o peso<br />

testicular.<br />

De acordo com a metodologia de Hahan et al. (1969) e Galoway<br />

(1989) o número de vacas cobertas em um ciclo de 21 dias de estação<br />

reprodutiva varia de 30 até 80 fêmeas, variando de acordo com a<br />

circunferência escrotal. Em animais mestiços F1, Guimarães (1997)<br />

registrou uma amplitude de 17 a 70 coberturas por ciclo. Diante dessas<br />

observações é sabido que a proporção touro/vaca tradicional de 1:25 é<br />

realmente muito baixa, onde os reprodutores são sub-utilizados.


288 - I Simpósio de Produção de Gado de Corte<br />

VALORES ECONÔMICOS COM PROPORÇÃO TOURO X<br />

VACA<br />

Poucos estudos econômicos tem-se observado na literatura<br />

mundial, principalmente em condições de Brasil. Porém é<br />

unanimidade que os produtores rurais ganham sobre diversos aspectos,<br />

como por exemplo, a economia sobre o redução do número de touros a<br />

serem adquiridos na ocasião da reposição do rebanho na estação de<br />

monta; maior pressão de seleção dos reprodutores utilizados; maior<br />

número de fêmeas gestantes no inicio da estação e consequentemente<br />

maior número de partos no início da estação de parto; maior ganho de<br />

peso dos animais desmamados ou na ocasião da venda,em função do<br />

período do ano (Bergmann, 1993; Pineda, 1995; Pereira, 1996;<br />

Fonseca et al., 1997; Galvani, 1998).<br />

Adicionalmente, Barth (1997) preconiza que para cada ciclo<br />

estral não detectado ou perdido, há perdas de 22 a 27 kilos do peso<br />

final à desmama em bezerros de corte. Adicionalmente, Blockey et al.<br />

(1989), verificou maior taxa de concepção e consequentemente maior<br />

percentual de parto precoce ou no início da estação e melhores preços<br />

na ocasião da desmama, quando utilizou uma proporção touro/vaca de<br />

1:40, alcançando desta forma ganhos adicionais de US$ 573,00 para<br />

cada 40 fêmeas ou US$ 14,32 por bezerro desmamado.<br />

Já Fonseca et al. (1997), empregando uma proporção touro/vaca<br />

de 1:60 em um rabanho de 6000 fêmeas, registraram uma redução de<br />

custo por bezerro desmamado de US$ 18,66. Da mesma forma,<br />

Galvani (1998) em uma simulação realizado a partir de dados obtidos a<br />

nível de campo, verificou um ganho por bezerro desmamado de US$<br />

51,37, correspondendo um ganho de 48,54 %.<br />

De acordo com Fonseca et al. (1995) quando se substitui a<br />

proporção touro/vaca tradicional de 1:25 para 1:40 ou 1:60, há uma<br />

redução no custo de produção por bezerro desmamado de 10,4 e 16,2<br />

% repectivamente. Tais Observações foram corraborada<br />

posteriormente por Pineda (1996). Tais reduções ocorre em função do<br />

menor número de touros utilizados na estação de monta. Segundo<br />

Bergmann (1993), quando se emprega a proporção touro/vaca de 1:40;<br />

1:60; 1:80 e 1:100, obtem-se respectivamente, uma redução de 37,5;<br />

57,5; 67,5 e 75 % na aquisição de touros para a estação de monta.


I Simpósio de Produção de Gado de Corte - 289<br />

Nestes estudos os autores tomam como base de cálculo, com pequenas<br />

modificações entre os mesmos, a seguinte fórmula:<br />

(rebanho base com 4000 fêmeas e proporção touro/vaca de 1:40)<br />

Yˆ<br />

Y ˆ<br />

Onde:<br />

= 100 x 2000 US$ + [(20 x 2000 US$ - 20 x 600 US$) x 5]<br />

= US$ 340.000,00/ 5 anos<br />

Y =<br />

100 = número de touros necessários para 4000 vacas em reprodução na<br />

proporção de 1:40;<br />

20 = número de touros descartados anualmente, obedecendo a uma<br />

taxa de<br />

reposição de 20 %;<br />

2000 = custo de cada touro;<br />

600 = valor da venda par abate dos touros descartados;<br />

5 = período de cinco anos, quando todos os touros terão sido<br />

substituídos;<br />

ˆ<br />

sendo no tradicional (1:25)<br />

Y ˆ<br />

= US$ 544.000,00<br />

Então, teremos como diferencial de manejo o total de<br />

US$ 204.000,00 nos cinco anos de produção, o que equivale a<br />

US$ 40.800,00 anuais.<br />

Certamente, todos esses estudos nos leva a refletir o quanto os<br />

pecuaristas perdem economicamente em função de não adotarem um<br />

bom manejo dos reprodutores. Da mesma forma, os desafios<br />

imprimidos aos reprodutores aos estudos supracitados, nos indicam<br />

que ainda não se chegou a proporção touro/vaca ideal e que os estudos<br />

devem continuar. Entretanto, não deve-se esquecer que para qualquer<br />

aumento substancial neste números, cuidados especiais devem ser<br />

adotados no manejo do rebanho, tais como rodeios diários do rebanho


290 - I Simpósio de Produção de Gado de Corte<br />

para facilitar a detecção do estro pelos machos (principalmente para<br />

lotes de animais acima de 200 fêmeas, prática esta já realizada por<br />

fazendas de grandes rebanhos).<br />

CETIFICA<strong>DO</strong> ANDROLÓGICO POR PONTOS – CAP<br />

O certificado andrológico por pontos, atribui uma pontuação<br />

baseada em três características reprodutivas, sendo a motilidade<br />

espermática progressiva (20 pontos), a morfologia espermática ( 40<br />

pontos) e a circunferência escrotal ( 40 pontos), esta última de acordo<br />

com as idades dos reprodutores. Atualmente o CBRA, preconiza duas<br />

tabelas de pontuação, uma para animais de origem indiana segundo a<br />

tabela preconizada por Fonseca et al. (1989) e outra para animais da<br />

sub-espécie Bos taurus taurus , segundo os padrões indicados pela<br />

American Society for Theriogenology (1976).<br />

Estas avaliações permitem a classificação dos animais em quatro<br />

classes distintas, sendo: Excelentes, muito bons , bons e questionáveis.<br />

Contudo, quanto trata-se dos animais Bos taurus indicus, a pontuação<br />

do andrológico por pontos, tem demonstrado resultados poucos<br />

satisfatórios, onde os estudos não envidenciaram diferenças entre as<br />

classes de touros ( Neville et al., 1988; Crudeli et al., 1992; Costa e<br />

Silva et al., 1993), com exceção da classe de animais questionáveis.<br />

Entretanto, enquanto não se determina uma tabela de classificação,<br />

acreditamos que a tabela proposta, pode ajudar os técnicos e<br />

pecuaristas a adotarem uma conduta de manejo com os reprodutores,<br />

evitando grande prejuízos na eficiência do rebanho.<br />

IDA<strong>DE</strong> I<strong>DE</strong>AL PARA INICIAR A VIDA REPRODUTIVA E A<br />

CONDUTA <strong>DE</strong> MANEJO <strong>DO</strong>S ANIMAIS<br />

A idade ideal para os touros iniciarem sua vida reprodutiva<br />

sempre foi um gargalo na reprodução, normalmente a maioria dos<br />

produtores rurais esperam que os animais atinjam quatro anos de idade,<br />

sendo esta muito tardia, mesmo em condições do manejo brasileiro,<br />

visto que na maioria dos trabalhos os animais alcançam a maturidade<br />

sexual entre os 30 e 36 meses de idade. Outro aspecto muito<br />

questionado, é se o processo da espermatogênese será suficiente para a<br />

produção de espermatozóides para fecundar as vacas em uma estação


I Simpósio de Produção de Gado de Corte - 291<br />

de monta normal. Certamente não devemos esquecer que o processo<br />

espermatogênico é dinâmico e contínuo após a puberdade. Portanto,<br />

acreditamos ser suficiente para a produção espermática e garantir uma<br />

reserva extra gonádica para a produção de ejaculados normais.<br />

Portanto, pode-se aproveitar o potencial reprodutivo de touros a<br />

partir da maturidade sexual, porém, cuidados prévios devem ser<br />

adotados, tais como não utilizar animais jovens com fêmeas adultas e<br />

de estatura muito elevada com relação aos machos. Tais precauções<br />

evitam que os mesmos fiquem com medo das fêmeas principalmente<br />

pela dominância imposta por elas, onde muitas vezes os tourinhos<br />

apanham das fêmeas, que mesmo na ocasião do estro, não permitem a<br />

aproximação dos mesmos. Outro aspecto importante é não utilizar os<br />

tourinhos juntamente com machos adultos, onde a dominância é<br />

imediatamente imposta pelos adultos, fato este que poderá ocasionar<br />

conseqüências sérias no desempenho sexual futuro desses animais<br />

jovens. Devemos lembrar que a dominância é um dos fatores<br />

determinantes de baixa eficiência reprodutiva em rebanhos de corte<br />

numerosos.<br />

Com esta conduta de manejo, teria-se então pelo menos uma<br />

estação reprodutiva a mais durante a vida útil dos reprodutores, o que<br />

proporcionaria menor tempo para testar o potencial melhorador dos<br />

touros, como também o menor custo nos testes de progênie e<br />

principalmente maior produção.<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

A maior difusão dos conhecimentos fisiológicos e o real<br />

potencial reprodutivos dos bovinos, irá a curto prazo aumentar a<br />

produção do rebanho nacional. Certamente a proporção touro/vaca<br />

tradicional, com pequena exceção de algumas regiões do pantanal<br />

1:10 ou 1:20, não desafiam dos machos bovinos.<br />

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