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sistematização da assistência de enfermagem à gestante de

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Artigo <strong>de</strong> Revisão<br />

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À<br />

GESTANTE DE BAIXO RISCO<br />

SYSTEMATIZATION OF NURSING ASSISTANCE FOR LOW RISK<br />

Denise dos Anjos Buker Alvim<br />

Teresa Raquel <strong>de</strong> Paiva Bassoto 1<br />

Genaíne Men<strong>de</strong>s Marques 2<br />

Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> do Futuro<br />

En<strong>de</strong>reço <strong>de</strong> e-mail:<br />

1 paivabassoto@yahoo.com.br<br />

2 genainemen<strong>de</strong>s@yahoo.com.br<br />

PREGNANT WOMEN<br />

Resumo<br />

Este estudo trata <strong>da</strong> Sistematização <strong>da</strong> Assistência <strong>de</strong><br />

Enfermagem presta<strong>da</strong> a <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco durante o prénatal,<br />

através <strong>da</strong> Consulta <strong>de</strong> Enfermagem e <strong>da</strong>s ações<br />

educativas, realiza<strong>da</strong>s nos grupos <strong>de</strong> <strong>gestante</strong>s. Mostra o<br />

papel importante que o profissional <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>de</strong>senvolve<br />

nesse momento tão importante e único na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> mulher;<br />

procura sempre avaliar a <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> uma forma integral,<br />

respeitando sempre a escuta; valoriza os princípios <strong>de</strong> maneira<br />

individualiza<strong>da</strong>; e procura <strong>da</strong>r as respostas aos<br />

questionamentos levantados. O presente artigo teve como<br />

objetivo realizar levantamento bibliográfico; <strong>de</strong>screver protocolo<br />

<strong>de</strong> <strong>assistência</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco, segundo preconizado<br />

pelo MS; sistematizar <strong>assistência</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong><br />

<strong>de</strong> baixo risco. Trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa <strong>de</strong> caráter<br />

<strong>de</strong>scritivo que utiliza como base a revisão bibliográfica a<br />

respeito <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> presta<strong>da</strong> no período<br />

gestacional, verificando o que é preconizado pelo Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong> e nos programas relacionados <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> mulher. Foi<br />

observado que buscar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e resolutibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

atendimento prestado, durante o período do pré-natal, visa<br />

sempre <strong>à</strong> diminuição dos altos índices <strong>de</strong> morte materna e<br />

perinatal. A utilização dos protocolos elaborados, para prestar<br />

essa <strong>assistência</strong>, tem o intuito <strong>de</strong> contribuir para o<br />

planejamento <strong>de</strong> ações com perspectivas <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r esses<br />

<strong>da</strong>dos estatísticos. Foram levantados nove problemas <strong>de</strong><br />

<strong>enfermagem</strong> e seus diagnósticos, segundo NANDA, e<br />

elaborados os cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> direcionados <strong>à</strong><br />

<strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco.<br />

Palavras chaves: Enfermagem; Mulher: Pré-natal; Gestação;<br />

Sistematização<br />

Abstract<br />

This study <strong>de</strong>als with the systematization of nursing assistance<br />

offered to low risk pregnant women during prenatal period,<br />

through nursing consult and educational actions ma<strong>de</strong> among<br />

groups of pregnant. It shows the important role that nursing<br />

professionals <strong>de</strong>velop at so important and unique moment in<br />

the life of women; seek to evaluate the pregnant in a global<br />

Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 258<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

Introdução<br />

259<br />

perspective, respecting the listening, valorizing the principles in<br />

an individualized manner and seek to give answers to the<br />

questions that may occur. The present article has the objective<br />

produce a bibliographical survey, <strong>de</strong>scribing the protocol of<br />

assistance for low risk pregnant women, according to what is<br />

established by Health Ministry; systematize nursing assistance<br />

to low risk pregnant women. It is a qualitative research with<br />

<strong>de</strong>scriptive character that uses as its base a bibliographical<br />

review concerning nursing assistance offered in the pregnancy<br />

period, verifying what is established by Health Ministry and by<br />

the programs related to women´s health. It was observed that<br />

to seek quality and resoluteness of the offered atten<strong>da</strong>nce,<br />

during prenatal period, has the aim to diminish the high levels<br />

of maternal and perinatal <strong>de</strong>ath. The use of elaborated<br />

protocols, to offer this assistance, has the objective to<br />

contribute for action planning with the perspective to change<br />

those statistics. It was discussed nine problems related to<br />

nursing and its diagnosis, according to NANDA and elaborated<br />

mo<strong>de</strong>ls for nursing care specifically for low risk pregnant.<br />

Key-words: Nursing, women, prenatal, pregnancy,<br />

systematization.<br />

Segundo Lacava 7 , anualmente, cerca <strong>de</strong> 600 mil mulheres morrem no mundo<br />

por complicações <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z, parto e puerpério. Sabe-se que 99% <strong>de</strong>ssas mortes<br />

ocorrem nos países sub<strong>de</strong>senvolvidos ou em <strong>de</strong>senvolvimento, entre os quais se<br />

inclui o Brasil. O fato <strong>de</strong>nuncia a situação <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> reprodutiva <strong>da</strong>s<br />

mulheres no país.<br />

No Brasil, a mais importante entre essas causas são as complicações <strong>da</strong><br />

doença hipertensiva específica <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z, apontando para a baixa cobertura, ou<br />

baixa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> pré-natal. A cobertura obstétrica só alcança cerca <strong>de</strong><br />

20% <strong>da</strong>s mulheres pré-grávi<strong>da</strong>s, ficando a principal proporção sem amparo<br />

assistencial. Sendo assim, as causas obstétricas diretas, bem como suas<br />

complicações são perfeitamente preveníveis com uma <strong>assistência</strong> pré-natal<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, quantitativa e qualitativamente, bem como uma <strong>assistência</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ao<br />

parto.<br />

Numa proposta com vistas <strong>à</strong> melhoria e <strong>à</strong> humanização <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> no<br />

período gravídico-puerperal, o Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (MS) responsabiliza os serviços<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>vem oferecer o a<strong>de</strong>quado acompanhamento do parto e puerpério,<br />

a receber com digni<strong>da</strong><strong>de</strong> a mulher e o recém-nascido e a adotar práticas<br />

humaniza<strong>da</strong>s e seguras. Isso implica na organização <strong>da</strong>s rotinas, dos procedimentos<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM


e <strong>da</strong> estrutura física, bem como a incorporação <strong>de</strong> condutas acolhedoras e não<br />

intervencionistas 4 .<br />

Nesse contexto, a <strong>assistência</strong> pré-natal <strong>de</strong>ve ser organiza<strong>da</strong> para aten<strong>de</strong>r <strong>à</strong>s<br />

reais necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> população <strong>de</strong> <strong>gestante</strong>s, utilizando conhecimentos técnico-<br />

científicos, com meios e recursos a<strong>de</strong>quados e disponíveis. As ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>vem estar volta<strong>da</strong>s <strong>à</strong> cobertura <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a população-alvo <strong>da</strong> área <strong>de</strong> abrangência<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, assegurando continui<strong>da</strong><strong>de</strong> no atendimento, acompanhamento<br />

e avaliação <strong>da</strong>s ações sobre a saú<strong>de</strong> materno-perinatal.<br />

A freqüência <strong>de</strong> to<strong>da</strong> <strong>gestante</strong> ao pré-natal é fator primordial para a prevenção<br />

e o tratamento precoce <strong>de</strong> diversas afecções que po<strong>de</strong>rão afetar a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

novo ser que irá nascer, além <strong>de</strong> propiciar no momento do parto, informações<br />

necessárias para o atendimento a<strong>de</strong>quado. O presente artigo tem como objetivos:<br />

realizar levantamento bibliográfico; <strong>de</strong>screver protocolo <strong>de</strong> <strong>assistência</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong> <strong>de</strong><br />

baixo risco, segundo preconizado pelo MS; sistematizar a <strong>assistência</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>enfermagem</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco.<br />

Metodologia<br />

O presente estudo trata-se <strong>de</strong> uma pesquisa qualitativa <strong>de</strong> caráter <strong>de</strong>scritivo,<br />

que utiliza como base a revisão bibliográfica, sendo essa diferencia<strong>da</strong> entre si<br />

quanto ao método, <strong>à</strong> forma e aos objetivos 6 . A expressão “pesquisa qualitativa”<br />

assume diferentes técnicas interpretativas que visam a <strong>de</strong>screver e a <strong>de</strong>codificar os<br />

componentes <strong>de</strong> um sistema complexo <strong>de</strong> significados. Tem por objetivo traduzir e<br />

expressar o sentido dos fenômenos do mundo social. Trata-se <strong>de</strong> reduzir a distância<br />

entre indicador e indicado, entre teoria e <strong>da</strong>dos, entre contexto e ação 8 .<br />

Pesquisas <strong>de</strong>scritivas, segundo Trivinos 13 , “exigem do pesquisador uma série<br />

<strong>de</strong> informações sobre o que se <strong>de</strong>seja pesquisar”. Há aprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição<br />

<strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> em questão, <strong>de</strong>screvendo “com exatidão” os fatos e fenômenos.<br />

Reforça Silva e Menezes 12 dizendo que a pesquisa <strong>de</strong>scritiva “Visa <strong>de</strong>screver as<br />

características <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> população, fenômeno ou o estabelecimento <strong>de</strong><br />

relações entre variáveis. Envolve o uso <strong>de</strong> técnicas padroniza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>dos: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma <strong>de</strong><br />

levantamento”.<br />

Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 260<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

261<br />

Em relação aos procedimentos técnicos, é uma pesquisa bibliográfica<br />

“quando elabora<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> material já publicado, constituído principalmente <strong>de</strong><br />

livros, artigos <strong>de</strong> periódicos e, atualmente, com material disponível na Internet” 12 .<br />

A pesquisa foi elabora<strong>da</strong> mediante um levantamento e seleção <strong>de</strong> materiais já<br />

publicados: livros, manuais, portarias, programas do MS, periódicos e artigos<br />

científicos disponibilizados na Internet sobre o tema. Fez-se uma análise,<br />

articularam-se os conceitos, sistematizando-os na área <strong>de</strong> conhecimento<br />

(<strong>assistência</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>).<br />

Desenvolvimento<br />

No Brasil, na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80, foi lançado o Programa <strong>de</strong> Atenção Integral <strong>à</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Mulher (PAISM), que incluía, pela primeira vez, serviços públicos que<br />

contemplavam a mulher no seu ciclo vital, visando <strong>à</strong> incorporação <strong>da</strong> própria mulher<br />

como sujeito ativo no cui<strong>da</strong>do <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rando to<strong>da</strong>s as etapas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> 3 . O<br />

PAISM teve como objetivo geral reduzir a morbi-mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mulher em to<strong>da</strong>s as<br />

fases <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, garantindo <strong>à</strong> população feminina, <strong>de</strong> acordo com as suas<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o acesso aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferentes complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a partir<br />

atenção básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Como parte <strong>de</strong> seus objetivos específicos, constam a<br />

ampliação <strong>da</strong> cobertura e melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> pré-natal, parto e<br />

puerpério, <strong>da</strong>ndo <strong>de</strong>staque e importância <strong>à</strong>s ações educativas no atendimento <strong>à</strong><br />

mulher, sendo esse o diferencial em relação a outros programas. A dimensão<br />

educativa é, sem dúvi<strong>da</strong>, um dos aspectos mais inovadores do PAISM, pois objetiva<br />

contribuir com o acréscimo <strong>de</strong> informações que as mulheres possuem sobre seu<br />

corpo e valorizar suas experiências 10 .<br />

Portanto, o profissional <strong>de</strong>ve ser um instrumento para que a cliente adquira<br />

autonomia no agir, aumentando a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enfrentar situações <strong>de</strong> estresse, <strong>de</strong><br />

crise e <strong>de</strong>ci<strong>da</strong> sobre a vi<strong>da</strong> e a saú<strong>de</strong>. Um dos momentos na vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssa mulher em<br />

que ela vivencia uma gama <strong>de</strong> sentimentos, é durante a gravi<strong>de</strong>z que, se <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>,<br />

traz alegria; se não espera<strong>da</strong>, po<strong>de</strong> gerar surpresas, tristeza e até mesmo negação.<br />

Ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> e dúvi<strong>da</strong>s com relação <strong>à</strong>s modificações pelas quais vai passar, sobre<br />

como está se <strong>de</strong>senvolvendo a criança, medo do parto, <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r amamentar,<br />

entre outros, são sentimentos comuns presentes na <strong>gestante</strong>.<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM


Pré-natal em <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco<br />

O que é o pré-natal<br />

Segundo o MS, todo conjunto <strong>de</strong> ações realizado durante o período<br />

gestacional <strong>da</strong> mulher, visando a um atendimento global <strong>da</strong> sua saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> maneira<br />

individualiza<strong>da</strong>, procurando sempre a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e resolutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sse processo é<br />

consi<strong>de</strong>rado pré-natal. Com a implantação do PAISM, um fato importante ressalta-<br />

se: o estímulo <strong>à</strong> participação do profissional <strong>da</strong> <strong>enfermagem</strong> nas ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

mulher, especialmente na <strong>assistência</strong> pré-natal. De acordo com a Lei do Exercício<br />

Profissional <strong>da</strong> Enfermagem – Decreto número 94.406/87 e o MS, o pré-natal <strong>de</strong><br />

baixo risco po<strong>de</strong> ser inteiramente acompanhado pela <strong>enfermagem</strong>.<br />

Como está <strong>de</strong>scrito na Lei número 7.498 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1986, que dispõe<br />

sobre a regulamentação do exercício <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>, compete ao(<strong>à</strong>) enfermeiro(a)<br />

a realização <strong>de</strong> consulta <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> e a prescrição <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>enfermagem</strong>, como integrante <strong>da</strong> equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Entre as ações está a <strong>de</strong><br />

prescrever medicamentos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estabelecidos em Programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Pública e em rotina aprova<strong>da</strong> pela instituição <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; oferecer <strong>assistência</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>enfermagem</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong>, parturiente e puérpera e realizar ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação<br />

em saú<strong>de</strong>.<br />

O número total <strong>de</strong> consultas, preconiza<strong>da</strong>s pela Organização Mundial <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>ve ser inferior a seis. Qualquer número abaixo <strong>de</strong>ssa cifra já é<br />

consi<strong>de</strong>rado como atendimento <strong>de</strong>ficiente.<br />

Fatores <strong>de</strong> risco gestacional que permitem a realização do pré-natal pela<br />

equipe do PSF<br />

Compreen<strong>de</strong>m situações anteriores ou <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> gestação atual que<br />

exigem uma atenção especial no <strong>de</strong>correr do pré-natal:<br />

a) I<strong>da</strong><strong>de</strong> menor <strong>de</strong> 17 e maior <strong>de</strong> 35 anos.<br />

b) Ocupação, esforço físico, carga horária, rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> horário, exposição a<br />

agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse.<br />

c) Situação conjugal insegura.<br />

d) Baixa escolari<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

e) Condições ambientais <strong>de</strong>sfavoráveis.<br />

f) Altura menor que 1,45 m.<br />

Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 262<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

263<br />

g) Peso menor que 45 kg ou maior que 75 kg.<br />

h) Recém-nascido com crescimento retar<strong>da</strong>do, pré-termo ou mal formado, em<br />

gestação anterior.<br />

i) Intervalo interpartal menor que 2 anos.<br />

j) Nulipari<strong>da</strong><strong>de</strong> e multipari<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

k) Síndrome hemorrágica ou hipertensiva, em gestação anterior.<br />

l) Cirurgia uterina anterior.<br />

Fatores <strong>de</strong> risco gestacional que indicam a realização do pré-natal em serviços<br />

<strong>de</strong> referência especializado em gravi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> alto risco<br />

Compreen<strong>de</strong>m as seguintes situações:<br />

a) Dependência <strong>de</strong> drogas lícitas e ilícitas.<br />

b) Morte perinatal anterior; abortamento habitual.<br />

c) Esterili<strong>da</strong><strong>de</strong> / infertili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

d) Desvio quanto ao crescimento uterino, número <strong>de</strong> fetos e volume <strong>de</strong> líquido<br />

amniótico.<br />

e) Trabalho <strong>de</strong> parto prematuro e gravi<strong>de</strong>z prolonga<strong>da</strong>.<br />

f) Pré-eclâmpsia e eclampsia.<br />

g) Diabetes gestacional.<br />

h) Amniorrexe prematura.<br />

i) Hemorragias <strong>da</strong> gestação.<br />

j) Óbito fetal.<br />

k) Hipertensão e Cardiopatias.<br />

l) Pneumopatias.<br />

m) Nefropatias.<br />

n) Endocrinopatias.<br />

o) Hemopatias.<br />

p) Epilepsia.<br />

q) Doenças infecciosas e auto-imunes.<br />

r) Ginecopatias.<br />

Fatores <strong>de</strong> baixo risco ou risco habitual que o pré-natal po<strong>de</strong> ser realizado<br />

pela(o) enfermeira(o).<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM


Segundo o MS, Estados e Municípios, por meio <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s integrantes <strong>de</strong><br />

seu sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vem garantir atenção pré-natal puerperal, realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

acordo com os parâmetros estabelecidos a seguir:<br />

1- Captação precoce <strong>da</strong>s <strong>gestante</strong>s com realização <strong>da</strong> primeira consulta <strong>de</strong><br />

pré-natal até 120 dias <strong>da</strong> gestação.<br />

2- Realização <strong>de</strong>, no mínimo, seis consultas <strong>de</strong> pré-natal, sendo,<br />

preferencialmente, uma no 1º trimestre, duas no 2º trimestre e três no 3º trimestre <strong>da</strong><br />

gestação.<br />

3- Desenvolvimento <strong>da</strong>s seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou procedimentos durante a<br />

atenção pré-natal: a) escuta <strong>da</strong> mulher e <strong>de</strong> seus acompanhantes, esclarecendo<br />

dúvi<strong>da</strong>s e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as condutas que<br />

serão adota<strong>da</strong>s; b) ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas a serem realiza<strong>da</strong>s em grupo ou<br />

individualmente, com linguagem clara e compreensível, proporcionando respostas<br />

<strong>à</strong>s in<strong>da</strong>gações <strong>da</strong> mulher, ou <strong>da</strong> família e as informações necessárias; c) anamnese<br />

e exame clínico-obstétrico <strong>da</strong> <strong>gestante</strong>; d) exames laboratoriais: ABO-Rh,<br />

Hemoglobina/Hematócrito, na primeira consulta; glicemia <strong>de</strong> jejum, um exame na 1ª<br />

consulta e outro próximo <strong>à</strong> 30ª semana <strong>de</strong> gestação; VDRL, um exame na 1ª<br />

consulta e outro próxima <strong>à</strong> 30ª semana <strong>de</strong> gestação; urina tipo 1, um exame na 1ª<br />

consulta e outro próximo <strong>da</strong> 30 semana <strong>de</strong> gestação; testagem anti-HIV, com um<br />

exame na 1ªconsulta, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a <strong>gestante</strong> consinta; sorologia hepatite B (HBsAg),<br />

com um exame, <strong>de</strong> preferência, próximo <strong>à</strong> 30 semana <strong>de</strong> gestação; sorologia para<br />

toxoplasmose (IgM), na primeira consulta se disponível; e) imunização antitetânica:<br />

aplicação <strong>de</strong> vacina dupla tipo adulto até a dose imunizante do esquema<br />

recomen<strong>da</strong>do, ou dose <strong>de</strong> reforço em mulheres já imuniza<strong>da</strong>s; f) avaliação do<br />

estado nutricional <strong>da</strong> <strong>gestante</strong> e monitoramento por meio do SISVAN (Serviço <strong>de</strong><br />

Informação do Sistema <strong>de</strong> Vigilância Alimentar e Nutricional); g) prevenção e<br />

tratamento dos distúrbios nutricionais; h) prevenção ou diagnóstico precoce do<br />

câncer <strong>de</strong> colo uterino e <strong>de</strong> mama; i) tratamento <strong>da</strong>s intercorrências <strong>da</strong> gestação; j)<br />

classificação <strong>de</strong> risco gestacional a ser realiza<strong>da</strong> na primeira consulta e nas<br />

subseqüentes; k) atendimento <strong>à</strong>s <strong>gestante</strong>s classifica<strong>da</strong>s como <strong>de</strong> risco, garantindo<br />

vínculo e acesso <strong>à</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> referência para atendimento ambulatorial e/ou<br />

hospitalar especializado; l) registro em prontuário e cartão <strong>da</strong> <strong>gestante</strong>, inclusive<br />

registro <strong>de</strong> intercorrências/urgências que requeiram avaliação hospitalar em<br />

situações que não necessitem <strong>de</strong> internação.<br />

Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 264<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

265<br />

4- Atenção <strong>à</strong> mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o parto,<br />

com realização <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> Primeira Semana <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Integral e realização <strong>da</strong><br />

consulta puerperal (entre a 30º e 42º semanas pós-parto).<br />

Projeto <strong>de</strong> Sistematização <strong>da</strong> Assistência <strong>de</strong> Enfermagem a <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo<br />

risco<br />

Segundo MS, esse projeto <strong>de</strong> <strong>sistematização</strong> é um protocolo <strong>de</strong><br />

procedimentos técnicos para o Pré-Natal <strong>de</strong> baixo risco, assistido por Enfermeira(o).<br />

Ele é fun<strong>da</strong>mentado em Leis, Portarias do MS, Resoluções do COFEN, visando a<br />

prestar uma <strong>assistência</strong> com quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong>, promover a materni<strong>da</strong><strong>de</strong> sem<br />

riscos, nascimentos saudáveis e humanizados. Sabe-se que um pré-natal<br />

ina<strong>de</strong>quado é espelho dos altos índices <strong>de</strong> morbimortali<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma vez que 90% <strong>da</strong>s<br />

causas <strong>de</strong> morte materna diretas são evitáveis no pré-natal e menos <strong>de</strong> 10%<br />

morrem <strong>de</strong> causas indiretas e o projeto vem <strong>de</strong> encontro a esses pressupostos 5 .<br />

A elaboração e implantação <strong>de</strong> protocolos fazem-se necessárias no<br />

atendimento ao pré-natal <strong>de</strong> baixo risco, realizado por enfermeiras(os) que<br />

<strong>de</strong>spontam como um caminho importante e fun<strong>da</strong>mental a ser percorrido, para a<br />

obtenção do avanço na saú<strong>de</strong> materno infantil 1 .<br />

São estratégias <strong>de</strong> Nível Fe<strong>de</strong>ral: reformular a política <strong>de</strong> exercício<br />

profissional médicos e enfermeiras(os), assegurando que a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ética e<br />

profissional é <strong>de</strong> quem assiste o parto; recomen<strong>da</strong>r <strong>à</strong>s facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Medicina e <strong>à</strong>s<br />

<strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> que os acadêmicos sejam estimulados ao compromisso ético com a<br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> no sentido <strong>de</strong> promoção e preservação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>; i<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>finir o<br />

perfil dos profissionais a<strong>de</strong>quados para realizar <strong>assistência</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong> nos diversos<br />

níveis dos serviços.<br />

Segundo a Portaria Número 569 11 e números 570, 571, 572 – Gabinete do<br />

Ministro- Programa <strong>de</strong> Humanização <strong>de</strong> Pré- Natal e Parto; Princípios gerais e<br />

condições para o a<strong>de</strong>quado acompanhamento do pré-natal; Anexo I – Parágrafo III 1<br />

e 2 – Recursos humanos: “A uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>verá contar com médico ou Enfermeiro”. A<br />

equipe <strong>de</strong>verá estar prepara<strong>da</strong> para o trabalho educativo.<br />

Grupos <strong>de</strong> <strong>gestante</strong>s<br />

Esses grupos <strong>de</strong>vem ser realizados <strong>de</strong> maneira informal e oferecer informações<br />

importantes e objetivas, <strong>de</strong> acordo com o interesse <strong>da</strong>s <strong>gestante</strong>s; propiciar a troca<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM


<strong>de</strong> experiências; e contar sempre com a participação <strong>de</strong> uma equipe<br />

multiprofissional. A maioria <strong>da</strong>s questões que emerge em grupos <strong>de</strong> pré-natal, em<br />

geral, está relaciona<strong>da</strong> com os seguintes temas:<br />

a) Importância do Pré-Natal.<br />

b) Orientação quanto <strong>à</strong> higiene, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física e dietas.<br />

c) Sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

d) Medos e fantasias durante a gestação e o parto.<br />

e) Sinais <strong>de</strong> alerta e o que fazer nessas situações (sangramento vaginal, dor <strong>de</strong><br />

cabeça, transtornos visuais, dor abdominal, febre, per<strong>da</strong>s vaginais, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

respiratória e cansaço) e orientações.<br />

f) Modificações corporais e emocionais.<br />

g) Sinais e sintomas <strong>da</strong>s infecções urinárias e do parto.<br />

h) Contração (prevenção do parto prematuro).<br />

i) Cui<strong>da</strong>dos essenciais na gravi<strong>de</strong>z, no parto e no puerpério.<br />

j) Aleitamento materno – vantagens e manejo <strong>da</strong> amamentação (anatomia <strong>da</strong><br />

mama e fisiologia <strong>da</strong> lactação; posicionamento e pega correta; duração <strong>da</strong>s<br />

mama<strong>da</strong>s e os tipos <strong>de</strong> leite; or<strong>de</strong>nha manual e banco <strong>de</strong> leite humano).<br />

k) Importância do pai durante a gestação.<br />

l) Importância <strong>da</strong>s consultas puerperais.<br />

m) Cui<strong>da</strong>dos com o recém-nascido: importância <strong>da</strong> triagem neonatal, (teste do<br />

pezinho) 5º dia <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>; importância do acompanhamento do crescimento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> criança e <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s preventivas (vacinação, higiene,<br />

saneamento do meio ambiente).<br />

Protocolos <strong>de</strong> Atendimento<br />

Para operacionalização <strong>da</strong> consulta <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> é necessário estabelecer<br />

protocolos, objetivando eficiência e eficácia no atendimento como: números <strong>de</strong><br />

consultas realiza<strong>da</strong>s por enfermeira(o), padronização e prescrição <strong>de</strong><br />

medicamentos, solicitação <strong>de</strong> exames e encaminhamentos e critérios <strong>de</strong> risco<br />

obstétrico.<br />

Consulta Pré-Natal<br />

O MS propõe ao Enfermeiro os seguintes tópicos:<br />

Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 266<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

267<br />

a) Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal,<br />

amamentação, vacinação, preparo para o parto, etc.<br />

b) Realizar consulta <strong>de</strong> pré-natal <strong>de</strong> gestação <strong>de</strong> baixo risco.<br />

c) Solicitar exames <strong>de</strong> rotina e orientar tratamento, conforme protocolo do<br />

serviço.<br />

d) Encaminhar <strong>gestante</strong>s i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s como <strong>de</strong> risco para o médico.<br />

e) Realizar ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s com grupos <strong>de</strong> <strong>gestante</strong>s, grupos <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> espera.<br />

f) Fornecer o cartão <strong>de</strong> <strong>gestante</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente atualizado a ca<strong>da</strong> consulta.<br />

g) Realizar a coleta <strong>de</strong> exame citopatológico.<br />

Roteiro <strong>da</strong>s Consulta <strong>de</strong> Enfermagem<br />

1ª Consulta<br />

I - História clínica (observar cartão <strong>da</strong> <strong>gestante</strong>): a) i<strong>de</strong>ntificação; b) <strong>da</strong>dos<br />

sócio-econômicos; c) grau <strong>de</strong> instrução; d) profissão/ocupação; e) estado civil/união;<br />

f) número e i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (avaliar sobrecarga <strong>de</strong> trabalho doméstico); g)<br />

ren<strong>da</strong> familiar; h) pessoas <strong>da</strong> família com ren<strong>da</strong>; i) condições <strong>de</strong> moradia (tipo, nº <strong>de</strong><br />

cômodos); j) condições <strong>de</strong> saneamento (água, esgoto, coleta <strong>de</strong> lixo); k) distância <strong>da</strong><br />

residência até a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; l) antece<strong>de</strong>ntes familiares; m) antece<strong>de</strong>ntes<br />

pessoais; n) antece<strong>de</strong>ntes ginecológicos; o) sexuali<strong>da</strong><strong>de</strong>; p) antece<strong>de</strong>ntes<br />

obstétricos; q) gestação atual.<br />

II – Exame físico: a) geral; b) específico (gineco-obstétrico).<br />

III – Exames complementares: a) solicitações <strong>de</strong> todos os exames <strong>de</strong> rotina<br />

já citados anteriormente; b) outros exames po<strong>de</strong>m ser acrescidos a esta rotina<br />

mínima em algumas situações especiais (protoparasitológico: solicitado na primeira<br />

consulta, sobretudo para mulheres <strong>de</strong> baixa ren<strong>da</strong>; colpocitologia oncótica<br />

(papanicolau) se mulher não a tiver realizado nos últimos três anos, ou se houver<br />

indicação; bacterioscopia <strong>da</strong> secreção vaginal: em torno <strong>da</strong> 30ª semana <strong>de</strong><br />

gestação, particularmente nas mulheres com antece<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> prematuri<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

sorologia para rubéola; urucultura para diagnóstico <strong>de</strong> bacteriúria assintomática, se<br />

existir disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para esse exame); c) ultra-sonografia obstétrica, realiza<strong>da</strong><br />

precocemente durante a gestação nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s já estrutura<strong>da</strong>s para isso, com o<br />

exame disponível.<br />

IV – Condutas: a) cálculo <strong>da</strong> IG (i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional) e DPP (<strong>da</strong>ta provável do<br />

parto); b) avaliação nutricional; c) fornecimento <strong>de</strong> informações necessárias e<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM


espostas <strong>à</strong>s in<strong>da</strong>gações <strong>da</strong> mulher e família; d) orientação sobre sinais <strong>de</strong> riscos e<br />

<strong>assistência</strong> em ca<strong>da</strong> caso.<br />

Consultas subseqüentes<br />

Nas consultas subseqüentes, <strong>de</strong>ve-se fazer a revisão <strong>da</strong> ficha pré-natal, o<br />

exame <strong>de</strong> anamnese atual sucinta e a verificação do calendário <strong>de</strong> vacinação.<br />

I – Controles maternos: a) cálculo e anotação <strong>da</strong> IG; b) <strong>de</strong>terminação do<br />

peso para avaliação do índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC); anotação no gráfico e<br />

observar o sentido <strong>da</strong> curva para avaliação do estado nutricional; c) medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> PA<br />

(pressão arterial) (observar a aferição <strong>da</strong> PA com técnica a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>); d) palpação<br />

obstétrica e medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> AU, anotar no gráfico e observar o sentido <strong>da</strong> curva para<br />

avaliação do crescimento fetal; e) pesquisa <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ma; f) verificação dos resultados<br />

dos testes para sífilis (VDRL e confirmatório, sempre que possível) e, no caso <strong>de</strong><br />

resultado positivo, o esquema terapêutico utilizado (na <strong>gestante</strong> e em seu parceiro),<br />

além do resultado dos exames (VDRL), realizados mensalmente para o controle <strong>de</strong><br />

cura; g) avaliação dos outros resultados <strong>de</strong> exames laboratoriais.<br />

II – Controles fetais: a) ausculta dos BCF; b) avaliação dos movimentos<br />

percebidos pela mulher e/ou <strong>de</strong>tectados no exame obstétrico.<br />

III – Condutas: a) interpretação dos <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> anamnese, do exame<br />

obstétrico e dos exames laboratoriais como solicitação <strong>de</strong> outros se necessários; b)<br />

tratamento <strong>de</strong> alterações encontra<strong>da</strong>s, ou encaminhamentos, se necessário; c)<br />

prescrição <strong>de</strong> sulfato ferroso (60 mg <strong>de</strong> ferro elementar/dia e ácido fólico (5mg/dia);<br />

d) realização <strong>de</strong> ações práticas educativas individuais e em grupos (os grupos<br />

educativos para adolescentes <strong>de</strong>vem ser exclusivos <strong>da</strong> faixa etária e abor<strong>da</strong>r temas<br />

<strong>de</strong> interesse do grupo; recomen<strong>da</strong>-se dividir os grupos em faixas etárias <strong>de</strong> 10-14<br />

anos e <strong>de</strong> 15-19 anos, para obtenção <strong>de</strong> melhores resultados); e) agen<strong>da</strong>mento <strong>de</strong><br />

consultas subseqüentes.<br />

Sistematização <strong>da</strong> Assistência <strong>de</strong> Enfermagem<br />

O que é <strong>sistematização</strong> <strong>da</strong> Assistência <strong>de</strong> Enfermagem<br />

A Resolução do COFEN- 272/2002 consi<strong>de</strong>ra que a Sistematização <strong>da</strong><br />

Assistência <strong>de</strong> Enfermagem – SAE, sendo ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> privativa do enfermeiro, utiliza<br />

método e estratégia <strong>de</strong> trabalho científico para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s situações <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>/doença, subsidiando ações <strong>de</strong> <strong>assistência</strong> <strong>de</strong> Enfermagem que possam<br />

Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 268<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> do<br />

indivíduo, família e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

269<br />

Sistematização é a organização <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> que será<br />

ofereci<strong>da</strong> a <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco, durante o período do seu pré-natal, bem como<br />

as consultas <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>, as reuniões do grupo <strong>de</strong> <strong>gestante</strong>s, as ações<br />

educativas, os exames laboratoriais, assim como quaisquer informações que a<br />

<strong>gestante</strong> queira, ou <strong>de</strong>va saber a respeito <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong> e a do seu filho.<br />

Sistematizando a Assistência <strong>de</strong> Enfermagem a <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco<br />

Segundo o MS 2 , o principal objetivo <strong>da</strong> atenção pré-natal e puerperal é<br />

acolher a mulher <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z, assegurando, ao fim <strong>da</strong> gestação, o<br />

nascimento <strong>de</strong> uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal.<br />

Uma atenção pré-natal qualifica<strong>da</strong> e humaniza<strong>da</strong> dá-se por meio <strong>da</strong> incorporação <strong>de</strong><br />

condutas acolhedoras e sem intervenções <strong>de</strong>snecessárias, do fácil acesso a<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, com ações que integrem todos os níveis <strong>de</strong><br />

atenção: promoção, prevenção e <strong>assistência</strong> <strong>à</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>gestante</strong> e do recém-<br />

nascido, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar para<br />

alto risco. Para melhor visualização, foram levantados os problemas <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong><br />

e seus respectivos cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>scritos na Tabela 1.<br />

Tabela 1 – Principais problemas <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>, diagnósticos e cui<strong>da</strong>dos no<br />

atendimento a <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco.<br />

Problemas <strong>de</strong><br />

Enfermagem<br />

Diagnóstico <strong>de</strong><br />

Enfermagem<br />

1 – Náusea Sensação subjetiva<br />

<strong>de</strong>sagradável<br />

caracteriza<strong>da</strong> por<br />

salivação<br />

aumenta<strong>da</strong>.<br />

Cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> Enfermagem<br />

-Orientar quanto aos intervalos <strong>de</strong> uma refeição e<br />

outra, não ultrapassando três horas sem ingestão<br />

<strong>de</strong> alimentos.<br />

-Orientar a ingestão <strong>de</strong> 2000ml <strong>de</strong> líquido nas 24h.<br />

-Encaminhar ao nutricionista em caso <strong>de</strong> agravo do<br />

quadro.<br />

-Administrar medicações, conforme prescrição<br />

médica.<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM


2 – Dor lombar Experiência sensorial<br />

e emocional<br />

<strong>de</strong>sagradável<br />

caracteriza<strong>da</strong> por<br />

relato verbal.<br />

3 – Ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> Um vago e incômodo<br />

sentimento <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sconforto ou temor<br />

acompanhado por<br />

resposta autonômica<br />

caracteriza<strong>da</strong><br />

preocupações<br />

por<br />

expressas <strong>de</strong>vido a<br />

mu<strong>da</strong>nças<br />

eventos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

em<br />

4- Cloasma<br />

Alteração na<br />

pigmentação <strong>da</strong> pele,<br />

relaciona<strong>da</strong> a<br />

mu<strong>da</strong>nças hormonais<br />

caracteriza<strong>da</strong> por<br />

manchas escuras na<br />

5- Fraqueza e<br />

<strong>de</strong>smaio<br />

7-Constipação<br />

intestinal e<br />

flatulências.<br />

face.<br />

Ingestão diminuí<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> alimentos,<br />

levando ao déficit <strong>de</strong><br />

nutrientes para o<br />

organismo.<br />

Compressão <strong>da</strong>s<br />

alças intestinais pelo<br />

aumento uterino.<br />

Déficit nutricional<br />

<strong>de</strong>vido aos episódios<br />

<strong>de</strong> náusea e vômitos.<br />

8-Câimbras Déficit <strong>de</strong> eletrólitos,<br />

levando a contração<br />

<strong>de</strong>ficiente.<br />

9-Varizes Alteração <strong>da</strong><br />

elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

vasos <strong>de</strong>vido ao<br />

aumento <strong>de</strong> peso.<br />

-Orientar quanto <strong>à</strong> correção <strong>da</strong> postura ao sentar-se<br />

e ao an<strong>da</strong>r.<br />

-Orientar a aplicação <strong>de</strong> calor local 3x ao dia.<br />

-Orientar quanto ao uso <strong>de</strong> sapatos com saltos<br />

baixos e confortáveis.<br />

-Orientar quanto ao revezamento <strong>de</strong> posições:<br />

sentado x permanecer em pé.<br />

-Orientar ao parceiro que realize massagens com<br />

hidratantes na região lombar.<br />

-Encaminhar ao fisioterapeuta, se agravar o quadro.<br />

-Administrar analgésicos, conforme prescrição.<br />

-Orientar a realização <strong>de</strong> caminha<strong>da</strong>s respirando<br />

fundo e <strong>de</strong>vagar.<br />

-I<strong>de</strong>ntificar os fatores que trazem ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

-Orientar ao parceiro quanto <strong>à</strong>s alterações<br />

fisiológicas <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z e sua participação para<br />

amenizar o quadro.<br />

-Encaminhar ao médico em caso <strong>de</strong> agravo do<br />

quadro.<br />

-Administrar medicação conforme prescrição.<br />

-Orientar quanto ao uso excessivo <strong>de</strong> maquiagem.<br />

-Orientar quanto <strong>à</strong> exposição direta ao sol.<br />

-Orientar o uso <strong>de</strong> protetor solar.<br />

-Orientar a não utilizar cremes abrasivos, sabonetes<br />

esfoliantes.<br />

-Aferir sinais vitais, atentando para valores<br />

pressóricos.<br />

-Manter MI elevados durante os episódios.<br />

-Orientar quanto <strong>à</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ingestão <strong>de</strong><br />

complexo vitamínico.<br />

-Orientar <strong>de</strong>itar em <strong>de</strong>cúbito lateral, respirando<br />

profun<strong>da</strong>mente e pausa<strong>da</strong>mente.<br />

-Encaminhar a nutricionista para avaliação<br />

nutricional.<br />

-Orientar quanto <strong>à</strong> ingestão <strong>de</strong> complexos<br />

vitamínicos e seus horários i<strong>de</strong>ais.<br />

-Orientar dieta rica em fibras e cereais integrais.<br />

-Orientar ingestão <strong>de</strong> 2000ml <strong>de</strong> água nas 24h.<br />

-Orientar realização <strong>de</strong> manobras <strong>de</strong> facilitação do<br />

trânsito intestinal até 2 o trimestre <strong>da</strong> gestação.<br />

-Avaliar valores <strong>de</strong> eletrólitos, quando solicitados<br />

pelo médico.<br />

-Orientar quanto ao consumo <strong>de</strong> alimentos ricos em<br />

potássio, cálcio.<br />

-Orientar quanto uso <strong>de</strong> sapatos confortáveis.<br />

-Orientar o parceiro quanto <strong>à</strong> realização <strong>de</strong><br />

massagens e aplicação <strong>de</strong> calor local.<br />

-Orientar quanto ao uso <strong>de</strong> meia calça para<br />

<strong>gestante</strong> se possível.<br />

-Orientar quanto <strong>à</strong> elevação dos membros inferiores<br />

em torno <strong>de</strong> 30 minutos ao <strong>de</strong>itar-se.<br />

-Atentar para i<strong>de</strong>ntificação precoce <strong>de</strong> rompimento<br />

(trombose venosa) dos vasos: calor, rubor e dor.<br />

10-E<strong>de</strong>ma Retenção <strong>de</strong> líquido -Orientar repouso com as pernas eleva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> pelo<br />

Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 270<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

271<br />

<strong>de</strong>vido aumento <strong>da</strong><br />

produção do hormônio<br />

antidiurético.<br />

menos 20 minutos.<br />

-Orientar quanto ao revezamento <strong>de</strong> posições sentar<br />

x permanecer em pé.<br />

-Orientar quanto ao uso <strong>de</strong> sapatos confortáveis.<br />

Através <strong>de</strong>ste estudo verificou-se, segundo pesquisas realiza<strong>da</strong>s na área <strong>de</strong><br />

<strong>assistência</strong> <strong>à</strong> mulher, que a mulher é a cui<strong>da</strong>dora <strong>da</strong> família e não tem como<br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> sua própria saú<strong>de</strong>. Esse fato aponta para a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

implantação <strong>de</strong> uma <strong>assistência</strong> mais integral <strong>à</strong> mulher, <strong>da</strong>ndo priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>à</strong>s<br />

medi<strong>da</strong>s preventivas <strong>de</strong> higiene, <strong>de</strong> nutrição e <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos diante <strong>de</strong> situações <strong>de</strong><br />

agravos <strong>à</strong> saú<strong>de</strong>, com ênfase <strong>à</strong> <strong>assistência</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> durante o pré-natal.<br />

Existe um número bastante consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> mulheres que ain<strong>da</strong> não realizam<br />

o número mínimo <strong>de</strong> consultas, durante o pré-natal, preconizado pelo Ministério <strong>da</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, contribuindo para que número <strong>de</strong> mortes, causado por complicações durante<br />

a gravi<strong>de</strong>z, o parto e o puerpério aumente. A <strong>sistematização</strong> <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> <strong>de</strong><br />

Enfermagem no período gestacional, principalmente através <strong>da</strong> realização <strong>da</strong><br />

Consulta <strong>de</strong> Enfermagem no pré-natal <strong>de</strong> baixo risco e <strong>da</strong>s ações educativas, é um<br />

caminho a ser seguido. A <strong>sistematização</strong> <strong>da</strong> <strong>assistência</strong> ao pré-natal <strong>de</strong> baixo risco<br />

irá implementar a cobertura e o acesso ao pré-natal, envolvendo e valorizando a (o)<br />

profissional Enfermeira (o) com vistas <strong>à</strong> <strong>assistência</strong> mais integral e humaniza<strong>da</strong>,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Com essa <strong>assistência</strong>, a instituição prestadora estará proporcionando, <strong>à</strong><br />

mulher a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ter acesso ao atendimento integral durante o período<br />

gestacional, prevenindo assim complicações e estimulando-a cui<strong>da</strong>r sempre <strong>de</strong> sua<br />

saú<strong>de</strong>.<br />

Foram levantados nove problemas e seus respectivos diagnósticos, segundo<br />

NANDA 9 , elaborados os cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> relevantes a esses problemas<br />

para otimizar a <strong>assistência</strong> <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> direciona<strong>da</strong> <strong>à</strong> <strong>gestante</strong> <strong>de</strong> baixo risco<br />

durante o pré-natal. A implantação e a expansão dos Programas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Família, como política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> atual, contribuirão para a melhoria <strong>da</strong> <strong>assistência</strong><br />

ofereci<strong>da</strong> <strong>à</strong> mulher, melhorando os indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

O <strong>de</strong>safio não é somente dos profissionais <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong>, mas <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />

equipe multiprofissional e também dos gestores nos âmbitos: fe<strong>de</strong>ral, estadual e<br />

municipal.<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM


Referências Bibliográficas<br />

1. Barros SM (org). Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal. São Paulo:<br />

MANOLE Lt<strong>da</strong>; 2006.<br />

2. Brasil. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Pré-Natal e Puerpério: bases <strong>de</strong> ação<br />

programática. Série A: Normas e Manuais Técnicos, 5. Brasília; 2005.<br />

3. Brasil. Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Programa <strong>de</strong> Assistência Integral <strong>à</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

Mulher: bases <strong>de</strong> ação programática. Brasília: Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>; 1984.<br />

4. Brasil. Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais. Atenção ao Pré-natal Parto e<br />

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5. COREN-MG. Legislação e Normas. Ano 10 Nº1; 2000.<br />

6. Godoy AS. Introdução <strong>à</strong> Pesquisa qualitativa e suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Revista<br />

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7. Lacava RMVB, Barros SMO. Prática <strong>de</strong> <strong>enfermagem</strong> durante a gravi<strong>de</strong>z. Em:<br />

Barros SMO, Marin HF, Abrão ACFV. Enfermagem obstétrica e ginecológica:<br />

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8. Maanen JV. Reaclaming qualitative methods for organizational reseach: a<br />

preface, In Administrative Science Quarterly. Disponível em<br />

http://www.ead.usp.br/cad-pesq/arquivos/C03-art 06. pdf (acesso em<br />

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9. Diagnósticos <strong>de</strong> Enfermagem <strong>de</strong> NANDA. Definições e Classificações<br />

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10. Penna LHG, Progiant JM, Correa LM. Enfermagem Obstétrica no<br />

acompanhamento pré-natal. Revista Brasileira <strong>de</strong> Enfermagem 1999;<br />

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11. Portarias. Portaria Nº 569 <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2000 e Nº570, 571,572- Gabinete<br />

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12. Silva EL, Menezes EM. Metodologia <strong>da</strong> Pesquisa e Elaboração <strong>de</strong><br />

Dissertação. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório <strong>de</strong> Ensino <strong>à</strong> Distância<br />

<strong>da</strong> UFSC; 2001<br />

13. Trivinos ANS. Introdução <strong>à</strong> Pesquisa em ciências sociais: a pesquisa<br />

qualitativa em educação. São Paulo: Atlas; 1994.<br />

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Assistência a Gestante <strong>de</strong> Baixo Risco 272<br />

Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1):258-272.


Rev. Meio Amb. Saú<strong>de</strong> 2007; 2(1): 258-272.<br />

En<strong>de</strong>reço para correspondência<br />

Rua Duarte Peixoto, 259<br />

Manhuaçu MG<br />

CEP 36900 000<br />

273<br />

Recebido em 22/05/2007<br />

Revisado em 23/06/2007<br />

Aprovado em 24/07/2007<br />

Alvim, D dos AB; Bassoto, TR <strong>de</strong> P e Marques, GM

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