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Composição
Variedade e Contraste
“Variedade na unidade, unidade na variedade”
Isto, a pesar de ser uma contradição, é o que melhor retracta uma boa composição num quadro, e temos sempre de trabalhar em
função desta frase.
A Variedade, que são todos os elementos do quadro, têm de ter unidade e não sejam uma amalgama de objectos e formas sem
nexo e dentro dessa unidade tem de haver, obrigatoriamente, variedade para que o quadro seja atractivo. Portanto na
composição do quadro devemos ter em conta o contraste e existem contrastes de forma, cor, tamanho, de emoção etc. e de
tudo aquilo que possa ter dois significados opostos.
Existem neste quadro Contraste de cor e forma nas linhas horizontais da varanda, verticais das arvores, diagonais dos ramos
superiores, redondas da vegetação e quadradas das casas etc. Existe contraste também nas cores que são frias e quentes, logo
existe Variedade. Mas existe unidade no matiz de cor, nas pinceladas e no negro das linhas que contornam as diferentes
figuras e que se repete em todo o quadro e o torna UM só. Isto é Variedade na Unidade.
Nestes dois primeiros quadros podemos ver as linhas de esquema da composição a vermelho e a variedade das formas que a
compõem: linhas diagonais, horizontais, verticais e circulares e no terceiro quadro do mestre da cor Henri Matisse, à direita, o
grande contraste de cores. Tudo isto é variedade dentro da unidade.