plano de utilização da fazenda nhumirim - Embrapa Pantanal
plano de utilização da fazenda nhumirim - Embrapa Pantanal
plano de utilização da fazenda nhumirim - Embrapa Pantanal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
2.2.5. Hidrologia e Limnologia<br />
9<br />
A sub-região <strong>da</strong> Nhecolândia, on<strong>de</strong> está localiza<strong>da</strong> a fazen<strong>da</strong> Nhumirim, é<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma área alagável, ou seja, apresenta áreas sazonalmente alagáveis. O regime<br />
<strong>de</strong> inun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>ssa região é classificado como <strong>de</strong> baixa altura (30 a 40 cm) e <strong>de</strong> média<br />
duração (3 a 4 meses), sendo a superfície inun<strong>da</strong><strong>da</strong> estima<strong>da</strong> em 30% (Brasil, 1979).<br />
O aporte hídrico aos mananciais <strong>de</strong> Nhumirim é <strong>de</strong>rivado, principalmente, <strong>de</strong><br />
precipitações pluviométricas (EMBRAPA, 1987). Em cheias excepcionais, sofre influência<br />
<strong>da</strong>s águas <strong>de</strong> inun<strong>da</strong>ção do rio Taquari, através <strong>da</strong> Vazante do Riozinho.<br />
O período <strong>de</strong> enchentes na fazen<strong>da</strong> Nhumirim ocorre <strong>de</strong> fevereiro a março, com o<br />
lençol freático se elevando acima <strong>da</strong> superfície nas áreas <strong>de</strong> campo (Garcia, 1984; Mourão,<br />
1989).<br />
De acordo com o balanço hídrico mensal, realizado nos anos <strong>de</strong> 1979, 1980, 1981 e<br />
1982, o solo <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> Nhumirim apresentou excesso <strong>de</strong> água <strong>de</strong> novembro a março e<br />
déficit hídrico <strong>de</strong> agosto a outubro (Garcia, 1984). A evapotranspiração tem um papel<br />
importante nesse processo (Soriano,1991).<br />
Recentemente foram realizados estudos do Projeto MULPAN (INPE/CPAP-<br />
EMBRAPA), sobre a variação <strong>da</strong> área alaga<strong>da</strong> no período <strong>de</strong> seca e <strong>de</strong> cheia em parte <strong>da</strong><br />
sub-região <strong>da</strong> Nhecolândia, on<strong>de</strong> está situa<strong>da</strong> a fazen<strong>da</strong> Nhumirim. Foram interpreta<strong>da</strong>s<br />
imagens <strong>de</strong> satélite Landsat - TM <strong>de</strong> 21/10/1990 (período seco) e <strong>de</strong> 17/05/1991 (período <strong>de</strong><br />
cheia) (Abdon & Silva, no prelo). A superfície alaga<strong>da</strong> <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> Nhumirim no período seco<br />
foi <strong>de</strong> 9,4%, constituí<strong>da</strong>, basicamente, por “baías” e “salinas”.<br />
Durante o período <strong>de</strong> cheia, cerca <strong>de</strong> 73% <strong>da</strong> área <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> se encontrava seca. A<br />
área úmi<strong>da</strong>, ou seja, on<strong>de</strong> o solo estava encharcado, mas sem afloramento do lençol<br />
freático, correspon<strong>de</strong>u a 10% <strong>da</strong> área total <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong>. A área alaga<strong>da</strong> correspon<strong>de</strong>u a<br />
menos <strong>de</strong> 1%, enquanto que as “baías” e “salinas” correspon<strong>de</strong>ram a 18% <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong><br />
fazen<strong>da</strong> Nhumirim.<br />
As áreas ocupa<strong>da</strong>s com vegetação <strong>de</strong> Cerrado e Cerradão cobriam, em 1991, 29,1%<br />
<strong>de</strong> to<strong>da</strong> a superfície <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> Nhumirim. Por se situarem num nível superior do terreno<br />
(“cordilheira”), são as menos sujeitas ao alagamento, exceto nas gran<strong>de</strong>s inun<strong>da</strong>ções, como