plano de utilização da fazenda nhumirim - Embrapa Pantanal
plano de utilização da fazenda nhumirim - Embrapa Pantanal
plano de utilização da fazenda nhumirim - Embrapa Pantanal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
7<br />
formando uma capa relativamente <strong>de</strong>lga<strong>da</strong> sobre o fun<strong>da</strong>mento Paleozóico <strong>da</strong> bacia do rio<br />
Paraguai. São <strong>de</strong>pósitos na maior parte recentes (Oliveira & Leonardo, 1943).<br />
A espessura <strong>da</strong> formação <strong>Pantanal</strong> é variável, não sendo ain<strong>da</strong> possível uma boa<br />
<strong>de</strong>limitação, <strong>de</strong>vido à irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> do substrato e ao fato <strong>de</strong> se encontrar em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento até os dias <strong>de</strong> hoje. Perfurações executa<strong>da</strong>s pela PETROBRÁS<br />
constataram espessuras entre 40 e 300m para a formação <strong>Pantanal</strong> (Godoi Filho, 1986).<br />
2.2.3. Geomorfologia<br />
A sub-região <strong>da</strong> Nhecolândia é constituí<strong>da</strong> por sedimentos arenosos finos,<br />
<strong>de</strong>positados pelo rio Taquari no Quaternário (Cunha, 1980). Essa sub-região com a do<br />
Paiaguás constituem o <strong>Pantanal</strong> do Taquari: um gigantesco leque aluvial com uma área <strong>de</strong><br />
50.000km 2 (Brasil, 1982; Silva, 1986). A área do <strong>Pantanal</strong> do Taquari correspon<strong>de</strong> a<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 36% <strong>da</strong> área total <strong>da</strong> planície pantaneira (Brasil, 1979).<br />
A <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> planície a essas sub-regiões se aplica num sentido amplo, pois,<br />
quando observa<strong>da</strong> em pequenas extensões, evi<strong>de</strong>ncia um relevo mais movimentado. Na<br />
Nhecolândia, observa-se sucessiva freqüência <strong>de</strong> contrastes altimétricos <strong>de</strong> dois a cinco<br />
metros entre o topo <strong>da</strong>s partes altas, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s regionalmente <strong>de</strong> “cordilheiras”, e as<br />
<strong>de</strong>pressões, conheci<strong>da</strong>s como “campos limpos”, se aplaina<strong>da</strong>s; <strong>de</strong> “vazantes”, se côncavas<br />
e contínuas; ou <strong>de</strong> “baías”, se em forma <strong>de</strong> pequenas lagoas (Cunha, 1980).<br />
As cordilheiras são superfícies convexas, raramente planas, com aspecto <strong>de</strong> cordões<br />
arenosos (contínuos e sinuosos), com largura variável, chegando no máximo a 80m (Cunha,<br />
1980).<br />
Junto aos cordões arenosos, seguem-se <strong>de</strong>pressões, que po<strong>de</strong>m ser contínuas,<br />
pouco acentua<strong>da</strong>s, amplas e aplaina<strong>da</strong>s ou com sulcos côncavos, que formavam leitos <strong>de</strong><br />
rios antigos, hoje totalmente <strong>de</strong>struídos. São <strong>de</strong>nominados “campos limpos”, quando amplas<br />
e em partes mais eleva<strong>da</strong>s, e “vazantes”, quando apresentam leitos <strong>de</strong>finidos (Cunha, 1980).<br />
Na época <strong>de</strong> enchente, as “vazantes” servem <strong>de</strong> escoadouro entre “baías”, adquirindo o<br />
caráter <strong>de</strong> curso fluvial intermitente, com vários quilômetros <strong>de</strong> extensão (Brasil, 1982).<br />
Entretanto, muitas “vazantes” têm um caráter perene, associado provavelmente à<br />
proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> do lençol freático, aflorante a poucos metros <strong>da</strong> superfície (Brasil, 1982).