20.04.2013 Views

Manual - Hortaliças não-convencionais - Ministério da Agricultura ...

Manual - Hortaliças não-convencionais - Ministério da Agricultura ...

Manual - Hortaliças não-convencionais - Ministério da Agricultura ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

8<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

valorização dos mitos e rituais associados à caça, à pesca e a ativi<strong>da</strong>des<br />

extrativistas;<br />

simplici<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s tecnologias utiliza<strong>da</strong>s, de impacto limitado sobre o meio<br />

ambiente e reduzi<strong>da</strong> divisão técnica e social do trabalho, sobressaindo-se o<br />

trabalho artesanal. Nele, o produtor e sua família, dominam o processo de<br />

trabalho até o produto final;<br />

fraco poder político, que em geral reside com os grupos de poder dos<br />

centros urbanos;<br />

auto-identificação ou identificação pelos outros de se pertencer a uma<br />

cultura distinta <strong>da</strong>s demais.<br />

Na literatura e no meio técnico, há uma certa confusão quanto a denominação deste<br />

grupo de hortaliças. Por vezes, são identifica<strong>da</strong>s por ”<strong>Hortaliças</strong> Negligencia<strong>da</strong>s”<br />

ou “<strong>Hortaliças</strong> Subutiliza<strong>da</strong>s”, havendo ain<strong>da</strong> uma vertente de técnicos que as<br />

denomina como “<strong>Hortaliças</strong> Tradicionais”.<br />

Chamá-las de <strong>Hortaliças</strong> Tradicionais, em referência ao seu cultivo associado a<br />

populações tradicionais, é também uma forma de valorar a questão cultural agrega<strong>da</strong><br />

a estas espécies; entretanto pode causar confusão por alusão às hortaliças mais<br />

corriqueiramente consumi<strong>da</strong>s como batata e tomate, por exemplo. Por isso, nesta<br />

publicação utiliza-se o termo “<strong>Hortaliças</strong> Não-<strong>convencionais</strong>”.<br />

Segundo Eyzaguirre et al. (1999) e IPGRI (2006), culturas subutiliza<strong>da</strong>s são<br />

aquelas que já foram largamente utiliza<strong>da</strong>s e que caíram em desuso devido a fatores<br />

agronômicos, genéticos, econômicos, sociais e culturais. Seu consumo tem caído<br />

por <strong>não</strong> serem competitivas com outras culturas no mesmo ambiente agrícola.<br />

Ain<strong>da</strong>, Eyzaguirre et al. (1999) e IPGRI (2006) definem as culturas negligencia<strong>da</strong>s<br />

como aquelas cultiva<strong>da</strong>s primariamente em seus centros de origem ou diversi<strong>da</strong>de<br />

por agricultores familiares, onde ain<strong>da</strong> são importantes para a subsistência <strong>da</strong>s<br />

comuni<strong>da</strong>des locais. Algumas dessas espécies podem ter distribuição global, mas<br />

tendem a ocupar nichos especiais. (Eyzaguirre et al., 1999; IPGRI, 2006).<br />

De acordo com a legislação brasileira sobre sementes e mu<strong>da</strong>s (Lei n. 10.711,<br />

5/08/03) define-se como cultivar local, tradicional ou crioula: “varie<strong>da</strong>de desenvolvi<strong>da</strong>,<br />

a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> ou produzi<strong>da</strong> por agricultores familiares, assentados de reforma agrária<br />

ou indígenas, com características fenotípicas bem determina<strong>da</strong>s e reconheci<strong>da</strong>s<br />

pelas respectivas comuni<strong>da</strong>des e que, a critério do MAPA, considerados também os

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!