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O ARCO ROMANO - Prof. Marco Pádua Home Page

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É comum nas edificações romanas a representação, esculpida em pedra, de um frontão<br />

grego apoiado em duas colunas. Aparecem como detalhe estético nas fachadas ou emoldurando uma<br />

fonte d' água, por exemplo. Isto seria um bom modelo para a montagem de uma estrutura arqueada.<br />

Vamos imaginar um vão constituídos por rochas-vigas dispostas em forma de "V" invertido.<br />

E, se num dado momento nesta evolução, uma terceira peça horizontal unisse ou se apoiasse nas<br />

duas inclinadas para se obter um vão maior. Evidentemente que seria necessário o auxílio de alguma<br />

forma de escoramento, um anteparo que, com certeza, seria feito de madeira. O aprisionamento de<br />

terra entre dois maciços de pedra, gerando uma rampa, também poderia auxiliar no arraste e<br />

elevação das peças, recurso este, muito usado na antiguidade.<br />

Efetivada a construção do arco, sua evolução viabilizaria a criação da abóboda de canhão,<br />

outra inovação romana. Neste formato vários arcos são construídos paralelamente formando um<br />

tubo cortado ao meio, quem debaixo olha.<br />

<strong>ARCO</strong> ETRUSCO - PERUGIA - ITÁLIA<br />

(Curiosamente poderíamos supor que convivem lado a lado um embrião - a fonte - e o produto: o arco)<br />

Anteriormante, se alguma estrutura fosse construída em pedra e semelhante a um trilito,<br />

fatalmente ela receberia este novo recurso para vencer um vão maior.<br />

A partir da estabilidade esta estrutura poderia sustentar blocos de rocha menores<br />

preenchendo os espaços até formar um paredão nivelado. Todo o peso estaria distribuído de forma<br />

angular e não vertical, propriedade esta exclusiva dos arcos, ou seja, a resultante de forças seria<br />

transferida para os maciços laterais.<br />

Podemos imaginar também, nosso construtor primitivo montando uma sucessão de arcos<br />

sobre os vãos, preenchidos por um dos anteparos já descritos, até sua conclusão. Em seguida era só<br />

desmontar os escoramentos, admirar a obra e, certamente destiná-la a um uso muito especial: servir<br />

de berço para o transporte de água. Equipamento este já existente, porem numa configuração<br />

limitada.<br />

Inicialmente seria um modelo unitário isolado que não precisasse ser tão alto e servisse<br />

apenas de experimento. Com sucesso, uma série deles seriam executados. Podemos imaginar que<br />

dessas três peças que compusessem os primeiros arcos, para uma série delas seria apenas uma<br />

questão de tempo. Muito tempo, evidentemente, considerando as dificuldades de materiais,<br />

ferramentas e principalmente, conhecimentos de Física que viriam a serem disponibilizados 1.700<br />

anos depois.<br />

Infelizmente não encontramos nenhuma edificação com essas características, sinal que<br />

podem ter sido apenas experimentos. Somente vemos edificações que apresentam arcos<br />

perfeitamente estruturados, porem não é aceitável que eles, subitamente, foram montados nesta<br />

configuração.<br />

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<strong>Prof</strong>. <strong>Marco</strong> <strong>Pádua</strong> ---------------------------------------------O <strong>ARCO</strong> <strong>ROMANO</strong>---------------------------------------------------------------------8

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