A ãndústria Portuense perspectiva ~istórica - Repositório Aberto da ...

A ãndústria Portuense
Em
perspectiva ~istórica
Actas do Colóquio
palácio da Bolsa
4 e 5 de Dezembrio de 1997
Jorge Femandes AZveç
coordenação
CLC - FLUP

A ~ndústria Portuense
Em
perspectiva Histórica

Ed içiii:
Ccnti ri I .cciii:irrin C~iirril>r:i I 1::iculdxic dc Lcttah (!;i Uni\.ci.srdlidc do I'iintl
(pro jcctci PCSIIIPIHISI I00}3/95
- i

APOIOS
Associaçao Coniercial do Porto
Banco Portu_~uês do Atl2nlicts
Câmara Municipal do Porto
Cales A Rrasileirri
Faculdade de Letras da Universidade do Por10
Fundação Calous~c Gulbenkian
FCT - Fundaqáo Para a Cicncia e Tccnologia
Governo Civil do Porto
CEPFAM - Çcntro de Estudos da PopulaçSo e Famíliri

A 'IECELAGEV DE PANOS DE TIEEU EM Ehm-DOURO-E-MINIJn NO S~CL~LO
C(INTRIRC1TI15 17ARA A ~>III~IN!CAC) DE Uhl I\IODELO DE l'l?Ol1ti~ÃO
AHLtlA I'DLOYlA
XVI .....
SALGA DA SAIIDINHA.. .............................................
DA PESCA .i
KIEr~'HSOS.TFIC~OL(KiIA tih PESCA ETECYOLOGI.4 DA CONSI..KVAC~O. NA COSTA DII AYEIKD
r: a \I~T.-\IIE ii~)sf:c XVIII A IK~CIOS DE XIXI
1 ~ 1 AynRi\i
3
A IND~~STRIR ÇHAPELEIRA I'ORTUENSE E~TRE 1750 E I HTZ ..........................
(IFICIYAS. t:At3I

AS INT~I"STRI.IS S0 I'DRTO NOS FlNAlS DO ~c~1'1.0 N\'111. ...
\I*RI.LIl> 13Lli LI!{ \
A eIUPREh'S:\ IYIlCSTRI.41.,. DO T_lBERALISMO .4 CRISE KCOKÓMICA DE 1870
(YIU7XIRl'TOS 1'.-\1

Reioirrii -JL. ~reri-ta ml~rrfiirt~o as L.PI.CL~ (I[, F iP.7 dc:eiirrs r/(? i-c-orlii iic.ciylei.n píri-ri os IC.VIO.S
Xndl-ipri~s (1. Fr~irrrs), ris eriipi-~~.itir-ioa r CIc~i?ic~r?re A4eitri.r.~. Ncri-c-jsn I;r.rrz.iia,
crirt-L, oiiri-O-T (te riie~to?. pryj(~c~pTrr), /~ri:vcjirri~i~lt?-.~~~ o ol?jocri~*o clr npr~ciicl~i- 11
~i:r~lit(.~7(1 lri.sf(jrfc~ti dct.~ L~.YII+I~;II~~~.~~
c~r~~pi-c.~or-iui.~ (I(J N{II+T(> do Poi-rity~~l, r~r~it-c~d~,~

,~OJ.~IJCI pr;~-ilt,~if~(J~~ de l~rnpicicir o tJr ir01 i rvo de. joven,~ ir7 vcsti,qc~dorc.~ c01 i K o1;rro.v 1?7{1i,v
c,i~x~r-fctitr~.~ r itriici ocii.iiLio i.cii-o dc oiti.Ir nl,qlri.r.in,s persorictlic~ories cjlre i)ii~erai?i
por dc.i~rr(~ os 11t-ohlr17ic~a clri i~irl~~.strinlízaq-do rini Prirrir,vnl, qtte inilirni-ni~i IIUS
,fileirn.r i/# il?drl~ll-i~fi,~rllo p~'lo I~L'SC'I~I~O/I'~~IC~I~IO ~?(~i+i#nitt C qtte nceiini-clnr esiur
presciFtes c* rirri- o seir ~~~\.reirrt~irlio.
fi-rtroti-.i*c~, poi*rarito, cle (rpresenrar rctriro se.\-silrrxhs conzri prnposrns ort
sri"qesrfi(>.i. lir ir1 irsri,qi~.prío .sir.~çirc;riclo iroiqns pi-ob!c~i?tií/ichcis íitr rrieiodrilopios, no
scriiido (hv i*t~spnridci; cr luri,~n pi-ozn, ci qite,sr?;riír.~ rrnti-(ris cnnro, por cxenililo, o
e i wl ii~+iin ~IBIJ~II v .se~*r»i-i~~I CICI N i~lli.~fi-ifi J>OI?IIC~II.TL~.
CIS S I ~ ~ Ire.7po.vLt.s S
~1 djfirpi~tc.~
cni~jiriiiiirrrc. n ~iioliili:nqriri cios ~iieiris cle />i-/icJrtycin. cis cornpor1cii71ci?ro.~ do
tir~l7i-c.sns. rrril?i.~.vdr-in.~ orr rrci hnlltnrlnrrs. o y/7e,tri (/c po/ificn.~ et-oiiciinicns. De
.riílir~~ircii- qttr O ~l/~lIffi~~~il'# npoi-flteIi.v~+~~ 17õn JII+PICJIIC~+I( re.vfririgii- O can1po $C
crrrcili.~c,. ~ ~ ~ I ? ~ J I I C E P I I ~ I I - SIC J U ~ KIIOI'I~~FIIJF>. ~t it~~lrí.slric~ do di~*rrir» ettz gei-o1 e 0.7
~~r~k~~ri~~niiiri~ttls
qiw n dirrfiriiic~r iilditsri-ia1 da Cicl~ide ulni-goii n acirras zonas:
1it7n cj.\cfireynriins yrre o iurl~ (/ri AI'E OSSCIII~I, PJII gr~lrlde nieliicia, solrlu o ccrpirul
c/c ir~yociuttres 11ri Snr-rn c que p.sfe.7 ~sre~rd~~t-arii rx sun czcpiu basrunre ao sul,
hnsrnndo leiithrcii- ri.ie iiii~estii?teriro~ r:.vr.i-rrri.s eirr Alcnl~~~ça, o.i ciitterrtos cnr iieirin.
ori criirdci iirrii.~ (ri Nni-rc, çoriro foi o rn.ro cins cigitns ~niricroi.~ do GerEs 014 cla
coi*rip do NorciI'P p~ltrir~?Urii~~ indri.síriai. sobre
i i o . t i , p r c J I i J i ~ i-efirrnçãu ,
ol.r iccir, rii ~raloriirc-cirlirn. r ;c. ), sribre qzt~srfir $7 e~tai.gc?i(-~i.~ (rc~ rl~fio. clr~cri-icirladr-.),
.~obr-~, o pfJrisnrltrrirt> rr~on~iirtil~n, o i~iin~~irtcit-io irldrrsrricrl, sobl-t, ci ;mpi.~nsa orr as
1~r-oh1ciiiá1ir~ci.r IrE

A TECELAGEM DE PANOS DE TREU
EM ENTRE-DOURO-E-MINHO NO SÉCULO XVI
CONTRIRUTOS PARA A DEFINIÇÃO
De UM MODELO DE rnonuçÃo
A cciniuriicaqão que iiqtti npreseiiiri1nci.i rfccoirc dc rttii trrihriIl-iu de inve~ktig:iqBo
err? curso sollrc ri envcilviriierrto dc Vila do Ccindc nci prciccssri dc cxpms?io
ulti-rim:ii+iiin IIEI ~CCLI~SD dn iFciilo XVI. ti qual cnglolia. parri nlLCin do esiiido cliis
e~pcrífic;~~ aciivid~dcs dc iinveg:iciri e comércio, ou ariiculai.. pclii sua qiinlid;ide c tr+,isli.nci;~.
S5n viírins. por 01311'0 lii~10. ~c~tc~iiui~li~~s
~LIC dcsde ii +oca medicval
a1xinr:irii par-:i 3 sua pinduc5ci. cxportaçc?o e projcçqrio iritcrri:icio~inl. c111 ,I!-licul:ici?ci
din'cta com Vila clii Coiidc. O \ct~ çniqo pei'niite-iicis apurar que j:í IIU
rciiindn cle D. Ferirnrido cst:i iithc siirgr riiencirinat1:t dc rcirriia dczracadzi entre ris
vríi-ios lugiirli\ dii cotiiarcri de I'litrc-T)oui.o-i2-Minlio onde sc prtidiiziriain esses
panos nrive~:1ç6cc' c. por ccr~o. prirticii ]:irmcnte
inciicado p;ir;t as viiigcns dc Inngo curso e as tornienrns dn .ktlantico. c a
circunst:lncis. cnnconiirniiic. dc Vila dn CrinrJc sc ;ifirmnr co~iio UIU ili~po~-lanle
cciitrri prridirlor e dis!ril-iuidoi-. tcri:i levado D. Manuel n iiitei~ir nri sentido de
organimr a produqrio desses pano.;. Ti11 d ti signi içado que pcrisiiiiici\ pndcr atribuir
3 iiomeriç50. crtl 1517. de iiiii g(i.iroi- rios puiiitns 111~it.il11~o.r
r
SPII ~~l-t~ir)>*~. E~LC parccc tcr sido. porérn. um ncto isolado e, ao que cremos. sem
d~ ifilln C~O ÇCIIF~IP

çiiiisilqui.nciiis rio picirilti dc \./~ta prndilti~o, .já quc n5o cncnnlriimos qualquer
nu~r:t nonienção i ~u c~u:ilqiier tilular desse cargo ern cxcrciçío em Vila do Coildc
crn ii~onicnlcii s~i bscquciiic\.
O valor dcsie zirtigo prir:i o cqufpanicnto dris ariiladiis 6, de rcsto. atesiado
por ourrii.; rurni:is dc iriicrvenç5u régia na sua vrtiduç5o e. ern particular. no
cntiirole d:~ sua qii:ilid;~de. norncndanienrc por viri 1cgis~:itiva. Assim acoiitirce
coni ci :iltear;i de 1556. no qunt sc risam rxigCnci:is técnicas de fabrico que
iinportn pcircllci. Dcteiihaiiici-nos. pois. nci seu artic~r1;ido. Aí se diz:
~

GutmarZcs c Barcelos. Mai:i c t\7.~ra~:i: CCII~CCIIIOS C ILI_R;I~C< ~o~if~tiili~tes
com o clc Vila du Coridc e qric ctirii clc ~istahcleciam ctirilaclrih iiao só espaciais.
nins fundameritnl incnle ccriiióiiiicos. Lcmhrcrians qiie as iregiiciiris de Bnrcelos
liincir~navam. do ponto dc visia agricola, como ri rcriiici quc o çrincellio dii I'ciz
do Ave n5ci linlia. e que Ciiiimar5cb. nqsirn coiiio t3rsi~:i liii1i:iiii riestc porto o
incio privilegiado de I ig:ic;5o com o conikrciri t-i~uríli iiici. seja de inipoi-iaviir i. sqiri
de cxpiirtaqão. Deste niodo cremos icr cstzil~clccid~i ui11:i priiiicirri li~at;io entre
uilia vasta 5rea mrircadri pcl:i produç2o da.; 1rin;is de irsu e o hurgo quc corri o
scu t(ip6riinio 3s identific:~ nn reino. rio u1trmi:ir. ~ iii no csirangeiro.
Nri verdade. nutros i-ccistos tiponiam para cssa lipnç5n ciiirc r i prirlri dc Vila
do Coiidc. enqu;inici núçlcti disiriI7tiidilr dcc;lc ;iriipn, c u sua ptoduc;7o ii:is li-e-
,gucii;is do Lcnno de outros çonccllicis: um deles prendc-*;c coni uiiin declornç5o
dc dívida n um 1;ivradol- dc A-Ver-Mar. da írcpuesia dc Srinti;igo de Amcii-ini.
rcicrcntc 11 270 v:írns de pinti clc 11-cu. produto que surge :i par dri cot~iercializaqfio
de trigo c nlliosl~: : sepiinda ccinl;ithsiriiiçin-sc iin 1-iro1l7iq5ci d:i cniriidu lia vila
de pano de ireii prm~indci tie fora do seu terniri wii prévio cxnn-ie snniiliriol].
Trata-sc. naturalmente. dc Lima nicdidii prol'iltiricri toiuricla eni irciiipoq dc pcste.
A.; ilaçkq que pi'ercndemo.; cx~rair d;i pãeviii explnn;iç5o saci du:ix c
prendem-se coni ;i ergnrii.rat;rlri da siia prodiiçZri. A prnii.ticisu rcl'cre-se no regime
clii acii vidadc dc teccl:igetn. :T qiiiil crciiiris acon tccei- em nciiiiiul:iqlíci corn
nciividndes :igi'cola~. dc iicordo. dc resto. com urri iiicirlclo clt produç;lo proto-
-induqtrial próprio do Antigo Rcfinic: a sc~uiida rcpoi.t:t-.ic :IO fiicto, ;I que j6
aludinios. dc Vili do Coride funcionar cortili ~iiii errircptisto cn~:ilizridor c disiritxtidor
da prodtrçrici e, cvcntualttrcriic. conici ttúcleo cirgnriiz:iiivci C13 tiiesrna,
através cIc agentes ccoii0riiicos c.;pecializ:idos. Dctcnlinrrici-110s eni c:icl;i urii
destes pontos.
lieporiando-ic no louvcir feito pcIri Dr. Jo5n dc Bai-rris 3s tecctlcinris c
Liandeiras de Entt*c-Douro-c-Miritia. c estrihitncio-se, ctii pnrriçt1f:ir. nas dec1;trar;cics
dci nutor dc que nessc a13 ~ < ~ I I ( ~ C~~II~~I~ILIC~C~II~C~I~II~
~ I H E
(~r~tj~~t~I~t.~»
C CIC que.
em coiisequEriçi;i cicsta intciisx :ictividade ~...sr 1ir70 rrrhu ,jlirrri iriirJ.tcis Iliiv-rrd~>rc>.s
poro polhoni. n rei-rrr cJ /~ii-cr rr I~ii.r.rr~;..-. coiisidei-niii 3Igi11is ;iuitorc~ qi~c :I nrsanização
dcssas ~nrefas sc faria ir50 cni cor~iplcmcnro do ti-abnllin :igricciI;i. mas
sob I'nrrnri de cspccializac$io. consuel3nea d;~ l':il~a clc hraqni prirri a Invciurrii'.
Discc~i-darnas, nri c.ssenci;il. dciia (esc. Erii prfmciro lii~rtr porque C çonsnliida a
previilênciri d:r 1~13~) dc 0111-i1 rctnitlina riest:is açri\~irlaclci. a qual C uiiin vez riiriis
comprovada pelo citado alvarrí dc r556 30 dirigir-sc. de lÍ)r1-ii3 c~plíciiíl, Us
~

3pos1illi;1 de t Sh I oi-den:i-sc hrcvidadc n:i sua 1ici1il'ica~;jo as nt~toridadcs
ccirnpetetiies. que CI devcráo LiprcFoiir ccini celerideclc «... poi-qrrnnirir, orcr Sir rr
JPIII~O P I ~ I C~IIP SP IL'SP (I clirn pciiro IIP rr-~ii,,]~. Essa cipostiIl1;i é datadii dc 24 de
Ouiii hi-n situando-se. ~ioriaiii ti. Tin Oiiroiiri. período qiic nnteccdc ri tempo iiiorio
tlo c;ileiidririci ngrícoln.
E~ii kunrn. crcilioi c7t;ir perririie iini iliodcln pi-uduiivn rriuito prríxiriio.
setrno iJ>ntiço aquc1c cnsciirid(i c cnrriítridci na cconciniia dos Paíics Baixos,
A1erii:inh:i e Frrinp c JA sohcj:irnente crirnçictiz:ido por J;icques Hcersid. Aririre
Mixki mil1 1'. Wcrrnnn KcZleril-icriz'" ou Fr;iiikl ir1 Mctidclsi' c glcih:ilmei~~e ccinliccidri
como 1fr.l-lnjis.~ysreirt.. As cariicrcrísifcas qut: ind ividunlir:im este sistema de
proclii~àci sno. rifirial. :is iiicsiilui qiic crcmrri; ter eiicuiilratIo no espacti de Eritrc-
-Dotiro-c-Miiihri iio cliie se rcire ii prodiic;rio rie priiiri dc treu.
Trriiniidn-se de uiii mndclo cqu;icioiiado ctiin base riiimn dispers:'ro
geogrilllcn n cliie ji ~iiis rcrci-inios. irnport;~ quc se pci+ceba dc qut rnodo sc iirticula
csse ai~tcinri de rir-ociiir;Zo. 1; crcriicis qiie é iunciariieiit31i~icntc iiestc domínio que
V il;i r10 Cciiidc c ri.; hcus afciiicç ccoii0miccis cxer.cei1i ~iiipcl pi-edoi11in:inte. A ~cic
qt~e aqui ;Iprcscntasiios 6 ;I CIC que ~'IICTC~~OTCS e iicgociriilteç da vila nsçuniiri;ini
f'~incnc:. cIc irzipcitiad(irc.; de mniZi-ia pri tilri. seiis clis~rib~iidrir-cs pelas rnúltiplris
ct5liil;ii cic produqrlo. pelo wcnni riri? qunniid:ides eiii quc ri iiiercadii Irical niio
rcsyioridessc. c icris expr~rtritlrircs sob ra forma de iirtigo eiir pc-:i. Assiiii sc
iiistificn ii gr:intlc qiian~idildc de lin dc linho e111 I':lnlil inipciri:~do. hssirii sc
crit~rpteciiclc. ;i eritrrid:i das referida3 lrcs quc pat.cceili coiresporidcr 30 pcrfi l cici intcrmcclilirio capii~l i st n
Idcniillcii~Ici parri u Flandi-cs. ;i lYr:inq.;i. e i-iiesrtici ;i Alciiinnli:i. o qtial dinamiza n
:ic~ivi~l;ld~ tcslil ilispci-sn l-ielris c;iil-ipos. conccntrrtiido-a no riioiirentci fin:iF da
ccimci-ciuIizaq5nll. Scnrlri ris p;intii dc Ireli expcirl:idos t'ttnd;iment:iIiiieiiic
ritravGs dti pnrlo dc Vila dri Cciiidc c por rnerçndo~*ri clcss:i iirl-ic, çcimprecnde-se,
pois. ciuc i hurgo [i;i\%e n ideritit'icrir com o sctr ~opónimci UEII produto cnrn um
pcifi l [fio cai-:~cicr.isricci.
:I bcq~irid;i Iiipcítcsc cliic :~qiii Iu~i~airios. c qrrc directanicriie arriculn ViIii
clo Condc cnni o v:iç~ci I~iritrrlrr/rd cfc Entrc-Dcilirti-c-MinIir, em quc sc
pi.odiiziri:im toiias dc ircii pii~sri pcla pcivihilidadc dc. nlEm dc se crigireri1 cnniri
vcridcdorc~ dos p;iilns cni pcyn. esscs mcrciiclores se pudcssem consritirir
t:imhéi~i conio lòrneccdrircs dr iiiri~Ci-i:i prima. tio prcssiiposto de que n que
exis8isl;c no mei-cndn 10~31
seria in.;iificieiite pard :isscgiirnl- o iiiuirci ~ignifica~i\io
volunic. dr: procliiq50 que C sugerido pelas l'niiics.
Griin clèirn. pclos n1:iiid:idos dc Jorge de Vnsçoncelri~. e pelos rccihtis dos
fciiorcs tlc Mnçnriihicllic e C'cicliitn s:ihc-se que I'or;irn irLinht>ridoç para essas
fciicirjiic;. nos aliti.; dc I5 lO :i 15 13. ??.S?9 ilariil; dc p:iiia dc Vilti do Condc.
\c:ifor qiic çuriutiitiiri;i ripciiax unia peqiiciia p:ircel:i do total proclt!7ido. ji qiie
110s nnoc dc 1535 n 1530 tcriain çnirrido. 56 no\ AriiiazCiis dc Lisboa. 149.829
v:ira.; do riiesriio tcciclri-2. 0 ç siyiiíiicar i voq valores ripciiii ados jusii ficiim-se. de
rc.;i». pela quaiiiid;idc de p:uii1 RCCCSS;~~~~ ao clame dc cndri v:tso de nnvcgaçiio:
p:ira ~il1i;i s6 emharcrir;ao rlc SSI) roirelndas. rirqiicriç5u çtin~idetrivel c riiici
propriai~icntc prcdorri i ri:rritc tio contcxtn cocvo. scriaiii ricccshriaç 3.550 varas
EICV!~S
loii;~~~~.

Ora. aci :iliasrccimcnto dos cstnleiros da Rihcira das Naus'-'. r: daqueles
iiisinIadi~s no Oriente. devcríiiniíis açrcscenrar ir griinde qii:iriiid;idc de velnnie
ricccssário 5 intensa actividade dos csialcirns da Ribcira do Otiro. no Portri. pazccrro
tanibCm :ihastecida lielos mesmoç forneccdrircs. e aquclr~ requerida pelos
prdprias est:tIcim.; de Vila do Condc e Azurara c por prirto% dc rrienor crivcrgadura.
mas ajndrt assim solici~aniei; dc si~iiificariv3.s qu:~~itid:iclcs para prt~viriicnlo
e reparaciio dos velnnies das suas cr~il~arcn~fics~~. No pressuposta dc que as
zonas de produqãri rcfcridns respciiidesseni a cçltis crittiul:iiiv;i~ solicil:iç(ies de
abastecirnenro cios est:iIciros do rciiiz> c. U1t~:ininr. e iiind:i qiic tiao pors:irrios
almtitar para [orais de prcirluc;Zo antinI. eslcs u1~rapriss:iriati~ por ccrici. piirii
Entrme-Douro-c-MinIro. o valor das ItlO.O[)O v:inis anuais ~ipiiiitadas por Mcstre
Aiitfiniti cni 15 1 2. Notcrnris que só para Lisbo:~. ntiç anos rcrCrirIoç. ssposlar-se-ia
urna média ;iniial tIc 30.000 varas. Sc atetidertnos. ainda. 5.; iiiforrnal;cic.; qiie
ay-iot~tnni
para :I sua çorncrci;il iz;il;5ti 110 CS~
ra11gcit.0. nonrelidnmeii to nas 1 cir:is de
Mcdina dt.1 Canipnlh. fica claro que a qi1antid;idc dc pano clc Vila do Condc pro-
duzido n5o sh satisfaria. cri1110 u1tr:ipassnria as iieccssiclndes inierna\. iciniaiido-se
reconhecido em ourros cspriqos dc cririiercializaq50 europeus.
Tal voiume produt ivri cxigiki. pcii- ccrtri. (i i-ccurso i iiiiponliç30 de gi.:iridc
cluiiti[idudc dc fio de linha etn rama. nti prcssiipo.;to ; quc cnwiiarcmcis

: cncci~irr;ri*cri~ lir??it:itl:is pcla l';icrti dc :i i'oritc iiiciicioiiar e\\c pruduici dc
i1iipurt:iç5ti rccoi*rc~ido ii tlivcri;as ui~idridc.; de rel'ei-ciici:i. cuja çnrivcrs:í~i sc
t rimou dc dii'ici I . c~u:iiiclo 11.50 dc i ~ripcis~í\~cI e?rccuq;io7~.
Erii p;irnlcIo. ririd:i rios griraiitc que o!: nicintiiiitcs iiii[xin:idos sz rl~>tina~scin.
cm exçlusi\.c~. 1i:ir;i o fim quc cstti(1:irnoi: O 1':ihricti tle 1on:is 1i:ir;i \'cl:iincs. 11- i10 IH3X
scridci t:iiii hé~ii pcic.;í\~l npciiitat- 1icrcrint:igcn.; prriviivcix cIc u t ilizaqrici. Todri\*i~i,
purtjriiii)i CIOS C1;idos Ji-;pcini\+cis. de qiic j;í l'ril6nios. acci-c:i dn vciluiiic de
Lihrico c corricrci;iliz:rqr?ci de p:~lios ilc ~ELI. CI.CIIIC)S SCI. posçiv~l lig;~r :i LCC~~;I~CIII
p~liicada ricsrel; bilrgcis ni;irítirnos c. port;trito, :i arltii.;iq3ci tIc materias-primiis n
cl:i Iigndar, n ccsc produto dc frihriccs pre1'crcrici:il.
.4ind:i quc rt:jcii:il; 2s Iitiiiiric.cici csprcçsas. tis d:irlcis ~istcriiriti;lados 110s
ilii:drtii~ e gt':if'ico.; que de .;cg~iid:t :ipresctltarilos ripoirtntri p3r:i tendências sollrc:

GRAI:~CO 2 - RESI~)~?YCI.~
~~~im-0
I - RESIT)~~;:NCI!\
1)01; t\lPnRTiirnCll211S 111: LINHO DOS IMPCJR1'AI)UHES 1)E LlSHO
1:'rl 1717 (1,eiittr:i ~ierccntuall
ERI 1531 íIlisrritiuit$>n pcrccn1u:iIl
:is ri "ai \ inifirii-ia ~ rff cclii. Utnn pi-i meira or_canizriçrlo (10s incirnox pclo locril dc
i-cziclEncia dos imporrndoreç mrisir;i-nti.;. dc.;clc lrigo quc. apcsrir de :i ri!f:~ndega
de Vita dci Çcindc scr lociil de activid:idc privilegiado 1-im i11erc:idcil-c5 dc Rrriga.
Piiizci e çluiri~arks. coi-~lu se compro\,,? pari1 3 g1rili:ilidadc das incrç:tdririxs aí
triht~tadns'~. 15 no que se rclcrc a irnpcinnqan dcsic produto em p:trticultir. esws e
ciurrnx Irictilidadcs pareccrri csiar ~Iobsliiieiitc riitsenrcs. Tsto C. :i sua iriipcirr:ic;So
di i-igc-.;c prcfereiiteaiente vira :igcniei cicnncirriiços r~si~1~~1~c.c: c111 Vi ia dn Ccinde.
Na g1ohnlid;rdc. ri iiúirierci de imporiadorcc; dii Pfivoil catalizrim 4.S% do
total ein I577 e 5. l cln 1533. 1T)ci rricsnrrs modo. Axuiara abra~ige. 5-35 c 5. E 76
do iotai. rrispecriv;irnente, As ir.sl;intcs locrilidrrclts mcircionacl;~~: Tuuguiilliri. Brrig;~.
Esposendc e Prirrci rm lS27 e S. SirnZo da Ju~iqurira c Porio eiri 1532 nprcxcnt;irir-.;c
ctiiiio csçcpcioniiis, 1110 ~iltrriprissiindri ciii cor~jttrito. o.: 3.SC2. i13 primeira
cln~:~. e (1% 2': nil scgundii. NO ~ I~CI~SPI~~I~IO de quc nãci sc assista a uiii sub-registo
d:is pi-o\~cni?nçi:i.: geogroUfic:l.ç ~ lc qucrri imporlu. csics resultado% prcfigui-rim
Vil:[ rlii Conde coiiiri o csl7qic;n çciri';uiiiiJor. ou distribuidor por caccICncia. :igIiitiri:iriçl~i.
irspcci iviiinerirli. 86. l "Jr r 88% dos iriiportndores tio\ 7 Linos consideriirli).;.
Az ii1crrll;ii ~~~~~(lc'riiqõ~~; pueccin ser ~6lidas. coin nlgu~nas corrccçfies,
iio quc sc rcière ao t'olume iot:il dc iliiprirrnções.
Ntilii:~ prrsliecrivri. coni~iarntivn scr5 curioso iiotnr que ~io qrte se rel'crc :I
aquisiqao da niat6r-i:i primri considcrndn. a bacia da foz do Ave ie :ipi-cscnra ccimo
i1111 espaço origiiiiil. j6 que. seguiido se pode dcpreendct' do trnbnllio de Anriinio
Fci-iiaridcs Morci1.a sot7rc as iriiport-tnqõrs pelas tilF3ndcgas dc Crtminliri e Vi;tn;~.
nr7o se idciitif'ica 1iad:1 de co~rip:ir;i\~el rics>íis dlins loc:ilidndcsu. Partilido desrfi.;
pi-cmissac;. que sigiiiilcndo poderemos atribuir aos v:ilnre< trit:iiç c p:irci:iis
apiirados. rissim como h distribu 1q3o do voliiinc de i mportnq:io por cornpl-tidor?
Se quiserii?oq fornecer um qunnrirativo global. em nrrriteis. depoiq de
esi:ihelecid;i.; as correspondêncins çahíveis cntre as unidrides mencion:idas.
obkriamos uni vcilurnc to131 de cerca de 30.000 rirr-ileis de linho. acrcrescidos de
I075 1c::ilhci.; pxra ris qiiiiis rilici cricoritrariros roi-respondCiicia. 110 aiio de 1537

'* T
QC-\YTID.iTII:S
ARRrl'l'ElS

L.. Jri iiicstrro prticlittri. lf3.7XI1 :irr:itci\ errl 1537. Qualquci.

lcidc 150Ci. coiii ;i incriç5o 5s ,juí7.:1~ do iliexliin n~cster~h. C ainda com a relk-
rC.1ici3. desde 1577. cxistEricirt dc iaxris dess:i actividadei') npnntniii par:! :I
csiniiuraqfio i111 cnia do nl'ício e puct :i SLI:I 0rg311ira~Go ini~i~ucioiial c Ii~erirquic;~.
Pel:i\ inl'r?rrnriqõcs corrrpci)saclrts afigura-se-nos scr rioiúrin a rcprc.icnta~ivídiidc
dc~ii: grupo iio coiljunlci dos cifíciris nieçcinicos dii vil21 no dccursti de todo u
sccii !ti XV Z. Uiil;~ ccntUri:i volvid:~. 3 rc~il idade prircci: scr. poiA&iii. hcm diversa,
sc lios iitiz-emos B delibcraç5o de 10 de Junho de 1687. :i qual estipula que a
obrigaçao Jc :iprcceritar. n;i pt-oçissZo dc Corpii de Deus. a pcla. que seniprc íor:i
da rcspori>:ihi l idade das 1cccdcir:is. se iratiderisse pxa iis pci xeir~is. cm viriude
cio ser' o núrncrn diiqiielrts diniintito c o inester cliiase cxtintn4".
CIPIIIOS. poib. estar c111 possc rlc dados quc corrohorsiii. para o século XV1,
3 iritlicifiáticia :i.;sumidii por esta actividade nn conjuiito dri crirpo dc oífcio5 da
vil:i. que 3tchr:ini :i pi-eviili.iicia rIa eleinenio l'ciuiniiio iio wctcir-:l e quc
~~-csst~pC~citi
LI"" conccnw'aq.?o espacial. especinlizar;5ci I'unçiotitil e csinitiiraç30
interrizi cm turio diici-sii do rncidelo disperso. dc deseiiiyiciilici curnplenictitrii- c
cm Icnipo parçi;il qilc apontarrios coriici c:irnçterizunlc do esp:ico rur~l cnvolventc.
Cumulnii\.a ia csra ryueqtiici. e cingirido-nos. dc novo. uo Kabrico dc panos
dc trcu e 111: \cliimes. poilcrcii~ris ainda crilocnr iim;i oii~ra. rcl:it~v:i nn li110 rle
I;in-l'iic; d~~cii\~ol\~itln~ em cspaqcis rrirLiis e cspnqcih iirhiliins. Scri quc. :i it~r:~gclii
do nii~(leIo drsct.i~o pai-:i niiirris espapi.; curopciiç. ciii pnrlicular os Pníw5 R:iisos,
no pt.iiii~i~-o ciesacs uriiverqci~ prodiitivos sc curnpriririil~ tai-criis excluçjvaiiicntc
tlc I'i:iq,?o r. tecclagciii. :icoitiecericlíi :i.; tarefas dc i.cIiiiitcs Iinais (i Jc produçno do
vclriiiic cri1 rs1-inçri.s 1t1:iis usbaiiizador;. cni pariiculai-. ii:i vilri rliie niarc{iu coin o
seu ncinic L? prciciiito ciii cstudci'? Neiiliu~ri dos elcmciitos coIizidos nos per~i~i~cin
ctinvilfdnr. cqcn Iripiítcsc. iii:is crcrnii.i scr vt.rosír~iil yuc n kisc Final dr: prod~tçio:
3 ~o~~i~ri~~iin
do5 pnIloz c ;i r-riodelriçaci l'itiiil do vclaiiie. nii qurintidadc c nas
~iiitlc~is~cs pre~cntl~d;~'i. ncoii~c~c\ise perto dos csrrilcircis de ciiniiriiq:io e, aio c;i\ci
cciilcrcto. cni Vi1;i do Conde. Ne~tc presstipnqro. ao si~iiificativo c oí-grinizado
griipti d:rc trccdcirris sc clcveria juntar uni nCrtici*o coiisidcr;ivel de co~t~irciriis~z
clz cii-ia iiclivi.ci;ide i+csuli;iriani 3s veIiis quc ~~iopiilsioriarilrii :is ciiibal-ciiçãcs

NOTAS
1. C/: 1-1criirirr;il d~ \::iri:i' Çniizas I~tipurianics. l3.S.L. - Crid. 6.17. 1'1. I?Sv. rir. COSTA. 1-conoi.
Frc i vc - :Vri,'it (11, [.i.yb~~{r, :\ ~ ~ ~ I I . I ICI~YI ~ ~ f I I)(? ~ ~ .+-L;:iclrc - \~>~~.~,/vrIi,riit P~I~II,~IIP: IAII~II~J ... - t.ish>x 172 I. \'111. p. 27b c IW'.4RTETl?~~i!t:. :i]ir~priiid;i p:li.:i D 11tau tctiipo (C/: MhliQLiIIS. Sil~t - (>i. Ilr~.vi~nlii~iiir~~iirns
~ ~ O ~ I ~ ~ ~ CLI. ~ I fi~c-si~iliIa~l:i
~ J . Y ~ ~ . \ - ~ Lisho:~. . l,X.l.L'.. IOSS. U171. I i. T(IO I . 13, ? 16 1.
2. C/: V,in:i 111;1iit1:1tlt1 LI? Tei~f+!nl - 25.Jarici1w. ,777. PLI!~~. 3IARQI i!3, Si1v:t - op. ~CI ,I Jlirt,iri~j í~?c/irt P~ZI~IIJ,~PIP:O - l-ihna. Actiiicriiiii
iIns SciCncirt\. 1868. p. 3 I.
5. I~II~cI.?I~~) t11, ,\fo~,c.~cir.io~i (E(, 10:~ hJ~lP~b.s TI~-I-I-~I,+ I>~.r.iiir~~r(ilr>,r in I'EItKAN13EZ DLlRD,
l;iilci,:i. 1.ivi.n Quintri Jc tas Diccliiisicií~iicii N;iuticas,- - bladrid.1 SSU. li. 453
i Cir. COSTA. Lcurior I;i-circ -. rir. 13. jhni.
O. ~~~ICLI~~CIII(> pt~I>lic:ido por VKEIri5 I.
I I. Aiqi~iv~i \lunici~~~ de Vil;i ~l(i Ctjti~lc I:\.\I.V,C.I - 1-v. X. Ilq. 333-333\-. !3clilwt:1, 12s.
I 4. I ! EE 1x5. J :~CC!LI~< - L 'OC-~~
~wo~~~~,\.y.
... Ir7iirn:it nl' Ecoirriiiiic I4 istrir).>b. XXNII. I. 1077. pp. ?1 1-7461.
I S. C/: ivgiçrti.; dos liivi,os de rvçcii;i da :illindc.:l:i 12gi:i nns ;itiiis 1527 r: 1531 filrqiiii o -i:içinnal - -I'cii~r
dai Trirrilw r.4.Y.T.T.) - Ntíclcri Aniipn. S.'" 5 1.7. 5 14).
151. A.1)-1'. - Sii[;iii:iis. \i. Cr)iltle. I .'"Sei-ic. 1.v. 5. 115. 15Xv- lbU.
31. SG ti111 cok~licc~i~~c~~l~.~
dct:ilIi:itIn CIOG rc~istí~\ n~>~ariai< nos pcm~itc ~IZCI- i:11 :iI~nii:~~i~~. Cniii t4eitt).
S.%? nltnicrnscls OS C.:ISOL: L!C I:ivr:~~lrir~~ dc Fi:ii.celo\ qtit. dcsl~~ctndo-sc ;i ViIii 11~1 Cnn~lc 1):1ril
cl'cct~iai qtialqiici. :ic[ri notaria!. ri i'iizciti ri:i rc..;i~lCricin dc C;:il-iricl I.npcç c tcndo-o cuirio
ic~rctliriiili:~ - I? cci.iri que CFYC factn p~)dcria iiccorrc~. ,P - Nni:~ri;~is-
V. Ciiti(lc. i." Sbric. Li:. 1 . 11. 17- 17~. c I .TCtic. Lv. 7s. 11s. I líh- I7 1 E. I) tkicin clr. ncsic iiliiino
icyisrii. L. rikrrii (Tiirrui

%C iti~nl ~~C;ITCII~ IICS~C fliil>q~. síi ~.t>n~prtr~*i\ct nicdi:itiic :i cxiiii.tiiri:i rle iini vr>lunir ~isriihcativn
dor nrgticiu.: c. dii.: 1iioiir:iirics c~~vtilvitlil~.
25. Cl~tii cj'ciitci. dcp:ir:irr)u-iicis. i?(> rfcci~rru dri rinwn priÍ11ri:i iiivcsiir:ir;%u. coiii rcyisicik que apor1t:iiii
p:ti.;i :e cniiicrci;ili~a~'i~~ (its[r> pi:inu.s. por :iscritcs cctiiiiitriiii>:. \, I~SY-I(T~I 1.41111 [SO(,)\: 1-v, 7. [I,. lA2i-143~. ttlt111 1575): 1.v. q, ilh. 229-2311. St>tc-sc qtic
iic>lc iilt imci ci:r>ii c~riciii çriiii. viúicn rlr. ti111
76. \'ciil-4c I) qilc SC di ICII~I'C ~CC~~TI~IL~C~I~~C~I~I) dn cliiniir1:idc c10 1i:inii Iiur Iisc:ilntiic iIc Mctidoris:i
irr I-I~liTAYDEZ ULII~ti1q5nc< dt- i~r-i~l~i% li* rnr!l!itu t~u:it~~I:i~lt (C/. I\ it)t]>ork~(~~io
\ i ~ sr~is ~ ~ pci.curw> ~ c s :itC hcr t.uii~ii~!;i
ciiiii :i ;ilfA:inrlc.:':! rigi:~, cni 1550. f:il:irci~in* çniil iii:iior pnniciil;iti.;iiiri nuiii (i111 ['L! Irisar.
32. 11~1tii c\piici~;irc~i~ns. iIr& jfi. 05 c~-itCrií~s hc~ui(ins: I. ,kpc~)i~s {I q~!;~ctrtb :\ riicncion:~ 1~1v.iis
;i~?iii';idiic tlc- :icnr,cI~i cuiii :i cii:i i:hliecític:i rncii~:íci II:I liinrc. Liii iiiilri:. 0s ririirri>. rt~s~iií~iios.
-,ti~iprc qiir lj4 iv.~'t c!. ;i [IXI~VCIS~?II ;I ~ittu. CNI I I ~ I : dc\iist~r~in~u~ 3 tncnçio :I
i i i i c > % . pt-rlr:!~. lr;;~lli~>~. t]tlii~l;iis c arr:itci\ i10 C:I\~I &i Ii111t[i; ;h quir~[:ii%. ceii!u>. ltliis, Iil7~1s c
;ki-i,:itGi%- r10 C:~GI> ti:: tv\lop:!; ;I ~II~III:I~\ c cclitt~k iin C:IW da Cslopa ~:II-:I c~~;I~-~ILII-; ;I ~~uilil~is.
.ir-r:ilci> L= tri:io* iio 2:isii rlti liiiricnlii .i. 36, rlkic \c r'cJirir'i:i :L chiiilin tlep;tr3rrrri-ncii coin :i
110s-i lii L i a l ; l ~ l ~ . dc. :IT!,:IVG+ v;II(~I-L~~
e111 L ] U ~ cr.1 ~ V : I I ini7;i :i ~licrca~líiri;~. c~~:~I~el~:c~i-
LI
L*L~LI~~IT~:~+*~@ ~~u;iiili~;iI I % :I. c111 rc:iis, e11ti.c I ~]utntal - I cc~~li% - I00 ;~rr;ik!i>. ~edti.~ :iv:~!~:~dos cni
704 1 I C:II~, XIIIIC;I. 11i~r211i. :b I'OIIIL! til. :I CL[LI~< ;il?t~ci;~ chpIíci1:i CIIII~L~ thsli.s tlivcrms p~. -I. ca~ii
~lii li :~Iiti \iliIif:~r~>m :h \C~I~IIIL. corr~sp~iiii>iicr:i: I pedra - 2 iii%is - 3 :~i-r;itti>: t RI: - J :~rrAeis
I r/.' S 1 I .\'ElIr~-i.spo~~~IF~icia ;I~IC.:CII~;~~:~ ]?(>r \'AI-Ill:L.
1 .iií.; T~:~~.;iccil- - .i'r~!iriir ~rilii.(, ti.%- filr.ir>.\-. 1irt~~lir1ri.i I. iirr>rrlrii (E,. Pt~i.lrr:,.c~l a- vrrrrr jirrs.i~~ssilc~s
I//II-~I~I~,I~III~~~ i, ,/c, {i~rt.~i/ .... [-isl>t>;k. Ii~ipr~c~i~;~ X:icio~i:iI. lX5f.i. 11. 13. :I L~IKI~ p:t~ccia ~iiais
~I.I;I I it~:~ Jos 1 alr?~-ts \t~~~i~idos I?CI:I !i)ii~~.. do ~LIC :iqt~~-I:i :ipui~l;id;i 1701 LIARQL'ES. A .14. lk:
(J11vc1r.1 - Pc,,w>,\ C. .fl~tc~li~/~~.v. c ctii r.:irim fiiliro LIO~ livro> r1541 I> condu7iii ;i
~ : b 1 4 v ~ 10, L~C nlci~~:it!oi i;i\ iinpt?rl:~tIiih.
-36. \';i[

4,l . tsin niii prcrciipie. pni?iir, ri incxi>li.ncia dc tccel9cs. Uin:i delihcr:ii;%u c:iiiiur:íi.i:k tlc IJhb dcienninn.
por c.xcmuplo. rliic i1111 Fçtrifío Gnnpilves, lecelno. dcseiiilienlie ti p:ipcl dc Cristo. ncssc ano c
siilxcqiiei~tcs. na pmcissiio do Corpo dc UCUF I ICICIII. L\'. 16. 1-1s. 14- 1 Jv). .\h iiiençfies ;i esses
:irtes;ici\ 5.71~. cn11111~1n. esç:i.w:!s. C RZO nos depararnns nunc:i, cm V~ta
do Condc coni um:i
nr_r:ini;laçãii carrii~uind:i do scclrii in;isciilint~ d:i tecel;iyciii. U coiiíi;ii-iri se p:i.;sn. pnr exrrnpln,
riir rciinihra. citladir cm qiic o regjmcntn do\ cificitis I? cncnlicçridu pclu': ~~(cccliZiu rlc p:irici dc
linlirin C*/ OLIVEIRA. Aiiiiiiiiii tlth -A i,i,lrt t>r.tiiiriiirir.rr r, so,,irrl rlrd Cuirtiht.rr dr, 1532 (i 16411.
Vril. 1. p. 5 I Li. Esin qiiesiões col ci,iriri ciiaiori~;iri;imciitç [tiolii tia:i~l(n par:^ :I na~cpaçio,
:ic:ib;in~ln rir rn~ilhcrc~ por dchcnipcnlknr funcoz': dc cxnrnc. juízo c dii-ccyiio tknica da!. unidadcs
dc ~~rrirliiq.'iii'l
42. SCi dcdc t hlb cncoiitrJtnos nos livros dc vercnq5o rcfcrciico cxplíciia Iis jui~t1.i c cxaminadoi-3s
d:is cn, Rirli> qite ~iio pressupct :i tnor
rcpi-c~cniati\.idadc iiu iiicnos ctinsisten~c rir~aniziiqiiu inter-ii:i d ~i uKciu.

DA PESCA A SALGA DA SARDINHA
RECURSOS. TECNOI,OGIA DA PESCA E TECNOLOGIA
DA CONSERVAÇÃO, NA COSTA DE AVEWO
12.:' METADE no sEc. xv~n DE XLW
A m~icros
NiliguCtii 2 iridii'erenie h modcrriidadc cIc.;t;i 1irohlcrii6iicn histdrica. 3 esta
criçritzilhada dc dependeticiah: rcciirsiis. pesca c corisei-v:iç5o. A que.;t;lri C acrii;il:
clisciitc-.;c o c~p:it;o de pcscti. a nrcr

0 s seu.; reciirsos limiiam o çcu idc;ince. Al:uga-~e extr~ordinarianirri~rl qk~atldo
xc trata Jrt pc.;c;i do alto, identificando-sc ora coiii o ~~incir. do pedru,,]. qtre se
prolongava. scgundo uns. dcsdri a Galiza ;{ré muiici udinn~e d:i barra dc Lishoa,
scgundo ciutrrls. ;ipcnns atd 2 Figueira'. ora coni o \'.
Atcndcndn a eslcs I'iiclni-es. a czpécie por cxcclCiicia quc se ciferccc :tos
pcscridore.; 2 a sardinllri. Dc'~c)v:I em Dczcnilnro. Ja~icirr, c J:evei-cii-(i. pmciirarido
os I~igares arctioqci.; e pnuçri proiunclns d:i cost:t. ri~ovitircnzaiido-rr dc Inveriin.
dc Nrirtc para Sul e dc Vcráo. de Su! p:ira Nortc: n:l Priinmrern c Outono.
p;r irando do iii:ir para tcrrrs c vicc-versar'.
Condiçioníidci por razfics clini5tic:is c do esi;ido clri mar. n caleridfirio da
pcl;c:i centra-sc. r~indniiieiitaliiic11te. iioq incscs dc Vcr50, com al_eurniis variaçfics
30 IOII~C) da costa.
O quadro \cguinte coiaiiriii:i esta prcdomin3nci;l: dísi jnyur. tin Iotlgo da
costa d:i IYrovcd.iiriii. as seguinici prai:ir. idciiiiliç;idris eIii IPI.SS. 11uiiiii uMeiltcíi-io
srihri. II.Y ~?í~sc~ir-i~~.~*~~.
c nssinalarlas no Mlipri crtr tincxri.
.\crc\cente-sc. tin:iIii~enic. qtic um:i Jilq çuincrci'íçticrri 1n:ircanres dos cardi~it~cs
cie i:irdiiihas C a clris brusc;is i1iitu;iqùcs rlc Ionp e curlo priIZo relacicina-
d;is corn ;I vida hrevc rI:i csptcic, ptii.; qire n sai-rliiiti;i cnrra 113 ;irc:i de pesca com
~~IC~IOS dc 1 3110 e perriiancce nela. cni m6di:i. cci+c:i dc 4 :iiios. ciincluíndo-sc
qiir :ts :tItcr;tr;iícs nii1biciii;iis podein iiikçiar o sucessii da safray.

Ql1?\1311ê51110
II nlchrilii
0 nicsino
S~lic-xe qiic ri de~ciivolvinicii~o ~ccntilrigico da pcsca envolve trés aspectos:
em ~x-iiiieirti Iu_ciir ri pescador, cm niaior ou tricnor tiúiliei-o e o seu >. certo quc as dcliciências desta Conte s5o múlliplas.
ii ctirneçar pcIa Tnirri:i çnmn organizou os dados, segundo as sdj3Ei-erites
[lii,i.vrSei. ,fiircirir~r~ii-a.~~~~,
ii qiic chiirnou comarcas. mas quc o não siio cfcctivariieiitc,
alCni dn incrirrecqáo dos iopríninicis. Em segiiidn, não distincuc pcsca
Il~iviril e iriaríri~ila, lipn de I~nrcos e as critegnri;is prof*issiciniiis envolvidas lia
pcscu. assirri conio cxçluiu os dados rclriiivos h comarcri dc Lisboa. Assim
scndo. :i su:~ estimativa tcm o valor que teiii - serve apeiius para rivaliar a rclaçio
cntrc a cnw de Avciro e os restantes núclcos piscniórios".
Rcuu~zndu no tcrnpo, os dados sZo dispcrsos. e os infòrinanies tCm. niuitas
vezes. rlioii vnqfics cii l'crcnics para o fazerem.

quc 4iiirdcj:ini a coslii. d;tri-iicis bi.e\-es refrii.Crici3s :i0 scu ci~vtilvinreittci riri pc?;c:i:
Si l v;ilde, tJ;irtiiiic~s. E.;inoriz. Coi-tcgriqa. Noutros casos ;issinaln-se a prcyencii, tra
cosia. cIc gciiic

01-igiri;irido novas ~OTICCIII~:~~(~CS l~isc~it6na~. ]?:tra sul. c01110 sejiini. n Cclsla fio~a~~.
Palheiros rIc 1Vliral. Buarcos"-? c tiiilrus areri.;. bem pnni sulTi. até 5 coit:i AIgai~,ia.
num iiiovi irientri que cnçcrr.:i 2crire de Ovrir. Illiavo. Murtcis:i c A vci rei' I.
Eqtc.; nlirncias e :t sciis:ic;iiti duiiin difus30 dc cciitros piscatcíricis parirccm
i ndic:ir iim recslirlcwcr. ~la activid:ide pi \ç:itiirni a. iilas ~icirle tnrnhE111 ser reiultadri
de iinl çon,itrriio dc Factcircs negativos que pirivocaiii a procura de novo.; cspnçcis:
pela irnpossihi1id:icIc ile coirtsolo sobrc ri rccurso (o carficrer :ilca~iirin d:i pesca).
ai] piirrluc (i.; lugtires dondc (i pcxcador crz prriveriienic se i1iostr;irnnr hostis. nr:i
por pcrse~uiçilri I'iscstI. ora por incsistEnci:i de :icl~vidnrles rluc nssesurasscni :I
snl-ircvivZ~icia familiar ap0s ah safra? de Maio ao Nuinl. orri por çcinccniriiç50
dcsmcsurLida dc pcscndorcs per:rn te o\ rccui->.
que nii~'/?c'i~(li~~ (/C? ,~~ISIOF». cI( J>C~I-L-~I. pnin corii PIO se pvr-lii- rio c+osrct rln ~ixrr- rlr.~rn i.iltr,.'-. Trata-se
de uiix-t pexc:t dilkrenre. iiciv:~. :L que cIinm3m

\ Irirguia dri inallin d:i rcdc vai esircireccntlo. cada vez mais. desde ri
«çlrirow at2 ii c,: 7.5 crn 3 35 cm do .rclarn» :i walcanela,,. 1 çrn 3 6.5 ctii
da ~cuati:i» ~ .". Dcsta forma. a redc. rio Lcr puxtidii. n malliii iipcrriida
c :i vi&. tcinia-sc rnurci impenetr$\.el para quarqucr l-icixc. por ~iiais pequeno qiic
se,jri c) scu tanianlici.:l.
O núrncro de homens. envolvidos numa opei-ar;,ici desta ciivcrgadura. é
vxiivcl. Estima-se entre 43 a 46 homens. conforrnc sc trai;l dum barco de 3 ou
4 rcnioq (R pessoas em cada rcmti). mas. ainda iiinis gcnte. cin trirrii. pura puxar,
colher e iransportar rcdcs. despe-i:;i o snco. crc.-'z. Contudo. dcpcndtndo do
t:imanhci d;i barca c da rede. pridia çornportzir 15. I S. 70 OU 32 Iicirnrns. enquanto
cni ierra neccssi~ava dc rrulros tantos3j.
Note-sc que esta redc nrlo era ioralmenie difci.c~i~c dc oi!iras jG ~xissentcs
n;i co5tii ponuguesa. como se-ia r chinchherru. um do? til7os de redcq de rirsasrn3.i
- a dif2rcnçri rc.;idia no tniizanhci da rede c nas dirncnsães e cicseiihr, d:i niallia
que n tornavrtm muito rn:iis el'içai. A prova concludcnic de ccic c~~trecru~~ido de
i+cicrl.iicizis e Jc urna ndopqão dti x5veg:i reside iluni confliic~ qur 1)13fi< ptsciidorcs
Jc Ovnr aos dc Ois dri Rilicira c rekrcntc n5o azi iii;ir liia\; ;i Ria de Avciro,
~ii'irrnando-sr que 0s dc Ovnr us:iv:im iimns rcrics clia~ii:id:is -blirradciuras ou
cIri~iclic)rrr.i~>~ de iii;illia rniudn. que para lií de pescat-cni pcixc rt~iziclo nrrlisirivam
CI-V:I_CCIIS C li rnoq quc scrvinm no povn dc pnztri.; Q:lrii gado.: c ehrninic~~~.
I'qtc Ulliino ;ISPCCTO ri~xmta para um;i das ço~i~~qilEiicjuk da ridapç:io de~ta
rcdc - n dcstr~tiç~lo Jris fiindos c a captura rlc espécies de pequc1i;i dimciisi?o.
Esie dcxcquilil>riri ecoI6o,icci foi Inr~articrite eqriacicinado lia Galizri. ondc ;i intrriduçk
da x5vega tiiuiro mais dcprndridora do rl~ic as ailcs ~radicionair. mn~itidas pclas
vel21:is çonfrrrii*i;is. que strscitau paixcic.; e di\.erso.; 3rl?í~rios!~. se tornou num3 das
bandeiras de coiiicstação dc iilgiins. caso notbi-io dc 13. Jod Çurniílc. nçademista
clilego ( 17.34- 18C)3)77. Eni Portugal, nada de çornpnrrEvc1 ati cliic. iici scc. XVI [I.
>e p;lsa;iv;i n:i G:iliz;i. Coiis~aii~ir~o Laccrd:i Lobo, ac:ideil-iista 13 754-1 X27 I?]),
.vrii.r.yns r111
rcfere-sc. Iircxrenieiitc. as. redes de orr:isriir iqclrtir?inr!ns ciri 1111s Iri,~r~rt.s
r)itti+os rzi-rc.s. iicr.i' qi~~i.~ CI rlrirr~isincli~ /i~qirr>itc: siifr r?l~;
e ricrcscent:i um docilmeiito dr: 1541. d;ido 3 C5miir:i
dc Sctiihal. prir [I. Joi?o 111. impedindo 21 utili;r,n(;iiri dc «x5vc~asi>JX.
Tiis conlliios, semprc 5 volta da g.cst50 de uni rcçurso 1ùrid:rrncntsl. a iodo
o rnorneiito. poderiam cstal:ir, qu;indu se \*eril'icíisse de*;loçag.io nu Ji rninu içao
dos hanco~ dc pcscti. sobrclildci. qilarido :ts capacicla~lcs téctiic:is n5o co~iscyi~isserii
ul trapsssnr os limites çluc ;i ccolrigia da ~:rrdinliii irripunlia.
I'inaliiicntc, olliarido para 3 épcic;i cm c:iusa. snlieii>os cluil. no que diz reqpeiiri
iio útrimo dnx aspectos. Toi o conliecinicnici oral :tciiniiiliido. o scii percurso
rIc tipieridi~ligcm. a expcriinentaçáo, 3 percepçán dos vcntos c correntes. ri voo
da5 ave.;. 0 I;niii. ;I cor e o cliciro do niai*. ;i inicipiciaqãri das estrclns. dn lua. rici
11-testrio a tr;tnstniscaci gcracioniil dc (qsesredos» quc çotistituiii o corpo dc çonhecfinenios.
o casiihcr do ol'içion, 3 perccpç50 d:i caqn. do carriii~iie"'.
Mas rnesrnci ncste ;ispcçlo p:ireçrl trr-sc opcrarlo urii:i traiisformnç3u c
iiistil~icion:iIiz3do unia cspdçie de c6 digo de ~rltiiicr).;~, q~ic dcvci.i;i ser i-e>pci t:ido.
Trata-sc das ~

ccirripiiiiliii que ti~c$sc conseguitlo lazer cri!rur o barco i1 frcntc dos riviiis no
1:incntnentri do l~:ircii :IO riiai- i: rcspcctivaq redcs. escollicnc~o o cspnçri quc hcni
qucrin icscolhcr o i).~~'. Caio 1i5ri I'cixsc ciiriipridn este principio
ocrirti:tm a< rnriinrc.; convuliòcs na praia c l'orn del:is. S:ibcino~ que. cni 1762,
lia Torrcira. 101) horr~eris envolvcrum-se em rixrih. cnire os qunis havia gente da
h4ui.tosa" 1. 1i1n fiii:iis do sCc. XVllt niultipIicarn-se os processos na Camara de
Ovar i\ volta dri?; crilcios das redes. das nsrexshes provoc;irl:is pelo incumpririientn
dri tradiçso, As razâcs par;% esie íicttniulnr dris ciisci~ nio significnin um
a9r:iv;irncnto caprichri.;~ do ctirnpcirtnrncnio social das coitipanhus. DcverCI
rcsidii tiouiras rnzõcq que se adivinhani - :E divisio dos i.ccur.;os. ris prcssfics
contrntuais - inns qtic iiào viirncis, pni' asora. dcscrevei. exigc nproiùnd3menta.
AI
alsuii.; rlrrthis no pcrcursri dcste Ii-ariç2s.
Antcs iiiesrno &i legislnçlo 1i1~oteccíoiiistn :I pesca ponuguesn. ,Wjjoiillc estava
erivrilvido rio ricgtício da pcscri. I:fcctiv:trncnic. crii 177 I. ccri~tratou->e com um
ynipo cle pescadores. pir~umiiiicis que arrais de coinpanl~as. quc deveriarli opcrnr
;ir> loiigli d:i ccisr:i dc Avcirri. 1isi;i sua instalaq5o deveu-se. pensrirnos. 30 coilhe
ciiiicrito das pcitrricial idades da crisiii. d:i in~ciisictadc d:i :ic~i vidade. da d i nritnica
crcsccnIc dos p~sc:!dores. deseiivolvid:~ dcçtc 1 75 I . tlc veio. parece-nos,
nprnvcir;ir c dar uiii:i rcic;so niiv:i no rieyíicin cin pcscadri. ;iriiciil:~ncio-o com os
w i s prtíprios inrercsses. rriultit'acritridss.
Ifncirn-ic 13 pnrn~cnoi do 1oc:iI e nç çondiçõcs i~~:iteri;iis da sua insrnlaq5o
(nuriicso dc çaxas tle salga. iiião-de-ohra. capirais. produqiio. erc.). emburzt a i.&rencis
Ii ctlircga do ~icsc:ido crn O\';ir confirnic o lugar de iiniplanincria. .i sequêiicia

luclu:iI quc' se api.cseiii:i rlcniciniírn. grad:it i~~umente. o scu cnrnirniiientíi na indúsvin
CI:I pesc:i c ccinicrv:i:
- crri Kcivcrii1~t.o clc 1 77 1 contra ta-se coni a canip:inlin >. ciii 17x9. qucixaiido-?;c d;i falta
dc pc>çaclo pnr;i (i ah:iuicciriicnto nacio~ial. relkrirido :ictiuidritlc~ zirticulrrd:~\ com
cni Pciraugol. 6 a dn ~scsti d:is iniposiqócs qcrihoriais e icaiç scii-irc o pcicndo. erii
l'iriais Jo ~ CC. XVTI15i:

E ccrlo quc as disptllris s~~hrc
ctibranya cle iriipcisiris se rclicicni ;I(I lorigci da
2." mcindc do .;&c. XVnI. c ~ntiibini sakicrnos que n iritci-essc cre5ceiire da C~r0:l
iio descnvol\~imen~o das pesca? osciIai4a cntrc n ncccssidndc dc abastecimelito
interno e provencos iiscais e o arrecadar dc bons iinposios ou arrendamento^^^.
Contudo. a actividade estava em progresso coriie demonstra a adniniçtnçâo da Casa
das Rainhas. em I 808, ao referir que a verba respeitalite h dízini;i iiova do pescado.
paga por Aveiro e Mira, era de 1070(1.00U rgis, 25,X's~ dri.; receitas relativas
ri rcnci:is c jugadas (39496.000) c 10.50(. da rcnda letal d;i C;isri (97 I 3 I .1)00)55.
Esras dificuldades dc ;-ibas~ecimcnto, que não d:i pesca (produqao). Liprcseni:irn
contorno5 quc 110s pcrmirern outras interpiLc1ar;Gch. S:ihc-sc do axccndente
inglEs rclativarncntc ao çornh-cio do bricrilhati. E111 1684. qiieix:ivam-se os
dc Avcii-u do ~~~. O tcxiri referc-sc ;i rirrin crise alinientirr quc.
um pnuco por toda a parte. sc iàxia sentir. ntitori~inieiite dcsdc a dkcada dc XO
i~tC inícios de MXclff.
N3ri 6 por acaso. p:ii-ece-nos. que. erri sirr~ulrnncri. se desenvolve um conjunto
dc mcrnhriaç ricerca da pesca e cor1scrvai;àci dc vsrios tipoç de pcixe. que
Lacerda Lobo be11i desenvolvei~'~~. Dai em dialite. interessa rc, rrulanieiitar c
:iproveitrtr todo o pcscado quc n mar dê.

R. O f.15llc.tlrncki rle stilga da srr~-cliitlia>>
I? ncste conicxro quc nos surgc. cm 11307 uma Mci~riiria sohrc a salga da
snrdinlia. csçriia pelo puiihci dc CIcnienie Ferrcira Franqi. juiz dc Torii dri cidade
dc Aveiro eriire fiiiaic. dc 1799 e firinis rili. 1 80Sfi2 c ii-iscrid;~ nos li~rcis dc Registo
da Ç5iiiar;i. Adverte que se irata dc uni ~~:lriPrnrlr>~irfin ri snl,qa dc~ s~iidirilrci c.i-rrrtícfo
&,v ~~zelhorr,~ o~-igfr~l~i~ ~.~ft-~ir1g~'iro~,
e171 pnr'ric111~1 I- LIO CJCI G~iliza», e que j fi teria
sicln piihlicado pcla Iriiprcnsri 1ICgis. cri1 I? dc Maio de 1802. A inem6ria. sintttiça
c cxrrcrn:imente pcdnpci~ic;~. dividida etii I7 partes. 6 uiii manual pritico,
com ol7jjcciivrii bc~n precisos: aproveitar LI s:irdinhn. riniin~,cn:í-l:i sem se corrompcr.
ohicr iizeitc para v&-ia.; nplic:tqfics. (usado ria ilurninciç50 e corircrvnc3o da
m:ideira dos p:~llicircis)~)-l, explicar. passa ri p:isso. loda n inetodologiti. dcsdc o
rn:itcn:il até 30s pr(~dtl~~)~ rit~iii~ (ver AIICXO).
Oliservaridn cis divci-sos Iiaiso.: c icnda ccimn ciricn~açiio a con~panic;ãri
qiic o galego D. Jrisli. Comide fez eiiti-c o Merodo galego c o crita!30rG. veril'iciimos
quc ri juiz de forli estti a sc~uir o metodo da xtirdinha empr prensada» cni:il5,
mécodu Ir5 muirri iritinduzido na Gnlit:~. cornci jfí alii-inimos. rrins que ele ideiitif'ici~u.
porque vulgarirado. ccirníi sendo local.
O Método aprcscnt:ido 6 purariicnte icci-iico c ar~iculn-sir com um auzro
kxio dn su:i a~ltoriii dc ~ LIC livcrnos cnriIiccimeiii~i alr.;ivSs dti pu'blicagáci na reviita
c(gç. Trata-se dc um :i ouir:i ~4f~i?irii-iu
(ir, ~~~~~~~~~~~~~~. dc 1 I de Agosto dc lS03. mas cm que abordn ainda mEiodos de
a~>rcivcir;irnenro de ctixovns. atun.;. ~rir\~irins, pesszida.;. etc. O objccti\rri cra.
igualrnciite. n vul~:irizzic;Zci do xisterii;~ c inseria-se ilum pliii~li de difus5o do
riidloclri riz l'isc:kIiznq,io cla corrtrpçãci cln sardinha. atr:iviFs 63s CG~nrir:is rsutn;(> c11 idmio ~ t 7,/ii:~r 1
c~*~c',ll~ji~r?l.>>. Com clkiio, desde I XU9 que sti iiorncia um «/~ispcc-rnr- (J I-'i.~ccil cin
J J ~ ~ d~ I ~ E.vpiirlrri I nrt: ii cos!ri e cirrins cli. S. .Jrfciriio>,. cviti~nclci o mau fabrico c a
~rro1-~-1rlir6nl> da sarclirll~i~h('.
Em I X I-!. nu b:ilançu pJs Env:t\ócs. coti~o quc ri ctinfirrntir a nossa pcrs-
stihrc. cis ~~IY*I:FCIS m\-(~l.qn.r
pecriva. dc riri1 rcfrirqo cla salyn pnr c:irCrici;i do pescado iradiciSCI I»('~.
Q rriodcln cai:il5o desenvnlveu-sc dc i:iI Ferni:i qitc. eiii 1811. esiirn:i-se
piiru o Iz~ir3doui-o. pcrto dc 100 1':il-iric;is. saindo cei-c:i dc 1 000 pipas dc azei tcbK.
S:tl.ie-se que o Iluxo i: rclluso dn aciividridc piscaiciriri. por flutuaç5o dos
recursos diip

pela Alfandegri de Aveiro entrava pescado. sardinha. polvo da Galiznh''. iglialmente
saía sardinha rtemprcirsada». Os .ntereçses coinerciaís çrcsccntcs diravani
o mercado -os rumos da distribuiqãn. As dircciri7cs tomadas pela Venação dc
Aveirn. em 1783. no sentidn de limirar a saída de pescado7". juntou-se igual
exigência da Cânzani do Porro. enr 17S4. quando MijouIle quis instalar outra
salga na Foz. indícios dc que ao cripitalista e a outros quc sc tivcsscin cnvcilvidu
no iicyicici. c qiie de nioniei~lci igncir:irnos. interessava alinpir mercados vastos.
ignorando a tradiç50 da prioridridc de nbasiccimciiiii local. conlrih~iindo para a
carcsti;~ cIc pcsciida de quc se l3lri.
Assitn, tcnhsirenios esinlieleces. relatii~aincntc aci conjurito de aspccios
enuiiciridos. uma cronologia que sentir5. esscncialrncriie, de ponio dc prirtida. a
rcvcr cni tral-ialhos riirtiroi:
1 ." - 175 1 ii 1770 - irihriilar;3ci de nrivas tecnologias de pesca. as artes
nova< com icdes de ~iiaior aIcance:
7." - 1 77 I ii rncadoi da decida de XC) - o interesse pelo rnnnnricial coI11iJo
c deixiido. v5riris vczes. ira praia. e orgiiriixado por crtpiiais cstran-
geirrih num processo qiic al:irg:i ar; redes comerciais, (ao ponto de Te
trilar de um pi-qjeçto dc criniunicaçào. rici longo d:i costa. desdc o
Purto alC Mira, c com o interior da coiiiurca de Avci rc - R canal do
francês). einbora pareça ler envolvido oums inieresses. de oriseiii social
rlivcrsa. miiu;indo inesma 3s receitas dc v5rias cas;ii; scnhciriris (veja-se
;i C353 das Raiilhas);
3." - 1 TS9 c111 diante - uri-ia conjuntur;i in~crnacional. de iliterrupç5o da
Tipayilo pi-ivilegiadn da Inglaterra aos bancos da pcsca. de dificulda-
des coniuniurais da cçrinrimi:i portugucsa. com um:i subida dc prcqcic.
quc .cc iicelcrri n:is [nvasocs. :ipudiza a pci-linCncin de Lima divulgaqao
do método alrnvi..; dn proprtzanderir dc noriiiiis a adopt:ir pelas
G;irn;iri~s - vigil,?ilcia apertada rio apraveil;imcnto da sardinha para a
-.stJccii- c, 171 , ~~)I-I?~cI C/C J I ~ c ' c ~ ~ I(>> ~ ~ c. I

ANEXO
12c~isre do Metliodri para a salga da 7:irdinha do tirir sc~uirifc
Metliodo para 3 saly da sardinha cxti-aliido dos rnilhores origii~ais
~~11':ln~~irori.
c em ptit-ticulni- du da G~illiza:
I - DR 13nc113. OU crn1iarcaçí10 se condus a sardit11i:i em ccslos ou canastras
P:IS:I 0 iirtii:17~ni, qttc pcs comtriodidade ficiirá junto 5 tulha de sal nondc deverá
1i:ivrr Iiurri cisliaco crripcdradci, e seco. a que chamrio ~iilgadciru. ou lli~ar. Neste
sc Innp a .i;zrdinlia, e sobi-c cada daus ciu ircs sesios delln huma ti~cdidu sui'ecreritc.
dc s;il teni Iic~pariliol cqpiicn;i de saI). por excnililo stihrc cnd:i caniada de
saz-dinl-ia :iitur:i dc lii~~ii dcdo de -1: feilo is~u se rcvolverlí a riiesmii sardinhii
ilei;t;i~idri-~r.llif. c1 si11 sios ~wnlisdos. c assim salgada sç ira pondo cin brirriciis. ou
pip;i\. :\onde se ira resal_enircltr:
2 - crn o di:i seguiiitc. depciis dc salg;idn ellii se iiidii-ciiarii I-icrn 1131;
vai.illi:is fi(>ridc ~s~ivcr, e se cubrir:i de saI dc 111odo qiic lique bem respaldada c
ri rru tnarl:i:
3 - cni n teiiipo de Vc1.5o sciitlo ;i v;irdinlia 2r:iiide p;issados quinze diiis
dc snlglidri. \c cicvci.5 Irahalh:ir: e sendo pequciia LI n~cdinnn depois de des ou
(1117~3 dia

huma extremidade da rncsiiia rio fulcro. e :i outra ficandci suspenqti tendo em
baixo hiirna concliri. com 51.135 cordris para ciil.regai+ c coiiiprimir n sardinliii.
Dcixar-sctia por hiim poucci iissini carregada :i barr:~ tn;is Irigci depois sclhe
aplicarri extreniidadc Iitiiiiri pcdra: hn\ endo portSrii cuid:ido que a superticie da
sardinha. por Iiaixo da ditri hnrra sc crinçcrvc scnrpre bem plana digo C coriipritnir
n snrdirihx. Isro qucr cxplicar ai irnprenq~rs para :i sarditihn cll:ih ~cm de :il~n
ires e rnciri para quatro pcs. e tem Liiiin:~ h:irrri qiic foi-inii hurna expccie dc :iluvarica
iia cslrirnid:idc da qti;il se suzpcride liuma raboli çr~irr cordinlins ti t~~a~teira
de hurnzi ccincli;~ rlc hnIariçn para coniprimir n sartlinlin: a qua1 çcinclrn se vai
carregrindo corii pcsos suf.'ecicnrcs. ;i rncdida que LI s;irdiiili:i .;e caiiiprinic:
1 0 - deix;irq-se-li;i por Iiunr pouco nssinr cnrrcgndn a barra. nixs logo
clepois sc It~e aplicara a exircmidadi' Iiunia pedra havendo porei11 cuidadci q uc a
superí'icie da sardinha por baixo da dita barra se concci-vc semprc hcm plnnn e
igual e111 toda n c~rcuii~ièrciici:i;
I 1 - deixar-scha wsi ni carregada con~ liumri só pcclr;i por tcriipo de sinco
ou scis horas. depais se Ilie qjunlri m;iis outr;i: c passado t3ustantc renipci se lhe
ajuntar6 terceirri seiido neçcssario. c pnreccildo convctiicnre. i: ~cgur~dr i :I qual i-
dade d:t s:rrcIinli:l ICir praiide, piquena ou mcdicicrc;
17 - o ccinlicçimciiln dc teiiipri crri que pcidc l'ic:ir assini imprcnt;:iclri LI
s;ircfinli;i se i-c~ula a dia ou dia c meio seg~iiidii ii siia qualidade e grriridczn:
então sc dcscai-rrp:i a barra tira-se r> c~picliiid~~r. OLI htida fri!çr> c continti:icc a
estivar(?lerti aqucFa Iiiin-icii a16 que !?que sufecicnle c1iei:i. dip. ~ul'L.cicii~eiiicnlc
chcia dc ri~ancii-ri que a sardinha exccd:~ ctirnci d;i prirncii-a vci: nsimn drl liarrica:
13 - clieiri :isirti scgurida ves ri barrica novrimenie sc lhe ascriiii ri cçpiclia-
dor. c u taco. e sc carrega n harr:i Liido da rncsrnii rorma que da prirneir:~ vca
cnrre_oniido ri dcpois com a pedi-a. c cni tcmpo comlictcnte com o pem gr:iiidc
sendo ncccssarici. tudo tia IÒrtna rei'cridn:
I4 - cm o oiitro di;~ o~i depois de dia e incio segundo se cnnlrece rliie clla
pode cstar cornyisiniida sc itirnu 3 repetir 3 mesma r\pcr.at;ão tir;iiido :i l~rirrii
cnchciido n harricn iiovnnwiite de s:irtlinha riiC que cxccdn asiina da sttii RI~IITH
mas n3ri tnntri cciirirr da piiiiicirri neiii segunda ves. pois cntzo custaria iiiuito
Ilc:ir 3 bnrricn eiil tei-iiicis dc sofrer e t'undo c sc podci- iapiii-:
1 5 - depois cZc cnrrcpd:l a Ixirra ctinforiiic n priiiicirii i: scgiirida vrs çcii~i
3 caut~lii
Jc ficar :i harrica cri1 terinos de se rnp:ir. cnl5o se dewiii-rega a hnrra na
liirma dirn. e se t:ipard a han-ica. cohritido primciranicnle a sardiiilia com lium
papel (cfii Iiespiirihol cslrriso(?)). nnics que se Ilie aplique n fuildo;
I fi - rei t:is todas estas operaçõens na fornia quc vIiO cxplicad:is. a sardinl~u
ficar2 compriinidn e unid~i em hum lodo; c p:ii.;i q~ic as bnrricas acabein de
escorrcr hcni ri olcn (erii licspanlial sliin). seria Iioi11 quc depois de tap:ici:i çc
ctinccrvacctii Iiunn ou dois dias iio I;i$rir com n cautcllii dc \i: Ilicc IDZC~C~II 110
t'trndo :ilgiini ciri t'iiios parti o cscrirrcr c se aprcivci~rii- u itzcsrnti:
17 - o cíleri que por csi~s
opçsaçuens escorrer prii-ti o tunqiic. ou lagar será
i.ecebir!ci cm huiun pipa scm o fundo rlc sima. 3 qual scr6 eiiterradn debaixo da

ica do diro tanqtrc tetido Iiuni espiclin [~ri fundo para dar .;riliidri a :i:oa , e ricai-
o ulct~. ri .r~iinl çe passari1 para otiiriis pip:is Iimps a li111 tle se clnrcur. Esre olcti
011 azcjtc te171 os iiiesinos uzos quc o de peixc ou dc balca; .;erve pura os
coriieiros. surrridores. e p.it;i it gente se ? para ;i gcntc pcihre sc alumiar. Trastes
rrecess:iri e diius. O +iuis clc 1Cirri de Avciro. Clei~ieritc Fcrreirri Fran.3. Lisboa,
ria sépia of'licina típo~rizficn. Com licença de Sua Aliezn Rcai.
NOTAS
r Ti':iti:illiri clfihiii:iilr> nti iinhito do Prujccio 1'CSI IECIl-IISI IOH/OS: T.:sriuiiir:is xtScio-ccondrnicas e
i r~tli~s~ri;~li/aq:~i~ TIO NUKLC de l ~ ~ (~?cs. r XIX-XS) ~ i ~ ~ ~ ~ ~
*',- I'ixif~?;snrri r\ituiti;ir da T;:iciiliI:idC dc 1.ctinr da t!niuçrsid;rdc ilii Pcii~ici c iiitrnlirci ilri Inztir~ito rlr
I IistOri;~ Moílc1.11a d:i 11113111:1 lJmivcr~id:itie IH5lLlI'L
*';* Ahrt~i:iiiir:i~ iitili~.:ida~: ,\A - Altanclcp:i .:IZ. I OW - A ~vIII~;~~~
~,o/~rc, (13 pr,s~~~~ri(~.v
(10 /IrirG(~

10. Ern 17h7. iirn pc~c~dor do 1ug;ii. dc Purdcllin.;. tI:i ire~licsin d;i Miiirosn. pcde clçmCnciii a cl-rci.
:iit.:ivC-\ rlri ilesctnlinrpo drc .~~-I-II-II 11ti ~+~II~,~I~!IP;I-~
.Io,Y(: .Jri,i-4 F~rrt,iro d~ Ci~rriia P
Soiisrr. NADA>,. X\.eirri. v. 6. 1 g40. p. 17s.
70. REZENDE. Pc. João Vicir;i - Mriitojirntiri ri(/ G~rfiirrliíi .... r~.s:. pp. 195- 1%. Vei- iarnh6ni. soh1-e :i
diversid:irit tlc dcsririns: C-AÇI-1IXI. Dr. .4mlidcu Euiípcdcs - 0 s illitri,ri~. (I rriur r LI Rirr.
Esi:ii.rc~n. E.;i:iritc Ediio~i. 198X, pp. lh-71.
21, BIilTO. K:iqut.[ Sueii,ci iIc - Pollic.it-ri.< rir :I.iirri. 2.' rrl., 1-islio:i. Ccnm dt Estudos Geogrfificos.
I 'IH I. p. 3 1 c wgc.. cni rluc i,e[Ci.e :I pre5rnr;:i d:i pu]?iil;iq;lci ]iisc:iiiiri;i ;ilien:!.s nn.; nieses de pesca,
pclo mcnos ar6 I X72.
72, CR A VTDÀ~J. riIm:~nds DCIF~K~O - A IX)/JI'I(~(-L~~~ c ri ]~ni-oririic,ritri ri(; GG,rii,lirr~r r,yFlzr.\e r ei*rilirç.rio).
Ciiiiiilir.:i. Criitii>>;iii C'oiir.dcii:~rlrii~a iIn Repi:iri Cenrr-0. t 992. p. h7 e scgc.
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prnimcnicritcs dc lttinvo c A!g:ii-ve. t';izcndo vida ?;cp:ir:id:i ctiril c.ci.~tuiiic.: diversris c
i-ivnlirlrirle~ acenr uadm Víl. ainda CRIIZ. M:iri:i .4Ilrcda - I'r~sccr c pr.i,r.rrilore.r elii ,S~si~iiliro.
I-i~1iii.i. 19hh. c:ip. h: i-riei'r :i Ir:iiisyri>iaii dr ILíciiiçn.;. ttnrlicinii;ilrnenrr. ccirihecicl:i.; pcii- daquçlas Fcnics. alrovks da
iecnril(i~i:i iizi1ir:irl:i na Iiehc:!, iin A1g:i~r: Fusew. Qii:irreii-:i. I3ti.o. Allwfcirn c IAinnx c 011i51i: c
~C~lwiir II:I c r/(, ti-rrho!lrfi. ,;I iii?rrrr.i i-r~prirrlrrtl,~ r r/ir.i.!-tCri rlri (rirtirhrrn. coni u-
iiicafUn nprcsckit;irla nii *tSinipri.;ici rte Antrnpolcisí:i bi:ii.iíici.:i - (;Al,IC'TA. I3 RI:E:..\'CONTI

3 3. V(/. SANE% RECiUA RT. Dnii Antonio - Ilicriniicirio fJisrr~i.irui 11.e 1n.v Ai.i(.s rlt, pe.v:r.r.ri ~icrciutir~l.
!datiriti. 5linisiciio de Api'icul1ur:i. Pe?;c:i ?. Alirncnialinii, 1988. v. I. p. 39 1 cxcrnplific:~ ctim casos
criiicrcinr. na Xridnlii~i:~ c. cspci:ilnicii I .~7uriclo. p:?:. 11 I.
3K. LOl7O. Ciirihlanlino IA:iccrcl:t - :l#c,riirji.iri .icihri- n r!rrridiric.ir: rins- fiinvr.rrrrn.r eiir Prir;irp,rl. in
~:i h:acinn;~l. I RtiS. p. Id5. qiic rld'cridc nuii.:i ~>liiiiirici: ucrx nrrc'i. (>I/P/IA f!iv;rilr .wtr(it~ os, ~~I~/.~~II'II#~~II?P t;rfhiir. t- ~ I I ~ I I ~ ~ I J ~
l~lr II~II-I. 41~ I000 aii~rt-f~.$- tcrrci, ( ~I!>I~IICI~I(/ t',Hcir:~11~"1.32.
.r?. T). Jí3SEI: C'OIINlDl: - kIc,riir>ri~i sr>liiu. Izt pc.~i~ri I~J drr ;t;~,rrii=(r ~I-LIJI~-~,,>-{I. tn -ACI:IS do C~il6quio S:\ I>S Graçz dt Ernogmfia
M:ii.iiii~i;i Tccnnliici:~ c Ijconri1iii:ir. Prívii;i &i. \f:iixitii. 1 VX5, pp. 1 CiS- I i)h.
45. .\I:):\. SX. .\vt-ini. n." 313. I-. 12v.
36. ANTT - (-tli-t'c.~p~irirlCiici;i rltis Stiixc~ clc For;i. iii:i~o 367. I.ctr:i A-Avcirti.
47. An!\.SN.E-. 314. 1. lll5\.:1 II17.cinc. IrlIlnit777,
4#. RPbl I> - Itc~.. T>;I~I;I I Of23). Vff, AMORIM. lyc.~lire~ LI^ - .+I!,~IIII,v /~I-IJ~>~~~III~IS /~i.vr/ir;c~>.+ si ~~rpcito
[!(I I~t1rt~i1111~~ ilc 1111rwi:. Iispiiil~~>, 1 'AS(). p..??-?4: c711 I S? I cti~ SCSS~O d x CL>IPS* ~ v inCsiii0
1'clli.n hiyriitlls. iclciiihinu :L si~i Muicmiirin ~riliril :i :~L?cnui,:r diiii? c:in;il cnirc Pnstci c Ov;ir.
49. Ahlti - I .R. 11.' (1.5.
50, f3?Vi/\ - s/ ll!
5 I . AY1-r - o\:\. f~." XO?,
52. i\iiri:liii tlc Olii.i.ii-:i r.cslioiisnbili?:t :I pcida dc piniesi;;lo pcln E>~:iili~ piii.tlip~C.~. m:ii!. iriirt-cxsudo
ii:i xiid:~ iIc k-iiiliii. ~x'iinitiiidn n iiivirùo do wixc ;:itegu OI.IVIllliA. Aiiri.Iin dc - f3V-51) 1 .
55. Itl~YEVT13ES. F~iiiciscii ila Fniiscca - R~iiiilitis (Iih 1-1:XNSON. Cnrl A. - IYc~iioiiiiri t- .T~i~.ictlrtrk- riri Prir;:~,vlil
- A.TJ>~~.II~.V

DA Pl3'CA S21iLGA 1I:i -7.4 RDINHA
JJrrri-rrcti. lrílZX-17fl3. Lislioii, D.Quixotc. 1986. p. 723. nci-esceiilo niiidn oiitror factores

PORTO CENTROS PISCA?'~Í>RIT)S

REDE D1: PI

A INDWSTRIA CEMPELEIRA PORTUENSE
ENTRE 1750 E 1852
OFICINAS. FÁBRJCAS E MANUFACTURAS
A produqat~ dc chapbus constifuiu uma das indúsirias' mais anri_ras c ira diciciiiais da cidade do Porto. csicndendo-se desde pelo mcnos os meados do
seculo XI V a~é h cl6cad:i dc 1940. O seu pcn'odn dc aliopeu c tnnior iinportzincia
dccorrcu critrc a dCcrida de 1790 e ;I dc 1910. rendo esta indústria ocupado. em
dois tiioiilcntos distintos dcsse período. uni dos prirnciros Iugares no ratiking das
indústrias portuetrres. Atendendo ?I iustidãn icitiporal cm que ticcorreii u nua ncçao
decidimos Iiniitar o nosso cxtudo ao periodo entrc 1750 c 1852. procur:indo
anzilisnr e carriçterixar a evolitç,io deut:i indtlqtria aficinal e iiianufaçtureirrt dcsdc
o iiiicio da psoduçao dç chaphus de lkliro de pêlo (qiic prissarcmos :L designar por
Ç~RP~LIS finos). verificada iio período pomhiilino, ai2 U strn inec;m.uiizaçiu que teve
lugar apenas na segunda rnci;icle dri s6culo XIX. 3 partir dc IS6h. Procurnriios
coiihccer mais dc pcrio a realidade empresari:il chapcleira através da diversidade
das cnrpresris c ernpres5rios de ent;iri. desvendar as origens geográficris e ~iroi'is-
sionais desses ernprcsários, os capitais envolvidos ncssas cnipresas, os condicioniilistlios
CJUC presidiram h sua çii:içiÍo. exis~Encia c cxtiriç50. beiii como nl~uns
elcnlcntes sobre os ch;ipéus prr~duzidos. as instalncfies e ~ccnologia utilizadas.
Ar> Ir)ngr~ di~ licriodo entrc 1750 e 1 R57 regista-se, nas Iòntes consultridas,
urna iiotórin irnprecisán dc vocahuIririo. Dc início. os tern-içis somhreireiro c
chapeleiro desi_nn;ivam qusisc indistínrrirncnte os fabricantes dc chripcus, einhora
corrio ctiapcleiros fossem rnrnbérn conhecidos veiidedorcs de cií:ipCus. Mas
outros coinercianles çonio cis sirgueiros e nlé mei-cadorcs de capcl:i podia111
vcirder esia ~nercadoria. o quc deii :ixo a vsrias rnaniícstaçõcs de conflituosid:ide
entre todos estes inlcrvcniclitcs. Mais tarde. a partir de finais tio sCculo XVIII. o
rerrnci sornhrcirejrn passou n designar apenas tis produtores de chapéus grossos.
ao passo que era111 conhecidos por nicsircs fa!il-icantcs de chapéus finos os cIiii-
pelciros que produ;liam csscs iiovos chapéus. A partir do início da dCcrida de I S20.
n ~cr~nti cliapeleiro pnssoii a designar os sssrilariudos na produçào de chopt?us
finos c n partir de 1832-33 esses assalarindos, os rncstrcs - pí-opricrfirios das
fAhriciis dc çIiapCus Sinos e tanibem os que ate entno crlini conhcçidos por
F;ibricantes de cl-iapéus de ptia de scda.
Tanihém cil'içina e f'fibrica eram termos vagos e imprecisos qiie se conl'rrn-
diani iio i,ocribulririo quoíidi:ino. utilizando-se aiiida por vczes cenici siil0ninio
do local de produçàn o lctrno Iahoratorio. Enquarito a oficina era considerada
conio a casa onde .;c irzfbalhtiva qualquer artc mecsnico. a fihrica cni vi>;i:i cnino
n ciisa ondc se trabalhavam e fabricavam. pur exemplo, clinp6us. Apesar desta
seniclhanyri. (i conceito dc oficina incluia urna dualidade: podia dizer apenas
respeilo n um quai-to ou ao piso terreo ocupado pela actividade profissional dc
um rncsire c seus assalariadas ou podia referir-se a uina das varias divisòcs de

uma i3l7rica. O prhpi-io rernio rnun~ifitctura. aIiSin de outrnl; significados, iinlia
tarnhém ri dc fibriça nu oficina de rirrel'rictos. por cxemplo. chtipéus. Tsso levava
a quc ~ilguns autoi-cq utiliznsscm 0 temo fihrica para designar um estabcIcciinento
industrial de maior dimensão do que a ol?cin:i. enquanto para cruiros n5o
era tiri cssencia das fibricas o est:iheleçcrem-sc eiii gnindc. rcservandn paro ;is
ffibricns cin ponto gr;iiide a cliissificaç5o dc inaniif'riçriiras. A prdpria Junta JCF
Comércio. 30 crinceder alvzir5 de l'5hric;i ri pequcrias rificiraas com n oejectivo de
3s lil-ierirrr das suj~il;Gcs aos Jtrizci dos CJflcios. :?j~fd;lvil i cf SE c'u~~I'PI-~~ PIII ~II(JJII;(IS; 01t LI F~lhriçcr »HcI~ P//PS SL'
~~I:P~II CIC pelo.^ d~ LLPL~~., C~nirol; &
qrrr tiirlri h(, n nie,siiiirob3.
ri(~ise c!~uiriar Ojf7cirln por
sti 17àci n Qffirino or~ck
.Apesar desta inYnrn~:için, :i posiq5o proleccionisia d:i J~~rlta do Comércio
liia~ircvc-sc. pelo que ri tiinici da diScrcncinç5o pasl;nii :I ser co1oc:ida iia cxisrGncia
ali risci dn di\?isao tknica do trahallio c n:i conceriuaçiío das \*irias fases da
psoduq3n no mesri~ci cdiíício. A pnriir dessa rcalid;ide. nn c;i.;ri da cl-lapclaria.
~iodcmos estahclccer a seyuiiiic disiinçso:
Qfir.i)?ri ein o e.srnheler-iitrrriro rwz rjrr~ n ii~estl-c., .ro:irilro nlt co~,
alg~tr~ T nssnl~i-icrd~).~ (pnr cst.riiplo I. 2. 3 OLI 4 n firioir air crl>r.rwrlkc>s],
f~l hi-icrii.rr iii~iri rlr rr r-~iiiittrclt~ iiic~r7~acior-ici rro caso r.lrnpc;tls r.ri.crn.s P
priricct ori
ilirtiv rrii-dc dc srrfn). i.e,qisrrrnrh-se ircssc e.~t~ilielecirnt=rir»
~ic~iiliiii~ia dii>i.wk (li) rrciilmllio. i.~r~nior~rln-rt deplis no piíhliro: pori.i.so
~ OCS~II~O.~ (I ~Ie.~i,yiiti-I~i pnr ?jlciirri-lojlr. ~irqii~iiirr~ fhhi-ira erri,
crir i-e~i-(r, iiiri csrcihel~ciiiz~rir~ oirii~r (~iii nilrnri-c~ c i nnssalai-inhs ~ e
prcidt~cáo) eiir qrre sc i.erifirni-o irrrin dii.i,rGn ck. rcrr~fns: .Te ,fn.~se
lrinir Jcihl-ircr cle pt,ytr~iw dirir~~~?sc% roda q/ic.fril r.r(>ciiriiiuli iiirirf iiits
I;.S .~~~7r/o, por c~,ve117]?/(1, ci~rcl~rdo r, ji/ii,\ ICI, c~pt-opriad{~ r- &r.,
eftqiinirro rias rle rirciini- ~lirric~irsfin i~írfo,~ rr~ihnlharlr~r-P.S c.~ec1riui+o17i
n iiiesr~ici c~ctii-iciud~~, ~~riti~il~crl~~;~~~~~~
IICIS opet-r~fGc.s r l ,f~ilo ~ e
uprnpriog~~~rl, ~ I ( P rcc11~:~1 i-m?~ err I lo~[ii,\~ d{fci-e11
por
~c~risns~] qrie c.~,r-r-espnridinir~ ccrdn rjili n uinn ?ficíiia. Coriio IIILIJ~II- ,fi-rcriii.rr.s ptiriei~ros cl~i.v.srfIcrir- 03 dirrrs iirnioi.~.~ rrnicltrci'r.~ {>r-{)dttrnr-os,
li jiihi-icn ~ le .JriGo I'edi-(i de Oliiar irei /,r)/>e.s qit~ eilr 1 799. scxtrnrlo
o outo clp i*isroriri riifiio i-t~rrli:ctdo, riiij~rr,qcri~rr, .v(; ilo sei1 ecfifjr.io cin
rrrn do Sol, 54 Itrirrreirr r. irnr riiirrier.~) i$irl~ft~r~iiin~trlrl

As Gbricas. ate 1834. podiam dividir-se em p:irticuInres e reais ou privite-
..- ~iiidah. As primciriis n5o gozavam de qualquer iicnçán lic;cal relativa àç materias-
-~ri mas i rnportadas enquanto as segundas desl'rui avarn desse privile~lo conce-
dido pelo rilvrirlí dc 75 de Junho de 1773 e renovado por legislaçrlo posterior.
A existência desta si tunç5a deu oi-igeni a sucesçivos pedidos por pxtc dc proprie-
t;ísins rlc ffihrfcris particulares que procuraram :ilcuilr;ar da Junta de Cotnkrcio
csiii rcg~ilia. pussiindo ntis casos dc defcrimcntri (qiiasc ~ncloq no que diz respci~o
5 cidaclc do Porto) LI fazer parte da cateporia das i'fibriças rcais ou pri\.ilc~iadaç o
que lios permite dispor dc inlòrmacões ol'iciriis sobre as inesrnas. A pariir de
1 834 c :i~ii 1857 :i pequenez do5 estabelecimentos industriais de d~apelnria no
Porto prrivocou rinvarneiite conhsBc) cri[re oi lernioi+ oricina c I'iihrim ri que deu
origcni h quase total ausencia de idcn~ificaqrlri deslas EAbricas nas estalísiicas
industriais de I X4S-46 e 1852. devido ao caracter oticiilal das incsnias. com unia
riiklia de 7 cipcriírioi pcir cmprcsa.
I . A evriEução da indústria chapeIeira portuense
Até niendos do século XVILI a produçZn dc cliapé~is rio Portu csa obra de
r. indivíduos que faziam sornbreiros ou chapéus dc Ia, em geral
de cor prcia. branca ou parda {daqui cni diante referidos como cliapéus grcissris).
Esles i~rtifices - ~nercaclorcs. prissuidores dn crau de mestre nessa iirie. F~bi-iciivarn
c vcndínm a sua produç5o em oiicin~is-loja? diqiersas pclas ruas da parte
mais an~iga dii cidade. iiáo sc verificando no Porto u seu armamento conio cm
Lishoa e estavam .;u.ieiios 2 jtsriidiçari d:t resl-rectiva corporaçilo. Era uma produqã~
em pecliicrra escala dcsiinada ao al~asiecirncn~~i do mercado conrtituído
liela P O ~ L I I ~ L ~ da ~ : cidade ~ O e zonas inais pr6ximas. j6 que outras rcgiões rio Norte
como Brayri. Fcii-a. clc. Lamhém produziain estn classe de cliapéus. Graqas a
siluaqãíi geogrfifica privilegiaila da cidadc, exportavnm parte da sua produção
parii r i Rr;isil que se çons~ituia corno tirii merc:ldn apetecível e de rrande
iiripcir~?inci a. corno vercmcis.
Na perfodn pcim\~alinn surscm em Portugal ris pririieirns f;ihricas conheçid:ls
de cI-iapéuç linos. acuinulnrido u2gum:is destas empresas a prciduqão dc
cliap2us grossos c entrelinos (uma varicdadc intern~edin). Esln nova classe de
clinpéuc. eFii vcx dc lã, usava ctiiiio tna~cria-prima pelos dc çasrlir. lebre. coelho
e. ninis tarde, outi-os iinimais na preparat;:~ do feltro. Tradiciriririlrncntc é apre-
.;entad:i ctirno introduroi-ri crn Portugal dcst~t iiova classe de cliripéiis a Rcal
FUbrica de ÇhapCus. situada ira Quirit;l d:i Garamela crn Pombal. es~abelecida
por Alvarií ds 74 de Março de 1759. eniborn aIgumai pra~rndtic:ts e alvarás de
1677. I686 .e 169l). bcm corrio rilgui-is autores corrio Dumic Ribeiro de Macedo
nos rcvcle~ii a tcn~aiiva da in~roclilçiio do rcu fabrico em Portuyal no niovimenio
iiidusirializ:idcii- do Conde de Ericcira. tio século XVIl. Mas OS cI~ilp~?us finns
usados crn Pnr~up:il ate meados do s6culo XVIIr coniiituarí~m a ser importados
das acliiriis Françli. Grá-Rrctmha. Alcrnanha. Países Baixos c tlklia. A seguir a
cssa falirica de Pombal parece caber a lima fábrica do Porlo 21 primazia na
produ.c;zío desta nova classe dc chlipéur. Trata-se da fábrica pertencenre. pelo
illeiius deqdc I71i7. tl Ankínio JOSE Guimurãcs. tundada ;interiormente, eni da~a
dcscunhecida. por seli pai Uumino_ns Francisco Guimarães que era n3 altura um
dos mais ricoí homens de iiegócio do Porto. Coino estn I'5hrica rcccheu o seu

-
.IO.SF; /i h~hk'10 MAL SEl?~IRA RAMA iJ.4
rilvarií apen:is ern 25 de Juiilici dc 1773. tcni sido ignorada em l'rivor de outras
cornti a dc Alexis etn ElvnsJ ou a de Mil Iier em Lisboa. Orri. embora a Fáhrica de
Alexis icnha recehido a1vnr.í. daiado de 72 de Aposto dc 1769 e não de 31 de
Outubro de 177 1 3. ri Ciihric:~ de Anrbnio .Tos& Guirnarses G mais antiga. pois já 15
refercncindri eni 15 de Outubro dc i 367 no contrair) celebrado entre o mestre
írlinc2s Guilherme Founiol (que nela trabalhara anteriormente antes dc ir trah:illiar
para Pornb:il) e os Direciores dii Rcnl Fhbrica das Scdns cnt3o adiiiinistrando
a Real Fábriça de Chapéus de Pombal. A prdpriri Junia do Comt5rçi0, em
informaçiio incluída no processo de liçenciamcn~o da rAbricri dc Anrhnio JosC
Guirnaràes, dasadn de 9 dc Março de 1773. atribui-llie cssc título 30 cIrrssIiic5-Ia
ctinio «a niais antip escabclecida neste Rcynon. A data da sua fundaçao iS uiiia
inc6gnita quc iiindii permanece. bern comti a respectiva localizaq5ri.
Gracns h acçáo protcccionisl:i da Junio do Comércio que proniulguu diversos
diploi~ia< proibii~da :i iiilporinq5ti de chapéus Feininíiiris (Rcsoluçáo de 3 dc
Maio de 1757) c iiiasculinos (Alvarií de 10 dc Dczcmhro dc 1770). ao mesmo
iempo que proil-iiri a saida das peies nacioliais dc Ichre c coelho (A1v;ir;i dc 7 de
Agosto de 1767) c isentava dc dirisitos de saída os cliap~~is produzidos pelas
i'áhricas dci rcino IAlv~ir5 dc 10 dc Dezembro de 1770) e dcpois tarnbkm de
direitos dc crisi-ad:~ n:is all'5ndegas nacionais (Alviirfi de 22 de Outubro de 177 1 )
ns rncrrnos chapeus. os f'ahricantes de çIinpEus rinos puderam ultrapassar as
diliçuldadci sentidas até eiitão devido ;i iniport:iç3o de chapéus estrangeiros e,
graças ao j3 referido AlvrirS de 25 de JunF~n de 1773. passararn ;i importar coin
iscnc;;io de direito? ris madritis-primas e outros rnatei-iais necessiirios p:ir:l a sua
1ahir;ic;rio.
Por isso. a partir de 1773 c até ar) iilíçio do skulo XIX. rczistou-sc Liriia
fase de expansuci. siircinrIo pre_oressivririicnte em 1,ishoa. Porto e outros centros
do P3is \?Arias l'5bricus de chaliéus finos que vicr;im provocar diliculdadc?; aos
soinhrcirciros, pois ri cliciitcla url-i:ina de maior categoria social c posses prefcria
os cliap6u~ dc pElo aos çhapeus Zrnrros. ficando os sonilii*eireiros rcduzidoq aos
iiiei+cados riirais c das pessoas itiiiis pohrcs .e 3 tradicional expciriat;rlo para ci
Braail. PorCiii. iio início da séçiilo XLX. j5 alguns fiibricrintes dc chapéits finos,
c01110 OS de Elvss. se encontravam em crise. devidri a conjunliira polirica c eçaricímicii.
;igrav:ida pela irnposiçúo dc iiovos direitos a papai- pclos proprietlirios dc
i'5trricah c pclii çoncorrtnciri derivada d:i multil>licaç%o de produtores desta
çiassc de chapéus. 0 s fabricantes do Penri. graç;is hs sri:is reI;icries privilegi;rdas
com o rnerciido brnsiIeirhcs, n3o sofreram iatito esses eleitos negativos. nias as
invusíies Ilrcinçesris c a Gucn.;i Pcninsiil;ir. 3 perca do exclusivo cciloni:iI c0111 O
Brasil eni I ROR e o matado comcrçial com a Gr5-i3retalilia ena I X B O atingiran-i
pioi'undaiiicnte a praduç5o de çlinpGus no privar esla iiidiisttia dc ~randc paste
da su:~ m5o-de-ohru c dc :ilgiins cmprcsiirios. recriitados para o exercito, ao
rncsiiio tempo que. temporririíimcnte. eram impedidas :ic cxprirtagões para o
Brasil por çarencia de ttaiisportes r: os ç1i:ipéiis ingleses passavam a penetrar,
primcii.~ no mcrcacio brasileiro e dcpois nn prdpiLia Rcina. Assim, criirc filiais de
I 807 c 18 13. vcrilicou-sc uma I'iise de depressao ncsta indiistria portuense lal
CO~IO. SUCC~CLI coin os resinilics ptodutorc~ nacionais. Mas enquanto os fabricaiiLc.;
dc outras regifies se queixav:ini dc falia dc cxtrncçrio da sua prciduçãci. OS
i'sibricrintes do Posto apcnris se I:iii-icn~avnrn. no mapa de flibricas dc 18 12 e no
Mnpo Gcr.cil 1C~rarisrir.n de Jn~é Acúrsio das Ncvcs (rio caso do Porto refcridn :i
I & 1 3). dri liiltn de rnrio-dc-cihra 1i:ihilituda. Por isso, a rcçuperac5r1 industrial e

coirierciril da indUstrin cli~pclcir:~ do Portci vcril'icou-sc crrri-e 1 X I 1 e 1 S 1 3.
roi-nrindo-;i :i finica industsia :i ccintinrriir ri .itt:i :111tiy3 c,Y~~:IcÇ~~c~ pjl;Ir;i r) I3r;isil. rias
pnl;ivi-as Jti S~~crintendcnte d;i All'indcga do 130rto. Jntad:ii dc ?h dc Fe\fcsciro
cs. Em 1570,
algii n.; errilii.ca6rio.: dizi:ii~i-se n tr;ihitlllnr cor1 làriiic. iis ciicoriirnd;i~ recebidas,
por iererii nrrrnent:ido 34 ~li~iclrTcIíldeç Jc recel>irner110 dos WLIS credito.; 1icl:is
expfirlayfics dkctunda.: ilas anos iin~crinre\. i? qiic tih ~~Iii~iivu cni decadencia.
segurido 3 5 respccrivas dccl;trnqfies rio mapa dc fslsricas rcIiitivn :i ccec :iriri.
A indcpciirli.nci:i hrasilcir-ii 1150 ronipcii o.: I:içoç comcrci:iiç dos produtores
porliiciiscs e izncirin;iis com ri ncit3ri país rrias. pouco depois. :iIp de dcciiivii
aconteceii
h n~iidnnça d:i nicid:i, q~ic passoli n prcfki-ir ns clinp&ii!, rIe prln ou pcliiçio
dc scdii. vcrificadii n pariir do itiiçio dewo ddcacIa dc 1830. vcici agrriv:is a ~uri
sitnaçiio. ArC azocrr importados clã Grá-Rrcianha c Fi.ariqa cstes cIiop2us passaram
:] scr prriduzitlo> er-ii Lishon a partir de linriis de I X24 pcl;i niricliçia fi-:it~casa
Elisa Au~usta a que se scgiiiram José Estcv50 T,c~'T~IIc' &L Cotnp:inliiri e ern 1 S77
Liiirienhcr? & C.". h'o Por~n. dois clinpeleiros i~iviiidicnrani a prin1:i~i:t dessa
pinduqao: rci'cririios-nos :I Aiiiiinlo Frcdericci Slcrnhci-_c e 3 Caiididr, JrisS Sini-
131 Íciri. PorCni, ri.: lirimeirris clcnicriias quaniitriiivos oficiair :iccrc:i (Ia prndtrc:io
dcsscs novo5 ch:ipS.iis dizeiii respeito :to ano de 1x2'1 i: 2 prodtiqar, dc tr2i das
1-hhriças rc;iii; oii privilcgiad:~~. Pric~ivcliiiciitc uni rili os dois chnlieleirn'; ;icim:i
rcliii-idos iiiiciniaiii a suri prodiiç5o em data nnrcrioi-. enirc t S33 c 1339. mas
como ri30 pcr~cnci~im ;i css~i ç:itegriri;i dc ('áhric:is iião Sni-aiii itirIuídos lios
i-cttitivn :i 1 X3n.
niíipiii d:i Jutifa dii CrinlCscin clc I SIG. 1 S2X e 1329 nciii iin Uli~tno
A iiiaidsin-prima era toriiccid:~ pnr cinco Líhric:i.; liriri ucnscx clrre prcidcrzirtii~ esqri
cspdcic dc vcIudci in~iito 1CIpudo iic uiii dos lados.
Alem cia mudnnç:~ da tnncl:~. rcgisrou- c:iso do Porto. pode sci- docuinentad:i a pnriir do niio de LS1X. j:í que n3o
existerri driclos esr:iiistIcns rclalivri\ :i ~rirddiiq~ri do :irir1 dc 1 S17. h*lrii ;i sj111nq2o
acc~+c;t
dos l'zibricaritci clc Li.ih(in n partir de I S27-1S28 ~lodc ~SC~~~CC~F-IIC):, da
proliiritf a altes3ç3a registada n:i c~I:I~IcI;I~E:I (Ic' li'ltrtj CFC pE10: ;II_CL~III;IS I'5l~i-i~';1~
rói-:iin ohri::bd:is :I eiiccri.:ir :I% huiis pnrrnc. nriiriiq Ial>oriiv:ini ~~PCII~IS ti111 dia por
sent:itta. alyuinris piigrivnii-i oi salririo.; etn chapéi~s e OS operrtrios despedidos
p3shtirnrn o piiidii/ir nci hcii doniicílio ch:ipGttc rluc dc~iriis Iciiiavani vcrrdei- priIas
runs. tal co~iio os seus camaradas de pi-otisriio qiie. pui- rerern recebido 1) respçciivo
saIiíriri ncsi a niercrir1ori;i. prefeiiciiilm t ninsLirm;ir cni clinlicirrr o.; c IiapCii.; que
1Iies iiti1inrii cabido. sujciranclo-se a perder parte do seu valor para realizar n
resto. As Ebricas que prcienderrini sobreviver rurxrn obriqadas a reconvcrirrr a
sua pi-cldu

i ~wu'~ItrçSo dcis ~~avos chapi'u~ dc ~ ~ que d necessitnvai~i a
de muito mcnos
m3o-dc-cihr;i. pcii- scrern iiiuilci merios ris oper:içôcs dr: rahtico. o que deii origem
a niimerostis dcrpcdimeiitos que tornztrani o dcscmprego uma rea'lidnde para
griindc parlc do% cliapcleirtis. Atravks dos mapas de i';ibricas de 1328. 1 829 e 1 S30
pndcmris coiistatlir csxti altrt.aç5ci crtrutural ria pmdur;:io poiluerisc que se estendeu
rainbL.111 ;ICJ'~ c11apéus gr~ssori, pois tarnhcm esse scctor saCreu em 1878-1829
gr;ives dil'icu1d:ic~cs prti\:ocad;i.; pcIa prefcrcnçiri das criniadri3 popularcs pelos
cliapéus dc palli:~. dc I'al-irico caseirri e rirtesri~inl. que u preços cerca de I I) vczes
inl'criorch p;is;ir:irn ;I ser vcrirIido.; pelos 1ug:ircs. l'ciihas e ruas das v5rias regi6es
c IoçaFi Jadcs do País.
A iiívcil ri:icionril. csln cnnjiintura dcpresqivn csteridcii-se dc 1 X27-1328
ai6 1 X?7. Icvnndo ao dcsapareci~iieii~ci d:ts cniprcsas dc maior dirncnsiío surgiridri,
cni contraplirtid;i. algumas novas empres:ls quiise todas voll~d3'i para u produçno
dc çh:ipíc~s de ccJ:r.
No Ptirto. n situaçáci foi ainda $ii;iis grave devido ati prolongado ccrco da
ciriiide pelas uopris miguelist;ts crri 1631-1533 qiie privou os fabricantes das
iiiali.ria>-pri inas irrrprirtlidus e inipossil~i I ficiii as vendiis pxi o exrcricir- d;i mesma.
13cir isso ai I';íhriç:is cnceirriiaiii c. os seus trrihalli;idorc< c prtc dos eniptcsíirios
Iot-aiii cilirigrido~ 3 eiiipcnhni--se na dcfcso d:i causa FilicsaI e da cidade.
Apenas ;i pziriii- de 1835 sc \*criticari n rc:itãmeiliri da prtiduç90 por parte
dc algu rnw das rintigah 1':ibricns privi 1cgind:is. ctiiuo iiconteceu coni Francisco
Aiitiítiio do Cluieirri e Rodrigci de Sousa Piniri. m:is nrto ~iiais os fnbricarites
pciriuenses cr>nscpuir;im recuperar n sua antiga iinprirtAncia c ili~or de que tinham
desli-~iiadíi :i12 1527-1X78. Eiicluarito alguns rabricnntcs dc T-tshoa e Jc outros
cctilrri.; produtoi-cs. grnc:is h pnuh dc 1837. tinliam conscgutdn rccupcrar da
dcprcs.;ao c renkii- as çxpori;iqões dc çhnpEuç gr-ocaos c l'iiios par2 o Brasil e
Espnnhri. os produ~rires des~il çidadc n,?ci coiiscpiiirarn. por f=il~:i dc meios financciros
prciprios e cle crcdito, aiimeiiiar :I xuu c:ipacidudc produtiva c csp

2. A evoluyão quantitativa das empresas chapeleiras portuenscs
A sua cvoluç50, dcvido 3 iniportan te acção pi+~ieccionista exercida pela
Junta do Comercio até 2 sua extinção em 1834. divide-se em dois periodas,
antes e depois dcssa data.
Não 6 possivel quant ificar, de forma segura, o núinero de oficinas e r5l-iricas
particulares existentes na cidade por não çonslarcm dos mapas de fjbricris
claborados por ordeil-i da Junta de Comércio.
Mas uma dernonstraç5o da existéricia de Iiumesosas oficinas de sornbreireiros
no início do s&culo XiX, mais concretamente em 1304. &nos revelada
num lançamento notaria1 solfciiado pclo Comissfirio Rcal dc Chapéus. Manucl
Bsandão de MeIo. que nessc documento enumera 45 mestres produtores de
c1i;ipeii.; (~nissos)
dcstinadns tio Arscnnl RcuI. Alhi dclcs, otr~ros mesmcs som-
breireiros produziam e vendiam na cidade esta clnssc de chnp6us. cxporlando
parle da sua prnduçáo para ri Rraqil.
No que diz respeito às i'5bric;is panicuIares. essa ausência de estatísticas
oficiais revelou-se mais I'iIcil de ultrapassar jA quc a maiaria das fAhricas reais
OU privilegiadas. antes de terem acesso a essa çatcgorin, ~inharn começado a sua
cxisthcin como siinples fábricas sem qualquer tipo dc privilésio a que fazia
delas tneras fábricas particulares. Essa rcalidnde pei-iiiitiu-rios crinliecer mais uc
perr ri as suas características que constam dos respectivos autos de vistoria. reali-
zados untes da conccssiio do alvarg pretendido, sendo também ocnsionalinente
rereridcis eni algutnai destas iòn~es os anos de fundação dessas empresas. Em
algiins surnríricih dc Lcs~cm~inlius, ouvidas também aiiies da eniissao do alvari,
surgem riesça qualidade diversos empresarios ou iralialliiidorcs assalariadoi dc
I'6bricns particulrii-es que nos permilern conhecer a existência dcssas empresas de
que. em regra. 1150 exisrcni prnccssos nos Arquivas da Junta do Comércio. O mesmo
acontece em documentos notariais em que pmpriettirios. ariillccs nu caixeiros
pasticipararn dircçiarncnle como parte iriteressada ciu como sirnpfes testemunhas.
Do conjunto de fontes anaIisadas resultou a ideniiliciic;:~ de 10 fábricas
particuIm!, que i150 gozaram. por niío os krem solicitado OU Ilies terem sido
rcciisadus. dos privilegias d:tç su35 congencrcs classificadas de reais, rGbricas
estas incluídas no quadro I dor; ancxos derte trabalho oilde enurneralnos todas iis
1';ihricas de chapéu? já conhecidas até 1534. mas oulras dcvem ainda ter existido
já que tenios nritíciri dc riuiros, mesires fabricante? de clinpEi~s. Seriam proprietarios
de oficinas e fsbricas ou apenas assalariadoi ao serviqci das empresas
conlreçidas. c2 uma q~resrzo dc mornenro insolúvel por- falta dc clemenios
suficientes.
No caso da Pnrto. ri existsncia de relações. mapas e inqiiéritos csiatísricos,
el3bor:idos directainenlc ou por ordcm da Junra do Comércio entre 1777 c 1830,
perrniriti-no?, identificar um nunleroso prupo de í5hric:is reais ou privilesiadas,
já que conipetia a esse tribunal o licenciamerito dessas unidades. Tnrnbérn
A Relcrqtk rlrrs fibi-iccrs de 17rSXh, da compet2ncia da Junta da Administraçso das
F5bricas do Reino e Ohriis das figuas Livres, apresenta urna relação. mais exaustiva
do qtie a dc 1/77. das l'ilir-icas do Rcino e deçse rncsmci ano o M~ipr~cz dt, T~hs
os F~bricos qiie h& em L~SIJOLI. P no Reino ... feito por ordem de Pina Manique
que inclui igualmente uma relaç5o de Iabricas favorecidas por privilégio reuE7.

-- -
.10.71~ ~IM~;~I\'IO KIXL PEREIRA IIAMAIIA
t'orilci existerii :iirict:t os I)i.oçe.;.;os dc iicenciamento da niciior parte destiis
l':ilii-icrih portiiei~scs icirnoii-sc possível. iiiraveti, da cruznrircnin de todas as
iiiioi-rn:ic;ríc.; i~colliidas. U ~ITA~~SSY~ 05 em5 e OI~~~SSI~CS detcctadoi ein alguns
rIcstc> iiirlzit2riiriç e. coiil 3 G~clii dc rilitrns foiites roino escritur:is noiariais e
livi-os cic icripo de um ;ilvarrí ou liccnt;;~ 30 praprictfirio dc uma fribriça n3o
pode scr c~hscr\/i~cla. obrigaioriamcnrc, coniri sinóninio de çriaqari d:t einpresa
pcto que nSo deve scr eiitendidn c01110 tal. dado rcsistarem-se duas situnções
dikreiiçindas: ria ~riairil- p:irte das fribrica~ a çua l'i~nd:tç:?o tinha sidr, cfectundn jfi
li5 mais ou I~ICI~OS 31105 c aaora ri proprietário resolvia requcrcr a a1ribiiiç5e dos
pi+i\~il2gicis coiiccdidos pcla Juni:i do CornErcio; nouiras casos os iirteressridos
scilicitn\ nrii I(i=o. na riltui*n da cri3qão da empresa. csscs privilk_rios que çcinsidelav:irri
iiiipresciiidívcis 5 SU:I 132>0r:ic3~1. POI- isso. se C T aIguns ~ casos ri ano de
coiiccs.irici dci ;llv:ir:i ou licciiçri çcirrespondc efeciivnliiert~c au anci da lundaq5o da
ilicsitia. ii:i inuior parte dns emprcsas tril n50 :rcoiltece afirniando os rrquerenics
n 1~13i0i. 011 mcrior ;inliguid:ide das niesriin4 c o seu el'cciivo runcianamerito,
coi-iio l5hricri ptirtiçiiliir titiviarneiite. afln11ac;fics cstas qiie a vistoriri c o siiniário
dc trstenirinhns \~iillinrii pcist eriormeiite ccinl'i rrriai-.
Kaa \i70 cornptirávcis. por diferença ncis criifisios itdoptados. dado os fins
ii cluc \c rlrsrin:ivai~i. c7 relnçfiri dc I-Aribricris de 1777 e ;is duas de 1788 com os niapas
dc S:íhric:ii cixisteritcs, rio caw dti Pnrto. para o pcríodo entre 1813 e 1830.
Eiiqiiriiitci a\ ires pritneiras api4c.;cnr:im iim:i listngciii dc fihricas privilesiadas
:i16 f1.i rc\pcctiv:is d:itris. incluiridii Fitsricas que nunca clicgar:irn a I'uncioiinr pciir~tzõe~
dii CI-\:i

em 1806. prt,vocou um;l climínuiçlo das f5briciis crri eikctiva I;ihoriic;an eili 1807
pois. çoniirmadamenre. nesse ano apenas 6 l'unciunavaill: Domirigcis rl(i Koslirio.
lo,in Pedra Snl3beri. Jri;io Pedro de Olivcirri Lopes. Anselrnti Fcrrcira. J O S ~
Çlacllio do Nasçimenici c Jose Pedra Card11;iniento em 1807 míitiiivcriitii a sua ncriviclatlc. apesar de ;I~Fc~N~:~s
pelo rccrutntiiento para (1 cxerciln an~lo-luso qiic Il~cs levo11 parte dii rii:?rj-dc-olirri
c dois dos cmpres6rios. A pariis de I SI 0 nci\,as uiridadcs surgiran~. 1 ricssc aiio.
2 em 1811 e autr;t cin Março de ISF?. clcvaiidn par:i 9 e I0 o núiriero dc
SAhricii\ eni iicrividade respeçtivalrictitc crii t 8 17 c Maio dc I3 13. datas du rnalyn
dc 13hriças de 1 S12 e do Mopcr GPI-rrl Esrarisrico de Jose Acl'irsio das Neves. Por
isso. não c acci15vel a iridicaçao dc npcnas ? Fihibricns por p:iric dcssas 10riics e niiidii
cin IR1 ? rcccberam licença mais 2 I'ibricas o que elevnu p;ira 13 o núiiiero dc
filiricas eni actividade nos rinais desse ano. O ninliri dc l'ribricaq de 1 X 14 j;li
inciiii 1 L desr;is cmpresus, otiii~indo apenas ;i rle los6 Aritriiiio Aives I'ercira, c ri
dc 1 X 15 inrintcm cssn cii~iiss5o e ainda n5o iiiclui ii dc Jo:iquim Josil Pinrci da
Si1v:i Xc C." quc p:issura a ocupar :is inhtaluqfics dc Aiiseltno Ferreira. Entrc 1 X 15
c 1820 dcsayi:iwcerarn ntguinas fsbricas. çonici :i? de Jodo Pcdro Siilahcrt. h4aiiricl
António Vida1 k C." e JO~O Gnrcí:i dc Apuiai- c SiIvn & C.", miis ci ritíriiero dc
rahricanics subiu Fraçris no aparcciiricritn dc 7 tiovns cii1prcs:is. P(itr.rii r) ninpti
dc 1820 identifica npcniii 13. quando nesse :inri esr:iv:iiii pelo riiciws 16 em
riciividade. surgindo mais 1 crn 1 87 1 1'). outra em 1 833. 3 c111 1 82-4 C I eni 1 835.
O :zpiit+ccimcnto desta? iiovas Fibricas foi :icornlinnh;tdo pclo desapnrecimcnti~
d:i maior ui~idadl: produtora, a de Ititn Ana Gtiiniarãcs dc Cissia c l=illiris. e dc
ui11rns U I I ~ E I ~ ~ Cmais S Iieque1iaq como ris dc. JnhE Scdi-o Çardcisn c Silv~i. 3d:iri:i
I3rnelind:i do Espírito Srin~o. :Manuel Pcrcii+:i dc Novais. FClis Tmilii5s dc
Miig;illiiTe.;. Ar;ifijo & C.". Domingos Cardoso Víicir c P1:ícido Linn do< Sinios
Te i xei r:i. desapareci riiento cste provocrido psl:is d i ricu Idades de recehimcn to
dos valorcs das exportrições rei11 ix:idzrs liara o Brasil, pclo aiimeritci clo conciirrGiiciii
na venda dc chapeus l'incis. devido ii proIifernçrin dc fal-iric:inics r: pel;i
iiova rnodrt dos chapktih dc sedzi rluc veio diiiiiniiii- :t cxtrncq5ci Jo scu artigo.
O número de f;íhrims cm nctividaclc dimiriuiu prisçaiido par:! 17 etn I R76 e 1 X77.
ripesar de (>i respectivos iiiapus oiiiitirem 6 e 7 dessas empresas, ;igi+:ivaiido-5~ o
sitliayfio cios prtidii~circs portueiiscs a partir de 1827-28 crmi ti incsei~zcnto dii
moda e coriscquenrc riuiiieiiio da produçari n:icional dc cli:il-iCus de scd;i que er:i
ainda a_cr~vada pelo :iumenre das iinportiic;õcs dessa c;itegoria dc cliapéuç c
dc cliiip2us i?rioç de origcrn ing1es:i e fr:iliçcçri. O núincrc~ de fríliricns caiu p:irn
1 1 eni I X78 c 1829 e pai'a I O ein I X3O. apeqiir du crilir;Ua de 7 riovns f5bricas cnl
1830 e dn incliisao de um:! outra licenciridii c111 1816. que riunca fura incluírFa
nestes m:ip;is. devido ao dcsrip:irccimento dc tarias das crnpresitq rii;ii\ anli~iis,
cnmti foi o ciiçti rlc Driniingcis JosC AIues Nobre. D. Maria Carmiliii AlrncitI~i
LcitSo c inn3 (a vcllia S:ibi*ica dc Dorníngos dri Kos5rio). Joayuirii Marques dc
Olivcirri, Joaquim Jus2 Pinte da Silva cY: C." e c-lri rcccnlc crnpi-csa dc Josd
António da Silva C:~mpris.

A di1'crent;a entre as I'~hncris incluídas e omitidas nestes mapas pode ser
documcntndti airrives do seguintc g6fica quc nas d5 uma vis30 imediata da
rcalidadc pcirtuenlie au longo deste pcríodo:
EVOI,UÇI

pcqilenas Fihriças portrieiises que outrri estntísrica do rllcsnio alio. reialiva h
instrirç5o dos eper5rjos. identiiica.
Desaparecidfi, coin ri cxiinqão das cc,rporaçfies e dn Junta do Comercio,
e111 1834. a di\:isáo cnirc oficinas, f5bricas particulai-cs c privilegiadas. as diferentes
empresas produtoras passarani a confundir-se indistintamente sob n título
gcnérico de oficinas ou f5bricas. atendendo :i sua reduzida dimcnsào eiii teriilos
de m5o-de-obra. mantendo o curac~cr oficina1 que se lornarii predominmte após
a crise de 1977-7s e os processos totalrriciiie artesanais an Iongo de toda5 as Fases
da pi-oduçáo.
Essa Tal ta de elernentcis oficiais levou-iios a cncetar unia dernornda pesquisa
em outras fnntcs qrie pudessem colmatar cssa carcncia !>ara o quc recorrernos ?i
imprçnsa pcrírídiea. a alnianaqucs. a cscsi~rris notnriiiis e ri diversa hibfio~rafiii.
h partir destns ioiltes. registamos o rccnmeqn dc actividade dc alguns
:inii,oric f:rhric;inlcs: privilcgindtis como Francisco Arithriio do Outeiro e Roclrigo
de Sousa Pinto, seildo pr-ovAvcl qiie outros ;in~ipos chapclciros cornci Miyuel
AntOnio G;ircia. Manucl Anlfinici Alkcl; Souto e Manucl José Palmeirri Ihes
tivessem 5eguido 3s pisadas. Alguns propi-iet:ísios dc antigas ilíbricns particularci;
como Antbniri Fredericu Sitcrnhcrg, CSiididn Jus; Sfiiiplicio e Lino Eleutério
ilzeratn o nievno. surgindo nov:is f;ibricas conio as pericnccntes a Joáo Nunes
(fundada em 1833). Viúva UIrich & Çonipnnhin (cri1 1835) c Luís António Alves
(iú cni Inhoraçuo crn 1837) Q que elevou o número dc i3bricss conhecidas em
I'iiiicionamento efectivo parri 8. Este númrrci csifi pnréiu lance das 20 fihi-iça5 c
oricinns de c11apEus que, seguiidri uma reprcscntriçâo apresentada ra11i113 p01iiutnerosas
proprietk-fos c incsarcs dc v5rios ramos da indiistria pcii-tuçnsc datada
dc 22 dc A~cisrn dc 1836. cntk Funçionavanr iiesia cidade. Os rcsiimics ser-iam.
naturalmente. parte dos niestreç chapeleiros idcnlilicados no recenseamento jCi
ciiado de 18-37-i.?. ontie se podem enctintrar rnçsri-c5 corno Jci2ci Evarigelista das
Neve5 e Antcii~io José de Alrneida. que tinham assegurado n direcç5a téciiica.
atC ao seu enccmamenio. cm duas das fábricas privilegiadas d:i cid;icic c quc.
iudo indica. se iinliain mantido no rnesrno local agora pi-esurtiivelnie~ite h irente
dos .;eu5 prhprioç esíahelecimento~. Alkni dele.; oiitrric riicstrcs como Jono
Garcia. incluídiiç nesse reccnseamenrci. ier-iain regressadu ii actividade. crimti sc
podc depreendes da :malise de alguns apeIidos que vo1i:iccinos a encontrm ein
1854. conitiiuindci cxcmploi das aradiçicinriis diilastias dc chapclciros que tieqin
cidade forarri uniri realidade. juntando-se aos fabricantes que acima identitlcanios.
O inq~Eritci induitrial dc 1845-46 apenas inclui umri fAhrica. :i de 3030 Nrrrie~. ci
quc n2u parece correspoiider L realidade d:i cidade. a~eiiderido :I que. pouco
dcpciis. referindo-re ao ano de 1848. o jornal O N(Ic.~~ITu/, em noríci:~ datada de
17 dc Maio de 1850. esclai.ecia unia ouira norícia. ~iuhlicada dias antes acerca
dns estiihelecirnentos induslnriis crn ilincioniirncnlo ila cidadc crn quc n5o incluirri
oh produtores de cliap6us. dizendo quc ns l'iíbricas ilc cliupclcirris quc nfio quan-
tificava ocupavam enrk bastantes bsnqos. A estatística indusrrisl de 1852 1150
inclui qualq~ier cllapelciro porluensc. pelas rw.fie5 ji explicitadas. nias a estalíslica
acerca da instr~nqáo dos opcr5rios revela-rios a existência de 7 pequenas i'5briças,
pcrlencentes a Joãn Nuncs dc Sousn (quc julgamo.; tratar-se do mesmo Joáo
Nunes incluído no rnrtpa de 1845-46) c a Jouo Nuncs de Snusri Júnior. Cada uma
des~as l'ríhriçns ernprcg;zva 5 operiirioç. o que entra cm contradiç5o cotii a
referida notícia da chapelaria empregar hastiin~cs br;~qcis. Quantiis l'shriciis c
oficinas cfc chapclílnu cslaridrn cm 1 851 em actividadç? Várias. conio por exeiliplo
:i Mnia c Silvri rfiindrida em 1848) c a FAbrica Social (fundada precisanierite

em 1 S52 ). icntlo-se esrabclccido eiil I $5 l .Tolo ArsCiiio Ficire e J050 Josk de
Alriieida n cluc. ,ju~ir:imcnze cciiii iis 2 kibric:i~ incluídas nessa cstarísticn de 1852
e :i inclu\iío dc cl-i;ipeleii.ti.; cnnhccido\ caino Fi-:iricisco Antótrio dri Outeiro,
Cãndido Jad Siiii~ilícici e Jo3o Garcin. 'ti.c~ii conin ;i viúva de Rnttinin Il-ederico
(rccen~criicritc I':ilccidii). na list:i dc cliapclciros incluíckis rici Airircrtruk Cr~~~ir~rerricll
.J~t(!ickt/ C .,I L/IITI~I ~.rrrf{rivo do Porfo e .VCI~ /li.s~ricfo pnr(t 0 cl~tno (/c I tT.54- JX5.512 (que
oiiiitc 3s t1ii;is I':ibriciis incliiídn~ Ile.;l;a esraiíctien clc 18.52). elcvii prrrzi 10 cmpresus
o rtiral Jc ~1-iric;is c oficinas rtçonhecidtiniciiic em :ictividadi: ncqse ario. M;is
dc\~iífrir scr riiais, j;i que o rcl'ci-idu :ilnliiiinyuc ciiumcrn niriis li crnpresris
chnpcleir.;is dc qiie sc dcsconhecc de moriiet~ici a respectiv;~ dat;i dc i'und:iq;io,
clevnndo para Ih íi toi:il clc cliapclciros eril acrivid:idc ern 1854. Assini. a pariir
destes clcmciitcis. c lios\ívcl corrigir n 1':iltn de rigcii. das cstritísticas ril'iciais e
iissistir ar).; prirrieiror; passos nu rccupernçuo dcsre xcctor tradicional que volt:ir(i
ri;i scgriricl:i riicz:idc clc Oiiciccnto?; 3 ocupar uiii lupar de destaque ciitre as
indúsiriri< rlri cid:idc.
"4 irnpcirí5iicia rlii iiidíisri-ia çIiapclcir;i poi-t~icrtsc ao Ionp do perícido entre
1750 e 1 SS? rcllecri~i. i1a~iira2niciite. 3.; I'ascq de cxpailsio e depreqsso quc
dcicrcvcmcis. Entre 17.50 e 1834 :i5 cnipresas prtidutn~is distribuíarri-sc por trCs
carc.~ori;ii clc csrubelcciri~ciiiii.;. oiicinas dc scimlireireiios. l'iihriçtis pnrticularci e
r':íhric:is pri\r~legi;id:~h. d:is quais si? :is íilrimas. gniq:i.: ?i existerrci;~ de cloc~imcii-
I:icâo oiici:il. podt.111 sci. yu:iniiticnda5. rcgistnndri-sc a cxistCiricia. no lorigo dessc
período. dc -37 r:ihric:il; 1iceiici:id:is nn cidade dri Porici, entre eIas a rn;iic antiga
I'iíhric:~ cls ch:ipeus I'i tlciu. propricd:idc tlc uiii p:ir~icular. que se cotrlicce crn
t3~iriii~ril pcriciiccnic a Ali tiitiici driht5 Guii~inriic~.
0:. pcr iodos EIC maior. TICP;III~;;I

QUADRO 1 - FAEXRICAS IXARTTCULARES E REAIS OU I'IZIVLLEE1.4~AS DE CHAP~US
NO POH1'0 EVTRR 1750-I Xf 4
. I c I I I I
I'. li Jc' Jiilliii dc ISi)(i
--
1'. 77 ti1' \!:i~'&'u dc' I ?(I?
Kccusiitla tiscnça eiii 1
20 dc 1:ci.crcim ds IS I2
Recu+;irt:i licsnç;~ ein
7 dc Mair) tlc 1792
-
c U. Culciii lanclida hlnieida Lriif ri
e l_nii:icioViein Siiares
Jn~e Corllin ilo Naximento e
Aiiiuiiiu Piiirri Rihciiri Jc Crin,:~lhn Pciioin
Ju~c Cuclliii dri fix\~lcinirntii.
3030 Franci\cri dc Guim;ir,ir.ii>.
hiitonio de h,lornei Cnrrlnzo C;inics
c Jiiv Aiitnnin ile 50117:~ Gnnir3
Jri:iii Fi~:iircihc~i dr Giirrnnsicn\
c lu~c Çoclliu du Y:isia c FiIliuk
Kiiu da Fihtica do T~hrico
Jcpuis
Ku:i Nnr.3 dc Sniitu AnlUniri
S. 11. dcpois !I." 1? D - 11 0
'
1

Fmncisco Antnnio Rodri:ucr
c Frdncisco Antonio Orcro

QUADRO 11 - I;~~I~RICAS
JCI.~~ ANT~MO RM L PEREIRA RAMA BA
-
E OFtCISAS nE CHAPÉUS DE FELTlfO E DE SEDA
EV I,ABORX~~%O NO PORTU ENTRE I R34 E 1854

d I,YDU.TTI~'IA CIM 1'ELEIK;I POHT~!ITN.SE ENTltII' 17-70 f: IX.7-l
NOTAS
E. Estc tcxtn rccupc~i :iigiiris dos priricilinis aspccroy nhordndos II:I disscrt;iç50 de rnestcidri riprescri-
t:id:i çtii 1'197 :i Fnculd:idc dc I-çtt.:is da Ci1ivcrsid;idc do P~irici. icrrn:iiidn-sc porEm nct.cus:íi.i:~s
alg~imils :tlicr;içõcs l'ririiinis c dç caiitciidri. ;itcndendn h cxtcnsiici rl;i relci,irl:i clissci~nç5o quc tcvc
pni- título ri Iiirlrir.r~ Porrue~i.vr criri-c 17.W c 1852 c nndc ptidct5u scs ci1criiirind:is
:is rcferencias c ciiaçõcs i.cl:itiv;is n lonicl; c hihlio~rdli:~ :ipirscrit:idns ao iony dchtc ir:itiiiIlio.
7. Iritliisrria ch;ipclciru. nn scntirlo ç!dssico clç prndiiç;io dc cliapcus rlc tCttrn c ninis tardc dc scdn.
3. Ciiiti cntiir:iis dç JAcoinc R,ittuir scpndri :I vcrs5o dcstc r~id~ixli.i:il, quc sc vlinploi.j:i nas su:is
Krcrii.(lt~(-i,c-s dc rcr criatio cuin ris sciis prripibios fundos ;r priiiiciih;i iiíhricii rlc chaplliis ti1105 quc
por cririta dc iini p;iiTiciil:ir hoiivc iiu Rcirio.
4. Como rcfcn. Jur~c 13iirgex tlc M:iccdo cm ri Siritriqriri P>uixrririiir.ri ito Td,tin/)o rlt, Porrilicfl - ril,yiitt.v
cr,\p

A FORMAÇAO PROFISSIONAL
NO ANTIGO REGIME
O Pririci dos Mciiercs, segundo o mapa cl;ihorado pela Senado da cãmara
para rt rcpulatnei~~aç~n das profissões na procissao do Corpo de Deus. em 1773,
rr.prrçrntnv:i-.ir prir 77 cifírini
Para Frep:irar estc tccido social rom-iudo pelos ofícios rnecanicos. desenvolvia-se
um tipo dc cilsino prolissional \~ocacioiiado para o saber dominar. de
uma l'unnti niui~ri pragniiiticri. cada aric da cspcçialid;ide. c apenas cssii. com
saída dircc~a para o nie~.cado de trabalho
Tratava->c dc um cnsinri vocacionado para a aprendizagem dris artes
mai~unís. devidamente esiniturado e de caracter particular e autónoma. Variava
de cidadc para cidade. dependendo das cxigEncias crimerciais de çad:i uma,
porquc cnd;~ qtl:il apresentava as artes necessárias 5 indústria c ctiinkrcio loca1 e
nacinrt;il.
Essa aprendizagem dccorri~i nurn loiigo período. a que o 1-orrnando. na
categnria de aprendiz. sc sujeitava. Ministrava-o o iiiestre do ofício c a loja
Iúnçionuva coIrio e~cola. Iiiiciava-sc em iciudc priil-iria c tccornendada. O aluna
oliedecia a determinado perl'il. Lavrava-se. obrigatoriaiilentc, rniitncula. O tempo
de aprendizagem dccrirria cnlse cinco a dez anos. Cada rneslrc recebia entre um
a dois aluno

MA RIA ./0~k L.lGll,t / I.'IL-\,VCISCO RIRI:'/ RC? Li,\ JmIL\'..\
.-
tcrnpa ajiisui--se-i:i dc :icrirdo corii Ira capacidade c inreli_cêncin>)' demonstrndii,
mas cycic nunçn seria irif'ci+ior a doi5 rinos,
No cntiiiiro, ncm iodos podiani ser accitcs por ay~rendizcs.
C~L rcl igiáo e faniili:~ eraiii deterrni naliteq na ;iceiraq5o do apreiidiz para
csi:icio.
Negro c niulatri n5o podiatn ser acciicn. snh pena de riiultn nci valor dc doze
mil reis rt aplicrir ao tricstrc inliacror, rilém dcsie scr cit>ri_rado 3 expulsar (1 moqo.
O iiiulo do cnpitiila virite c quatro do rcgiiirenio dos botociros cri1 csplíçi~o ,5.
Qiirinttr 30 ensino dc aliinos estrangeiros. nãri pcirIia ser ministrado ti quem
iivcsst: alpurii;i d3s cnrricreriwiças supra çii;iíl;iq. A eszcs coloc;iv:i-sc como condição
h:isic:i serei11 aCattroliçcis Rornanos>i". As pcnas iani clobrando para o mestre cluc
ia1 iiiri ciiniprisse.
0 s torcedores Ji: iutrrís ahriam excepçso. Accilcivarn qiic .,H. 1,cigo. aprcndizch dcs t ri nrtc
deviam ser poucos.
Concluiiidr.i. nem todos tirihaiii acesqci h :iprendizayern. Tendo :i sorte de
esta 1120 Ilres esi:ir vcciad:i. clicg~r;~ O nlonien1o de sc i~iairicul:ireni.
A nprcndizageni cibeclecis a um longo período dc tenipo com n linalidade
dc pi-cpnrar r, ;11u110 PBI.;~ O CX~~TIC C pari1 ;i vida rtctiv:~. De i;iI mndo eni cnnsideradri.
que scrii estar cciilcluída ninguein podi:i requcrcr cxame.
Ohcdecin, norni:iliilcn~c, a dii:is clap:i

,E FOIIMA ÇÂCI PRO I;ISSIO;Z1A L ,!'O r1 A1TItiO REGIi'dL:
Che~ava a altura da mairícu Ia. E 15 estava n Iivro como mcio de evitar as
fraude%
A niarric~~l~i podia ser feita de dois modos: apen:is Fanqadn em Fivro do
compromisço. o11 estabelecida em contriilo nniarial c. posteriormente. lailçadn
em livro do oticin. T3cpcndi~i do que o comprolnisso esiabcleccssc. Ve.jaame
cada siluaç5ci.
Tomando aprendiz. o mestre rihrigava-se :i parlicip~ir ;io jui7 do ofício o
dia. o mflí c ano crn que o admilira. para quc o esci-ivào rcgisrasrc. sob ri i'cirrna
dc Lerimo. no livro de examcs. ou cm livro próprio que o ofício tivesse para esse
Siiii. Postet-iorinente assinava riu a I-espcctivo rnestre13. ou o juiz. o11 o escsiv5o e
O MGS~TC'".
Mas vej~irnos iirn tipo de registo rrrais çornple~o. Dele constaria .

Mestre que nZo tnriiid:isse registar criritralo. n3o cumprindo o quc c? com-
promisso p11-via. dizi;tm os ourivçi que seriri niuliadri em dois tiail reis. Os cerieiros
aunicniavrim para irinfa iiiil reis':. alkiii dc exigirei11 que n incstre io.isc iiori-
l'içado pclo escri\,,?o para lavcir regisro. E se mesmo assirri nio obedecesse era
multado no dotiro e perdia a aprcridiz az6 o cegis~ci scr [cito. Qunntci ao aIuno,
passava piiza «tempo que o Aprendiz deve dar vc.;iindo-se. c scndo vesiido peio n-iestrc:
(...)>i". Sc ci .;ristento coul-lcshc 2 fnmiliri. o tenipn dc csrlígio diil-iinuia um ;tnoZn.
Os coritr;itos cspeci ticavani 3s obrigiiçõer de vesLufirio c alinientq50~ exigidus
;iti mcstrc. Encoiilririios iiluagdcs diversas.
- O iiiestrc \rcsriris o apreiidiz cic soiipu de &i-,
çornpetEnciri drj pai''':
seiidri ;i rciup;i branca da
O rcspnnsdvel pelo :iFuno cihri_rava-se I.( ...) 3 drir dc vcstir e calçar I...)
çem que ri iiie.itre kcnlin obri_raq3ti alpina de lhe dar nada. porque
srimenle iierfi obrig:icln :i
comer~i 311:
dar-lhe conin rnes:i e roupa lavada f...) e dc

-O mestre obirgava-se ri vestir e calçar ...) dc raupu de cor-'1. bem
coiiio n dar-lhe ,'?. enquanto a pai daria
33;
- Quando o rncstre calaiate Ant6nio Cunha estabnleceu contrato com um
iiioqo que teria entre dezoito n vinle anos. compromctcu-se 3 alinientrí-
10 nas ~fay~ns pnr mar. Permaneceridri eni terra, n iilirnentaçao seria da
rcspons~biIidadc do api-cndi7.
P~it OS rneytr-e que i150 curiiprisscri~ os dcvcrci a quc ?e nlirigavarn, as
multas. sempre imposins pecuniririarnente. iani dc scis mil i+cis?J a dez mil reis37.
conforrnc o cstipul;ido nos regimentos. ].Iavendo seincidénctns duplicavar-ri. Ai6
tiq ui o çonurifn deiini:i-se como uma çontinuaç:?o do coiiipi-oin isso.
Obr-igaçõcs c!» rnesfrc cin coso tlr ílner.ic::.o do donpl-ei?di:
O aprendiz iria viver em casa do rncstre por uiii loiigo pcrínda dc zrrmpci.
Por issti tomava-se necesshrin definir medidas dc protecção, eiii caso de docnqa.
E csta siluaçáo os repinienlos não previram. Apcnas se i-egistarain ein conrt:ilos.
Se a apreridi7. adoeccssc. ti pai ou tutor obrigava-se a tratá-lo. desdc que
fosse avisado pelo iiicslrc c dcsdc que doença n iiiipedisse .ctotalnictltc dc
trabalhar-I". Se o mesirc para tiniar o intiqo. ~lcisassc dc tr;ihrillinr e dispendecse
dinheiro com a doença. dclc cahia-Ilic Iícr iritciraiiicnlc: indemriizndo pcIn pai. de
ludas ris de

Quaiido a 22 de Outubro dc 1782. o meslrc calafrite hntónio Á~varcs da
Cunha se comprometeu ti ensinar a arte ao jovem AniGnin álvnres. receberia três
moedris de ouro. tio valor dc sete mil e duzentos reis cada. a( ...) a saber moeda e
~nei;i no princípio e moeda c meia quando vier da viagem que ha-de ir fazer com
o dito scu Mestre (...) para Pernanihuco no Navio S. Jose e S. Bmventura>>41.
No eni;into. nao ençontrfimos o compramisso dos calalàie.
Como scri:i o ordenado do mcstre? Com base nos contr:itcis. devia obedecer
n uiii prigzlrnentri cIi;i. a jortla, acl-e~cc~~tad~
de urna grotiflçaç5o. Pcnsamas assim
porque. dividindo os valores das ~ratificnçfies pclas nilos de aprendizagem
indicados. e as quuniias ol7lidas por 300 dias. surgiram valores dikios irrisbrios:
- lá rcis paro o contrato dc I750
- I4 reis par3 o contruto dc 1787.
Ora comci o cantrrrzo de 17'67 se referia ao pagamento dn jornri no valcir de
480 rci5. acrescida de graiificaç5o. deduzinios, que. os lionor5rios do mestrr dcviarn
obedecer a essa noriun.
Durantc n rcrnpo de ensino. u aprendiz recebi:^ salario. Mas os compro-
missos. Jc ncivci. nao o est:ibeIecerati~. Fica-nos a cerlexa pelo que, dos contratos
ntialisadna. dois nos disser:im.
No coniratii de 29 de Dezembro de 1750. sendri mestre o ourives do ouro
e çrnvridtir dc di:iniail~cs Riifael Ferreirn de Azevcdo. estabelecia-se que, se o
:ipreiidiz ~c auscritiissc.

A FOKMAÇAO PH0FISSlOh'rl.L NO ANTIGU REGIME
traios coniirmavnni. Se o aprendiz adoecesse reporia os dias de faltas para náu
ricar penalizado na sua aprendizagernu. Vejamos cssc iempo em quadro:
TEMPO DE ESTAGIO F.4RA APRENDIZ E PARA OFTCrAT.
Tarn:~~~quciros 3 anos 3 aios
-
Atl'iiiritc.:
Pichelei ror
LMneirm h alios 4 ;!no5 I O :mo>
Viulciros 5 anos I 4 anos
Soqrrclrodtniiion 7 mn

MA lil.4 .10Si; IA T;O.,i / FRcl.4'CI SCO RIR FIRO />A S11.\/.4
Ao iiiiciar o s6çiilo. ~121 r11i3s1i.c teria 'Um apicndiz c só ~oiliaria coniri de
OLIII*I~. qunndo o priniciro conçliiissc todo o pcríodo dc ensino. E ad 1746 íicou
dccI3radu d e qi~c nenliiit~i rifficial pmsn ensinar ~nriis quc hum inoqondh. só
pcidcndo aceitar outro quandci o anterior cornp1ci;issc o tenipo dc riprcndizagern.
Assiiii dizia111 05 cordoeiias.
Nos ofícios ctirti protiçsõcs rifins. çonici ni ferr:idores c al\.eiiarcs. prcviani-se
dois aprendizes. No eiiinnto o çonipromisso destcs. daiado de 1737. n:o referia
quando seria a r~io~ríciil;~ dos seguirirc\.
M3s 05 c0il1j3roinisht1s l(lIll3LHRI ç011sciCncia do loiigo pcrirido dc tempo
qiie cr;L u e'liigiu. E crirIi ri decorrer rluh ariri:, cri;+r;~ni I';lcilidacle.i.
Os prhprio.; cordoeiros. çorn ctimprotnisso diitado de I J4h c ctincluído
em 1737. cri111 sctc iicIciirlriz iilio datadas, iii;i\ incluídas iieslc pcriodo cronoI6gim.
:iccitiivzitii nèiiis iinr aprendiz. rliitirido no anlcrios r;iltasse uin tino par21 o
L'ini dri csrrigici.
13111 175 i. o coiii~iroi~~isso dor csteirciros Jii prcvia quc no Último rino dc
estigio. o ri-ie.;tre pudessc totniir cititro apreridiz.
Em 17S3. o crimprnrnissri dos cnxariihladorcs indiciivzi yuc si aceiraq5o dc
iirlvo nliino í':ir-sc-i:i qliiindo o :intcririr tivessc concluído a(...) í~ maior pni-rc dos
ciricri :I~{-IS 1 ...)D~~ qiiist;idos ctiiii o professor. No meimo ano torncircis e poIieiros
repeti:iin 0 iiicsmci princípio.
Em I785 a nlirneio dç altinris :irtmcntavri para dois. A nceitaqao dos novos
~iprendizes dnr-sc-i;! cluando n iiiaior parie do leiiipa de cnsiiio do5 anieriorcs
estivcssc cor1iplct:ido.
Em 17x7 o rcgitncnio dos. nliniatcs. com um núrncro dc aprendizes
propoiiricin:il :ir> iliiiiiei-o de oiiçi~iih. jri previa nceiiaçz?~ de ~egiindo aluiio quiindo
cri ~irirncirri csii\,e?sc: :I mcio dis tèrnyin dc :iprcndizasem. Etil 179 1. soquei1.0~ e
t;imrinquriros di~i:irii ri rricsiiio.
Cnrii ri nndnr dos niios ri ~itu;iq50 alifeirava. Prir ;idend:i de 1 R14 os lùnilciroi
inaritinlraiii a nçeitaqáo do scgurido ii mcio d:i :iprendiragem do antcrior c
:iinda rlci nicirno ;111ti fncilitrivaiti ri pn~sihilidade de iiiati-icul:i de .Fí). riiido o priiiieiro :iriri dcstes. Os torcedores de rctrós. por
ndcnda dc 1 X I h. t riinhém picviniii :i rn3ti-iki11~1 dc mais iirri, ;i mcio dii aprendizagem.
- Quanln :!ti numero de oliçi~i>. cIe dcpendiu das iicccssidades do oficio,
e por isso r) CIICSI~-C podia ter quariros iieccssitassc.
Sc ci nicstre quisessc icr rii:ii\ ofi'cinis que

Nn conrraro de 8 de Fevereiro de 17 18. o ourives dri ouro e prata Manucl
Barbosa dos Santos coinprrii1ic~i;i-.;c n rrisiriai- o api-cndiz de c

AMRM .ICI.S~ IAGo?~ / I7?11 l\:cI.TCíl KIHIiIKO IW Sll. lR:t
-
encontiaiiioi. ;inttlisámris o sniu de rilfabeliznçiio pclo riúmero de mestres que
:issinarani os çcirnprornissos.
Sc 2 ccrio que iicrn totlos os meslrcs sabiam Icr c escrcvei.. os que
priisuiar~i esta cultur:i dc escola acabavam por ser ciii numero superior.
Logo. sahcr ler e escrcvcr devia ser uma cxigêncis curricular. adquirida
dutrtritc o penodo ùc iiprxndiz:igem. ou exigida como pr6 requisito de entrada crn
csizigin. Conipareriios grnticnniente a grmi dc altribctiziiç5o diis profissócs:
Levania-sc a questão de sal-icr ris motivos d3 iieccssidride de alfribctizaFgo.
No.: orícicios lignclos i1 ccinirm-ias. juiz. cscrivão e n~ordomos desta aparecem
i

Ao tesoureiro competia-lhe assinar tcidos os terinos de entradas e saídas
de dinheiros. Necessitava dc ser alfabetizado.
E para cst;~ tão comum necessidade social, os oflcios preparavam os
artesãos com uma cultura de escola. Parri as artes mecsnicas escreves j6 era
entúo sentido como um acto social.
AICni das causas apontadas. os ourives apreseniavnm mnis.Todas as peças
tinham de ser levadlis ao ensaiader par& contrastar. O ensaiador possuía um livro
iiurnerndo e rubricado pelo pelouro da Alrnotaçaria, onde registava o nome do
ourives que tr;rzia a peça. o tipo de peça, a indicação de que não tinha marca. peso
e qualidade da mesma. Escrcvia o ensaiador e assinava n ourives que fabricara
a peça"[).
ConcluIndr.i. nn sCculo XVTTI c para os oficias mec5nicos. a escrita
aparece-nos como uma iiecessidade social. Para cvitar li-audes, era necessário
registar cobre n mcsmo assunta. sim~tltaneamenfe. rinq livroq do ofício. nos
livros da confraria e nos livros da camarri. E os Jivms da ofício tinham de estar em
sintonia com os restantes. pnrquc as comparações eram uma exigência!
Nesta rela~úo de aprendizagem. tornava-se necessário definir os deveres e
os direitos profissionais dos intervenicntcç no acto educativo: entre os mestres,
cnirc os mestre e os alunos; cntre os aluiios e os rncslres. Todos os comprornisços
locaram estes pontos e traçaram um vcrdadciro c6digo de valores &rico
profissionais. postcriormenie especificados em coiiuaios notariais.
Os estalutas exigiam nos mestres um perfil de idoneidade. Sendo assim,
eles tinham de cumprir entre si. obrigações profissionais. para manterem boa
r-cputar;iín. Da listagein. Itii~ga em deveres. parca em direitos, faziam parte os
que se seguem.
Ncnhum mestrc podia :iceirar aprendiz e wtiçiril que esiivesse a trabalhar
com nuiro rneszrc, scm que os formandos tivessem coiiçluído todo o tempo de
aprendizagem.
Se eventualmerite o aIuno tivesse flusido dc casa dn mestre sem ter
3ciib3d0 o rempo de aprendizagem. obrigavam os estatutos, que regressasse. Se
ciulro fnrmador ioinassc ccinla dclc nestas condições, seria multado além de ficar
sem o alunafil.
Nenhum mestre podia dar ao aprendiz obra a fazer sem esie ter concluido
o tempo com o mestre que o ensinara.
Nenhum mestre podia tornar oficial de outro ofício mesmo na qualidade
de aprendiz. Aceiiando, iinlia dc se assegurar de duas situaçoes: que o rempo de
estLgic) como aprendiz estava completo. que o oficia[ avisara o mestre anterior com
umri nniecedência de oito dias. Caso cogtririo. su,ieiiava-se a iiiul ta5. riujeirava-se
;i devolver o oficial. além dc ser considerado um r

Ncnhuni mesirc podia fabricar obras falsificadas. pnrque arruiiiavam o
born nrin~c
das artes c prejudicavam os consurnidorcsfi3.
As obtigaçõcx do nlesrrc continuavnrti, dcstn vez para com os aluncis. quer
íosscin apreridizes ou oficiais.
O mestre, nas urics cam dupla especialidade npcnnu podia cnsinar ao
aprendiz aquela em que tosse especializado.
O mestre, ao lomrir aprcndit tinha ribrigaioriatnentc de o informar do
tcmpo de duraçáa do estfigio e do quc o estatuto Ilie exigia.
O niesri-e era obrigado. perante n ;iluno e a friiní1i:i. a cumprir todo o
tempo dc aprendizagem :içardado.
Na caso do mestrc mcirrer sem que o aiui~o iivcssc coinplctado o ienipo
de ensino permitia-se ati nluiio ir acabar ri tempo para riut~i casa, com outro
rnestrefc'. Mos se triiiva c filhos niantivesem a Ioja obignvarn-se a manter a diio
apreiidiz".
Sc o utuno n5o ericnntrnsse nicsirc que o recelxsse para acabar o teinpo
de nprendiz:igcrn, requeria aos juizes do oficio licença p3ra trabalhar coiiiri
oficial. E~tcç cram obri~dos a conceder-lhíi e ainda tiiih:im de Ilic determiiiar (i
tempo nccessilrio para sc preparar para exame. porquc o iempa dc aprendiz nfo fora cn~~cluido~~.
O mestre nSci podia expulsar o aprendiz de sua casa seili motiva justificado,
a puriir do rnornen to que este tivesse compleiado scis meses dc nprendizagernfi'.
Seguidarnerirc especificavam-se as obrigaçrics nos contrams notarjais.
O mestre dcviti tratar bem o aprendiz. Náo o mandaria tranqponar carnetos
dc cabcça c cestas demasiadas pesadasfin. neni «( ...) buscar ccrusas de çarrcto h
costn~>~~~. Aprcsentfi-I»-ia

8.3. Apreitdic para corn o mestre
Por aluno entendia-sc todo o aprendiz e oficial, qc o cornpmmisso previssc
tempo de estapio para cstc iiltirnci. E as obriga~ões para coni o inestre também
Ihes eram inerente?.
O aprendiz nno podia abandonar o mestre anics dc concluir o período de
aprcndiza=em. sem justa causa.Tomarido o aluno tal aliludc. cra obrigado a dar
ao rncsirc o dnbrn do tempo dc ausencia. Devcndo-sc o ui'asiamento a doença,
enlão, bastava-llie cumprir exactamente o tempo que faltara.
O aprendiz. durante o est6gio. nZo podia trabalhar ein inais nenhur~ia loja.
Para ris iriliactnres, ris holocirrss iinpunharn a mulla dc doze mil reis".
O aprendiz. duralite o esdgio. n5o podia aceitar irabalho de outro rne~tre7~.
Morrendo o mestre e ficando viúva e fillios miil :i loja. o aprendiz era
obrigudci a acahur aí. o lempo ajustado com o IàIecido. Prcvia-se que apenas
mudasse de mesue se os herdeiros niio assurnissenr ri respotisabilidade da tenda77.
Se o aprendiz fugisse dufiinte o periodo de ensino. o pai ou o encarregado
de educavj-io tinha de dar conta dele ao mestre, para que o tempo ajustado fosse
concluídn. ou pagassc ao rnestre o tempo que faltassc7H. Cabia a este avisar dc
i imediato ri família para que Ilie repusesse o rapaz.
Se o pai ou fiador igiiorussern ou se o apreiidiz se tivesse ausentado para
Cora d:i cidade. hiivin um período de trinta dias para justificar a ausEncIa. Fiiido e
nada resolvido. o mestre podia colociir na loja um oficial, por crilita da famdlia
do r~igiiivo. a completar-llie o tempo ajusrado7'). Querendo jusrificlir as Fal~as,
apeiiah açei~uvrini como único motivo. a doença.
Segura-se panicu lnridades especificas dos compromissos.
Se um aprcndiz nlfaiale mudasse de ofício, o pai ou o encarregado de
educaç50 redigia e assinava uni termo de responsnbilidadc. Tcndo ri mnço mais
dc caiorzc anoi competia 3 ele assinar. Mas ficava-Ihe a ceneza de, nunca tnais
scr nlfaiaie"".
O oficial. querendo abandonar o rneswe corn quem irabalhava. avisá-lo-ia
com cii to dias de antecedência. perante testen~unl-insK~.
Ao mestre cabia a mesma ebrigaç5o. Deste nniodo evitava-se que ambos
Iicasseil~ de~preveiiidos.
Se de\-esse dinheiro ao niestre niio o deixaria, scm ~odns as conras estarem
aceizadcis. A pena era cadeia

O aluno acabara a estiigio. Exigia-se-lhe seguidamente que o provasse.
O pripd do livro voltava ;i ser destacado porque as provas far-se-inm por cscrito,
atraves dele.
Feita a matricula apenas cm livro o aprendiz, acrirnpanhado do mcstre,
dirigia-se ;io juiz do oíicio. Competia o este lavrar termo no livro de exames
declarando que ri tempo de es~igio
exigido pelo coriipramisso estava concIuido.
Dcpois assinavam rnesrrc, juiz e escriv50".
No casn de, a matricula ter sido registada em contrato, o mestre devolvia-
o ao aluno que, obrigatoriamente, o levava ao escriv50. Dc imediato, o escrivão
escrevia no livro dos registos do ofício que a aprendizagem fera concluida.
Nos oflciris ligados a coiifrarías, o aluno. nesse mesmo rnomenro, pagava
urna quantia estipulada cin regimento, e ficava a ser confradc da respectiva
assoclaçiío. Dessc valor. o escriváo passava recibo. Sem este depósito, nenlium
mesire o podia tomar como olicial sob pena de rnuIra a revcrter para a canfrxiaxfi.
Posto isto. n aprendizaeem concluira-se. Assim se processava com os
alunos da cidade.
9.2. A Aprendizagem adqitirido fora da cidade e termo
A aprendizagem adquirida na cidade podcr-se-ia considerar exigente.
Pelo rnenoq, os compromissos tinham o cuidado de deixar transparecer essa
irnagcrn. Dererii~inavam um longo tempo. alirigatoriamente cumprido e provado.
impunhnni uma relação entre fomador/aprendiz mais de deveres que de
direitas. acentuavain a t6nica da necessidade dc alfabetização. e ensinava111 a
arte. Numa ligaçáo em que todos os passos do circuito estavam previnos. a multa,
que cia pesada. e 3 cndcia funcionavam cornci castigos.
Assim sendo, toi+navri-sc necesshio defendcr estes alunos, do5 que. vindo
de hra da cidade traziniil uma aprendizagem da qual não se subia a qualidade
nem se estaria completa. E se a qualidade seria testada no exame. do tempo
tinha de se fazer prova.
Por isso. para os aprendizes que tinham aprendida Fora do Porto. os
con~promissos acautelaram-se e estipulara111 certas exigências.
Qíicinl oii aprendiz que, vindo de fora da cidadc quisesse trabalhar no
Porto tinha de aprcscninr cerridzo do mestre com quciii aprendera, devidamente
reconhecida pelos juízes do local onde decorrera o ensino. A certidáo comprovaria
que o tempo de íiprendiza2em estava concluído. De outro modo. não
arranjavam emprego e quem lho desse, além de ser monetariamente condenado
tinha de os despedirK7.
A partir daqui o aluno podia requerer exame!
3. Conclusão
O comércio provocou o crescimento c a especialização das artes mec5-
nicas. Por defesa do bom nonic da profissão. oficiais e incstres sentiram necessi-
dade de traçar rcgras laborais de deveres c direitos. Apareciam os primeiros
comprnmissas: nasciam na cidade do Porto no skculo XVI. aumentavam no

A ~RMAÇÃO PROFISSIONAL h'0 ANTIGO REGIME
século XVTI. cresciam brutalmente no século XVIII. baixavam drasticamente no
s6culo XIX. por causa da liberalismo. E os oficios espccializavnm-sc! Cõnscios
do valor que profissionalmente representavam. diznificavam o prestígio IaboraI
atravEs dc uma aprendizagem profissional cxigente e estruturada. Exigia-se
idade e perfil para a matricula. Lavrava-se documento escrito da aceitação do
aluno ri aprendiz. EsiipuIava-se um tempo de ensino. Cada arte apresentava o seu
curriculo disciplinar. composto por parte te6rica c prádca. O alutio pagava propinas
Cada formador linha u111 numero limite de formandos. A loja apresent~iva-se na
dupla runção de tenda e escola. E tudo funcionava como de urna verdadeira
escola se tratasse. A Unicu diferença encontrava-se no facto de estarmos peranie
um tipo de ensino particular e aut6nerno.
BIBLIOGRAFIA
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H4. C1'. C7riritprrrnrí.i-srr ~lri Qfficio rle E.~-piri~clrd~irri.i-. oh. cif.. p. 747.
35. Cl'. Cot~~~>rc~it~i~~-.i.o r E.$uorif~o.v (10 [j//ici

A FÁBRICA DF, LANIF~CIOS DE LORDELO
Atr;iv&s do estudo dc uiiin unidade produtiva - FBbricn de Lnnificios de
Lordelo -pretendo elaborar um estudo crítico sot~rc ri. sua cvoIuçck tipcilh_,' 0 1Cd.
identific;indci os scus difcrcntcs rnorncntos ntcriicos - tnaqttinofiicturri. f5bricr1 -
entcndcndo que n globalidade rirquitect6nicn 2 determinada e rnantida pelo valor
do uso que n vai exigir e precisar ao longo de um:i succssãci tic iran~f(inií;içòcx dos
níveis tipol6gico e morfolrigieti (rcIal;;i~) ÇOT~ a 5rca envolveiite) iiuni quadro tcn-ipornl
dclinido (século XIX), correspondente h sua iiistrilaçno até no

R - A iieçcssidadc rliic este tipo de ii~diia~ria requer em i*clar;ãri ao :iprovcíi:irticri
to da cnergi:i I-rid thriúlicu ctiiiici 1ór~:i rnatriz. iiias principrilnicii te n pr iwibi
Iid:idc de dispcii- dc 2gii:i exrrcnintricnlc li ri-ipa para :is crpcrac;licc de C:ibricn
(Invagcm das 15s. l':ibrico dos iiiiios c o acnl.r:iri~cntci doi tecidos).
C - LTIII;~ fart~' T C I L ~ ~ ~ CIC O interacção ÇC)TII i! ~ ~ F T ~ C I ~ I I L I T ~ particuIarrn~nte
.
quc çEi7 rc.;~ieiiii ;i0 cii!iivo do linho!. pastel e niiva c :I cxistênci:i dc gado bnvilio,
rc\~cl:iiiclo LITII~ t~wiiqiio CIC trahnlhci donliciri5rirr sobre ns operac;acs dc fi:lc$Ío e
tecclugcrri.
11 - L'mti ii-,idiçSo iCciiicn dc ;iprr~\-citaritciito da ciicrgin hidraúlicri - iiiriínlios
e :izeiiliris - ri rliic con~ril-i~ii para ;i rcgul:iriz:ic;&i da caudril da linli;i de rigun proporcirrri:indri
:i rr1siul~tç3o c fi xaq3ci Jc nnvas indiistri;~~.
I< - O fac~ci de cxisiir iirn:i ~riiiide percetit:igciii dc 1n5o-de-obra disponível
- caso dri-; cal:il':iic\ e construtorch i1av;ii.s; - qtic. n3o tendo scrnprc ums ocup:içào
Tix:i. possibilita umii ~sansfkrfiiicin dessa tnciri-dc-o;br:i pnr:i outras rictivid;icIes.
t: - .A di~poiii1~ilíd;icte de terwilos corli ui~i;i reildo de wlri urbano briixn
crri qiic :I m~~]lliI'S~fi $C vai in1pl:inliir. possibi1is:itidri uni rnriior in~esiiiiiciiici
dc ç:ipitiil para :I coii.clrriq:io do edillcio e ilquiqiq3o dc ~n~iquinaria.
C; - ..i po~"1~ilirl:iJc de o proprjetiíriri habitar pr0xiiuo. ou no próprio
cdiiícici-I. fiicilitniidn o ~CII) de controle r vipi1;lricin stsl-irc ;i produçso.
1 I - :I dupla rcdc dc inrcrconiiii1icaq50 tcrri1ori:tl qtii: cxta local izaqãci oferece.
diiiiiriiiiriJ» (i.; ciiqtos de iii?nspcii+ii: da innteria pri tna5 c crinscqurntenietitc o
preqo do prodtr to ricrihatlo.
Itedc tcrrestrc
I!çtsncliis p:irn o Porto e parri M:iicisinlicii (3s duas diiecçiics pi-incipnis).
Cuic do Ourci. e dai ~ im fiçil tlc.;emliitique da niii!driri-priina { 1.7) e eml>tii-quC
dO 13i.t~li11O ;i~i~l~xd~ (13i1110S. ICC~~I~S. CIC.).
1 - .4 esistCiiciri clcsta actividiltlc nestt local possibilitando o aproveita-
iiiento dc urtia c\iruturn jrí instahdn cri1 icrrrttil; idcilicos c Ii~itr~utioc.
Esta Iiilirircse podei-:\ cer aigu~ri rund:iirii-ntci. considerarido a5 l'onles
rloc~trt~cnrsiic~ qiic coriilii'

- pnnlu dc ciicoalr, ctini ;L via Lcmcsrrc
C - ponro de cnnlliiEncia direccionril (Jeqenhci 3)
cliw ccrresponden~ ri siiiiriçõcs concrci:is dc ulilizaqao dc fig~ia crirno força n70tri7,
- azenlias ou rrroíiihos - para a traiisl'oni~aqiio dc ~nalErias priiuai. pcrniitindo rs usci
e iiperfcEqciamenLri dc um sis~cii-ia rnccinico. consolidando um;i aperatividnde coilçtr~itoi-a
e téctlica. capaz de i-cspondcr iii, ncccssidades da 8iov:i indúsii-ia.
Dcfinc-sc :rssirn urna tipologin que. em termos 111uilo gerais, se caracteriza
por u111 sistcnia dc conduçiio dc iíp~iii rite ao inicrior do cdifíci~). cindç sc iiiuam
os mecanismos capazes dc pitoduzir força iiiotriz e accioilar outros rncciinisnios
operativo.;.
E o qire sc obsei+va ria.; situagfieç apoiitadns. as qu~iis. conforme a sua
local izaqiio. corrcsponcic un-i:i víiriaçaci da friniia do edi TCcio. No geral 550 volumes
prismiitictis rectangulares. dc uril au dois pisos. coiistruídos cm pcdru c rchricados
ou não: as abcntrras çno Li-aiadas de rrianelci diferenciada dri pano de fachada.
apresentando uma mcildui-a eni caiitarin stiIicritc e indo huicai- rcfèrêriçiiis 3
iradiçk cconstruri\ a dii hica cm questaci r drz cidade em geral ir:i proporçao dos
pks-direitos e das aberliii-as.
!~I~~~LI
II /?i-eserzçn de irrjia
IIIL~C~II~PMI O J J ~ ~ I ~ ~ I- L ~ ~ijrz O ~ ~II~C(IIT~,SITT(>
~ Z
L/LPC, L~ITI(~ I,PZ .TP Ilic
cor~~l~nií~l?\~(~ 0 F ~;OI)IIF~CIJ~O
irlsti-~~~~~e~rto,~
CIS IIIFSI~CIS
~?~?JTCIPI... >,
corrc~.~~~o~?lic17~c~,
~-!lt~tj~r~# c - o r ~ ~
o/~c~i-~z('llr:'~
(JIIP {III~P.~,
PI-o117 P.I-~CI(T~&S
o,s nsctl,~
/?CIO
CARLO PONTI - L(I Irri,nr[izioiic cfcllrr .\t,rrr r [(r irrirr-irir ílrl
ss i.~(~ii~li

./flAQUIiM MURAIS ULIV.Flk4
Iicenciritnento dil mquii~ofac~ui-a de PLACDO LINO DOS SANTOS TELXEIRA
n5ci li5 referénçin. ti alguiiia estrutura existente. mas apenas aos campos. que
pcrtc-nciai.11 ac-ls l'i-;ides c dos cluais pede a adjudicaçãoH.
Tcref entiio de considerar a insl;iIat;ão de uma rnaqu itiol'ac;usa de raiz,
como ri momcnlo a partir do qual se inicia um delerminado processo de
riItei-riç5o do tcrritfirio aos níveis rnorfoliigicn e tipológico.
De Lima primeira obse.n.açáo da impIaiitaçZo ddo cdificio. duas hipóteses
poder50 decorrer quanto ;i sua formal i7ação:
1 ." - a cons1rut;Zci do edifício em piiiio numa só fnsc
2." -a cuiistrur;5o do edificio por fdses. qualqiier que fosse o modelo B
parrida - linear ori em pátio.
A primeira liipótese poder5 ser posta de parte à partida (Deselili0 4) pois
caso ccte tivcqse sida conslruídci de uma só vez essa Salta de rigor geomiSrrico e
unitàrn~idade voluinétricri sO poderia sigiiificar a incxistencia de um inodelo o
que. preciaanicntc. parece pouco pravável. Ou seja, n3a é possfvel desligar a
opçici tipológica do E'aclo de quem faz uma rnaquinuiàcturrt neste momerito e
ccim eslíi iir~pon2ricia esr:ir indubitavelmentc infoi-niade nccrca dn modo de a
coi-is~n~ir. ES~~IIIUS 110 PorIci, na i1iícit3 do &C. XlX. com í1 colónia briranica
exercendo influência comercial c cultural. o neo-pallndianismo é n estiIo que se
caristrhi. Etri 1iS3 E piihlicadu a ondc é
abordada. num artigo. a construçáe dc manufacturas e F. Çoiteraux acaba de
publicar, cm 179 1. ci

Esta uma situação tipológica semelhanre 3 da implantriçãci industrial
difusa (mrril) da qual o mell-ior exemplo é o de Unliais na Scrrn da Estrela.
Partindo do principio que as operaçües relativas ao fabrico dos lanifíciosl~
constam de:
1 - Preparação da 15
5 - Preparação para ri rccelagerii
í, - Tecela~ern
7 - Branqueamento
8 - Tinturaria
9 - Acabamenio
é possível efahorar uma hip6tese de ordenarncn~o espacial do cdificia fal.iril.
Sabendo que o principal intervcniente nas operações de fabrico é a 5gui1,
E ncccsshrio awegurnr 11 cliegada e saída deste elemento. Correspnnde a realizar
unr encanamento de riguii limpa e outro para a sqjzi, depois de ter sidn utilizada
nas diversas operações. Isio justifica o desvio do riacho de brdelo e o seu encosto
ao edifício na rachada nascente/nordeste.
Teríamos as operaqões de preparaqão c pisoamento na r&-da-chão, nunu
primeira .ala. seguidamente a I5 seria transportada para (i pisti superior. para ser
fiada e tecida, donde seguiria novamente par,? o r&-do-c1130. Ai. na outra ala.
seria submetida Ls eperaçijcs de branqueamcn~o. ~intwraria e acabamento.
O edifício chrniturar-se-ia. assim. simeuicarneiite a partir do RÚ central
definido pcIo atravessumento. Isto 6 períeiiarnente justificável j5 que os aparelhos
mais pesadas são os pisões e as damas dc l'iranqueanicn~o c dos tintos,
sendo estas por vezes enterradas no solo de maneira a coiisei-varcrn urna temperatura
esiabilizuda prbpria à preparação das tintas.
A este ardenaniento cspacial corresponde um conscquente tratamcnro
Figurativo da fachada: a sua composição sirnéirica c um grande ritmo de abertura
ein que a proporç,5o clreios/vazios c semelhante (decorrelite da ncccçsidade de
luz nn interior).
Até aqui poder-~e-ia Mar da clara adopçiio de uin modelo. Este pressupunha
a iitilizaç5o de mecanismos dc ligações verticais e horizontais a par~ír dc
uni niotor hidr6uIico e que comunicariam o movinicn~olfcirça motriz a qualquer
ponto da t'ribrica. Este apresenta-se normalmente com um desenho rectangrrIaisobrc
o comprida e estreito que era determinado tanto pelas dimensões das
máquinas come pela necessidade de urna iiurninaçao uniftirme, dai também a
grande quantidade de aberturas distribuidas rro longo dos lados maiores e pela
iécnica consrmtiva empregue - paredes em pedra. vigas de madeira. etc.
Esin especifiçidade tipológica crn funç5o da produção fazia com que o
edifício indusrrial fr)sse considerado cada vez rnentis corno um elemento siml-i~jlico
c rcprcsenriitivo do poder real ou aristoçrA~ico (manufacruras reais e tipologias
derivadas) mas corno uma nova situaç5o que requer novos chdigos para ser

esolvida. mas que airida niio ris adquiriu tolalmente, ji que o iraianiento PIAS-
Licti dos elemenlos construtivos é o rnesriio r3a ai-guitectilrn civiI. denotando u
iQl t:i de um

Esta situriçãri vn1 rir~gin~ir uma nova situacão morfológicri com a Ares
cnvril \lcn~c. Pas.;;i a haver ti rriii irova rcltiç3ci de chegada ao edi licio pela calçada
da Monteira. o edifício deseiivolve-se para nndc iS ~.icissivcI cri:ir rclaç7ics dc
enrrada/sriída. csr:ihclcccndo iiina çlarn dclirnital;ac> interior/cx~crior. &u scLiau
esl-iaqo dc prodziçiiu iohi-ca ci~volvcntc.
O l-açtn de ris enrrndaslsriidas do ediflcio n30 serem coincidentes segundo
um ciso central c dc i~áo hiivcr i-ibcriuras ao tiível do i-6s-do-chão leva a supôt a
existenci;~ de uni percursti -i:í dcfinido ou por uma situriqão tcipogr5lica (o aterro
no Iridri Sul oti tln-r:i csimiui.a cdiiicada.
Esrn é a situação que se mantem pelo menos ;li& ao cerco do Pono. em 1832.
altura eiii que a i3l-rrica clcixou de luricíoiiar. sendn ciculinda iiiilit~irrncntc pelas
irop:is do Impcrador. scgundo : iI~~iiii;~ bibl ingrdial I . I'nrénl. 113 coniulta feita no
A.H.M.P.. na
- C/ilrr.

JO/tQUlitf MORAIS OLIVEIRA
ntendcndn ao facto de que enire 1876 e I881 lia apcnris um inrervalo de 5 anos,
náo é de por de p:irte a Iiipóicsc dc ter sido a Cornpnnliin a efectuar o fecho do
edilrcio. SiwaçRn que carrespondc a uina i~ccessidide de expansão do circuito
de produção jri expressa rio relatário de conras de 1866. o que possibilita a
li ipótese dc o tècho do ediiicio ter sido efectuado pela Companhia. utilizando o.+,
processos construtivos c iiguralivos dos ediilcios existentes.
Como atr;is fica exposLo. é O cnncluir dç uma evoluçiie tipológicii - de uma
tipologi:~ linear para iimn tipologia em phtio - e nHo ii concretizaçáo da intençso
de adoptar est:i tipologin desde o início da constnlçno da rnaguinofàctura. Eslu L
um:i hipótese quc se poderia considerar pela possibilidade dc adopçso de um
modelo iomial Inacional) - manufactura5 reais - e especificamente o casti da
Rcal Fihriczi dc Lanifi'cies da Cavilha. que é ccinslriiida segundo regras bem
det1nid:is. o que nan aconlecc coni a Fihricrr de Lordela.
É clarc~ que alguma coisa se pude transpor de urna siliiaqâo para a nutra,
como scja:
1 - atravessa~iiento central do edificio. ri nível do R/C
7 - :IS comunicric;ões verlicais a parzir desse ponto
5 - sernellianqa de rirderiarricnto cspacial do circuito de produçzo
Ma5 se podci-iici considerar trnnscriçGcs à letra. nias sim influencia ou
ini'oiAmuçio de conio se i-esolveni detcrmiiiadris situações num edificin desta
natureza.
Hí seinprc urnri ccinliniiidade nnhninin que coniril-iui parJ a reelaboraç20
dos modelos arquitect0tiicris indusviais reriIir.ada tanto por idcnicos constmrores
na icn~ariva dc cdificnr estruturas eficienses como por crnpres5rios na rentativa
criar dc soEuçoes econ6rniclis e eficientes.
A tipologia ern pAtin 1riarit6m-sc. apesar da sobre-iitilizaçáo do edifício
- (aumento dc uni piso c acresccntri de corpos nos ~opos - correspondendo 5
introduç5o da miíquinri ri vapor) - ri16 ao aparecimcnlo de umri neva tipologia
indusrri;~ - o han~ar - com um novo tipo de cobcrlura vulgartiiente chamado
telhado em «shetl>\.
Este ripo de colsert-tui-ri tornecc ao espaço de produçao uma ilurninug50 consparrte
ao longo do dia jl que uni dos lados (ri transparente) 6 orientado a Norte.
Est5 tambem relacionado coin um ncivo pmccsso de construqiio -estruturas
rnetAliça~ de suporic - permitindo que o edifício se estendesse pcEo terreno
cohrindo uiiia grande árcri, scin grande multip1ic:ição de elementos postantes14.
Com esta esta nova tipologia o circuiio produlivti 6 altcrado deixando para
o edil'ício exisicnic a.; operaçaes de prcparaç50, escoIIln e I'iaqári. que requereriam
ifrn apurar0 técnico inais leve. j5 quc as operaçócs reslantes. com os novos
maquinismus utilizados, neccssil:ii.nm de novas c innini-es instalações.

Esi;is são realizadas num momento em que os circuitos de produção de
Iórncçimeii to dc matérias-primas 530 cornpIetarnen~e al~crndos 1j5 n3o são
precisos os campos para cul~ivo de plantas para :i iinuir;sria) e vlo-se implantar
na frente do edifício existente numa posi@o sirnerrica ao seu cixo de entrada,
re~ii'inando a estiwtura tipriliigiça da implantação anicrior.
Manlém-sc a mesma estrutura espacial dos elerneiitos percurso. espaço de
chegada c pálio. variando agora a relaçiio com a rua e entre espaço livre/espaço
edii*icado.
Apenas um novo clcmcnte adquire iniportineia simbOlica em relaçzo ao
total do con-iuuto rirqiíiiect6nicri - a chaminé - síinbolo de prosperidade.
A nova fachada da Fibricii Iiesira em afirmar-se corno um novo elemento
de ddiniçào urbanli. j5 que ela não só rnnnt6rn o dislancirimento em re!ação à
Rua de Serralves. coino o tratamento figurativo da F;icl-i;td;l não C em si inovador,
reilexo de alititudes higrenrslas em vigor nas prililicas iirbanísticas do séc. XX.
Assim. nfio lhe é permitido a 1eitur;i do novo tipo de cobertura na fachada
principal o que sii acanlecc na Iáchiida interior.
Na racliarla principal é novamente reforçada uma clara intençiio de
coinposiqGo siméiricu cnl relação ao eixo de atravcssamcnto marcado por um
sirnholo dc poder e controle - o reI6gio.
O corpo de administraçáo E salicnii: ao pano de fachada, cu-ia relaçiio
cheios/v:izios resqalrando o racio de que agora a janela é mais alta e esguia.
A janclii é o elcmento a assinalar. indo buscar utn desenhe até aí nao
uiilizado. íecliada eni serni-círc~cuIo. usando todo uin repositdrio decor~tivo ao gosto
da época -o ecIe~isrno do sEc. XX - reflexo de urn reclamar de uma estgtica que
é necessário aimprimir,> nri Arquitectura Indiistrial enquanto símbolo de uma
nova classe - o industrial.
Definidos os inomentos chaves das etapas de construção do edifício,
verifica-se que hd sempre uma reiagão constante entre funq5o e forma - a
sistcinatiz:ir;io do circuitcr dc produção C faeiar priinordial ne ordenarncnte
espacial do edifício desde a sua instãlaçllo até ao momerito actual.
FASES
Edificação dc unia inaquinofactura. scgundo um modclo das ffihricas
têxteis iriglcsas. no lugar da Mon~eira
por Plácido Lino dos Santos Teixeira.
Açrcscenro de um novo corpo em que hfi uma continuidade do vatamento
formal.

A pmir desta Rise as relaçõeh cçtniturais da iniplniitaçiío ~lrihal dos edi l'ícios
Iàbri.; s3ri dcfinidas:
2 - espaço dc rcçopç5o
3 - atravessainentci irilkrior nos edifícios
Kcsta faqe lia utnn total cnritinuid;idc em relaçáo 5 fase ai~terinr qiicr em
iermos riirrrr;ii.; quer da cstrtil~ir3 de implnnilic;Co, comp1r)iandri n iipologiii
defi nida.
Est;i fase caracterixa-ir: pcla in~roduçao dc novos diiclos no çircuilo dc
produç5ri. teff cxo rln apxrcci tticniri de unas nova lipcilogia ( h;~i~~ar). Mantém-sc
a csiri1iur;i dei'iiiida nii 2." fLise Lipenas hnvcndo uiliiu alrcraç30 clitrc cspnçci
livrc/cspaqci cd ificado.
Esia úliiciia í'risc c:irncici-izn-.;c lielri :iltera@o da I ic13çfio de proporpío cspaçe
livrelespqo cdific;ido, d:E-se n destruig5ri da 313 ~'(I~Ic do cílii'cci~ oitoccntist;~
que 6 suhsriruido por uiii ntivn corpo. riras uni;i vez iiiriis ci rclaqari cstrtit~ir~l
manrétn-sc apesir d;i inlroducSo de um nnvo circuito rlil prorIuqZo.
Estes vectol-cs tolhiiam eqta situaçso corriri iinlca lia cidadc. rclririvamente i:
Viis o farto dc csia rcl:iç5o estrritural rícri -
periiii tc ;i :iTirrnnciin dc que r i i ctlifiçirir iiidusii-iuih. emhora tiiler yEricias ao
nivcl tipolci~ico. c111 icrmos inorfol6picos inscrern-se nnrii prticc.;so iirbaiiri
dccoi-rcnic dc um I-e~ulaiilcnrti de rilinhnnierirns c cCrcc:is, conilirrne çornprovam
ris licença? dc ccinr;truçiio iieste Icic;tl.
Kdlexo do làc~ri dc na cidade n30 linvcr uma itidus~ririliziiçrio com cnp:icidncle
para altcrnr o terrii6rio cnqunnto acio dc ti ~irqjcctni-.

NOTAS
1 . lh.'L>tJX GE1.i
ii1icdi;it:i in5pccq:íci c vigil>nci:i,,.
c. apcqai. da 1iraxiniid;idc rl;i i-ci;idcnci:i ticçic. c da su~i
5. !\I-FRED KERER *c..,iis citsirls rlc. li-iir~spriir~ \.ia) a i clciiiciiiri l'iilcriil cl;r tcoi,i;i d;i [nc;iliznç;in
iiicliikii.i:il ... 7..
ú. CAltV.41-l I 0 Di.\S - Rc1;ir;ati cl;is t'ibiic.:~'. c111 17SX. In Hisicii-irr c1o.v Lcrii j/iiira.
7. ADlII.4KC) VASCO R0DRIC;UES - O ritristciir> rlri Lartkelo r10 0iri.o.
8. I,ivin Rcgi.;tri rle Tcrrnns c 0lir:is Piililic:~.;.
9. ESTEVE5 PERETR A - só :is fiíhric:is re:iis. iii:i.; t:iiiiEif iii :is p:ii-iiciil:irec fi7er:ini çrinl;icEeniv~-i%
r?i-~*grc>\

JORNAIS, EDITORES
E TIPOGRAFIAS DO PORTO (1866 - 1893) *
1 . Ol>.jecto de estudo c critica das rontes documentais
Eqic trahal ho visa rceciiscar :I t0rmat;Sn dc cmpscsas jornalísticaç nn Porto
cnsre 1 Xhh e finais da década de noventa. Aç ionles documentais utilizadas
enctintrain-se rio Arq~iivo Geral da C5msra MunicipaI do Podo c constitucni uni
acervo de registos dc hahiil itaçõel; e requeririiento~ do? jornais e respcctiuos cdi iorcs
renporisli\lci>. Um livro rcpcir~a-çc ao i3nirro Ocidental. enláo 10m:ido pelas frcgucsiias
dc Cedofeita. Vitiiria. S. Nicolnu. Mir3g:ii:i. Massarelor, LordeIo e Foz do
I3ciui-o e conténi registos. n5o consccuiivos. coinpreendidos entre 1866 c 1891 I.
As inforrrtnqões conçertlcnlcs ao Bairro Oricn~ril que inrcgravri a5 Irr3giiesias da
Se. Sliiito Tld~fonio. Bonlini, C:inipanfiri c Pusanho$ cncoi1lr:im-se reunidas em
c1uu.s caixiil; quc ctimpsccndcni registos respeitrtntes iio l-icriodo situado entre
I R6h e I X98'.
A principal del-iilidnde destas foriics seuide nti fiictci dc sc encontrarem
Inctirnpletas. No quc toca ;to livrri dci Rairrri Ocidental os regisios reporraiii-se
rici pcrítido crinipreendido cnlrc 1866 e 1387 (Apéildice 1). m:ic contém urna
f'olha diipla solt:i que :ipresei1ta uma relaçiio dos periodicos que sc cnçonfravam
1i:ihilitados naquele bairro eni 1 89 1 ( ApEndicc 2).
A skic relativa ao Raii-rn Oriental revcla-sc nianifestnrnente truricada j,í
iluc. cncoiiirando-se nurnci'ada o mriiorin dos procevws, facilmente se verifica
que 1-altrim cerca de seis dezenas dc rc,oi.itos quc dizcm rcspeito :i dCc:ida de
seieilln e priiiieisn ilictadc da se~uinte IApGndiçe 3).
Declaradas as deficibncias evidentes deste ncervti docutnental eriumcrcm-sc
as sua5 viriuiilidadci. Ari~es de mais. perniite constatar ns pcriíidicos que se aprescntasam
ii hnbi1it:tc;ao e seguir ii sua evoluçáo airavcs das siicesçiv~s mudanças
de il~ulu. Te bem que i~iuilos deles nari sc tciiham dado à estampa pelo que
algiins destes proccsctrs cor.respondem ri uma inlenç5o e n5o n uma puhlicacZo
crcciiv:i. Estas fontes (sobrcurdo as relativas ao Bairro OrientaI) pcrmiicm rclaciriniir
13s puhlicaçóeq com os espaços da sua produçãri: tipogratius e escrirhrioq.
isto é. sedes dc redacç50 e adrr~inisiraçáo. Perrnitein ainda fi identificacão dos
ediinres dos jornais (~31-a
illk111 CI(I nome são li-eryuenles as inlòrniaçóes sobrc ii
siluiiçZro prciliisirin:iI. idade. entre outras). e seguir o scu pcrcursn n;i qualidade
de rcsprinsiveis por divei-50s peribdicos. ,4liis. a f'igura do cdiior é central nesta
documcntaçiio que fui produzida em Tunção de disposiçães legais espccífiças
pelo qiic a natui-czti dcslas fontes remete etri linlia direcia para a Ecgislaqúo
porluguciri sobrc irnpreiisu c, inais conçretamçnle, pari a cornpIc;ra questzo da
Iihcrdride de irnprens:~.

2. Legislação sohre a liberdade de imprensa c a responsabilidade do editor
A magna qucslão da imprensa constituiu um lema de debate recorrente e
um objecrn constante da leglslayão do liberalismo portuguEs ri t;iI ponto que,
segundo algumas opiiiióes, a prdpria hístiiria do rcgime liberal reflectiu-se na
história da Irnprensad.
Havia a consciCnciri de que o sistema represen~tivn devçria rridicrir-se e
legitimar-se nti exercício dc unia opinião pública - entáo sobretudo expressa pela
imprensa escrita - mas dificilmente os zovernos fugiam 5 tentaqão dc controlar
esse c a niniprensa perifidica» esteve senipre
presente pois, como expIicava o jurista Marcelino de Matos ern 1856. a peri6dica
aprescniriva uma inequívoca vocnç50 política c agia mais velozmente soàrc
as consci~nçias e mentaIidades:
«A? folhas e os papeis volanles exerccni sohre os espirjtos uma acção
menos lenta do que os livnis e por isso são mais aptas do que cllcs para tratarem
das coisas p~liticnsn~.
Na caso especifico das Colhas períódiçaq, sendo por vcms difícil o apurameiito
do autor dos texlos ou pretendendo-se buscar outros respons5veis para aICm
dele. procedeu-se descfc o início da era liberal 5 responsabilizriç5o de outros
elementos da empresa joi-nalfstica comti os redactorcs, editores c impressrrres.
6 justamente esta intençno de responsabilização do cditor que aqui se pre~ende
evidenciar destacando os diplomas legais que incidirain nessa rnat6ria.
Lago em Dezembro de 1 820 foi lezi ~Iada a responsabilizaç50 dos redactores
dos periódicíis pelos araques e insultos feitos ;i pessoas particulares. Em
Janciro de 1822 saiu u~ii aditnmenln 5 Lei de Iinpsensa que responsalilizava o
cdi~or c o impressor por artigos de autorcs pronunciados por abuso de liberdade
de imprensa*
Ap6s um perfodo de intenso Iribor le~i~larivo no que tocava h regulamentagão
da censura c venda dos periúdicos. o triunfo do corisiitucionalismo produziu
uma nov:i Iei reguladora da liberdade da imprensa. saída eni 22 dc Dezembro
de 1 834. Aq~i se responsabilizava o aulor, na falta deste c díi impressor. o editor.
inas prescindia de qualqiier medida preventiva.
Este esforço de prornoqno dos princípios liberalizadores da Imprensa
sofreria novo rctrocexso devido ks conturbaqóes surgidas entre scternhristas e
cartistas vindo a carta de lei dc 10 de Novembro de 1837 alterar algsirnas
díspcisir;õcs da cIe 1834 i10 ~entído de dificultas a publicriyãn de jornais. O seu
artigo 1 .O determinava que todo o peribdico que se publicasse devia ter um
editor respons6vel e esta condiçao nSo era consiclerada de somenos importãncia
j6 que em I8 dc Dczemhro desse ano saiu uma portaria quc mandava verificar
- atravks dos delegados do rninisifirici púhlicn - se toda$ os periódicos tiiiharn
declarado ri seu editor responsrível e. mais ainda, c111 32 de Março do ano

seguiiite foi publicada nova \-irirtaria cluc rcf

publicar scrn quc. ~CIO iiieiirii oito dias iinies da publicação. sc deçlarassc (i
nome do editor permite auloridade competente: ia1 decIaraçán, além de assinada
pclo editor. deveria ser acoinpanhada de documenlos que cornprovasçcrn a sua
~naioridade. encoii~rnr-xc rio gnzri dos direitos civis e polfiicos e domiciliado tia
ctimarc:i d:i piibIicac,lo em CRUS^. Além de fazer a especíricação daquilo que se
entcndia pnr pcriiidico. crn artigos posieriorcs esta lei estipulav:~ ns penalidades
para as casos de ausência de declriraçãci do cditrir, iiirul'iciénci a OLI ialsidade dos
doçiimcnriis aprescilvados c incapacidade superveilren te do editor. senda prevista
nestes casos laxnlivos e expressos s supres?3n dri pcriridicti. 13s reçtanres artigos
abordam a ampla e prohlem5tica qircsiZo dos crimes de abuso na nianifestaçfio
de pcnsainçnto. swhreiudn nas fornias de abuso dc Iibcrdadc de imprensa, difa-
mnçi?o e injúria.
Após rilyurttus rcviscics icgislativa.; pon~uais, n r

nos delitos de liberdade de imprensa. a seqponsabilidade criminal nZo dcvin ser
cxigidii uíi cditur. senáo nti caso espccial dc esic nãci rcvclar o verdadeiro autor;
na seyunda proposição dchndia que ri editor deveria sei- sempre o director do
jornaI. isto 6. o indivíduo lido e havido como sendo o chefe da sua redrrcçSot2.
Parecia riquelc rriagis~rado quc s6 a autor do cxcritr, podia ser rcspcinshvcl
pclos delitos dc impreiisa .j;i que ele era o único agenie do crii-i-ic. c a responsabilidade
só dcvcriii impcndcr srihrc (I cditor quriíido \e rlesse ii conjupaçfio de duns
circiinstArici:is: quando ele ocultasse o ~i clesconhccessc a identid:ide do autor e fosse
siniuliancanicritc dircçtor do joriial: sí, riest;i situaçao sc poderiii lo~içanicn~c
presumir que ele era o autor. na sua qurilidride de chefe de redlicçiio.
h ar~ut1ienraç~70 de Ti-indacic Coelho escorav;i-se na convicção dc que a
ii_curn dc cditor 5e liavilia li5 muita csvnzidri e pcrver~ido coiisidertindo que ti11
como cxisti;l n3n P:ISS;~V;I de iim:i mcntirs conveiiciciiral, uma iiiutilidade c uinn
iti~ornlid;zdc quc sc dcvcria c.xpungir para hcni da Ici c Ju imprensa. Isto é. seguildo
aquele autor. o edi~or mais niin era do que uni >. alugado
para o fim repupnaiite de ir parar 5 cadeia: constaiando qtie u mesmo homeii~ era
ediior dc rni~i~os jornais. Trindade Coellio aí'irrnava que ia1 riicstcr piiszara a ser
ui~i ilrrido-de-vido dewrnpcnlindo por indivíduos totalmente desprovido? de
i+ccui+rocl que cheyavnrn :to 17011to de cnconlrat no clrccrc o seli sustento c das
suas ià~ii i1 i3s. e cornple~amentc inggnuoq e despl-epniiidos ,ji que ignoravnni ~udn
quanto se publicava iio jornal clija responsabilidade liaviaili assumido e eram
csirnnlrri!, aci cnrr~Í\~io dii rcdacr;Zo onde só casualmente erari1 chamados sendo
entno considerados pelos criadris riu .;ervenles iilicrioreç a eles. Traçado este
quadro, não adnrira que o escrifor i-eivi~idicrisse a rcsponsabiliclade do periódicri
para o seu dircclr~r e cllefc dc rcd:ict;5ti ctirno iim auiEn~ico imperati\,o moral.
Tod:ivi:i. cstn vis%) da iiaturezn dcyrridante do editar perliIliada por Trindade
Coell-in deve erircmar dc ~ilgum exagero: niio que a situii~áo 1150 ocorrcçsc. e
com toclii a ccrte7n ncoilteciu ii:is erriprcsas jrirn;~lisliçn~ ideolo~ic:irnente mais
aciivas e cninhniivas c por conseguinte riiats persco_uidLis e qiierclridris. mas náo
constituiria. certiirnenle. a regi-21 gcrilI di~s perihdicos puhlicndos no p:iísl3.
Uina rcii1id;idc 6 incontorniivcl: n editor rarn~ncnie con.;ti t~iili o nome
sonantc dos jornais. para cileni dns casos em que desen-ipcnl-i:iva simuItarieainenie
:is flinqfic:, de proprret6rici. director orr redactor pi-iiicipkil. Os pcriiidicos mais
innrcantes do nosso l iheral isnio dcçiac:~rarn-se pe1:is polg~nicas rlric Icvrintarain.
pelo ittconrcirrnismo que susciraran~ c, par cnriscguinlc. or;i se :iswcinriirn 30
nome daqueles que aí cxyicndcrain aç ?Lias dautriiras. ora ai'i noirie daquele5 quc
l'uiidararn e diripiranl estas complexas eniprcsas dc ideias.
3. Os editores rcsponsávcis da imprensa portuense
Dn que ficou exposto resr;nlta n iclcia de qiie o edilo~. constituíri a face legal
da empresa jornlilis~ica. o prirnciro responsri\,el por Iodas as iiiiiiénas csasridris
11ri periijdiçu: daí que ns autoridades so1icil;i~scni a :iprescn~iiç5o de uma série de
documentos quc coinprovassc n reunião das cr~ndiçSies ct;tipulridas por lei.
iiomcadamente a maioridade do iridivl'duci. o donlícilio na comarca onde se
realiznssc a puhlic:igici C enconrr:ir-se no po7o dos scus direitos civis e poliiicos.
ES 13 ul timn :i1 inea pressu1-iui?llí1 o curnprirncnto dos deveres I'ihçais. o recence:irnentci
nos cadernos eleitorais, não estar skieito ao teciutamento militar nem ser
alvci de qualquer processo de inicrdiçãci pelo que o çuplicanic teria de nprcscnlar

as Toll-in~ cíirridai ou boletins criminais passador; pelos escrivàcs dos diversos
cnrlíiricis da naturalidade c residencia. A cornbinar;ão destes dados permite
apresentar um estiido siim~wio dos perfjs biográiicos dos cdittsres de periódicos
da çid:~de do Porlo das úllimas três décadas de oitocentos. se bem que Iiovamenie
apenas do seu Bairro Oricnial.
No tocante à n:zturalidade predomina Iargarnenre a origem no prGprio
concellio do Poi-to. veri ricando-se meia dúzia de casos cm quc a proveniência k
disrintn. -4s resid6ncias indicadas cumpreni o estipulado por lei pelo que correspondem
no baim de habili~açF~o do jornal.
Mais variadas são as iniornlações concerneiites 5s idades e ocupações
profissirinuis dos cdilorcs no momento da habilitação. Embora o leque de idades
sc siruc entre os 21 e os 73 anos a maior incidência clas idades declaradas
lncalixri-se cnrre ns 25 e os 40 (Quadre I ).
QUADRO 1 - lD.413ES DOS EDITORES
As ocupaqfics declai+adns lios processos de liabilitação de editores permitem
descortinnr uma razoiível variedade profissional, havendo em algutis ciisris
correspondCncia dirccta cnlre ;i naiureza do pcriíidico c L) ac~ividade laboral do
editor (Quadro 11).
Em íilguns casos surge ii indicacão de que o proprictiírio da publicaçZo
assunie a resprinsabilidnde de editor. situação que por vczes ocorre a titulo provis(irIci.
cntrc norncaçGes dos editores efecrivos. Todavia a coincidência ou sobreposiçzo
rlis Juah figurlis, propric~hio c cdi~ot do periiidico, náo chega a aringir
10 % dos rcq~icrirncnto< ~ipresent~dos no Raim Oriental. Mais raramente ainda
C indicado ri racro dc o edi~clr assumir simultancirientc ris caros de administrador
cJou redrictíir do peri6dicn.
A víwalizaçáo dos apEndicc3 docunicnlais iluslra ;L rccurrência de uma
situaçiio. qual era a de substituiç50 frequente do editor. se bcm que raramente
scjain apresentadas razfies para o facto, Entre as poucas dturiqões apurada?, além
da morte do editor. ocorre também a situaçiío de ei~iigi-qão, norneadamentc para
o Brasil. ou a simples declwaç5o de desistência do editor atirmando que Lhe deixou
dc scr converiicnic çcinii nuur cem ia1 respenstibilidadc. Vislumbram-se ainda
casos inal esclrtreçidos de ofei~sa de susceptibilidades. traiçfies de diversa índole
ciu pcrda de crlnl'i;inça depriqitada pelo proprietfirio do periiidico no seu editor.
0 solicitadar Ai-itcinio José Cardoso Belo. por exemplo. disponibiliztiu-se
it toiiiar prira si ;i resptins:iI~ilidadc do Clri~nni- Militni. .

JORAf.4 15. EDITORES 6 TIPOGHA FIAS IJO PCIKTO (I Xhri- IXYX h
QUADRO I1 - PROFISSÓES DOS EDI'I'ORES
Edittrm j5 que aí havia publicado rim artigo contra o cabo Garrett que -desafiou
as iras do irmfio doutor u poirici de este hir arniaçar o Editar rcsponszizrel do dito
jornal>>'".
Francisco José Aiitunex de Sousii Guimarães pediu quitriçiio da responsabilidade
do Eco cln V~i-clode em virtude da traiçãri que lhe tiavia reito o proprici5rio
daquele jornal c crn consequencia da qual sc encontrava preso desde h5
cinco dias nn Cadeia da Relaç50is. No Ponros e T~'I*~UI~IS foram cis proprietlirios
que resolvernm substituir o cditor alegando q 1".
A tensáo enrre o propriethrio c o editor ailora em iilgumas i;ituaqões,
nomeadamente quando a cmpresa jornalísriça atravessa momentos de crise.
Domingos da Rocha Morefra, editor da Reprihlicu Pni-ritgiiesa desde a sua
iùndaçao. cm Julho de 1890, aprecsou-se em comuiiicar ao administrador do
Rairrti a roral desistência da sua responsabiIidade ap6q a suspensHo da publicaç5o
decretada pel:i autoridade em 5 de Fevereiro dc 1 89 I ; o desejo de sc separ:ir
da empresa cra ia1 que pcdia ao magistrado quc inandiisse «intimar o propriezkin
do mcsmo jornal que é o snr. Dionisio Ferrcirn dos Saii~os Silv;i»l7.
Curiosamerite, entrc a documentaç50 estudada. apenas se apurou um
editor que Iraviri sido condenado pelo crinic de abuso dc libcrdudc de imprensa;
tratava-se de Manuel Inhcio AI ves Pcrcira que. em Jiunlio dc 1 892 e corn a idade

de 73 mos. l'orn sciitcncindn eiii quiiize di:iu de prisiio correcciiinal e trinta mil
r613 çlc rnultfi coni cuytas c cclris do processo: rifio incnos cttsiosarticrilc. veio
postci-iornicntc a assumir n responsnhilidadc dc v:~riadic~os pcrihdicol;.
Do estudo desiiis rorire> iiil'ere-se ainda quc (i rnesmo indivíduo assumia
sucessiva e/ciii simii~i:inean~ci~te a rcspcinsnhi lidade dc virir~i. periiicliçns penuitinclri
colncar 3 possibilidade de cxisténçirr de una eslaiurri de tdeditor prni'i sçicinal~.
Pai- u rn I:~iii pode livriiiçain-sc coni :i jiiçrií'icaçio pragn1utic;i d:i economia dos
custcis. isto E. os dnciiiiicnlcis apresentados para Lima habilitaç50 podiam .;er transliiridos
para ouiras. Por outro lado. deve equacioiitii-sc ;i silu;ic3o 150 veenien tcmente
deriunciari;~ por Trindade Çodho. :iirAs referida, e quc vi;i a mcster dc
editor corno iim c

Ratalh:i. d:i Rua d:i mhrica. da Rua de S:int;i Cni;irina, da Rui1 dc E~itrepnrcdes,
de P~issoç Manuel. da Rua das FIores. Cedofeita. Carino. entre outras. apontando
para iimn mancha reogrdfica que. ria parte oriental dii cidade. tinha particular
incidcncia na5 frc~ucsius dai SC e Sun~ii Ildclcinsci.
5. Algunias çonçidcrac;ões finais
Recsalta desta análise a ideia da exist%riçiil dc iirii~i iiidir\triii jorilalística
pnrliicnsc raznavclrnente vigorns:i mas tamliém nervosa. erri que a par de
ctilpresas estiiveis enicrgiain outras niais cfknicras. ou dc vida agitrida. originando
~ucessívos ~jiistanienios e recoiistit~iiqões. M:ls talvez esta seja 3 11atul-ezn
prilpriu da indiisiriz da coiiiunicaçàn c opiriiào da çeiilúri;~ clc Oiiocentos. em
que :is moçivaqóes polílico-jdcol6gicas se cruzavani coin as económicas,
sul-inltern izando-as coni I'requênci:~.
Cl~irci quc uniri empresa jornalísticn defici~5rin corrc risco evidente de
dcsapai'eciiiieiiio. ceino cictii-rcu ccim Laniai. rnas dadas as c;ir:ic~eríçticas cspeci:iis
deste ripo de empresa. na ni~iioria dos çasoç a teritabiliùadc cccinrimic~ iião
C ri Ultii-ria rncva. o oljcclivo stipremo. I.Tri fins e cihjectivos extra-ernprcs~iais
que podem susrenrnr erripresas JortinIísticas duranrc períodos de ten-rpa mais oii
nierioc longos. Kesrc rail-iri. 1150 nos devemos esquecer. lia 4creiitabilidadcsn dc
diversos tipos.
h. Apendices Dncumentais
DE .IC)IENAIS E EDITORES
APÉSDICE I - RIIGiS'l"O DE I-IAI~II.IT~~~ES DO HAIRRO OÇIDENTAr. DO PORTO ( 1866 - 18871
IIE:SI'ONS,~~EIS
I.K.IIIX5 - t H. I:rinci~m dt Soura Carquzja
I(1.4.lR70 - 7:iix tlo Pnvo
?0.7.1 XIO - 1nicrn:irional
IR.1.1871 - kletmllindnni
16.9.1 R7 I - Diario rl:i 'Twde
, 17.9.\$7? - o whprin

JORAVAlS, EfIiTORES E ETIPOGRAFIAS DO PORTO (1866-IRYh'l

--
MARIA Bt\ COh'CElÇxO MEIKI~LE.?i PEREIRA

JOKAfAIS. BBiTC)Ri

AP~NBICE 3 - REQUERIMENTOS PARA HAUILITAÇÃO + DT: EDITQRE5
DOS ,IORh'AIS DO BAIRRO ORIENTAL (1866 - 1898)
R~~POKSA~TS

ICFRh'AlS, EDITOREA' E TIPOGRAFIAS DO PORTCI (ItWífi-I&Yh']

dn Piirin
30 4. I XP't Iliiin'o do Comfrçio Jnuqiiini M:inin~ dc C~%im -
(di,ipeleirn - !? anoh,i
:?..i.lY4111 0 Cnmlalc hilolfir I:cl;irrinr
ipmprictiiiii: Joiu dc
(snlicri;id~r - 3 1 xnnr] n1mcid:i Ilrandzo Cucrra)
.i
I\ I .U13 hniiinin AlineiJ;~ Comia ;.:.IR40 - A Ilevotuqin
r yrr1yrici:inri: Eduiirdo ti;iinliCm C ciliti7r tr.ywn?drcl 2:. 1 I. l R911 - h Crhnica
[.uir Fcmir.i Gmiiil
du .liirnnl dn Mnnhà) i o I I i c r
'I'ip. d2 Anur Jork dz 5uus,i
- L:t-o dr. Sio Doiiiingoh
Tip. Lizcrho - Ruo U. I'cdm
---
Rcdacfãn e Tip. na Emprcs;~
Litcdriii c Tipo~ri6c;i
- K. dc D. Pedm

23.7.13'10 A Repúlilfcd
Pnrtucuen
ipmpri:r.irin. Diiiriiiiii
Ftncir.~ i11i. S,ir1!8
SiIi.;ii
~.IO.l8~~~1 (1 I'rcckn
Joio Vilririno Riheiro
I 4li :innr)
18.1 7 I8911 I\ Cai-idnde
2V.I.ISU I
i; piriprieriria cln jornal:
tinprcydii - ! I ano4 Prninlii dri Kiirlc
nonrinfos d~ Rocliii hlnrcin
i nepiici:inie I inrlu~i ri:il
. 15 iiiius]
lo:i~liiiiii tii~illicnnc Pcinuto
dc Rii;i Soiisd rizcc~du
136 iintis)
O DcTcn~nr Jriia (ionich ric Olivtin
I~imal iui?ncin do cdirnr
i.m I I ?.IR91
.Y.lfl, lSrM - Drmocr:ict~i
21.5.1 891 - 0 Lulador
inuncachcpnuariiiiconi
estc titulcii
S.$. I XqI - O Zana fia (niiiic:!
slicpu s:i~r cliiii csie iliulu)
63.EFl2 - Srrnnnn Alcrre
Ei.-1.1P9? - Cidadc dn I'orto
I:?.lP97 - O h'nrlr
11 lf.lR93 - A Tc-ciiira
1.1. 1895 -A Scmanii
-
Rcd~cqio na Rua Sanra
I ~iilir~nw Litcr;iri;t
c'ftpu~ritca
Emiiirin* no mcsnio sirio
- R. O. Pcdm
Tip Cuicnrkr;. c cscni6rio
nd Riia dor C,itdcircima
n.'"10347
F+\cit&rio\ n.i Ru:i dtn Mjriircs
d.i Likd~dc n." 5 l
7'ip. RikiniS. Pinio - Rua do?
Mdniret d:i Lilrtditdr n." 121
Ercriitirioç na Rii;i dc Caniücr
11." I14
Tip. na R. do< bt;inircs d:i
Lihsril;~dc n." E I .i ( tlíil
Ercritiirirn na Rua dt Cdrniic*
n 'VIM [(:.?(I h
Tip. na Ilud Fomnsa n." ! I
ilscniúrio n3 Ru:i da A1egri:i
li." 717
Tip. nri hr;o dc S. Durnjtigu\
li." 51
Fscritorio na rc5idincia do
cditor - hr~o da PUwi:i n." 39
TclCgciFii-Pusl:il I linha iniciado puhlic:iq:in -
Iciiilircç;ido publico) nnier ma\ >rialieiidrii
- Wnom'
20.2. I891 A I.~i.rlnqiii
Anirinio dc Alineida Ciirrci,~
leio Manuel Paicliccci
Tcihcil.il Relicln
(i: prnpr~ei~írlu E dircctur do
jornal b;icli,iwl - 16 anos I
i$ i. tdiior rc

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- L ri~n
dt S. bniingor,
smr6no na Rua dus

le I'crin - I? anoli
- RWJ dor Caldeireir07 n." 43
E,cntúr;o' - R. IEon ardiin

?O.&. I F9Ii I3 l.iitndnr
loio nciryer
(42 ;ln4>5J
Jf.4 RIA DA COA'CE{Ç~~CI h.fEiR6LE.S PBREiRA
- k. Honjardim n." !(i3 - L"'
- T-~yo ds Picilria n." 23
E~crir. na R. do Cativo
n." 15- 3:'
- Tip, dc .4n[bnio Raniiw
- I{ud da* Florb n." 30
Ehcrii6riih na R. do Pinlicim
n.'Ç.;

.IOh',k'A /S. EDITORES E 'I71'0C;H.-tF1AS Bt7 PORTO ,
IWlfi- I X'loVJ
-

MARIA IIA CDNCEI~~O MFIRELEX PEREIRA
NOTAS
"' Ti-:ib;illiri inie~i-:idn iin pi-njecln «Es~ruturas s0cio-econúmica* c industrializ~çáo no Norte de
I'ndugal tSCcs. XIX - XX),,. pxlro~in~do pela JNTCT.
I . A, G. C. bl. P, - Li~,i-(> (lu Ríyi,vt(i 1k1.v II~II~~I~~LI~IIC-II,~
C/O.Y ,j~iri~~t(,,v I, I/~>.V EIJ;!o~I:,T RI!.T~~~I~s~wI~~,~ -
B ~ (:~~~l~~l~r(l/.
7. A. 6. C. h4. P. - Rrqupi-ii~iciirns parri 6dirore.v rr,spoitsriiwis (/o>, jorntics - !Sairi-o Oii~ii tril
(Cn V.I. 5Cd r Cn. V.1. 564 A).
3. Relsiç~io rlos jrir-irtrt,,\ rlrir r,sfi?o ciii piihli~+rr(;riri e st, nclrnrii Irrihititndos IU ndnritiisrrnçutti d'esre
hrrilm cicciclciirul clcrilli ciri Coiiii.vsririri Grrnl rta pnlicirr e rro Ci~~tiisirnriri tln 7." riiipis5o p ~ii 12 de
Ft,i.ri.~ii-ir r/(. IBYI. 3'cil;i u ~ipreserir;t$ici dns fonres dncuineoinis gosiuria dc referir qrre tive
crinliccimento d3 sua cxistenci:~ atr~v4~ de um aitligo C coiiliecedor dos arquivos potluenhes. o
Dr. Silvestre Lacerdn.
4. IUB EIRQ. 52:liin Mniiuel;~ T:iv:irez - Si~l).~íltin,r prrr o Hi,ncíri~i (Irr Lihcrdurlr ric. i~nprciiso - Meud(1s
do si;ci~ln X1.Y. Coimhra. «Sep:ii;iln dn Rnletim dn Arquivo da Univcrsidadc de Coimbran, 1984.
p~i. 46l4hl.
5. ALVES. Luís Alhcrnri Mnrqucs - Siilisírlius puni u Wi.%,lldriu rlri Iurpi-ciisrr . n." 1, 1983. pp. 8-9.
h. Mr27-OS. kTt2arçeliiiu de - Iln Rr.~pnrisrihilidc1~1~ dos Ed'riirore,~ rle Peshdicos. ~Rcvist~i dc
Juii>prudctici;i*~. Ilciriiio. 'l'ip. de Selinxtifio Jose Pereira. I. 1. n." I, Dcz. 185ú. p. 7.
7. R1 BEIIZO. h,lari;i Maiiuc1;i T:iv:irrs - O. c. p. 490.
8. Rrimi.crn d~ Sr~ri~spritrlpiiria, 1'or~c.i. Tip. dc ScbasiiZo José Pereii.;~. I. I. n." i. Dcz. t R56. pp. 3- 14.
o. (1. ( .. p. 1 :-
1 O. ChRQL~E.1 A. Hrnio - A Liherr/crtl~ d(, 1iirprerr.rrr. Porto. Typogr:tplii:i do -Comercio do i'iirici».
1097. p.
1 I. O. c.. p. 23.
1 7. COELI-10, Tririd:idc - Lilipril~r~l~~ (Ip I/ tt{ir.c,iii,ii. Propn.rirt7r.r upr~~~sriir(~d~is nri Cnrr,qre.~sn dcr UrrirlB
Irir~~i-rrr~ciriiinl de Ilii-tiro Pc*nril. Lishori. .hiitig;i Casa Rerii-:irid - JnsG B;istrjs. 1897, p. 2. Para
coitipreender çahaliticntc ri opiniici do autor 5obrc a m:iikri;i refira-se u conteúdo das restantes
pruposi@r>: :i 3." dd'eiidin que a pena nplicnda ao aulor dcvcrin ser scrnprc :iconipanliriJ:i dc
condcnxr;io do ,jol.ii:il cri1 m~ili:i. dcvcndo o produio dcsta rcverter em hcnet'icio exclusivo dc
csi:~lirlc.cinicnins uj'iciiiis dc itisrrii$ío: :i 4." deCeiidia qiie nos delitos de libezdadc dc imprcnsa
11311 devcria correspcindcr nunc:i pçnli ctirp~>ml. cxccpio nos wxos driç artigos 159.". 160.". lCi9.",
1711." c 17 I ." dn Ciidigo Pciinl (ofensas leitas a çhcfcs dc naçfiçs estr;rngeims. ;i rcprrscnianrcs de
nnçõcs c>.tr:in_ccii.:is c :io clide ctc ed:i~Iii. rcheli5n e leninLjvu dc dcsirriiç50 inlcgridride do
I-rinti). podcndn uind:i iiesies ç:ixus :i pena ccirpiinl scr sulistituída por multa. çonsuanrc prircccr
icierin que i-cpupnava no eh]>iriio da Cai-tn Concri~ucional que os
dci tt.ihiin;il: a riliinin proposiqr~o
dçliin>. de tihrrd;irlc de imprensa losscni ju1p;idos pur um jiit~ sicigrt1;ir iiii por um juri especial,
dcvcndo sei- iudub currieticl(is :ici juri 9crnI. np6s rtifrirmn dcsic.
1 3. l'ona-?;c nonic:id;iinen~c dií'lcil ;iccii:ir que o rdiicir 1'osse eiii regra um clcmcnto cstmnho 5 scdc
da cmprcsn quando o csiudu deskis Iùntes rcvcln que ei-:i muiiti I'requente o estabelecimento da
ied;icçiri e ;icIrriiiiistia~~o dri jornal n:i prúpria ~5idEnci:i du edirrir.
14. A. CI. C. M. 1'. - Rr,rlfir,i,iifieirto,~ pnrri E~lirnrrs respoii,s~ii~~ir rl

0 CARVÃO NA INDUSTRIALIZAÇÃO
PORTUGUESA
1. A questão da riqueza mineira
Falar da industrializai;~~ oítocentista implica, naturalmente. colocar o
probIema da riqueza dos nossos rccsirsos minerais. Esta teiliSitica. Ie\*riirt;ida nos
princípios da centúria, estaria eni cena na 1rnnsic;áa do skculo e por todo o
decurso de nevecenios, sempre que no palco da econoniia sc debatia a qucstão
da riqucxa nacional c qual a opçso a tornar em f'unç5o da verrladeirn vocriçiio do
país - um Portugal rural OU um Portugal indtrsirilil.
Desde o comcço de Oitocentos que os minerais mnstitucrn ri lastro dc todas
ac discussfies dc base industrialisrn. pcto quc se entende. consequeniernenlc,
todo o estorço de invcntariaç5o dos nossos recursos iiiiiicirni, leirado a cabo,
sobretudo a partir de 1852. pelo Ministério das Obras Piibliciis. Coitlércio e
Indústria. então criado. E parqul.'? Ora. como se sabe, o i-enniirnent mineiro
corneç:i x por-se. com toda a açuidade, 115 pouco niais de ccnto e cinquenta anos
e porque estritamente ligado ao nosso akrziso indusirial. Todavia, a qucsrfio da
riqueza mineira do pais, porque nunca consensufil e sernprc osci tasse ao s- A b or
das cos~junruras nacionais e internacionais. semprc sc lòi rel'ugitindo no dcsconhecimcnto
da suhsolo e esbatendo n:i dependenci:~ dos capitais estrangeiros.
Nos começos dcsre s&cuio. Campos Pereira afirmava que as .cniirias, yrie
pertcncenr qucisi na siia rotalidnclc nos esrrnngeit-os qirc liqiii i-Frit e-rploi-c~r-~~os,
qrierri. cm seral, mando, é o per-sairag~ni de .[ora iii7pnrrnrfo, roparu: li, e em
Portugal gxurrde scillrni-, i~icrcd rln nrisstt rnr>rplacê~tcia c cle iirir r-cg,sro de
seri~ilisrrtn qtre fictlrr ~kfis teii7pn.T irio1l;lo u porra 110 C0ni1Pl?Tn e ~ C~edrtc~-riçE~~ I
jestriricc~ y ue c011 ii17r~a doniiirnrlc/r~ nn.5. pmi.irrcirrs».
Pereira apclavn ao desenvolvimento da indúsiriri nacional pela valorisaç5o
dos rccursos c trabaflio nacionais, ncsre caso particular, pelo Iim das
minas. sfcictor iwliosLi*.~siri?o du ~i?ro.i-sn riqtiem pfitriu>>, lia m;du dos estrangeiros.
Pelo modo caino o Faz e peIa forma conio quc se opõe h tese de A. Andradc que,
ern 1902, defendia quc Portiigal n3a podia ser um pais incIustri;il. alegando que
~O~ide rrs iizarerins prilitns jbfirlrirrn, e oirde 11 crirido cle pcrtr-n rifio ~'.ri.sre. ns
it?drisrrio.v stí pod~iit iiredr-oi- sritilbi-lt de ~rrorc~'çUe.s CCII'CIS~~ 1 . acliamos de todo
o interesse transçrevcr :i p:issiisem:
Pelo que respeita :ts minas (.. .) Nfio d de crreircir qtre re~~lr~irnos
?sse ~rrnn?ie capitoi Jko nus nlc3ris e pni-n rle~dcio e-i-cliisii,o de
e.iWarrgeíras, #ir de nporr~rgrresnfIr~.r /~#r- iirt~t-esse ~I?~[ISTI-~R/. rftttn
jogo clc. 2-eitda de ccoirc~'~-sfies pnr y rre (ili7.ç JIJCJIS ILIC-I-~I~I e o ~ ICI~\' rifada
aproveira. Da ncicioriaii:nç?io rfns 17iirzcrs i-e,rirlr~ii-rí o sei, olii-oveiranrenro
e117 cortdiçncs berri t7iai.s ~jai?rqjo,sns dri qlrc ar

Cinquenta anos antes, o Rclnrório Annual da T~~specção de Minas,
relativo aos anos de 1860/61. antecipava-se na denúncia d:ts diliculdades
quc n tirissri exploração mineirzi viria a ctinhcccr:
A rlpiir ifiu, ris It.i.s, os cosriinres e os prrcoriccirn.s pot- Iiln ludo, IIQY
otrrrn n ig~iol-~irrricr acerco dns rrsiic1içfie.r esserrcines d'esrn irídirsri-i,,
a fu;lro dc aptidiTn recliriicn clesck o simples opercrrir, crti ao
dirccfoi; n crtrnzo dos iricirrsrrios orrxilinl-rs q~te fonr~rer71 C~S IIT~I~US
o.\, nilrifci.ilres e os instrttr7ientos de rrnbcrllio, oii cnrrsonrein os sc3ils
~ I - ~ I ~ Z { ~ I D LI , L'U~C'SI~LI F , C/OS c~zpifaes, a irzcertcxa ijlicictl cfus gnsros I'
dos IVSII it{iír'~,v lln esploi-ação, e ,fir.rtrlilr rrzlc ct difficlr lifade dos
rinirsporrc.,s, são oh.srncrrlr~s r+npcrzc.s íle nssusrcir os niais o~sudo.~
capiríacs. (...) SPIII u mfacilidodc doa TT-aI7,7p#l-tCS. ci prirneim indusrl-ici
esti-ucriva, assitil cni~io n ng~-icitlti~i-~r. 01, i~Go pndeili i~n.~ç~r, ou
cri-rrrstl~m inevirrrilcln~enre zriiia ihidlr t+nclziricct c. ii~iscmi~el?.
Mas a çonfiaiiça era. ao tempo. por dcmais cvidentc. rteiil rori poiz cr!jo
solo as indicaçr7cs de scietrrio a n1grinsf~cro.s [Ir oh.~rii.t.rrrüo recente dcnuricianr
ah~tndnrifc cie riçjirczos niinei-cres. A SIILI e~-plnraçZo pode vil- o co~~sriruir Irrn cio,^
miirns i?i?prirfar~;e,i. d(t nossu it~dttsrriow~.
O clima itiduçti+ialistii quc cnvclve o muiido no sCculo passado também
nna deixa de visiliir Portugal e F~zcr com que sc atribua hs rn inas e aos rni~iérios
uina irnportincia renovada e determinan~e para o seu fomento industrial. ao
ioniar crinscilincia de que, constniir o progresso. implicava dispor das riquezas
do xuhsolo. Asiini sc juslifica a febre mineiru ii que assistimos. conscientes de
yuc ler rniritiz cra sigi.iificadci dc desenvolviiiienta e de independência. recoi~l~ccendo-se
n:is jazidas de niirierios. particu1:irmcnle de ferro e carvão. os
alicerces da sociedade industrial.
Cnrlos Ribeiro. eilgei~heiro e geólogo dn MinislCrio das Ohnis Públicas,
Coni6rcio e IndUslria. mostrava-se coii~ciente da importAncia mineira na
industriali73c:o do paFs, quando. erri 1857. afirmava que. Mpor 17inIores qlte
SC~LIIIF OS iie.~~ios d~ ir~icini., nu rlrserii.olr,ei- o i~rdusfr.ia jbhril em nin pnir. que
precizri C I ~ S JIJLIS ir~~n~et-iox, rr iircfiisli*iu iruiirn ,rerd seiiílo iirria exisfFricia
q?hririci-ci e ii~iprod~ictivr~. ori esrct-i/. e a srlu d~t i.up70 s~lsi rrriiíro Iiiliituda,
~'t~lhovu IP JCI~'OIIJ CIS IIICIIWI-L'S ~nci-iji'ci~~s ~IIIYI CI COJ?,T~~.~J~T~.»~. O grritIça n." I c revelador da Inucura mineira que entre nós se levanta
dcsde o ~eculo p~issado.
Porem. nao ?e peilsc que toda% estas minas iniciavam a respec~iva explciraçáci.
Dcsde scinpIc coilstiruíram objccso de especiil:~q5o. prissihiIilada.
Csequentemcnic. pela própria legislrição, ao periilitii- que ns rc~is~os de descoberta
sc Lizessem mais 1-acilmcnlc. por vezes mesino sci-i~ cstudos consirteiites. O
cluc provocava explorações dehili~adas c malitidas 5 es1ier:i dci mornente mais
riportuiro para se vender. A especulaçáo era uni ncgricin incrcnic às minas.
O quadro T C vrti exeiiiplo do que acaba de se afirmar.
Muiiti enihrir;~ a actividade especulativa constituísse, de l'acto. um objccio
de ncgricio e. por çoriscguirite. de cslrrin_ouIamei~to h exploraçao das minas,

teremos de reconhecer que tiitiitns concesst'ies niio pei'initiani u viahilizziçáo das
respectivas emprcsas pelo f~çio de screni deitinsi;ido peqiienris c niio consrguirciii
os niçins ritawriais e técnicos para um:) exploração eficriz.
I
""'OC
I928
1929
19Bn
I
1932
1'133
Ii134
1935
E')31;
1'937
CIIAFICO N." I - EVC)I,U~ÃO D.4S CONCESS~~ES ;MTh'ETRAS 1836-1962.
20th -
. 1500
..
iooa -.
KCCt.TOT4t DE TOTAL DCCOLTOS
CO?~CES

IIIOIIIiVIJU ~'JISCO:VCELOS DA ROCHA
- - -
Assim. pela anslise do AlvarA de 30 dc Janeiro de 1803 que regulanientava
o funcionanien~o da Cntendência. conciuimoc facilmente que. nos seus
propcísitos. eqtaviirn as rriatérilis-primas minerais necesslirizis ao propeisci das
i~idiistri~is. coni dcslaquc para as rncialúrgiças. ate porquc (i scu

0 CARVÃO NA IIVBIJ.~TI~'IALIZ~ Çnf3 PORTUGUESA
produç3ri da vcilfr3inici c rio estanho. embota este em mei~or escala. seguido do
cai-vão. n5o porque iios fosse procurado pelas mercados externas. mas antes
pela i-lecessidade surgida com as dificuldades da sua irnporlar;z?ci.
2. Carvão no cenário da industrialixa$ão
Constituindo os ceiiibusiivcis a mola de qualquer processo Industrialista e
FC queremos problernatizlir a nossa industrializaç~o a partir do sCculo XTX,
temos. forqasrirnentc, dc levantar a questno do5 nowos recursos energsticos,
Portugal. R semelhança de uma Europa que se revolucionava :i cusia da
tecnologia do vapnr que os recursos clirboníferos lhe proporcionavam. vai
contar. lamhém. na sua industrializa~áo. no seu «take qfS» industrial. apesar de
alenfo e tc~rriioi,. cnm n CTITV~~~. Com o cmão que 1190 tem ncni em abundãncia
nem na qualidade precisas. mas que importa, a par da lenta utilização que vai
iàzendo dos scus rccursos cnrbonílètos. ?obretudo quando consitran,' "I~I~RCOS
cxlcrnos o obrigam :I coiisu~iiir ri quc. afinal. alirncntara desde sempre uma
pcilCrnica ccntmda sobrc as potencialidades das suas jazidas dc comhwstíveI e a
melhor forma de as aprovcilar.
A m3 qurilid~ide dos nossos carvoes, combuslfio lenla, fraco poder calórico
e a sua fnabil idade, «se eshnr~anz c . ~c iad~r:em coi~rpletainerite ri põ>yl', consti-
tuíram os factoreq detenminantes para se explicar, desde o s6çuIo passado. a sua
importqZo. A estes acresciam ainda as dificuidades que dccon-iam do seu preço,
sempre hristantc mais elevado do que o estrangeiro. tendo eni consideraçZo os
custos de extracçati c a que se li~a, natusalrnenzc, o transporte aos locais dc
consi1mo.
Dc racto. os gastos com a importaçHo e o rcconhecimcnro de que este
combustível era indispensAveI ao desenvolviinento iildustrial foram razões
su~jliccnlcs 5 riItcraç70 do rcgirne mineiro para as minas de can.50 que, pelo
AIvar5 25 de Julhci de 1825. saíram da tutela do Estado c Ccirain nrrendad;is. por
uiri prazo de vinte anos, a utna companhia particular. «n coirrai- rlr~ priineiro de
.Inii~.ii-o cle inil of?oceii~ns viirtc c. seis, att: ao ultiint~ fie Dc.sernhrn de inil
oltoceir!os e qirarz.rrln e ciirco>,13. A Cornpanl~ia obrigava-se a > porque nos
dernonsu-a um interesse especial pela iiidúsrria do carvão de pedra, de que a
grnndc preecupa~iio cra (i ~

Iliaitrc Compnnhili acliniiri.t+ti-c{ rrriicnrneirrc ris r#citos. qtrc produz
por- sr4cis pr-olir.ina clespczus. I-i.sco.s. e ,fiidigci: clit~rc~nrir~ prif fini
occni-i-vi- ao c~~~.sj~ziyzic cfo tirri??er-nrio, cnrir se conilirci cro Esr 1-017e~irti
ri nioior ycrrrc. da CcrrwTu de Pe~lrcz ylre .re corist~iiie iresres
rrdiitns, r. nltx,:qar u e.sff*ro de rr~i17~1iI711.~ II~P~S, PH! QIIP sc ncttl~erfi OS
.Wcrrs,frcis Vít,s,~a/oslfi,
Posteriormente, coin a publicriç30 do Decreto de 25 de de
183Ci. est:is min3si7 passaratil para o rcgimc geral. is~o 6, su~eit;ts :i concessso,
mas somenre quando teminassc a prazo do seu arrendriinen~o'? Contudo, o
govel-no. «qllul?do C S I ~ estava CI e,rpir-ni- ... eiirer~dcu que ~ ~iiri pndici I>I.CLFC~I~~~I. do
prndt(cto do r~~rdn dcsrn.s ~riiiias. c pi-opci; uni />r-ojecto ~ís Ct5r~e.s parca que
~-017fir I~~LI.~~.WI?~ LI con.!*ide i-ur-.se proprie~l~itIc do E.slf/do C n jli:~r-~5+e a .TZM !o vra
par arr~nrinrticr~ro e pni- pmsos iiitnco sirpc~ricii-rs ri vinte an?ros,.lY.
Só mais tarde. na scquênciu do Dcçrcici de 3 1 de Dexcrnbro dc 1857 que
constituiu uma verdadeira revoluç5o na exploi-nção das ininas. se publicou um
ciutro, ctim a liicsrna data, deieriiiinatido-se que 1i-iri7u.v clc ariirliciritc de
S. I'cdr-o Coiw. e dr crrsvcio rfc Perit.ci de Bitnir»s, sGu coi~iprelieridir/u,s nas
cii.slin.si(.fic.~ Rcrrrc.s, qlie rcgulrini rts crirrr+ersrirs pnr~i a,s orrti-irs iiriiins~~~(1.
A san~rin de nun~crdrio. por via da ini~iortaç,?~ do cnrvZo. seria uiiia
coristante ao lorigo dos Leiiipn?. Ao finalizar ii ccn~tii+ia passada. um industrial
portuense. Luiz Ferreii-a de Sousa Cruz. proprfetkio da f~indição de Massiirelos,
defendia. embora nuri1 clima dc cxit1t;iqCu pa~ri8lica a quc o ultimato inglEs nos
levara que. rthnj~. e117 vil-tride da iitrrnjnizte afil-uiltn yzrc n In,qlnrerrcr. ~ ~ 1 (I 7 srrr 7
sialetiro rrlrirriarurij de 1 I de Jcineiro, Irrri~riu sobi-e iiR~, Lj ~tr,qei~rí.~~ir~m q~i'~
~IYITCI~IIJ,Y CIP ITTE.I. ~ /c~~~~~)r~~~iltlnl-~tins
d'iriitn i.c; l~cri+n ,EPI7lpI.P. CI'CSSLJ rnitrtlrer-cio
liai-ci iids srrlipi-c riirci-osri.. . Ur-li, prir-cr a cuiisegirii-mos, clevrtiios ir rrnroi~do do
r~-rploi-r~l- dr, riori(/ cn17ru (ir. ~regocins qiie e!Ici rilzhn /7orn ~lrls (...I e 110 IIU~~L'I%~
d 'clle.~ r~rri-n o aprni~eircri~ic.irrcl cio curi.Go ~lus iiossns 1íiii7u.~ (... I. Eitiniicipoi--
-ITO.Y-J~eri~ns os.sir7~ clr rutelln clri ír~glnrr~rr-ÇI r evircr~+-.~~c-ho ctli ,~rnr~de porre a
e1tiigi+uçc7í~ pelo i~iuior- cnzjirc.qn ri^ Ilr-uyri.r»? 1 .
Pela rnesniu altura. o conde de Samodãel;. afii+incindo que ao ctli-vciri é Hii?fl
,atl>sr6ricili de pt-ii~ieirci i~ct.e.~sidcidí>, yire riris ri-ibirt~iri(~,s ,f,lrqcir/ris lki Grfi-
-Ri*erri~rlro (...) rlrnrrizfn ir~srrbsrrt~~ii-c.! íle toda o irid~rsti-ia apeijeiyoudn>~. e
reconliecenda que era ~. ínienngavn-se,
ctiloc:indri uinLi clucs~ão:
Spr-ici l~ossii~cl qirc a riosao jicrii pni' c.qdnr+ct~.&r.~ rio snbsolo
.rc collr>ccrssc. itrctry~erirkerire 110s rlier.c~~cio.i. esrr-~~ri.:cir-os, cjiir i ;ris en ijiu
0 rrrriiKn t,rltr niitiro, riios o ,fel-i-r) rifln I'EIJP ?lr~?io.~. P O j7~liz
qrrP pi-ocI14zii- o fcr-1-0 ein condíçó~s de I~orore:li e rici ahrrr~duncici
yrre ris ii?cI~rs~i-iu.r recl~~r~icirii, !c171 hnsr. .re,q~rr[r pcirri v sei( c~igrui~dccirrtenro
ccoiron?ico. (...)".

Tidri corno peça indi spens5vel na descnvol vimento. vqi:itnos coriio cri1
vis10 pcIo cc~>notlljs~;t Albrino de Sousii ci problema dos iiossos çiirvõcs. nos
ano? lrinia do nosso coiiteii-iporiiico prcscnte-
E o 17rr)hirirzrr do rnnsrir7io dos rrossos cncii-i6~s ri50 depcide
crl1Prlrr.v dcl~s csistír-ern. r.ni7io ~sirrerii. e dp se /irninar qrre ns
cnirlcims podein mn.\.ii?ti.ii.. Hri cnfre a inina P tnldririi o prnblrntu
,crninc rh.7 ri-ririspoi-~es.
triyfiu ~10 c/irlsir~~ro,
riini.~ rtrei.~ a nrrril IJOEII rrri~lii~?~irtn. lii a ~-e.crcf [/LI ql2.rrrr r pmari-u
ri dilr~~w?in~i- 1ri13 preço ~rntfur7riro an ii~rlrtstrial. Hn a prnpagar7rla.
ATO
cori-no, rlirr P niirclrr ~ttrr rrni4iio ir ~+~plitlsr7n cio cboir.rilr7rtr (10s cnt-ttncs
Hd. eiirr-I. o bariccrd~r cltl mUjo c (I npi-es~rio
esrrrdo das qlcrrliclnii~s P dns. .stta.s ririsnrm.~
n rrriido ddo coldeim tJ c.irz giullrn ... E Iici o coilierrio i~rrpo~~~~çior
nnckviais'J.
Desde sempre que o prt~blcrna do transportes se punha conio unr oùst;iculo
à coii1ercializtic;rtci c ao consumo dos ricissnq coinbusrívcis. Dc ta1 mudo que, ao
l'ind;.fr ri si.çulci XIX. ri rcvistri Iirciri.siricr Pot-rii~iresn atcgava que ss[r cC~~~loi.ri~c~n rnirteirrr .rGo de rol n rrlct~i, o r rtin.vpor?cJ do i1iirti;r-io I U ~
difit-it yitr irnici ror?r~/urkI de cai-i~rio paga mpi?ns i~fiido c/c Ccirdif crn !'or?n dri
qLte ilii~do ~lc. S. Prdi-o Cr~iici no Porrri=L?
Contrrdo, sc a consciênciri da sua impori3ncia se liga directrimente 5 onda
indusirinlista qttc lJortug34 vai conhecer a partir dos ineridos do s~cuIo. n sua
hist6ri:r renionrri ;!os fins du século XVnl e começos do sCculo XIX. coniòrnic
no-lo ccimprovrinr as Memárias Econiimicas da Academia Real das CiFncias de
Lisboa.
O interesse pelo csrvão miiicral. prciidendo-se jri a ncccssidrides de
coinliusiível. ccilriça-se. efectivaincntc, mas apciiiis crimo lilrcrnativa ria suhs!ituiçãn
da:, lenhas c dos cni'vfies vegetais nas forjas e ferrarias:
Er'rir ht~iii pai,: poE.i rlonde Iici Iioircu qrrcr~iri~lcirlr= rlc lerrlrci, se
rlei,ciii t~p,'ii-r~ vc.irnr pnrn rrs Fuhr-ircis ns i-icci,~ Miiros clr Cnri~aiE de
Prrlrr,. q ir c /i(/ c172 Ce:inilirri. h'o.ssci Se~il~niri do Cnbo, O biclris. r-'orro
kfris, Orrr'c~tir,
S./.iiis, c srrrtlo é cfirc o nproi,r>irni*cr tirr ~-.c,fi~irr>". E. para o carviío dc S. Pedro da Cova. 3s
seguiida.; rninas que sc cxplor;~varn. a siiuação crn n riiesma, cpoi.7 rclcln o cul-ivk~
qrte srJ C ?~I~EIJ?~LI PI*CI z~erldiclo lios cur-I- iro os. os qzrnes, rio ,fi I rn cle ortlrri scn~ira o
crimprni.rriri, c cnriclir~irit~? no Porto. e ds pclihrirryòes i~i~iifhll.~, oi7iie ?t~endi,qrni-s?sir. jrlurln de fozrr LJ I J ~ ~ C ~ CI-PSI~~~CZI~~I I . ii-i-egiiloridaíle tio
~oinecin?rnto. iifcc,rrci:o no ]>i-riçn, e /~rfjiri,-n çE Irri~rcn e cí.fcr:~i?rJn»'~.
I>assnda que cm a década dc cinquetiia, iniciada a era do vapor em Portugal e
com umri IegislaçZo niiiieira mais ndcryuadii e estiniulador:~ h extriicçila mineira,

os iioqsos combustíveis continuav:ini as suas dificuldades de implantação. As
razoes prendem-se com a facilidndc coni que se recorria ao canr30 estrangeiro.
grancle partc prtivcnierite da Fn_~laterra. quer porque Cosse de melhor qualidade,
quer porque se tornasse irnhalível no preqo. PnrLm, n3o obstante as dificuldades,
o ndniero dc conccssfies vai cvotuindo.
A :&i-rrincadn exprinsionista dos nossos carvõcs. s6 sc dri, quando. devido n
vrárizis circiinst.5nçi;is. nos é impossível trazP-Io dos mercados tradicionalmente
ahasicçedores e a que se ligam as dificuldades de agntvamento dos preços. de
qiuc o encarecimento dos fretes c os prémios de seguros se tornavam granderncnzc
respons;iveisi.
Para podermos camprecnder a verdadeira .corruncadn>> do carvão e
perceber toda a cvelução que o Grafico n." 3 evidencia. teremos de o inserir na
conjuritura decorrente do ultimato inglês c sobretudo nos períodos dc conflito
mundiril?Y. rnormcntc apcís c? segunda guerra e quando em ligaçao com o clima
dc induiiriuliznção e de produçno de energia que o país ctinheceu-"I.
G~zÁFICO N." 3 - PRODCC;ÁO DE CARV~O NAcIoN.41,
Fnsirii: H~ilr.iiii i (Iii M.O. !'.C.!. r Ijiitciiiis Miiios
No cônipuro gcral da produçilo. as minas dc S. Pcdro da Cova e do Pejão, na
Bncin Carbonífer:~ do Bourrili, bem como as do Cabo Mondep. em Ruarcos.
assuniirani um papel preponderante. com relevãncia parri as do Douro a partir
dos finais da déc:id:i dc 50 dn nossa ac~unlidade~~.
3. Os carvões da Bacia Carlionífera de Douro
No contexto da indusrrifilizaçRa pariuFuesa dc Oitocentos e por toda u
rnei:i çentúria de Navcccntaç. (3s carvões da Bacia Carbonífera do Douro são os
quc inaior exprcssso apresentam na produtivirladc nacional. com uma ligação
priviieeiada ao nicrcadn pciriucnse. desde o início da sua expIaraç.30.
.4s minas desia mmcha carbonifera. devidamen~c idcritificada em meados
do século passado por Carlos Ribciro. vieram n coiisiituir os coutos mineiros de
S. Pcdro da Covii c do Pej5o no decorrer do primeiro quartel do presente século.
De íiiícjo. apenas S. Pcdro da Cova se afiriiiava como centro mineiro destii
regi3ii. jlí qiie o Pcjao sír começa a imp8r-se no I imiar dc novecentos. Porém, s6

vão almcjnr a importdi-icia por que v50 Iicrtr conhecidas na conjuntura das duas
guerras mundiais e. posterinrmenie. com a criaq5o da Tapada do Outeiro que.
desde a sua criação, foi, por cxcel6ncia. o grande consutnidor das antracites do
Douro na produção de energia termaeléctrica.
De facto. as minas dc S. Pcdro da Cova estiveram, desdc a seu começo,
directamente ligadas ao mercado Porto, o que conslituiu, desde sempre. uma
vantagem sobre a de Buarcas que só encontrava consumo numa Fáhricn que,
segundo Carlris Ribeiro,

Se a reflexão para a arrancada do carvEo se di nos I'ins do século XIX
com o Ulririirrro Inglês. o salto nessa dírecçso acontece eni dois momentos bem
distintos. seguidos de um terceiro, no final da decada de cinquenrri. de longe o
mais sigtiiticritivo. Por um Iado. os custni coni a irnportaçno,

O prGf'ico n." 2 permirc-nos assistir a toda n evoluç5o do carv5o nacieiia!
de 1939 a 1970. mostrando-nos n crescente produtividade desde ci dcflrigrar do
crinflitci mundiiil até finais de 50. Cornpreetide-se! A medida que se entra na
segunda guerra voliarii oc c;irvGcs nacionais a ganhar n importnncia que ganliarnm
aqu:indo da primeira. dadas, novrirne~rte. as difliculdadcs dc irnporlaqá~?.
Eni 1939, c ji em ambiente de medo provocado pela a,uerra que se
iniciava. fni criada a

IDORINDO I'ASCOiVCELOS DA ROCHA
Era este o receio do presidente da Associação Industrial Portuguesa em
45 que. com n findar da guerra. temia winn 6poca c/c d~/?i-e~.~l7fJ ecoridrnica»s~.
Qti ADRO I11 - PRO~WÇÃO DE CARV,%O I939 - 1958
Tal sentimento lora, também, maniftriado por Femira Dias. aquele que
seria o doutrinador da «rciorxairi:ayüo itid~istrirrl>>"', '' que. em aLinha de Rtt~r~o)>. escreve:
O y~ie inc aini-inn k qtie o fíni d(t guewrr pcrr-coe 1711lf~0 pr6xin10
c LI Irmliizinça da proiTnçõc.i pa.ssadas é inciitn ccrpct: de se apagar
irn i~;e~lrn'rja do.^ ~ o ~ ~ ~ I ~ / qua~rdn
w s P . F reco~~ieqcrr o servjiícil niarrdnr
ijir por relexi-arna ciclfrilo qiie.rnr JII-~C-~.YO.. .S.?.
De resto. toda esta política económica vem na scquêncin do que sc
alvitrava na década de vinte. quando. para se vericei- ~mesre ~~~urr~ei~ro rr171a ~I-ave
rri.s~, CI qlie por eufe~lii.rmo se d(í (E nnine de f#lrn de 1114m~i-hrio c qite ria vfih
corr-cirre se rradrr: pclr./;rilrc~ cic cnpiral>P1. se apontava a necessidade de se valorizar
oc nossos cornbustiveis minerais em aItern5ncia com a enerzia Eiidráulica:
.. ..~ci7)incEo ir1170 dns forr71ns de cr-lel-gia. colr.rrniire~?irrrire, de
elemeir!~ de equilíbrio da ourra.
A rerrlizayíío pi-círica desrc iclenl cor~sisririn:
I ." - NII constniçfio de rrtnrn rede ,qcrnl de di.~tribiiip%~ el6c~ricu.
7." - No clprrirrir~nierm clc~ energia Ii7vd~-arilic~ rrecesrh)-in oo
consurrio acncai do País.

O ziiilor?'? criiculnv:i que da cxcquibilidride de uni projecto Jc'isa narurcza
se trazia uiiia rcduçáci d e Lb I. 700. 000 jinr orin rici rrossn dirirrr~eiii de oiii-o
17ct1~7 0 ~~ri-czrrqeii-o»~7, iciido ciii conta que n «eqriii)ulcnciri i7icWin erirl-c os
~insso Y coirihrr.\-ríi~ais P O.C ~II~~~CSCS 6 ~ cn.vi~~elrt~(~~~í~
rir 2 pctr+o J i> e quc, 1x10
ernprcgci de 4000 ioiielndal; de ç;irvTics nricionnis. se ~odia suhstizuir a iinpor-
taq5o dc 1.000 tcincladas dc cart'5o iirglE.; que. ;io preço inédio de Lh 2 por
ioncl;id;i. pcrl':izia a quriiii iii rIc l,li 1.00C) por dia rru Lli 1 .200.000 por 31105X.
E coiicluia:
Aliri\. j:i aiiies da 1irirneir;i guerra. Cri1 rslii a solu~$in vnticiiiada por
Ezeqiiiel de C;inipos. qii:inde. levado pelo scu pessimisii~o quunro acis iiossos
rccui.?;os carhoníkros. dei'c~idia qiic era

Anos
I933
l9.U
QUADRO IV - PRODUS;ÃO TTRXIOEI~~CTRICA, POR ÇOMIICST~VEIS
{EM bMll.llr\HI'S DE KIYII)
CO\I ~031n~5~i~lft~ NACIOKAI~
r 1
I '"'>luli
I
4h;CiO
I:i i.iii
Vcsesl
3XOO
5U4X
T'il'il
49219
51408
Çíl\1 CflZíRl'4TIYEIS I~STRI\YCEIROS
['J>B~ tlinrrat
I lu3
1 3 h l W
151171
Olciii
1 111iIi LiiIi
ISX73
19596
1 ~ii.il
1 (101 Lutr
155777
170767
1:nF;rF: Bi

- F;ibrica do Busia - Fafe.
- Eíbrica do Cavnliiihn - Giiirniir3es.
- Fríbrica dc Cer3rnicn dc Vilar da Parníso - Vila Nova dc Gaia.
- FAbricn de FiriqZo e Tecidos do Arqiiinho - Guitnarães.
- Fábrica dc FiaçZo e Tecidos da Rio Vizela - Negrelos.
- F5hric;i dc I'iaçso e Tccidos cIc Srinici Tirw.
- Fjbricii de 1,aiiiFicios do Oiira - Porto.
- F:íbi-iça doi Snrh Azevedo. Soares Kt. C.". L.dn -- Portci
- Iz3hricn de Tecidos Alianc;;~ - Aseosii.
- Gr;inde.; Armnz&iis Nascit~icnto - Prirrti.
- Guilliermc 6C Jcirlri Grahani & C." - Porto.
- I-ieriliqucs. Palirial-c%, Ciir-ihii. L.da - S. JoUo da Madcii-a.
- Luzostel:~
- Eerreiru & Trrnrlti. Suc. - Aveiro.
- Marti3 & Quininns, L.dn - Pai-to.
- S:irtipairi. Ferrcirii, & C.", L.da - Riha d' Avc.
- Uriik El6czriw Pnrrugiics;i - Braga.
E o csliirqo para sc captar u111 tnaior ccinsunio nio era meiiospsczndri. como
dc resio é ainda pafcnlc riu mcsma inform:ic50:
- Cornpiinliia dc Fi:ir;ão e Tecidos do Porto.
- Uni50 t3lGctsica Part~iguesa - Central dn Freixo.

13i~amos. e prtipiisilci de energia. que. na dtc:idti de 30. da que era
prodiizfd;~ cm Portugal, 50% erti originada nos coin tiits[ívcis irnpo&ados e, se
considet:irrnos n energia neçcssária para hrqa morriz utiIizada directamente, a
perceiitngctri. atfiigia os XO%oo. Parí~ riI&m da rede dc transpones el&ctricos do
Priilri. mais nenhuma consumiti iiniçamcnte cai-v50 porluguZs, pois e

Interessa-nos recer aisun~as considem@cs para coznpreendermos as razões
que nos levaram rt optar serripre pela irnporKaqãri c a resistir aos nossas recursos.
0 5 nossos car-võcs nno serviam B indústria iiacioiial e ?r> en-i +ocas de
crise interi~acíonal quc traziam dificuldades de importação. con-io aç que
decorreram da I ." e 2." guerras mundiais, é quc houvc uni frdncti del;erivoIvirnenio
desta indfisiria. Independente deste fiictor li5 n considerar o feiiómeno da
industri;~Iizaç~o duranle o Estado Novo" c o proteccionismo aos carvòes nacionais
nii decrida dc cinquenta. Os custos de extracqão, a que nrio 6 csiranlici o
transporte e sobretudo a qualidzidc. eram razoes de fiinda para que se preferis~e o
estrangeiro. sobretudo inglês. S5o ainda do engenheiro Hcnrirl~ie Pey conneau as
seguintes palavras:
Tt~rlos solrenros o qii~ rcr7lo.Y sohre cari~fies riiiriernis, 011
mcllroi-, rodos snbr.i?ias 41rc nEo srrhei?to.\ n qide reinos. Ncr r-ealidade.
so/ner~re S. Pedrri da CJol~u sc ciicori0-a n~ti?i esrado de exploropio
em que 6 perrriiridc~ ler cos!finnp Iros riiiiiiri-os cnlculados
pura LI e.xisr$~rr.ia ck anrrncire( ... 1. Sobre o Ccrho MoricScijio; sohrr a
e.i.fc~lsa i-cg iào lie lirthites cJn Çci~f ro Oeste - Soir r-c. 0bIch.v. Rio
Mrrior - .s~hi.e n t1r1,fo de Setrrlini, e [i hulh~i de Santa Strs~~rin, rião
licí ri ais qiie estinzarivns e.ristêrrcia, irrrcrcssarirc.s .w+rii drrirídci,
mas gire irnd pennitcili ser?&) s!e~,o?reios ocercci rio qllP podrriu .wI*
~lenrm dc UIIZU.C L/~:CI~CI.T de RIICI.~; por cx~nil~lo, cr e.~pl~rupio de tnl
ori rol jo~igo, o~r do seu corijrlriro7~.
Eslamos convencidos que o atraso na prt>specç,To c 11s propria exploraç3o
niineira conrinuavarn a scr devidos a uma questzo de facilidade de importnp50 e,
iiatunilmente. aos preços que eram muito mais competitivos, para uiCm da
superior qualidade d~i carvão. Etn 1925. nuiii artigo da R~visrn de 0h1-as
Piiblicas podia-se ler:
Pobre é o .vuhsol» portr(gitc: eiii conihitsríi~ei.~ por isso qrte ns
scdiniei?ros rlcr Mczcra Ilierisa si70 rk origc~ir~ rirnriirlia. cnris~iruiild(~
rmr ririclco coiztirrei~r~l iiidii.idrrolizciJo desde i),\* -fiils dos rerirpos
~~riiurii-[os r. yrje, ira rizníori* chs reiir/x~s ~cold~ JI~LIS.
secltrrdn'rio.~ opei-En.7 rnctrrnni tios serls bor&s. SC~IITLJITIP 110 purre
siipci-ior. Ilo priinn'i-io cipnruceliz ns foimnçdes clc cigilcr rlfice E SP
csrnbelect, .sohrc.rirrio iia zona ncirk~irnl c/u A4c!itnn. ciilr i-c~iirlcil ck
pcq~irrias Ictgos e puritanos etri qrre se trciini ulcrrrrr?r os rc,sfos de
i7e4qera is ,forrlrarido dc~positn.~ de c.ni-ipüo, Lkpi.~, iru sectrndal-in e
rerriaho, e' que izoi~a,~ jn~idn.7 de cnrvBlcs rii~el-ani 1~gn1-.';
' OS I U ~ I - ~ S
Os transportes continuariam a ser o grande ob~thculo
à comercialização
dos nossos carvões que, dcsde o sbculo passado. assistiai-ri ao aperfeiçoiimeilto
das técnicas par^ a sua melhor u~ilização.
Cuncessionadas a partir dc 1859, as Minas da -ião. pnssaiarn por diversos
conccssionlirios. icndo-se constitiiído em criuto mineiro por Alvará de 18 de
Janeiro de 1918,
Enrre os çonce~sioniirios por que passaram, n5a podemos deixar de
meiicionar duas empresas yuc constituem. por assim cIizcr. dois marcos no seu
desenvolvimento. Urtia. :I Ccirnpanhia Carbonífcra e Industrial do Pejao. com

estatutos aprovados por escritura dc 3 de Julho de 1884 e ii1var;í de concessão
cni S de Maio de 1885. constiiuiu-se como sociedade anónima de responsa-
I-iilidadc lirniradri com um capital de 350 000$000 rCis. de que foi seu primeiro
director tkcnico o eng. Alkcclo Moraes de Carvalho.
Merece. de iactn, que Ilie liçamcis referéncia, quer por ter introduzido na
sua ~ C S L ~ métodos O de carfiçter paternalis~a de foi-iila a atrair intio-de-obra e
iix:~r 11 rilina o piolciariado ncces~firie. quer por se ter en~pcnhsdo na ctiiislrugào
de iin-in

C171 CCITUS de rhêl?rcr acorii~~ciirltridcr de doerrçti exfreinfi, 1?/7ci p,?rjnfnl?tr rlc rra/mt/tn
nem pnr iiihnbilrdndc», concedcndo ainda ~ JPIT.F~PS (I 1~ir4vax de u~~er-nrio.~ I~UI-!(I.I.
cnr seri:i(+o, se v.\. riiyrs~e I~oi>jtlo». pata além do apoio no crEdiLri para aquisiqiio de
géneros. n:ituralnrentc de ptirncira nccclísidade. o que reforçava o lago afcctivo e
a dependétisia para cnnl í? eni~dade patronal unia ve7 que j'(~.
A aiitríi. ;i r L&, constituída. cm 1917
com iim capital inicial de 200 contos?:. sD viria a gailhar a relcv3ncin quc Ihe
conheccmo.; quando. nos princípios dos ano< 30. Jenn Tyssen. um capitarista
belga. se tornciu iin seu ctincession5rio e itnpriiiiiu às minas e à comu~zidadc
cnvolvenre iim dinarnismti que anrrs jamrtiq conhecera:
Foi c111 193.2, qire nriii,ea.s pnr?irgrre.sc.u c helgos das rnirihas
rel~1p5c.v er71 fir-~t.v~~lci.~, CII~~II~CII.~II~Z (I 171i1?/1~i are~rpio /JLI~-~I
cJc7 rrirzu ~riil?u cle cari~cTo sirilntia 17n E~icia CarhnnSfPrn dn Dor-im,
iriiricr qrw seguirdu eles. cnt d~riita grlirirle i.iqurm 171n.i yriP nüo rsrnva
ri ser e.i.plorn~ki rrirlrri iiier~cin por- folra cle i~trio.cfinnricciros c. de
i17r~wssc iridirsri-líli. (... ). Mris cr iinpr-cssfi. dci~o di:.&Io ,foi pe??ns riiitrrerosos artos de ES/~TÇB.F ~I~L.P.YS~IIIBS»~~.
Ciinscqiienreiiierilc. enlrc os seus .!fiéis» cljenies passaram a contar-se n
Empresa Fabril do Noric, da Senlrora da Horii. a Co~tipanhia de Finçio de
Crcsium;i. 3 I-+5brica de Fiar;,io e Tecidos do Jacinio, Ld" para alérr-i da Cornprinhin
de Caniinhos de Ferro do Norte e da Companhia iIc Caminhos de Fcrro
Partugucses, não nicnosprezando n iridústtia címcnteira que sc tcirnariii o seu
innioi- clicntc. adquirindo eni 57. 477~ da produção lnlal. Porém. se as questfies
do i nvcitinienro c dii récnica foram fuctores de

finico consuiilidor desde o ii~ícin dos anos 60. Dc contrário. as minas teriam
cnccrradci.
Na realidade. Tyssen marcou um tempo que. ainda hoje. longe j5 do seu
des;ipsrecIiiie~itn c da sua gestlo. persiste na memória colectiva do pc~\~ci mineiro
quc viu a sua 11iina fecliar eiii 94. e cusa sepuitura, iio cemiiérie da fregucsiu da
Raiva. é unia poiito de referencin e de saudade colect-ivas. E se o carvão foi o
sustcriin daquelas e douirris geliies. rião 6 taiitn a ini~ia em si. que recordam, mas
o abraço do pai da crfbnlili~~ P~iii~»o[).
NOTAS
'1. Ti-;iI>:n [li de~ii voIvidt> IO Amhi [{I LI[> projcct~i - E.YII-I(I L~I-~I.Y .~-~J~:i(~-~~~~r>rlc~r~ri~:cr.~-
I, ~ITI~II.VII-;(Ili.-trIfi>
?ir> ;\!tir-?r I/(. POI-/II,L~I~
(SL:CIIIOS XIA' XIIJ - 42111 ~CYCII\JCIIV~I~ICIIIC)
ti:! FLUP. com o apuici
du JKICT.
I . AN131iA1313. Ansctmri - l'oi?~i,qrit Et.i?iidrr~iro. Porui: Tip. Mnn~tcl Gomcs. 1907. p..i 17. Nesta
111rwn:i oh~i mlkrc-nos ainda o aiiror: tnOn(1v n ,~ r~i

17. 'tnqlitkiko lndusti-ia! de 1 X9D. Vril. 1V. p. 634.
i 3. GCI;L-III CIP Li.t-/>o~r n." I72 (79 CIC JuIIiu dc I R151 - nrin:i çondiqilo, p. 7 14.
14. ihirl~iii - quinta condiçi%o. p. 714.
15. IJ~irli-in.
16. GCIZPIII ,I(* Si.~-l>of: 11." 177 (25 dc Jullirr dc ISIS).
17. A!: ítriicus niin:is dc cnrvso dc pcdri c~istcntcs cram :is dc Bunrcos c :i< dc S. Pcdrti da Cova.
1 X. Deciern.de 25 de h'overnben de 1836. An." 6.".
19. ~~~ do rnrvfio /~,(/I-LI ítr1.v II~IIT~I.~-
dc- S. Prdro Cr>i,~r
- 1,iclimi: Na Irnprçssiio Rtlgi:~. Annn 1x79. p. 4.
38, i/~;~/r~~l~,
4n. I

;I 1. 0 Plano de Fniiicir!ii - A Crilira! iCrniica do T)ourii - A iirrlri,sriia /'OI'~ir,yt#rsrl 11." 3 14
C Alir. 1W-t). p. I 15.
42. I3cctvtci ri."' 70.0h3 dc [(i de h'nvciiilirci dc i93r). (Ilidi.io rh Gni~rrriri ri." 7ú8. I sCric. dc [Ci de
YniVcnihrn i.
43, Il>i~~I~

7 I . RRITO. Jn.;F Miit'iii Btiinclki dc - IIp. c ;I.
77. 1111. rir.. p. 2%.
73. Do:. l.irvGcs Potiugiicscs. 1lribi::trr Br Ohf-ir\ Pri1ilir~rt.i r Miiiri.~
(Miiici l975I+ p. 1 h.
74. VASC:C)PíCELOS. Ficdeticri Aiip~tçli> cic - Cl~i-r-;!.. p. 303-3U5.
75, /II(~I/I;~;~O r~id~f.~t~-i(~/ / XW) - Vd. I . p. 5.
7c7, I17(/11i;rit,~ /~~c~tis/ri(tt dt, tX00 - Vul. I. p, 6,
77. C{]: ROCHA. trluiiridu Vasconcelos da - A Emprrc;i Cni'liriiiílei.:i dri Doriro. L.da. Op. cit.,
p. 347.
7X. Jc:iii Tyshcn eni ciitlrvisi:~ :I -(I Pí,jrlri-. ri." 53 lk4:ir. 1!)53). p. 3.
70. {fh!l>t. f/>ít/PlIi, p. .i.
80. f':ii':\ a1i.m cin Iiilil rii:i:ili:i cif:t~l:i. o ii':ib:illio icic. coiiro supor-te gci;il, ti rlissei-i:ipío dc iiicsirada
aprcscriinda pelri auiiir. FLUP. cin Junho dc 97. ini itii lndn O (,(ir-i,Nri irriiirti rc,cirrririifii ri(icioiiu1
- (1 l'(I.Yl1 (/li.$' hf;ltil.~ i/fl {'~ififj,

SUBS~DIOS PARA A HISTÓRIA
DA ELECTRWICAÇÃO PORTUGUESA
Perniitrirn. ao impcrtiiicirte que sou. que sejam dc ligeira crítica as primeiras
palavras quc aqui pmnuncio. Mas. desculpem. quercrisi aproveitar a audiência
que tenho. O qiic qucro eu dizer coni isro? Quc foi scttrpre rninlia ideia. desdc os
iile~is tcmpos de estudanle. que. para a boa comprceils50 das mri~erias que sc
eilsinarn. mas sobretudo para o interesse que os alunos tCrn quc ter por riquilo que
Ihes 6 ensinado -c 6 esta a condiçiín sine qua non do êxiro de qualquer sislema
educntivo - pois. em niinlia opini,io. fazein muita friltn nas nossas Universidades.
e não síi. cadeiras dedicadas ao estudo dn evoluç5o da çi.2ncla quc se
ensina. até com alguma (òrç:~d:b rcreréncia 5 escola cin que se ensina.
Prirque a CiYnçia, qu:tlquer Ciência. 1150 6 de liirrna nenhuma, uma ariidlgama
de coisas esparsas. 1:iiic)adas a esmo nem que scj;i num livro. separadas
obvirimeritc por capitiiios, mas capítulos CU~R dependCrrcia e interli~açZo os alunos,
as maih das vezes. para nZo dizer semprc. n5o etiicndern. E se n5o entendem.
pois necessiirinmente quc perdem o interessc. e ent5o podcin os ptnf'ecstires
esforçar-se ~ morte, que alunos scni interesse nunca conscguirão aprender nada.
pelo mcnos com arsumo profundidiidc. AIiis. na minha experizncizi. é cs õbice
que vejo. todas as vezes que tcnho a velcidadc. pelos vistos tola. de ensinar
iilguma coisa a alguéiii. Quanto me cIioca n5o encoiilrnr o inicrcsse que tive
qu:indo cra da sua idadc e que Canto gostaria que eles tivcsscrii também!
E. meus Seirliores. não o digo por raiar pcrante Prot'csstires de Histbria,
mas sír n Mistúria dá sentido 5 evoluç5o das ideias. uma noç3o dc continuidade.
mriis claro. ri succssão das ncccssidades que roriirii justificando as novas soIuçrics
que se encontraram. Ora, nas nossas Universidades - salvo Eionrosas exccpçties
quc inl'clizmenlc cslio longe de constiruir a generalidade - pensri-se em estudar
a CiEnçia sem diividri. a mais recente Ci6nçi;i sc quizcrern, mas nada. ou pouco,
se diz cIn sua evo1uç:o e, porquc evoluç5o. razão mesina do que se quer ensii-irtr.
Na busca desenfrc:ida do futuro, dti Ciência do fururo. na0 h5 tii_z:ir para um
oIhrir para o passado. origem desse mesmo futuro. E as criis:is i'icrtm no ;ir,
encostadas xc quizerem. m:is scm hccse. Dificeis dc entender e. m:~is ainda. de
interessar. Porque. volto n dizer. é o passade que cxplicu, c é a explicaçâo que
thr. nasçcr o interesse.
I-Iomem dc tiistdrias, mais do que de Histciria infelizmente. vou aqui
iraxcr uma que quantil'ica hem o interesse quc. na Univcrsidadc do Porto. pelo
menos rite h6 pouco tempo. se tinha pelo pnuado. H5 poucos anos atris. fui
procurado por um PrnTessor da nossa Universidade, 1Zcitar nrio tcr5 chcgadn a
ser. mil< Director da SUii F:~culdade sim. foi. quc iiie disse: r

Qucrcm histciria mais elucid;itiva, direi rnesniri mais cuntttndenlc? Quere311
niaicir jiistil?cat;iío. maior liplauso diria melhor, rio Colhquio que Iiojc nos refine'?
Tcria outras histdrias iguniiiicnic interessantes que gci.;iarin de irazer aqui,
niui csta inirriduç3o já vai longa dc rn:iis par:! a meu gosto, c. ccrtamentc p;ira a
paciClicia de V. Ex :".
Entrarei por isso iiu assunto desta nossn ctinvcrsu, c imediatamente, yuíisc
corno cco do quc ac;iho dc dixcr. terei qiic C~IIIC(;;IT a História d:i nossn
Electricidade riiirn ano muiin mais pcrro de 118s do quc comeqariii hc da Hisiórin
da Elec~ricidnde de qualquer outro país civilizado sc irsi:isse.
11 que. na cknesc dcsta Ciericia. desde que o lonpiriqiio Tdlcc de Milcto
AOO ano$ antes de Crisio n baptizou. até quc o gf niri de Edison h5 um séciilo a
stiuhe explorar. pois ~iãn se encontra. como noil-ie primeiro. um i6 ncirnc
portuguCs. I', coniudn, no tiripcl do seu dcscnvolviiiiciito. ayiarecenr nutiies de
iod(is os carito.; da civiliz;ição. 1150 só das grandcs noçfics. como de países iriuis
pequcrins e tan periibricos como o nossn. Só darci 2 exemplos: o dinamarqucs
Ocrstned c o croatrr. quando niufto tiúngaro. T6sI;i. N50 podemos por isso
atribuir r i nosso arra5o nem h dimensão do liosso p:i

priii-ieirris ohriw puhlicas que se lançaram: em Lisboa. iis estradas prir:i Sacavem
e p;ita Siliirti. no 130rio. a ponte-pensil. Queriiirn ioiiix lugar. entre outras coisas.
EEO g;is ~LIC
mais liirde ou mais cedo nos lin\.in dc aliimiar. E ate conseguiram
que. Icigci crri 1834. a Cc7mar-a dc Lisboa anunci;issc cjuc rccebin propostas para O
foriicciniento de g6s. Os coricorrcntes n3ri deixaram dc :ipai+ccci*. ri~xs tudo cstavn
niuirti \rcrdc. Aiiida estavam priva vir ti série dr: cnnvi11st)es que. pelo incnos aqui
nr) Norte. se prolongararri ate Regenrraçiio. Lislso:~. mais calnia nos Últimos
reznpoi. jii pcrnlitincic~ crn 1 R47 c) primeiro contrato (colide de farruho c scus
pares) de tnl t'ormn cluc ci gás hi innuguriido crri ?O dc Jultici dc 184s.
Aqui no Porto nind:! c.;t;ívantos rio cesc:ildo da Patutei:~. e :ipexas de ri
cidade ter I'cito u horii~o de. c111 1852. rcceber n Rriinli:i sob um arco iluniinado ri
~5s. o quc 6 cerro Ç que :i primcira cencessiio c6 d;it;i de 1353. cm favcir dc
Hardy Hislrip. que Ingci eiii 1355 ri trespnssriii para ri Companhia Pnriuensc de
1luiiiinac;áci ii Gaz. E nssii~i o Poito si5 vcio a ser ilurninsiclo si $3 cri1 Pibril de i 855.
ri tci-i-ipo dc propiciar os fcsl,jos q~ic se queriam I'azcr lia data do nn~versario do
Rei D. Pediui V I f 6 dc Seteinbro).
Estava113 pois 8.; CoriiliariIiias itiuito herr-i insti~ladas c seguras dos seus
monopiilios. :ipes;ir- doc rumores quc. de quando em quando cfi chepvarn acerca
dos triuzlio.; da electricidiicIc iia Europa, electricidatic a qtrc aqui se ;itribuirrirn
desde lego tridni ris rnaIeircios poisivei\. inclusivé n provoc;içi70 dc ecgueii-ri,
quiirido. iiinis de 70 :iiios dcpciis, 0 que \.ou chamar o fo~acliu de Criscars vcin
dcsenc:idcar o temor. anunciando def?nitivariiciiic o teri-ivcl riviil.
A quc me qtiei-o referir? Pois :I(> Iacto que. pelo incnos crn Lisboa. quercni
ver como ;I cstacn 0 rla elec~rificaçiio portuguesa. AtC tcm urri:i data. e essa data
L :I dn 15.O :ini\.er-sfirio do I'rfncipc Real D.Cmlos - 18 dc Scicnihro de 1878.
Para cotrieniorar esw dala. linha uil dos áulicos dri Ciiric, o Coiisclheiro Naznretli.
çoiiscgtliclri quc a Crirnara dc Paris Ihc cedesse tiicia dúzia dos candeeiros dc arco
vr~I~aico (sistema Jnhlochkov) quc i1ùiriiinav:iiii 3 Prqa da Opcrli. para. por sun
vez. iluminorcni a parhada dii cidadela de Cnscriis. cindc verancriva n 1'Lirnília rcal.
Passada essa data. e regressados (is Rcis. j5 ali r150 emm prcciso~ os c;irideeircis
c nssini tiir;ini cediclos à Ciiriiara de Ltsbo:i parri ri iluniitiaçiiti da5 ruas cenrrais
da çidadc. Corri o apoio do gcrador mcivcl quc traziam (13 C.V.). assim se fcz, e
1150 tiouve hitshaquc. dc Lishria e ti50 s6. que 1á náo l'ossc vcr o progresso da
Hurii:triiducIc. Ate quc lini dia. ou prir avaria do gerador. o11 por a C5rnara dc
Lisbua n3ri cliicrcr I'iri;iriciai- tilais vel:is Jabloc'f~kov para substituir as que sc iam
inuiilízando, ri ccrio 6 que iiido se apnsou. Tan~béiii cslaria nri hora. porque, por
essa data. era por lodti o 1:idci o triuni'o da larnpadn de inc:indcicénciri e o arco
voli;iico. ~(31110 rrieio dc iluniii1:tçáo. tinha 05 dias contados.
Porraiito. pur;l Lisbo:~, d cstc u acoi~tecirnento priiiicirri da elccrrificaç30
poriligaeç;~. iiias icriri sido'? l'cnho as rninhris dúvid~s. Na Porto. cotno foi'! Foi
arires? Foi dcpois:'

o Zollvercir~ j6 há muitcl era unia renlidode. A crescetite força cla eçonoinia
iilern3 precisnva bcrn de bons embaixadores (ou caixeiros viaj:intes) c Ernflio
Biel foi-o hciii qurilificadci. Horncrn do seu tcrnpo. curioso. interessado. fazendo
i~iuiias \rí:igl~ns 11 Alemanha. nada do quc na Europ:~ cra progresso Ihc ter6
passada dcç-percebido. Para mais, rordgrsfo como se era 19tógrafo entso, e
grandc 10tiigr,?To ctirno o provam os niuiios documcnros que nos deixou. pois cedo
se apercebeu do auxilia que para a nua x[c era o arco vril~aico. E certamente que
ler5 sido quem primeiro u iizilitou ctti Portugal. Com bicos de carvão dc retortn?
l'aivez. mas arco voltaico.
Quando'! Serfi difccil de dizer. Como documcntos ccrlos. temos apcnas dois,
qualquer deles dernasi:ido atrasado para o quc quereríamos proviir. O priineiro 12
uma reperida declaração de EzequieI de Carnpcis que nos diz quc. aluno dos
primeiros anos do liceu (nascera em 1874). for:i levado pelos seus professores
cm visita de L'C~U~O à prinieírn ccnir~l elfcirica que o Porco teve. central que
exisriri no desváci entre a Ru:i de Pasios Manuel e a eni3o de Santo António
(hoje Jc 3 1 de Jnncirci). ceritrul essa ondc recebeu ci choqtie quc havia dc ricr
detcminari~c na sua vida c ri orrpern da sua paixzci: n electricidade. riuminava j5
ent5o essa central todo o qulincirão e era assim indiscutivelrnentc o iilicio tlri
iluminaçiíci cllr5ctrica púbIica no Porto e cm Poriugal. Ter6 isin sido anterior ao
que chamei o log;icha de Çiisç:iis? c muiio possível, riias difícil dc. apenas a pafiir
dos elenientos que temcis, o poder rifiminr. Emhorri tcnli;~ fiindada con\~ícção,
para nfio dizer certexii, quc pelo menos 21 base de siitiples electrodnl; de carlicino.
~cnli:i sido no Porio que os prirnciro.; arcos valraicos qe acenderam. Aliás,
i lum inacão eléctrica pilbljcri. corno acima dixnias, parece ri5ci haver drjvídas
que 3 primeira foi a do Porto.
O segundo docuincnto 6 interess:inte e dccisivo. dc uma testemunha
ocular da revolta dc 31 de Janciro de 1891. que riou diz que o que mais a
iinpressionou naqucle dia. foi ri barulho repeiidci do qucbrar das porcelanas e
vidros das Iâmpad:is qiic iluinfnavriiri a rua. varadas pelas bal:is d3 Guarda
Municipal quc. ccrtarnctiie par n5n querer fazcr muitas mortes. arir;iva com
potitnriri alta c Ixrcriil. Mais iim dncunicn~ci portnnlo dc que. cni 1 X9I. a rua de
Sanzn Antúnio j;i esltlva plenatr~cnte i l uniinada.
O que C certo C que. por temporários ou experimentais quc tivesscni sido.
os arcos vrilt;iicos dc Çascais e Lisho:~ -c çcrt;irneiite tnrnbkin o cco que 1Iic
chegiirin das cxperiEncins do Porio - dcrani uin gi'andc sr1c;To na podcrosa
Conipanhia Lishonciise de Iluininaç50 ri Gaz que coiiiicçoii a recear pelo Ilni do
scu inonopDliri. çorii roclus 21% conscqu6ncias que daí ndviriarn. Mais rcceoii
ainda quando, cni Lisbua e em 1884. se l'undou n Compiinhia Portuzuesa dc
Electricidade. csta j5 especialinenic vocncionada para :i iluinEnaç5o tlectrica e
aprii:ida pcir pcssrraç cujo poder se tiZn podia iiegar. Por i-axfic.c que se n170
conliecctii. inns qtse ialvcz se possam adiviriliar. c) que E certo tC que ri30 chegou
a durar 7 anos. desaparecendo t5o mis~eriosamentc quiintri tinha apnsecidri. Mas o
que 2 certo cS que veio iinunciar iimn conconcncia com q~ic o 25s não poderia Iutar.
Tanro niais -c serJ ainda mais irnpottaritc - que na Expnsi~3o Inreniacional
de Paris de 188 1, e triuiifo da 19mpada de incandescCiici:i de Edisnn nao deixou
diividas ;i ningukrn. c. ;i p:irtif- daí. cr:i certo. a Ilurninnçiío eldctrica iria cntrar
por- ciutras caiiiiiihos. Até cm Portugal. rendo liavido em 1884, urn incfridiri na
Fblirica de Tecidos dc Tnmar, ii~icdiritanientc fiii recoiislruida. mas agora coiir ;L
clcctricidadc prciveiiiciile de uma pequena cenirril eçtabclccidn no Nah5o.
provavclmcntc ri primeira central hidro-clCctricn porliigucsa. sc 6 que Emilio

Bi¢l n,io ;iproveirnu. i-io sei~ iníciii. a pcquen:i qucda dc Upua qite exisri;i riri loçd
dos seus priiiieiros trahiilhos.
No Porro. t;imhbni sc sentiti a ~cncll.ncia. e nesse iiicsrrio 3110 de 1884.
r~r:iin :iprc?;eritudos 113 CSmani 3 pcdidos de conccssliri para :I iIbinii tiaqão
clectrica. Lini cleiIcs da Compaeiiiia Portiietise de Iluiiiiiiaçin a ti:iz. Tudo isto nos
dis: qiic a coisa -i5 por cá iiicxcria t~iiii~o
c coiii cericza qiie 21 issti náo seriam
csirantros os rr~h:dIicis e ris realizriçfics dc Ernílio Eiel. A Gilriiara. setiipre ii;i
dcfes:~ da «suii>, Ccimpanliia do GAs. niio parava de Calar nos ti-& rcís qtic cqla Il~c
pagnvii por cada riietin cúbico de 23s vendido. qiinniia cssa de que n orçainelito
ctiniriráriri rino padia prcsciiidir. Por 3 reii. cst5vs1irtiç a atrasar dc umri decada O
n

giros c ~LIC. para dar :i estes co1ifi:inça. crimeçoli por pedir ;i prorro_naçãe da
conces.;;?o por mais 75 anos. isto C. iiltS I de Sc~enihro de 1939.
Apesar dc toda a Iioa vontadc da CL+ninra ii coisa nrlo foi muito pticjlica.
tatilo mais que enrrcunro a Companhia d:i LUZ EIécrric;1 tinha seguido o seu
camiriltci. j3 l'r~rnecia iiiuitos clientcs e. qiierendri expandir-sc. requereu h Cãmara
em Janeiro dc 1890 que Ihc dcisassc implantar postes dc krru na via pública para
suporlc dos scus 1Im. niinc:i icndo reçctiido qu;~lquei- i-cspas~n. Pelo contrrírio,
l'cii-llie citicíiidn que deveri~i papir 3 i-iis par c:ida 276 wsitts distribuídos. o mesmci
quc a Cornpanliiu dti GAs pagava pnr ç:idn Incirri c6bico.
Tcndo a Con~p:iiili ia d:i LLIZ Elkctrica conlcst~do. foi nomeada urna
comissCo de 4 rr~crnhros para rcwlver ri qucstso. O que nfio quer di7er que ii
Getnpailhia nán tivessc contiiiundo a cstcnder a sua rede. cerccsda seniprc pclo
condiçiananienici cte srj psdcr :ipoi:ir ;is sua\ linhas cm prrrpricdadc particular.
Qunl nati Trii o ceu espaiiiri clunridn. ciii Nnvei~ihrti tle I X97. rlttaic 3 anos depois
dri çeii rzqucrimcnlo. rccebcu da C-lniai'a. ainda da prcsidCncia dri Dr. Oliveira
Man~ciro. iirn oficio crn qiie Ihr cri1 dito que. por Icrem expiracln os prazos para
a cxperiéncia cli~ç fora pedid;i. ri Çornpriiihiti se ac11av;t Iòra de Ici? Mais aitidn:
agrira puntrra-?e crn causa nicsnio os fios rierco?; que, na opiniao da CSmara,
neçcssiiariarn scniprc d3 .iu3 nutoriza1;50 para iie~-ciii colocados. Tudo estnv;i
ilcgnl al'in~il.
Atiunçía~ii-sc assiin trm I SSi? rriztfto qiienic. çor1ir.i nri realidade foi. Ceino
o casci começav:i a &ir hrado. a Csrnara quis csc~idnr-sc na opinirío ptlhlíca.
trLiiismiticla ritra~ks d3 iml-ircnsn. Mas CS13. qllRR10 hcjc podetnos ler. tsrnl-ih Ihc
1130 foi favorrivcl.
Entrcinnto eni 7 de IDezcinbrri de 1 X97. a Çonip:tnliia i-cspondeu à CSinrir;i,
dixcndo quc. sc :is coisas cst;ivnm assim. ci-:i porque 11 Cornissrici h5 7 aiicis
nnliie:lda. tiillia resolvido aguardar a decisãc~ sol-ire os poiicr de 1-erro. pxr:t s6
depois sc ~irtinuncini'. Comti essa Jecili5o nunca iin4i;i sido tniniidn. e todos a
a~ii:~rcinvarri. ni ngii&ni pod i;i di zcr qiic a Cornp~inhia esLnva fora de lei.
Alia.;. curiosariicn~e iio rticsrriri dia. chegava ao Porto o Diario do Govcnio
que ~razi:i 3 Ici regulndor~i que n Govcrnn tililia rcscilvido puhlicur. dnda a
iinpcirr:incla quc a in~iilstri;l da clcçrricidndc corncqnv:! n ter c mais çe adiviiilinva
teria. A inrençiio Iieiir cxprcssn pelo Gn\~emo era dc

Esiii iumbérn deverã pagar à C;iniura». E Ingo se nomcou mais uma comiss50,
esta prcsididn pcEo Prol: Goines 'l'eixeira.
C> pior 6 quc as respostas que o Ministm das Obns Públicas. ti Dr. Bemurdino
Maç'tiado. mnndoii dar :i C2niara Icm 70/3/93) e :i C«rnpaiihia dn Luz Elbcrrica
(em 3014). nao v30 de Tai.iiia nenIiuma em favor da CAniara. A acta diz que,
embora os apoios f mplrii~lados na via pUbl ic;i ciircçntii dc nprovaç50 da Cuniara,
i~ão nssiin c35 tio< aéreos SPI~OI=~R~OS I pdir de propriedade particular. ricrtrscen-
[ando tiiesmo que. sc :i Cni~ipanhis do GAs vier a ernprccndcr n consrmçio de
1inli:i.s el6ctric:is. esias dever50 iarnh6m merccer 3 nprovaçiio do Govcriio.
Enqu;tnto que rio oficio que o Ministério envia h Coiiili;inhi:i d:i Lziz EIC.ctricn,
se d3 r? esta raxativamenle autoriaaç5o .$para continuiir n sua cxplorriç5o tio?
termos do pPanri rluc aprcseliiou>i.
N3ri se dcu rt Ç5mririi por vciicida c. eril nova oficia 30 MinistlCrií~
Obras Públicas. protestou crinlr;r ri aprtivaçiio dos plaiios da C{iniplinliia da Liiz
Eléctrica. pedindo an Govcrnu parri n30 coiiscntir mais ncnhums autnrizaçao a
cst:t. ma>. comti se vê do ofício posterior a quc :icitiia aludimos, o protesto n3o
dc~i qualquer resultado. O despnchri de 15 dc Abril que originou csse cificin icrn
a assiiiat~~r;i de prhprio Dr. Remardirio Machado.
Wem assim a C2rttara desistiu. c. em M3i0. pediu ao Gnvcriio. invocando
pcistttr;is tnuriicipnis. que lhe concedesse o dirciio de inzeivir nos fios que :irravcsssisscm
as viai; publicas. As posturas invcicadas releriam-se a cordas esticadas
que poderiam prejudicar ri tr5iisitn dc pessoas ou trens... O Govcriici liiiiiiou-sc a
responder quc (i dc~priclio n30 iiivalidnvn direiros nclcluiridos. neni mesmo
inicrciises legitinios h sonihra da legis1at;áci :interior ao dccreto de I de Dczembro
dc 1892.
Foi o que :I CArnrira quis ouvir. e. aprrando-sc ;io privil6yici quc ri Compzntiia
do Gil< linha dc csiabelcçer çatidutns suhterrinc:is, prctcndeu coni isso
ju~iiiiccir um monc c111 que a
Comprinliia dci G55 n50 tem ser130 o exclusivii da redc dc g5s. O resto quc nesse
conrrnro se pode ler é quc. sc a Cfi1ii:ir:i optar por sulssticuir ri g5s por iluiiiiiinr;i?o
elíictric:~. Iiavcd çririçursri e a Coiiipritihia dn G5s podei5 icr nclc prefcrençi:~.
continiiaiidii critr?ci n ser dc 25 niro.; n prazo. 'r3o ri olittrirlo, qucrri. 93n223r ferii O
ps;ii.ii de 10 atlas e mais iiacia. Qiinnto hs linhas iiérctih iipniadas c111 propriedade
privad:~. ;i Comprinhia da Luz ElCcirica tinliri au~oriznçio do Gc~verno c çcn~inuaria
:i expandi-13s.
Pareceria que tudo estaria s;inndo. mas n30. Nu scssiiíi dr: C5ttiara de 10 de
Novcnibro. ainda o assunto voIrou a ser asperamcnie debaiido. rendo sido
aprovado n noi.ri coritr:irti com ri Conipaiihin do Gris. contrato em quc. p;ir;i

Muito hiiverí:~ ainda pilrzi cantar se o tempo e a ~?ciência de V. I3x.a~
desscm pii~ ian10. Mas ntllial como terminou tudo isto? E que entretanto ein
Lisboii titiham acontecido coisas quc viriam a inllucncim niuito a situaçao no
Perici. Em Lisboa. c desde a cxperiEncia dc Cascais, reforçada ainda pelos proyrcssos
rciis quc ri ilutninaqZo eelctrica vinha Cucndo no cstr~ngeiro. a poderosa
Çornpanliia Lirhonense dc I luminaçio n Gás scntiu tremer o seu imperio e enieiidcu
ligo g;isr:tr inuiro ~niiis dinheiro nas suas insr*iltiçfies de gAs que por isso, entraram
em descrilrihrci. T:iiiio qiic. em 188Ti. a CCirnrira dc Lisboti Ihc denunciou o conirato
e n50 pperdcii iempo. abrindo novo concurso quc agora quis internacional e
publicoii crn Lisboa, Rcrlini. Paris. Bruxelas c 1,ondres. A tisbanelise nrio
concorreu. ctiibnrrt se llic continu~issc a pcrrniiir a dislriliuiçào do g5s nos ternios
de contraio anterior. mas intciessarani-se pe1;a crincessnn viri:is ernprcsns est1-3~gcii-as.
terminando esta por ser adjudicada em Junho de 1Y87 a uma empresa
't>clg;i, S.A. d'Eclair.iigc du Cetiirc. que se veio a apoixr erir poderosas entidades
finniiçciras lianccsns e Iic1g:i~. Nlo era ainda a SOFINA. CQIIIO errridmncntc se
vi. cscrilu. ciiibora narusnlmcntc possa liaver ligações firinnceirns. Dc qunlquct
mancir:i. a EcInirrr_rc chi Ccnti-c e scus apoiantcs fnrmarom rapidsmenie uiiia
ncivn firnia. :t S.A. Gds de Lisboa. que mcsmo que o nome c até os cstntutos se
reicriusem niais ao gfis, e ta!ril+-zii nri 2;s tentlri feito obra. logo em 1/7/1889 p8e
:I fiincioniir, no.; rerrcnris ondc tnais tarde se constriiiu o aritigo Hotel Victória
(huje scde do Pzir~ido Comunista Portugués). iimn cen~ral que abastecia os
cnndeeircih. :linda dc arco. que colocou cm toda a Avenida da Liberdade. Foi
cs~i a pri~ncira i nslaloqZo del'initiva da clcctri ficaç3o de Lishoa. Em 1889. muito
dcysois"d;i.; rczIizciq0cs da I'oflo.
Rissou deyiciis 3 liavcr um:! luta muito ciigriiçada entre as 3 curnpanliias de
Lisboa, nras :L Gris dc Lisboa. mai~ sabidn. niin iiirdoii c111 ençsiminh:~r as coisas
para n paz. Porqi~e se não haviam dc fiindir? Eraiii síi duas ... E foi o quc
acoritcccu. Priiiela dc rerro, patielri dc barro ...
Nasccmin assim cni I0/6/9 1 iis C.R.G.E.-Comy~anhias Reunidas de Gás c
Elcctriçidade. quc Iiaviam dc dcrer. quase por 1 século. o monopólio da produçati
c cli

Na entanto, é hain não esquecer. mcsmo enqu:into duravam estas lutas todas,
houve no Porto quem quisesse andar par3 a fwnte C ~ivessc andado. Tamhcin
nos transportes pUbIicos houvc 2 Compai~liias. a dci Carril Arnericanci ( 1370) e ri
Crirris de Ferro do Porto (I 873). mas quem esíava i freilte dcsia Ultinin er:i um
Homein niuito din9mic0, José Vieira rle Crisrro. que. logo eni 1578. requereu a
substiiuição da trricçiio aniinnl pela tracçáo ri v:ipor. e, em 1894. audacia quc
ainda nll» tinha lido igual na Península Ibéricti, pela Wdcção eléctrica.
E sc Vieira de Castrti heiii (i pensou. rnclltor (i tez. Ohtidci iiurorizaç50.
Togn sc lançou na constmç5o da Cenirrtl quc havia de produzir a energia: Lima
pequena cen~ral lerrnica lia curva da rua da Resiauração. j6 que o primcii-n
percurso pcnsadri seria de Massiirelos 30 Carmo. Não Lemos yraridcs clcmentos
sohrc essa centrril. jj quc. logo ein 1895. foi qul-isti~uida por outra. csta jfi na
ArrUhida, junto do rio, cni que 2 máquinas a vapor dc SOO criviilçis ;iccionavam
2 dínamos dc 325 KW cada um. ccntral que assegurou o hei-vivo desde 1 898 a I9 1 5.
E difici I conjugar. na cxplnnaç5o. o progreqso da Cmis com (i da clccrrificação
da Porto. Durante alios e anos IQsarn sisreri~ris n par, que ncnhuma inrerligaçfia
tinham. Mas a Carris do Porto roi sempre uin mcidcIo de querer. de ziudficia
c de modcrnidadc que seria muito mau n5o tr:wer aqui. Retn rnereccu d;i cidridc
c do país quando resolveu. cxeniplo eni Poriugril, queimar ir6 carviirr riiicioi~ril,
com todos os dniis quc representava a queima dc um cnrviici assini. com 38%
dc cinzas c só 4 :i 5.0UQ calorias. ainda para mais a pariir dc minas cu.jo accsso
estav:t ciitati loi~ge de ser ri melhor. Mas teimou c vciiceu. terrdo a Carris tido
alguma compensnçZo quando da 2." guerra europcia o carvso iniponado encareceu.
esc:isseriti c chcgou mesmo a desaparecer. O que foi ncccss5rici de saber
t6cnico. dc cslorr;o c de dedicnçfio para quc os problemas sc resril\.essern, nr?o
terá dcscric;zio.
N%o interc;ilareiiios aqui toda a Iíisr6ria da Carris. mas porqiic indcpcndentc
de todo o processo da elcctrific:içi?o do Porto. scrnprc diremos que. ji
comaiidada pelo grrindc administrador que foi (i Dr. Sevcriano Jose da Silva.
cni 19 I5 3 ve!lia ccnn-al da ArAhida foi subs!itiiida por outra. eski j5 cni M:issarclns.
com 3 dinrima.; Siernens, com 10 MW. c iIlcrnadores de I MW ciid:i c i~utrtr de
500 Kw. Nào fui Cácil passar a carestia da 1"guerra. m:is 5 hasc do carviio de
S. Pedra da Cova quc zorras ~amhérn cltctr-icas traziaiil, tudo sc consen,uiu. Até
que. erii 1929. fortes dri expcri~tacin havida. se resnlvcu modificar n Ceiitral com
equipamento j5 preparado para n queima dos çnrvõcs nacionais. e, instaladas
ein I 93 I e 1 939 2 caldciiris Wultlier forncçciido rurl~oal~eniadores Rrti~vri-Bo\cr.i,
se cnriscguiu atrrivcssnr a 2." guerra. ciar mcsmo aIgum apoio 5 rcdc dn Porto e
a2ucritar o consumo riik que. coiii a cliegada da energia dris prinieiros grandes
ziproveitamentos hidwcl~ctricos. tudo se reguiariznu. M3y riiesnlo assi 111. ainda
aquelris caldeiras permitiriaili as experi2nci:is dc queima das crirvúcs nacionais
qtse sctvirarn para o projecto da Ccntrnl da Tapada do Outciro. Ainda liverarir
cssa utilidade.
Mas rudci ixio roi uma outra c belo hisibriir que. Iiur se con,ju_nnr mal çom
a cxpI;iniição quc se vai seguir, se quis dcsde jrí individualizar. Vnltcrnas priis 5
clcctr-iiicaçào pública quc 6 afinal o c~copo deste trabalho. Foi.; cilquanlo i10
Porto. Ciininrn e Çoinpanliias sc cnvol\liam em gucrriIIi:is que acupxan-i afinal
todas as 3 Gltimas decndas do século. n idcili da cleclril'icaqào ia-se espalhando
por todo e país scrn cnconirnr idEniicos eilibarriçcrs. PeIo ccinir5rio. ris Cãrn:ir~is

foram 3s prinieiras a :ijudrir, a requercr rricsmn cnncessóes. E assim. para ralar
s6 riessa dkcada. ierernos que assinalar eiil Rra_o:i. cili 1893. o contrato eorti a
Sociedride de Eleciricidr-ide do Worte de Porlugal, c em Vila Real. a Empresa da
Luz El6cisic:i. a que iiáci scrin estranho o nessri conliccido Emilio Bicl. Ein
rinihns 3 idcici seri:\ o aproveitamento do< rios quc Itics passavam próxiiiios. o
Esrc c ri Corgn rcspecrivsmeiitc. mas os conlieci~ncnros e os clementes que
eiiiiio Iil~via nrio xcríain gr;indcs c cedo se viu que a soluqão hidroe?&ctric:i síi
rnarcliriva crim regulnridade de caudais. o que n5n cr;i o cnsa. Em Rrti~a a idcia
morreriii. nias nãri :issiri~ crn Vila Real onde. depois dc muitos dissabores. um
pequcnti ricude foi suficiente parri que. durarire muitcls rinos. tivesse sido uma
das cidridc.; mais heni ilumiiiadas crn Portugal.
Txnhétn cahc aqui urna palnvra, quc iiti jrí devcsse rer sido anterior, para
os verdadeiros pcrcursnres da hidroelcc!ricidadc pnrrugucsa. os engenheiros
nqcii-eaiiris JosC Cordcira c Mariuel Paclieco Vicira. quc regressado.; 5~ iua?; illras
após cstudoç na Bélgica e i ~ti hleiiianhn. para ali Icvnrnni o interesse pcIas novas
seridiis do prog1wso. 13 assini o jovem Cordeiro resolvet~ aproveitar a pequetla
Ribeira da Praia prti'a iluminar Vila Franca do Campo, instalandri cm 1 X9X uma
pcquenti çcntr:il de 48 KVA. central essa quc ainda Iiií poucos anos estava a
trabalhar. sc C qiic ri n3o esl5 ainda hojc. Dcpois. roi mais longe. aventurou-se h
ilutiiínnç5o dc Pcinra Delgada. e conseguiu-o. juiitaridri na nresma ribeira uiis
gnipo? ;i(iz outros fite çonscguir a potencia ncccxsríriii.
Vieitii vai p;ira a Tei.licir~i onde dificilmente podcri:~ ter velcidudes hidrocIectricni
c teve que i-ccrirrcr 3 teinioclcctriçidadc para iluiiiinar Anpra. Mas
ccdci o bicho hictrocl&ctrico n Icva pxil S. Miguel, oridc. ;ii sim. consegue. c0111
uma cc~~~r;iI de 40 KVA instalada lia Riheiia do.; Tambares, iliiminar Fui-nas e
Povonç;?~. H2 tiiuitci pouco ~cntpci. trabrilhnuri iiindii .
Nn Crintineiiic. por impossível que pareça. os percursorcs s;?o riind;~ mais
ignclr:-idos. Apb as tcntaiiv;is ciii que hl8mos. erii Toinar, Bra.5~1 r Vila Real,
teni-sc ct~nfieci tncriln rlc uinn auicirizac3o parri ci aprovei taincntn do ÇBa (que
tanlo havia quc dar quc f;il;ir). SÔ:i ondc. desdc ISO(1. cstfi a produiir s pequen:i
ceriirril de Riba-C6ti. de 125 KVA.
Jli eni l R99 havia sido canccdida liccnça a Á1v:iro Rebelo Vntente para a
constriic$io de IBII-I:~ çeritrnl iio rio Varosa. liccnç:~ essa que transferira para x
Coiiipa1iI~E:t I-Iidro-Elcctrica do Vnrcisn. fundada cin 1407. A primeira ccnlral
dcstc rio foi iirnugiiradn ci-ri 1905). c tinha apcireq 90 CV.
Quiinto no Rici Alva, a pririiciro rilvari concedido a Anrhnici Marq~~cs d:~
Silvri. dcpois tra~rsfcrido para :I Emprcsn Hidroci~cirica da Scrrn da Esirelri. daia
de 1908, e levou ao aprtiveitnineiito. logo e111 1909. dri 1 ." Ceiilrril dn Senhora do
Desterro. jií com uma rurhilin Pelton de li00 CV.
A I~ceiiqn p:ira o aprovci~rtrnentri do Lima seria concedida etn 13 15 h
cmpresn cspanhol:~ Elcçti-a deF Liliia. riias n,?0 pi.oduxiu irncdialos ct'eitos por
viriude rl:i Flteria. S(í em 1x2 tmtrou a triihalliar o I ." grupci cio Lindosu, mas jfi
cern poicnctii qiie sc vis~e: X 750 KVA.
Enrrciiinici O iciiipo passara. a triui-~lò do electricidade j:i era indiscutível.
mas. ern Lisboa. as nov;ii Ç.1I.G.E. ainda tEtn que atender primeiin 5 rede do gis.
ciitrici eni rnuirci rilnil estado. c $6 ern 1901 corncçam verdi-ideir:irnente a elcctrilicaq5o
da cidade. H3 rim coiivaio desse ario. suhstftuíirdo o de ER9 I e irnpoi~dn
iis zotiris e condiqõcs eni quc a elcctricidadc devc ser l'orneçirla. 1; 6 por isso que.
logo cni l9C)7. a Ciirri1i;inhia itisial:l i Central da Rnavi~la. com 2 grupcis dc
200 CV. se~uidos de iiiais 2 dc 300 e urilri bateria dc acunii11ndorc.i. A dis-

irihuiqáo tcve início cni 1903. mas j5 cni 1905. para accirnpanliiir o consumo, se
tirih:im que insr;il;ir rnais 2 mliquin:is dc 1300 ciiviilos, ;~copladõs il dírianios de
460 V-2 200 A. AliAs aqui ctirncçarnoç ri tcr os prin1cii.o~ clacI(is dos çoiisumos,
miii.; larde tso di Cíceis de obtci-. A rcdc de Lisboa vcndcu, cin 1903-05.0.8 Gwli e,
ein 19 I -?- 13. 8.5 Gwli. Isto dd uma idcia do crcscimenta explosivo quc Iogo teve.
I-lavenda nspim quc aurncntnr ri pott-ncia, c n30 o pcri-i-iitindo n cxisuidade
do tcrrcnti cxistcnte nn I3ea\li~i;i. adquinu a Conipnrihiri, uni terreno na Jui~queira,
5 hcirri Tcjo. onde hiivciia de çresccr 3 ciiibleni5tica Central Te-jo. Parri ai loi
ti-rinsferidci n últirno equipaii~cnto adquirjdo paru a Bonvisiu. siihsrituinde-Ihc os
dinarxiw Iior n1tern:idorcs dc 1 000 KVA. A nicdidii que o cnnsunro sul-ii;i. foram-se
act.cscentrindo no\.as riliquinas por IOsina a que Cin I91 3. j;l cxisti:im Fiistalados
7 1.50 KW. 15 era um;i ceiitr+nl respeitável c piide des3ciiv:ir-sc a da Boavista.
M:iq. 11am iodo este grancte e riípidri esforço. foi prcciso um tin~inciamcnio
rnuiio prnndc e cstc foi 13usca1.-se, qor:~ sirii. 5 SOFINA - Scicictg Finnncihrc des
Tr:insporis ci dVEntreprises Indusiriellcs. dc Brtixcl~s, quc pnssou :i çamniidur
todo ci ernprrendin-rentrr. O problema 2 quc. lo~n n seguir. veio n guerra e as
dil'iculd;ides par3 O F ~ I C T O c;~rvãt) JC Cardiff nccessdriri foram niriis do que
muitas. Pi+ocurou-se por tod:~ a parte cnrv3o - Ariiérica, E~panhfi. ctc. - rnas
terminou por

ziiiida Q d'ci~ri da 1115 qualidade das Ggiias iaiiio de alimentação corno dc
refrigcr:i.iio. n3ci admira quc (i scwiço náci iòssc bom c que a ccntrvl c a redc se
Insseiii dcrcricirrindo cada vcz ii~ais. Fora111 csl~idadas vririss solirçries, mas
r:izoGvcl ncio sc encontrou rici~humri.
A tal pcinto clicpou o mau serviço que, ein 17 de Maici de 191 8, aprovcitandn
a tendencia cniso eiii voga parti ;i municipalizaq50. c ~ntnbém a passagem
pelo MiniqtCrio do CcimCrcici clc Franci.;cci X:iviei. Eçlcvcs. eri_ociiIieiro, Prcsidcntc
da AssricinciÍo Iiidustritil Portucnsc e profundo cont~ecedor dos prnh!ernas
do Porto e da sua irid6strin. a Cimara. iilc~undo o iritercssc da populnçiio. tornoti
conta da cxploroq3o. iristituindn dcpois os Serviços Municip:ilitados de Giís c
Electricidade que 130 bciii haviiim dc servir ri cidadc, e mesmo scrvir de niodelo
para iiintos outros scrviças que 1C)rttm nascerido pclo país.
Ma? a Central qiic ;i C5rnrira cnlãci recebeu csrrivri -iii dc facto iiiuitci &teriorari:i.
c a i.pocri em que n reccheu. turnhCm nso ajudava nada. Apenas o
turbosiltcniacIar c ii ttiliquina de Crnl.icilo de 251) KW se eiicciiitrrivani ainda ein
cstadci qttantu podcmos dizer razoiivel. As crildeiras jiÍ n5o coiiscguinrn a.qsegurar
a preqsaci nccessliriri. c isso jri talvez dê iinia idciii mais clara do que tudo :iquilo
crn. 011 eiic5ti. aind:i mais çc~nvinçentc: a descar~a du çerv3o e a carga das ciiims
cr:i aind:i fcit;i 5 cnbcç:i. eni gipns. passarido por cima dc prtinclins dci hmco ou
clas zorr:is prirri ri cliiío. E. para a clcçtricidadc, cra nccess:irio iim mii~iiiio de
6O trincI:id;i.; dc c;irváo par dia. Somerii-se ti carv3o pma o giis e ;is cinzas, c
vcjn-se o qrtc aquilo seria..
E con~udo. pressionada pclo coiisumo. 3 produçiio dobrava em 5 atios:
pouco p;iss;iva de 2.5 niilhões Je Kwh erii Ir) I7 para çliegar tios 5 mill16es
cni 1922. i\ forçri, de que csfcirços. conszyiu-se rcduzii- o ctinsumri de carv:o
dr 5 Kgs/KWh pari1 ineiicis de 4. com 0 auxílici. é cvideiiic dc algum crirvao estrangcirti
que sc criiisegrria arrui1j:ir. 34c quiilquei' rnrincii.a, consuniris ;iltissinios que
vi as riilí.; coi~diqcios rl;i CelitrliI e ;i mli qualidade do cnrv;in podiani jusiificai.. Sc
jitntnrmos ~iirlo isto. a pCssima cxplornç5o do pk. cnni tubos padres e fugas
quc clicgnvsri~ ao.; 70%. Lei-eii-ioc ideia do qiie seria :I situne5o finnnccira dos
Scrviccis.
Corno úllitriri recurso. iibriu a Críninrn eiii I dc Scteti~brci dc 1970 um
coIiciirhri Iinra o Snrncçinieritn dc encrgin dc clualquer l-irnvcnicncia dcqiinadn 3
i lu iniiiac,Tci plthEicri e 3iar.1 icu1:ir. [nas i-cservrtndo-sc ;i CCimarn o privild~io do
forncciincnio. atk aci limite exigível dc 40.000 KW. ri quaisquer clientes. e tudo
sem pr~~iuizri dn arizpli;i(;3o Jii firevisi:i da Ccntriil do Ouro que se pensava
auincntar com 7 tt~rImaltci-~ludores. ~1111 dc 3 OOU. OUI~CI dc 6 0014 KWf. e respcctivas
çaldeirLis. Coiiici iilicinnte. dizia-se por li111 quc tal forricciinenia se poderia
rornar sertl limite dc teriipci. nem dc qiiantidade dc encrsia.
Mesrrici ali5in-i. rccebei-aiii-se 4 propcisr:is. n mais clahorada (ou iiinbiciosa)
scriii a d:i Eriipresa das Miilns dc S. Pedru da Cova. proviiido ;is auLras da Uni50
ELiSctric:~ Por~u_iuesri. Companhia do Varr>~:i c nii~da cln Çornp;iiltiia Nacional de
Viaç3ci c Elccti-icid:idc. Dc qiialqiicr maticiru. ii proposta d:i Emprem das Minas
dc S.l'edi-ci Ju Cova foi rcjeitiidn por irrealisra (ciiii'c outras çciisris. ofcrccia
~ I I C F _lirdrnelcclrica E ~ ~ do CAn!) e as nutras. pelo tncnns no moriicnto. nHo
risscFurav;irn o r?h:~~t~'cirn~l~to it~icdi;ito que sc prclendia. Apcntis n da Uni50
I~It5c~ricn P~r.lu_iiiex;i. distrihuidrirn da ciicrgiri do Liiidoso, estava mais próxima
dn t-cali7:i$ia. uma vez que. tendo iniciar10 ris obra.; em 19 1 S. cmber:~ as iiucsse
iicIo que intcrrot-i~pcr por niotivo ç11i Fiierrri. iinlia j:i cm maritagem o I ." grupo
dc R 75C1 KVA. Pclri nlciios cciii. :i curto pr:izo. scria urna rcalidride, O Varos:~

estava ainda niuitn atr:isado, qucr na instaIaç3o dos grupos (5 000 e 2 500 C.Y .).
qucr mesmo na barragem que os deveria regularizar.
A prcmCncin d:i sitviiç30 levou a todos os estudos, desdc ri consmç5o. na
marcem sul, dc uma cenlral térmica em Germunde. gueimanrlo canlões pulveriz:idos
do Pejrici ai& à rci~iodelaçao roitil da Çcntr:iF do Ouro. Mas tudo foram
soiihos e dernoriis. ate que, em I'ins dc 1971, se pfidc i-cccher a primeira enerpia
do Lindoso. O sc_ounclo grupo, igual, entraria eni actividridc em 1923. e. Filando
i6 n EIeçirri dc Lirnn nuins cclitrai eiéctric:~
dc alhulèira n znont:inle do Liiidoso C
rcndo cortieçado os primeiros trabalhos para a central térmica do Freixo. p:ireci:i
que Ilnalmentc se podcriri dcscansiir mais um hocado.
h'csta situriç30. 3 soluçici imtdiatn n5n poderia ser outra: iiguardrindo
melhor. (i 1 ." grupo do Lindosci, tenda como rescrvn, pobre reserva!. a velha
Ccniral do Ouro. E assiiii sc COI~ICÇOLI 3 virar ii pugina do problema do abasteciiiicnto
dc energia clcctricn iiQ Porto. c a dciinir as 2 grandes opções que Izaviaiii
de gerir n eleçtrificnç50 de Portngal. at6 h chegada da encrgia dos grandes
aprovcitarrientos hidrnclCctricos e consequcnte estnbelccirnci~~o da Rede de
Transporte Nacional: Iiidroelectricidadc ao Narre c terrnoclcctricidnde ati SuI.
Coinprarí;irntis a encr-gin tios espanhóis. mas dcixariarnos de comprar mais
cnrvao aos ingIcses, como cni Lisl.ioa continuotr a suceder.
N.?o qucr isio dizcr que sc niio sonlaassc ji com o ~provcilarncnto de rios
iiinioi-es. c. nti Nortc. o ~hvndo
e ri Douro iiiiliaiii n primiizia. Mas, Iiessn epoca,
ainda cst;i\+fini~~ verdes para i30 :iltos \+os. Coniri cxcinplo, fiiIiimoi itpcn:is da
conccss5o dada h Compinliia da$ QUC~:IS Cic AEuíi do Norte dc Portugal pai-n o
aproveitamentci do xisicmn CAvado-Rabagão. Durnn~e rniiitci tempo. -astç)u-se
inuiio clinhciro ein cstudcis. m:ls nunca Iiouve quc cl~cgrissc para 3 obra, Mas
quando. 30 iirn de mais dc 20 anos. o go~crno. h:iscaiido-se no inciimprimciito
do Çadcnio de Enciiryris, deu 3 concess3o por caduca, n5o dcixou a çonccssioniiri:i
de recorrer piira os Tribunais. e riicsmo de escrevci- no Ministro do
Comércici, dcclnrando não aceitar tal dcciç5o. A rcipostii que obteve t'rii: . Estc Ministro do Comérçici charnn\-;i-sc Du;irlc PacI~cço.
O Daurn tintiri iambfirn o seu dcfenscir. ia n dízcr. seiii desprimor. o setr
pcictri: Ezcquiel dc C;inipos. Miis também cstariatiios iiinda verdcs pura ri seu
soiitio. Por oiirrri lado. iio sirio quc esccillicu para ii barrnsem (Ritcicis), a sonda
ncuhou um:i fundliç2o Ião riid que lornririri irnpraticrívcl a ccinstruçãn. Foi essc
prnjecici iiiais aardc deslocado para C:irrapaielo. onde n:io se pode dizer que não
~ivcssc havido prohlcmas, iniis que. cotistniído uns anos depois, jr'i intcgradri
nuiii plano e çorn outros ~ncioç. é hoje um:i porlcntosli realidade. Que pcn:i,
desculpem o dcs:ihai'n. iião lhe terem posto mais pot2ticia. mas sZo cis erros dos
c~lculíis. c dos ~ciiipos.
Eiitrcianto cri1 Lishcin - tcmris serrtpre quc comparar - o dinheiro d;i
SOFTNA coiistrul;i. no 1:ido da stia Central d:i Junc~ueiru. i1 riovn Central Tcjo (a
Central d:i Borivisi;~ linha cntretanio sido desactivadit) e equip:iva-se cani grupos
jri dc ccria 1intGncia: o primeiro. iim t~~rl~ogriipo de 10 000 C.V. As díficuldadcs
quc rcri:i tido coin o abastccimcnto dc can.30 durante a I ." gucwa mundial. pois
adivin linrno-Ias. Qiiciniou de tu do qu:inio Iiouvc 2 ii~iín. untracites do Noric,
linl~ites do Lena. Icnhas, desperdícios. hôrras dc azeile, eu sei li! Mas lá coiixeg~ii~i
liassar esse mau Isocado.

Coineq;ivritli-sc portatito a dclinear j5 3.; 2 zonas distintas dn electril'icaç5o
do País: no Sul. electricidade terniaeléctricn. iii;~inritni'itiiiicntc lielg. clucirnaiido
carv5o inglEs: ao Norte, I-iidroclecrricidadc. rnaiori~ziri:irneiite cspanholii. haseadsi
ncis ayirovcitamentos dci Lindoso, do Vrirosa. do Alva e. do vizela. jA pol\~ilhlidii
coni imensas pequenas cenirais. concelliias, empresariais ou pouco mais. Tudo
esparso. scm inter1igar;cies. surgindo ripenas urna linha verdadeiramente de alta
Lensão: do Lindnsa 30 Porlo (1 32 KV). continuad:~ depois até Coimùrri ;i 60 KV.
Porruga!. lentamente cornec;;iva a ficar maduro para o estudri dn racionalizriç5o
do seu rihasteciinenko de eicctricidade c parli n legislnqão que Plie iria daicorpo.
A paçsageni, em 1 9 1 8, clc Francisco Xlivier Esicvcs pela pnst;i do Coiiibrcio
n5o foi dcspiciendri. c qriase Ingri que toniou posse. eiri 8/3/19] S. decretou ti
estudo dn5 nossos rios coiit vista ao seu aproveitnrt~ci~to hidrocldctrico, a começar
pelo C:ivadci c pelo Doure. 56 ciirilci. mas a ~om j;i dc cinra p:ir;i baixo c coordeiiarln.
E. lia p;.issadn. logo no ano seguinte foi prnmiilgadri a chamada Lei das
Águas quc procurava pôr alguma ordeni nti concessirinamenro. embora 1150
coiiseguissc ir ar& no iini e pcnniiissc aind:i n 11iul~il.ilicid:ide dc cr>nctssties. c daí a
quantidridc de pequenos motiopólios que sc vierani ti instalar. Foi necessdrio
csperar por 192h, ji na vig8nciii da Ditadura Milirar. prira aparecer tinrilmcn~e n
Lci dns Apruveitanientos 1Jidr:iulicos que. pe!:i primeira vez, cs~ahclece a noçíin
de Rede Elcctrica Naciori:iI. e. conio primeira iiicclida. unil'ica 11s tcnsõcs c iite ns
1'rcquEncins da encrgia a distril-iuir.
Ceiiieçav;i-se cntãci ii rc~inír 3s condiçòes pari1 podermos discutir çorii cis
cçpanli0is ;i repartiçao da cnergia dn troço do Dourn Iniernacionnl, considerado
tnuiio fiiçttiinerite a grande hnic hidrocl2ciricn do país. Wi~i
rio ciiiidaloso corno
o Douro, mesnio crn cstrido brurn conio airida Pstnva. caindo de 530 rnetros de
altura rio liiço da nossa fronteira. G saída do PIanrilro de Casiclii. para atingir. eili
150 Kms de crirsri. os 125 melros da 1òz do IZiiehrn, pois iorsc ande Çossc rio
Mundo, scria seniprc uma grnndc riquezri. 13avi;i quc tomar- um:\ dccis'ln: ou
ccntríiis comuns. dividindn ri electricidade. ou centrais cciin gnipns de um e do
outro país. nu. ri ais Iineai.. divi~5n do troço inrernncioii~il crn mnas de igual
potcnci:~. tanto rn:iis que iicsie troçn síi descrtibocava tini at'iucnte de alguma
importiinciri: o Tomcs.
Devemos aos negociadores de 1927 iirzra divisso 1~ragiiiciticri dos recursos.
náo C ~VLI~Q dc pniridos delustiça exacerbada que tortitiriam sernprc rfiiícil. seriiin
artiliciiil, qualquer acordo. Lincarrnente o troço enire a ii-cin~eirri espanliola e ;i
foz do Tormcs foi nu-ibuidri a Portu_niil. e o troço n jusalite desta. a Espari11:i.
Porquc ci desni\tel destc troço cra Iigeiii?iiien[c n1:iioi- do qtte o porrugiiEs, foi-
-nos atribuído. como compensnç5o n dcsnível enri-c 3 lòz do I-lriclv:~ e a froriteirn
portugwes. Eirlívamris assin~ livres dc planear :i ncisso hcl-pr:izcr as nossas
rnaiorc.; rcintes de cnergia hidroel~ctncn. Mns ainda se haviiirn cEe pnssiir 30 anos
anies que íossern rcalidndc.
Entretanto. c tarnbdni em 1977128. c s6 ent50, aparcccm ris iio

cnçzn n:icicin;lt. quc. com a iilfa'rihctizaçiío. persisto em cnniidcrnr a grande obra
dri minha ~ernç50.
De qunlqucr forma. espiirsos c dcscoordenados. iam cnirando em serviço
rniiic; alguris grupos I-iidmel&ciricos -o I." do Lindosn ein 1924. antecedido das
centrais d3 Scnhcir;~ do Desterro (1909) c da Ponte dos Jugais (1933) no Alva.
dos dois gmpo do Varasa em 1925 e. na ribeira dc Nisa, da primeira primeira
central (Brucciru) crn E024. Isto para alCm de iniimeras centrais térmicas
eçp:~Ihzidas por toda o pnfs e alguiiias centrais hidricas sei-vindo essencinlrnentc
industrins que a elas podiam ter acesso. Com aleum peso, devemos citar a central
térmica da Cuclioli-ra da U.1i.P. {Sul). que entrou em scrviqo cm Sezúbal etn
1930. essencialmenic para Forhriecer n zona industrial a Sul do Tcjci (Rarrciro.
Secil. etc.)
Dc qualquer m;incira, c Ingo a partir das priniciras estatísticas puhlicridas,
vemos que 1) plintirarn:i nào cra nniri-i:idnr. Existinin enltso cm Poriugal nada
rncnos que 354 centrais elbçtricas, sendo 69 hidriíulicus e 235 rérinicas. Cozi>
mais de 5 000 KW instalados. só havia 2 hidrLuIicas e 3 t6rmicus. Coni menos
dc 500 KW, iinvia 33 I centrais. Era a poeim iit?nnl. E isio para produzir 187 rniIliães
de Kwli !
O quc isto custava (nu despcrdiçrivnf em evidente, mas mesnici ~ssim o quadro
continuou, tanto que. eni E 943, :is centrais eram 674, 1 IO hidrbulictis e 564 161micas.
scndo que. com potgncia supcrinr a 5 000 KW, s6 havia ainda 4 IiidrAu-
Ifcas e G térniicas, rcndo sido a produçzo em I947 dc 465 milhões dc K\ruh.
Com isto. creio rcr dado um panoraiiia do que era o sistema produtor
pnrtuycsfs 110s :[nos 40. i s ~ o d. prcçiszlinentc nntcs dii puhlicaç50 do Ptnnn
I-IidroeIdctricii Nriciorial quc a Iiaviii de mndii'içur radicalmente. Reç~ipiiuliindo,
liavia. iín Korlc. 1 sistemas hidrncléciricos ILii~doso. Ave. Varosa. e Serra da
Estrela) :tpoiadoi. principalriicntc nos regimes seco

os 2 riu 3 aproveírantcntas que. corti 10 anos de uirziso. fnrstn constniidas. 6 que
nZo foram somente as deicr~ninaçõcs niais visíveis - racionnmenlo de iluminaçZo.
cinemas e cnfes que tinham que iechnr Bs 11 horas e outras medidas
sernelhrintcs - mzis tainhcrn o rricionarnenin dc encr~ia às f5tlricas, 11or5ric1s de
trati.allio impostos c ciicurtados. etc. Quanta riquczn se pcrdcu! Quando tudo se
vendia! Quando só PortiigaE na Europa podia ir buscar as niatcrias primas.
N5ci qucr isto dizer quc tudo fosse caréncia quc 1160 foi prcvista, deixa
andar qtic as vexcs C dcleíto muito nosso. Dcsde 19 10 quc houve profetas que
preparam no deserto, den~re os quais ternos quc desi:icar o Proi. Ezequicl de
Campos. Professor da Uriivcrsidade do Porto. e. mais [arde. o Prof. Ferreira Dias,
do 1.S.T. c dcpois zovernnntc. Sabia-se. queria-se. mas a nossa orpnnizaçZo e o
nowo cqrripamento é que nEo rcspondiarn. E foi pcila quc na hora alta da nossa
economi;~ que. na Europa único país em paz permitiria. por tàlta de energia. n5o
pudcnirxi rcspondcr.
Crcio qiie o que dissc anteriormenie permitira compreender melhor o
alvorriço coni qcte I*ni reccbida a publicaç5o em 26/ 121944 da Lei 2 002,
chatnada ri Lei da Elcctrifiçnção Nacionnl. definidorii das grandes linhas par que
se passaria a reger a redc elEctricn do pais: produç3o centralizada e ligada por
crinvcniente rcdc de transporte. prioridade à hidroeleclsicidnde como recui'so
nricinri:il. eniEsor:i ii apoiar. na cventualidnde de anos secos. por uma central
sérniica queimandri dc preferência carvncs nacionais.
Driiido inicie h obra, para o SuI e abastecimento dc Lisboa. foi escolliido
o ;iprr)\tcitnmcnto do ZEzere, CcntraI de Crislelo dn Bode. peIns suas condições
nniurni.; scni discuss5ci ncm alternaiiva. Jri no casti do Norte. ri cscolhn 1130 iinha
sido taci p;icííicn. havciitlo ourras Iiipírie~cs e outros pan"irnetr0.c a considerar,
mas, bem criritra :i vnirtnde do Patriarca Ezcquiel de Campos. deu-sc prioridade
ao Sisiemri Civado llahagàci. ccimeçando-

Como cxemplo típico, quasc ex-libris das dificuldadcc: encantrad~is.
chamo aqui e transporte para as cenirliis das peças mais pesadas. Para Cusielo
d

que trouxe. por túneis c canais. para I'aradcla. a 740 metros dc altura. a 6gua quc
a jusan!c se escoava para a Caniçada. LI 162 melros . Obtti e área helissimas e
muito nial conhecidas que convidaria. qucrn ns não conhece. ri visitar. A cstrrida
panc dri encontro dn riiargem direi~a de Parndel;~.
Devo aqui rccurir uni pouco para \rcilta~ h Lci 2002, quc. implicava. para
reserva de trinias obras IiidrfiuIicas, irma ccnzraI tér~nicii de npoio queimando. de
prefcrCncia combustíveis n;icionais. .4 escolha s6 podia scr uma: carvões s6
tinhamos. cm alguma qusntidadc. na bacia do Douro. c por isso a Cenrral da
Tapada do Outeiro foi imp1:intada na marpcm direita do Douro. pircisamente no
ponto erii quc a Iinlia que li~:i as 2 rninris. S.Pedro da Cova e Pyão (1'~tturo
rraqado do ~clel'érico) criim ci rio. 0 5 carvõcs sabia-sc que erarn niaiis. qlittse
meiadc eram cinzail, mas niisturridos com 61eo. houvc quem livesse técnica para
os qiicirt~ar ri a Central tcm trabatliado 316 350!0L;l. SC OS CoIisurnos for~ni os previstos,
isso jG scri'i outra hisibria. Pclo menos dur:tnte Loda i> vida da. central.
Çhcyadn~ iiqtli. tciiio~ assim 3 sistemas (Cfivndn. Dourn e 7rzer-c) c ainda
uii7:i ccntn:il tCntlica dc npoio (Tapada do Ouieiro) tucio interligado por grandes
linhiis ri 150 e 220 KV, alimentatido o mesmo rnei.c:idci. A única maneira dc sc
aproveilar toda a energi:~ nu hora certa Tcri instituir um Repartidor Yacional de
Carga" qucrn eram liwiiecidos iados os clemcntrrs dc todos os ccntroç prndutoreh.
trabnlliando todas ern poole. visando liiaxirniz:ir n prtiduçilo e rep~irtir o
valor

que ni~>guCn~ cspe~ivr? O çlioque pciro!ífero ílrtc se deu em 1973: etn Jai~erro
dc 1970. o hrtrril dc crude qrAlnbiart Light» custava 1.8 dólar por barril. em
.lunlin de 1973.2.89. cin Novemhrti S. I I e eni Janeiro dc 1974. 1 1.65!
Proyrritriada par21 Tucl elii 1977 a central. de SetCibnl. pois ainda Iiouve a
ideia de a transfcirrnar parri ;i queiin;~ de cm5o. mas como a decisão niie foi
inicdiatamctite tornada. qu:indo se quis. j:i era tarde e ainda hojc queima fuel. E
cic qualquer ii1:irieira uma gratide centrril çnm 4 grupos de 750 MW.
Cornti medida de prudCncia. c respondcnde as centrais térmicas inal hs
hruscas \~ariacões dc ptitençia. Irouve qtic pensar etii unidades cie produqno com
i-5pid:i cntr:idu crn força se nccess8riri. e por isso sc csbribeleceu em Tunes, nri
Algarve. quase n:i poiiia das linhas. uma ceirtrlii de turbina? a g:is. de Kwh caro
1.5 ccrio. intis iritcrvenç50 r;ipida c segura. Foi crescendo h medida que era
ncccssiriu e 110-jc di ipóc dc 200 MW.
Entrciantci os Planos I-lidroclt5ctrices. tanto o pcirtuguEs. conio o espanhol,
tiilhajii andado. 3 niciri da decada dc 60 esi;ivnni pro~itos lodíis os sipsaveitaiilentoç
cltte. a anilios os p:iíscs. no Doiiro Iiiternacional tinI~am cabido, e. era
prccisri ir inais alem. H;ivi;i outros troços internacionais que ainda nfio linhatn
coi~vénio. c pelo nierios os espanhóis tinham pressa de aprovcilar toda ri energia
hidi-riclCcti-ica que Ilic5 coul-icsse. Daí o novo ConvCiiio quc foi :issinado crn
Mtidrid rrn F 9 dc M;iiri de 1968.
Tiarava-se :igora dos iroqos inlcrnacionais do Mi~ilio, do Lima, do Tiejo,
do Guadinna e da Clt:inçri, para além de outros rios mais pequenos cujo curso
iiitercs.;;iv;i 30s dois paises. A parlilha roi baseada nos tncsrnos princípios: igual
quiintidade de energia pari1 :imbas as partes. c. coiiio seriri difícil acert8-Ia
cxact2imciitc. c ri troço intei'nricioniil do Miiilio só admiti;i urna hrirragem. pois o
cquilít-irio fnr-sç-ia com a ilistriliuiqiio adequada da ci~ergia desse aproveitarnento
pelo3 dois ipi~isc~. Pnrti 3 Eçp~inha. I?cararn o Tejo e (i Chanqa. e para
Poriupal. o Lima e o Giindian:i.
Agor;~ 3 riiarieira. ou n pressa corn quc hraiii iitacados os 3 quirilióes, c5
qi~c ftii totalmente difereiilc. Souberrios que as obras parsi o tiproveitarnento drr
Te.io tin11:irn çomeqado nci próprio dia em quc sc ~ir~lia assinado o Convénin,
porqtre. nciw mesmo dia. se dcu uni desasrrc 113 foz do Sever cm quc n-iorrerain
crcio que 1 tra'bnlliadcircs pcirtugiieses que trah:iIh:iv;iri-i no inicio da srandc
hnrrageiii rlc Çedillo. a çonsrruir pelris espaniiiiis na Tejo. bem na fronteira
porluyucsn. Quiinro :t Foi-tligiil. pois não foi PIA rnui~ri quc açabánios 0 AIto
Lindoso. no Lini:i. e. quatito ao Gundinna. prir via dri r crn que desde enr:lo tcmcis vividrii - jri lá v50 30 anos! - cslsnios agora, e
111aIs uni:i vcz. pt-~iicamcntc a comccnr. Quanto ao Mi nIso, pois parece que o não
cl~crcm Ncrr-r uns. iiem outros. quiintci sc diz. No ei-ilaiito. a inontnntc da l'roi~teii-a
portuguesa. tanto o Minlir? coriio o SEl. seu complcriicnio, estão totaiinen~c
~iproveii:ttEos. c4cv c os seus nt7uentcs. e rS o seu nprovcitnrnento qiic rax da
Ci:irixa uriin dai rcgiões csptinholiis mais ricas ein eleciricidadc. permitindo n
irislnlnçfiri ali dc rilyuiiitis iiidustrins-base de clecrromctrtlurgia (que aqui tambkm
nio qucrcríaiiio5 com certez:~). No cntanto, :I base de rodos estes quereres e ti50
quereres. E bem ciifcrcrire ti nível de vida das duas pnpulaçfics. e. se quisermas
iiinri prova real, pois nào tei-cii~os m:ii\ quc cilhai- nu para o desequilihrio al-iissal
da iiossn hrilnnc:i ctimcrcitil. ou niesmo só para os cscap:iraies dos nossos
siiperrnercridris.
Mas hi mais: h6 um pequeno rio quc por cesto V.Exas náo conhecerão
riciii dc nriiiie (parri mais em Espanli;~ chaziia-se de outra forma). e Mente. que

cruza n nossa Fronteirri iilfurcs li rins montaiilias dc Tiis-os-Morizes e que 110s
interes5;i sobretudo pela rc~uIirizaçrio quc pode iiitroduzir na bacia do Tua. PcIn
ConuEriici. os portugucscs teríamo.; 15 anos para o aprovcitnrmns.

O tirro inconveniciitc ~LIC se trad~z cni considerbvcl :iunicrito de pi-cqo. 6
qiic a rci'rigerriq5o se tci.6 que processar etn circuito iechrido. ji que o caudal dc
Vct-50 do 7.40 iiaquclc poilte de fnrnia lienhuni:i chega psi-a u nrreleçlrncnrri.
Teve quc 5e rccrirrer 3 tori4es dc arrcikcirnento.
Esta ceritral foi. mesmo rio decurso d3 C(IIIÇ~~LI~$~O. vendid:~ ;i iim giupci iiitrrn~icicinal
em que ;I E.D.P. tottiou peqiiena p;irte. CIinina-se T,jíi Energia. scndo
cluc a energia prtiduzida scrá evidentcmenie debitzidii n;i rcclc ~~acionnl.
Liliirna ofir:i _rraiidios:i dri E.D.P. foi ;i y-riiiclc cei~trnl IiidrnelCçii-ica do
AILI> tairidoso. cons~mida pi.ecisrirnentc nzi frtinteir:~ esparihola rio sítio nieinio
oridc existi:^ ri pcqueiio açude :i quc ntis 131113 encrgi:i c os csprinlriiis rrintri
dinlieiro I'icfimos a dever. I; lema ccnrral poteiitíssimu çotn 1 _orupcis dc 3 17 MW.
nlimcntad~is por uma :ilhrii'cirri que se cstei~dc guasc toda por tcrrit6rio cspaiiliol.
Sci-virri parli ccilm;itar ns grandes pnnliis do diay-arn;~ tln çoniiimo niicioniil.
cntn~) IIOJC prartcanlcnre aconiecc çcirn iodris :is ceiitriiis dc rilbuteirii. deixaiidn a
hrisc do.; Ji:i_nr;ini;is p:irn as ccntrais t6rrnicri:: ou hidroelictricris de fio dc 5yua.
RimhCni dc grande rclc\rri lbi o aurncnto dc poiEnciu d:i ccnrr:il dc Mir~ilda.
iiistzrlandn-

3.54. Por outro Irido. nzo snhercmos ciilc~ilar ri iiiflii2ncirt ncgntiva quc nesses
çonxu~iioi poh~3 vir a ler ri introdiigio iniirictirc do gás rinlural.
Eu Ficrrr sei quc FIO xno ~)ass;ido gastArnos s6 31 000 G\illi. o que qucr
dizcr clue o iiohsri ctitisi~rizo Liii de cerca dc 3 100 Kwhlhabiiantelnnn, o que, eni
remo5 curripeus. 2 urn viilor hriixo. Alifis os graildcs consunios são mais prtivocndos
~)clo de~cn~olviinciito itidustrial do que pelos gastos doindstiçm c a nossíi
indiiqtria. outro dos pi-aiidcs sririlio~ d3 t105sa ~crílçán. prccisíi de ser rclanqada.
A respeito disto niziis i150 dirci.
Quais 3- novas i'ontes cri1 perspecliv:~'? Pois ii gi-iinde cenlr:~! a 25s niilural
quc. ria Tapridn do Ou~ciro. dcvc siih5tituis a vcllin central a crin~3o c olco. {coin
ii nota de quc 1 gnipos dc 175 h/!\\: do Ç:iri.e~adci jd I'orat~i rcçonvertidcis pnra n
queiiiiii de _o&,) seguir os 3 grupos, a c;inf~o do Pegci Ise sc fizerciii). dcpois
novns c pcitcnres giupos p:ira i-eYiirr;:ir as ~-ioiericias de Vcntl:~ Nova citl de Picoic, :i
grande alliirl'cir;~ dc reiciiq5o no Sabor c. ji rigcii-:i, c. finaIiiienie. A1quev;i. Para
ji. 2 naquilo quc pndem»s T;ilrir. A ouirris coliipc~c :i decis5o. -4 mim. ou antes, a
116s. apciiar i1 110siaTgii1 c10 SC)II~IO que rantil sr>iiliSmos. ri;?.ci ter sido ainda - si.-To-(i
alguma vei? - rc:ilii_adii até na tiiii. Pelo Ineiios. n6sj3

poi- vinudc dris cihras cspariliolas. SSi IIO Dnrtrri e lias graiides albufeiras cspa-
1ihu1:is. licarn rc~idas cm todas as cheias tiiuizos milliõcs dc metros cu'hicos de
risua cluc, somados uas nii!iios niil hõcs que. lios :iprtiveilai~icntos que nos
afluentes ponupticscs rios deixiisseii~ f:izer ~ s c deixiisseni). pois daminari;ini
cornplctarncntc ri problema das cheias e nati G. O excmplo dos dias quc agora
pasxariini. jií iios lerri dado :ilpiini:i idcia. naas ini;clizmciirc miiiici priuctis lei-eiiios
lido çonsci5nci;i disso.
N5o qucrcrnos dcixar para segundo pltinti. porcltie seria ridscio, ri naveg,.aq.?o
do Dourn. cana1 i11ternacion:il qtie. sc bcrn aproveiiado. poder5 scr um
Sor~isciiiio vccIor de desenvoIviincn~o c iiitcriiaçioiialinri~:70 dc irida ri riictade
iiortr dc Portu_n;it. Nao s:ihcrntis bem porque teiil sido assim iratada. E no
Doiirti. ii5o C tin Tc-jn. Mas continuaremos a cqperar-.
Fularci ainda das griii~des sncicdtidcs dc ctinsrruç,?~ civil c cihras públicas
que não exisliani de todo cjiiandci na década de 30 corncc I'rircm i-cpor~ada\ Gs cpociis e111 quc l'ornm çonsrruid:is c aos
rncicih corri rliic. por vezes. o tiveratn que ser.
Mais - e tende-se 3 esquecê-lo - o riltci prcsiígici qilc as rio\sa> cquipas de
prqiectistas de I-i:irr:i_icns mundi;ilriicritc alciinçai-iiiii. Icvnrcirn a que tossem
porliiguescs o< projcctox dc muitas bamgcns cotisrruid:i.s; por essi: mundo :ildm,
desde os países mais civilizados aos rtiair reniritos. Cnri~o 6 niuitn pena que n
nossrr rilirttpia srikl:i de Ái'rica nos n5ri ~ivcssc pcrinitido ir 11iai.c loripe no Lipro-

vei~iimento daquelas paricn~osas qucdas driqueles poricntosos tios. corn que, no
iiossn pcqueno tetritósiri europeu. cstamas lon~c de poder sequer sonhar.
Çiihorabaça Ifi iiccr~i parti deriionitrcir até ondc poderíiinios ies ido se tivéssemos
tido tempo de tiprnvcitar iodos os rios que eswdiimos, nins já n5o pudemos
iipi-oveit:ir. Estou ccrto ci~' qiic. apesar da feroz concntrência internacional com
qiie ter%? quc contar. quaridi, um dia. nesses países irrniios. for alcançada a
;ilrncjadn e \.crd;ideir:~ Paz. a Paz por que icidos aqui ansiamos, estou ceflo de
que tis cIisçípules dos nassos discípulos. Portugueses. Angolanos ou Moçom-
I-iicntios quc rejaiii - é igual - ainda t'aAo o que n50 ~ivcmos tempo de fazer.
Serri csra n minlia tíltiiliri e grrindc esperança!
CONSUMO 1>6 ENERGIA EI,~?::CTRICA - I925 A I99h

AS INDÚSTRIAS DE MADEIRA
Antes da revoIução industrial
Torna-se dilicil fazer uma avaliaçso Iiisthrica precisa da evc>luqão das
indbstsi:is dc rnadeira cm Fortug:il. atrnvC< dos s6culos. iii;is sabe-se cjuc as
actividades ;ign'colar;, piscaróri~r, a caiiçtniç,5o navrit. 11s crdificacõcs castsenscs. a
1evani:imcnto de iyrejaí;. mosleiros e dos gr:tndes çci1Cgirir; nieclievais fic:irani. no
rasLo do tempo. marcados pelos sinais pr0prios dc cada utiin. iiioctrando as liiate-
riats de quc ris coisas eriini icitas. a maneira como n sua fciniia crri concebidn. bem
como os delalhe4 recnol6picos dn sua f'iibricaçio. Rcsios de nbjecios e de clerneiitos
de consuuçrio atestam a ii1ilizaç50 da mmadcirs desde os tcmpos tiiais rccuados c
as condiçfics cdzfri-climriticlis quc a posiçno arlrinliça e mediterriinica do nosso
país Ilie conferem acoi-rcn~un-i-nos ti uma kliz vocfiçfiri fioresta1 que dcsdc
sempre e para sciiipre nos condicionou. Mas não pcidcnias tálrrr proprianiente de
indíisiria quando :i laboraç50 da nindciru nrío era indusirializada. isto E. feita
com miquin2is.
A enxó foi. com cerrcza. a ferramenta primordial corn quc se desbastava a
madeira. rirciçoando-n h forma das peças com destino i sua funçzo.
As serras silo as grandcs l'erramentas de corte nianttal quc reprcsentzim Lttn
grande pro_rressri ncste processo dc evotuç30. Gi-avurus da época Jris riossos
descohriincncos mosrrarn a tbcnica iisãda na serragem de gi-tindes toros. para
deles tirarcm t:ihuas e outras peças para ti construçáo rle hnrcos. por rncici de
grandcs serras manuais. manobradas por dois homens. um cm cili~ii do coro,
levantado este nessa extremidade c iiçsentc sobre iiiii cavalete, e outro hcimein
cni h:iixo. puxandr.i altcniadoniente n scmi dc praildes dimenifics. 01x1 para cítnri
ora para I.iiiixo. Tanibém gravriras da Idade M&di;i. retralandn n ctinstruçáo de
~randcs catedrais em pedra, mostram andairncs. escadas dc ~nadcira. pl:inos
inclinados realizados com pranchas c com prumos, I-icin como irildanns de
madeira coin cord:is. para içar os iiinteriais 2 iuedida que 3 criiisir-uç5o progredia
em riltur;~. Entre outriis rerri1menr:is manuais usadas assinal:im-se serras iiinis
pequenas. serrates. traíius, martelos. forrnõci. goivris, bed~imes. gurlnpss rnanuaiq
e plainas, rtiaços. ritaflelos e cavilhas. etc.. que consiituiain. çoiti os nidimentnres
hancris de carpinteiro. tcidri o ferramenta1 do artesão, com quc se pi-oduzinm ns
atl'aias e oulroi inslrumcnros de trah:ilhn nas actividades agrícolas. bem como ri
inodestíi riiobilifirio das habitaç0es rurais, até aos requintes d:i arte cm madeira,
que nri epocii Rcn:iscen~ista se projecrau em plenitude na tnllia doc a1t:ws. na bclcru
inccimparivel dos cadeirnis e n:i postura palnciiina dos tectos dc rn:ir;scira ...
E todo esre íèrraniental e toda esta ~ccitologia ai+lcsanal c toda a arniiiisii;30
oficinalqiie Ilie estava urpanicamente ligada. man1iver:iiii-se :itC ao advento da
primeira rcvoIução industrial.
Mas a revoluçrio industrial r130 çlregnu ao rtiesino tempo 3 toda a parte. 5s
cidades e aos campos: mesrrio onde as novas técnicas rnec~riicas chegiirrirn mas
a menulidade não evoluiu. a revoluç50 induslrial !i50 teve deitos. iiu iiiell~or,
teve efeitos tardios.

A p:iiiela dc Pripiii. n clc.ccciberza dri rn5quiiia a vapor c a descohcrta das
c:ildeirns t~ihulxcs. que permitirarri a titiliz:içZo das all:is pressric~ da vapor de
figiii~ pala a tr:inul'oriiiaç:io de ericrgiu caIosirica sob a forrn:i de criergiri, poienci:iF
dc prcssiíci. cm ei~ergin cinktica. i510 k. de tiicivirnento. c r> ter-se çcinsesuido
rrniis1'orm;ií r? iiiovimento dc vai-e-vem, por meio dii sis~em:i dc bicIn-manivela.
cm iilri\.i rnenrri çircufar. coriiii~uri. revoluçirinrirani por conipleto tcidn o sistcnia
produtivo :ti; ent.50 v igctite. aç:isrctando traiisformnçõcs qiie descricaderiraril iia
Humanidade Lirnii cvoIu~ãci n3o r6pida 110 sentido do prrigrcsso. que dc uma
letnrgi;i de niilliai+ci tIc anos dc trahallio i'isicti pesadti, Icnio e ptnoso. se passou
tncchica ti-11 sCrie, depois para ri pi-riduc5o clec~rica. para a
para a 1>ro~l~r~;io
;ivi;i@o 3 IiClicc. depois parli :i cncrgia nticlcar. pr;t n viriqati :i jactn c. :ictualnicnlc,
par3 3. rcvrilur;:lo da cr:i infom13tic:i.
No Iim do s6culo XIX vieram para Pnriugal ;i$ prinicirns locomotivas ;i
vapor. pai-;i o\ crtniiriliri.; de Ièiro c chrim:idas caldeiras locorn6veis para. como
r-ridquinns a vapor. prodtizilrm movinicntci nas unidade< itiduçtriais. acopl;idas hs
ti-r~írluintis dc tiiirisforrnaçrTo das nintérins- rimas. As serrações tricçrtnizrtram-se
em ~raiidc núiirerci. ndcip~nndo mino produtcii-ris de ciici.gin as locon-ióvcis,
lig;idas prir linhiis de eixo. tam'tiores c correiris 5s in;lquiiins dc serrar. 5s plainas,
Cis tiipiris. 5s rnaqttinns dc fui-ar. Iis 1115qriin;i< univci-s:iis. ctc.. serido caracicrísrica
destcs circuitns ri rigidez do scu i'tincion:imc~itn. dxdo yuc rodas LI!. miiquinns
cstrivani ligad:is :to vnltinte da loconifivcl. quc Thes forneciri o iiiovitneriio. I:ii
pciii cste o priiiieiro incllcxo cln revolut;,?~ iiidustriaB lias indus~i-ias de serrriçso e
dc ç1irpintasi3 c de inobili6riri. cm Ponupnl. Apc~iir clisso. inuiras uilidricles
coiiti tiuavrim a prod~rxii- dc form:i ar1ei:irial. rnari~ialmcri tc.
I)epois da clcctsificic;ão nacional
Apcí:, ;i cleclriSiczlq%i riaçionnl. tiiiu :mos ~riritii. as frihricus dc seriaçãci. 3s
cnrpiiitiiriris e 3s fil-iric:is clc ~iicih~IiSrio. rapidnrneiilc adcpliiEr:iii-i ri~otrires elkctricrrs
cluc iiccipl;iram Iis niSquina.: dc ir:iballi;ir nindeir:~, ah:indonaticIci o sis~en-ia
ceiill-alizadri na locr~incivel. mtnaiido. portanio oi circuiiris pi-odu~i\~os tnnis
GCOIIOIII~CL~S. nirii s flcxivcis e n-iai.; rentsveis. Mcl tiorou. tainh6m. a qual idade
rlns produlriç. d:id:i a iilaicii- i-niaçla da.; 1n5quin:is. cl~ic vcia permitir ui11 i-ricIRcir
:ic;lhrin-rcrito daç sripcrl'íçies.
A grandc rcvnluqão industrial foi nas anos (i0
De i964 ti 1974. tive (i pl-ivil&io dc participar nctivanicnte na dcfiniç3o e
i inplcriicnl:i

Esqc rrriballici roi descti~olilido ccini os corpos dii-i ycnlcs tir ris teve cnnio
prii~cipfil impulsiriiiridcir o seu presidcntc. M:inuel t;cn.cii-a cle SOLIS:~, induslricll
dc scrrncrio de rn:idciras. coin lahricas cin Entrc-os-Rios c cni Lousndri.
No plnitri ri., rnr.intii~~. roi planeado ci ril:ii-giiiiciito a tndo.: os sectores
indtisiriais de rraril;lDrrna~fio da mndeici. çniii exccpç9ri das cclrilriscc. o qiie sc
coiicsctiz Cxi 10.
Nn plrrrio Icgisliirii.o. c drniro do contcxlri crilSo cxístcnic d:i Ici do
coníliçiriri:trncnto iiidusiriai, ctinsccuiu-se rt repul3i11eritnt;Ao industriril que condiciciriavii
ri iiiontageni dc iirivas jl~stal:~qõ~s r:lhl-is de serr:il;fici 30 cutnprirnento
ric clctcrn-iinadas rcgr;is a quc r1cvcri:i tihcdeccr n cclu ip:itricii tn iliínimo a
inst:ilnr, I-icn~ crirtio privilégios qtic scririrn concetiido.; iio CiiSo dc ns industsirris
se ngsuparen" para clèitci dc reJiirieti.;irina~ricnto. visiindo nlinicnrti dc capncidadc
produti\rn. com zilin-ienio dc produii~íciadc e da rendrihilidadc dos meios
disponivcis. A 1iplícu~5o dcsrc rcgulnrncnio tevc rarnf~Erti o mriior exilo. pois,
çoi~jiip;idri ctlm outras ii~edidai coriduziu u sector das scrrriqfics :i pasiciío de
mairir cxport~dor iniindi;~! clc palelcs.
No plor~o &i ~fir-i~icr(.õr> prcfis.sioirlr1. lòriiiou-sc o Cciitro dc I=oi-iu:iqfio
Projissic~n;tl tlnh Tiidfistrins de Mr~tlcira c Mol-iiIiríi-ici. ondc irir.arir irnplenientados
curso< dc TCcnicos Prepiirarioi-cs de L5niitl:is rIe Corlc: curhos dc C:irpiiiteiros;
([e Marccneircii: CLII-~;C>'~ para Ei~caíreaadni: cursos de Prevcnqrio c Segurança do
TrrihnIl-io: ç-ur.;ris dc Eninll-indores c cur5i.i dc 1,riçageri~ c Doiii.anicrito. O Cenlro
é n inuiu :iiitigo centro de liirrnilqnci pi+citission~il c ciiconri-:I-se a füncirin:ir eni
plciiri,
Nri pJíirin díi co~iri.ctrriró-n
r*cilr*r.rfi.ri de ti-nbotltn. Tiiriitii cntnboladnu
iiegoci;iyhcs C17111 todo5 OS SiiiLli~;i~~ç dos secLoreC: alil.:iil:ido.5; C ceichr:ido< os
acrirdri\.
No plí7riri (/(i ctl-/?oi-lu(.Gri. ceni I_i:isc n;i csirriid_cin da Iòrrrirtç~5o dos agniparricritris
complcniciitares de ccnprcras. l'r>rarii çoiiseguiclou cci-cii de x.iiite grtipor;
dc cxpciri~ldorcs. que dessa i'ririnii ic tornarrim cxpor't;id~ii-c>. lei4;indn o secioi- 5
posiq5~1. cotnci atr-As sc rli.;sc, de 1113ior txp~rt:~d~r rnuridial dc paletcs. wrri prcj~iizo
dri seli crirnrinrin dris pirqns.
i\;3t> dciaa Jc ser crrrioso rcferit- quc. i150 nhst:iritc rud~i islri. e111 riicndas
de 60. iiiiiclii liaiia inscrito5 nr1 Azsriciriç5o cerca dc dcz cmptesiis co111 os dilos
«criyerilios~,. iiio 6. coni scrr:iqcics tnovidaç finr roda\ Iiidrúulicau ... co~ii cixris e
rod:is dc corfin. dc rtradcira...
No /?lortri LI~J c~c~st~iri~oli*it~ie~r~o ~ccrioiri,yico, ;I par das iiicdidns cstratésicns
ref'crid;~~. o~iti-ris forvm 1nrrinr1:ih riti sentido cIc sc prornnvcr (i dcsrnvolvin~criro
dos difcrenrec secfores. cspeçialiiicrite iio qrie cc icícrin ti qririlidndc dos prridiiros.
colii especi:il incid2nci:i rio i1lohili:irio: progscssiva iticreii1eni3~5ri do cririlrolc
dc qii:ilitiadc rlris riiadcirns e da sii:i Iiurtiidade: proiiiocZo

Alguns dados snbrc H estrutura da scclrir
XICni dos ç~iipresriricii dc conc dc rín~orcs, cujs csiruturn cir~ariizntiv:i &,
crn yes~il. muitci Ilexivel. o scc-rcir da I'iIeirri da iliadeira. com esccpq5o das
cclillo.;eç. é coiis~ituído: ~ielas serraçfict, (ccrcri íic novecentas. com doze tnil trah:ilriadorci):
pelas carpi titasiaç (cerca dci n~il c dii?.enias e seis iriil irnbnllia+
dorc3): pclas ~aiici:ii.i:is (cinqiieiiia c scre em 1975 e vintc e setc crn 1987, c0111
cento c ncix'eiiia c 11ri\~c triiblil Iiiiclores); pclns parqiicreiras Icrttorze corri trezeritos
c cinqiieiita trahillhadrircs); :i=loriicrado dc píiriíçuins (oito cnipresns coni mil e
d~izcri tos t ral~alliiidrires); iigiomcrado de fibras (duas empresas com seiscentos c
vinic c sete irah.): coii~r:ipIncndos Inovc c~iipresns çcirii mil Irnbalhadnrei): a
iirdústria de rnobilidrio (criin cerca dc niil eriipresas e com viiitc e dois iniI
t t;ih:illindarc~ 1: :i iridhsiria dc urna% f~inerririas (cuiii ccrc:i de qu:irenta crnpreçar;
c ctiin ciuzentos ~rahnlliricI»rcs): c~c.
,I.; restantes indiisti-ias. ~riis como a de Ifipis. accssiirios dc escri~ório. briiiqucdo~.
acesr0ricis para a indúsiri:~ têxtil. socos e chancas dc madeira. cabos de
v;issorirah. c~co\~as. pinctjis. I~;~!~Fos. iiicild~iras e hagucies. cntiipletrim a giiii1:i de
l'ahriçus do ?icctnr. ,4 sua dimcris5o 6 pequenn. com peqiicno voluiilc de cmprego.
cinl-ior:i em ;~lgutis casos a çLrn tecnologin scjn inicressaiile. Delas a que niuis
c\friluiu no\ Ulrínios ario.; iiii ti dc brinquedos e 3 quc mais sc~rrcu driq ir~vcslidns
63 ~'~iiçorr2~~çi;~ ~1i1riinfeir~i. npesrii. d;is ndvcriL.ncins que Ihc fora111 Ccilas, foi a
indiistl-ia de iiio1d~ira.i e bugucre.;. quer p:tra elcnicntos dc conslruçfio dc
çarpiiii:irins e L~c mt~13iIiíirio. rleier p;ira quadros clc decoinqio.
O princip:tl prciduro expcirtado pcl:~ iiidús~ri;~ dc Scrrriç'5o é a ~ialete. de
c~ijos vn1orc.s ;ipi-esciiti~ a çcgiiiiilc nal:i:
S 975 - Quantidiicle ................... 14') 7 1 O n13
Valor .............................. 3 1 1 7RO coiiios 1 7 190 O00 U SD
I ." - Rciriri Unido
3." - Marrocos. República Fcderril da AIemaiilia c França, nos períodos
dc 1975 n I970. de 1080 a 1984 e dc 1985 R 1989. rcspecrivarnente.
A produciici cotal dc riglotner:idos dc paniçirIrt5. eni EY89: 832 000m3 de
p;tiriEih prtidiizido~. dos rl~iais friratn cxpnrrirdos 437 670 mi, cani n valor de
I 1 436 310 contos. scriclri n Reiiio Uriidri o priricip:il nicrçadci. A importaç5o deste
pinduio cil'rou-sc cm 8 430 nif. com e valor de 472 120 cantos (2 680 000 US13).
O consuriirl interiio aparente foi de 403 X 10 in3. estiniiindo-se cri1 0.041, m7/
JIi:ihi~an te.

Ec;tax ref'crEnçias vis:im dar unia iinç5o dc irnport5riciti do scclor das
i~idiisiri:~~ de ritadeira (sem criti-ar com a? CCIIIJOS~S). pnis ~ LLC as est;~lisficas do
ctimErcio estcrno. relativas a 1996. rclèr-ern quc s exporlaçáo efectiva ncssc
alio roi dc hcssenm tnilliclies c rrezcnros e wini:i c sete riiil contos. com tendEncia
pi1r:i subir.
A çiirnpo~içzio das exporiaçiics Tcii a $cguiiiie:
Anota-se. tarnb&im. que. a par dnquclas cxpoi-raqcíes. liou\-e tima iinpor-
~tç

O seu espiriici ernprceridedor levou-o a acuplar um gcrador de correrite
eIGctrica ao sisrenin itioiriz dc quc dispurilia e. çolii clc. passou 3 alitiicnrar :i
fsbrica c a fonieccr electricidade 11 TrciRi. qiie desde 1927 c ;i16 1447. alimeliiavn
1nd:i 3 zona. incluíiido S. Mariinhn dc Bougrido. Na sua oficina i'iibi-ictiu as
primeiros miquiriiis iinivcrssis produzidas eili Por1 iignI. No seu nrrn:izkrii do
Porto. trahalhriii utn rapaz quc sc ct~amavir Arnérico Ayiiar. rirlueIe que. znni s
tardc. hriveria de ser Padre c ftrnd;idnr dti C:isa do Gaiatci.
MANUEI- DA SILVA PINHEIRO
Ntirceu iio lugar da Tiwfa. d:i rregucsfii de S. Maninho dc Rougado. cin 1 909;
rlcsdc niuito novo, rapazinlio ainda. crnpreyoti-se i.iuilia scrr:illi:iri:i, :iprendcndo
a trabalhar c0111 ~cid:ih :is iiriíquinris da olicinri. tinira ele, eii~iii,. cerca dc qiliintc
anos. Ao 1; rri dc ci~i~u iiiius :i sei-ral hnriíi acabriu e. coi~z vinte ;it~os Tcii empre_rar-se
como Ajudante de I;ogueiin. na fihrica ctc Fraliciscci Gori~cs & C.". em Viaiia do
C:istclo.
Depois das 1n;iquinas c das fcrramenias. razia agora n siia aprendizageni
com :I Iricciinbvel. pi*ridiiiorn da lorqn niotriz e com os meios dc transniissiio,
ccirrcins. tniii tiorci. veios. coin riiultipiic:ic50 c desniultipl icnr;;To dc vclocidndes.
Ali perrnancceu dijranlc dois anos. i-cgrc.;xando dc iiovo h Troi'ii. agora çon-i
vinte e dois nniis. tirnpi-cgoii-se envio na picbelai.ia dc Mniiuel da Costa Gmlpos.
Ali pcrrnaneceu cIoic, anos dando de si as mclhoi-cs provas dc conipetCnçia e
pinhidadr. Qiirindo saiu foi trabiiI11ar por cotita tirdpriti, valcrido-ll-rc o honi noii-ic
para iihrcr crédito e ajudas pai-:i n ~iquisiq3ri de 1115ilniiias dc qiie ncccssir:iva.
As';ini nniçc ri filiricri de Mriqrrinrrs - Mrritir~I clo Sili~rr Pirilrcii-o. ç) seu exiin 6
I'ulgur:inrr: frihric:i bombas ccnrrifu~a5, m5quinas rle rectificar. rnsq~iinas dc
riirai-. dc limar. serr:is clc fii:i c»In mesa. scm mesa. «chai-iotsr, de crnpurrão c de
crcrn:ilheira com ~raiiipos.
scrrns de fiiri çoni iroiiçci de beiuci iinnndri e de aço
rn;ileiivel. iornos. plainas. parlopas. nipias. rnfiquiiias uriiversriís. uchariotli 31110-
inático. divcrsti.; tipos di: lirnadoirs. Jcl;en~ross:ideirar;. serriiç circulare

Por volt:i tic 1950. associ:i-sc çoiiio t.riiprcs:írio ;i .Joaquiiii Moreira da
Silva com qucrri f'uiida n enipresa .Inayriirii Moreirli dn Silvn 6: Abrcrr. kh.
Ilm I c15 I . kridoii :i MJL)A - n /l~íq[iit~~~~ I~idti~lriífi~ CIO AI'c, Líi'd~.
t:ni 1979. l'undou n SCMM - S(~ciellndc Cn~wfr.ntrir-n de Mcíqirir~as pai-n
Mndeii-n. Lrirz. e.;peci;ilmenic dcdiciidn :ios equipiiinentos p:ira n i ndiisii-i a de
scrrriç3ci. onde se nntzhi l izxrarn os > dc lahrico scini-iiutomdtico de
piilcre.;. rios anos 80.
Erii 1983. dc p:irccrf:i corrt o ent5o \eu colaliorader tdcnico. Eng." Jose
Munucl Feiiiandes. riiricllriu a Ff?.FZITE - I;i-c.v~~.i- dc PI-L'CESITO, S.A.. dc que iictualrncrizc.
cst6 desvinçulado.
/I lfrcclo Fcrreir:~ de Abi'eu I'oi. cIur:iritc :inoq. reipoi.i~:ívcl p.cIri invcnr;Zri c
desciivcil~irncnto de dezenas dc maquinas patcnte:idas cri1 qv;ise todos os paiscs
d:i Elirop;i, EIj.4 c Brasil. Algumai dessas invençoes irirum justnmenrc prerniad:is
com nicdultxis de oiiro e prata 110s salões dc Bniseias. Gericbrn e K~ireriibergsi.
Do SCLI tr;ibnllin de invcs~ig:i~ão riplicnd:~ resuIt3r;irn rriríquin:is e equip:imentos
que sc lurnrirrim c:inipefics dc verid:is e de piipularid:~dde ao inundn tia\ iildúsirias
dii rntideirn. das qtr~iis sc destacam: rz p1:iitiri dc quatro fiices P4E. u iupia TV3, o
lirnndcir LI I . a tnácluiiia tr1iiverr;:il GDFH. a nidcluinn rIe dcsengrnssar Db, n
ptainti dc rnoldur~ctura SP e SPUL. etc.
C)iiriridci lü~tdiiiios o Ccniro de Formaçzo Profisiioiial das Itidústrias dc
Mriclcir:~ c Mvlubilitirio. no 5mhito do ctl[,?o Gréniiri Nacinn:tl das Indústrias do
scctcir. criri1 o rtpriio do Fundo dc Dcsezl~~~lvinient(~ da Mão-de-Obra. pcir nnssn
sol icitoçllo, ri MI DA nkreccu-iros. grritu itamerilc. ~odo n cqrriprimento qiic ctiri?;-
~iriiia uma uficin~i di: :il'iaçEo c de prcpriraç5ci CIRS I5niiiins de corte dc niadeiia,
qiie er:i do seu fiil-irico.
A F;ihric:i dc Mfiqriir~ac Pinlieirti. ~~nlilélll 3 nossc) pcdidn. conipIeiou n
iiossa Ol'iciiia do Centro de I:orm:iç3ri. vendendo-rios. scm lucro. iirria in2qtiin:i
:ilcniii niiiito soiisiicadn dc rluc carcçhtiios pnrn n fiirm:ic;ári.
Estes ktctos s5a digno< dc i-cgisto porque :iteslarn um:i saudiívcl IIOÇ~~ dc
stilidiii'iedncie e uinn visáo cstratCgica de quc rcsul t:ii-;itii bet~ct-ício~ quc çondiizitniii
o icczor n um:i ~-ircislicridride nunc:! antes iitingida e que 3'i est;i~ísticils
~uardnni p;irii :t nicrn6ria desses tcmpos.
Fundiiu. ctiriio se dissc. em 1983. dc pai-ccria com Alfredri krrcii-a de Abreu.
Pr~ci.sr!». S.A., de quc Ahrcu sc desviiiculoii.
:i~ cir-lprchii FKEZITE -. I:t-esri i. r l ~
Esrii ciiilxcsa ociip:i Iit?i~ 11111 lug:ir Ilind:imenlnl iia lirei1 [Ias rcrraiiicnias de corte
clc preçisse e se 6 ceriii que ;i stiri tecirologia 6 csrr:in_iciia, facto c? que tem n sua
sede rii\ Trcif:~.
Coin ;i sii;i prcscnça ein Espzinhn e no Rr:isiI. ;issumiu n internaciona-
Iizq5ci. PocIcriE. pois. dizcr-se que ;i @esc da I'undaçZc2 da FREZITE. nnnc~tda
par;! nhjccti\.os csiraiCficas ria actualidiide. %c radicou ii:i ideia fundumcnial dc
conipIcrricrirarid;1de de serviços e ric inrivaq3n. para o desenvolvinicnta susrcn-
IiicIo ~13~: indÚstr~;ls
ti'ridiqk) que teiii rido como .iupcirte urn núiiiero limitrida dc L-Irinlci~.;. dienos de
figursrern 11:i hisihsia rl;i iririúnti I:i,
de eq~iipnmenrcis na rires da f-illeir t'loi-esr:il, n;i rinhii de uri~ri

Oiitros homens haveria que juntar ri esta lista. mas náo cabe ncsc;i brevc
rcferEnci:i TazE-10.
Eis a rninlia modesta contribuição para ajudar 3 formurar a perspectiva
liistóriçu destas indúsrrins ligadiis ao sector das madeiras. que rcsulca do meu
irnbalho de cerc;i dc tritiiri tinos. ern esirei~a IigaçGo coiii os :iconcecinientos da
meu icmpo e coni as pessoas com quem trabalhei c com quem convivi.
Os dridos esiatísticos foram recolhidos de pubiicaçdes da Direcção-Gcral
das Florestas e os elementos inforntativos sobre as empresas e as Holncns que
as fundaram foram reccilhidos nas pníprias origens ott alrrivi5s de elementos escritos
que me ibrani dispoiiibil izarlos.

A INDUSTRTALIZAÇÃO DA CORTIÇA
NO NORTE DE PORTUGAL
- o CASO DAS FABRICAS M ENXI~S
t . Consideraqnes prévias
A cortiç:~ 6 cnire os produtos silvícolas aquele
que coloca Portugal em primeiro lugar h cscala
mundial. AcluaImenre. ri nosso piiís. aEElri de scc o
maior produtor. 6 responç5vel por mais de rneradc
da ~sand'orrn:ição da cai-t iça.
Esta materia-prima. que se encontra desdc
Tris-os-Montcs ao Algnrve. foi vaIorizada inicialmente
cm função da aplicaçao c gencralizaqão da
rolha nn engarrafamento dc vinhos. cuja descoberta
rcmon ta n segunda metade do sCculo XVII ( 1 680) e c5
atribuida 30 monge beneditino Dom Piem Pdrignon,
que ri utilizou como vedaiite nas çarrafas de chainpanhe.
A indústria rolheira - a krma mais prirniiiva
da indústria corticeira - teve o seu berco n:i Çatslunha,
na província de Gerona, aparecendo provivel
que nos ano5 de 1770 u 1780 jB tivcssc algum
desenvolvimento, uirrda que pequenoi5'. De acordo
com vários autores. n indústria cortireira foi introduzida
cm Ponu~al por operários çatalães que ensinaram
aos nossos operhrios a artc de transformar a
cortiçii. Assini. as primeiras fiíhricas ter30 sido insta-
Izidus no «coração~> do Alentejo e Algame. as regicics
produtoras por excelencia.
Embora nllo Iiaja unanimidade quanto no
local hcrço,, dcsta importante aciividade. hfi Distriliuiçh do hobr.cirn
autorcs que atribuem a primazia cronol6gíca ao cni Portugal
conccllia de Montembr-o-Novo e ourros aos cIe
Estrcnioz e cvon2. O quc parcce ser evidentc é quc a ii~dúsrria preparadom c trnnsformadora
corticeir~ deseirvotveu-se em primeiro lugar nas regifies a sul do Tejo.
2. O casa das fábricas Menéres
No Nortc do País, mais especificamclize no Porto. ter30 existido na zona
ribeiriillia da Cidade. ainda duran'te o reinado de D. José ( 1750-1777),

Urri. foi icà cata dc cortiça parri exportaqrio,l. ~ til
~~iii~;moi~raiicis>~.
coniu rcfcre o
Abadc di: Baq:il'. a r;izão pcla qual Clementc Mei-iéres demandou crn 14 de
Mnio clr 1874 (i iiiterior tr:in.iinnntano.
Ernhorn ti cxpor1aç;lo de ro1li:i.s pnrrt o Rio de Jaiieiro. por p:irte dcstc
crnprcsárin. rciiiont:isse i] 1269. 3 prinir'ir;i l'ábiic:i de coriiq;~ irist;ilou-a iiii
cx-convcntci de Moncliíqwe em 1877. A neccssidadc dessa m:tlfiria-prirn;i
tonioii->e niriis prcrnentc a panir do tnomcnto em qiic ele prhprio dcstrrivciiveu e
iimplinu os negócios nt-i inci+cado csterno riicdinnte a rcatizaqão de v5ri;ls viagens:
cni I877 paric para n Rici dc Janeiros. teiido percorrido

Pinh;?ri c d;ic(ui para o Port (r ttuio rc~ll~~, A q1tc11 tt~?tl? 1trkq11i1an c.~~nxiuI vcti
drit- r1 ,/bt-mo ciiíii~/i-~ç~l. É r-t,ii.o giic r.ei.tcr,c i.otJ~ris. crinio us do
jrri-iilcic-irr, lmt- ~*~i-ri-ernyilo. sfio t~iiiirn di/i.irr~t~s [Ilrs ta1hu.s de ,por-rofns
rir, i.iriliu o11 c/c rliarnpn~zhc. T~ir7ihiiir rroroittos qfrc os cjrtc~drudos
i.ni-inni C ~ P ,SI"OS.SIOYI n~lrc'.\ de possui- pc1u.r 20 it~cíqitiricis. clioi~~«clos
rnríquinas dc brinar, çiarki rriirrr dcis qrrak,/iibr-fcn (r 1100 scd1ici.s por
ciic~, o14 scIjri, I 1117 forul de J 20 O00 1-01hn.r. A c~pei-n(Bo ciu rcpassngem,
oir rei*i,sti~i i.ollacts. çot*r-igr ris l~~rjite)tos &/r iro.7 r/iic/ /roiJ~ria
llcz ~'LJI. LIO wii. CILI,~ IIIC~C/IIU IC 1.1. E~rn opei-n@o, Iirisr~irtr~ irirris ciL.lic.nd~t

truns comercianies da cidade do Purro,>. Funcírinou alé 1905 e era gerida por uni
espanhol. Artur C:istcloa, iinluriil de Scvill-ia. AincIa iiessc ano. h;i notícias quc
d30 coma quc outro.; ccirncrcinntes pretcndiain insrrrl:lr i-ibricas de coi+iiça cm
MirundeIn e ciii Maceda dc C:ivtileiros~1.
Erri face desta ctincorr?ncia. um dos meios dc controlar o rncrcado pro-
duicir n nível da região wr:i priss:ido pela insl;ilaç5o da IZbrico em Miraitdclii.
pois Clemente McnLres titilia ncccssidadc de assegurar o contrrile de uIna pai-te
sulistannçizil da corilçri produzida cm v6rios cniiceIEios da scgizo pclo facto d;i
çoriiqa extraida níiz sobt.eirriiç da Socicdridr: Cletiicnte Mcriércs Limitada n5o ser
dc todo sultcicntc prini as reais iiccessidades da f5tàça. Por isso. todos os anos, a
partir dc Izevereirri. o feitor L) demais ciic:irregndos da

ein prinicirri Iuglii. (falta de pcssoal cspeciaIiztidn I: ris baixos níveis dc qualidiide
no hbrico rolheirol kirnni os quc mais coiitribuirain para a cxiiiição da SAlirica.
Eiii 1907. Clemcnte Menéres tinha l'cchfi-la caso n9a fosscni solucio-
iiudcis os problcm;~.; rcIcicioiiados com ;I qu:iIidudc d:is i.olli;i.; produzidas.
Apesar dc ler. sido cxtinta em 19 13. qualra anos nntel; jii est:tiJa pnrcialmenic
dcsiicti\.nda. pois erií 1909 :I niiiirir paric dos inarlliinisrnti~. qcriuril total de
27 vtilurnc>». crrim dcxp:icliados para o Porto. A p:ii+lii- dcsse ano. 3 r:ihric;i de
Moncli ique roi sucessivamente ;ipc~rcchada çoiil t~ov:i rnacluinaríii: cri1 5 dc
Fcvci-circi de 1909 3 í'irmu Wrirkcr Surnncir LQ C." apresentava it Sociedade
Clerncnrc McnCrcq Litili~rid:~ umri prcipost:i p:ira aquisiçzo de dciis moirires a gUs
lxhlre. cada tini com I5 e I9 cavnlos dc potfncin: cni I9I3 dava-sc urn grlindc
snIro eni termo< dc cquiprimciito mediante v criniprri de novos motorc:, el~ciricos
c de iiov;iç iriáquinris I)~T:I iriturnr cortiqii. CU,~;I çnpncid:idc innd;tva cis 400 a 500 kg
por Iiorn,
A ind~rsrrinlizriç~~o d:i car~iqu cni Icrras d:i regifici da l'crra Quc~irc. par
p~1t.i~ de Clcmentc MenCi-cs. chc_rat.a no seii rCrniinci ciii 19 13. No 3110 seguinte.
solicit:1v:1 novrinicnlr: liceiiça pnr:i a (rc)iii?italriç5o da ac~iviclndr rofliccira (scçtor
prcpai-ador e tr:insiàrrn:idor) rio incsrilo Inça1 oiidc iinfi;i in.;rrilado n prirneirri
unidade !':ibi-il.
Esic rrnpre.;ririo nortcnlici tc1.c no 5cu terripu um;] :iccflo rriuliil'riccida iio
canipo enipres:iri:~l c t;ilvez itnpar na t~cdidii cm que ct.iilscyuiu na niesina
cmp~cs~i o sccror agrCc01a. indttsirI:il c crinicrcial . Ao longo dc 42 ;i~ios ( I 87.1- 1 9 1 6).
a èxploraç50 agriirol:i dc JcrusalCiii do Ronicti foi ri lii!cro dc loda n dinsmicn
piwrl~itiv;i riáci sri de çor~i~n ma5 nan-ihfn~ dc virilio c nzcitc., o? prod~itri.; quc permi~iraiii
(c contiiru:ini ;i permitir) a vial.iiIidade ecoi16rnic~i da cinprcsa. caberido
i cortiç;~ ci p:tpcl prcpondct.arite corn 6 11;. dos Iiiçntis rio período çen~precndido
ctifrc 1903 a 19 1617.
h iineruso no.; neg6cirn da çorticn e o indusrri:iliz~i~ilt1 da mesma E-I:i em
luiiçãn do ii~ci-ctido externo. fiindamcntaltncnrc do eui-npcii e do hr;isilcirti. 0s
quadros seguirites possihiliiani uma vis50 dos rnui~os paiscs para onde foi
cxportad:~ ;i citirtiqu rliic I'5hricas McnCrcs.
Dri conjutito dos países rd'crenci:idos. n Inglntci-r:~ e a Alciiinnlia !'or:irn os
principriis consuniiclrires de cortiça em bruto e em prrinçlia e, dentsc ris diversas
cidadcs. Brenicn i'oi o mercado mais regular. kicto que tem atfa n ver com as
relz?cóes crsnicrci;iis c de amizade que Clerncnic Merieirs iinlin desde h5 vríricis

anns com aly~tns eri-lp~.esárioç Iigcidos rio sectcir corticciro iiehsa cidadc. Durante
n I ." Gtierrs Muiidial. principalmente nos prinrciros meses em quc o comt5rçio
sofreu rt Iria hrir coiiiriicçio, iis cirlades dc Copenhaga. Goremhur,nri. Christi:ini:i,
Rrciiien e Hanil~iirgo consr i tuii-ani os principais mercados para a çolocac3o cla
coniqa. seiido ièilris :is exl-iorizic;ric~ parzi iis çidadcs :ilcmas via pafses iieiitrais.
Qtl;\nRU li - I'A~SES E CIIlhlEES 1>A I:CROII4 PARA ONDE LLI3fESI'K !~.IEIV&RES
lixl*oR'rntl COIZTICA
No Ainhirci do contilicntc sul ai~iericiino. n Hrnsil. con.iri 6 Ubvio. 1'0i ri
princip:il clientc da prodiiqao rolt~cira das r;ihric:iç McriErcs. O quadro III 6
e1ucid:itivo qu:inro rios 1ncrc:idos para nnde era111 cxportiidah as rolhas c ao
número de casas cnrnci*ciiiis quc ;is comercinlix;ivam.

Mas a cortiça de Jerusalém rici Roilieu correu ciutrns mundos altfiii do
euroyicu c brasileiro. 131 conio se pode çonsiaras pelo quadro IV.
QUADRO I I1 - CIDADES J ESTADOS DO BRASTI, PARA OKDB FORAM EXPORTADAS
ROLHAS E N~MERC) IIB CASAS ÇO~~RCIAIS QUE AS IEN~IARI
t'h FS
E. t7. A
CANAD~<
As trzirisnçócs coiiierciais coni o Japao. que tia altura se revel:ivn iiin
«cxcclerite mcrcada para R cortiçun. só n3o crescerrili1 iu;iis c n5o lèratn mais
duradotirar pclo facto da «navegaçSo». ser ;lu tenrpo, l-iasrante

comerciais. foi tnmbEm o principal im~ulsionador da subcriculmsa. Assim,
,rriiqiisii(ls emprccndímentos levados a cabo neste secior pelo empres8rio e ao
Ioneo dc 42 rinos (1 874- 19 16). foi possíve1 prescrviir vastas areas de sobreiros e
proceder a rio\'as plantaçfics.
O ex-convciit~i dc Moncliiquc. no Pono. Jemsnl&m do Romeu e Mirandela
foriiiri os principais locais onde eslc ernpresfirio instalou l'ribriças de cortiqa,
tendo contribuído para ri indusiriulizriq30 c dinamização de um dos sectores de
rictividadc que foi m:ircado por prorundas crises cm finais dn século XIX e
inícios do XX.
.4pesar dos conir:rteiiipos que afectaram a indústria coriiceirri. sobrcrudo a
nível da exportaç50. c) empresbrro tcvc o engenho dc procurar mercados cm
uríri;is p:irteh do mundo. emtiora ci Brasil. n Inglnrerra e 3 Alemanha tenham sido
os niaierci consumidorcs dos produtos cortiçeiros das Líbricas dc coniça Metibres.
For fiiii. saliente-se quc dii ponto de vista cmpresariril. o caso dcste empre-
ç5riri lcvc algo de singular na medida cm que reuiiiu na rnesrnrr empresa - Socie-
dade Clemenic h4cntii.e~ Limitada - os scctores vitais da indiistri3 corticeira: o
protIiitrir. prcparadnr. ir;insi'ormador c comercial.
FONTES E BTBLJOGRAFIA
AL,Y 13, Fr:iitcibcti Manuel (hh:idc dç Daça1) - Mciirdriii.s Ai.qtirolÚ,~i~~~~-Hi.st~rfc+c~.c
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ASSOC:IAC>~O 130s INDUSTRIAIS E EXI'OI

SAM PA 10. Jai iiic Sal umr - 0 Cniirr;irio LI'IC~I~E tlci Cniliru r. ris Acrii~rrkirl~.i rr iIft~iirrrirrc~. Lisboa.
Instituto dos t'roduto.; Florestnrs. I,i.;hoa. 1985
SOARES. JosZ Antdnio d'Oliveit,i, (,r o1 - Pi.ridicqcio r /ir~lrisrr~cr CIJI tirr,ii4ti I,i.rho~: Typo_craplii:i
Dc

A PRODUÇÃO DE PASSAMANARIA
DE PALL-EETA EM PENAFXEL
O paqueno trriballiri~ quc :iprescnta 3 este CoEóq~iio procura cquaçieii~nr
algunius vir15 n:i rel:iqâo das indUstRas exisrerites em incío rural, no distritci do
Porto, cnm :i actividadc de cmprcws sediadas na cidade. Escolhi c

cliiini~il (as refinnrias dc ouro c prata tinham chamings. pclo que cra çíiro mudá-las);
nccessitnvam de I'nzcr ouiro grande cornpnrtiiiicn!~ parri rc~iriir os vinw c quatro
tcarcs dc tecer yaláo rliie se achnv;im disperse.;'.
S8 quc neste riwsino :ma, por r ~3I decrero de 20 dc Mal-CO. O sccLur soirc
as priiiicirris restriçiics, prnibii~do-se n 1rihrirriç;io eiii _cal30 i Iriti atis estabclcci-
tiicnros sem faculdade regia. Esta mcclida l'icou ;i dever-se Ei presszo da Real
If;ibt.iça das Sedaç dc l,isboa, que se vinha n queixar junto da nionrtrcii dos
prejuízos quc si< unidade cspal hadns pclo país causzrmm ao escoamento dos seus
produtos c dn peii6ri:i doi; oficiais. argumentaridn tambkrn qiie as ralsificnq6cs
scrinm rniiiras. tcndo os coinpradoreç dificuldade ein tlistinguir o salfio firici das
imitações com merlos tiicliil iiobrc incorporado. Uma queixa (cita cni 1801. por
Isidorri 1,iliz de Moracs e Ca.;irn e Coiiipa. da fabrica dos C;irancas do Parro.
rcfnrqri esta pcisiq3n da Rcal 175bsica. reconhcçeníio que, por causa dos dolos a
evikir. nurica se dera ç:iria de olicio aos opcririos do esrreilo. até porque n5o cra
pnssivel que csiex subsistihsern por suti çrinrn da ~i~rio-dc-obra dcsics tecidos que.
quando dc qurilidlicle. exigiam avul~ados e cfcctivos diiiliei rus e muitos crnprilcs:
*Jri licri-rr q~ic iiriofi:es.~c.iir roiri ref1.o: n iirrliirrre. qtic &I,P ser
*fciro r-oni ri*nriio, o11 ~~í~llo: j~í ppai-cr qrre eiir Jirgeir cln XL'CIII coitipLilerTre
tifio iiifi.,j~lci:i.~.\e~ir IICIS IL'ÍCI.Y (I ~IIL* LI S ~ Inrhitrio I
IIIC'S pCrreccv.se,
rritrre~rdo eni seci~i ri yItr cir*i4c er?!rcit- crli 111~1i.v pl-nrn. C oui-o, j6 pai-cr
yire c71i7 I ~ I ~ u Icle - pdwras e dos fios tlo ~riirn iran se st.11-i.sseii1 dn.v
rk(>-frirn, c:l!jcr /?~.nríi, c oirr-r> ~ I CIL~II~~~I-~IC/~.T.T~IIICI;
P
j~i ~OI-~IIL, í:m ~PCIYC~S
(~iwlms Imi- coirfri (/P dii c~ii.oii~eiii~, ~-~lu,v(~ridri cr ohser-i.rr17cin do
rtic~~rcioriri~lo rlr~r-caro r.oit1 (r cnri r~lrticr~+~7o (li. pinctc.~ro.s ríin siti ivtfl'ci.i P
rlolo:o.s. rr)iirn o ji,t-Go P .c[) ~,rr/fi

Pcdi;i quc lonia.;scm providCiicias. nunca pcirsando. çcrtarnentc, que seriii
iinia i135 principkii~ vllirnai.
NZo satisikita co11-i aqiiclc priiiieiro corle. n Rcal FLílii-ica consegue quc.
ern E 804. cstas prnvidEnciai s.jriin radicais. OT~CII~~II~O-SC n c:i\saç:?o dc tcidas ris
liccnqris piirn frihricai- gnl5o dc uiirci c prata çoncrdictas ii pariicullires. Ou como
diz o cdi~;ii dc 14 dc 14ezciiil-iro se $i:cs.~~ srrh~r aos Licliiacs jhhrircirircs de
gn!iies dv pt-nrn r oiti'o q~re o ~Mesnirj St>rilioi- hfrilicf 1301' c-~-tirirlcr~ r33 G~OÇCES
co~rrrdicttis (r pri r~icirlnr-. Aqiii ccimeçou
cio priliEirvt~-ii-c7u I/P.FIP /XII.II o ~ OIISIIIIIB q~ rii,ei*~'111
a odisseiii dri l'rihriça dos C:irruncris. que hatall-inrfi até 1 R32 pari1 que. já sob
clCi1r-i da poIíticii Iiberal da liviii coiicorr6ncia. Ilic scja dc novo permitida a
IaboraçLío eni fio dc ouro e prniii.
No P o ~ n:is . tí!tii~iris dlrcacias de setecentos. Iiavcri:~, seglindo a listasem
riiviad:i pelo rrilao r..rirtrgcdo~. Iirnnciicn de Alniadn Mendonça c incluíds 1iu111
proccssci de 1394-08. dez~isscic fdiricas de gal5o. acrcsceniiindo-se que
consta\'a esisrircni outras na rcgiáo Norte. nari au~tiriz:idas. recaindo sobre todas
elas a ira drih ;idiniiiistrndorcs rl;i Rcril Fribrica das Sedas. ndcprt>s de um cerrado
iiiciriopõliri csrnt;il:
-* Pc. in iakip7n ti." I c.rrrcrJridl/ do Mupprr Geirtl dcrs Fnbricn,~
rlrt C-irld~ cfo Po r-to. qrr~ rmieieir n Deileirihci r;endoi- Corrc~gedor
Fr-citrciscc c/

.\irsferircli- tia rccrl pruzeirçcz ele sitri ~ncig~.~.ríidc o iirrciro c.uin/irime~iro
P C.WC~I~LTCI do I ~ICSII~(> rwtl íkci-eirn qrie pl-etcr?deru dc.rrririi- a rodo
a ciisrn ris i~irrtr:o.v~f~hricc~n~e~~~ poi'ticrillat-e.~ e irirrifo anc'io:ni?rc~ire os
h cidcrcie do Porir), prnnio~.crzcin pnrci esse tfr~~lro o r-cyriei-itlreiito
r l ~ Viceirte McirioeI Feri-eir-lz yiir dcpoi.\+ de sri- prfriieiro P segtirrdu
ire: esci~zodo csrri ~icridcrire (ia wal r-c,solriçíici qiic siiri niag~sracle
d~1.c rorltai- 17~1 POII.FLI~ICI ~ C Ixwliio C pclo 7'1iLirii1al ri(1 Rrnl Jrir~~a do
Cnini~iririo, sohre tffn rerc.rirc~ r E-vtr-c~oi-clin[irin t-cct~r.~so. o qiial
nrliairdn-sr. d~stiruido c.Er rodas as cir-ci.rrisroiicin.v Torci rizerc*ccr
real roirrc~iirplup7n ficorrí rr todos sei-i~inrh rlc cxei?~liln, pnt-c1 as
srrcis fir frrriis prr!enço~rrs~~.
Como a dos Cari-ancris, cuju 1onguissirn;i iirgunierrtaq5o conlicccmc~sfi.
~tirnbéiii OUI~:IE desta< fáhricns ir30 aprcscntar ~uperinrnieiltç succi

- - -
.I PHrln UÇ~~O nE IaA.TSAMA iV)$Kl.4 13E !'A (.H(:-rA EM PE,4'>1 FIEI,
h docrtrncritaç5o ate agora rel'crida. que relaciona a indústria do gnI3a da
cidadc do Porto com uma iictiulesa de pequenas uiiidades m:iis ou menos
clnndcstinris que se dispcrszivatn pelo scii tcrrno c 5re:is cciniíguas do Entre
Douro e Minliri. pcmiite a Iiiphtcse dc Penafiel tamhém cntrar nessa complcxa
rcia, tosri clcsde seteccnios, 3tC pela via de Litiric;intes daqtri nriturriix. A cstc
inoniciiro de at.rariquc, scgiiem-sc rilsunias d6cad;is sem inliirii~açZo. hiato no
qiiril ri ofícici de pnss:im:inciro ri30 surge como proi'iss50 nos reccnseurnentos
pai-n l'iii.; rni l itarcs. elciiririiis oii de cnhríint;:~ dc iinposios real i~.:idos no concellio,
Portni. esta sirunqáci n5li nos d:í qunlqucr garantiti. uiiiii vez que :i actividade
scmprc l'oi dew.inpcnliada sohi-eliido pc>r rnrilliercs. graridemeiitc iiusentcs destas
1lsi~lgcll~.
Teremos dc esperar quase ui~i século para voltar a rel:icizin;~r a indcstria
dc passamanariri de p~ilheta com ri 5rcn de Penafrcl. ligora de forma muirci
dii'cctu". No Inqucrirci Tndustrial de 188 1 afirma-se que a 1'). Concom ittintc rnentc o ninpa ch..r pryit

--
TERESA J'OBIRO
enquniito que para a segunda o marcria-prirtia era fornecida por negociantes do
Porio. Eni arnhiis se eliiprcgavam npcnas tnu[licrcs, que ~rahalhnvam no seu
domicílio depois de cumpi.ircni os afnzercs dzi lavoura.
Esic quadro foi o que sc mantevc ntC Iiá pouco menos de vinte anos,
continuando ;i Inharação a icr lugar cnt caça de cada um. representando os pro-
vcntos auferides um consplemcnto para os rendimentos ohtidos na agricultura.
A nctividiidc era consider;ida cotiio compcnsadora.
A indtfstriti de passaliianaria penafidclense eisieiidc-!a-enios ialvez tnellior
se n oll-iarmcis no qulidrti das indústrias rurais favorccidas pela pioro-
-i ridusirtal izaçr'ici. Totalmcntc dcpenden~c crn relaçao h capital. do Norte, como
concordun temente rcafimsm as fon tcs ci tadris, coroca-lios pernntc uma situaçlo
dc pirrlng-riiir .yysreiir, crn que os produiores. triihalhando tio seu domiçíIio.
esta0 h merct? do comerciatite urbano. tnnrci para o Sorriccimento da matPrin-
-prima come pnrn o esco;irnento da produçzo. Ou sc-ia. desviava-se tnlvez para a
passntnrinririn uiii;i parte do trabalho disponível. sempre rcminina, habitualmente
dirigido para n preparaç5ci c tecelagem do Linho, qzie de h6 muito existia neste
riicin rurni. Mas a situaç5o cra de facto nav:i, porquanio na indirsrria rural
lirilieira se c!nprcFn\r;i sobretudo materia-prima local ou rcgionsrl. enihorri com
rccui-so ao Iiriho do ~ricrr-, ri icciiolo~ia cstriva perfeiramente dominada. os meios
tbctiicr~s pertcriçiam aos rurais c eram estcs qzie sc nprcscntnvam nos grandes
mercados Inc:iis. conio a rcirn de S. Mnninho, ri vendcr o exccsso da prodrrç5o.
dcpois de tetiradii a. pnrtc destinada hr ncccssidades dornksticas. ao pagamento
das rcridas e mesnio a realizada por conta de algum vizinlio em situaçso dc troca
directa. 0 s prridutores niaiitinham considcráve1 indcpendéncia em relaçrio rio
capiiril inercnntil. a quem eventuaImente adquiria111 a percentagem dc linho
vindu do exrcrior. e o qual poderia rarnh6rn. directnmcnte ou por rneio de esca-
Iõcs in~emiedizíricis. c0111p1'3r a pnc do ieçida que ~io rticscado locril scihejaçsc.
Jli ;L p;issanianriria recorria a inatt-rins-primas estranhas aa meio. a urna
iecriologin i nvulgar e desti riavs-se integraImenle ao ii~crcado. que u Irrapassaria
ein rniiirri o 5mhilo local. Estas crarn :ts coirdiqões prira urna inteira subordinn-
~ati dos produtorcs. que podc tcr-se es~endido de iiiicio tnnibkm aos meios de
produq:io e 3 aprcndiragem. j5 quc ris mfiquinas, o tear e cspecialrnente o torno.
indispcnxivcl para a 1ircp;iraç30 do fio. hem como o seu rnancjo s5o estranlios h
icçnologia irndiçionnl da rcgiin.
As unidndcs dc produção de pnssanianarin rcferenciadas em Penafie! no
sbçulo XIX r: lami-iéi~i no XX n3o chcgaram sequer à ciirnensão da oficina supra-
I-ainili:ir. mas nicsmo assim mantinhani uma or_~anizaç%o Iiierarquizada em dois
patsrnares. sendo o superior ocupado por aqueles quc contactrivain directametite
com os coriicrcianres do Porro c delcs reçcbiíim a fio de algodno e 3 palhera, que
iio seu torno doniEs~ico rorcerian~ par:i poder realizar 3 obrn:i. Mas abaixo dcsler.
cm n-inior núrncrr~ e inuiin mais dispcrs:is, existiarti ainda as rcndilheiras, cuja
Úiiiçn I'crrarnen~ii cra n alit~olhda COM OS i-espectivos bilrr)s. Recebiam de quem
tinha turrio 3 pallietri e o fio recoberrn. para depois executarem em casa as
rcndas que cntrcyuriain novamente a qucm Ilies dera ii materia-prima. para que

estc intcrmediAririo toca1 concentra.;se estas dirninut;is produqões. as :ictthasse e
rcunisse em peças w bobines. a fiiii de sereni renietidas para o comcrçiante da
cidade.
Nenhuma destas unidades comportava o ofício de iii-dor. rm5a pela qual
o fio metiilico tinlia de chegar a Pcnafiel j5 preparado, scildo de praia dourada
caso se pretendesse obrafina, nu cobre dourado se o objectivo Esse o nt~io~fino.
F3ispunliam na rireri dc trabaltio. para alimentar o iear. dc pelo mcnos uma
urdidcirn. urna dobadoira ou prirAbo1a para dobar o :ilgrid3o e urna c:ineleirn ou
roda para encher as canelas, semelhantes 5s utiiizadas na regi,?o para o linho.
Mdquinri complexa e prõprin dest:~ indúsrria L: o torno, no qu:iI sc torcia a
pnlhcw rnctdlica sobre o Fio de algodão. Os poucos excniplarcs que chcgaraiii
ate nbs. todos muito senielliaittes, ninguém tem meiniiriu dc quem os conszruiu
ou de como sc deriarninam ris múlríplas peças que os compõem. Foram herdados
c os urilizadores lirnitani-sc a sepe~ir os Fcstos que aprenderam. Mas. hasta
comprir5-[os corn as estampas dii Eiic-.cinpc:d~r cir.~ LII'~S er cles t~tétie~*.~ de
Didei-ot e d' Alcm beti. relativlis ao oficio de.fileitr. d 'or, pura os recon trcccrmos e
verificarmos como nada se alteraram. pelo mcnos dcsde inícios dc setecentos,
cstas in5quinas cuja meci*inicn. se considerava c( .~i iiigPr~ic~~se. qri 'nzbcc tine .TPII/P
~~rarrir~eilc c~ltri nit celle qcti toclinc, In i~~cicl~i~ie fbjirir rirntri.tiir. pllis í!e C P I pi~ce.v
~ ~
s&pt:17ar&s» 1 -:.
J:í o tear. tarnb6m cornprtráveI com os ilustrados no of'jcio de pcrssrnicnreric
mas simplificado. apesar dati suas especif7cidadcs quanto a tecnologia
e aos gcsros requeridos no trabaIhe. está mais prrixirno dos iutilizados nas
tccelagcns tradicionais dc Iinho e 15. Nele se trabalh~ivn partindo umris vezes da
rirdidurii de nlgod5ri c da zraiila de palhcta, como por exemplo para realizar o
gala0 ou a ircna. ou empregando a palhcta nri urdidura e o I7o recobeno na trama
caso se quisesse l'abricnr espiguilha ou grade. Depciis da petja tecida. devia ser
prensada nri roda de passnr ri ferro. banco com dois cilindros dc rnadcira
colocados n:i horizoliial, dentro de um pcirtico, aos quail; por meio de um
parafiiso sc dava o aperto desejado, como tambkm sc vE na estampa 11 do
referido ofício na Etic+vclopPdi~, para que o galáo Ficasse bem eçprilmado e
pudesse assim ganhar ;i suíi rcrtnn definitiva antes dc ser bobinado c seguir a
carninho do camkrcio.
A eqtcs meios técnicos nos reportavanios antes ao c1iam;ir a atettção para
a sua originalidade no amhienre rural. Ou. talve7 dcvnnies acentuar ir1 prissihilidade
deles Lerem sido para aqui lrsnsferidos a partir da cidade. nr~rneadamenre
do Porto. Essa tntnsfcrcncia de teçnolo_~ia poderia ter ocorrido tiuin tnomenio
prístino d:~ indústria, no final dn iCcu10 XVIII, quarido csta maquinaria se
encontrava licturilizadri. iendci os industriais ein visl;i aproveitar n rniio dc obra
rural. niais barata e esquiva ao controle das auioridrides que apcriavnm a
vigilõncia c faziam cumprir as proibições. O cxcmplo de Jose dri Rocha. natural
de Marecos. quc por cnt5o faz exame da arrc e rnonta a sua oficina no Porto,
mas lem Icares fora a trabalhar para ele. pode indiciir-niis u1-113 opçiln dc
aprendizagem. Como ele, muitos outros partiram para cxercer profi~sfics na
cidade. miganclo por rernporadas mais longas ou apclias eni curtos iiicivimcntos
pendulnres quc o!, trazinrn a casa todas as serniinns. Náo nos parece credível.
porErn. que um artes51 especiaIizado de retorno se estahelcçes~c com esre ~ i'c~i~i
por conta própria. quanto mais não seja pelo Invesiiniciiio necesskio e dificuldade
rlc accsxo h matériri-prima.

TERESA SOEIRO
-- -
Jrí a viri apontada pelo Inqurfrira dc 688 1 parece mais admissivel, erri
quiilquer inomciiro que icnha ocorrido, desde que pnstcrior :i fixaçiio da
ind6stria na cidade. c coincidindo talvcz com as dificuldades e :i rctracçãci quc
nela stilreu. A :irc:i cm quc sc nienciona a passanianaria. P3qo de Sousa c
Galegos. tcm boa3 crimunicriçGes por estrada coiii Q Parto. do qual dista uiria
trinlcnn de quil6inetros, cxistirido em todo çoiicellio urna intensa relriçán com
aquela cidade a cujo terino pertenceu até meado% dc setcccnios. -4s classcs
possidentes dispiinhaiii aqui de casai nobrcs c quiiitas, os ncgxiantzs frequenravani
ti ièirn de S. Mar~inlio e estabeleciam c111 Penrif*icf dclegaç6cs das suas
casas comcrci:iis, etc. Ncsie conicxto. o capi~a! coiiiercial do Pono conheceria a
disponibilidade dc m30 de obra no nieio rural e i1 sua trndicional dcdica~iio cornplcrnciitiir
às indústi-iais. pariicularmenie ao fiibricu de tecidos de linlio. Mas
esi;i porta iibcrli tio extci-inr. para scr explorada por uma indlistriri de caracierísticxs
diferentes. exigi ri:^ tanahkm u~im atiriide diversa. como pode ter sitle a de
Fazer deslocar para esta 5ren uma tccnolo~ia urbana, xshcgurando os pronrosorcs
wiiibGtii a fornccinicnto dii marerin priinn e o escoamento dn produçao. coino
rintc? ;irgiiriientamos, o que colocaria a miio dc olira riurna total dependência.
Depcndentc c ilorescente continuou a indústria dc prissamiinaria a funcionar.
sem nicidiFic:ir 21 dimcns2o. atk 1iie:idos deste século. :irr;istando-se depois com
ceri:t penúria. Numa das cas;is comcrçiriis qite ria cidade do Porto rccehia esta
produç50. ÇarvaIlici Xr lrtnrlo da rua dos Caldeireirris. riínda nris explicaram
comn l'unciori;iva o circuilri c abrirani os velhos livroç de rnostruririo. nos íluais
rccolhernti< as dcsigníiçbes utilizadas nas Icgcndns identíiiçaiii.as dos lipns de
ohr:t rea!izad:~.
Reílecrinda sobre ris últimos décadas. coi~iirrnarnm qiie crn de hcrri do
çcinceltio dc Pcirnfiel quc vintin (i arti_oo par:$ vcnd,?. nritcs de estarem em plcnci
i'unciiinarnento os poucos mas siitlcienics estahclccimentris fzhris rneclinixados,
c rncsttici. cm re!aqici ti nlguiiias cspccialidndcs de qualidade. depois destcs se
cnccinInrerii ein Iahoraçãíi. A prndiiçiio 1-abril c as rntidrinçri.; nn moda do ~~esrutírio
c da dccíir:rç5o tlnham jd rclcgado a pawiimrinaria dc pnIhcra para unr lugar
wçtlnd5rici. cm artigos decorritivo.; religiosos mas. iin per~pectivii dexte coiiiercirinte,
Z'ni sobretitdo ;I traiisformaçZo do inobili5riii rçinebre. :i que se referia o
tnqiierito de I881. yuc ;i tornou yiiase inútil. [i que. untcs da divul~ziqZo das
urnri.; cni triadcirri, oriiriiiiciitada. caliia :)o :irmadoi.. juslil'icando pIcnrimenre a
deiiamiiiaçao. rimiar n fkretrti, a partir de urna tosca caix:i de iiiadcira. corn a
liirma requerid3 inas mal siwibada. que revestia íIc tecido c ornaiiientava coni
decoriiqries em passamanaria. Foram caixões deste ~ipo, POUCO p~steriorcs :ins
1nc:idos do s&ctiIo XIX. ji que em 1570 sc sihriii ri ccmItCrEri piil-ilico. quc
encontran-ios sob ri piso da T~rqja d:i Misericárdia cle Penaficl e quc agora
i l uslranicis. Erriin i'ni+rnados por caixas de madeira rcçlangu1:ires. çrim tanipu
facctadn. iritegralmenre rcvcstidos pelo exterior de veludn. possivelmenie
castarrlici. c recainados, dc dcçoritçõcs geornfitric:is c de motivos religiosos
rerilizadiis com passain~inoriii irzeici fiirn. a qual vcrnos coin cor verdc dcvido li
oxidação ou nicsmn rnineralizriçào da pallicta de ctihre. Cada ciiix30. e eram
todos niui~o semelliantes, ernpreyava alguin:is dezenas Jc mcrros dc diferentes
mridulidridcs de gri150. espigu ilha, trenris. grades, gregas. requ ifcs ... designaqóes
Iio,je l'oru do nosso cnrnuiii vocahul Ario.
r20 rcrminar. ternos dc voltar ii colocar a iriterrogriçio. ainda seni rcsposrii,
sobrc o porque do cnraizamcnto diirridoui-o desra indlistriki de passamanarili cm
lyenniiel e ncstns frcgucsias c nIri em oiitros Ir~cais da iírca envolvenic do Posto.

FEg. I - Ficgziiqin, mdc ?;c cnconti.1 hcdi:iclf% ri niicio dc pass;iinariliii:i dc paltict:~ c irra dc dispen3o
tl:iu I-ciiifiTlicirns quc ~i-rihril/rriia firii, cmiiiiiri

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Fig. 5 - /\cq.ii, tlc ps.;;ir. sc:!liiii[ci 3 EncyçTnpcdic c banco cnni ;i i.ntl:i dc prisiar ri a dc rcbohiii:ti

Fig. 7.1 - Cialão
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TERESA SUEtRíI
f:lçuld;irlc dc irahn1li;ii eiii Sino. çoliieni~ndn-se L\ pcrsisiEncia clcstcs I':iliiic:iriics: M:inucl Moi-cir:i
de I.irii:i pctlc. cni I 8 1 1. pnr:i c~iah~leccr C5hric:i. na distrito a i'5hric3 de M;inucl M:irtins da Fonscc;i. na rii;i
do l3oniirii. c ciii 1X45-46 {AHMOI' - MR 711-211 17/15) :is dc Mnnzicl Moreici. fiir~dndn eiii
I Xlcl riii rua Rcll;~ ;i Princcs:i 36 1. ciii Sariici Ildefiinsu. c si hcni ctinhecid:~ do Darfio dc
Nevtipildc. j:i cniiz cinqueiila c xis ano.

A MECANIZAÇÃO DA INDÚSTRIA
E A CONSTRUÇÃO MECÂNICA PORTUGUESA
O< coiiceitox dc niotor c insquina cstaa noriiinlmenic associadas. Convim
nti entanto, teniar prccisar melhor a scu significado, soh pena dc reproduzir
algumas d:i~ dificuldades que (7 seu uso indevido por vezes trouxe. Corneçarcriios
pclo último. qtie cra o único n ter iim liso cspecifíco. e ai6 cicntifico. antes da
sua difus3n no campo industrial.
Na mecanica - o ramo da Física que se definia por estudar as forças e os
iiioviincnios - ;is maquin:is eram o5 dispositivos iisadtis parli transformar e
iiiilizar forcas. Eizfn-sc cni seguida a sria divisão em maqiiinas simples, tais
como 3 313vanc;i. o plano inclinado. etc.. e cornposriis, ~c nti hçio de só a partir de 1388 as csiatísticas alfiindcgarias ponupuesaç
tcrem discriminado (i conjunto do.; motores das rcstanics rnquinris industriais.
Eht:i comu ri içaçlci ser5 stilsrerudn oricniada em fu1iç5o dos transfonnadorcs
dc cncr~ia - os motores -e :ipcnas acessoriamente dos ors5ns riperaiórios ri qtte
csta enerci:~ se nplicav;~ -as miiquinns. Isto porguc liii o captaçno cada vez mais
clicaz d;i energia inanitnada ícíta pclns novos rnotores. que permitiu a multi-
pIIcaç30 da riquczn C da produtividndc das socicd;ides çtipitlilistas nos últimos
dois s6culos. Por outr:is pnlnvras. o que sc ctistuiiia englobar pelo nome dc
iiidustrializaç5o foi essencialiiiente uma qucstSo de crcscirncnm da energia
disponivcl para cleitnr; sncialrnentc iiteis.
A 18zic:i da rnecii~icn indusrriril Triz coni que se,j:im os iiiotorcs ;i deter-
iriinar ri dimensiío e ti ctiniplcxidudc das niiquirias e njlo o inverso. Traduzida
eni rerrnos dt vrilor nunia snçicdade capitsIistn. qiic foi ;i Sçiriiia I~istórícn em que
cskis ~raiislòrniuções ocorreram. isto é o nlesnio que dizer que nenhum capital
iiidustriiil iria instalar indqrriii:ts se 1150 instrilassc de forrtiri proporcional morores

cripazes dc as mover . Alifiq. iiidepcndentcriicn~c da forma histórica como
qualquer socicd:ide sc organize. a quaniidadc de encr_ci:i de que pode disp8r t5 o
indicador mais I'iivel da sua capacidade de trand'oriuaçáo da natureza. Assitn.
podem tirar-sc çonclitstícs relati vamcnte fiivcis sobre a mecanização - o prriu
dc opcrar por incio de maquinas - atravEs do indicador dos motores,
I - Os limircs da energia biológica - liurnaria ou de animais domlEsiicos -
conieçnrcim a ser supcrndos pclas socicdadcs pi.6-cripiLalistas com o uso do vento
ou $ri A~uri. A16111 do acr~çcinio de encrciil que Lrouxerarn. a construçãri de
moinho\ de vento c tiidrAulicos estimuloti a invenção mec3niçii e pcriniiiu
encontrar muitas soluqijes usadas postcriormcnte noittros motores. como o
VOI~II~C, por escniplo3.
A primeira fonte de cnerpia :I permitir tt coi1struç3o dc ~rzindcs rneca-
iiihiiiu5 - iilaquinas c ilioinics - 1.0; a que resultou da exparis30 do vapor de
água. disposlii dc fornia a produzir trabalho rnecanico sobre um ernbôlo.
A captaçio e irnrisforrn:içfio desse trabalho comesou a Ler usos produtivos na
drenagem de miiias desde (1 ínicio do siScrile XVITT e os apcrfèiçoanientos
conii~iuaratn
rite aos finais do s6culo seguinte. Para a produçzia do vapor de
Rgtia. o ctirnbustivel qrie oferecia a mellior soluç5o cnldrica era o f6ssil -;i
Iiulha. Resulin daqui a vantagem quc itinhm as países com minas dc hulha para
il difur5ci dcstc tipo de tnatorcs.
Nas regiões onde i150 havia crirvào niiiieral ou ricava caro importa-lo, não
haviii outros recursos senão ;iperleiçciar as i'orrnas de captaqão de energias j5
daiilcs usadas. Corno o consumo ener9Litico do vcnle é bnsiantc irrecular, :I
cnergi~i hidraulica foi durontc ri sEculo XIX uma soluçfio de grande difusSo. Ao
coii~rfirio do que III~~~I:ES vczcs se pensa. ci mccnnizaçZo dn indfistria do país que
mais ccd« desenvolvcu a teciiologia do vapor e que rinlia a ii-iaior praduqCo de
cawãts - a Inglatcrrii - contjiiuou largamente dependente da encrgiti hidr5ulica.
Em I 850 c ai6 no sector que dispunha de ninis moioi-es de vapor - o tExtil - a
ener~iu 1iidr;íulica repreqentavri 30% do total4. A tecnologia dos tnotnres hidriu-
Iisos não dispuntia das vantagens dos motores a vapor - não se podia deslocar,
era intcrniilenrc (pois dependia dr~ caudal dos siris). obri2nv:i a maiorcs bnvestimcntos
de capirrd fixo. cic.; em suma. clã um mal rnenor.Eii1 iodo o caso, impediu
htoqueios maiores como o comprova 0 caco da indúslria da Catalunha.
A pasiqZo de capital industrial posiugiiés pcrante estes dois tipos de motor
pcide cnnsidcr:ir-qc interiiiddia. Não podia dispor dc carv5o tiin barato como a
inglEs rniis a sua situação geográfica pcniiltia-lhe itliportii-10 barato. a ponio de
os pcquenos grupo5 de inlercsse carboniferos nuiica tcrem podido marcar
posiçcies at4 5 I Giicrni. Bni 1865. por excmplo. o carvao de pedra inglês descrnbarcado
em Portugal custava cm média 3.1 vezes mais que lia origem ii-ras
descmharcndo ria Cutalunlia custava quase oito vezes mais (7.9). Deste modo, c
enquanto o capitalismo caialio se viu Iòrqado ri regressar aos investimentos
hidriiulicti.: pnrs usos iiidusti-iiiis. não se podc invocar n Falia dc comhustfvel
como um bloqueio itiiranspanivel b mecanizaçio da indus~ria portuguesa. Havia
disponibilidridc de carváo ihelativarnenle bnrsto, que entrou livre de direitos até ,?
pau ta dc 1 853 e havia in~h~~ivé potencirilidadcs dc energia Iiidifiulica, certamente
msiiorcq c apesar de tudo mais regulares que os caudais tipicamente ineditcrrâiiicris
da C;italunl.r;i.

2. O crescimento da energia na indústria
A unidade de mcdidri da energia niecsnica ic C? kilogramc~ro nias n
indústtiu usava exclusivariien~e um seu miilfiplu - o cavalo-vapcir. Correspondc
li l'orça neccssríria para elcvar 75 k,o 3 1 nictro de aliura em 1 seyndo. Nas
fontes. ri poténciu Util dos motores aparecia semprc medida em cavalos vapor
(c.v.) e com hase ncla vamos tentar caracterizar a ei~ergiii disponível para a
indiístriri instalnd:~ na indústria portuguesa até cerco da I Guerra. As fontcs usadas
são os sucessivos inquéritos indusrrinis piib1ic:idos eiitre 1853 c 19 1 7.
A principal dificuldade que eles Icvanram relaciona-sc com n conceito dc
«irldlí~-ri-ia,, um:r vez que aquilo que os vririos inqudri~as :issitti consideram ditizrc
de uns para outros. Para o objectivo que Te seguc. vainos considerar aperras os
quantitativos dc energia iio sector dito wfi-rbi-ilii. coiisidernndo como tal todos os
çitpitais que no seu c:ipii;il fixo incL~iínm rnuiores innnim~idus - dc vapor, gaz,
cl6ctricos. Agita ou vcriio.
0 ohjjccto ser5 prefèrcncinlniente n dislriio do Porto. compar:irido-o seinprc
quc fôr Util com r> outro polo industrial , o distrito rlc Lisboa. e ranihfim com
5i media nacional.
n) ii primcirn quesifia a quc esses inqu&riros pci-~iiitcin responder 6 a da
evolctçào dcis tipos de cncrgiu usada. No sector Ihbril do Pcirtn eiirre 1881-1917,
a pcrcenta_rem do vapor oscilou cnire os 78-87%.Islo inosua que. tanto quanto
sc çonlicce. a capacidade ou a vontade de usar para irivcstimcntns iridustríais n
energia hidr8ulic:i encontrou cedo os scus liillites. nunca tciido ulirapassadu os
13,5'7r (em 1 830).
15 no Inquérito dc 1881 se podiain Ier co~isidcrslçfies i'reque~ltes sobre as
vaiitagcns do uso do vapor c dc coma a obstinuc;ão pelas rodas hidráulicas
prejudicava o crcscirnenrti induslrisl. o que vern de enconirn an referido acima:
o custo do car\'50 n5o era considerado psoibitivo pelo capim1 índustrirzl portugues.
Podc no entanto nutrir-se que a ener~ia Iiidriuiiçn foi mais usada no Porto
quc ein Lisboa. o quc nao ~idrniri con~iderandn os regimes mais irregulares dos
ciiudnis dos rios do sul.
biso se pode csqucccr que isto sc rctcrc apenas ao qiic foi considerado
como r~firhrilfi. Sr. se coist;ibilitarcm :is moagens e outras pequeniis Cnhricas
rurais. que os ritltores do i iiquéritoç quase sirnipre deixavam dc Torna. 35 propocões
iniadam iotalmente. Eni 1881. 84% :'ria cnergin crinsuiiiidu no distrito dn Poi~a
vinha das rodas hidr5ulic;is; cm 1890. apevar do cscscimento do vapor. ainda
deveria rondar pela rnctnde.
hl Contudo. mais conclusivo qiic saber se n eiicrgiii industriut vinha do
carv3a nu dos rios 6 conhecer os seus quantitativns. Coiiici sc vili atrris. Q numero e
a capacidade operatíiria das itiiquioaç depcnde dris rnotores quc as iiiai7ein. pclo
que o indicador da potência era ri considerado imais riávcl sobre a ditncnsãn
industrial. iriclusivé para fins íiscais'b.
O total de C.V. i. porianlo um indicador da amplitude da mccanizaç50 e do
que ela nrrtistri riu pode arrastar - maiores molares impliczirn niais ~náquínas e
iambbm. edifícios maiores, mais matéria prirna para rranslòrinar. mais pessoal
opcr5rio. etc..
Para o estudo dc uni determinado capital industrial existe uma medida
issoci:~da n esta com maior importância ainda. Traia-se do volume de c.v. pcr

capiia. isto 6. o quncieiltc de cnergiu entre o ~rilril de C.V. c o toial da populriçrfo
indiislsial. Assuniindn quc 11~50 ocorreram aIteraç6cs na vaxa sahriaj e no preço
das outras mcrcadoriah que çomyiõeni o capilril produtivci. um acr6scimo iio
volume dc c.v. pcr cripiia significa duas coisas:
-que cada operfirio einpregue na industria podc dispiir de uma ccipaçi-
dade prodiitiva maior - é pois utiz indicador dn çomposiç30 tkcniça do
capital:
- que ao capital iiidustrial fica n-iais cnrn n criaçnri dc cada posto dc ira-
biillio c que no valor de cada unidadc de produre fabricado. uma maior
tracção corresponde ao capital investido em ot.jeçiris Iedificios. rnrtqui-
nisnios. matérias-primas. ctc.) e uma Illeiitir fracção correspunde ao
ctipitnl invcstido iia compra dc trabalho vivo -6 portrinfr, um indi-
cador da composiçZo dc valor do capii:il.
Parti o diin scctor

Asrirn. desde 1390 que o c.v, per capita no distrito do Porto rira superior ao de
Lisboa - (0.4 contra 0.261: ¢ci+ca de 191 7. havíu 1-22 no Porto contra 0.85 cni
1,islici;i e 0.65 no rcsçn do país.
Podc porianro c~ncliiir-se qiie ti crescimento da indusiria ~b pomiensc
sc f'ez dc I'ormri inais intcnsivn quc a rcstanic indústria nacional quanto h
coiiiposição do cripita!.
3. A dimensão das motores
Como :i priiicipal íi>i-nia dc energia industrial ptrrtugucsa era o vapisr, a
pcit6nci:i rnCdi:i dris iiiotorcs de vapor e iim ourro indicador segiaro do crescintcnto
indusrritil. Or:i constata-se quc ri poténcia média dos molorez dc vapor no Porio
roi sisteii~o~icnmeiric iiiferior à de Lisbo:~: a dil'crcriça oscilou cntrc 20 c 34Yo.
Assina. a. indfistria porkuensc ~inh:i um volume dc cv pcr capira superior à
dc Lisboa ma.; os motorcs dc vapor tinham uma potzncia rn6di.a inferior.
A cxpliçaçrín dcsta aparenie contradiç;io deve-se ao pcso dc uni sector
cluc hzin dcsiquilihr;rr a media etiiergttica - o textil. Tratava-sc do Unico sccior
que podia trnbalhiir parri um mercado dc massas e iiicIusiv6 para a cxpot-tação,
COIII~) ELCO~~~CCU
em maior oii incnrir escala a parrir dos anos ISSO. Visto que
trabalhava p;irti a curva de procura mais ainrgad:~ do inerçndo português. foi no
i2xríl que 3 porgncia dos mtitorcs mais cresceu c consequcnicniente que a ineca-
nizaçiio maiz a\lanc;ciu.
Tratava-se íguclln-icnre de tirn sector para o quaI a área du Porto dispunha
de uma vantagem cempct i tiva insuperrívcl - os h:iixtiv halários e a çonsequentc
facilidtidc cm encoriirrir m5o-de-obra feminina c não adulta. O resultado l'oi a
conccritraç5o regional da indiisrria rio distriro. Em 1917. rr distrito do Pono já
crinccntwva ccrcci de uti~ tcrço de todo5 os operários LExieis e 40% de toda a
cncrgia dn secior: 3s pcrçentagcns seriam ainda rnuito maiores sc considerrissetnos
:ipenns ;t rCxtiF iilgodoeira. o ramo mais importante do sector têxtil. e
se lò.;cc incluida ri nino-de-obra que se dispersava fora das fA':ihric:is.
A partir de 13R1, a vaniagerti regional do Posto lcz corn que a podncia
mCclio dos scitls inotores tzxteis çrcsccslie ao ritmo anual de 4,6%: ri mtSdia em
Ç.V. passou de 34 em fX81. para 43 trU 1891). 133 em t90ci c 174 cm 1917.
Nestc iinri. sc se curisidcrar só :i algodoeira. a potZnciri média era de 194 c.v. no
Portu e de 51 em Lishoa. A cxistcncia de niveis salariais baíxnl;, dc uma concenii'aqkç
rrcgional e de motores gigantescos cscala nacional deve ter criado
economias de escala e atC umri sub-citiliznç50 perinanentc quc bloqueou a
exp:insZo do sector nas outras 5rcns. forçando a sua dcsindustrializaç30 (casos
dc Lishoa c da regiao centro).
Iim contrasic coni cstcs pcsos, o resro da indúsitia poriucnse tinha necessariamcntc
Jc usar motorcs de pequena potência pari\ que a sua mkdia glohal
l~udesse ser inferior 3 de Lishoa. A cornparaçiío 15 passlvel dc mais Tíável comprtiv:içSo
crri~iirica, cspccialniente em 19 17.
A princip~il explicnç50 pura i1 menor poiEncia inédia no Portn esih no
hcro de :I csisiénci;~ de os niveis salariais riiais briixos no norrc consiiiuirciri um
broqucio maior 5 rnecnnizaç3o, logo an tiumcnto da compot;iç50 do cripiwl. Se
se calçiilar o C.V. per capih do total da população industrial - isto &.a soma da
populaqão lahril (que trabalhava com rnolorcs) + a pcipulaç50 rirtesanal (que
tratiiiltlava wni motoi'es dc energia artifici3!).vcrifica-sc quc o distrila do Porto

iinha ;iproxiniiidamciite irictade do iiivel de Lishaa (0.06 conm 4b.09 em 1 890
c 0,2 contra 0-4 cm I9 17). Isto indica que. como era de cxpcrar, o nívcl orqânico
da totalidadc do capiinl industrial nn Porto dcverin scr rnr~itci inferior ao de
Lisbua. Prir outr:is palavras: cxceptuandri a tExtil. para quaiitidildcs seinelti3n~es
de força dc rrahalho, n:i indristria ponuense trabnlhuvarn menos matrires e mais
pequenos que nn inciiistria tla. rc_gir?o dc Lisban.
4. A construgão mecdnica
A consrntqlci mecinicn s6 começou a estar assticiadn ao trabalho do ferro
com o triunfo do motor de vapor. 0.; motores iradicionais . como os rnoirrlios,
eram I-idsicrimeiiic de niridcira coiii elcmentos dc nii tros maicrinis tradicionais,
como a pcdra e a couro. No inicio d;i energia iCrmica. até os próprios motores
dc vapar (as bombris de rogo de Ncwcomen) çomcçaram por tcr o cilindro de
col-ire. Prira que a construçL70 1ncc:inicri - de inorores e nitiíluinris - se fosse ioriiarido
cada vcz rnais uni objecto do iriiballio sobre os metais e quase cxclusivrimente
sohrc o ferro. convergirilrri duas ordens de faciorcs.
O primeiro foi a ncccssidade crescenic dc construir rnfiquinas sujeit:is :i
uiil esíoãço mechiiico maior. Para esse firii. os iileinis, sobretudo o ferro, eram
muito mais rcsistciires quc nq outros materiais orgSnicos. Contudo, para que isso
fosse prissivcl. cria que haver uma capacidudc maior dc trabalho sobre os nicluis.
para Iliec; dar :i IOrriia desejada. O segiurido raçlor foi porranto a obrençãe de
encr2i:i bnra~ri nplicrivel ao trabalho niccânico. Dcszc modo. dc.;envolveu-se um
proccl;?;~ dc dupla etiirndri: os prngressaç tecniços n:i prridiiç5o de rcrro barato e
tias siia niaquin:içãci. iiil corrio a i'uslo 11 coke. a Inininaçao. o uso de muitas
rnriquinas. ferraiiientas novas. ctc. exigiram volumes cncrgéticos quc sb o vapor
podia movçr; por outro Indo,os Exitos !ia captação de energia inaninirtda exigitiri1
matei-iais operarririo?; si11-iuli2nc;imentc rcsistenics c ellistices. sendo o ikrro o
inais poli valente e barato dc todos. Por outras p;iIavrzis. :i ciiiistniç5o iiict:lIica c
ri tcçncilogia do vapw influcricitiram-sc mutiinmerite.
Durante ri prirncirci rnetadc do século XIX, a canstriição rncc5nica em
Tcrrci liii sur~indo na divis5ci social do ~rahallio coina UIII scçior especializado.
Sd quando a procura de motorcs e rn5quitiris pcin indfisiria de bens de consumo
foi suficiente e regular 6 que 1Tacç6cs do capital indiistriril l'orani investidas
nessc làhrico cnril uma rotaqzo auliinoma. Duranic iilgum tempo. ticonteceu iit6
que ns inaicircs oficirias mec5iiic:is lázinm parie do çapikil invesiido nas fabricas
parti as +ais clai trnballiavnm em excliisividade. cnmo acotiiecia nas _oranrEes
i'iaçlies. Em PortupaI. ri cons~iiuiç5o de empresas telido sis maquinas como prirrcipl
niercadoria pmduzidii d:itli sobreliido ds ddécndas de 1 840 c t Y50. O primeiro
inoior a vapor consiruido eni Portugal foi feito numa I'iindiç50 portucnsc. a rio
R ícrtIho. cri1 1 837.
O ritmo dc coi~çiruqãci dos riiotorec c m5quiii:is depciide da procurii dos
hens quc elas +iudain a fabricar. Abstraindci agoi'n dos el'citos do comércio
externo. as dimensões e as Iimitriçõcs que carsictcsizam a procura indus~rial
interna crindicionarrini o seçior rnetalonieçânico. No criso português. a çorrclação
cntrc n indicc do produto industrial c 3 procura dc bcns iiietaEornec5nicos entre
185 I c 19 1 3 é muito significativa (0.58).
Diiriintc esse icmpci. o prtidittto industrial portiigu2s cresceu a uni ritmo
anual de 2%- e corno poi* v5rius razõcs 3 cxportaçao industrial foi sempre fraca.

isto rcprewriiriva urii i~ierc;irIo pequeno. E.;s:i l irnirriç2o hloquctiu rr proctir:i dc
bens dc produciln c ;i

.A pcrcciit:igciii cnm que :L cor?sti'ur;iio i~ieliilu-meçrinicn poriugues'l
partici~m~i no ccluipi-imeiito dn indústria naciotiai quairtr, a ni:iquin:is dc vapor
Lcm rliir sci- i riferpi-ctadri ricste qnidso e veiii d:id,i iio iiihelri scyt~inte. rel:itiva rio
disirito cln Porto:
Msvna conheceiido as deficiCrrciaq dos inqucritos iiiduqtrinis pcinuguescs.
devc nritnr-~c quc esles i-csii l tndos l'rrr:$ni alit idos por fòri tes sein rc1;icão directa
ni~tua. ri rliie 10rt13 crcdível o ~cntido da cvoluqãci.
:I piiriicililiç5o dos coristniicires nnciciti;iis i10 dis~riro de tishoa e rin tota!
113ci~)n:iI n~ostrun~ uinn puriiçipnq:ío pnriuguesii ainda rilnil; reduzida (entre 1 R52
c 1927. n prinicipnç5ri iiuçionril; crri 1,içhori pasuiu de 35.8 i 0.3C4-: no total niicional,
:i tilcsiii;i p;i11içip:iç~70 tincional passoti de 38.6 parLi 3.5 %).
O ponro ;i~or3 a cxplic:ir C rstc: sabeiido-se quc n ~cridénciri rl;i produçáo
rnecilnicn hcncfici~vii ns ciiiprcsiis que zrnhrilha\~íiin para nq mercado.; maiores
pnrqiic podiam mec;ii~izar c fabric;ir cm série: s:ihelldo-sc tmih2lil qtle a ir~dú'itria
do dihtrito do Por-io. com exçcpç5n do çecirir tfixtil. ti11113 ~tn h:iixo nfvel dc capital
c>rpinicci c criino ta1 pcrli:~ poucos rnotorcs. coiiio exp1íc;ir entrln a rniiior sohre-
~ivEricE;~ dos. coiir;irii[arcs rricc3nicos riacionais ncsre distrito? Seriti à primeira
vi~t:~ 111ai1. n:~t~)r;il ~ U ii)ssc C nri nh;iqieciriicnio de iiiotcires 5 indusrria de Lisboa
que residisse :I s;ilvnguarcl;i tio< construtarcs poi-rupiescs. vislo que ai a ciirva dii
procura cr;i mais alr;i. o qut permitiria ialvcz meçririin:ir. Clriro qiie nctn tndo o
íiprcp:idri da prticiira iiriciuniil perniitiri:i rne~ariiziir :i iuetnlomec3riica :I ponto de
cornpeiir crim os y~rr>diiiorcs irigleses e ;ilern:les e cle impedir o seiitido ~lcsceiidcnic
dn qtiotil dt' 111ercili10 ma5 scria de espcrar quc csla rcsisiissc mclhor num
disiriici com maii c rn:iioi-es nioicires do qtic lium dc [irticura mais fraca c irregular.
O 41112 sc veririca C que a pnrricipaç6o rios corisfrurorcs tiacioriai.s trn
ta[nilto i~ininr qrrnlito ~~tc~rorfisse n pofZncin 1i16din dt) spctor. 0 inquCri to de 19 1 7
6 o quc iiiclf-ioreç con1yi:irrir;ócs pcrmite p;ira este pori~ci. Par3 05 sete scclores
miiih it~iporizlriicr.; qusiilri uci i-iúincrci de motcii-c.;. vci-it'ica-%c que, tal como scria
espcradri. a poieiicia rnédiri iio distrito do Porto erii i~iièsioi. ii clz Lishoa (salvo
I2x ti l r iii;idcirn) e qiic cniiscquc.n!cmcnte. a pirt iciliiiçãti rios corisiru tores riliçici-
~iriis I'cii scriiprc iiipcrior no Porto. Um;i explicuç5ri ~-irovávcl poder$ ser esta:
como a ptitPncia ~iiCdia de cada scçror r:ira.: vezei ulrrnpnssavn o parariiai- que
os cniisrruiurcs nnciotiliis ;iii~Ja xc cncon~r3vi1ln Iiabilitados n prndtizii-, estcs
sobrcvivcrztrii iriritii rncl21cir qu:iritts 3 poi2zici;i média scctoriaI n:o ci-csccsse ou,
rliiiis exricinmente. ericliiJiii1ri iiiii ~itirnero razriiível de pcqiicrios motores fosse
seiidli [icdido.
h icndéiiciti p:ira ;i coiicciiiraç5ci i(ir(;iid3 dos cnnsrrutoi-cs nacionais nos
~jcqucrici< iiii>torci pcidc scr seguida se obscr\~armos a cvuliiq50 do quocieiilc

em~-e duiih das suas irequEricisih relaiivas. Se os consrruirrrcs ii:icionais parlicipassci~i
iio hrneciniciito do total de motores (quatito tio númcrol dc 10ma pm-
poi*cicinal :i da sua particip;ição pitrri o total de cv. o i@sulindn do riicio seria 1.
Par;! r, distrito dci Porto, :i eviituçiío fez prtssar csie ntciri de 1.1 em 1852. liara
6,4 ein I9 17: isio C. os construtores nacionais pnrticip~ivam h vczcs mais quiinlo
ao núniero que quanici á. pcitençia. Eni Lisboa. ci iiiesnio racio no mesniçi período
passou dc 1.4 p:iril 10.6.
Pode tirar-se lima outra coriclus3o desia ~endl.ticia: Iiaru rnal dos ccinstnitorts
n:rcianais. o único sector de hcns de crinsuilici indrrstrial qlic Z'lihricava
ein serie c que estava em expansiio nio pedia motores iios ctitisiniiores nacionais.
Trata-se evidentemerite do scctor têxtil coni os ?;eu3 grrindes niotores e em parriculnr
ri do distrito do POI'LO. no qual a participação dos construtores itacionais
passou de 50 em 1852 para 5,1i Cc tin 1977.
Asiini, Icntameriíe. os construtores nacionais foram sendo fcirçados a
aharidonrir a consrrttq5çi dos siionorcs maiores e 3 ctincciizrarcm-se rros pcqiicnris.
Notc-.;c quc a potência dos pcquenos rnrTtrires dc. 1917 tirilia sido 3 purCiiciti dos
~iiotores iiiédicis (oii rnesrno dos grtindes) em I850 c 18fi0. quc as fuiidições
porttigircsrii; sertipt-e tinha111 conslniirlo. As crnprcsas portuguesxs n2o l'orarn por
coilseguinte forçadas a mudar dc produtos (motores :li& 70-25 cv) mas apenas
deixar;im dc sc ai'cnturar na constr~tçào dos agora considerados dc médirt c
grande pothcia. que sempre tinha111 kiio de forma esporn(idic;i.
Fabricar pequcnos rtiotoi-es era tecriicamcrite piissivel sem o emprego de
grari Jes irivestimentas de capilal fixo. Assitil se pode tamhCi1i cxplicar porque
iio scctor rnei;ilomcclinico. quci no Porto qiier cm Lisboa. n níx-el dc c\) per
T+
capitu rivcs5e passado apcilns clc cerca dc O,? para 0-3 desde I851 :i 1917. E~te
rcsii ltado parecc indicar quc o nível atingido pela rneci~~ii;rat$o do sector quando
do ;iparccimcn to das empresas inovadiiras dos aricis 1 850 pouco sc nltcrou.
(nule-se que p:irit o inesniri perí~ido iin Poi-io c\?. per ciipiisi n:i tcxlil alg. passou
de 0.0 I para I .3),
Em sínrese. os cciisstruior~s inctaloiiiecinicos portugiicscs kienct~icia1';1ni
da priíprizi liaqucru da rnccaniznç3e pomgiiesu. Corno pela% razões j:i cxpastns,
cssc j'enóiileilo oinlin maiarcs prtiporçiiea riu djs~ritri do Pai-to a isso se dcvc a
maior st~lircvi\~fncia: do scctor neste distrito.
N:iu IBi só O espaço qtre hcnciiciou os ctiiistrulores rnecinicos do Porto.
O tcrnpo ern que cslcs kilOiricnos ocorreram ocasiontiu iarnliCrn uma fcliz
coincirlência que sc póe erri evidênci:~ com uni:i ~irnplcs questso: por que rnzso
C que 3 produç50 estriingcira dc pcqucnas rtiotores ~15ti sc mecanizou no mesriio
grai da prnduç5o dos niaiores? Tecnicamrntc n5ti exisriri ncnliuma raz5o ri
irripcdi-lo e a f'nbricn dc pequcnos mccaniçnicis. coiiio o dos relógins ou das
máquinas rie ctiqturn. roi dos prir~reirol; ;i L'rizer-se eni sdric.
Actirirecc E que quando os ii3;iirires trv;int;os iia crinstruqio niccânicn se
dcrani. j5 :i c ~ r d9 ~ prncura ~ 3 intcmaçional passntra pclos iiiotores quc em Pnriu~iil
ie considcriivnrn de média c até gr:tndc poEiicin. Ncni na I~iglatcrra.
nciii ila Alemanha - c muiio mcriiis iioc EL'A - n itidústrin dc 1880- 1800 pcdiri em
niérIia inoiorci inf'crinres a 20-30 cv. isto irnplic:~ quc ;i prodiiq3~ niecuriizudn. a
estaild:irdiznç;?o e :i praduçãci pcr pcqas in~er-c~iiihiávcjs se devem ter dado
espcçiiilnic~ite nos i-iibricos dos motores prociirados ncsscs mercado\ (praticameiite
todos dc por2ncins 5upcriot-c.; :i 20-30 c.v.). Eni Poriugnl. sd ri têstil
e,a!',umas krezes.ri rnorigern procurariam motores de semelhante potência. Se por
Iiip6tese os av3nço.s d;i est;znrl;irtli7nqi3ri ti\,csqei~i coincçado aI_curii tempo anres,

:i patéiicia media das ri-intarcs das fndúctrins dos países dominantes estaria inais
baixa. Tcrinni crn conscqu2.nci:1 atingido igualmente o f:ibrico dos motores de
rncnou de 30 CV. bloqueando dcste modo a corresponde produqãa nacional.
Assiiii. cntre os rinrih 1880 e 19 17. ;i parricipnqlri dos construtores nacionais
csinbilizou pcirquc n industria nacional criniin~iou a pedir muitos matares
pequeliou ryuc os cripitiiis metalnniecr"inico estranpciros praticamente ji i150
Lihricaiprim ou ciii5ri f'abricrivam rle modo scmclhante nos pnrtugueses. Nesta
gnii-ia dc prndrrtos não estrrtrdnrdisadns, 3 vantagem pottiiguesa de tcr uma rnao
dr obra dc oticiais qu:iliticudos e de sal5rios mais baixos q~ic a dos scus concor-
Iheritcc chrr;~ngeii'os podia continuar a scr um truiifo: ia! como o era para o coniun~o
dos l'abricoz ~iictnIon~ecrliiicos al~umas décadas antcs, rio tempo do depoimento
do gcrenie dc Massrirel~s.
A e~peciiicidnde dri industrial iznqão poi-tuciisc resultou si multanearncnte
iium bloqucio e iium iiichci dc sohrevivEiicia para a sua construç5o mcc5nica.
Pclo kicin dc Ter rrriiii i tidiistrializn@ci desiquilihrrida por iim sector de produçZo
de mnssn\ - o i2xtil - padcriu tcr lido um ~iiuliiplicador ericaz para o fabrico de
rtiorilrcs e m5quiii;is. Mas o ttxtii cresceu tarde demais e qu;iiido o fez. na
segunda rncr:idc do século XIX. j:I a prtiduc50 mec5niça inglesa de hcns de
ccliiipriinen~o tcstil não periniiia a sohre~ivEnçia da produç3ci que n5o fosse de
seric. 0 s ínylescs iiiilisitn aproveitado a precocidade do seu sector dc bens de
consiimci dc rn:tis:ii e rorrc~pcindfam iigorst com o priinciro sector dc bens de
1~mduq3ci eili sei-ic no rnuiido. hçsirit, o sector rfxiil portuguCs r130 consrituiu o
tnultipliciicirir necessirio à indu.;trizi tnecanica nncioilial. Qiianto aos scus motores.
;i pciicncia ii16Jiri dos têxieis caia dcnrro do que erli julgado rcnl:iSeI fabricar cm
sésic iiri c3ir;tngciro c iorntiu-5e inipossivcl fabric6-lri.; çil.
A frnque~ii c a Ienlidari ac:ibatiani por tcr o seu lado positivo. Contiiiuando
:i pcdir niotorcc pcquetios numa aliurn em que jS poucos os pediam, o
resto da iriclústriu portusuesii pfide continuar s compras molores nacionais. As
vant:igeni > dos consitruioies portugticscs sohreviver~rn pelo menos :it&
i Giicrr:~ c cm riiuitos iIspcctos, prriticrimcrite até ao Iim cio vapor. A evoluc5o
rlcstc~ pcgucriril: motores de vapor - e tanibérii do de gaz - ctlns!ituiu unia iliisttsi~rEo
ciiririsn do que ~iodc fazer uma estmkir:i itiduç~rial diial siias não complcrneni;ir.

Ritilioteca do Pavii c das Escol:is. Li.iti(i:i. sfd.. 11. H.
I . :ir) dc .ímhito n:iciiiiiril. c(iiii as exccpçUcs dc 1859 e dc 1909. 1';ii4;i 1 Xri?. S:i. S. J. l
dc - I, n." 133. LEsli(i:i. 193.
6, N VC-.Y~ ... qrttV

A CENTRAL TERMO-EL~~CTRLCA
DE MASSARELOS
O SEU DO C A ~ ET~J~CTRICO
O
Diliriniiicnte c Ilcqucrias riu _or;indcs cciiiipnriliias e f5biicns
s3o voladris :to al~a~idonn C s~rh~titiiid~~ por p3villióes til70 pré-Cahriciidos iilaiç
fríceis de coirsiniir c de :ibaiidui~ar ...
Repoi-tnndn-ine h arcri riie~ropolirana dn Poriti nridc o parririifinio nrqueo-
16gicri iridus~rial 2 rn~iilo e significativo. vc~'itjca-sc que atgtrizs cspri~os/edifícios
cs~Zii j:l rcutilizados. i3 ourmr eni f3~e dc i~iveiitrisiação c csrudci. No cntanto.
cxisreiii cdificiri\ c iiia!eriais dcsçn tnesma nrquceilogia iiidrrstrial qvc coniiriuaiii
h cspcra dc serem tratados c prcscn.ado%. como 6 exerriplii disso 3 Ccnrrril do
Snusii ci a Corirp:iiiliin de f7iaç5n dc CTCSIUIII~. eslincos ?;riherhiii. t>ciii siiuados
quc pcideririiii scr polos cii liiir;iis rIcis;ls dii:i\ local id;idcs.
A rnuscalizaçki dc sítios :irquenfágicox ligados h iridús~ri:~ tem surgido
uril pouco por totlri ri país. fi sctri dúvida iiin wliic;ão ptriiliva ~irincipalrt~eiiie
quaiido o rdificio ci3glcih;l p;irLr: tiii roralidtidc do eap0lio iiiili~iid~i aquarido dn
scu fi~llci~tli~n~cnto. e uma iiiemiiri:~ vixr:i das aciividades 15 dt.senvcilvicllis.
Esciiiplo dc um deslics casos. cem o sucessri ji rccrinliecido é n Ceiilrcil
Tei-mo-EIéctricri de Massai-elos. que ~eguidanienic mc proprintra foctlr.

I. O Carm EItctrico no surgimento da priiiieira Central
Ternin-Eléctrica
Tendo a Coriipnnhiri Carris dc Fcn.~.
No ario sepu i ri~c. o getetitc d:i C'o~iipunlii:i refci-i rido-sc :IO lac;il dc cotzstrtic3o
d;t Ccntr;11. rccoriJ~eci:t que traria 1-ati taycrri

Outi-:I rnz5o irnpor~aiilc quc levou a C.C.IT.P. i) iiquirir ozitro tcrreno 1-0s 0
1':icici du Eqtaç5o do Oiiro. oilde cstrivarn insrnladiis as coclieirns c ciutras depndencins.
pertcricerctn au Estado Porrii~ués~. e no fim dri arrcndrr~t~enro a Çornpnnliia
ic ver nbriguda 5 sua devoluqG30, o que causaria Li-anstcirnri .já que o espaço
ciii M;issiirclos, para :ilberpr todo Q material e f'uncion;ii-ios licssn data. nãci cra
siilicicnte.
A Companl-iia em lunçao destes condicionriIisrnos acabou por adquirir uni
tcrrcnti cntrc n lz;ibrica do Giis e n Forno da Cal. nas pedreir~is da Arribidafiçclrn
ccrcri de 7400 inz. onde podiam ficar para alétn das m6quinas a vapor. as
olfçin;is. cscrit0rios e outras dependcncias. Nasccu. :issini, cm 1895. a priiiicira
CcniraI Tcrmo-Elictriça da C.C.F.P.. a Central d;t Artribida.
Eni I S95 i1 rniiquinari;-i instalada ii:~ Ccnirril era suficicnic para assegurar o
brim Illncionamenta da tiindn recIitzido niiniero de ç;trms clécrricax. pois ainda
doil~innvn a tracção anirn:il.
;Mnqiiirinria cok~cada tta Cctitrnl dri ;I rrííhirlo ern 1895:
- 2 caldeiras de v:ipcir çorii cczpacidride para 300 cav310s:
- 1 rnrirliiinn a vripor da casa Farcot. de 150 cavalos.
- 1 dyn;imo de Thamson -Houston dc 300 Ainpercs E 150 ca\.alos)
- 3 í eqiiipadiis com dois tnolrircs ciidsi uma de 35 cavalos
rnarc;l Ttioiiisoii / Iloiisinn.
Tcriiii nada n trrtcçãci ;i~iiri-iiil em 1904 ris carros elkctricos ;lu mçnrarnrn
considerrivclrncntc. Em 1905 o ndmcro de eléctricos era j5 de 62.
Ann apris ano o n.O dc carros c a redc de trfiç5o elecrrica foi aunieiitando.
Aurncritou trimhém ri necessidade dc n~aior capncid:ide dc pinduç5o de encrgia
cléctríca. cnisx que ti Çeiiiral da Arr5bida rstiiva impcissibiliinda.
Unlri nova ccntral cra riecessfirio. Eni 190X. depois do pcríodo conturbado
que n C.C.F.P. vivcu. coin 3 ccincess3ci do exclusivci da vi@o el6ctrica ri ser
rfad:i cln 1907, pcl:i Ciimara Municipal do Pnriri n Paiva Irmnri & Matl~ieu
Luyn. qiie cnrisrítuisaiii ri Cornprinhi:i de Viaç3o E1Ccrric:i do Porto e qkic viria a
I'undir-sc. volvido um ai10 cnrri a C.C.IZ.P.. surgiu a rinva Central tão ncccssdria 2
tracçari eléctrica.
2. A Central de Massarclos
-Por csri.iriii-(r clr. h ik i/rt~tJ~o dc JY I I. (... 1. CI C

M:iio dc I CF I?. O quc se subcritcndc é quc jG ~criarii cxistidri dernasiados atrasos
nii çcinsrmçSo c qiie ti C9mara receando c. psopfis que
o cdii'icio princip:il ficasse contíguo ao depfisiio clc carros ,i5 construido.

-- -
.4 C/~IV'I'I?A L TIXMO- ELI.:'CTRICA DE MASSA NIiLOS
O edificici 10i dividido longítudinaliiicnte em dois corpos paralelos. que
conxtiiuirirtii respeçrfv;imcnte ;i casa dos gcr;idores do vapor (caldeiras) e a casa
das m5quinns.
No priiiieiro forrim instalado.; C0 1: gcradorcs dc vapor nrr.rJos, acrescida
dc miiic uril quc íc cncoiitravn na Ccntr:~l, da ArrCibld:~ c 10i irnnsferido para
M3ssar~Ici~.
Os iiovos ~crridoirs de vapor erain do tipo 5gun-niliu!;ii~cs. De Napcr & C."j4.
de i3ruxelri.;. Cada gerador prtirluzia 7.300 Kg de v:ipor por hoci. Os novrss gcr:idorcs
1òr:iiii instalados c111 pi.ulios de dois. com os iiitervulos. cnire os grupos,
sul'icici-ires parli todas as inanipritaq8cs.
Ern {'rente nos gcrridorcs de vapor havia uiiin via izrrea com a bitola da
rede geral li_oad:i h Alameda de Mnssarelos. dc 1Cirrnsi a quc o cornbu~tivel
piidcssc sct cririduzido 316 juiito dos fornrilltris. pelo n-inreriril circulante ardit~,irio.
zorrnr e waTon.:
0% gases dzi coml-iiist3o. ao 'iair dc cada geriidor, finl-lnni duris saldas: ou
:tir;iv& dc urna ampla coriduct;~ que os Ievliva a çI~nmink. ou, cnlfici. através de
[rés cconoinizlidores. instalados na extremidade norte dii edifício. Estcs econuniizridoi-es.
crnrn do typo Grccii.
As cPn;lrisj5 que se iani ~icumulanda nas qccinzeiros» dos geradores eram
pussndas corn I'ricilidarlc para uni waganetc adequ:idri que percorria uniri galeria
siibterr5nc:i. A grilcria c a wagoncte ~cn~iani taiilb6m par;! a cvacuaç30 da iùli~em
ncurnul:icin nos conduiorcs.
A Aguri chcyuva 3t& 3.0s gcrddores de vapor atrnves dc uma bomba-turbina
acçicitiada por iin-i eIec!rti-mci~nr, capaz de introduzir 30 m3 de i~un por hora.
Na extreniidride sul da CLisiI dos ~cliidores Ilcou um espiip destinado a
rccchcr intiis oi tu gcradorcs.
A primeira cl~rirtiink da CentraI de Massarelos foi construída nas traseiras
do cdiricici eiitrc o ~tdepúsiio do.; ,c:iri-os,, e a casa dns gc~idores. O niatcrial
utilizado iin sua construção roi o iijolo nburroi.. Conravn corii uin:i alt~ici. acima do
Icrrcnii. dz: 48 rn. c di5nieti.ris rcspcctivrirnentc. 3.7 111 biisc c 2,4 rti verticc. Estava
provida de p:ír:i-raios nitilliplos. ligados Li icmii por dois conductoreí de ccihrc.
Prcvia-sc -15 eiii 19 17 qttc corri n riiinien to da potEnci:i crri necessário
a crinsrr-uçio de outra cliamit~C. na frente do cdifício, o quc veio a aconlccer
c111 1934.
O seyzidn corpo 1cingi~udin:il do edifício Ilii clchtiriado h iii~tnlri~~5o dos
gi'upos e scus acccs0rios. Eslc corpo I'oi conie~nplrido com trEs pnvirncntos: um
srtht err5iico. dcstin:ido :i depcísito dc Agun de conde ri sacrio. o sczundo no irível
do terrcno. destinado Bc can:iliznções de viipor vivo e dc dcscarg:~. ao5 ~apadores
de 52~121. :)os cabos eléctricos de crimuriicriç~o. 30s rrnnsi'orinadorcs eIGctricos t l
ba~cria dc exciioqiio: Finrilinciite lia Icrceiro puvi~iieii~o ficaram instaladas as
dil'crcntc.; m5guinzis e p:liil&is do q~iãdro CIC distril1uiç50 da cncrria ~ICcirica.
Poi- baixo do qu;idi-o dc disiriliuiq5o cntsnva 3 5çu:i clcvadii do rio Douro
destin~ida h corit1cns:içào quc passava por v5rios tanques de decaniriçfia rte
maricira u que 3s :ireias :i[ ficas.cem depositadas.
O terceiro priviiiienLo csiA situadn 3.5: rn acima do scgundo. Apresenra-se
snh a t'orni:~ dc uitr grandc salao dc I hni dc larguina e 9fi.50 ni dc cnmprinieriio.
bast:in~e ilurnintidn c vcniilrrdo por amplas janelas nas paredcs c urtr _orriilde
Inntcrnini envidrnqado no cume d:i crihcrtura. Dc snliei~tar também a cstrulura
cm ferro que supofla o tcIhado, bastante semelhante a oums centrais análogas
pc1-i Europa fora.
-

O seu pavimento fbi revestido dc mocriico cstriado, de ccir unirorme. Nas
parcdes l'oi colocada iinia !'acha de lousa ate dois iiietros de altura eiicimada por
:izulc.iri branco. sendo :i restante parcdc pintada com tirita Pavfivcl, prova-
vcImentt cin rorn citixcnto. para que os c> provocados pelos fuinoli e
cin7:is resu!tantcs da cornhust5o do carvSo nEo I'ossem ifio notados. Estes
revcs tirncnlos prciciiravam liianlcr n sala das miiqui nus no iiiais ~irrepreensivel
asseio>,.
No ccniro da sala rcirarn inst;ilados os diferentes grupos. iicandri na paric
nortc da sala cis grupo? de correnie trifíí~ic3[~ e cscritorios. e na paric sul os
gcrridrires de cnrrcnrc coniinu;il~ separados :i0 mcio pclas m5quinns auxiliareslH
colocadai crn frente do quadro dc distri buiçao.
Fora do edilicio principril estavam instaladas as bombas elevatbi:is de
62ua do rio I>auin, ;i Bateria-Tampon. c os aparellios de coi~densação do vapor
de dcscarga das iiiiqiiinas e purificaçSo da água cotrdensada.
As primeiras 4 hamhns ele~ritfirias''~ ficaram insta1ad:ts num edifício
subtcrr5neo na margcm do rio Douro. no Bicalho, que dista ainda alguma dist5rrci:i
da Central de Massnrelos. Pasteriormcnte foi consrruido dentro do terrcno
da Cciiri-al um edifícic~ entre n rua da Boa Viagcm e n caça tias m5quinas. ondc
Foram instaladas rts Boitilias centrífugas c foi feito c;iv:ida um poço.
A bateria ~> clos geradorcq de corrente contínua, foi retirada da
Subesraqio do Corpci da Gunrdn c depois dc dcvidaiiienie reparada foi instalada
niim edifício qiie se situa junto á Ccntral rnas num ponto mais ele\?rido. Esic
ediricio que uind:i exislc ac~ii;ilrnentc, possiifa ainda iim dcphsito de ãgun. e um
alanihique. Actunlmeiiie servc como casa de habiiaçáo de uni runcionlirio da
STÇP, SA.
t2 riorrc. ctitre u Central c a rua da Roa Vi:igcm. roram instiiIsid~~ os
condciisiidorc.; e aprircllicis de purificaciío dc 5gua. beni çoino a crirvrieira de
rcscrv;i. Ac~ualrncntc toda este espaço é ocupado por um armazdm de rnatcriais
diversns. rirrecadaqrSes vdrias. harJrcfeiiririr~ dos fiincicinhrios. consult6rio rn6dico
e vcsli5rio.;.
Entrc a iàchnda da sala das rnziquinris e a Alameda dc Massrirclos (actuaimcntc
de Basilio TeIcs) cxisti~t uma cas:i que era ocupada pclo eng." clicl'c, o
inspccioi-, e sub-çliclc. escrit8rini e vestifirios. Foi dciiiolida etil I97 1 aquando
da anipliaçáo d:i casa das iniquinas, sendo os scus ocupantes instalados nessas
aliipl i:ic;rics tis Cet~iral.
2.3. A I." flnrpliaçiTo do Edificin I92 J -1 914
13ass:idos 6 anos da inaugurnçzo da Cenrral Termo-Electrica de Massarclos
fOI aprcieniuda pela C.C.F.P. i C.M.P. o cProjccto da Conclusão da
Primeira Parte d:i E~tação Cctlir:ll Geraclars»'o. aprovado em 27 de Outubro
dc 197 I. Poreni. as ohras prolongaram-se até 1924.
As obr;is dc conclus~o constavam do proloiigrimento dos dois corpos do
ediffcin e.iiaen teb - o dos gerridoreq de vapor e o das iniiquiniis - . da construção

de dum pequenas casas cni frenrc h liichada nos canios opostos (uma do Indo da
rua D. Pedrn V e outra da Rua da Boa Víaeern). e na altcr;ir;áo das via.; Erreas
de sewicci.
Os dois corpos do edil'icio oridc ectavain instaladas respcctivarnente as
iiiltquinas c as 37 caldeir:is?i 10rrirn prolongados dc dois c cinco vzos, semelhantes
:!os que j;i exisiiat~i.
Na frentc do corpo dos geradores dc vapor foi cunslriifdo um anexo para a
insialaç3u de dois novns economiz~rlorcs. enquanto ilo das rnrícluínas foi colocado
um ventilador compresscir. vestiríricis. uni armax6n-i. escritórios. ~abinctcs
pai?i o Ei1g.O Cliefc. 'l~ispector CIiefc. e Suhichefe. Foi çonsiruid;~. ainda, a nova
c11:iminé halai~çii na 1Tentc da l'sichada do corpo dos gcrndorcs dc vapor.
As dnas pequerias casa$ constmid:is em frentc eo cdifício ccnicil, um:i em
cad;l czintci. destinavam-sc, a que ficava do Irido da rua ctn Boii Viagem. a rim posto
de guai-dit milirar ciu de pu1ici;i civil. c a quc ficiiva da ladci da riiii D. Pedro V. ii
Iinhiitaçiiri de utn ernpregarlo da Companhiii.
O rri1:iicirio de coritas dc I929 refere que ncssc ano proccdcrani-se a obras
impc-irlantes na Central quc ultrripnssararn os 750 conlos 1i:ii-a permitir 3 instalaçiio
do novo turbo-grupo i3rown Roveri e duas pndcrosiis caldeirris 11 vapor da
ahniada casa constriiioi-a alema > cm f93 1.
i: enviado 5 DisecçZo dos Scrviqri~ Eleciricos?' uii~ projcctri que entre outras
alteraçcies reconhece a iiecessidade de procedcr icrri dernora 5 siibsrituiç&i das
riliquinas da Central propondo a instalaçso de iim gnipo geradar de 5000 KWx e
tcidos os accssúrici~
necessji-ios.

HENRIQUI-I h.IA A'LIIX COSTA IIM S
- - --
A colociiçSo das cal de ir:^?; mexeu ncivarneiire coni a iiragern de Sunios da
ÇentrriI. Parri cviirin a p;iragem ou :I redução na praduqão di- cncrgia, quando
fosse necessário iilgiirnn rcparacao oti limpeza nas çondiitas dc rtlrno, foi
instal:ida urna nova cliriii~iné eni chapa bastantc resistente L corrosSo. sobre a
primeira caldeira. Atendendo porem à grande qunniidnde dc Itúllias cxpulsas
pela ciiiiminé decidiu-se insialar um ctiptador dc poeiras que. scyundo o scu
canstructor. a5 ubsorvcrin em 95%. LTm veniilador çentrifugo. i nstaladn jiinto 5
base d;i charilinE. asseguraria boa tiragem de I'urnos.
De qu;ilquer das fcirn-ias eslwa picvisrti. c:iso liisse ~ieccssAtio. :i ligaçno
desta caldeira a qu:~lqiier unia das cfianiinés exislcnres.
Às caldeiras Wal~her estava tambiS-[ti ;issriciado um ventilador recuperador
de crirhono. Essc carhoiio recuperado wrin novarncnte Irincado. por meio de
itjccrores. nki c3ni:ira de çonihustiio.
A3 cinzas e iiv escfiriiis eram rctiradris das c;ildeiras para vag4inctas que
circulrivarn iio piso iiifcrior e cstris ~~3111 por SLTZI vez ~uindadas prira uni piso
superior onde eraiii colocada? num depcisito. Essc cIep6sito que se encontrava
por cima d3 porta de enlrlida dri iictual Muscu'Y. quaiido chcio. cm dcspqindo
para zcirr:is que ah 1rrinsportiiv;irn para v5ricis locniç.
Pnr:i quc o firncion:iniento da5 crildeirav iiisse nicsmo rcnliivcl. como r?
I?rmri i'orriccedcira o demonstrava. tornavti-

Na rnciniiria clcsçri~iv:i e jusliricativa do .cPsojcci» de Ariipliaç3o da Ceiitrai
dc hTaqsrirelo~ da Compriiihia Carris dc Fci+ro do Poi-10--" cm 1935. diz qiic
volvidos scis ;inos iipiis a ctilocaçati dris novas caldeiras c ntivos ynipos se reco-
1111ece que essa instal:i-80 ci~i-rcspoiideu 3s expcc~aliv:is pois permiliri a produç5n
dc 10J3 energia nccc.;s:ii-ia 11ledi:inle o crnprego excluc;ivo dc crin.50 nnaciíinal. Nu
entanto. ~:inihém rccoi~heci;~ a necessidadc de insialaçc?o de grupos dc reserva.
1% com estc cirFuineiilo quc. fi C.C.F.P. pediu rzu~orizat;5o parri instalar
uii~ turho-~rupri'~ - . de Ir 3C)O KW. heili como um yerador de vapor cic capacidade
iguiit iios geradores W:il~tiei- cxistcntrs. c um rcctifrcridor a vipcir de n~crctirio de
capricid:tde igual ii dos iidquiridos eni 193 1'5.
Os rrsuIrados saiisl'at6rios obtido4 com (i5 geradoi-cs Walilicr aconselhav~rn
a C.C.IZ.P. :i coniprar* uiii idem ico. poriatito dri niesmti lahrica~ite. No enranio. a
í3:thcock & li'ilcos. quc já Iiavin npresenLarIo. scrii êxito. propostas para o
rorilecimenici dc duas caldeiras em 1929. por intcrinédio do ilustrissimo Caslri!:
.T. Micliaelis de \kliç~níi~cl(i~. aprcsentoti em 1937 n propoqtn mais vanlaiosa
p:irn fomecimcniri da nova caldcira.
Aq condicõe.; cil'erecid;ih dest:i ve7 nelri Rubctick & Wilcox satisi'izcraiii ii
C.C.F.P.. qiic por uin custo mais h:iixo c com as cnracteristiçtis pretendidas,
piiscrrim a riov:~ caldeir3'"a funcionar nri CentrriI dc Mrissarelns, em 1938.
Após ;I coloiriçfio cin iUncíonrirncnro da caldeira Rabcrick & Wilcox. do
Turi-ici-Grupci e do Çonversor. poucas foram as :iltei-açõcs em termos dc
estrutura do edificiri e de novo equipamcn~o. A panii- dcs~ri dci~i e atC ao estado
nctual forarii destruidris as tffs chaminCs esisrei~ies. o clcvaclor de cinzas. aIguns
edii'ício. a casa das bornli:is. e claro. :i venda e desmontagc~ir das caldeiras e
rcsiiiiites grupos. isto no dccorrci- dos anos 60.
3. Cessaqãn da prtidiiqão de energia elkctrica
A Central Termo-EIéctrica de Massarclos ruiicioiioii cerca de 45 anos,
p;iss:iridri por* percodos hast:inie conlurbados de origem inierria e externa. Julgo
quc os miits siynific:i~ivns. por diverszis r:izfics. forarrr de origem cxtertia c
rcfi rri-rric coricretg tnente fis diins gtrcrrris mundiais.
'Isrnh6ni a rcl:ição cxis~ei~te entre a Ç.M.P. c :I C.C.F.P. nunca foi das
mcl lirires. 112r;i~ad;i tiiuitns dni vczcu pnr conflitos ciltre csiaç duac entidades. e
cul mitiiindo corri :i passagcln dri Co!iipanliia para ;r adtninistraçZo da prhpria
C:irnnr:i m:t l tcrminou n coiicess50. em 1 936. Foram iiecessiinos apnas mais 1 5 mos
pairi o encerranienta d:i acrividiide principal e. qtie rn:iis rcçurstis humanos emprcgavn
n:i Ccni~il dc Massarelos - a prciduqrio de energia e1éctric:i.
A liiprítcsc dn :iquisir;ãíi cle encrpin eléctrica a terccirns fcii çolocadn rnesrnci
aiitcs da prcípria Cclitral scr corisrruidn. e s6 n,?o foi iivaiite porque os possíveis
Iòrnccedoi-cs da época. n,io cifcrrctnni garanti:is de iini iornccimenia que não
colocasse em c:iuLa ci hom runçionarnento dos cli5ciricos.
A Ccnrrnl dc Mnss:ircIos tevc ns seus Cxiros produzindci nrlo sii a eiicrzia
sulicientc prirn os crim»s elCctricoç 1113s ainda para vciidu. ieiidu atingido o seu
augc crri 192fi'7 0 que ievau a Adniinisrraqãri a louvar quem na altura dirigia a
Cciitral ou seja ci Eng" Rnclrigo Sarrnento de Beires. A partir ciessa data a venda
dc ciiergia eritrou rium prncesso decrescenze 1130 consiaiido inesnio ciitre 1937 e 1942
vciidas de encr~ia clrScirica 1i:is receitas da Companhia.

I1 ENKlQ L!E M.4 i\'I!El- COSTA DIAS
Ein 1938. pcir inicizziva da Juiita de EIeczril'icaçao Nacii~ri:il encciar:im-se
neyociaçóes para qirc hauvessc coopcraqiio entre 3 1J.E.P (UniZo Elécirica
Poriiiguesa) c 3 C.C.F.P.. O ricordo que usava a pcrmutn dc cncr2ia cIeçtrico,
foi aurorizndo ]>elr> Suh-Secretário do Coniicrcio e IndLístria hern do sr~rviro
piihlicorn no principio dc 194 [ I*.
A situaç5o dc pcrrnuia roi o prenúncio de > da CcntraI quc cada
vez ni:iis sc VIU dependente da cncrgla foi-riecida pela U.E.P e posteriormente
diis S.M.G.E.
Esta ~itunç:?o
roi notória tl partir de 1955 cujn prodiiçao prhpria j5 niio
çhegílu p:lr:i I rede de 1racr;5ci.'Y. Adivinhava-sc ri fim da Centr:il quc cada vez
l'icav;i m:iis cara cnm as coilsianlcs paragcns e repíiraçfies neccssfirias dai
rnfiquinas. qiie acnrretavrirn custos elcvados de mão-dc-obra.
Tr:inscrevo dc seguida rilguns par:'igrafos dos i-clatários dc contas de 1959
a 1962, que reforçaiii o quc nir?k 1-iii rriin. e revelaiii coinn fnr:irn os Úl~irnos dias
da Ccntrnl Terino-1;léctricri dc Massarclos:
nNo r~ipíriiln cio ~rrodrrqiin ccinrirli~cr rr ir~iohili:lipio da
C~i~rrrr/
cicr. A ocirtal ,sirirciçclo ckr Ceriri-o!. qiie \?os obr-&o a ter rodei,\+ us
irrsrnia(+óc..i. qras a tiitr npoIo r61-r?ikri. CI~LI CIO SP~R;ÇO LI177 PIICCII-XO
oiti/al cle cer-r.ci dc 1.200.000S00, ser17 qi/alqiiei r-nt~ri*npcrutidcr e
cnihni~ri rii~ésscnin.~ r~r~rncla jrritro cIns irisrGrlr-in,s si~j~c~riows :i rcspectiv:~
desçl~ssificnç50. o [ucro 6 qire (...I - ricicki corisepliiinos~.
c/c Massnrelos. sn/i.o riti7 li,qeii-o nrranqrre pnnr t!.~pr~~-íPrr-
nO cr17n (/r 1 YhO ,foi. prrrn esrc Seri,fro. n.i.sirtalodo, 1701. dois
facrn.~ (Ir. intesisas rçpcrcuss6es I...). J?cfcl-into-~ins Ii dc.sc*lcissificnscln
dci CC~II rrci 1 dr Mas.~o retas r ri ei~rrcidrr piri i.i,qor- rioi-n rarifi~
de i-erwh dc ei~etyin cla Çoriiparihia Nncional dí. Iiic.crr-icirkid~~.
punr de.s~rioirfn~q~ni d ~ iiisrrilnyiírs s el~rrin-
nrecfiniccrs de pinclriyr?o pai. clospnrho de siin rschclPi?r-ia o Scnhar-
Srrh~eci-rrririn do r.s~or[o dn Iitdtísiriri vcio teitii i r1:ir çoni n cxi q-
~enciii da Central de Massarclos.
I...) çõnio rirircirrt~ n lach clrio 1ri70 se j~rodrr:ifr eriri:qjn a
c-oii~ldernri 34 ~lt~.\-í#.~ dd~' il~uIilixtr6'n~ e IJ~I-CII n JCII tilrirrtn
Cc~~rri+cil
fino cor~iplcrc~nclo cerco d~ +?O uiios (Ir csisrSi7ria N.
~Etri??orn IICSIP Rct~~rfiri~ 17fi1) ~CIIII«IT~
ICIII'P~. CCI~J~I~TL~II~O
qiroi.sq~t

n Cr~mo prosseg~rinrer~ru Ió,çico dcr ~i~trol-i:nçfio rnin i.srreria[ a
qtlc nos refcrimo.i no Relaro'rio do tino pns.rnh ,fii adjitdicucla c111
cnnclrrso ptiblico n itnia finitci rrrrcio~?aI, o de.vnroitrngrrii r i-enclc~
cil~s in.stnlaçíi~s eleciro~?~ccfiriicrrs &I Ceirrrnl de Massarelos. ferido
os rrrrl>alhn.s sido i~iicirrdns erír 25 c/c Agosro. Erriboi-n renlro sido
/i-~~do urn prcrm ck 8 meses, Frei a-.TC qrte rln primciro rrimesrrc! do prOsinio
niro u c!vacuuçiio do7 r~iaterinis esr~ja totul~~ienie t.onclrríocll~.
Relathtio e contas de 1962
-Cor~cltritr-se no 1. * triilre.~rsc a dc.sritoi~ragt.tir total das iirsrn-
IripFes prodittrlrns de erref-g ia. passnridn e,~tc! depar-tnrrienro (rede e
~elecor~iiinicci(Ges) a ser orief~rado ex-clii.rir~aii~ri.lre Iin serirido rln
eCrp/oraç~, innil rcige~n r cor~sen*uçcTn clns .sirhestnçõ~s de ri-or i.rforriictçijo,
secrinnnnieirto c i-ccrificn~iio e r10 sisref~ia ~~/.e~o1?71dl7i-
CO~ÓP.V D.
4. A preserwaçáo e reutilizaqão do edifício como espaqo museológico
A central dc Massarelos foi construida tendo ctn vista a sua runcionrilidtide.
A sua arquitectura asscrncl ha-se a alguns edifícios coiiçtruídos pela
Europa e com a mesrnn lunç5o.
NSo nos podemos apenas lamcn~ar por grande partc dri maquinaria ter
sido vendida ou destruida. ou até pelas v5ríris alicraçfies do ediiício fnibo de uma
evoluç5o natural da Cenrrnl. Na cntnnto, na CentrnI h,7 ainda miiito a conservar.
ianir~ no que diz respeito a espdlio que era parte integr:inic dc si mesmn. desde a
sua origem, bem como o prdprio ediffcici, c todo o resnnte espdlio quc hqie
compóe o Museu do Carro el&clsico c que já conta com:
- Colccç5o de carros elBctricos e arrelados
- colecção de iorogrrifias
- docum.cntaç30 de arquivo e bihlintcca relativa h tracção cléctricn
Mas camo foi que a Cei~tral csnsegtiiu sobrcvivcr, uma vez quc foi pralicamentc
desactivada nos anos 60, pcrdcndo newn daia 3 raxrio principal da sua
cxistEncia. OU seja. a produç8o de energia elisc~rica'?
Noriilalmente um edifício crn estado arqueológico mira rapidriniente ern
degradaçiio. Mas no caso da Ccntral n5o t ~ i
isso quc sc passou. pais foi desac-
tlvndo síi o que dizia respeito 3 produç,io dc energia clCctrica. continuando
como subestaç3o e com ourras aclividadcs n desenrolarem-se normalmente
(serralharia. carpiniaría. secçiio de baixa tensào, bem como uiria parte rcçenrada,
desde sempre. à recolha c inanuteiiçzio de carros cl6c~ricos).

IIb.'lu'KIQ LIG .IM ,\'L'EL COSTA I1lA.S
-- ---
.4ctualnientc n Suhc.;i:ição qric se situa ri;~ nnvc do l:ido pneiile (Rua dri
E3oa Viagem i teni :linda eni acrividade:
3 reclificlicIorcs Brown noveri quri dniain rlc 193 1 de 1000 Kw cad:i
1 rectificador Erowt~ Boveri que data dc 194X dc 650 Kw
Transforii1:idor de 15 00015SOV
2 trnnsf'orrsiadares Brown Roveri
7 translbrrnadores pr'rtcnqiz da EDP de I5 000/5 0OR.V
Esta nave quc jii 6 actualnicntr ocupada c111 pnrtc para cxposiqões
ierirpcir5ri:iq .e ciuiros eventos 2erides pclo museu. poderá vir a xer rnuscrilizrida
na 7ii:i totalidade o que lhculiariri ao público cni geral iiiais urtl esptig sii~guliir.
Na navc central encoiitrn-se açtu:ilmcnlc ri exposiçzio perninntinlc dri
muscu quc cnnt:t corn 13 carro?; cléçtricos. 5 iiirelados. 1 zorras. e 3 carros iarrc
(7 auiomáveic; c iim eli5clrico). Dispnc ainda de pcps ii~tirnatnente li~adsç com
a trac~áci eléctrica. como criiiihin:idarcs. induzidos. fardariien~ci. fotografias,
passes.
Todos csin.; vi:~tiirns rornsn restauradas nas ol'icinas da Sociedade de
Trzinsporics Çolcctivtis do Porto. por uniu cquipa csl~cçi;ilizxin parri o efcirti.
,416 ;to iiionicntn tis encargo'; rSm sido rniiiros. e suprirkidos pela crnpresa.
Dispde ainda de gnbiricics fidniinislraiivcis. c um espaço reservado a
arqliiva de dncunienitiç5o e rercmas J;i< colecções.
Qiianro aos dois edifícios denoriiiriados. crn icinpcis iiiats remotos. por
irdcphsite dc carros>>. tis nitiis aittigo.; d:i estrutura da Ceiitrnl quc sc siiunm do
Iado :1 rua D. Pcdro V. stici actualrticn~e iirilizados ti111 delcc por oficinas e o
outi-n principaljneiilc para :I recolha dos carros clr5ctrictis da carreirs rlizirin.
Kcstc rntinienio. csli em curso iim prqjecio dc rciiicidclrir;ão do cdificio
pelo iirqiiitecto Alçirrti Soutintiri. que rfent1.n cm brcvc ser5 posio crn masclia. c
que coiitcrnplari a rid;iptaçZo dc tspiiço.; j;i cxisien~es ;I ríreas nevris (como
audiidrio. rcstniiranie e har. cspnço pari1 scnricos cdiicarii~os ...).
Mas ci !i{riscu sá cstiii-5 cm poder dc ~t111fis as suas IBculdild~ $e par3 alcn?
dc iodos ris nicihoralireri~oi internos que cstiici eni c~ii-so. n litihn 1S e mesmo :i
linlia da mrir~iiial. linlia I.
1: irnportanre n5o sii para o ~~úhlico. ucifizndoi- di'irin Jri carro elfictrico c
r

A CkhrTRA1. TERMO-EL.!~~'K~CA 1117 MASSA RI:'L(IS
primeiro 1ug:ir. porque srio duas linhas tiistciricas: basiando dizer. que i~ linha da
rnargiiial. entre a Infàntc c a Foz (posteriomiente ampliada ate Mntosinhos) foi a
primeira linha a scr inaugurada na cidade do Porto eni l R77 (ainda de rrncção
;inimul) e a segund;i liitlia, a ser electriiicatIa em 1896: qu:into 5 linha I8 concretamente
o frnçci de Iinlia entre a Cordoaria e Mrissarel da
[iutn:inid;idc conscrvaiido r150 só iiq~~il~ que dfi 14jeitnw mris tiimbbni o que
ncccssi ta de til~uni iiivesririienlo inicial.
Ncsrci I'asc cin que muitas cidades europeias adopiiini ntivariierite o
sisteiria como um:i illernritivi dc trrinspone dentro [Ia cidade, o Porto tendci ao
seu dispõr carro.; clEclricos (~qiinnro haste>> {necessitando de :iE~uriia i-ccuperaqão
C certo) e carris na via. não podc desperdiçar esia oporrunid;ide.
S. Alguns dados estatísticos relativos ã Central de Massaretos-""
VENDA DE EKI:KGIA FL~:CTRICA
--

I
AYO
1943
I

Ali0
1043
1944
1945
1c)4h
1'147
19LX
1949
1 I
li15 1
1 957_
19.53
1954
T955
I')F~
1957
!V58
1959
1960
,-I CENTRAL TERMO- ELECTRICA DL' MASS.4 KIYId:I,OS
AKo IlNERClA 1IKCE:AlI)A ENCARGO Ct'çTO %11::1110 lin
1Yh0
r961
t 'l h?
AS MINAS IiE
:\CEP DE S. t't.:l)RO
DA COVA
çi a7 JYI
4 1 R8 600
4 441 doo
14175UO
4O21300
5 413 910
H 196 3 7
3 W2 ORfi
3 ?'?R 7C15
3 -7 I S~HE
7 ?h0 0(XE
4 196
I 175 4fX (h)
ht I 656 (h)
3 1x1 713 (h)
569 (140
-
1 91ci 170
1 8ni 600
I 554 520
1 73X H70
1 668 Xl(E
I 61)~ 370
546 09 I)
E7 140
4 Rim mo
-
-
i
-
-
-
-
icii'i1 L'ORRF.FPONI)EhTG C;!Vll
33991 171
34 116531
34 606 731
A TERCEIROS
429 i sn
hT3970
429 73n
43h1HO
432910
452 370
59214
62 453
27137
6 0 0 ~
2119
I 163
(3911
82 137
~onnw
I4 497
R0
-
SARA
A UI

HENltIQUE MAA1Udl, COSTA DIAS
NOTAS
1. Kçl;ircTriri aprçscnt:idii i Asscrnlilci:~ Gcrnl dos Scnhnres Acçionist;t.: çin Ih dc t'cvcrcini:
Gcrcrici:~ dc 1997, p. I 3.
2. Rc1:iitirici :ipicxcniado Asscmblcin C;ci*al dos Senliorcs Acciuoisins ciii I:cvcrcii-o dc IH94;
Gcrcnci:~ Jç 1 X93. I>. 17.
7. Rclaidrin nprcscntndo h Asscmhleiu Gcr:il dos Senliuics Acciunisias cm f+vcreii,ci Jc 1894:
Gerrnci:~ dc I X93. p. jiJ,
4. liclarúrio :ipi-cscni:ido i Asscmblcin Cici;il dti5 Sciiliui-çs Accioiiist:is cri1 Iú dc Fcverciru dc
1 XQS: Gcrcncri;i Jc I X94, p. 17.
5. Rcl:itrii-io npresciitndn b hsscrnlilcia Ger;il dos Senliutcs Acciriiiist:is cnt Ftvirciro dc 1 X!14:
Gcirncin dc 1x93. p. 19.
6. Rel:ítririci aprescr1t:ido h Asxcinhlci3 Gei,:il ilus Sciiliures Açciniiisr:t~ cin Fevcrcirri de 1894:
Gcrcncin clc I S93. p. 15).
7. R
(10s />rr~posip%*.t- n/7rc-,*,l~?11(1(/III~IP~I~~~I;JI~ dtn proj(,r:~o (li,
rrrrii.v/irni tir(.r7o i, ~irti~ilirr~~Tri rlns irriiiiii.c:x.r do I'rirt~i. n/?tirrii,rrilci riri 19110. p. I C1 - MCE.
f 1 . i~;ii;ri /'m-It(,(-o Jl~~inrit~i - A C(111rpnifI7i11 corri.^ c/(, FLJITO do Ptirro, \d. I CoiirrI~r

z(1. Pcl-nlilixn) POII~LIT ccrç:i dc 30 ttlrl~I:i~[;is didri;~h dc ç:lr\'9,1 que Itttdn Um C'UEIIY ric ?f;Snn :I
tuiicl:itia, d;ii,:i no liiiiil tln nirci Liliia rcdiic;íii [i:i> ilccpc5nr; dc 270 O01)50n. P:ira alCni do ç:iiv3(i
i;iriilir:iii n iii,iii-dc-ohr;i liridrii:~ Fcr seduzid:i cni ~irln rnctins l i opciiriuh çu,io '.alirio rniidnri:~
17$0(1 110r dia n que daria no i'iii:rl rtn arin. uma diiiiiriuii;.?ri tiri\ >riláriris dc 65 I)nr)SOn.
27, /'roj(*rf(~ tlt* AIII~~~II~&J (!(I C~II!~(I/ dt* Mi~,b,,s(~rdciidli
sei- rri;iiiri:iliiicrirr iii:intiIii.nd:i: 1'cirEnçi:i iri;iix ecriiiriiiiicx: 4 O00 KW, Pntènci:~ niiriiit:~ contíiiii:~:
5 íi(i0 KW: Tcneiu cuiiipnsi:i 5 750 V: iiiirril:iriictitn dci xrnicii.: cstrcl:i: Excii:irliii. tio cxircmo dil
vciii: E:.ncit:i-:ici indcpçiideiilc pcissivcl çcim 05 gi'ukioi. ilc c.scii:içici cr;isic.iiic\ rtiediantc
inrctliostc50 itc um rtostatii dc ç:rnipu rici circuirn drr roroi: 'i'cii~5ii riiinriril dc cxcir:içrici I75 V:
Filtro dc ;ir Viscitr.
79. N:I liiilra quc pcrc-nrri:~ ;I s:il;i d;is çaldcir:is çxiuii:i uiii;i Ii:il;iris;igciii do.; xciriiis qiinndu clic;:ii*:irri ci-ilii (i
cari.3~ ~tc S.ILdi-o i1:i Cnv;i.
30. Rclnttiriri dc C'uiitns d:r Cniiip;inlri;i Carris Jc Fcrrii rln hrrn. I O33 - Artluivn tio hlCE.
:I 1. O cnrisiimti do cart.ircs
- siipcrCí~.ic. ?SX ni?. :iquecinicnru d;i :ígu:i tle :iliitieni3ç5o dc 125°C :i !7n0C rtn c:irp:i normal:
A l:rldcir:t rcr:i riiiinitl:~ - dr: dois indicidorc.5 clc sií~cl rtv +?li:i vixivcts dn piso rln l'ii~iicirn. rlc
iiiti tcrcciro indic:idcii. (!c iiivcl Jc 5yuii. a dii;tinci:t. qitc sei.:i irrstaladci jiinto dri pohtti rlt
crirri:iiirln iin gerador. di: uni rn:intjnicirri indic:irlnr da ~~irsxici d~i vnpor t:iiiilicni uirivcl dcsic
ptistu dc ccirli:ind

EMPRESA ELECTRO-CERÂMJCA DO CANDAL
- UM CASO DE RECCONVERSÃO FUNCIONAL
A ideia base dcstu comunicaç5o é a apresentação de urna sirrie de imagens
que servem de cxemplo a um Lema comum às ;ireas meiropoliianns acruais:
a i.econvcr?;z70 dos espaços industriais inçcridos na malha urbana ern acrividade
ou nZa.
Local imdn em Vila Nova dc Gaia. numa rircn encaixada entre a auto-estrada
P iirn:i malha urbana de carfictcr mral iiiais ou rnciios densificada corn novas
coiistruções hahiiacio~~ais espccula~ivas c de Fraca qua1id;itlc. a iren ediilcada da
Emprcia ElcctrocerSmicti do Cnndal vai-se desenvolvcndn no longo dn iempo
arnivés da trzinsí'omaç50 de um icsrciio de rtquinla= niirii rcrrcno de

A ~~rtirddeste i~~ill~Elll~.
cnrn pequenas abri~~ clc nie~!ior:iziieriiri c trritisformação.
os cdif'icios S ~ U iolug;idoh a varias tilios de cii-rpi+cs:is dc scmiço.;.
Criin :i nhertur:+ çEn 11ov;i vin V8 c :i olCri;i de novas :iccssihilidridcs e ri
vitlt~rix:i~;iu dos rcrrcims in:irgiii:iis siirse a cipontiiiidadc de apcistas Jd'initivamente
n:i tn;inuteiiqlri c n:i conl;truçSci rlc nri~~os csp:iços l'onlri 5' O ç'asii do iicwo
ar111:146ni t-CCCII teinei~~i:
ctinçiruido.
hiliiiq u111:i vez. 6 Liiria emprcs:r j:i i1lsi:ilnd;i c taiiihí.ni coni hipiileçc cIc
t O C I I ~ ~ C ~ O
saída do P:irc]ue Lndt~st~i:~I a nplílr pt'l;~ per111a11C1ici:~
cdil'icio. m:intcridri-sc iio Rtrcliie Iildusrrinl d:~ E.E.C..
do novo
Peris;iiiio-;. pe to cluc tiveiiio.: ripoi.tuii idade dc rihscrvrir. qiic a silu:içao
iictiinl dri Piirque Indiistri:~l rlri 1i.E.C. 6 um bo~i excrnplii da pcrrnanencin da
~iicrndrin i iidusir5:il cdil'icncl:i cla çid;idc. ri~t-avZs de ~ii-iia ciperq3ci dc reconvcrsl?o,
niaiitciirIo de :iIgurn:i i11aiicir:i un-i ccriri iipn

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O P ~LO INDUSTRIAL DA SERRA DO PILAR
GONÇAL\'ES GC~T\~~\~ coii? quc se cniastriivam as naus
cnnsrruidns nas T;irrricenns de Vila Nrivui. No início dn sdculo XVII h:i noticias
clc ibnios oiciros tia sua encosta poente. 11;i travessa dii Barroca, no caininho que
ia da riiu Direitii para (3 moskiro d:i Scrrli?. Mas tudo isto rnuito c5 cm baixo.
i~iuito peno de Vila Nova e da sua activid3de rihcisinliu.
A íridústriri. na siccpc;Zo própria do LC~~IIU. sO aqui sc desenvolve em
i-i~eados da st5culo XIX. E lia realidade n5o foi 3 Serra do Pilar um dos primeiras
~lpolos industriais>> de Vilii Nova de Gain. Sc lal,unlos da t

cspecial para o rcgirlo c depcisito dc miircaç. descnhos e mtidelns c obtenção de
~?rivilCgios dc inveiiçàci>~. dc qtic era ilgenrc J'raiiciscri Gotiics Teixcira". Na
zona riiinc da Serra. vtiltdii uri rio. tinlia ~iparccidti em data antcrior a 1861 a i'iihric-n
dc cola do Sr. d'Aletii dc efciiicr:i durriçSo" c que dcvcri rer cedido as instalacões
pari1 rilargurticnto da Líhrica dc ccr5rnica quc por volrn de 186 l ali sc ~inlin
in>~nladn liti ;ibandoti:ido l-ias~iício dos C:irn~eEites Descalçost'. que eni 1875
perlence à l'ir~iiii Vici i-n l3r:ig:i kk Irrriiin c e111 1 R17 ;I Jri3ti AiitOnici V ieirri Rriigii.
lendo dcpnfs em 1903 pertcncidn i l'irrt-i;~ Barbosa Branco R C." c nii décadsi
seg~inte n Jose Pereira V:iIcntc Jfinior. cx-proprieliiriri cle uiiiri fáhrica de louçns
na< Dc~ce apctiau Gnirnrirãcs l'esrriiia ff C:' Lirniiadal7 nias
as suas instatnt;ócs j:i iinliiini crescido c crintinziuriairi a nurricntar atC i sc_oundn
inelade destc çéciilo. Dc 1934 existe nri Arquivo Geral da C5n1ara dc Ga~a iim
pedidri dc aiilplinçãci pririi as suas instalriqócs que cnt-in j:i crimiportri\liitri v5rios
rcscn-ntóriris dc @a. tlc ciixofCc. de cnn~3ci vegetal. 1,ar;i a!ém dos de sul~ui+clo
de cirliono. foi-nos desie pindiitri c tanlhcin de olni-ia. tin-ia dcstiliição Dciss e uiila
instri1:içlíci Zalin li~iidri Lr rcspccriv:i charnin6. uma scri*uIti;iria. urri gasSrrictro de
50 mi. unia cabine de 15.0nO v e i~iria.; outras instal:ir;rics f'rihris. para n1Ctn dc
coiiserv:ir :i.; antigas iiistalaq(ies de iabricn do gelolx.
E111 I 948 :I labrica ~iertericin ;i0 =mpo da Ccimpailhi:~ Uni50 FFariIiq. viridci
depois 3 intesrar-.;c ns Quiiiiignl. tendo hido encerrada devido h coi~strut;ão da
IIOV:I pnm ~C~OV~~I-~LI.
IJqie ciic~intrn-se ali instafado urii dcpnrtaiilcnici do? Ç:iininIios dc Feri-o
l-'oitugiicscs (IIEl-ER) ciii p:irie dtis SU:LS instíilsiçõcs.
E113 I 339. t:irni>étt~ tia periferia dii Serra do Pilar irias ii Sudc~ic. i nst:iln-sc
11121:i graiirl~ unid;idc de pt-oduçiici de ~inlios e npunrdentes dcnominnda Rcnl
Coiii~ianliia Vinicola dri Ntirte de Ponugal'". quc cntão ociipa extrnms terrenos
no luyr dc ScgucIos. incliii tido c1 túncl dn Serra do Pilritb qtic corncqava nri
Quinta da Rnai~ista (iuritri h casii dn Conde de Castro. iiiinislro das obra.: ptiblicas
e pcrtci dc oiidc

no i?nal do século algumas pcquenus unicltirles F~tiris. cciino ;L Tipiigriiiia Barbosa.
de Francisco Msrtiiis Barbosii. Fundada em 1890. cin I R97 estava insialada
no n." 33 da rua Gencral Torres. mas em E912 j5 se ci>conlra\la no ri." 30 da
nia Senhor d' AECm. depciis denominada turi Cabo Sim3ozl.
Em 1950 n fii-tiia pcrtcnciri ri Antonio Mariins Barbosa. filho do seu fundador.
que sesidin por cirna da oficinn2J.
M:is no fi11aI do sCciilo p:isxndo era ainda na Fervcn~zi, n:i nia do Pilar. na
Calçada dri Serrii c sohrciudo no Senhor d'AIdiii quc continu:ivrirn a aparecer
pequeiias unidntics pi-oduiivas. Em 1 R97 encontramos na rua da Pilar n." 8 a
rannariu Jc Luis .Viiria Tcixcirri c Mclo e cm I 399 ;i de Maiiuel lonqu~m de Sausa:
naqucln primeirli data existia na CiiIçada dri Serra n." 5 1 a tinturaria de Antiinio
Vicini: ii:i ma do Sr. d'Akrn, ~iiinbern naqiiela daia. irista1av:tn.i-se, :i refinaria
de riçÚc:tr de Jose dcis Saiitos Rulino. :is fihricas de rolli:is dc Dias & Cuti1i:i e ;i
titntiririii de Lino dos Ssntris cliic, no eiitanio. em IX94, sc inudti para ti Calçada
da Serra. 31. quando no Seniior d'Aléni .;c instala a tanoriria dci Alliel-tci Rebelo
Valcniczs.
Vemoq assim que al& no final do sCcuIo XIX n5o h;E unidades fabris
dcntro da antiga Cerca do mosrciro: a c?;plicnçklo ialvcz resida no facto de os
tcrreiior ainda cnr,?~ screni çorisiderados tigrícolas e iio i'acto cio Miiristdrio da
Giierr;t. dctcntor do itsufnito dc graridc parte desscs rncsmris tei~enos. apcnris
:iuiorizrir a construr;3o Jc habi~oçõcs com ii condir;Zo dc os prapríc~ilrios rissumircni
o nu% da dcmoliç5n irnedi:it:i iio criw da institiiiç5ri i~iiliiai- vir a necessitar
dc toda 3 iren dispoiií\~cl, o quc obrigaria à cxproliriaq50 dos tcrrenos cntrezanto
vendidns ciu iilu~ados. Este segiindo Escto explic:~ t~irnbfini porquc C que muitas
das caias do bairro d:i Sci-ni i'orain construídas em inrideira c tabique. com r, rcboco
recobertrr :I cscnrtlas dc 1oirs:i. c n3o eni pedra. o que dillcultni-ia c oiieriiria a sua
possívcl demoli-aox.
Mas se ~iil poderia ser acciir'ive1 cm Icniios dc hril>itacãu. era-o dillcil crn
c ~naqiiin:iriri pc~:~da. Nri entrinto. e scicirilrnentc I'lilarido, jli na Scrrii do Pilar se
tinham i~isialadci al~un?ris ngrcrninqõcx dc homens da incllístria: eni 1809 cxisti:~
:i1 i a Çr~r>l~er-nfii-ct d~ CCl.lifo lrlP COIIJ.~~~IIO
CIO Pl*nlr!~rrkt~lo CICI S L . do ~ PPikrr- corii
sedc nn rua Luís dc Coriiões e de que cra cnrrorario Zcfcriiio Dias da Cos~a. c a
A.\.srn?hleio ch Sei-1-0 cio Pilcri., com sede lia rua Do~itcir Avides (depois Elias
Garcin). de quc cra prcsidentc da A.;scmhIcici Gcral. Apolino dri Cosiii Rcis.
itidustrial Je Iiiogratin c editor*'. Ainda no tinnl do s6culrr crsuera iio pveto
JaqueIn iirt6ri:i cciIn a rua AL'onso de Alht1qucrcliic uiiiris instalacões modelares
de iipogrdiri c I i tngtafia deilon~inadai, Ru(11 ..l~o,yi-uphin r Lirlin,qrq{iu Lrrsitarrn.
Tendo iniciado a suzi nctividi~dc no Pom em [%S. zr;insiciizi depois n sua cmpresa
p:wa o novo ptilii iiidusti-ia1 da Serra do Pi l:ir. nndc em breve se dcdiciiva tanibEin rl
inc1;ilo~rrifia liiiipresiilci em I'ciIlia de Flandrts). Em 1925 scria esta unidade
l'nbri I ;i primcici li togriilia poi-tuguesa a imprimir sclos do correio. até :ii iiiiprcisr~s
no estrringciro. Nas sua': fnsia1nr;fics íuriçionarrii-i-i Ègualmcnic ;I$ cdiqõcs l-'ri~l-in e
Apnlirru. Em 1941 a l'iriiia iòi vcndidii pcIo.; scus dcsceiidentcs a AIE-icrlo dc
Soiisa. prciprietario da Litogi-iifia Nricicinril que de novo leva n Lusitana para o
PorI02~.
As antigas instal:içõcs p:issirn depois a alhcrgar 3 [',ibric:i dc Artigos dc
Metal (FAMA). qiie se cspccial izau em l'ogareirtis ri perrhlcti"'. Nos anos sessen tri
csta firma d6 lugar a iim depósito de garrafas de gai. Cidla e gilrngeiii de recollia
c oficina de reparriçfiex tlc :lu~riiiliiveis. que at6 hoje ali se niatitktii.

Regrcdindo outra vez no tempo. seria pr~is a rampimenta de uma nova
artéria pela antiga Ccrca do mostciro no inicio deste século que viria alterar esta
si tu;içrio: rcferirno-ilos 5 avcnida Caiiipos I-Ienriqucs, entre a mirada da Ponie
Luís I. o Morro da Seriri e :i rua Luís dc Camõcs. troço esse que hoje faz parte
d3 avciiídn da Kepúhlica-'O. Logo nas prirnciros anos ali sc implanta a grsridc
Fllhr-ir.c~ cio Piicir. dc Manucl Milhano Sai~ches & C.", unidade dc i'jação quc
fornecia as psíiprins f5hricas da CoviIhã. conforme se podc vcr nuin anúncio
publiciiclo tio livro Men I'illa rir. Guyo de 19095'. Poréiii eni 19 17. no Altiianach
cIc. Gayn. apat-ccc con-in Foll>rira Millrriiio. cnquanto que i1 Ffibrica do Pilar ir
pmpriedadc dc Alvaro Júlici d'Olivcira. ambas dedicadris i tlriçiio de 13 e ambus
Sitiadas na j5 ei~irTo dcnorninada avcnida da Rcpúblicn", 0 que nos leva a
pensar num coiiflito de apropria~ão toponfrnica. Mas iiiiri chcgaram sequer a
melrdos do século: arnlsas hrãm dernolidas e os terrenos deram lugar ;i ediilcios
dc habi taç+tici e corni5rcio.
Em I9 I2 estas cruas fsliricaa prodrrzíani também ariigos eni malha. que
cntao se [ornavam pnpularcs. no qiic esttivani acompanhadas pela fisinz Guim:ir,?es
& Arriara1 coili scde na rua dos Polacos, quc igualmente fabricava
%ripatos dc Iira e ICltroJ2. onde depois se vieram a implantar nos anos quarenta
as Mrriir(frrcr~ircis Rerir~idns, L&I. (MANU). empresa que dcixou de lal-iorur nos
anos setcnta e cujai instrilaçfies jazem em completo abandono. Nos anos cinquenta
cstc cornplexci fãhril cra çrinstituído por urna enorrnc fAhrica. uni armxzern,
uma iIlin denoniinndn rrRaa SaUde~ GI ent5o parcialmeilte demolida). cinco
lilocas de moradias, unzn casa de habitaçno. num total de 8 045 ni'. dos quais
4 737.6 de área ~nl7ertn3~j.
.c'a rua Cabo Borges nos anos quarenta existiu i;imb&m uma outra fábricii
de 111aIh:is sob n firma Ai-itBnio Quciroz. Lda.35.
Ourrn uriidacle fabril quc se implaiitnu no princípio do skculo na nova
avenida liií a Frihriccr ~I'/1~iicri-dcrire. Lichor.tps e Ger1ebrri.i- dc Coelho Pereira Filhti
.& Companhia. a qual cm 1912 estava acompanlilidsi pelos estnbelccimeiiios cle
.i050 AIVCS dc M;~ltfis C dc Manuel Alves d'Qliveii*a. anibos nri ruo Luís de
C:irnríe~.~~.
Mas o esrabeleciinento ~cindustrial>> inais ouslidn desta zona. no final dsi
Monarrlui:~. si~ua\.a-se 9 entrada do prdprio tahulciro superior da Ponre Luis I.
Ernhon n5ci IQsse entào clasiificado como industrial, hoje nZo ien'rtmos diividas em
registií-lu n:i ciildúsiria do turisino>>. E Q seu destino scria 3 indústria do rnobilirírio.
Trata-se dri cklebre e eférncrci

- Fabricantes dc cofrcs e fogões na ma Luis de Çnmõcç. o já referido
I-lcnrique José d501ivcira. que tamheni fabricava mfivcis, e iia ma 1 ." de
Mnio. Joaquim Cascro Silva.
- Fibrica de curtlimcs na rua dos Polacos, de Sousa Fcmcira &L C.".
- Serraç5o ri vapor na rua do Pil:ir. de Serafim Pereira de Sousu Ranios.
- Trinciaria. 1x1 mcsma rua, de Manuel Joaquim de Sousn.
- Tipografi:is. para além da J.li niencionadu. i~zi rua Luis de Carnãcs a
, que editava um jornal com o mcsrno lirulo.
Entrernnto tntnbéin o sector do5 vinhos se instiilii lia Serra do PiIar:
- A. de Pinho 8: Cnn na rua do Pilar:
- Correia 8 Rraga (Suc.) na mcsnia rua:
- Eduardn Edmundo Cardoso na rua Lufs de Criiliões:
- Francisco Antonio Raphnel na rua Cabo Rorges;
- Manoel Joaquim Pintn, que jd vimos a pmpiisiio do fabricti dc capas
de palha c carpiniariri, situado na rua Senhor d'A1Eni.
- Reis Sr Si. na iuíi do Pilar: c
- Rodrigues Pinho. na rua Senhor d' AlCni.
Estc incremento das indúsirias ncstn. ton:i arrasiaria coiisiga ourras aciividadcs
produtivas: em 19 I2 a Serra do Pilar tem setc padarias assini distribuídas:
cinco na m:i Luiç de Cainoes c duas na rua dos Polacos~l.
Com mnra filhricn c tanto rorno n5o admira quc os bombeiros municipais,
scdiados ntl velha rua Direita (então jri Crindido dos Reis) c comandados por
Eduardo d;i Costa Sai-itns. o pacicnte cditor dc Caiiiilo Castelo Branco. tcnliarn
ahcno uiii quartel na ma dos, Polacos"'. l? que jii eiii 1905 :irdera urna FJbrica de
tintas na avcnída Campos I-Ienriqucs, sobre 3 C:iIçadrt da Serrad1 e entáo cis
.iscildndoç da paz>> prcicuriivani localizar os seus quartéis onde clcs mais falta
íazioni.
Passadas algumas dcSc~das. no t?m da 7." Guerra Mundial, :i Serra do Pilar
continuava ;i albergar um boin niimcro de indústrias que a sc~uir sc enumeramfi:
- C:iixotaria - Afonso Moreira nn rua I ." dc Mnio, 29:
- Calcado - .li]>, na rua do Pilar. l2:
- Capas dc pallia para gtirralJs - Constantinri da Costa. iiri Cnlçrida da
Serra:
- C~irrinho~ liara crianç3$ - 0.~1rqli7 na 1113. f .O de M;iiri, 29:
- Crorriayens e Níquclagcns - Ernesto Pinto 6c Monrciro n:i sua Luis de
Cnmões. 525:
- Curtunies - Fzibrica de Ciirtumes Beira Doiirci. na rrzu Cabo SimZo:
- Dissoluqão para calçado - Alcino Pircs Tavt~res, nri nsa Anlcio de Quental.
143 c Hamilton Lopcs Pinlial. na rua Lui.; dc Caiuões. 5 17:
- Latoaria - Manuel Rcidrigues Arnorim. na rua Mairiiailri Azuay. 64:
- Malhas - j5 referidas nnrcriormcnte
- Material eléctrico - Fil-irica de kparclhcis e AcessBrios Eléc~ricos Lda.,
na rua C:iho Siriião, SO c Tudel

- Rolhas - Eviirisio Mnura & C.". na iu:i 1 ." dc Maio. 55:
- Sulíurcto de Carbono - jlí referida;
- Tanoaririq - Gueclcs Teixeira & I'ernatidcs, Lda. Lda. Na rua dri Pilar, 6:
- Tin~as
e Ycrnizcs - A E.$~rgc de Armtinda Gomcs Pessanha lia rua Rodri-
cucs dc Freiras c M. Fcriiandcs do Courci. na rua Luis de Carnfies. 474;
- Tipogrnl'i;is - Barbosa. j:i referida: I3aiiiel dc Castro Silva. na ru:i dos
Polacas. 100: M:inucl Martins Fencira. n;i rua Luís de Camões. 157;
Mlíiio Marrins. lia niesma ma. 494: e Rodrigo 13ercira de Linia. na rua
dos Pcilacos. Ao todo cinco tipogr3fi:is na Serra do Pilar.
Quanio ao Viiilin do Porto aparecc-nus a tima Coireia Iiibciro. FiIIios, Lda..
comi annn7érii e tanoaria na rua El ias Garcia. 79, pnpulamcntc con tiecida por arua
d;is pipa.;,, e cu-ias ii~~taI:içries aindii cxiste~ii. rniis coni riutra scrvenriri industriril,
a aniidizn~iio dc iilitinínio: c Rodripucs Pinlio. na rua rabo Sirnrio. 5.
Os ~inlios dc consumo i: a~ii;irdcntc continuaviiiii rcpresenríidos por Ribas
6c Rodric~ics. Lda. na rua Jo Pilar. 20.
Ern 1950 na prhprin 6rea dc protecçári do rnostcirri da Serra dri Pilaieiiçontr:iv:ini-sc
alguns pr6clicis destiriadcis 3 indcísirio. Para além dos que Jfi
mencionarntis alguns mais existiain n:i tua Senhor d'Além ou Ciiho Sinião,
n~uitw deles ji rim ruínas. como os quc cratn propriedade de Manuel Gaspnr
Rlldri~ues I: mulher c dc JaGlo Cardriso de Barros.
No inicio da rua Gericriil 'I'orres I>:)\ 27 n 33 cxici:~ urii prhcliri des~iniido a
llihrica dc hotóes. ~iropriedndc dc Alberto Piliio Cnrdeann, inorador na RE9un.
Nos tcrrenos quc er:tril propriedade clo Ministkrio das Pinançris e descritos ccrtrro
prddio nrilit~ir. ex~raiii-sc pcdrli: ussini. ati .?O de Aliril de 1939.

NOTAS
I, A cstc pi,ulxi-iicr \-ci, FREITAS. E. .h. .E.
7. A tr:lvt:ss:i d;~ I~XTCIC:~ :iind:i Iir~.je rxisrc soh (i noiiic dc rii;i i!:) I3:iirtic:i. crnhiii:~ ri5n tenha said;i,
EIII iri~i1~11% devi:^ 1ig:ir ;I ~CILI LI(> PiIilr ;i\~cnida lliogo t.ci!c, ~II;IS ilo S~CLIIU XlX !;?i c~li-I:~dii lltlii
I.LI:I Gcii~~i~:il Tnn-r.. p:issando o irnqci iinsctntc j:i iic?;lc xCciilo :I clcsignar-sc por iria ti~irdcs de
Aninriiii. :I!.
no sI. 7'. licidiipues iic A[iireirl:i i IWi) - O h4usti'iiii ~1;i Sert;~ rlhi Pilar - dc c;ís:i
11iriri:ict ica dc q11firt~I JC ;~i.iiIli:!ri:~. I'lii,!r>. SciriEii:irin dc licciici;iiuim:i iipirhcntndri i Iínivcrriid:idc
I'iwi iic:iltti~c liifnntc D. 14ciiiicluc. li. 7 1 : pi-Erlirl li." 6%.
25. Vc1- /~l~Jr~lll~lk ... i'W7 c II/,~~II itYYQ.
Ih. Agr:i~lc

311. COtlTO. L. Rilicii.~ I t 9'451 - A ponte I.iii/. I c o ur1i:iriisnio titii-Jç-sCculo ciii Vil;i Nov:i dc
G:ii;t. In G{rirr /!L, /I(; r~t~i n~iov..,, pp. ?h I -2SlJ.
3 I. A+P (0 7'ripi1.0. VI seric. ;iri(i Xt. I97 I . 11. ?Ti, 0 iirckiidio dcsii~iiu
ig~i:llnir.fitc ~e(is ires poviiiicnlos qiie tl;iv;im par$ ;I C:iIpid;i da Scrr:ir. (i quc nos Ic\,ii :i supor cliic
o crliiictti cni que3i:ío d o ~ LIC
em l l)03 ';C dcncimiri;iv:i C:usiiiii rl:i I'oiiic. 1i1rvi:imcrirc dcpciis dc
icçnii.;ii-iiido.
>'I Ç.iIq:ida d;i Sci.i:i i4 uiiin rkis iiiais aniig:is ;iriEr'ias rlc Vil;( Nuvli dc G:iia. dcvcndri ser mcsmo
:ititcri~ir ;i çcinstrucZo dn Mii~teiro cin 1537. ç1nhnr:i dcdc. cnt:in fbhsc :i principal vi;! tintrc ;i hu:i
ponnii:~ c a prni;t dc vil:^ Nov:i. Eiti 1713 Ini calça~la pclo tl1esti.c constiilçioi- Jus6 Rodl-i~iies
1 iJ:iiscs rin qkc, XV! I r. ln /30ttvi!1t ~ C A.\-.w(~i~t(:rio
I
CI~~:+/'(J/
>\rriigris C;iriir. 11." 33. p. 73).
.$A. I'ilo i\'rii.li (11, Gziri.., IclrES. p. 9 c scpuitites.
45. C(~~itrv!ir~ ç~riiiir;rrii.ci ... IMO. in CORREIA ( 1997). pli. 60. 74 i: 75. pi.t:dius n."' 31. 77. 7s c 80,
n-apectiv:ir~icn~c (\.ti NI~~:I 74).
Xi. Snlirr :i.: cirigens e cvrilitçàri dcxrc prilo industrial rlc \'ila Nnv:i rle Gnia vcr GL~~MAI~AES. S. A.
Gt~nri4~, !/r, /'iI~tr - {'(rtri~~~/jriio Cit/r111,n/ J$:~t)~i~i~i~foi/(-. Vil;! Nova tIc G:ii:i.
~:~lll~!aci~i s:~li:icloi c:lc~;lnrl.

ACTIVIDADE PESQUEIRA DE GALICIA
- DO ANTIGO R~?XIME Á T~~USTRIALIZACTON
F~hrc!sco CALO I .riuuiuti
iciinwllti i1.i Cultura Gnlc.1:nl
Est5 rnoi lonxc da nosa intenciiin caer cn tr:isnoitados deterrninisnios
xco;rriíficni. pcrci nori podemos deixar de lhcer notar que i10 litoral galego ho~ibn
unha colixunci01-1 de l'aclores xeogrftfictis. hiril0xicos. dinkmicns c liumrinos cluc.
de xeito ç:iw n;itrrrnl. pmpici:iron unli:i irnportiinlísinii-i i~idustrili pesque ir:^ desdc
oi l-irirnciros tempo.: ata os IIOSOE día~. DCIS 5 X50 Kiii de coqtaq que tcn toda a
PeriinsrtIa IhErica. 1 195 correspciiiden a Galicis. (i quc esifi a indic~ir quc a naso
1itor:il. considerando :i súa foi-~iia e extcnsiiin. ren que ser neccsriri:irnente moi
rccortndo. c efkc~i\~amciite 6 ben coficcido o fcnúnieno caracterfstico das rias.
A elas chcgan os aportcs dcis rios. que diilcifican a sita salinid:-ide. e existe ttn
xciso dc correnres lri~ixitudinrzic; (ri que os iunrifieiroc. dciiominnn qs lup\veling) quc lan asccnde-los riuirici~tes
niincraiq du fcindo c íluc, iinpulsridos palas ariteriarcs. sc distriliúcn por todas
pai-lcç. Sc teiiins cn coiisidcraci(iii os par5nietros dc salii~idade. tcmpcriiLura c
inicrcamhici de 111asas de auga. aporiando nutricilies iiiiiiei-riis e hiolíixicos. comprcndemcis
qiic as rias galeg~ts teíinii tnri gran riqiicza niai-isqueirn e piscíccila
(cfr.. FRAC;A-~..~IICAI-EI~,
I 97 9: 101-1 2 1 e MARC~AI,EF. 1974: 123- 1 6%. sobre
iodo 167-163.
Sc 3 todo o anrerioi. sumamos o l'cito de aue :i zrinu inrcrior das rlas estã
pinicxid:~ dos ternpor:iis. ilriii 6 difícil clitetider gue, desdc moi ccdo. os Iioines
deçiclirrin ~~plr>ti-ir csic espnçio cn Cpocns de autoconsii mo c riiera supen~ivencial .
O .;iScul ilortc de Porlugal
aptintan na rricsma dircccic'in. o que ssrilel/a Iíixicí~ por razóns xe~grfil'icas C
hixtcirica>;'. pcro rcculia quc na cosia da Rrctrifia I'raiicesn siicedc cxnctainentr (I
nicsmri. :i xiil~as poIos trab:illos 1n:iis recentes). Pcro voltaiido a Griliciii. que 6 o
quc rigorii nos interesa. ctímpre dicir qiic C iicqtc S. X11 O iiitie iio que ripai-eccn
os ~randcs e inipomnies porios dri intcrior das rias (I'oiitcvcdrri. Uaiona. Viveiro.
Nriiii. Rcdondela. P:idrCin ...). Nos seguinfes sCculcis XIF I c XIY hera cando
reiilineiirc se dcfinii ri pcrsontilidade iiinriiieira de Garicio. consrituíndase os
niiclcos quc avanzan cada vcz ni5is sobre as hricarias das rías: Porio do Sori,
Rianxa. Muros. polir:^. Cainlindo

captur~iq e en montante econt'imico l'oi wmpre nirii superior en Galicia en comparaci0r1
con Poriugal. A razh B obvin: GriIicin corita cunlias magníficas rias e
csiupcndoc portos de rcfuxie. mentres que n costa portuguesa C rectilíncsi,
ricat~tiladn ou arecnta coil baixíos. e prricticarneriie qen Itrgarcs a onde rccular
con mal teInpo. 0 s poucos panos cxisrcnfes esiCin case todos cles nas bocanas dos
ríoç. e con mal tempo resulia moi arriscado pasar ai hnrrns de area, preferindo,
se podían, ccinrinuar correndo a surads para se refuxiar nos portos galegos.
Lembremos Os pni)riros dcixando as síias marcas na capcla de Sra Treça
(A Guai.da) e revirindolle unlia ielln para poder volrar (C& sohrc esta prlic~ica
GR ~çn. 1 932: 3 1. OU AI-OI\~'SO ROMERO. 19 86: I fi9- 1 80).
Diante destc panoranin non E extrafio que os porlugueses, tendo tanto mar
5 frente. íriran defiçjiarios en pcsca. polo quc r-is 1mpciriaci0ns dc GaIicja se
producirrin sempre que as m;ilas rclaçiíins. mesinn hCliciis. iion o prohihiron
~;ixativnrncnte. Pe~w non só chcgaha pcixc galego a Portiigril. senún tambn
inariííeiros. c ai( vemos quc níi S. XVITT hai conslancia duri2iu colonia dc galegos
cii Virin:~. n ainda nos primeirris anos desie sdcw!o XX sc fairiba galego na zona
da Ribeira. Os galegos asci-it:íro~-isc nas riins do Loureiro c de Sanrri Çatnrina e
nlí çoniinúaii os scus :ipeIidos. así como oracións. dcvoci6ns. supersticións, ritos
c tcrminoloxizi proi'esional de rafz galega (Cfr. MOREIRA. 1985: 77 ss.). Outro
auirir contabiliza na Pdvoii, no S. XVI. 1.3 làmitias dc galegos. entre elas duas de
Canpas. dúas de Vigo e unlia dc Ccdeira (AMORIM, 1985: 18 1 - 182). Outra
nutrida represcntaci61i de galegos na PrSvoa pódesc ver no rncsmo \~olurnc das
citas anicriores. dn auicirfri de FA'IGUEIKO 1985: 705 ss.).
Nunha cicasión crnpreguei estes datos. ~oniadoç non de xeito sistcmfiijco.
seniin aleritorio piirri constata-Ia fiicilidadc de movcmenios que [en o home de
mar. tàciIid:ide que. se Ilc permite cnrnhiar de doinicilio e ilicsmo dc país. canto
iiiáis pusihtlitn que poida realizar negocios co peixe propio ou alleo. sen risco dc
ser lnçtil i7,:idri e eIudindo cokiscguintemen~c o pago das irnbucos. Sh asi,
17eaç:indo. vendcndci e co~iierciando fóra da xurisdiccidn dos sciíorcs naturais d
conio píidc ir xurdiiido iiiilia rnnriííciría cor1 rncdiw econ0miços que se abra
camifio entrc íi burguesía das vil:is. Entrernentrcs o campesifio está soldado h
tcrrli clci seiiei-. como as prantas que cultivii, scn ti+a7.us de poder Çuxir desa
çitu:ición.
Pero retoincmos o lerna tia Galicia pesqueira do S. XVI.
Todn 6 longo da Id:idc Media fçirorise inxcniando e pcrfccçionando unha
variada çaritidadc de ziparcIlos. aries e t6cnic:is de pcsca. c5 mesmo tcinpo que se
Ioi. dnn xcito empíricri, ctrrtugraiiando o fende marifio. Sc ctliíccenios c) nome e
ri tipo dos diversos aparcllos reçulrantes e por inor dos rihondosos pleitos que se
susçitaron erirrc portos que eniprc~aban uris ou outros. Non I! cousa de describir
aqui lodas e cada unha rias dii'crentes anes. polo que reniito G interesado a uns
irahallos nos que xa o fixcinos (CALO. 1980. e Iu, 1998 :I): pero si Irai que dicir
quc. cn chegando 6 s6ciiln XVI. os pescadorei 2aIegos teiicn os mellores insznirnentas
para traballar os scus n-iares. Arnais dos vnriad

Sc as sac:idns, e miis en cancrcla s irciiiia (pofris súus enornics dimensidns),
eran aparellos ridicados :i captura por arrastrc de iodo lipo de peixes pcIGxicos,
prcfercntemenre sardifin, foi o CPI-ra real o verdadeiro aparelIo crendor de
fartura e riqueza. çheyando a coiliar Pontevedra con 13 destes artiluxios traballando
a un icrnpu. Cando SGEez Regunrt Tai a descripciiin dunliri destas artes na
Comfia (onde sc cliaman c~d~tzos) di que ten I TOO 111. de longo par 40m. de alio,
pero. conio matizou Cornide, ten quc tcr de alto o quc icfía 3 ria r~nde vai
trnbnlIas, xa quc debe de cslear ata o fondo. qucdando LI cortizrida cn superfiçie.
A siía forma. m3is quc reciriii_rular era tipo sacada. 6 dicir. niilis nlargada tia
zona centrril. çon ;ispeclo semiiiisil0rme. Outro graii pano de rcdc, neste caço
rectanyular. completnba o conxunto. Un aparcllo dc tnlcs dimensi~ns non podía
pertencer ;l un parliçular. esiandri conrormado por i~~oilos diferiintlis panos de
rcde de propíeturios distintos que. en boas condicíóiis, os kicilitaban para o seu
oportuno ensonihlnrnciito ou anna7.6~1. scguindo uns moldes que se curiservaban
na arca ou caixa do grernio de cada porto. Lcvabn di'ins tralIas: a superior ou do
corcho e a inferior. quc non precisalia chuinbos nin pandulleirris. pois o propio
peso facía afondar rapidarncntc a arte.
Con aparicidns c desaparicións. ri derradeiro dos cerccis reais morreu no
verá, de 1909 no porto drt Çorufin. 6 ser vendido para unha Labrica de pripcl
(Cfi.. RODR~GUEZ SANTAMARIA, lg I I ).
O seu cmprega ia desdc setcrnbro ata niarzo. c rnenrres lanto estaban
prscticamentc prohibidas tiidolos demais uparcllos. É lóxico. teiido en censidcracihn
o cnr5ctcr colectivo. as dimcnsións e :I forma de trnbal2:ir desta real rede".
X:i armado o cerco. rneríasc nun barco grrindc. gale~n oii trincado. de 12 ora
24 reinos. Outras embarcacidns menorcs saían a desciihri-10s manchos de sardifia
(s6 se empregnbn para esic cupleido). ocupando un total de ala. 120 homes.
Corno quedou dito, en Pontevedra chegou a haber, iraballarido a un tempo. ata
14 cercos que empregaban a perto de 7000 marifieiros. 6s pstrdns oti arriliciros,
desde (1s harcos auxiliares ou desde tcrra. divisal-ian os crirdunies de peixe e
dirixinii a maniobra do gaieon ou itrinctido: rodcaban estes o mancho co grau
apnrelln e. coa axuda das restantes emharcacións da cornpafiia, arrastraban o
aparcllo aberto cara a terra - ri xeito dc ettornie sacada - ala cliegar 5s 4 ou 5 bmas
de nugn. Complciibasc e pechilhase nlf o cerco co outru gran pano rectangular.
quedando o conxunro convertido nun enorme "cilindro" de mar clreo de sardina.
Entrn 3 continuacibn un barco dos pcqucnos no interior. nrrristr:~ndo rintia rupera
pari1 colle-Ia sardina a repetindo a operacirin ata cnrgnr; sae, unlia vez sellada. c
vai p;tr:l ierrn. deixando o sitio a outra einbrircaci&il. c asi succsi\~:iniçntc ala
rematar co peixe. Nesra opcracion. se n sardffia ernbulsnd;~ foi rrioira, podíase
dernorar varios días, co coiiçegiiinte petigro de que. por traballar no in\ferno. se
cal:iril un temporal e desl'ixcra aparello. bnrctis c lioiiies. Ternos cons~ancia
escrftri diin caso desgraciado desta naturczu acontecido nri ria de Muros e Noia o
21 de Novembro de 1533. que se saldou cosa 12 nu 13 liornes alògados, dous
trincados c oito 1;incIins :i!Undidas. os aparcl1os perdidos c a siirdifia quc se
puido coller. inutilizada pnrrz o consumo. emprcgouse cri estercri-Iali leiras
(Cfi L&=. A-: 19L4: 100-104).
Sacadas. xeiios e cercos rcaiu captunbaii anu:rlrncntc enormes cnntidades
dc snrdifiii 6 Isngo da costa galega: pero as cspiileis e lifias çapturahan bo
niírnero dc conp-os. as betas e volanias facínn outro tanto coas pescad:is e
badeixor e as rafias e nasas mriiabrin grandes csntidades de polbos. Linlizi irifirna
parte dest:is pescas era consiimida en fresco polos prnpios marifieiros c habi-

tantcs pr6xitiioi ri costa. pero ti mcirrindc plirre sulria alyliri tratamento que
pestnitira :i sfia ctii~scrvacirin c fncilitar:i desic xcito 3. exportrtcirín. Cavo foron
os xcitos tradicirinriis dos que sc vrilerori os pescadores para conserva-lo pcixe:
crisnda. ;ii'umado. ~iciibecliado e salgado: c os catrri, mesmo por razóns de
siharitisrnci nii iiostnlxia. ~I~egrin ;~lri OS 110~0s días.
O ciirado ctinsistín en l~iin-10s peixes (corigm. raia. pescada. rriuxa, xiird ri...)
de arriba abaixo. aia (i raho. c tirãrlle-Ias visceras c ;i rilgfins t:irn.Cn a cabem.
Espctíítiansellc Iugo iiiilias canas para inaiitelos :iberttrs c çoloc5l~anse nos secadoii.oc
os días que prcci wran. ara que quednraii ahsolutari~ente desh idratados,
5ccos c duros. Rccol l i~iiisc logo e aniore;ibunse coidndcisanicnic nun lugar seco.
0s peixes Crosos. lipo congrci ou raia. fitcíiinscllc unha seric dc Irifiiidtir;~~. introduçindo
ciinas entrc elas, para Iicilita-Ia aircaciciii, e 6s polhos tan sti se Iles
rctiraban :rs vi~ccrai. allos e I70ca. Al~Uns peixcs. ciitrc eles o liadeixo. prccisah:in
un dí:~ prcvjo dc salnioira nntrc dc se pôr R cur:ir 6 aire Os ~cçadoiros,
que moitas veccs ernn ns proplns pedras do pcirao. iioulros cnscil; reduchrise a
iinh:i cord:~ estirada cnire doux pnos: pcro Iiahia ourrcis de enormes propnrcióits:
as cs~:icrid:ls. Consistiiil cçras nunh:is estrucriiras í'cit;is :i base de tronctis de
tírhores espetados no chan e xungiiidos por autros. acndaildn así varicis :indarei e
nioito!: metros. de :ilirrro. O da altiir:~ tina ii SU;I ru,hn dc ser en conseguir un
maior C>P:IC~O dc SCC;I~O C C~I evitar que as rirriscas. que sempi-c vcian tiaixti,
çlicgaran 5s 7on:is alias. onde sc pcnduraba~i sciilprc oç peixes miis fi-cscais,
haixindriw progscsivnnicnte. segurtdo íaii ciidurecerido e deixando por
consesiiintc Jc ser ripeiccihles para os insecicis.
Es13 c~nscrvacj6~1 I'ixose desde sempre e riíilda Iioxe se segue a faccr,
mnsider5ndose moi çnn pola ausencia dc rol e dern;iis conscr\.antes. Se noti Iirii
Iiuriiidride aiiitiiental. teii unha loiiga duracih e pnr:i consumi-lo pcixc 6 prcciso
tcto de rcrnrillo. par:i qiic recupere a auga. desdc o dín antes de scr cocifiado.
Outra niodnlidndc crnpre_rrid:i era ri aiumado, sobre todo de surelos e,
ainda m:ii~, de sardiiias. Prir:i poder conservar desie xeito :i srtrdifia tifia que scr
csra pescad:i iios ires iil~iiiios nicseç do ario. xn quc nesa :iltur:i perdeu nioilti
graxa. pero ainda estft gi%isa. U método é o seguinte: nprCtanse sardífia 3 sai-diíín
pcilas borrigris. para que arrien ainda m5i.i grnszi (rion scmpre se fai) e dititailse
nutrlir~ salmoirn duran~c scis horas. se sori pcqiienas (xo~ibas) c doce. sc qon
grandes. Retíransc do si11 c, se a produccidn lcn irnporirinçia econiiniica,
~rCnsansc Iixcirameiite durante unhn ou duas Ilosns; ç:indo oh rnririfíeirns HS
prepnrnn p;im o seu propio cotisurtio. non se preiisan, o mcsrno que sucedia i10
S. XVI. A continiinçihn cnvarílIu~ise polas garlas e cr51yanhe no lugrir adecuudo
ondc v:in reciliir hen o fume. I'ume Zeitci a basc dc lefia vcrttr de carbullo ou
piieiro e mciito lourcirri. para conseguir qrrc a sardiiía adquira unhn cor dourada
e un :ironi;i apetitoso. Diii-;iba o proceso oi~o ou dcx dkis e conservríbanse
posteriormente cn camadas separadas por finas cripiiias de priIlrr.
0utr:t v:iriedadc era o escahcçhadu. iralamento que ranio era (C 6)
:ipIicncfo ri cerro? tipos dc pcixe (xurelo. sardifia. xsirdu, boniici ...I conici. daquela
sohrc todo - tioxe riori -. rnririscos hivnIvas lustras. mcxillóns. viciras ...).
Frisfnse hcn ri peixc orr moIusco t logo dc reiirado das cui1cIr;is): faciasc
logo uri nioIIo de virio. vinagre. allo. loureiro c oiirego C pnziinse ri qucnirir
riunlia ola. deixiindo quc ferver:^ iin annco: l-ioráhuse denlrci o pcixc ~ iu msrisco.
previnrncnie frixido. xuiitu cri :iceite crnpregado. Rciirhbase do lume e dcixdbase
crihi:ir c rcpousirr. A contiiiuaciiin envasiíhuse o pi-oducto en b:irriliiíos de
rnndcirn. se esiahsi destinado á exportacidn. Se era para consumir na casa,

supritilince :i fcrvui:i do prche (e Iicixc eng5dcseIlc pimcnidn docc). A partir da
S. XIX r, ciivrisado f':icí;ise c11 ciicliarrtis de folln dc laia riu dc vidro. botantir> por
riba. xrires do peclic. iirr potico de :iccitc par:i evita-10 cantacio dn pri~ducto ÇO
;iii-c. A3 cxportaciríns de csc;ihcchc :i Ciis~cla
~iveron unliri grande irnp~~incin.
srihrc iodo ris dc ostrri. quc se fncíaii en Noia. Carril. Marin. Pontesampaio.
hbnnqiieirti. Riariso ...
Sc~undn n dcscripciiiti que do Reino dc G;iIicia l'ixci rio S. XVI o
Licer1ci;itlri bloli~iii de M:ilng:i. cn rnoi nrxtricrosns portos diis cliFcrcntes rins
cUllebc unlia srati crtniiil:idc dc ostras que >;c cxpurt:in a inoitos lugiircs
(C/i' CutixrnE. 1174)r. c. se prcièri nioh u ii tl:i vcrsioii libre dri mcvno autor,
podcmris cnyadir que a riíi clrl Pasiixc c hbanqiitiin

cfinttiras dc aceite». d cngndir que iarnén se pesca en S. CibrAn e eil BurcIa
descrihc como sc fin :is capturas" (Cfr. CORNIDE, 1774: 1 12- 1351. Só esta
descripcilíri de Motina. scn necesidade dc recurrir hs outras abondosns fontes, xa
dcix;i ver o auxc

clirimados fonicniadores, a vir 5s nosas costas. pero, seguindo a Ai,aNso
AI-VAREZ ( 1976). podemos rcsuniilas en cinco. A uiiher:
- Incremcrito de ruarifieiras nas COSIAS çatrilanas. Un productivo aparelln.
u xAbe_n:i. que pciictra eii Catnluh;~ xa itci 5, XVI. non i'cii nIlco a este
lkníimenci.
- A hexemoní;~ coincrcial de peixc salp;irlo iio Levante csp:rnol que vina
dt.tent:indo 1ngl;iierra c que pcrdc a c:iitsa d:i giicrrri dc 1738. Estu
deixa (i ciniino Iibre Us cnt~ilfins.
- O establccemeiiio, x;i comentado. d:t M;izrícula do Mar en 174X. Os
çar alúns que cliegnn aqui tr:ien pcrniisos parli el ttdila. permisos dos que
Conxr~r: { I 774: 4 1 -42) desconi'iaha. x ~i que parecia que nunca caducah;iii
e asi evitabzin servir ci Real Armada en G:ilicin e eii Catalufia.
- A riusencia dc capitaI $aIe,oo. otl a fallri dc vic;iÓii dos que ti tifi:iri. para
investir iio prcicesn prí~diictivo pesqueiro.
- A snna quc chega ri Catalufia de que os inai-es galegos iori un rewcdairo
dc sardi nas, XLISIO 0 Úiiico que n eles I li-s csiziha n l-dtnr.
Chegan cqici caial61is e ucupan prriins. pu~i~ris e coi-iiboas rias que uhican
os seus :iIiriacéns de salga. Algúns nativos. os chaniados patriatios. copiaii o
niÇtodo e tnrnen itisinlari a11iiacCns. Fero dos 400 que. en I SrIX. sc ciilculiiha que
Iinhía en Gulicin. scibi-c 320 cran de çataISns.
Can(lo veficn lraen consigo ri pa1:iri~i-e e, sobre todo. para o que agora rios
iiiicresa, 3 x5beg;i. tisi como liti novo niétodo dc salgri. X5beg:i e siil~a can
prerisado. xuilto co cspíi-i111 cinprc~idedor, scrin iis claves do heu Cxito.
A sdhcga'q seguratilente un dos :ipnrcllos riliis cofiecidos polos prcifdnos
ofcizoadas 5 Histotin Modcrnu de Galicin. por mor dos plciios. protestas e
sahotaxcs (queirrras. inuiilizficihn con gr;inclcs pedras c ramallns dos lugurcs ondc
sc Inrgah:~. etc.) quc uc;~sioiiou 110 procesn dn prnliingudu I'ase de niitiçata1:inisrno
piila que p35ozi o tios0 mar. Est5 formado por dtías longas perna.; quc sc xuiitail,
fnccndo ;i cntr:id;i riu bocti u un gt-an s:ico ou ccipc. Divíclesc c11 VL?~~:IS partes.
que partilido doi chicotes tiai pci'iias. son: claro, rcinal. cloccna. casarete. sola.
ctipe e coroa. podendo chegar a mcdi-lri in~i2id:ide uris 600 rn. A reling:~ supei-ini-
vai chert de corchril;, riicii rncstos na boca. e o nicsmn succdc cos ctiunibos,
tri1ii611 rnriis sunto5 na parte biiixa da boca para quc raííeii polo fondo: dcstc xeitn
v:ii :iqucln scm1ir.e iotalriietite aberta. pois dii aheriur.a 1ntcr:il erictírgtise ;i
sep:irnciÓii que se Ile dei? 3s pernas. Rerntitan cstns en sentlos caliit~s de mrideira,
ciins pGs dc galo cunha gaza liri que sc :irnarran ;~x scnciras. Iietas OU cnhos do
arrnstre. qiic podkin chcg:ir a tcr 1115s dc 1000m. I'cndo en corisidcrricicin esta
lonxiiudc c o crilihrc qtte deberiun de ter pari1 pcirtar por scmcllante aprircllo, en
ocnsiiins cnrgacIo dc nrgazti, era habitual poiíer ciida ~rieiio unha hrii:i. rcsultaiidn
:isC rnliis lixeira.; as senei1:is por vir «en stirc,,.
Anqtic 0 scii usti C stihrc todo para os peixes pcláxicos c prcfercniciiirerite
para a snrdiiín. collia todo cantci :itopzih:i no scu aiidtir. incluídos os pcixcs
plantis e oz cnistticcos. O pran copc en fòrrn:~ dc saco. xuntn çnah mallas. moi
ieclieiras c coIncnd:is cn rr~inliri ou Icisririgo. o que oc:isiona que h pnrinr polri
:iparcl!o sc pccIieli iion deixtindo fusi-l:i cria. mti~ivou, nori os problemas que
rclkrinins xntes, xn quc rir]ucles tcíien outra motivaciiin, pcm si que D. F,uís
Muúoz dc Guziixín. Inspector XcnzI dc hlain'cul:~. proliiha a.; xtihe~as o 39 de
xullo de 1787. Voltarrílm a sc empresar e. cn 19 1 I. ainda temos irabaIlando na
costa _r:iiegri 23 1 (I

cccndo. dci xando ti scii l ugnr a un ciescendcnte pequcníi. o boliche. empregado
hoxe c11 moi pouctis lugares das iiosas rias1" Na coii:i portugliesa ainda traballan
(Cfi-. Lores-1,nilE.s. 1905) c o xcitn dc face10 C o rrndiçionnl. mC~c?;c o ~iparclla
iiun gulcón oii calquei-:^ outrti iiirco ~tandc e eslc. cleixnndo o chicorc clunh:~
sencirn eil tcn'ri. sae pala o mar aIii onde ccinsidcrc o patrhti (56 o cabo tcii inil
mevos). crnpezase a arriar perna por un caI6n. sae totln ela e a continuacidn.
vil-andri. vai l'cir-~~ ti copc, c logo. xu c:ira n terra, a 0~3tr;l pcm:i e remfitase co
chicote da scgunda se~rcira na praia. O ~rabrillo agora. no quc panicipnn hon-ics,
inuElercs e nenos. c d que sc sunirin Iribrcgox dos arredores con xuntris de bois
(pusteriornicriic tractores). çonsistc cn eohrn-las scncir:is. arrastrrindo o aparella
aia que clicgn :i rcrra.
I!sfe nparclIo de~iiosirtiu ser riiuitri m5is pi-ciduciivo quc as sacadas galegas
e niesnio que o cerco rcal. en dcstiso nas Rí;is Raíxas desde firiais do S. XVi.
anqiic logo VIJIIY~~ C sc ni~iitivcra. sribre todo iia cnsiti dii Coruna. 0 s xeitos
galegos nnn se perdcron. seiiun que as mnriííeiras quc os tirlnn trtibalInbaii azcira
con eIes para Ilc vcndc-la pcscs 6s c:ital:iils e cs~cs mesmos tiveron, nas ocnsións
11ri.q qiic :is s5bcgns es tivertiti prnliihidas. que ktccr I:iiichns xciieiras e apare1 10s
destc xEiiero parri nbiis~cçe-los scus :~lrnncéris. çontrritaiido p:itróns e rnarifieiros
que Ilclos levarlin ii mar. Un l'omeriiadcir da porto de Muros lina 40 1;inchas
xcitciriis quc. ;i i.;iz6i dc cinco plie~;ts dc rede dc 75 metro.; cada unha. b;in un total
dc 200 pezns. quc çiindiriri 15 000 rn. c que cran irahalladns por 200 niarifieirnç;
pero n i'inai.; do S. XIX Iinhki tari sh na ria dc Muros 13 silrniicéns dc salga quc
dispofikin duns SOO barcos piirri :ibastccclos de çardifiri. Csro signiiic:i 3 000 pe;r,ls
e outros isnios n~arificiros, ós quc hai quc cngridir ris hoiiics c. sobre rodo. rnullcres
quc trnbnllat~an noç propinq rilinncéns (-I.. ROMAN~, 1991 : 87).
Estnmos xa a T:iI;is dos alrn:ic&ns dc s;ilgn ou rtihricas. como. cccais ctin
mhis propieclade. Iles cli;in~:in nouirtis zonas: pci-ri cu prefiro seguir ti manter o
nomc do mcu ptiho, Porto do Son. xri que roi o quc aprendín rlc cativo cando
xopabn iin interior das 17 ou 13 que aínda %c ccinsei-vab~iri. x:i entrada a ddcada
dos 60. das 15 citi mriis que iiahí;i nos iiiicioç de sEculri (Cp. CALO. 1978: 86 ss.).
Resulta que os caialcns noii sh traen uii príiductivo aparello. sen0n un novo
rn&odo de prepara-la sardiiís. X3 t*inlos que o quc uquí se Icia er:t o escrichada,
IavarIri c snlgadci. rnenlt-es quc cstes foranccis ii~troducen o prerisado para que
o pcixc arric toda a griixa. conscguíndosc quc a s~trdiiiii 11sI tratzdil dure cn
110 csiado niáis mescs c quc se recollrt. como subproducto. moito máis ssifn
que rintcr;. ;i hasc uniçarnentc di: cocer. cori ~ scgundo
LORO 1 I8 I3b: 392), viscera, c cabczas. Eslc sain crn de :ipIicsisi(in no :iluiiiesido
c na pinturii de portas e fiestras. para preienala.; da humidadc. e por cso ser& un
i iitcrcsante pruducto de cxporii~cidri.
DcscriL7ariios hrevisinitiinciite uri rilniricéi~ e ci ~rahallo qtic ncl se iacin,
rctnititido (51; intercsado~ n I

moita esrdn cuhenris por un ~ellado a unha iiuga quc i+cpousa no muro de pcchc
dos laterais respectivos e. pola zona ceniral. sobre uns pilares dc pedra. Enire
ambtis esta o clara. un p:tiio ahcno, lousada. cunha lixcira caída cara o centro
por onde discusrc unha criririleta que leva 6 extcricis as ~iugas pluvi:iis e de lavado.
13cscribamos coa mcsrnii hrcvidade o irabalIo. L36iase auya do mar nos
píos ara unha altrira duiis 6Ocm. e dCitnse sal ri oIln :ila que unha patscn ilo~c.
ÇIic~:i ri sardiíia dn rilar e s6lgase cunha pii, Iicíiasc logo sios pios e cúbresc
totalmente cen sal. Tipansci coas tiíbozis de niudeira e déixanse asi I? ow 15 dias.
Pasadoç estes. setirnnse as lapas c érichense de aug;i do m:ir os pios para qiie
aboicn as siirdiiias, sácansc cun tmcl e envriríllanse nu cspíchanse. 6 dicir,
niktcnsc poltis garlns nunlíns vzirinits dc lourciro ou aramio e I;lv;inhri cri auga
limpa do mar. cnlocándose :i cantinuaciíin nos cascos de rnadcir:i onde qucdarsn
definitivamente cnvrrsiidas. Pasaii estes ci morto. phnscl lcs iiiiha tapa e prknsnnse
lenta e espaciadanienie. para que. por uns furos da parte inferior do casco. rzrrien
n saí11 c a tnorca. S6 resta pechaltis. selalas c cxpoflalos.
A meirnnde parte dcsrcs iraballoc ci-n obr:i dc rntzlleres. ccinvertidas
deste xeito en asulariadah, o mesiiio que os wus homcs. quc rigora pescnn por
tin sal:iri(~.
Conio era de esperar. 3 chepda dcstcs forfineos ocasionoti rnfilliplcs
prahlcmas e caniliçros. Tiidnlas ilustradas. desde Cornidc a Lnrrugri. pasando
por Sarrnicnto e Lucas Labrada. o mesmo qtic a Socicdadc Ecoriómíca de
Amigris dn País de Saiitiago nrrernetcsrín conli'a os cataIiris, incidindo iins
f'rictore': rn;iis tiey:iiivns rla súa iiiipl;iniaçióii: cxplolacicín do rn~iriiieiro.
introdziccióii de augardcnrcs catriliíns. drenaxe dc diríeiro fiirn dn tcrra ... Pero rio
Iòiidn riori se traralia m5is que dunl~a protesta dos sehoi-es tiadicionalmente
propictarins dos portos e dunh:i parte (alçah:ilas, caiiibos e déciiiios) dn rrabalIo
do intirinciro. e cliçir. da igrexii c dos ~eioreç laicos. (3s hornes cI:i crista pcsc:in
i1gor;i ri xrirnal c corisepuiiiltemente negrinse :I pagar c;imh»s, pais xa no11
irrihul1;in iÍ parte corno antes, sa no]? son donos do pcixc. Os catnlriris trinipouco
queren payr nrgiíindo qiie clcs non .ion pescadores, scnón cornercianles c
man~iliiciur:idcirc~ ... c :iiii;iis o iiiar é lihre c pesca queii qlicrc. scti ter quc diir
nrrda a uns suposios seiíores.
Estanse esnaquizando ris vcllas cvtnicriiras fcud;~is c os seíiores cricisrnr5n
Os triiirifleiros quc. se por unha brinda \'eii que agora fefien irabrillo. o mcsmo c[uc
as s13;1s riiullcres. por outra d:lnse de conta dc íl~ic cisirliri 11 perder LI sua
a~itotiomia. :L çúa 1il.ierdide. de que est;in pasando dc ~~rnpic~nrios ou copariicipes
dos incdios dc producción a asattiriados. 0 5 calalins iritroduçen. de súpcio. non
iinh:i indiisrrializiiçión iio iiiar, conio sc tcri dito. pei-o si o qiie se coriecc,
scguindo a [crniinoloxiii inglesa. conio do~nesrir sy.stcJr~i. parli o tr:ihnllr, do riirir.
c jitc-rni-V .~ysrer~i. para o clrte sc i'ai nos ;ilrn:icEn~ rlc salga. Ews f'~mentlidoi*es
e111pregnrnr:ín un sistern;~ nidianientc cciloiiiiil: npi4epiarnento das nisterias
prim:iç. utiliiacióii dos naturais con pago eii parte eii cspccie íriiifardentc). qtic
iraen do pais dc orixe. e c11 p:lrtc çon baixos sotdoi; cn dillciro. cxportiicifiii dos
producios c drenaxe do rendemcniri ecunóniico. C:iiido ii~ciioi asi i'0i nunltn
príineira frise. n:I rtuc vifian aclttí cada ano irricindu augarclcrites e iiidirinris para
vcndcr. fnci;iri ii rn;inufaciura da siirdiíi;~ c mntctiaban cor] ela par3 Critalufia ata 3
seil'a do :i110 seguitrlc. Nuisha segunda fase decide13 asentarse dct?nirivamc~itc,
pero csto Iévaos a encornczar un apropinmento. moi :i rniudo por medios
p:iralc_rais. pcrn cvidcniemeiire sempre caciquís e abusivos. de casas c fincas.

A resposta vai ser contundente. Uii1i:is vcces consc~uirasc quc se prohihi
o eriipiryo rias xAbegas, outras deitaranse pedras nos «sacadoiros vellosn, postas
rIc pcsca tradicion~tts aFora risridas polos seus aparcllos. queirnaranse iristalaciúni.
cic. Esta rcaccicín foi eri hnri parte inducidn polos que estalian u ver
como se pcl-dí;in os seus privi lexios. pero por outra I-ianda os propiris mari fiei ros
NC sentirin tigraviados e pemudicadns. nos seus bens e na siia dignidade. polos
forii~cosi c acruriron eii consecuenci;i. A cliegnda dos caialáns significou un
carrihio bnitnl iiii ccisia gnlcya desde tbdolus puntos de visia. desde o económico
O social. iricluíiidri o rd'crente á cosmovisión do ri1:irificiro. quc entra a, nora eii
cont:içto cunhas xentes iaii diferentes eii todo. Pero por outrii banda si~nificou ri
revitalizaciéii do iliiir galcgo c unha nova rase ascensionnl, asi como o
nsentnnicnro dcl'initivo dunlias xenics crin iiienk:il idade emprendedoi-1i quc
dcixarAn a síía pcg:rtln e os scus apelidos ara hnxc. se bzn boa parte dos seus
descenden~cs non soulicron continuar. srt dcntro dcstc si.culo. o cspíritu rraido
dc Crit:iluha.
Na :{no 1 X09. u rrancés Nicalns Appert descuhre :i bondade dos productos
eiivasndos dcspois de someridos a elevadas rcmpcraturas. Constaloii o Ièíto,
pero iion se coficçcu o porqiik ala Pasieur, do que derivará o nome de paxtcurizricióri.
X:i cn 1824 sc irislala eti Nanics :i primcii-a : cn 1x28 thisc outra idknticri en
iluu:irticne~. c cn 1839 xo lialija cn Frairciri 160 fábricas de consen7a en aceitc.
Eii P(i~~iig:tl. coricrct:irnente cii Selúhal. iristAiasc a prinieira o I h de Novembro
dc I 880 ICfi: Movr~~rlo. t 951): 59). En Grilicia fixose riiitcs, pois xa cri I 850 aparece
uiilia cn Noia. prnopicdade dc Caarn:ii?o: os seguintes cn emprcgsila serrin as irmfins
Uictor c A~iisiin Cui-bcra en Vign en 18Fici. J~ian Goday na ria da Arousa dcz
Linos dcqpois. Massci cn Bueii o 14 dc xufio dc 1883. elc. (MAssO. 1953 e 1967).
Estas filiriçaç no11 sti conservari pcixe. como podcmos ver nunhri rclncióii da
~Flihrica de Cnilscrvi~s Alinicnriçi:is de Miguel Corrofe» (Vigo) na quc iigurrtn
149 prnductos disliiiicih (pcixes. c;iriie* c Iegutiics) czIn npk~idice dc 13 I'roitas (5
natiirai t P.I% GRi\Er.LS. 1 370: 179 ss.1
Prilris tncsnia'; dairis esiase a introduci-lo vapor :iplicnda ri nrivegncáfin
pesqueira. ;ipareccnda eri I879 o primciro hiirco movido desrc xeito cn EspaAn,
çoiicirerrintente eii S:in Sebasii51i. c extcnd6!idosc a nova iiiodrilidade por toda a
cohta dou.; 3~0s rnfiis tdc. En 1 888 Iiai ?;a eri Vigo oito barcas niovidoi pola presióii
dri caldcisa c doce :\rios despnis. cn 1900. xa conta ese porto can 67 embar-
caçioriç 3 nioior. Doce ano5 intíis. 19 t 2. e xn hiii cn Gal icio 220 vaporcs,
chcgnndo a con.;truir os ns~clciros de Vígo c Bouzns niiti quinqucnio. ali por 1920.
3 I O v;ipes de 70 a 300 ioncllidas, desiricaiido xa entre todos clet os dos 4v-e~.
I-Iijos dc J. Rarrerris>, c RD. t+rançisco Çarriamri». quc nos niesmos cinco anos
criiisrruirori 60 vapores cada url de 25 a 300 ioncladas. Esramni sa no prcsclite
século c ctin cl chcgarán a Galicia rinvoc ~ P ~ K C I I O S : trníiiiis. tarrafiis. bous c
parelfns. Estac dUns últimas tirlcs non serfan opcrniivns scil ;i iracción pola l'orzri
do v:lp(lr.
Os n«vos I-irircos, xuiizti coas novas rcdes de cerco c arrasti-e e o zrutamento
do peixe rias tahricas de çori?;erva ian introducir na pesca galesa. agora si, :i
ii~du.;trt:ilizacifin. A pariir dc agora. sn no pi-ilriciro iercio dn S. XX, os
nnnndores dos PO~OS gnlcgos rniindarriil os seus brii-cos 6s caladoirtis l'orineos:
Portu_n;il. Cnnai-i:is. trlnnda. Escocin e mesmo Terranova. O paso seguintc vai
se-10 r~l'ríçi>i. :i Cpoc:i dos grandes corixeladorc?;. n:i quc riínd;i nos aioparnos e
quc tani:is crises esta a padecer pcir mor dn apr

dit'crentcs países ribeirfins. Non irnos, entrar nesto. pois, scndo ficis 6 títtrlo desln
comunicación. pairirnos do Antigo Rdxirnc e chc2arnos ata ;I industrinIizaci6n.
sendo estc xri LI ri ienia coinplexti iiierecente de tratamento individuaIizrido.
Aplicamos o mesmo á ~icuicttlittra c sohrc [odo ás bateas de iiicxilliins que.
tnnidn proccdcrites de Cataluna. irrurnpen nas ríns c11 1946 c hoxe produccn
200 OOOTrn.Jrino (cfi: G~~ERR~~Ro. 1997: 60).
Como rcinate. diremos que. qegundo noticias rccollidas das anfiliscs
pcriiidisiicas rcnlizadac coii ocasión da \Vrisld Fiching Exliibitinn dc Vigci de
Seicmbro do prcsenic ano 199717, a acruaE flota grileg;i iridusrrial conta con
9 l)dO harccrs. cun total dc 270 577 toneladas. Espana ten 19 103 barcos c
Til ?I 521 toneladas. scndo a priineira dcnrrri da Uiiiói~ Europca. pero ta11 56
Galicia xa o seria. en canto n ronetaxc. pois o sccuinrc liaia cii irnportancia 6
Italia e ten 259 '381 toneladas. Portugal ocupa ncsia relaciiin o 6." lugar cor1
13 1 173 1nneIadas. se ben supera a Giilicia en numcru dc I.iarctis: 12 3 17.
ALQNSO .

CORK I DE. Jad r 1 774) - Mrtiiririti .tnlirca !(i ~ic~c-ri di, .roi-1lrrii7 cri Itli crisrtih rir GltIEciir - MntfiFd
FtliçiT Gri:{~i~ (!c, E~rio,yriifi~: M(~riritilc~ - Vn!. 3
- P6vn:i de V:itziiii. pp, hS-9ti.
I'AZ GRALLt-S. Mariaiir1 clc Ia ( I X70) - ILr/alorctririri ciriirUir+o dr: Itrs c,r>.ircr.\ rlel Bc/icirrrtiiieiiin
h ti[rí~i~i~{~ dr,I Ft,~-rot - M ndrid.
PI?RE% COKSTA NTI. I3:rli!o ( 1 025 1 - hlrir(is i-i~jcr.r- ~ír/ic.irrrins - T. 1. - Vi go,
I

IZOMAN GRRC~~\. .krriit.o ( 198')) - ,cugnr,, (C,\I~ORFI.. I99Xj. Cnii icspcçiri ;i f'ririu2;il.
tcnini riirintc un rcxto dos i>itdiad;VI :i XTX
- dcc:idciicia e por ti ri c~t:icii3i~niiieriiri d:i inrlti3tri;i dii pchcu - tricdi:i rtu iriipii.~~~ 5O p. 5 stihrt: ri
~~i'uductii hiuici ... i S.i,\iii!.: 12.. I R5X-Ss: p. 5 I I ). Scin icri i~itci'csc :igrii.;i cuntiiiuar coas ciuii'as
ci:ip:is. ;i~:ic tiiCtr 11013r ~ LIC i1 d~cnilcnci:i L!;IS pc~qu~ir:i!: ~IIIIU~UCS:IS
c suncici;inicnic iiíiixu ri [,ciii;idn rlc Felípc 11.
CIII~C~ aniris ç:i.r rIc Ç:ilicia.
5, As pi'ir~cip;~i:, t'oiiics p:i~i o cstiitlio dri mar plcqo. :irnair doi.. sclnl3i.c itustr.;iti\,us ~ii~riincnlns
iio1;lriais iiii': ctiic 1i:ui-:in vcnil:is. I'lctex. contrititis. ctc. ron tis rii~i/fc~acrirai,v qiic os rlifereirlc>; pnilni
cun xr~ri~ificçiikii Iririin diciniirlo. c:isqi rle Pnntcrediii ~Çfk Sn~ii*~uito. 100.i e Fri.r;r~iiin. I9Jh).
. . 1 ~ii cii I Slh. Siii:i cti 1573. erc.. os /ill,iroi. h3 qiie ris ni:irificir.os sçii11ir.c liirtin t:in rt:iiEns (C'fr. CAI.^,
I Oi)Sli). :i< ii/rirblilrlr. Iini' pc-rini ti iirnx ccificcc+lo iiinntiiiirc ccciiirjriiicii xi.i.;i~líi pnl:i ~icsc:~ c ris difci's.rici:is
iic ii.ilirl1:icirin ciiiic tlifcrciiics porror; I cri. C;IIU?~~LI;Z MII~CIZ. I 'MO: p, 260). 3s dil'~rcntcs
tlispci\icir;liz iiiiinicipafs aolirc :IS distintas c>liccic?; (lc pcixcs. cic.
(1, C)s pci\iides inrri-c~lidnb ~>nrlrii :iinplilir inf'nrninción bohre csrci :ip;ii.clli.i iio ncir;[> ir:ili:alln, ninda
inftlirii, csiructui~nriri n xeizti dc diçcionnriu J:i3 ;inc\ dc pcsc:i iii:ii~liiiii:is e rluvi:ii~. ijitc nparecei-5
iini itliiins de .Antrtipnlnxi:l do Pi.íi.i.c.t.r~i C;rrtl~.irr rlc tlí-rculc..< dc Eiliciíiiis {Cni.n. I'lclX a 1.
7. A vci-biein qiic cir:iinos :icluí Iiii n quc Corriidc inclrilu criiiiii :i~iEii~Iicc ri:! &i cciiicciiin obra
~Mcrtinri:~ sohrc 1;i pcscu dc la sarrlinii ...., c qui: n\ju rcedi\iiiiios 1':icsimilarinctite. cnn csiudio
crlricn. co siIIci do Siiiiposiu rlc I'csc~ que cirg;iiiiziiiiin~ eii P(inicvcdi.a iiri \*ciin dc 1993.

8. i\ Mairiciil:~ c10 Mar. que cti principin p;irt.cí;z un privilexio p:ira 0'. iii:iriicirtis. resiiltuii un
dcsnstir p:ii-:i :I ccnnci~iií;~
costeira. pnih nioirn5 porlus. dtirantç riiiiiiri> uno>. prdciicrirncntr s&
cr>iil;iti:in p:ird [icsc;ir ctln r;\priccs c i.ellos. I loulio cuiiiinuas ~icricii'ins pairi qiic. coiiia suplc~~ci:~,
cr tfcixiifii hcn:ir. :iiiqiic Iùr.1 cciiiiii :ixud~ntcs. íiç l:ihn.ll,os do litoi:il. cliamadn.; .dierwstrcsM. piri cst:is
pcricións irnlicr~ir-c111 .çcmpi.c cuii ncptiti~n de M:idrld. Sohw cdri Ii:ii rnoiiox daros puhlicntlos. pero
dc (;alicia. nriquc nnién iiit~xiducc
Jcsiacamnx ti ni:igiiílíco tra1i:illii dc M!?irinE t 1'17 11 sobe n iirii~c
cncnipIu\ J:I> lii;~:. R;iix:rs: ptir csrc tnli:iblu vabcmos que rlos O. ICiO nt:iiricul;idns nos prrrnins dc
ind:i Gnlici:~. iii:iis de 1 h00 csinhnn servindo nn Re:rl Ari1i:id:i (r>/). cit. pix. 4 1 ). A çuntinunciriri
:idxunt:i unha i-ntirrid:r cit:i de Siirmiciiro: nCnn -trinta Icun- :iposiillr5 Sarniiçnro - se Ilevb cl
rlinhlri ccrcns y pcxqucri:is>r.
9. 17:ir;t iin iixiioi. dci:illc sntiir: FHIC apal-t11ci \.i-hnbc r i nosti tai1i:il'trr cii:idri tti ririi:i h.
ICI, h p:isri rl:i xihega r i Iiriliclic icnins clcdic:ido uti i~:ih:iIlti circiiiisci-itci a un dns pciuccis pot'toh
(I'),Yci).
1 2. ('li: ;i cntciia:~ rcpnrinxr rc;iljzaJa nn prriórlicri Ltr Irri:: rli, GlrEir,iri

C:ice;i do xcito larga

A CTI VI DA BE PEJJ{?L'E1RA i3E GALICIA

UM SÉCULO DE MOAGEM EM PORTUGAL,
DE 1821 A 1920
DAS FABRICAS AS COMPANHIAS
E AOS GRUPOS DA PORTUGAL E COLONIAS
E DA SOCIEDADE TPJDUSTRXAL ALIANÇA
A nossa ci\~ilizziçUo, oti tnelhar. o cnrnplcxri çivilizaçionaI que C e nosso e
quc alberga as cornponenies mcditcir5nica. niirdica e allsntica foi. cin termos de
alimento i'iiiidaniental. uina civilizaçiio do pari de lrigci e de centeio. Durante
sCçulos. este constitilíu n3o s6 0 ~ilimento bfisico de todas 3s cani:idas da populaç30,
como foi n princip:il produto agrícola cultivado e. utiS chc~rir ao cons~midor,
prir toda e parte ocupou inúmcrris gentes no comkrcio interno r: csterno, ira
t'citurn de I'ririnhris. nos fornos e nas p:idarins. Devido a cstas riiúltiplas implicaçrics
o pào i'oi. ao fongo dos séculos. um hcm que suscitou. no seio das cidadcs e
dos Estados. quesrdcs sociais. religiosas. morais, políticas e adininistrativas.
contribuindo pxa o desenvolvimenrn dc sahcres que es250 na origem de ciéncias
como a :igronornia e :i economia c os escudo5 antropolbgicos, unhe u sociologia,
o dircito, n etnografia e n história (cama aconiccc no nosso caso) o toliiam como
objecto d:is suas aniiliscs.
Ao longo dos s15ctilos, desde ri rorm:ic;ici do rciiio atd tempos recentes, n
psodiiç,?~. circulaç5o c venda de ccreais conliecerarn, em Portugal e na genera-
lidade dos paiscs curcipeus, dois grandes periodos. separados pclo sec. XVIII.
O primeiro foi o mais longo c. nele. as dificuldades liti produç3o agrícol:i. si
insuficiEncia das vias c rneios de comunicação. a fraqueza clo comkrcio interno e
externo. o reduzido poder de compra dnh populnçcics obrigaram a que os
poderes ciradín«s (as Csrnarrisj intervicsseiii no abastecimento do piio e que ;t
actividudc iiiercantil. por razães sociais. rncnzais c polí~iças Cosse l~rtementc
condicioniida: vigiavam-sc os prcços e as existências. proibía-se a circulat;50,
substituiam-se os merç:tdores por agentes do poder rnuriicipal. elc.
Todavia. b merficla quc sc avançou para nicados do skc. XVIII. a maior
cfiç5ciil dri ctirnErcici cxlerno e as nielliorins na produtividade c na produçao
cerciilíiCrn levaram :i necessidade de suprirnir ri antcririr política - c a din5mica
mercantil ncabou por scr Icgiiimada (através da reflcxio dos primeiros econo-
mistas) c pcir ser legalizada (ati.avds das medidiis dos potfiicos iluniinistas). Foi
ent5o forj:idri rrm ovo enqundrzimentn legal que colocau o abastecimento em
lcrriins de pcililica dc Estado e de aceitaçso do principio da liberdade econh-
tnica. ou seda. a quesriti do abasiccimcnro do pão ctirrieçou. a partir daí. n
dissolver-se rio seia d:i conccpiualizaqáo. iiiais elaborada e coerente. da nove1
ciEnçi:i. 3 Economia Política
No cntantci. nas primeiros anos da con~emporaneidade. no fim das
Guerraç Napolerinicar;, o tnaior mercado ponupuês, o de Lisboa (i semelhança
dos outros iiicrcados europeus). encontrou-se super-ahasiecida de çcrcais c os

PI-CÇOI; caíram ;~~entii;lda~netit~. AS politicas liberais, iwpir:~das pelos ecciiinrnistas.
viram-sc eni5o çondiciniiadas pela Ccirsa dos interesses c das prcssões polRicris
dos prciprictfirios 1'~tndi:ir~icis qiie eiri~iani mcdicliis protcccionistris da cererzliculturlt
an:icionx!ir. Dai, qrte e~ii 1 SI5 c. pouco dcpois. n partir de 1818. tivessc
aurnentridri n çriticç5o sohrc cis governanlec. parn que sc prrilegrcsse 3 pi+nduçrio de
ccrcail; da coticorrência estrarigeira c. como lio~ivcssc Iiesitaçfics em romper çoin
;i opqrio IihcraI de finais do sCc. XVIII, unia imporirititc hcç5o dc horncns ligados
5 agi-icul Lurli. desconrct~re, mostrou-sc Favoc~vcl ao movimento que
condu~iu :I RevoIuçilo dc 1520. Fc-lu. nZn para exigir transl'orrnaçcics profundas
iia nossa esirutur;i a~~irin, que ;i lornasseilz inrivadrira c conipctirivn. inas par,] cibier
Icis alFandczárins quc Ihc garantisserii. nri rnerc;ido interno, preços fa\lor5vcis.
Para dcs:izrado dos consumidortç e daqueles que ~csc~:~\~~RI ter um cliina
dc liherdade pwa ;i< suris iniciativau empresariais, cssiis leis redutoi~:is da importa-
ç30 de ccwsiq (Lei dc I8/Alir./l XT 1 ). ou mcsrnci pi'oiliitivau (Lci dc 1 .MSct./ l X37),
liirrim adoptadas c sustcntadns riti. rneados do scculo. qtinndo foram stipriniidas
(Lei de 71Ags.11854). Foi neste quadrti. dc griinde i1isi:ibilidade política e de
grrindes rnutaçlícs na produçSo c mcrcndo ttiurir-liais. que se foi pa%si~nindo de uma
estrutui-u iriidicional de produqão dc larinhas {que rccorriti ao moiillio muscular
{a ;italOna. Iiidrfiiilico c de vcntcl) para ns iiioapcns. NUo l'ugiiiicis ao rr!ovimento
geral e a primeira rAl>ric;~, a vapor, dc rno:igeii.i. a dc Jnio i3nptista Angelo da
Çoszzi e Çoriip.", iiisgiu. ein I H7 I - eni Lishoa. na Ruii do Rom Sucesso, na
Erc_cucsi:i d;i fiuda. associada à hnrfiqiia de i'ci-ro c 2 vidraria. Não leve iierii
iinscirncnici. nem vida fiici!. Em 1824 -15 tinha mudado dc dono. sendo cntão
propncdride de uiii rical h:~~o. ri Crirnenditdor Francisco Antónici Ferrcin. 0s anos
eniiio vivido!: cmm mais Ljvoriiveis aos iiiteresses dn vnslo sector social que cxplorav:i
a frande extcns.iri dc teridas q~ic. em Portugal. contlnuavii n scr ocupadc) por
searas. do que nos Iioiiicns de iie~cícios. quer frissciii comercianres, qucr fossem
iriduçfriai~. Estcs tinham dt: çrinquístrir o poder político e fizcram-no depois dc
uiti arrns~~icfo e doroi-nso pi-accsso que .;h se achoii dcvidrirnentc rcsíiIuido, a scu
fnvor. com a qrKcyeneraçriri». cm I S S I .
Duriinte cxsc tcmpo o Estado confiscou c vcndcu os liicn.; das ordens
rcli_oiosas c. a partir dc 1851. os horncns de iieghcios, os pnlíticos e OS idcolirgos
da nova situaçiiri initalaraiii-sc no poder c. inqpirados no iiidtistrialisino e livre
catiiliisriici ingl6s (quc cin 1X46 tiavia rriiinfndo). dcrtim iriício a um vasta
programa de rnodcrnizaçari dil priís. do quiil conl;iou n liberdadc de coinércici e
de f'rirrn:iqfi« de fil-iiicis iiidividuais ou comprinliias pnr;i as diversas act I vidades.
i-1;ivin-se entrado i1:i scgurid~i fàsc do proccsso mtiageirci portiigiilr. quc. num
ci'esccndu dc iniciativas. sc t'ei inteii~iiiçrindo nas décadas da scgurida rnctadc do
séc. XIX. Ern Lisbon c 1'0rlri surpira~i~. \.:irias fshricas de rnoagerri a vapor,
cinpres:is individuais qiie se toriiar:im conhecidur oir pelo ironic do scu tlrnd~idoi.
ou pcIri do local onde IOr;im consttuid:is. A primeira fabrica trria sido ri Fcihr-ica
cio Benrri. fundada por Jo,?o dc Brito n:i Freguesia dos Olivais. nu Riiri do Bcatci
Antríiiio, no Convcnto do iiicsmci nome. Este «ic(~nocIasta>i arfeniiitou. eni
1843-4. ri ccin\-eIlto c inslalou dentro do cháo sagrado da igreja. enlrc vcllios
turiiulos de genii: 2rfida. a niáqiiinu a vapor que ;iccionnva a Irioagein. No
catiilogci da Exposiçilo Uiiiversril dc Paris dc 1867. nparccc s inforniaçno de que
LI 1':ihrica fora ciiacl:~ etii IX40. ri que nos pai-ecc discutivcl. AI_ciuris anos
vulvidos. em 1853, Jo4 M;iria Eu_cCnio de Alrneida. Ilindou a Fcíhricn do
.lardriri r10 Trihrrr+n. Enl i 857. vendeu-a ti Jorlo Ashworih Ss Çoinp.". para Sorttiar.
coiii pnrticlpaç:~ d:i Sociedadc dc Crédtto Mhvel Portii~uez. a Sociedadc

Aiiciiiyiria dc Mnnukenq3o Civil. sitti lia Freguesia di: S;iillo Esiev.50 de All';itria.
0uti.a moagem liii n fii/?richít [Dotiiitigos flirrcii; (que devc estar na r~rigeili da
Uellcis & Coriipe. F5brica da 13ampulfia). NA0 detcctiirntis a data dti sua cri:iç5o.
mas s;ibemoç qire em 1355 Iornecin a C353 RCLII de p5ii c holac1i:i.
Da dEcada dc sessenta poiico sabenios. O Estado liber:il clist;iiiciou-sc dar;
iniciativas industrialistas c. ctinscqacnteinenic. esl;is riilo deixaram sasio na
papeladri diis sua?; rcparriqrics. Falt:im-noi dridos que lios permitam confirnzrir a
srrspciqão dc que teri:i sido neslii altura que suigir;itn :is unidades fabris
im~ortmtes e dcicminan tcs no futuro da iiiciagem ~icirluguesa. cun-io: :i ITcil~)-ir~~
do Cni-n~iiiGo. dc Mnriucl José Gomes, a Fcilii-ica ir L;sfi-c>lri, de Joiío José
Martiris. a Fcfbric~r prti Snrirci lriu, da Jo5o da Silv;i Fcrrati de Castelo Branco. a
I;ohr7cc1 de .Sririrt> Aiti~rtw ou do Ccili,cír-in. dc Eduardo Cat~ceiçBo SiIv:i &L TriiiEo.
n Fihi-ir-ri do Bo~ir Sirrc~.sso, dc Edwiird Tinrriii~ton IterR ligat,.Gc.; çrirn a primeira
irioapeiri pornusucsa a vapor. n de Joiu Baptisru Áiigclo dri Costa e Corirli." c.
depois dc I S2-L. du Çorncndadoi Francisco António J.èrreira?). ;I Fihi-iccr rie
Suc.aibr.irr. dc Domingos Jose de Mornes & Irmao. eic. Conlinuatnos cm biisca
diis ic)riics quc 110s pei-iiiitnm coril'irri~iir csias IlipQtcses. Ceric7:i ?;O a iciiios
quanto h ~ri:ic;~lo. eni 1 86 1 , da Corirpmi hio I,i.d~ori~ri.~ cl~ Mrririlfo.~ n \Jrrpoi:
t'cissiuelrncritc esta Companliiri esteve iIn cirigcni da Eihrica Lishoncnuc dc
Mriagem. propriedade dri Luiz da Costa & Comp.". da Cosla cP: Trrn:?cis.
De sesiiida. quando se rivriiiçou na dEc;icl;i de scrcnla (niais precissrnenre.
scgundo aIgunial; opiniões. enmc I373 e 13771. passou-se dri t':içc das iinid:idcs
lhaliris h das Cornpanhiiis. AIgumiis delas hrmarnm-sc ii prirrfs das fihricas jri
existente.;. nias nuiras s5o co~~~plctnmenic nnvns. Erii Z874, cm Lisboa. surgiu a
Cr>~iil7criiliia ch FfihrNci do Boi27 Srrccs.so. para exploi'ar a fábrica pcrtcriçcrilc n
Edward T-larrili~trrri. jd riossa çonliecidri. I

Turlo inclicn. pai\. qiic. eiitrc ririi. cstc :igriipanieriio dc L':ibric;lri roi 12 iiiãrl~iinii.; :I vcipor quc iiqticlzis itidú.;rriii.; emlirtpa\.iiiii. i ticriciici;-ir17 is
rctkricliis ~i~o;igc~is: criiiii o riiriinlio ri viipnr do f3ir~illro. o dc I'irim Ucistr, c ii cltc
Itíhricn Jc rccidos c firiqsci. dc JnsF B~ir-lrosí~. II:I Rua Fcrnandcs Tririi:iç. Ncssc
iino. ;ilirti~.cit:~iicln iiiiia con]u~~tui*:i r:i~or:íveI. wrhyiii :I C'~~itip~rr~ltirr C'C'17'.$, qirc no
cntnnto dulxii~ ~C)LICU. puis l'oi dis.;olvidn ci~i
IX60. p:ihsaiidc Tiarri :I pciyse dn ic~i principal crcdor. Fcllx t=crn~iriilc\ I'nrres. N:i cléc:irl:i scgiiin~e f~irrii:ir;iri~-~e
liatrai f'lii>~f~'3~. Eii-i 1875 iiprii-ec~i-aiii i! .irridi-ridr:r I/iJl(ir-c~.~. quc a p:iãtir de 188 1
SLS~FC cor11 3 dc5ipnnt;iio de Aritcíiiici Jn:iqut~ii clc Alldr:~d~ \;ill:~~-c$:
f~~~/r~.\~t~+i(if e .4grir0/~1 I'ot-~r~et I.W (dc Ii:iyCo e 111nagc111 . pai% crn urii lioinem da -L:ivriui-n~~. ao i-el'crir-sc 5
dCcíiíl;i dc ';ctciii;i. c.;ci.eveu: d

scnlicii-inis c pouco propeiiscis :i çoniprceirder e viver de :iccircln coin ci que as
grandes rc~(iItiqfic~ do sec. XlX traziam dc novri aos eurrqyciis. fos.;cn~. como
eles qiicriani. cori5iderados pnti-i6ticrii. ~~n;icioti:iis». J5 arrtcs c talvez p:tra inipcdir
cl11e o rincírinnlisino 10ssc :iliinpriado pcIos :ipriitios. cluc conllii:ivarri o i111ei.c'sse
1iaciori;rl ucn lirtiite~ cs~rcilçis d:ii suits reirdni. .To10 de Urilo. cqio nacioii:ilismci
sc cniifundiri coin (15 progi-c';sm dda indústria. conci-etameiitc d:i mri;igcrii. colic1t:ir:i
i: ciiil\cguir:i. pclo nl\~:isii dc 5 de M:irqr> tIc 1849, dri Rainlia D. Mari:i 11
(axsiriiirlii pclri Duque cEc S~ildanha). quc ri sua FSbrica do 13ealn tivcs?;c a
clesi~nriq5t> de Flihi-irri h'c~rioi~~rl.
T'cr:inir. 0% airiques que lhe er:iiit iitcividos. ciii Fcvcreirci cic 18X6. 3
L% Foi-tiiig:ics. Fiihi-iccr tki E.~.r!ir/n. director Mcinuel R:irreira.
F(íhi-irhit (/o Rrrirc~ de Ioaci dc 13ritn. fihrir-ci clr Sniirri Anrtii.r~ rili Ju Cul~.CErio, de
1;du:ircIo Coiiceiq,i(i Silv:i c(;: ti.mãri. fiíhi-ir.,
É. pois. iiiequívocci que. a pzirtir de meados dri silcuPo dcí.;inti\.c. hc
iivolumoii o capital invcslirio 11~1 inoiigem. 1nici:iliiicnlc cii:iv:i-sc s~ibretuclci c111
prcscri-;i dc ~i~iidtidci 1'al-ir.i~. desigiiadas pc1o noine dos seus propric~iisios.
Todavia ii Kcncimcno das coii-iprinlii:ir. qiic ccdo se conicqriu :I scvc1:ii-. pois
enconir:irno-lo no Porto cri? 1835. çoni ii çii:iç%s dii Çciii~paiiliia Cei-es c. cni
IdEsIiii:i. ciii 1 R57. coiii a 1'01.1113qão d3 Sociedade de Mtii1iiten~5o CiviE. s

Cornp.I' c/~. Mnngcrlr rke \'iorin rio Cosr~lo e a Coinp." EIijí~~r.ve r l Moajiein ~ n
Vapor: Eni Xhril dc 1889, apareceu a Con7p." (1~ Moagem r10 Oarrelrri e no m2s
se~u i n tc. 3 CUIII~." CIP Mon~eni Pctis~fica~~Go a Vapor. A Cnnip." de Moug~its
Jfoi*~iiritiicr (Pnno) ibi sidri constituída eni 1 XYO. mas sfi acabou de se instalar en-i
1 892. Ainda em noventa, np:ircceu ;L Co~rip." de M~ingeiis e Mas.ws de Bejfi, Em
189 1 . cri1 Fcvcreiro, foi-inou-se a Comp." Pr.ogresso Fuhl-i!. hro mesmo ano, em
Ago.;tn. surgiu a Coirrp." Tcti)irz.rrsc (Ir hfon,qeirs c Mnssos a Ifapnr. Finalmente,
eiii 1 892. sur_ciu a Noia Cnti?p. " cle Moogc~s de S!. " Tricr. que rcsul tou da fuslío da
Çonip." dc Vlriagern dc St." Jriu (criada em 18821, e da Crimp." de Moagem do
Barrcirti (crind~i 1 889).
I XXO
I 8'10
1 XBCI
I SOO
15'1 1
I
Coiiip.' Iiidiistiinl Et>orei~ic 160000%000
Ctirnp." Indiislri:il c Aprtcola Priniicii\e 300 000$000
Conip.' Iiidii~li.i:il dc FniC i 30 OC)1)$000
Cnnip.' Edif'ic~dorn e Iiiiiti*trial dc Çuimhi'li
Ciinip.' dc Moaperii de Santa. Iria
Ç'(i~iip.~ iIc Mii:igciii dc Vi:in:i JLI C:isiclo 15000I)SOOO
Criiiip." Elvcnhc de Mo:i_icm ii Vapor
C"rirnp." dc h?ri;igeiii do Uarreirn 300 0n05(100
C(inip." de Mmgcrn dc r)ni~ifiç:~c;áo a Vapnr
Trirril
C'rimp:' dc Mo:igeiit e ktaiix~ de Dej:~
Cuiiip." dc Mnflgeii~ Hrirrnoiii;~
Cnmp." Pi.r>ytcsso IT:tbril
Ci>iiip." Tavii+ciise di: Mo:igcnb
Tor

Em 1 R97 lii i assinada a eçcritursi de #A iriher-fu~~urlr - Socicdode Conlrci-ntiva
de PnniJicação c Moagein de Ctzreaisc. Tinha a aedc cm Lisboa C visava:
o làbrico e venda de pão, a moagem, rr criaçzo de um sistema de distribuíçc50 e
alugar ou comprar terrenos para Irivoura de cereais por conla prtipriii. Objectivos
ambiciosos ... comti conviniiii 5 grande generosidade da ideia cooperativn. Para
que conste, esta iniciativa deveu-se aos esforços de: Joaquim Sahino de
Oliveira. comerciantc c propriet5rio; João Ferreira. irnprcsscir iip6graiò: JOGO de
Deus Lrihato. industrial e proprietiirio: Jos& Joaquim Ferreira. Proprjetárin;
Joaquim Augusto da Silva Monlciro, empregado público: Francisco Firmo de
Oliveira, Industrial; GabrieE Jose IZerreira Neves. torneiro mechico.
Recuando um pouco, em 85 de Jullio de 1889 foi publicada ii lei que, no
dizer de I-lcnrique dc Barros, impôs um rumo d

;iiribiiin a c:~:E n10;igc1~1 a qt1013 de trigo csdiico quc podia íniportai.. relido :I
prjtncir:~

C)< dados ritesi;irn qiic. riti uticrtur~ clo ~~ciilri vitite. qwr cni Iórçii praclu~i
v,i. qiicr erri tat7cir~iç5ri efectiv:~ 3 nlíií~gct~i da capit:~ i LI l ~rap:isz;:irin ern mu itn
n S U coii~C~~crc
~
CIO I'url(1. O ~'CTI(~~FICIIII jfi sc ciiconlr.ti!ln prcsei1ic crti 1 X97. pois
:i ~]~i:ltilitl;~de Je trigci ratc:i~In 113 tnbeI3 de 5 clc AFiril d:irluele ;inri (a [iririicirai
crlz II:IIY~ I .in,~c~~r~
1 C 130 f'~rio. COIII~~~/~/I~(I MOU~

.IA IM?; ALnERTO nrl couro I:P:RHEIRA
ri acu prinicirci concellio rle ndrniiiisrrtiq30 ibi ciii~siituido pclos accionistas: Joio
t'cdi-o de Sousa. M:inucl Rndrigucs Vaquinhas. Fcrnnndo Formiga1 dc Moraes,
Carros Alheno Soiircs Lardosci.
No iino scguintc anexou rtinis du:is grnndcs unidades flihri S. a Fi-anciscn
Ccirnrrllr? Mellc~ir-o, Si~ccs.s~ re.s, e a Nuih~i Criit11;iat~hiir de Morigenr de SLII?EU Inn.
constituida. crimo JA referimos. eni 1891.
A concenlração rei'rirçnu-se ainda mais quarido. nos comecos de J u l Sio
dc B 907. sc liindou ii Novo Cuniprrirhiri h'ncio~rcil c/c Monjirris. Tinlia um vultuoso
c;ipitril social. 3.3óX.5)1)06000. e englobava. pma lá dn Conipanhia NacionaI de
Moapcrn. outras iiiiporl:intes e antigas flrrnas de Lisboa c nrredorcs; a JoUu Ltiiz
rir. Sorisn & Filhna (Fdl.iriçii de Vapor AlIianqa). dc Xabregns. n C~impairlria
Portii.pries[i de M~~rig~iis (ex Bcllos & Fnrrnigaes). na Rua Vintc e Quatro de
Jullio. a .?()SI: i'í~c/r*o LIC/ CW.T~O, no S~i~itl. a CC'SLII.~~ Cnstnr Mrlleiro, íiihricn de
1r1riss:is em LisZiria e tnettidc tlo Moinho No\fo da SeixaI. a M. M. Gntncs
MclEeiro, I'Gbrica de inal;sas cln Relem (na Rua da Cadeia) c a mctadc restailte d

qu;~ric~ salto no sciitido da concentração vcio a dar-se entre 19 18 C 3 9 1%
quando sur~irani mais hem ricfinidos. dois grande5 grttpas: rim surgiu da h%ii?a
Cr~mp.° h'ncio~rnl dp Mociger~i. iOi o da Coiiipaiiliir~ Iiidris~rir~l de Por-trr~nl c
Cr>lOitirr.i. c n outro Soi :t formnq,?o da Sncier~~~c!~ I~rtdtlsti-ia1 Aliti~tp. que sc
formam a partir da Fdhrirvr cir~ Gur-aitir!jo e da cmpresa Crtrthes 6: Rrirros. Com
isto entr:irrios no culmin~ir desse quarto tempo na conc~ntrnç5o da indústria
moaseirn portuguesa. que se começara a iisboçar, segundo alguns. com a cnaçúo,
ern 1918, da Moa~cm Aliangn c com a rrvisáo. em 7 clc Janeiro dcsse ano. dos
csiaiutos da Nnv3 Cornp." Nacional de Morifeili.
A Coiripnrihicr IW~~~.Y~I"~CII rir. Puriugul e Coláiiias, cnm um çapitnl social
da nrdcm do< IFi.999.920$00, era n mais podcrosn cxlrutura n~oapeira de todas
as quc I-invinm sido çti3d:i.s cnlre nris. Tinha a sede rio Jardini do Tabaco e
possuiri 3~or:i ah scguinlcs eniprcsas: n Fbbi-icrr de Mo(igeiir tJ De.sca.rqrre de
Ari.0:. eiii SacavCm. a I*-ri1iric.n de Mn.\-.vus e Rolcicliris. nn 1Eua 14 de Sililiri,
Lzshoa. ii fiíhi-icrr r/(> M~r~~iyiit t Bolnclrns. na Rua de S:into Aniarn. a Fúhrica de
Mocrgens. ern Xabrcgas, Lisboa. a Fdhrirn de Moa~et~s, na Estrela. Lisboa. a
Fbbricn (/c MOLIBPIIS cm Scrpa. ;l FciJprica de Mnssas, n;i liu a do Rarnti. Lisboa. a
fihricn rlr! A..lnssos, crn Çnmi ilha. a Fnlri-icn de De?;rnsqite rle A rro:, na Rua 24 de
Julho. Lisboa.
O rictivo c passivo 113 hllli:i~t~c~I. 110 valor de 16 000 000500, passou, em
19 $C Dezembro de 19 19, para a PortuyaI e Colhias, cabetido-llie. em troca,
177 777 acções da novo cmpreendimenio. As restantes I 1 000 Iórarn assim
repartidas pclo~ accicinisias: Manuel Viçente Ribeiro, Espírito Sanio Silva & C.",
Vierling & C.". Jose I-lenriqucs Tota & C.". Jose Hcnriques Totn, Dr. José
Erníditi Rihcirti C~rrciii Gucdcs. RaúI Monteiro Guimnrács, Eduardo Rumiro
dos Kcis (cabendo 794 a cada um): Fc'csnandri de Oliveira Belo, Eugknio de
Sous:i. Jose Lino Iiiiiinr. Carlos Raiiiires dos Reis. José Corrcia dc Snusa e Jos6
Abreu Reis Içahciido 793 a cada um).
Ihrantc cst:i podcros:~ c lentacular concentraçào. c com o oblectivo de criar
uma Libriça de riioagem e dc inrissas alirnenrícins em Rcjri, liimou-sc (cm 25 de
Fevereiro de I X I X), iim segiindn grupri moa_geiro. n Mari~ciii íll;nriça. Lirrritada,
que nglusinou a Carnpanliiri dc Moagena Invicta, do Porto, (constituída. como se
disse. eriz 18 de Março dc 1908) e duas das maiores moagens dc I,ishoa que haviam
resistido h intcgraçfíci n;t Nriv;i Companhia Nacional - n Viúva de A. J. Gomes %
Comp.". Cornandita. e n Crtices & Barros. Ldn. Es~e grupo linha sede em I-ishori
e estcve domiciliado prtivisciriamcntc na Rua 1 ." de ilczernhro. i~." 122. 2." andar.
O seu c;ipir:il: social quedou-sc por 3U0.01)0%000. quantia muito abaixo do
valor das t'innas quc a origin:iram. Passador alguns mcscs da criação da Moagem
Alinnqn. IAn.. ctn 26 dc Sclcmbro dc 19 18, a cornprinhin IOi dissolvida e o seu
pasr;ivo entrepe 5 responsabilidade dns sócios da Mnsigcm Invicta. da Viúva
A. J. Gomes c da Cruccs k Riirroç. Ma< na iiiesrna da~a c coino resultado da
Tusãci da Cruccs 6: R:irros {da Phvoa de Santa Iria) c dii Viúva h. J. Gomes (do
Caramujo). csial-ielcceu-se ri Sociedade de Moage~n Allai~~:ci. com um capital
social dc 5 000 000S00.
A Crirccs & IZCII'I-OS apai-ece-no~ pela primeira vcz matriculndn em Fevereiro
de 1916, sendo-lhe atribuid;~ uma quota dc rateio dc trigo cxritico de 2.95%.
Seguidariicnic rcni: na rtTahclau de 12 de Outubro dc I9 l (i. 3.21 %: na de 3 I de
JuItio de 19 15. 6.03% e na de 2 1 de Outubro do mesmo ano. 5.93%. É uma
percentasern superior ã de qualquer empresa do Norie do pais. e encontra-se
entre as primeiras da Area de Lisboa. Em 29 dc Jancirn dc t 91X. por rno~ivo

d:r.: ÇCSSCSL'S LIC piiries de cotas ;i i'iit~or
i(...
J;i Socicdnilc dc Padaria.;. Limil;id:i>,.
dissohviiii-ce ;i firrnn Cr~iczs 1Sr í3:irroç c j~riliriii-st. unia oirrra coni 3 rnlsma
cicsi~naq30. Eitn tinliii li111 c..ipii;il :cicia1 de X511 011O.Y;00. que crirrcspondia 3s
quoi:i\ dos shcirih: Jnsé h~liiii iiel Criice> Alv:ii-ez 142.7, 00i1500) c Ilomi~igos
AliTeJri Riirrt-is (425 000S00). .4 fihiiçn. situ:id:i na Povori clc ';:iriiti Iri;i. coni
sii:i mnquitiariii c iiisi;ilar;(ics. frii ;ivrilirida em 950 000C;OO. Na _~crCnci:~ da ri~llla.
alCrii riu< clols sócios 13 niciiciriiinclor. juriiou-sc uiii iioiiie ~luc sc veio ;I dc$i:icai
nri lidcrn1ic;ri rios mongcii-o.; de segu~itici pl:irio: Çiii.los M;içlindo Ribeiro Sci-i-cir:~.
Quanio ;i ririiia I/iiiihri A. .I. Goiirrs C.", C-UII~(II~CJ~J(I. sabe-sc que 2 uinzi
uilidadc I';ibríl anripa. N:i 1c
-ViÚv;r dc M:iriiicl Jos6 Grirnci LQ Filhos>>). Eiii 19 10 stirge coriiri
Vití\.;i A. J. Grinic.; & C.". Corriarirlitri (:i viÚv;l er:i Doiiii M3rE;i Sririi-c\ d;i tioclra
Goiiic.;). ,A i';ibriç~ siiiiriv:i-se iio Itirgri de S. Tiiigri. ;i(> Cara~iiujci. do Lonçcllio
dc Alirind;~. c o.: cscrir6ricis licav:irn no lrirgn do Tcrieii-ci do Trigu ri." I h. Na firca
dc I,i.;liri:i (C n ní\.cI i~;icioiiril}. eiii 1X92 cabia-llic 3 tcrceii-:~ iii;iirir pei-ccnr;igc~n
dc trico cxútlcn inipciri:itlo. Q~131ito 2 hti:i IOrç;i protliiri\~n. riii 19n I. cra de
46 SOO 1100 K~ltrigo aiio. serzcIo ;ilicn:ic ulii~:ip~~~:'d:i pcl~i T3riinin~ris José de
Mnrac.: & Irn15o.
Qu:~ndi) c111 76 dc Sctci~ihro de 19 I 3 roi cri;id:i a Sr~r./r.rilrcl~ ~lr. iWonjir.iii
,I l;~iir/.{r. IAAI.. o v;ilrir d;i innqui ii:iri:i. i n\trilrti;ócs c r>iirros pcriciicer;. coino o h
direitris indusrriiiiq da filirica tio Cnr3riiiijo. l'oraiii ;ivaIirirlriç em 9S5 357500.
T~lc~i-pt~r:lva (7111S(i us seguintes firiiiiis: :i Viú~ii dc A. .I. Gairic\ C:onip." Lrlii..
3 Çritccç fi 13:imi, ti5 F:ihric:iç dc Mongcrii 1iivici;i. :i Compniiliin Ptirtu~iiesa ~le
e
csçrii(iriol;. ciii Liil-io;~ ]]:I Ittt;i 1 rlc Dc~cmhro ti." 122. C iici Purio tiri Rrin Sariios
Pousada 11." iX0. IZni Jlinci iil dc I9 l '1. ;i Sriçiecl;ide :itlqi~iri ti :I T-5liric:i dc Ir/lu:igciri
Assucnreq. ti ri ti:^ fríbricris crri Lisboa. ir0 Porrri. I3ej:i. C~~TZIIILEJO
C' B~~TCCIIII~,
CIO RW -rilito. I-J;I.
Nccte aiio. ~iiir.;i ctciios clc ~.:t:cio do ~ri~o
ciiladn.; ciriyucnt;i e oiiri iiiild;iclcç i;ihri\: ucis pcrte~~cia~~l
N:icionsl dc Mongcni. c icte Ii Soçictl:tclc de h1 oa~cr-n
extíticri. cncoiiisav:i~ii-sc i~iaii-i-
3 9ov;i Crirnp:inhi:i
hliriiiqii. Lda.. c.abeiid(i a
priiiicir:! 3Y.5V dri trigo irriportado e 1 .icgunda 23-79>. 0s dois nrufiriç rivais,
cm conjuritri. rccoIhia111 6 I .79 do gr50 es01içri ciiti..id~ 1ep:ilnicntc i10 ]>aí

csl;i poderoxa coiicenir:i-.?{i acabiiii por au~cit:ir itrii çci+rti çliiiln dc liostílirladc.
ctiinci se rlct~c~a elo dcsati:ii'r> coni cliic o cnnsellio de :idrnitiistr;iq3u da Portugal
c Coliiiiias abria o relatório dri alio clc 193-2 I : r

AS ZND'~~~STRIAS NO PORTO
NOS FINAIS DO SÉCULO XVIàI
O Porto e a sua História tem sido esscncialmei~re a I-listória do Comércio
dos Vintios. Cresceu c dcsenvoIveu-se sob esse signo mormente - segundo soi
dizer-se - desde os inícios de Século XVIlI. embora a meados do S6culo XVII
- conio por vez primeira o referimos - o seu trato ienlia czitalisado o grandc
corndrcio na cidudc c a sua produçzo nas zunas do Iiiittei-lnircl duricnsc sc tcnlia
transformado já numa quiisc monocultura ocupando dc fcirmu extensiva ss terras
e as gentes em largos iratos do inrerior do Valc. coiri a saída de vinhas pelo Podo
jA preparados e

Creio quc CSIC processo da.: r:iizcs indusrriiiis do Portn ~~~~~~~~~~~~~~~~o esii
iiiridii. ~ ic f';icto. ~ioi* coiiliccci~-sc 113 511:i devida cxiciisfio. E. na vcrdade. ~iiu crcmoq
qiic esie arraii~1~~ tcnlia p:irtid~~. dcl zc1.o. LTrgc. p01- ~CSI-~ COIIIICCC~ 3 si~iiaqiir>
;i11 t~i-ior h~i~~ii11~10 :i5 raizes e n> poshívris ~ 1 ~ ~lt 5 S~IU;I~$~O ~ 4 t 50 li>o~ici ri1 logo
nos iniciíii ttci Século XIX.
1; que. riii vcrdndc iiiiiihéni. n nossa iridfistri:~ oitciccntistn radic;i. na sua
esiii:i~:idor;i tn:iioriii. rias tradiçfics rfc setecerirti.; c sobrc ctin tan~ h6111 O :illrovi ciot13111eni(i igual ii~et~ tc iiiais
l'Aci1 de nruiins das iii:i~cri:is-primas dc rtlic nlcuriilii ric~e~sitri\~iiiii. Vivcriam
;linda ~iinscei-iriin
c sc deseiivtilvcri;ini qunsc todas a moiiiuiitc ciii n espaldas do
sector ccinicrci:il. O iirissc~ ~indiistrifil a do Seculo XV I1 1 çriiiici a i ricin lia esiiiagadnrzi
nininriii pcIo SécuIn X1X cerin essc~içiul e pi-inçip:ilrneirte coriierci:inte).
E\iii rcalidiidc. c eszn liliric;5o cin iradiqriei iiic.;tcirnis ariicricircs era ri?(?
cviclentr C 1511 Koi-t~ ;\iildit a IIIC:I~QS do SEcktIn XIX 411~ ncni 11s rc6t-ices mais
gcricrtiws Ilie ~iodiniii cl:ir \lolln: Suhlin'tia-ri elc ri~odih. de viia a conlicccr tórçol;nriieiiic essa rc:rlid;ide irticcliataitlerilc
rrriiericii. n cssc IIOL;~VCI surto dos iiiício'i do SCCLIIII XIX. Periixlo esse ~ U C
yoli este priritci cIc vista c~lii~i~iuã :! pcdir 11111 iiininr cotilicciriicrito e I?uI~~cT:~(;~o r.
0.; finais do Scciilo dc rricido :ilctirii pcidciii scr toriiadci\ c ollindcis cni
hlrica - sciii ni:ii.;. hssiin n ciqe período rilpi ~ndci'iilido - cl~ic \e proloilgii pclos
pririieii-{i.: nntis dc Oiicicento? - iravcr5 qLac npoã olsiirnas baliziis :i firir clc sc
ohrer prcci.;iiri cronoli,yicli clcntro de [irna pe~.sl.iectiva din5r.tiic;i c diiicriinica que
v5 :iIi.ni d3 ~iniple~ cnnirigciii - c qiiniido car:i 1íir possível. H;1. SOI>~-~~UC~CJ. LIWC
pei-scrut:ir movimcti~os. A deliii~itaqlío possível. sciri duvida. 1'771 ordci~~ :i sc
poder saber ctini miiis rigor sc a dita ~

ii:icion:il oii odetíniiio.; cliscr. iarriliCiii p:ir:i o SÉculo XVlt.
Yn iirerdnclc. nnrei d:is cfii;ih grni-rdcs iriiitativ:is dc iridiist rializiiçiío (a do Coridc
rIc Iiriccir.;~ L. ;i dri k4aãquPs dc Poti~lri:il) (i I\;is 11~50 arid;ivn desertificado dcst:~s
:ic~iviclnclr.; como algiitii;is vczch .;c pcilicrri scr. levado 3 perii:ir. Esi\ti:i. iiiiiii
~>i-odiiqS~) iri~crir;~ iiic';teii-ul c ai-teça~i:il, rfivci-5ific;id;i dc r+c~iào para rçgi5o.
E\>rii~ii~lrrierite \oltada I>ni.;i ri ~~tcr~aclii Iiicul - iis uc~es rzgiciiial. E iiicliivii;ível
rluc esrris ;tcii\*id:idcs c cstii tituaqIo. qucr pela w;i iiii17rirtriricia quct pelas
irudiciic> çriiid~is iivernrri :r ?;ii;i rcleviinçia. iiiçlusr>. riuniti divcrsit'ícnqiin rcginn:il
crinndn um:i gcryr:if'i:l iridii\triul ~irfiliriri sciii dúvida rilais prrisirtiii dei.; rccussus
c1ixpciriivci\ ( \ilhi-ciudo iiiril6rin priin:il. E'irr-i-30~1 ~r;irliqcics Ioc;iis que dcpois se
perpcliinrnin t.iiidii ;I ciiiisl iiiiii. rtúclcos iii:ii\ del'in~dos r de ccrlo \'tr lrli ricis
lcrripcis pohicriiirti. hlgiiiis dehscs nucIenk ~;inhrtrj;iiii iiiil.iort,^iricia c \.itirit~i 3
cspiilliai. o.; ~ iis prodiitos pclr,\ \*;iria\ iiicrc:idris dti Pais e iiiesinri 3 nlinierircir
;iI~tittl:i cxpi~rt:iqilo. SCIII~I~C. ~lot'tit~l. COI~ rricit-mes dificiil(l;ldc.; Face :i pcidcrosa
c pi-ivilc~ind:~ cn11ct-irrEnri:i extcri7a v c I'L~CC a fi:íliilt>s dc çorisurrio quc cssa
prcseny vind;i c10 L'XICT.~II~ ci'iar:~ c cluc dcisnvri os prcidii~ris n;icinri:iis crn Irariça
.cIcs\~ulll:l~c'lll 'I.
.4ntc.\ clzic ciirii-(11, (9 iivci.;crii I'ciiri. Fcir1~111310 dc A11iieid:i iOi dos priniciros :i
cliaiii~ir :i clc\ id:i ateiiçari suhliiilinrido n iiiiporihiici;i dc sctiiclli;i~iie rc;iliriiidrl 1".
Pnrn nl6iii dc riido isso ~-icrriçiii-;i a cliicc;i;?ti dc ~itl-i~~. C dc sc ~eril'icrir com
\c r;il citri:iqati cr:i a siiiici~~it~ e se ~t3\'ii
ri~or
cnl coridiç(ie.; ribjccti~:is dc i':izc14
Taçc 31, ctc>c~~lteçi ~~ecessid~~d~s de coriquriin ~43 em pcri'ciçiri ctri qLinIilidndr
\'oItacl;t ;10< n~~~~iiclo< i n~ei-mi.; c csrcrnos. N3u rc5t:ii-i dfividn. poreiii. de
~ L I :I C C'C E~ll~ii~iil) clc cziiivEii ios hci l itando :i ,jrí fone coiicr>i-r21ici;i csicni:i :ir.~ii:irIa
de l'avoirç crirncrcinis c. pri~~ili.gin\ (rieiic ciiiti p;irii~uliii.ii~cii~~ Fi1gl;itcrrri) !Iies
çorioii tnrl;i ;i prrçkíhíl icIotlc tlc pcrsi.;~irciii c .;c dcsciivol vererii. Conçan'61iciaç
qtrc strt'ocnridn n 1isoduç9ti ii:içionriI rIer:im :i70 :i iitiin iriiptirt;iq;lo scriiprc
cr+csccritc rltrc cni qiiuniid;irlc c q~ialidaclc sc Empbs 30s gusios, cnnio 3s ncçcssidndes
ii:iciriiinic. Fugir--110s-i:i n coloc:iç;lci dc prnduto.; 11i:ii
o seli r;~lx-ici) c :I kii:~ ~~CII;I~:I~~~O.
fu~iu-ntis t:iiiit-iCiii
i'i-(~hlcrtiii\ csiei rlttc tIe irriediiirii iio\ ctindu;lcni tiri chtiido ct;i siriiaçan

Antes de I703 tem de conle~i-iplar-sc ii exislCnci;~ de utna produção ttilern:i
espa!ttad:i por todo o País c :i116 a íorç:i de produçiio a q~ic a política de Ericeiru
havia dado ni.0 cni alguils scctores iitravtis drt coiiceriiruçiio de rnanuracturas
importantes em :ilguns locais prometendo dias novos c rcnovndas para essa
produçfio nacioi~al interna. Isso cra j5 t30 visívcl pelos flriniq do S&cule XVTI
que seiiiclhante sicuaçnti havia lo~o criado alguns ciigullios aos ingleses -
mesino riuni pcriodo dc iioiiirio abstirnento eni que vcio a encontrar o sector
após o afastamento de Ericeira. O próprio conciso frascado do Tratado de~iuncia
abertamente o seu objectivo Ilindanrental se n50 fnise possíirel recorrer a aulras
refcrencias. Duvida-se seriamente que n iip:irellio prndulivo interno por mais
briIhanle quc rosse pudesse superar sernelhrinte siruaqão dc desi~ualdacie criada
e fosse capaz de suportar tão poderosa situayiio de Iirnnlagem concedida 3
Tnglaterra que jd na altura era o quc se poderia dcfinir como autiiriticii x A partir daí. I:I suprenlncia comercial dc quc j:< gozavani- juntaram os
ingleses n suprcrnacia «iiiduiirial». Fabricariam. distribuiriam. conquistariam os
rncrcadns c os _ooslris. Nein sequer foi urn português que disse. ap6s :i siiuuçao
criada eni 1703. ondcraq;in. utilizando ns dados numCricos c qunntitalivos clc quc sejri possível
dispor rnas também as referências descritiviix e «qualitalivas» dc que por vezes é
também p~ssí\~cI
I;inçar iiiHci.

:\S I~~lll~.5'7ltl~l~ NO I'ORTO NOS I.'l:V:liiS 110 ST:'CZII.O X VIII
6 dci;ic ÚIiinio teor 3 que hojc aqui rrazernos e quc nti.; dií azo ri utn
corncntririo e apreciacão 2s iltdúsrrins e mnnuf:ictur:ts do Porro nos fín:iis do
SCcuIo XVII!.
Adiuiiiamos desdc jr5, ptii-Giii. que alguns dos rn:ipas ci~lirístiços de quc é
possível dispor. a partir de entso. enlcrmrirn dc Incutias e oiiiis~fics. Crciri que
s5o táo s6 tinia amostra - e como 131 dcvcni ser tomndos. Loiitemplani al, numas
tcrras mas dcixam frcqucnicmcn~c outras no esquecimcilio. Raramente pndcrzo
scr tom;idos conici rclatorius exnctoq e clcfinitivos. h invesri_n:ic:ío i7 pa~til- de
fonieç locais 6, pois, uni ctiinplcrncn~o riecessdrio.
Açcrsici d:ls Kc\lcs dcixn-nos a porta ziherta Iiiira esse cnnipo POEIC~
corihcçidii iio indicar n5o s6 css:i tcalidndc (que sem dúvidii hcnl cnnliccin).
como para n6s hqic a apontar- uma direcç!o de pcsquis;~: Nilo SI: deve julzar por
;iqui (pela rca3idadc lisboeta) toda n nac50. E nccess&iiriu visita. as cid:itie.; dc scsundn
ordcm e con tiecer as proviticias principalmente os disirilos dos kanifícios 17.
0% inqueritos e tnapas centrais neccssitarri. pois. desse compfeincnto que
hh pode a1canq:tr-se pclo i+ccursn a ouzrns fontes. E :ilgiini;~h rxisiem que urge
conhecer. Diz a Junta do Coinkrcio. em 1822. ricerca dcsses Mapas esti~tístiços:
.c

dii Corte. t Açrcscetikk-sc unia iiianui~~içrur~i dc 1ah:~co. cftfntro lahricas dc louçri
5rciss:i c tina). tiporii:indo-se Ii:irii ní rimedoi-c$ (cfaL~ricas,> de vidro. pripcl. curtunics
e cII;I~IC~I\ ctc. I'>.
O icxio que aqui Lrnzemo.; n;io ic eiicoiilrii. irifcliziiirlrilc. dniadci rie111
si.;\inrido. lj. Se se iri1l;ir
clc.çtiv:iniciitc dcsie mnpri clc C poçtei-ini- 3 17X4 - d;irlo qire Fraricisco clc
Ailiiada e llc~idcinçn c? criipossrido nri ciirgci dc Crii-regcdor - prrcizarrierite ilessc
:itio - c m:iis pr'i~v:ivcliiicriic cuincirlenrr çoiii u I.it.rrir ... Uiii ciiiti-ci
icstrmuirhci. ~iouco pçis~cricir r 1794 - 1795) informa-rios d:i ri~csiii~i sciiliclndc
( ii:icia crinrcti~ziiiea caril ;i< dilas *i t u;iqIies dc 171-iispcridncje I: -.A< 1':'ibricax j:i
ric l'(ii111~11) ctirn _nr;tii~lc c~l'ilu \.5(1 a cal~il- dc lcid~
rnuiitci adcccii~;ld;i< (:i0 LCIII~I porque iici~i n govci-iici n.; inhc .;uitciit;ir. iicni 11:i corifi:~nc;i rio governti quc
ariiiiie ris p3~ticiil;i1~cs a enç~ii-r.cg:írcrii-\e dellcs>~. .trA Indú311-i:i c o triihalliri .;C
b5o csriiiyiiiiidrii> 1
Stgiu~di> til:\ Mcinliria icihrr 4) e\tridri d:i\ indfislri:ii no Poriri. o tcxtil
;iprirccc-ncic cnl iiiiiiico hoii siiuacàci sc riiri nicsiiio crri cstndn pi-ri~pcro cciiu dois
scç101-c\ bc~ti diI'cr~11ci:içlos: :i5 it'rlas c111 Iug;ir dc dcs1:tquc. ncp~ís ;i5 Iãc.
O grhnnde crifidcit- rlesr:i iiidustri3 d:i< ~íed;ih tio Iícirto toi o cciiiicrcianic dc
2rrissn trnlo RI':'L< IIC' Abrcl~ GLI i rnarfies de ciij:i il1;iniii';ict iir;~ ~ ~r~irain poste-
riorniciilc' todai; as iiinis exisrerilcs. i'\rltii sc fnhi-içam iraedn\ oui-o e T)l*fiIii.
Mnti7e.i. veliidii~, c ii.id:i :i scirrc ilc *cd:ii r ic;is ... c~iiii pcrfcicao qilc cxçede :i:, rlc
roclns as rrihric;iç estr:iiiycir:is-. 'I'iidti :ic;ih:i~Io~ CIC IUYO: FT 1150 l'iil3rtc;i111
SCCI:~ fI:lr:lt:ts...
O sector das ied as Lilirescn [:r-si: tiu riiti ~i I LI:IC:~O f't':~~~c:~nl~ntc pr0spc1-n
ainda cliic vcitaiiieri~o pcIii.; rneqiilris
iistcln:~s quc >C iihain eni Frariqri. 1rigl:iteri.a e T13li:i.
C~irici\ci e imporr;ifirc C o doct~riicritur-sc iicsle scclor .cilirt.Ltbrlo no triiiio tiris retru7cs. I'nirluç:io dcdispcrc;r crn varias
C:EL:I$ de p:irtiç~il:~re~ geritc pohrc c hc das 11i:iii hcrii cstnbclccidas que Ii:i ncsL;i
Cid.. c Jcil;i reziilin 11i.ii) gr;iride ufilirliiclc n polii.cz:i c aos nr.gnci;itirc.;». Ilstc

u;ih;ilFiii otlcinnl c dcimCsrico igu~t13r3 tnesmri o valnr do panci dc ItnIio psoduzidri
crn idênticti sisteni;i - quc como veremos - é o i~iais importante e csrcnsti C
ri que mais crirri6rcio iiiovimcn~a.
No fabrico dc ~ rindc sc poderia
1:ihcir:ir ~tiui~ri tiitiis se lir~uvcçsc apoio e niaioi- recrii+ho a novas tt2cnic;i.i de

abricarn algi~ris riscados com mistura de scda (por conscguintc no mesmo
prticcssri do drirne.~rir.
.v?).Frr?rrr açotnpanhando e nristur;indo-se com estas).
A prep"faç30 de panos dc linho niio sc fiii,. pois, em rnanufncturas ou
fibrics.; iniplarirados de Cidade rnas enconma-se dispcr~a por todo o seu Termo
ritil qualro légua.; cm reclor para a pnrtc do Minho (isto 2. apontando securanicnzc
p;ir:i o eixo de Rr:ip - Guimnrães c Valc do Ave).
6 uma indústria qiie sc cncontra totaIniente dispcrsa e na mZo das mulheres
do campo quc totnlnieiite preparam os Iínt~cis (salvo a semeriteira em que se
ernprcg:ini oi i~oriicns). 'Trazem depois esses findos ùs kiras do Porte e com essa
ac~ividride (que alir~ierita nctivn exportaq5ci) fazem o jiiellior sustentiiculo da sua
ecoiioii~i:i familiar.
Fahriciim-sc esses panos com linhos e estopa. Este fi~brico estcnde-se proft~s;inieilte
por irida ;i Provínci:~ do Minho c 4 eIe que iilimenta 3 mnir abundante
c miii.; activa cxportaqão de nossos tecidos que se 1'az para as AmCricris cxrcg:indo-sc
ri;! rua eqrnagadora iiiuioria nesiti cidade do Porto.
Os nciihados niais irnportan~cs consistem eni Icnços. riscndilhos. haeiilhas,
trcii. roucas. roalhas c gunrdanripos (ainda que nas toall-ias e guardanapos a mais
imponiiritc produçn~ sc L~(;ii jiil cm Guimaràes que. daqui. vêm ao Porto.
Dc certo niodo ligado ainda rio [Cstil do linliri existe na Cidade uma
Cord(iatia cri1 griincIc manufactura ondc sc fabrica prandc quantidade de cal-ios.
atiierr:is. rqviradourcis». Firi de nela. cabos dc massa e acalabruliudos» para a
rnririnlin c navcgaqk. cordas de espiwo e de linho quc em grande quantidade sc
cxportam tanihCm pnia todo o reino c para :is Arnkricns.
ESLE mrinufic~ura C irnporlante mas prircce, 5 altura. experimentnr 31, numas
dil'iculd~idcs pois sc pede uu recomenda para cla tutnhbm urgerite protecção rkgia
que n p-rtiiilia ;i coberto da graiide concorrCncia quc cxistc com a muita imporl:lq3o
de cabris cl~ic vem de foru c ainda promovciidri-sc c incentivando-se,
srihr-ctiido. 3 cultura do lirilio-c5nhririio quc. infclizmcnte. sc 1150 tem feita.
Ncic rc

Outrns seclnrcs ii~dusiriais encnntrani-se por4m. em si~113çZo I-icrn diferente.
fi o cano das terragciis.
Unia decadzncia accniunda que atinge ;i hoa prriduç50 que havia no sectcir
das ferragens e arrn~iria: Umas quarcnt:i oficinas dc Mestrcs serraIhcirc3s onde se
trabalha com pouca perfeiçáo. pcla grande inti-oduçán dc rilira estrangcirri.
IkcadEncia mais nothria ainda na arniaria (espingard:~~. cutcl;iri:l. e espndw - ondc
se trnabaIha pelo gcr;il rrial, çoriio na 1ato;lri:i c piclielaria o~idc se trahal ha wirn
muita pouca perl'eiçZoi,
A cnirada das ferragens e iiriel-actos vindos do cxtcricsr ~ohretudo de
AIcmriiiha siio a principal causii das dificuldades. Só na f'erraria grossa :i
situação se pode ccinsiderar lisonjeira. 1-15 l~astanies

Sribrc :I\ dcmni.c ;ictivicfridcs itc - . >(i os 111:1i> csquc~i~ln~ ni~ c!isfraido\ ,..
3, As~i'~t(h LIUC. IIC fxhl(l. niii itrn siilri ~ci'>:irlu.: c contctiipl:iiTris,
3. hlc\izzu cri1 cilrr:ih r~-cciiics :E :ictivirladC iric>lcir:rl c iiiiiit>iii:iE do Ilnstri t~ti:tst. clut nciii requer i.
i~f'crid:~, Por CAI!:I {Ir csll~dns. I~~I~I~I~I~ICIII~. 31:1% dcvc 1 iris:lr-sc qtlc i'ni LI~IA ;~~~IVI~:IC!~ in~pc~i.~:u~lc
~ ~ L ~ f i;ilE l í l ti \ ~ IcI. ctiin clire cii1i':iv:i ii:t.; cvpnit:ic~ic~ clii l'wlci pclris fir!:!i~ riti si-cirln c lii-rr~cípiiiq clc.
riiiriic~itii\. Xùii ic i.ririi~irc.ciidci.;i o quc :iiliir 51' F~ZC:I n l>iii.fir LIC 1 X?h 10 ~IIC' I:IIIIIILCI~I n;jn I:
~ K Iic:~nwnw I rri't-ri~Io\wii~ o contwci~itcfiti> L~!:I ~itu:>n(>. Ttjiil - \'c>!.
Oii~rn? :I\ lv~-ttj>: :tloppt-t //i,~~ori(,o l'olir~~~~~
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5, !'ri15 LI;~, CICII[C~ e w-w~itil c çincti Fibric:ih :ic\inal:id:i\ hií t1ti:i.; ~e ~Iccl:ii.niii ~irc:irlcntcc. U;i> \,iiiic c
t3i10 ICI-T,II-I:IY C >tt.t.:~ll~:ii-i:i'i r~ih[ciltcs e111 i S30 11;1\ IIIZ~~CTIL LI 13rliii n vinlr c 3str cl.:ini dc Uriii-
~i;tq:~!CI-~O.II.~S ;I IWU. Pni- [ SW .I LII:~ pcipui:aq5~7 i':~t~i-il ~>~,q:~ri;i us dc~is niil indivftlftns
( ,SERR~\O. Jnct - T~,rittrs Uirrir~riris1ii.i - 1 .iv. Hori riititc - I-i~h(i;i. I 'IKO. l1li. Sh C' ~ $ 8 .
(7. 14ARTTKS. OIitci~j - /~ .E~~uI!~I~~I~~J ,SLIC; ir ti-:ii:it>ilo ~iriiiiii:ilmenic :ilpiins a5pccicis t ucniclli:~!iy:i rlii rliic virliri.; i>/.ciido [i:iiu
13r;r-ri (BiA{yu, Llrii. riT,m.nc,~.(v.v ri.$ I1ic1ii.r-rriii r l(,OO- IPIII. C'cirii virjoi çecLiii~r s ~iiiiiiii:rliiieiil t: j5
:ihoi~rladni i.
S. RLiI-I TOES. \1i:ud LIC - .4 /~(I:CI~~{I /'I;/~IIC 0 (I,, IJi~~-fi~;ir/ - I .ihImi, 18x4. pp. 5Y-hO.
NI.IVI'S. hciirkiii d:iç - I'oi.ir,,tridc's snliicb os us~iccrtis rplri/ii,ri.i ir.$ Ai.tt,.v . -0hr~1 Coiiiplel;ih~,
t'or~ii 4 s/ 1. T. 1-11. pp. 402 scgs.
Y. L uni cirr~ a>pC~~iiL tn:ti\ h:iIirilt;idi)> I7r.w tnriii\ i,, ti>rdhtciro~ quc pCi.Crit.i,ci;tiIi i1 I':lis ~i~Iii> iiiw
t1t1 Stciit~i Xi'tl I principio5 ilu XIX.
10, A l-Ml:l DA. FOT,~LIII:~IL% (ic - .SHI?,Y;~[I(~A- ~(II,~I Hi\r~ii-itt t l P~)I-II/~~I/ ~ - Coin~h~-:i. 1920,
'r:tll~l>C~~i - Cori,!i~.,:~,.~ IIL~~IIIY~;.> p~~/;ti,~~~.v c/~~i III~~I;\~I%I\ - CI>~III~~I.;I. IV 10.
I I . I TO. i C'~ri,rrr /'i.iiiií,i~,cr c C'rlr-rri 3vqitrirlc1 rli~-i,~itlri (i,i C',iii LI:I\ - ,I/>. uif.. JXS-S?: -lC l-ii~nmdo COIO rct~r~~ici~i dc->c xilrlu (i siildrr
pi,.hit ivii LI:)> IIIIC~~I!. trikii?;il~'qi>c~ çotticr~'i:iih civil II ~st~tinr e ns v;ilorcs lpcidcr-\c-i:i r]tic~iiun;ir
~LIC \r:ilc~i-c~ . >c ~t:iih >c noi~iin;ii.~.,.l d:ih TII:II~U!~:~CILII~:I\ rxpi>rtn~l:bs I~:II-:I :i5 C:oltíni:i\ ~iti cil 17 :itiiiii. iiic deix:i [tc suhlinliiii. n uclvciiiu (!:I ri.rihh:i des2r:iq:i citi ISU; ... P:ii-:i :i cii:i
~iili~crl~iciiie: Ii.IJ.:iI.
rlii Piii-to. J.f,\. 24 tls. nln.
I !I, ~\/i~lf~/ft~~~
I~l~l~~llr~l~lff~ll.
2l). Ccintiiiuiirtrii~i.. ciii hrc\,c. :I iclci-ii.-ii*is :i(>\ \lc..,icii.r
Rc:iiiic
i. :i.; .

:I5 I~Z~BW.TTRIAS NO PORTO h'0.S Fl,h?AIS DO SPCULCI XI'III
Scdns dc gor~or5ci para Miintas e Sriyiic esta l'ahrica Iie antiga nesta Cid-e c
havia tiellri hum graiidc Numaro de tiares. e hoje se acha deciidente, e quazc
exiintn porquc apenas se labriçSo rilguas pocas pessas que secarre~áo para as
Americas.
A rarr:n da sirn dccndciicia rinssc ckr l7or~cci e.~rt-ci~~To pello sr:o ot~
abicyn y~ic ris Mcillzercs .fn:ciir das Man;ill~crs JL, Crepe de Finrlçu,
por lhe sererlj 17ioi.s coniudus pcrru a sucr Lihcr-cfncie, titio só em
p'zjrti:~ çI~s!cr eniprisfnrire fclhricu rilas cios bons cosrrfrries coin que
rr ru'raçfio Po~.ttc.qi,c:a sc disiinxirin antiga117.t~ do nrior~ro cin sexo
,~~~I;PII~IICI.
AniiTayris ou dcsperdisos da sda que norn~ai m.re dciifio Iora por não saber íazer
uzo dellcs para sc porem em fia e tesido. com que sc pode tapar muitas qunli-
dndes de Seda.
Jqo q~rr?i e,rra doi~cki pi*incipin a cai-dar. p$leS d~.~perdiç#~, como se
ii:.o ciii Fririrpci, /(alio, e Ittglnrcrro, croizde conlicçr.ni inillior. do qrte
1~6.7 os seias ii~tci-esses c oniide 0.7 crcaden?ias dos coriozos, e
Jroi7ie1i.e ~irtii?inck,,s do :e//o parrio, ar~in~Go coiri ci.~
P ~~~-einin.~ h pohre:n y ~ t ~
nias in,inr?-ucoei?s
.se ir~ipregcx rio n pr.oileirni~i.ro de Iruci
coilírr qrrc siie17cln impoi-rniitc rnrsi iircsrno irris deircrtnos perder por
(y~mrnncin.
Ha hua Fabrica de Blieiocns, em q sc fahricao hastan~cs pcssas e muiias mais se
prideriati fabricar se 0 dono dclla tivese cornpanl~ro com as qualidades nessesarias,
qiic çontriihuissern no seu nuçmento c sc procurassein atnelhor prercição na
Lavace d:is Lrins e tintura dos icsidoh.
Hri Oulra Fsihrica dc panos regular em Lordelo. aonde sefabricão pannos corno
os dc Ingln~erra. como iambern alguas Raetas mas poucas e tem hum tinto
compleio para dar todas as çorcs em Lan. tcni todas as OCecinas nesesarias. com
reyoralid-dc tcrii criado rn. tos aprendizes e ja n5ío carese de mestres estrangeiros
nem atuiilmte os tem porquc so travalh3n com as artii'ices q aprenderão na
mesma Fabrica e procurão seus Ercc~orcs aumenlar o Numaro dc aprendizes.
13e csra 17i.fn rrtil e 1.i~-a .sei- et?il~oi-?or7le por- ser henr aclmerri,srrada,
e se rteseçira de poi.teçcTo supei-inr que CV~IC LI Aier-cãu que os
Mrt-ctickil-cs tem ir.r,fn:erida.~ cln Rqno.

Ha nlgiins Teares dispcrq~i~ erli qtic sc klhric5o VL~I-~OS ~=ihc:idos com tiiistura de
seda. fiisinen.; Lavi-adns c 1,r7cih Esta !il:iti;ifnci~ii-;I liii iiioclc~ ii:iii. ie crccrii em
1':ihricn regular iia quaI hc fiil.iricarrii_i muito? e bons tesidris c çriciti ~i-ande
qunntidaclc de fiaqoeiis 1~113 liiiai con-io 11 ni:ii~ fiiitio lùsiito c sc ricliu Iiojc
extinta to~illii.te.
Lcnqcis dc 41gridiio e clc Iinl~a pintados dc arnhas ris L1çc.ç. chiim rlc \ririn\ cores.
;i Eihrica dc piino de I,inlio. cslopa e linlia hcm ritinlc:ida pclln :ivtrtt:ido cabcd~il
quc arríi;. clc .~I~CS~C:I e $e e~paIh;i por toda ii prciviiici:i: Hc eqtn 3 mais bcin
cs~ahalcsitl;r clir ninis impor-~aiite: com eIln $c foi-tiese ii riiuyrii- partc d:i cary dos
N:IV~OF ~ U lfGo C JCSIC l3orIo para :is "1 ~nwicns. 1':iliricriesc Lcnqoi. R í\.c:icli Ilicih,
Bca~illiris. Frcu. Inüciis. ici:ill-i;is dc nie7;r goardsilnpos. rr1a.i csteh c111 ~iiciioi.
quanlidadc dn quc cni Giiiiri.cs.
Crii-diigeni Ii:i nesta Cid.c 3 ~i-:iiide fabrica cl;i crirdoari:~ i7rirlc \c riihrit~i roda ri
cluiilid.dc tIc C:ihor Amaras. Vir~idore?. 1'io rIc Nc1l:i. crilitis tlc riia.;\:!, e
cnlnhruli:id(ii pa :I h4;triiilla. e Na11.nrn. cordas de espano c dc lirihri hrnnçii\ cin
~riiiidc qu:intid.dc prir;i n consiimo dc todo o Reirio e para Americri.

I-ln I,:~vrantçs cio Ouro r: pratr~ Lapida rios de pedras preciozris, crav~idores Dourndore?.
e rodos rilirzri criin pcrlcir;ão e lia Artiiices em ~ii.ta ribundancia.
SP -$r iz.irrr,~r LI iriri-odir~~rTn rle~rlrus ohrua LI< j>e~lrus /irlc+crs yrre Venl
dc .fora coriin ,foi orcl~iindn iici ririlisfirln PI-c.ii~nt ir-ir cle JY. seriüo
e.rrcs nl-tificos nrais,/elires do gite S.%.
flo de Ouro e pi-ara. p~ilhclas lizas e Invradris pririi l'rizer giilricils e franjrts emais
cih~iis dri Ccrgarin tieira, Ouro crespo. coin lusm e sem elle. e de todos os feitios.
C~nniillia. Lcntc-jnhs. irti~nl ludo riccessrirju para o cuIto devinti c p" o luxo.
Caldci rci roc. Laicicirtii pi xcIcircis são ol'iicios que zrabsillião c0111 pouca per?èiç%o.
Fcrrcirri.; clc ohr:i groqa c dc Agriculiiira prego c rcrragcs para Cniistt-uçãci de
N:ivEri.;. ciodo.; clhian l~cr-ri.
Srirrilheiros rrahalli30 corri niui.lri pouca perlkiçãn
Espirig;irdciroi lia i11~iirtiç ~~ciucos.
Arlc c .c( i fii~ciii fc~ci5
e de~rer I-rn menos qiic ezccutem bem n sua
p" Arm:is pcir nrio terem mais em q~ic trab:~lli:~i-,
Ecrr .ff?c./o esri c/rcoí/crirc*. c seir(/# 117. tu iic.sescir.io {7~1111 ci c/q/.k:ct
dr) Ii'ei.i~o, FC' UC/IO A C I ~ IJI-OICCÇ~~O
~
C ~IICIIL' ~.r!jr~fo 11~lo
Cid.~ 1 1 1 ~ 7 ~ ~ t Bmgn ~ i ír011í1'~ ~ t~rrti/o p(jiico.~ ~ ~ I T I I Oet-í~ S /77~1ito
j7oi-ccc,iitc, c. rrli .Te rrli hriltirii.rr t-0117 cfr~iciyor pi.~f~iç*iic~ critrr?; dp
i.ircrli rlc Af~~i?ini~l?u os Clirioi. (1. Espii7,qniikt agir^ .i.r ík3 enfi-ncfn P
L>c.~jicrc./ici ,i~i.$ A(/i~rrdegrr.s.
.io I~CSI~I

Botocns lia nesta Cid.e duas Fihricas de homens de metal. prata e dourados,
fabricados com pcrreir;ão.
E.~tas Fakricas sZo rnod~~rna.~, .P fo.iein potic-o p pigrcço por couza
~ln e~i~rcicin por- conri-(~hn~rdo clos hioerrs de,fiirn cpriela ai.crp?o qite
us LO~C~TOS feiit ci.~fo:enckrs ilo Reyrio.
EoIhetas de todas as cores para cravadorcs de pedras, tia qm as faça com ioda a
perfeiçzo mas nào se ezecuta por ser privilegio excluzivo concedido a T... Time
da Naçiici AIarnan. para eEle e scus Sucessores. o qunl tinha feito termo na
Camara desta Cid.e pPensinar 5 Aprendizes não so lhe n5o deu comprim to mas
pi.ocura cxti nguir aos priin.rci% que tomou para pareçer que deu Satisfiição ao
Termo e se Serviu dclles como criados e n5o corno aprendizes. sem lhes ensinar
o Ofllcio conio hera obrigado.
B~stc prei~iltj,cio Izn nir sr:~rlrnr perd~>rse esrp Oficio de q u Ira ~ de
apr~i~eiraiae oitrrn Noyifo qirc nreihrii. conhece os Seus I~~rer~çes e
Iinrcl rior~dt pertcride Eiir ~.~rnhlecersc este Artffice. rirni- o fi-ulo da
.sticr II?C~I~.F~~~IE.
Ha ncsta Cidade 5 Fabricas Regulares de Atamdos quc tem tido bom Sucesso
pell;i hoa extraçso niio so para o çonçurno da Rcyno mas pellos quc secarregão
p" as terras de Lcvnnie.
Ha outra erni Viann:~ tarnbett~ dc A~:inados e Bezeras c Cordavnens. epella sua
hou quillid. de tem inta exirliçlo.
F-la Varios cunumes na IigVc S. Torquato de Rexcrros solla Branca, Couros de
Vaca e Carnciras q tcrii rnto conçumo. Estes curlumcs são mais antigos. e não se
terii aumentado por q seus donnos são pouco ahuiid.tes de dinh-rc).
Deve.r.re aos Negoçinri t ~ Scttti s Erecit~re?; n trrclidcrde qyiie rezrrlrn ò
Repiiltlica dn cirayrio dcstos Fai'lrirns.
Fahricrisse Louça para Mexa ein hus fabrica Regular em Massarellos a sua obra
he m.io beni execuvzida mas a qualidade do barro 1150 he da melhor, e tem bom
conçumo para o Rcyno ep" :i America. Ha outra fabrica de Louça em Aveiro não
iie tarnbcrn obrada. pela Inri conduta de Seus Erectorcs.
E.srcr FCI~I-icei reni fc fln prog rr~o por .ser ~ I~?/cB cr ser bcm Arirtriiristr~uc/u
erer arlqilirido proreqnr7

Temsc diligenciado outsri Fabrica nesta Cid.e e se continuii na mesma dilegeiiçio.
NEn se acltn jn cJr(Jctc1
desi-ariecrl- aos 1t~rere.ssadns
por obstacrrlos corri cy altqims e ~tirritos pro~tdr'~70
u srra erecgfio,
Fabricasc Louva groça Tcllia TijoFlo Alcatmzes e outras obras desta espccie em
m.ta abundancia.
Mercenciros. Torneiros. Entalhadores EscuI~ores. R:I muiios e bons Artifccei
quc excçut30 com perfeição c sdiantamenta.
A çnil:cr dos Srirs pr~~qreros li^ n! proliibiç fio da erirrndn do.7 Mobilius
de fora r10 Rei-rio.
ern parte se executa com melhor pcrfcição e se I'~~hi-içrlo mtas c boas embarcaçocns,
de que rezutta avultado hcneticio nào sn aos SciiErores de terras. peIos cuçtos
das Miideiras. mas a rocIas Off'icizics de queni depende esta titilissirna arte.
Taritoaria lie muito nurncrozii e se executa com muirii pct-fciqio melhor que c111
parte nenhua.
Da prorecpb rias ViriJln.~ do Docrro he que ctcl7e1zd~ e.~t~ Oficio, C
fniribeni por- disgrrrrn irnssn diper~d~ dos Hdnrhtirgl~e:es por
rc.rptitn do Adii~lla podeirdo esro ,fii:ciiie i?o Reiiro se oriilesse ns
~iroi+idei?cict,s que fnlfão cio su nesre nins cni oritros nirtiros P
frnprir.rcinrcs nb~ecros.
I-Ia Fabrica dc refinação dc Açucars que iravallia coiii peziciçao.
Hri rnuita e boa Sera para o consumo do paus ep" hniericn.
If a tres Fabricas de cal que trabalhiio com bom Sucesso c conçumo.
Os Officiaca dc Ccriguciro, Curticim. MerccncEroa. Batcl'olhas Ourives, Lapidarios.
Trocedores deretros, Tintureiros de Seda. Uordadores. são os que melhor
cxecutao as suas Artes. Os mais Ofticios necessarios de que lia abundanciii nes
Cid.e estk ainda muito ruilicos por falta das ncccsssiriiis providencias.
Se u.7 pesso0.y riobrc~s se inrercçnsseii7 n~cris (ir) qiicJ se irrrei-c~.~'~~~ enl
sei- ritcf.7 o putrin procui-ai-ifin o adictrirnrlirriro 60s AI-re.r ar160
scriao raiiro a arrRo ti cortdiçátr dir /ioilri. sobre qrieili carrega rodo
o pezo dn Esrado.

C:oElri ou Gruilc Iiri Iiua i'riliric;~ nesta Cid.c rinvniii.tc csirih;ilecicI:i.
Cordas dc Viollri lia Iiuii i'nti.ric:i nc'st:i Cid.~ riovi~~n~~ite cst;lh;~tcgici:i.

A CONSTRUÇÃO CIVIL EM AVETRO, 1860-1930
NOMS PARA A SUA COMPREENSÃO HISTORICA
I. A per~inência do cstuda da conslruq'i

valor do seu produto. os dados disponíveis siturim a construção entre os maiores
sectorcs de actividade>>. Sc ciutras razòes rriais não Iiouvcsse, ficaria dcmonsrradn,
assim. a pertinêncja de UIII quãIquer estudo sobre conslmção civil e explicadas
as razões da escolha deste rema quando se pretende conliccer zi natureza do
tecido social e empresarial da regiúo, no período considerada.
Mas. apesar da sua p nde irnport5ncii-i. s;ibeiiios muito pouco solire a çiins-
truçilo civil em Portugal, em diversas épocas. Tal coiilo suhlirihzi Jns.5 Arnrido
Mendes. apesar de jrí dispormos de algumas achcgas sobre determinadas ternhricas
correlatas. aa história dii constmç20 civil cstá pra~icurnente toda por fazem-'.
A.s raxiies desta situaç5o s5o inúmcrns, mas creia que a mesquinha consideração
social dos construtores civis. nas tiliimw décadas, ler5 conrrihuído para esse
quase «esquecimcnlo».
Com este estudo pretendo contríbuir para um melhor conhecimento econúin
iço, social. orgnnizativo. iecnicn e ciiltiiral da constsur;:io civil. entre RS quatro
ÚItimas décadas de Oitoceiitos c as três primeiras deste s6culo. muito embora
nie cinja iipenas ar) espaço gcogriiico de Aveiro c conceIhos envoIventes.
2. Fontes utilizadas
O presente lrahalho lcin como fonte principal um coiijunto de corisratris de
ernprcitada ou ajuste dc obra - cinquenta e quairo ao iodo - celebrados perante
os noriíricis d3 cidade. e ~ L I C inlcgram actnalinenlc o 1U1ido notaria1 do Arqtijvcr
Distritnl de Aveiro. Trata-se de urna fonte rica em informação sohrc a mundo da
canstruçfin civil. nins dc utjlização problem6rica, dado tratar-r;e de uma em como a i,olatiJidadc do sector - entendida conio aa existência de gn~ndes
variaçfies do investimento da constmçZu consoante as conjunturas»~.
O Arquivo Hisiorico Municipal possui apcnlis uni livrci de licenças de
constnic;ão de obras particulares. mas que apenas cobre o pcríodrr que mcdeia
entre 1907 e I9 14. Mesmo este parece 1150 rcflccl ir n real idade histórica. pois os
valores desse sol n5í1 conndizcni com os dados rcctilliidos prir arnosiragem nas
actas das sessocs da CSrnara Municipal de Aveii-o. Os pix!jecto\. cartas e rcquerimciiios
do Arquivo de Obras. ir1 tc~grtdo Irnas não organizado ainda) no Arqiiivo
Hist6rico Municipal dc Aveiro. n5o perrni~cm estudar qcniio a Líl~irria década do
período considerado, fornecendo. de forma avulsa, elcmcntos para a conipreens20
da construçfin. cnsre I9 I7 c 1920.
Os iriiportriniei dados do Arrn~mrio Çolirr?ier-ciril de P~I-~II~oI. ensrc I905 e
1930 - apesar das irnpreciscles e ornissr7ci. mais abundantes aiiteri dc 1920 -. não
permiiem a ccinlrnnação ou negar20 dos clcmcn tos dispoilíveis referentes iios anos
antcriores. D30 uma ideia da incremento da construção no período do pós-gucrra.
quando çe inicia a urbanizaçáo da Avetiida do Dr. Lotrrcnqn Peixinho.
Complenienrarinente, tbi uliiizadn infonnaçno diversa. inCciitri ou j5 rcferida
de Tomia isolada ein trabalhos anteriores.
As caracicristicas e diversidade das hritcs referidas impuseram. :issini. ou~rai
mctodologins e. obviiimenre, resultados diferentes. dificilnierite coiejáveis. pelo
menos para jB. com o que se passava nu Capi~al, no pci+iode analisado.

Foram excl ti idoc desta crii~t;ipeiri (i< ctiiili-:iiris tle e1iipreir:icl:i de c:iiliirii;ti-i;\
17;1r;1 C ~ C O I ~ S C c~tabcl~"cir11~111~)~ ~i~iiierci;li~. ~r1iImr3 t~~il~atii >icIo incluídn~ no
Quadidin V. cciriin i2i1 Icvadfi em coni:i 3 iriliirni;icr?ci útil 1>i-r>t~lcrri:ítiia erii apreço.
t1cIc5 ~oi~~id~i. Dc [ora fic~lr:i~n o\ cc)iit~i~o~ ilc S~~IICC~IIICIIIII dc pc~lr~i. c~iipc-
Ji.air~en~i C ;I ,. Nouts;~ pasiapetii. icxtcii~iinIi:in~lo 0 crcscci-ii~~
pi-ol;y'_r>iiiiirio cl:~ Çiiriiai-:~ no cii-drriarnc~iin dn eslitiyo iir~li~inri. :1llr111;1-~e C~LII: i1
Uirccç5o do IcYtriiicíl?iii ICTII o dircitri ~lc :ilic1-;1r OS p~micctr~s raein 3tctlr;iti :I
esrc;rir-rr dn local,>. .;em quc ns ~ccluercritcs I ives~crri dir+ei~o ;i incIcm1zi7~q50
~ilgll lll:ii'.
Atcntciiios. pois. nii ii:itlireza rlos diicuiiiciii{is irlèriclos. C).; cciritiarox clc
empi-citndii i111 cii-it:ii-i:lcI{is 17ossiicm unia rstrulur :i sir-tll-ilch. Pcr:irltc ri ticittíi-io
aprcseri t:irri-?e o c~lctiirieiidaiitc ou urii scii procii t:idor.). n ~rics~re-dc-ribi.;ii
(iilguriias vc~ei ;i~ornpanh:ido da rriulhcr) r urn I'i;idor tIcsic(\). :\prjs :i ideiiriiicac3n
do< ournrgriitlcs. L: ~xplicili~~lo o O~~CCIC) do COII~I.:~~~. 1le11i COITII~ ;I\ divtrsilli
ctintligfieq d3 sua zce1laq50 111Litua. Dcp

A maior parte dos conrraios arrolados (76%) reporta-se a obras de raiz.
Quando o empreiteiro linha dc fornecer saber. mso-de-obra. instrumen~os e
materiais. as empreitadas eram denomin:idas de rqlavores e materiais». Menos
frequentemente. os propriclririoi.; torriavani para si a tarefa de forneccr aos
inestrcs-de-obras os rnatcriais necessArins. na sua toialidade o11 maior pmc deles
(normalrncntc a pedra. arcia, madeiras OU os adobes). mas algumas vezes rcservavam
para si o fornecirnenio do azulcjn das fachadas. portões ou grudes de
ferro forjado. tinta

AF hahi tít~õcs S~O, maioriiariarnente. vivendas unii'amil ixes ou palacetes
urbanos. regrri gcrril. como referi antes. com um andar e quinta[. para residGncia
dos promotores e suas famílias. Nio cstamos. por rcpra, perante a çonsiruçiio dc
prfidios dc rcndimcntn. Eni nenhum dos casos o promotor é uni constnitor civil.
embora oumas fontes comprovem al_ournas excepç0es. Como disse. apenas foi
celebrado um contrato para a ediricação dc um conjunto de casas çertamenlc
pari1 alugues. Trata-se da construç3o de cinco casriç contíguas. izuais e baratas.
O seu prçimtitor C uma proprietdriã do Porto. com raízcs e intcrcsses na re_gião.
Conirzdo. licam por dilucidar completamente as razães por que houve
lugar a celebração de contrato notaria1 nos 54 casos regisiadris e nos resranies
isso ~ 5o se verificou. Devido h talta de segurança dos capitais investidos pelos
pl*opric~:irios? Receio de arrastamento indefinido das nliris'? Um das aspectos
c~lnstanies nos contratos i a sevcra penalizaçao dos cciilsinitores por cada dia dc
atrasci da emipreiiadri. Nolu que ri;ih attc11lat3qÜrs. pelas ~~~estiias I-~zO~S. O pagamcntci
de um depíisiio ou fiança de valor elevado era obrigatóriolt'. Sublirilro
t~imbérn que. em alguns. as duas partes tinham uni bom relacionaniento. como
parecem provar outras fontes. Assim. questiono-rne: por quc razão nãri rorain
acautelados notarialine~ite (ou conio foram) os elevado? valores eni ;o, 00 na
edificaq;Tio de predlos qiie ainda hoje se conservam na cidade'?
Urn dos documcnios, de 16 dc Novembro dc 1906, explicita alsumas das
razoes desse procedimento excepcional. AIí faz-se referência expressa ao
econirato verbal». o tipo dc contrato mais frequente. Nesse caso concreto. s6
depois de n obra se ter iniciado b.
4. A evoluçiio da construç.5o civil em Aveiro
A imprensa local d:í da evoluçiio da construçáo, especialnicnre na prirncira
decada del;te século, uma ideia iim tanto empolada. devido, por certo. ao iòrtc
contraste com o panorama dos anos antcriorcs. O Iacio de niuitol; dos noiávcis
da cidade Lerem construido os seus palacetes. nesses anos - aleuns dclcs com
clcniei~ios da gl-aináticu decoraiivn Arre-Nova nas ti-ontarias -. ter5 decisivamente
determinado o olhar e :i adjectivaçiio da imprensa locrilll. De facto,
enti-e 1907, e 1908. lònrn concedidas mais de 5 0 licenças de constniç30. dai quais.
pcrio de uma trintena, referentes ii moradias de iiotáveis da ciclade c da rcgiãci
(Cfr. Quadro 11). A cidade transformou-se num verdadeiro er;tnleiro.
Por acaso ou niío, é nesta decada quc cc ceIeh1.a o maior número de contratos.
pcríodo em que se rissiste a uma acentuada desmr;llitaçiin ddo espaqo e da paisagem
urbana (início do fi~n das monrurciras. dos esEotos a céu aberto. dos rebanhos
em tfiinsito peI;i cidade. ctc.) iniciando-se uma ias6 novil na vida da cidade. que
se prolongaria pelas três déczidas segiiintes. culniinnndo com a abertura c
urhanizaq80 da avenida ideadri por Lourcnqo Peixiiilio. cntrc os ÚItimos anos da
1 ." Guerra e a decada dc 30. Iilèctivnmente. roi em 19 19 quc Lourenço Peixinho
propfis a construçáo da avenida que terili o scu noine. na mesma altura em que
se iniciam os cs?'orços para dotar ri cidade de ilurninnçfiti electricri".
clcrs Prni.íiicIris dizia: n L...] rr Jcbrl, dns cnr1s~rrcç6~,s,
Em 1905. (i Cu~~~gefi(~
que não diminui. caloca cm embaraços os proprie'thios c mestres-de-obras. 145
i'alia dc aIvenere7. carpiiileiros. etc. c muita principalmente de pintores»"'. No

aiin \cg~iirite. c ainda
esisteiitch ria cidiirle. o rnesmo periódicti zilirrnav~i: ((vai torriaildo uma fèiçáo inais
cit.iliz:idorn. pnis. liliimamcnie. tem sido conhtruida.; casas dc bela aparcncia,
coiiici 'iati :I< dcik Srs. Frailcisco A. da Silva Rocha. distiri~o clirecic>r da Escola
Industrial. Alfrcdo clc Casiin, Eduardo Vicira. Manuel Marques da Si1v;i. c~c.»l~l.
Eiii T9W. n mcsmo pei-ifidicri íidirtnt:i: .r:\ noçça 1cri.a cnlrou niim período dc
i-ridical 1r:inrfòrriiiiqilci. iiiodcrniznrido-sc n ~11hos vistos. e nprcsent;iridn çonslruq"s
rle edificins particu1arc.i dc iiluiro boin yosro c el'cirii>bl5. Mcsmo 110 bairro
pisc:itórici. ;i12 aí com C;~S:IS rérrcas aperin\. viio consli.uir-sc casa5 scihradiid~i~ I(!.
E iici-csce~itn u :irliculíxl;i coni enliisi;isriio: «E111 Avciro, ainda h5 pouco3 ;mos
1150 1iiivi:i iim Unico edilicicl pariiculnr que se recenienda~w pela su:i beleza
arquilccicin ia...
P:ir:i O reierido jornul. per:inte trinL:i riz5fam:i ila conslruqrln i-ivii. a cidade
ia t

clc 1907. IY08 c 1909 rluc C coitçimidri ri niuíoi- núrnci.o dc l-iiilacc~cs c ça\iis dc
orçamento mais significa~iva. I'acio quc r130 cscapou. como sc viu antes. nos
III~SC~\~~CIOICS CC~CVOI.
Na squndri li1111i1 d~ Qu:idr» I1 tenios ri evoluç3o d:is cunstmqfies sujeiras
ao pagamento dc 1$001)-1$500 réis para ob~errçilri da liçcriq;l. Na linlirz seguin~e,
dá-se conta da cvolrrç5u dn coiistsuç3o dos r

MANUEL FERREIRA ROUKIGU6.S
--
civiI quase duplica. Em alguns casos triplica. mcsrno. Concomitantemente,
ensaia-se uma especializr-ição. a que n5o tica alheio o comércio de equipamento
e matérias-primas. Nos anos 20 surgem novos prodtilris. A publicidade a tintas
(Tintas Ripnlim). papéis pintados e produtos elSctricos invade os periúdicos.
Surgeni. em riúmero significativo. as represcnlat;ões, sucursais e depósitos dc
prcidutos v5rios como ciincntos, ferros, vidroc. cal c iiiosnicos. Mesmo na marccnrrria,
cu-ios produtos cram, até então, vendidos nos locais da sua execuçao,
passam a ser cada vez iiiais expostos crn es~nlieieci incntos corncrciais concebidos
piim ri efcíio.
5. Os proprietários dos ppr6dins construidos
0s documentes compulsados informam muito pouco sobre as prciniolnres
das einpreitadas. Vejainus ti que roi poss~\~el averiguar. Exceptuando as juntas
dc parríquia. os promorores das obras são [ia sua maioria os proprietririos do
solo. sricialmenie tidos corno

i. Os arquitectos
Síi muito exccpcionalinente s5o nomeados os autores dçis projeclns. não
liavendo qu~ilquer ourra inforrnar;ãci al6m dos seus iioiiles. iioi-~iialmcntc quai~do
o arqui~cçto 6 restemunha do conirate entre as duas parlcs. ou quando, de
passagem. é referido o autor do desenho do prtrdio a cnrislruir.
Sublinho. antes da simples enurneragrio doi casos regis~ados, que s6 rnui~o
excepcionalmente é que se procedeu a priiituais aIheraç5cs aos prr~jeçtos originais.
Na contríllo r-cfci-cnle ao 11o.spi~uI dc Alqucrubim, o lexlo refere o autor do
risco da obra, o Director das Obras Piiblicas deste Distrito de Aveiro. Eng. Anlúnio
Ferreira de Araú-jo e Silv:~. O responsrível por uma crnnde parte dos projectos da
cidade no séc~ilo XIX. Jo%o da Msín Rom,?o. desenhador e arquitecto du CGmara
MunicipaI de Aveirn e professor do Liceu local. é referido como o autor de dnis
projccicis: cm Ahril dc I883 dcscnlia Lim jazigo c. crn Janeiro dc 1885. uma casa
de habitação. Fs;incisco A. Silva Rocha, direcior da Escola Industrial e Comercial
dc Aveiro. C referido, de passagem ~arnhetn. corilo 17 aulor ~rEs prnjccios: umn
casa de hribitaç50 e de dois jazigos".
Nesses dois iiIri~iios docuiiientos, Silva Rocha é indicado como o fiscal da
obra. No último. é indicado, igu;ilmsntc de passagem. o nome de Ernest Koriadi.
Tinha crn seu poder o desenlio da escada principal da casa, o que contirma os
dados disponhreis sobrc o piuccria quc e arquitecto i;uir;o tinha com o professor
SiIva Roclialf. O Arquitecto Jaime Inácici dos Santos 6 referido cernti autor do
prqjec~o de urna casa nas Kossadas. erli Es~ucirri. cm 30 dc Dczcmhro dc 1907,
e seri-i provavelmente o autor dc um outro em ceia escritura, de 3 1 de Dezenibro
de 19 12. i. nomeado.
Além dos nomes rel'eridos importa acrescentar o de Firmino de Sousa
Huct, Jou6 de Pinho e. especialmente. o de Carlos Mendes. Em 1908. este
Último rcz publicar o seguinte anuncio:

'i(~\ c:i\ci:. clrii ediliciii:. píli3i ~cI~I*. IIICI C': Cli~ IFIOTOSICI~CIT C I!:! hiirílcrwia
ii-ripcrxriics. o< ~lroicciti.; 6r:1111 yer:il ri~cnic ctiiiccl3idriq por LI rri nrquitecici t ~ii iiri~
011 c111 I+C~LIC ;i OLIII-05
erigcii1icit.i i c' :IIIC~~CIEIF ~~o\~cricli-nie~ltc
;L ~Iirc~ç50 JCI oI7r;l.
Ern I SYS. di~ia r> CÍIJII~~& rl(1.v Pi-oi.iircin.r: r.0 cdilício clci TCrrtiro [Govcnici Civil].
dccliriiiclii iiq rcp:it.rir;iici púhlicnq da cicf:iclc. vai ci-escciido. A ohrn 2 11nbiIi~icii~e
slirigiJa pclii Sr. I3olnih Móriiç~i. >ri13 :i ir13liecçSri irltcligcnte Ju Sr. Joilo >-'~.
Esic ctjifíciri ievc uni pri!icc.rri clc I SSX, d;i :iutciri:i 1113 Ens. JocC M;iri:i
dc Mclii clc. hl~ticil;. Po~lcricirrrientc. ri clrrcciiir d:ic Uhi-riç Púh1ic:i-; dii 13isti.ito.
Diiii-. TcocIrlni cIc Oli\.cii-ri. ijiitocItt/in-llic : ~ I ~ U I ~ I alt~i*:ipics>>~-.
~ ' ;
:\h c.~crirtii-;ii, r~fkielii :i es i*rCr~c.i 3 ~lc 31 enipi-ciici roi. q~c;il-piti~cii-ris~ riu
IYIC~I i-c\-dri-ol-rrnc. h43\ nuii4;ii t ri71 tr~. rintncadiitnenlc (-ir; anuirio\ ci~iiierc!riis.
tes~ciiiuri11:iiii :i :tc.ii\)irl:iclc. t~:l rcgiari, dc alyu tis iiiiiis. ~iiiriicucl:imen~ eril Ar~d:ts
~oi~~lriiti)rc\ $;o prcimn-
c Eyiiri i':). Eiii iiciilitiiii rliix C;ISO~ i 11~~111:~ri;lclti~ C~YCS
torci dc ril_crum;t ri:iq obras sculixacl:i+.. enibciií? dois dclci rcnt-i:im .;»licii:ic[ci ~ititcit
i~:i~ao par:i cririkrririr por diin.; vezes. pclo TIIL'ROI.
.-i clocii~iicii~:icrio coiii~iiilsad:~ clrí çciii tn Jc uiiiii ciioi-nie diyiers5ti crriprc';arial
n;i c(irit;tru. ;i< cscrit~ir:~i dc itlt~s~c dc ohr;~ d50 11111íci:l CI:I c~istZ11cia de 1icIci
HICII~\ clrt:r-- ~ocie~l;tcl~iisia IJc.ri-cir:~ c qciis súciiis.
T;iiiihi.m 17.; isni5ci.; Pcrcir:i C':impcic. noiiic;i~l:inieiiic 1050 Yliit-ia c Jri56 IJei-eira
Cnrtipri\. [crrii-i ii-:ilinIliadn ciii .;cicicri:ide. cii~licirli ri icxrn nritririnl dc Siivelnbro
dc I SS3 II,O cxplicitc cqsn siliiaçriri.
.~\lytiriz apclic?r>i cvnc:in~ verJ:ideir.:i> ~1in:izti;is (Ir ceriqtruirlrc\ ci1.i~. cniiiki
Criiiilio~. L~LIC :itiri~iyirn. dcpois. j~isl;i noto~.iedndi: rio rlinínio
Ag~tctI:~. COI~S~I'LI~O~~CF CIC c\c~)!:~I e c~tr'3das?').
é c;isii ~Frik Fercii-:~
da tiidú.;tri:l cciaiiiic:i. oii rlnc costa. L ~C
~Iii\ T7ol;iik llónic-a. qtic si3 iicit:ihiPizniA;iin ri;i ciiiiiri-iiq:'ici ri:i~nl. drik Rnpriio qtic
iizcra~li ti\ iri:iik iiiilfivcis ICÇLL~S ~'~~iiç;lrici~
cc ;ii.;ist;i a ttrna ~>ruyrci.;iv:i c

dc cons~tii~.30. O inesiuo sc p:issnva com ouiros profi~si0113is. Entre ns pintores.
i11~liti\ linvin cliii: çc dcrlicuvarri. cyucr h pint~irn dii ccit~stiu~;io ci\ il. rliicr h pintura
n óleo e em rtzuli=jo. sendo outras vezes douradores. flnyidores c dccoradorcs.
rii~ii 10 crnl7oici cst:~ Ulliln:~ ilc~iv~~I:~dc icnti~i iic:itlo. nri.; ;tri

MANUEL FER REIRA RODRICUILS
Nas arrernataçoes era frequente a recurso 5 subcontrataçãa de alguns serviços.
Ernbora tncnos repetidamente. também se verifica esse procedirncnto na
çonstniç50 rcsidencial. Um dos conuatos. de 3 de 0uiuhro.de 1905, é testemunlro
dessa prgtica: i,, contratou com o carpinteiro Joaquim Nunes Gknio
n realização de

A C(INSTI< UÇÃO CIVIL Wl ..I VEIItO. IShlE- 1931
alvenaria, torres. aquedutos c represas. em abras públicas e parliculares. Chegava
h cidade de barco. Pinho Queimado testemunha essa prfitica jfi no Séc. XVII: «estes
edil'ícios com quc a vila se cnabrecc. as casas sumptuosas dos pasriculares. qiiase
todas, dizem os antigos, feitas dc pedra que lhcs veio do mar. pois não se achain
pedreiras tão peno pela 1erra»41. Atk o calhau rolado era trazido de barco para as
mais diversas obras. onde integrava as paredes exteriores. Para as obras municipais.
nomeadamente par:i a construção de estradas. Iiii referências frequentes
ao pagarncnio do transporle de rnuilns «barcos dc calhau», corno «ao Ievnntameiito
de calhau em Saiitingon4?. Anít~al Gomes Ferreira Cabido confirma a
doc~mcnrii~50 dc arquivo: «No concell~o não hri minas; somente tem n pedreira
chamada da ponic da Rrita, da frcgucsiu dc Eirol quc produz ~rc's ilei-rnelhu
sistóide que foi muito empregado na construqão das obras da barra da cidade de
Avciro».".
Para a consrniqão do Quartel de Cavalaria 10. ein I 885. a par do granito e
do grEs duro dc Eirril. foi larnbdm utilixado xisto de Canelasu.
A pedra calcaria - inais procurada para os cemitérios, palacetes e obras
publicas - vinha da re_cião de Coirnb1.a 1Ançã. Outil e Portuiihos). Os cliafarizes da
cidade, no úliirnri quarlel de Oilocentcis, furam construidos com pcdra pirrivenien~e
de Outild-'.
Os ctJnLratos de iorziecimento de pedra indicam Oiiveira de Azerneis,
Sanzn Maria da Feira, Albergaria-a-Velha e Sever do Youga come as regi8cs
Cornecedoras de pedra griinítica consumida em Aveiro e seu arco. Daqucla
priineirn localidade veio o granilo, por exemplo, para o liceu local. Para as obras
da capcln de Olivcirinlia, crn 1869, o granito foi adquirido na região de Santa
Maria da Fein-IA. Para as obras do Quancl dc Cavalaria 10, ci granito veio da
regino de Alber~aria-a-Velli3n7.
A inexisiéncia de pedra na região criou condições para o sucesso da madcira
de pinho. abundante na regiUo, c do adnhe - materiais que dctbin um domínio quaqe
ahsoltitci na consiruçEo local. espccialrnente ern obras de orçamentos reduzidos
ou de nriturcta industrial4" .Já na idade MCdia. .$''. Nas pmedes só excepcionalmenie se
utilizou cxcluci\~ainenic lijolo. O mosteiro de Jesus c deiiiais edificios púbIicos
parece terem sido alguns desscs rxiros çaso~5~~.
O adobe lorna-se. de facto, o material de construç50 por excelEncia, abundante
e barato5'. inviabilizandci a cxpansáo da produção Industrial de tijolo lias
Pihriças da repico. quase limitadas L produçao de ~clh:i dc Marselha. Mesmo lias
três prirrieisas dEcadas deste século, o adube era muito usado em -1- A ICCTC~S e
paredes exteriores. tendo imensos defensores. apesar das reprovações dos higienistas.
Conio sc pode ver no Anexo 1. e niiniero de dabricantes>i de adobes
aumentou dc forma sipnificn, cspeciíilmente nos últimos anos da década de 20.
Esse número esquece os parliculares que faziani adohes para a construção de
pocilgas e outros uso? dornés~icos.
No início do S6culo. dizia JOSE Soares a propósito do uso dos adobes na
construção em Avciro: «aquele material não é dos iueltiores, porque além de
absorvcr muito I'iir;ilnicnte a humidadc, seca muito díricilmenle: alguns edificios
têm sido construidos com pedra, mas hqje pode dizer-se que C unia excepçãod*.

No iiiícin da JCi:id:i dc 20. o Jki relcridti proièssor c arrliiitecic.i Frririciscti A. c1:i
Silva Rnclia. qiic tarril>ctn Iòi membro dei Coiiscll-io de 1\diiiiriistr:ic3ti da iniporinnte
cniprci:t ccrfiniicn fuiidadii por ScrOriimo Pcrciríi C;impos. utiliza ridnlie em
vez de tijolo rin çrinsrr~~qiici d3 casa dc Francisco I-!onicrii Cristo. Ein 1915. na
ccinsinic.;Éo d:i l'5hriç:i de I ixa 1,iizo~teln. C ut il iznrlri igii:iltiieiize o adrihc. Mais tarde.
em Srtenibro drl F 97 1 . essa rt~csma I3hriç:l compra Ii.000 ;idolies. por 1 380$00.
ii Anrrinio Joncluirn de Piiiltcl. q

Vtj:jiirilos ;irasa alguns dados sobre o çinientri. Nur-i~u das escriruraç. com
d;lt;i de I I dc Scicn~bro cle 1 877. pode ler-se: [ . ..] o c;iiici rluc riicchc. ~ iz :Egu:ic;
do riicsrnri tel11;idii pni' dc1r:i.; d:i ~IZIL~I~:IIILE:I. 11cni CIIIZ~L~LIÍCIII ou vcJ;iCIo. IL'~OC;ICIO
lodo :I ~.ii~iriirf~ Poi-tl~~nci çcirn arciii I?rin>,. Traia-iic da iiiais recuada referhcia h
utilizacáo dc çi~nenro Por~Iaild 113 rc_ciSo. Em 1883 115 UIII~? outra alus5o :1o uso
do inesinri cirneiitn: «13:ii-:i :i :ibiihad:t dci s:ircrifn~ci dsi capelii e arcliene.; dos
~:iverfic.; rerr7n çnnstruídnx crirn tijnTo da tnclhor qiialirladc [ .I. sciidn rcvc~tido
cnm ciineiito de Poi-t I and>4'].
Este< testemunhos pi-ovrirn que. nieçmn iniporrado. (i cin~ento Prir~I:~nd era
coilhecido. bem antes do início da produciio como do seu iisn penei-rili7;ido no
ncisso p~is. Sii a partir dii primeira decada dcstc .;Eculo 6 quc sc pcncnilíz3 ri uiili-
7ação do referido cirnen~o lia? ohi-as da cidade dc Aveii-o. vendido em hamicas
pel:i enipiexi ceriirriicn f~~iidndn por Jei-ríriimo Pereira Cnnipoq. Eni 1907 esta
Ilrrn:~ anuncia :i vciirla tle cimcntn tIn rn;irc;i TcII:~~.: ~Cimcpllo PO~~IHTIEE Teti;i7. Dc
yualidadc siulierior. piiranrido c niriis haraici quc os cirncnlos rirdiniírjo.;. É cspcrada
por esies dias i-in Bnrrn dc Avciro ti cIiulup3 7." Mnch:ido. com carre_o:ilnento
cle cimento em biiriiicris dc 150 kz 1 ...I. Dcççonfos 1 ...I. A dcscarp dci navio.
prcçri csp~~iaI»~~~l. Eni l908, j:i 0% ~ C)CL~TIIC~~OS i-crcrcrn a ~ iilizngno t
CIO cin~entn
nos privimentos de pisos lerrcos dc casas c armnzcris. 1:idrillirid~is riu não.
0~ c-irrrc~irros iintrfl-nis. prodttzido:, crn .~Ic:^IIIL~I*~. desde 1866. e tio Cal30
Moriílcgn. dc.;dc 1884. vcndiam-sc por tridc o F:iís. l':izencln concorr5nci;i tios
pr.oduios cstranycircis. Lipesar ch cua tiiedíocrc qunlidadc". O r.iiricirfn cli~rqire-
~.i;ciclo iiir ~-irrir?ritci nr-ri/ír.i~~I - que o pcdrcirn irigICs Joscpli /\jpdi~i. \eu desco-
hriílor. lxiptizoii ccim o namc dc ciiiicntn Por-rlotrd - teria coinecado a scr p ~duzidri
crn PortugaI. npcn:is ciii I890 ou I RSi-C. ntlrn forno vcrrical cm Alhandi-A"?.
Pouco dcpois. ciii 1 896, era nlribuícl~i 3 prirticirLi p:irenlc porlugiicso sohre :i
coiistruq5ti rili berk50 nrmndo a Françoi4 Heniieliiqucfi7. Eiii I Sgrl. a ~rcviçta
Iitclri.sri.irt Poi-fiigitr,rn p~i hlic:ix~it uin extracto do discurso dc I-Ic~inel~ique perante
ri Sociedade Cién~íficii 1ndu.s;trial dc Marielhi~~~.
Apcs~rr clli cncirn-tc: inipcirt3iicirt qtrc 3 prnduqão de azulcjos lcni n:i regiao.
as i-eferPiicinh 5 :,~iri utiliztil;;iri tios çrIntrLito> i-ei-eridos si50 mtriro rnr:ia. Eiri 1857.
eram ap1ic:idos os primeiros :izulejus dc litcliada ita çidiide. coriforn~e se pode
Icr eni 0 Cfr~rip~rin rlo VCIJIRCF: 4cAg01-a coIriecou a iiicida dri aiu1,jti. Hi Lim lino.
1150 Iinvin iirn:! caia qrie o rivcssc. Os proprietirios çriii~entavriin-sc cntn piniuras
a çolii. Apetias ilpiiícccr:irJi o\ prirrieiros ~ijoIoi Isic] na casa do Sr. [Sebasri5ci
dcl C. de Limil. 30 Cnriiio. iocloh quise~ini prir nziilcjo~~~~~. Dez anos dcpois. a
f:~ch;idn du i2rcj:i da MisericOrdin vestia-sc dc :i?.ulc.jri azul c hrancti cstrimpi-
I liado. I';iE-iricndri liri Poi-to c ril-il ic:ido por ciper5rios dn Çidiidc Invictafih.
1'31 çonio n lcllia. Lliirihtirii r) :i/ulcjo de revcslrmeiito de I'iiçl~~~dfis de
cíliiicio>. puhlicos c privados. virih:t do Poriu c dc SricavCni. O uso dci azulejo
general iznr-\C-j:i ri:i~ décadas seguinrcs. depoic do riascii~icnio das divcrsns
unidades cerâr-ilicas d:i cid:ide e da re~iáo. espccáalmcnie no período imedintalilente
antes c depois d3 I .a Gi~crra M~iidinl~~~.

Os documenlos parcçciii sugerir que a tare1':i de ctilacução do azuleja
Ilçaria scrnpre fora dos contratos. por sc li-ular, por ceflo. de um trabaIha a
executar por rrabalhadores especial izades.
9. As técnicas construtivas
A documcntaçilo iòrnccc um conjunro muito variado dc inlormaçfies sobre
as t6çnicai cm use nri constniqào civil tia região. nci perlodo rin:ilisado, cinbora nada
possaiiios saber sol.ire 1i rn:iquinaria e os instrumentos utiliz;idos. Em algumas
escrituras a infomaçiío ddispcinívcl chega a um çi*ande detalhe. riiercc do fxcto
dc os prriprictiirios quererem assegurar a maior qu:ilidadc dos materiais c
técnicas construtivas ou o cumprirncnto das indicações dos :irquitcc~os. mas.
apewr de tiidn. nyipnnc. í: poqsivel unia enumcraçáo frtlg-nentfida de procedimentos
correntes.
Os aliccrccs eratn, ora dc pedra. rira feitos de «adobes ao trav5-s». Tainhdm
,; noutros podiam ser adiciotiadas cinco parlcs
dc :ireia!
Os vigamento?;. regra geral de ceme dc pinho. tinham 10 cm de espessura
e cerca de 30 cm de alto. A armação do telliado de uina casa. em 13 de Scteni-
brti dc 1877. levava qtiatrn asnas ligadas por duas terças par rorrnn a dar passagem
en-i rodo o pavimcnio do sótãa. Ncssa niesma obra cxige-se quc os icçtos sejam
estiicados. lisos os dos quarlos e peIo menos com um Ilor5o no centro dos tectos
das salas dc visitas c dc jantiir.
Os pés dirciios, do 5oltiri ao Forro do tecto, iinlism ~eralmente cerca dc
3 mctrris. As paredes interiores eram geralmente piniadas «Tingindo mfimore».
No doniinio da carpintaria. para além das madeiras. 115 indicação dos ornaros,
número de dobradiças e fccliaduras. rncdidas das janelas. estilo arquitectónico
(no caso do liceu. as janelas deveriam ter «bandeira no gosto góticoir). produtos
para pintura das rnadciras (4leo cor de chocolate»). Os soalhos eram prcgudos
>. engiianto a caixilhãrin e janeliis ficavam em branco. As pinturas

levavitm rres riu quatro demãns de iinta. Na obra de marcenaria e carpintaria de
urn eslabeleçirncnto comercial. na Travessa da Rua dos Mercadores. em 10 de
Abril de 1878, a pintura de toda a obra. de pinho comum. seria feita

QUADRO V1 - MI

-- -
-
~'ftl)I:~~~fil?~ ttlJF~.ltlIl,-\S
- EU:SIU~::NC~~
3ic>trc-dc-ol>i~:1~
Carpiiiicir,n
-
C:itittirri

MANUEL FERREPRA RODR!GUE,Y

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I0 de A4arço de 1903 - Escritura de coirtralo cntre Caii.~lo Dias Saldanlza,
propietá", residerife eiri f,i,shoa, eritão uteiriporarinincrirc! auscrite nos Estados
Uiridos do Brasil», e o empreiteiro de E.~qttelrn, I=rnncin~co Arttrinir) das Neves,
para a edificação de rrina casn, ira rua principal de Eixo. Exccrfo.
.r/...] yrr~ 17e,\sfc tci'f-crto re.soli~~rr rdilIc~ir untn casa de
IinliircrgZrr. d~ chi.~ ~aiini-es r, lojn. Qire pelo pwselire e.vrr-itrrvci r...]
~lcl íir r~nipi-eit~rf~7
fr7 Frcirrci.wc A itrcíri i{) clc~s Nci-cs. ( I coir.sfr-uçfin do
rc.fi.r-idn pi-6clio. rios rrJi.rr.riris soh 0.7 o)ridiçfics r clriit.~rilus qrrP
se,q trc7iri. !'i-ini rii-LI - Esrn eiwp r-eirndn de In i~ir- P rtrar(,i+iois.
Sc.yrinda - A ri~rpreirciciu carnpi.e~~ride. cniiirr se disse, ri ed$rtiçfio
cliro prc:clio, qire r{pi-cifc.ítn .scgirt~d(~ n 117. 281 plrii~~ci qrrc fico e117
pndrr- do .seg~rrido o~~rnigcirirc [ri coitcriqirrc)r] oté ao ,fiir ilr~ obrn, e
esrri clei.iriuriir.rirt, I-iihi-icrirlri por ele r* peSo p/-iniri f-n oirrorgnflre.
T~~rr-cirn - c? ohln coiircyni-cí clesdr já, qtrnrrdn o CIII~)IT!ICII'# qltt~er, e
rI~i.ri-ci,ficoi- jii.ririto c. corirjiletr~iircnte accibcrda i~o pi.rt:o de dezoito
IIIP.TPS u COIIICII' d(~.~rn clurcr. Qitnrrn - TO~.F r>.v IF 1orr.i-icff-í (I er7ipr~gnfser-õn
6ff~ hrxt cfrrcrl idrrde e pr'Ól>i'íos p(11-0 IJIITO boa r.nri.sr rttçrio.
i-ecott~?cri(/oiire~~le cnnio rtiis. Qirírrru - As $iirdcr(-õr3x oir olirt~rces
reriio i r r ~ ineirri íle layecri~n c ti profinididod[~ st.rri a pret-isrr orr:
chcT0 scjliclo. e .ç.ri-fio feiros dc pcdin i'(lr~, cal e r~i+r~i(~, r.oiri~e~iicirrcr?rrJrite
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Avc~I,[I. wt. 1. T2ciIc I. nu. S~VCI~I;I~O J\IVCII;I~ l-'~-l-r~ir:~. I i\ h. I I Sh-h. I 1'3 I - I I t 193- 1.7.
Avcir.n. ririi. J. Siitiíic~ Fciniiihu. li\-.;. 12.:'1-17. 11-1.7-1fi. 1753-26. f?ST-.;O. Ilic) -72. 12h.3-3Ci.
1 .Ilih-i!). 12hCi-Jrl. 127 I -4J. 1 24.5-4X.
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53. I\~,LILI 1% I-TI~N~I~ICO LI;I I ,IILO~I~I~L. ('np;t~,ln~-. 17. 5 I . Ci~rlx L~C 24.00, I q? 1 .
il. AII;\\'K. Xvtirci, li\. 704-65. I I. 73 \-.. 20.1 I. t SS3.
35. .4ri111i1, F'i1,~-k \f~!ia. IV'90: I?.
~il-l37,-%. li! 17.:. (1s. 21 !).-?? v, ;1~1ci

57. 4V;~ri~~el Fcrrci~l l?tiilriF~~ts. I998ii. Vcj;i tintti~iio kT. S. i'. Sil\,:i, 1(1Ok 5-:-7? c Illk ;I~iirirli.
I VOh: 42S-J2L),
SX. .(A miitíhtri:i ~oI~u~I~K:T>*. O I >PIIIOl~~it:ll.
66. >I;iiriir.l I-'crrc.irn RiiJi.ipch. IWI: 7Y-1S.
ú7. M:iiiiicl Pci.i.eir:i Rotliigucs. 3096li: IiJ 1 -6N1.
(>S. /$DA $'R. ~Ivcii-o. li\-. I37U- I [I. 11%. ?,7-3 v.. 19.0h. lcIO3.
00. AI>A\'R. t\vciro. Iiv. 7

31. 1.1~. 11-17-7(1. llh. 13 v.-15.
33. Li\. I I:.'.- I(,. I't'i. 7 1 v.-33.
34. Liv, l?-:.i-lO. 1.15, 31 v.-33,
35. Apcríit i!' rrci um Unicn c~lilicio. o cnrictriiriir tcrin, dc cnristt.uir dti:i.;
!.i\, l.~i~V-lll. tlh. 27-?[J v,
37. Li\ lil32- IiL ri\. 2') v.-> I tv.
3s. Lii.. IIlS7- IJ. fl-. 2-3 ir.
c:ii:t% sçp~r;irf:i.;.
3.q. 1,iv. IOSV-lti. I-t~i. J V.-(l V.
30. Liv. I ?5:.2(i. ils. 45-46 v.
41. Ii~\.70[-152. 17h.?1-33,
42. !.i\. 1257-.?O. 115. ??-?S.
43. 1-ii.. 7. I-ii. ! YL>-!2. ils~ 27 v.-?).
47. r .tv, 714- 155. 11%. 71>-4í) v.
(IN. 'I't,:tt;~-hc tit itn1;i s~~t~co~lt~~taq.?i>. 0 prittw~ro ;~ri'~r~i:ili>~~ ;I conslrtlct(> d:i C>COI:I ~>~-iii~;i~-ix dc Olivtiri~i!~;~.
c* t1ct1 ti< c~iil>~~i!:~d:!
~117 scp~tndn :I rc;tTiz:1~2t> (10s IKII~:III>o\ dc c:irp1111:1riil.
40. LIV, l(lt),i-22. Ih. O- I I v.
50. 1 .i< . 12l>.;-.?h. llx. 30 v.-3? \*,
5 I. 1-ii.. 797- 15s. IIh. ?X v.-30.
51. LI-23. flx. I . 4s v.-50.
SJ. LIV. T 260-.79. 11%. 16- 17 V,
55. Lii. I2fiír-?li. Ilc. 19 v.-? l v,
5(1. Li\, 127I-C. 11s. 3) t.233.
57, Liim, I I i1 I -3. !ls. 20-30b Eht:i ci~iprri~:~da >cria inierr~~inpkl:~ por- nini,tc LI(> c~~iprci~eit f) (Cl'r. 1ilr..
177.5-JS. t7.c 11 I'.-23).
5s. Li$-. I Ini-?R. 11s. [X- 1'9.
Y). Liv. I .. llk. \,.--I 1,
03. I.i\. FJ-17.S7. 115. I?- IX v.
65. 1.i~. 552- 1 3 . 11s. [I~-(I!>.
. Liv. ly-i!-7íi. K3-X3.

1-MAGINÁRIO INDUSTRIAT,
NO S~CULO XIX
No conlieçidti con!ci de Ec:i Cii.ili:rr(.rTri ciil1.3rnol; ixi i ni i rilidade da sulicr-
C:IS:I dç J:rciiito ;tti+ni.Cs clci cIcçv~irici ifri tccnnlr)gi;i. Uiii ncivíssinin 1-onhgi.iirn
dcsrc: hciriirrii inodcrni,. ii-riliii~tziiicntz cnçrliv;ido. repelia ritk Ii iciucurri a crcnca
iici pi.(>gtw

li-Lil?rillio irtripcii-rírici a i~lilll;irer: dc c:i~iiponescs. Dcqdc n cl?c;i~ls de cetcr1lr-i (i
~ii~iç~rircrriri r: dcpcii s ri 4~Ekcrrirn ~irbnriu di itincii;im-se pelo'; p0~13i \ CIC COICC(;~~O
ou por ~iiii;i Irtcr:itui':i mcici i*c:ilisl;i qiic. coiiin u dc I;inlliri, tciit:iv:i l;i~iç:ii. :I pciii~c
cicI:irlc-cariiprr. O tclC~~-:if(~. COIIEITC~CI~ prinicii~~~ n:it; 14.;c, clc g~ici-ra civil,
t~ios~~+m-ii-w COIO íli~p~~~iível p:ir:i i11do5. ~~itsn~ii tcillpo íl~ic crc\ci:ini os
postosdc ccirl-ein ~iriln [ii'ii~íncta. riiiiíi:~.; da5 \7~x~h :tt~csos hc i351 3çÓcs dos
cilnii ri 110s-de-1Ci-ro.
0 icichiic. O I'ci1iriy"ii'il. a lu7 ~[cciric:!. iiic~iiio iins t'iii:iii rlii s6cirio. ci-aiii
clc L ~ W li n~itxio. 13:1vi:l 111:li~ klc l'one5 li[> Porto do ~LIC CDI I~isl~o~~. - [nas ~ i~ais
iinvini ;i viipiir rnt Idishci;i tlo quc riti t'cirtci -. liinc'rgrLil'oç crnr-ii simplcs ctirio-
hid~ldçç: 3 lu/ clécirica eiti~i:~ dín:iriilix crinio ris qiic u C,is:~ Bitl rtprescntava.
9 piA(ípiiri I3icl. iicpiici;inte e irir1iis~ri:il dr cxcclii;5ci. ripeiim coIoccir~ I~iz c1ccrric:i
ii;r stin ca\a Jii I-;ir20 dn E~ccil;i Nonii:il c ri;i stia f'ii-tiiki tlc I'cito~s;il?u ri:) Riia do
Rii11i30 3 pariir dc FX97. Diz-sc qiie pnssuiu o ~ii-imeu-o telciliiiic iio I'oriri. em
I XX I . .\I:i\. ainda iro f'iiial tlo sGcuIs
iillci.j~rc\ clai c;isrii ficiva3 OLI rci'orriiad;~~ clinio n dc Jaciri 10. O av:iril;r> d3
c~uiiriic:i tiril1;i ~~ropot.ci~~ii;iCIO bcl th.;irn:iç iriii~açrics rlc ~nndeit*:ih Iq;irr1c, e cr;i isso
qiic 1;c sci rliviilg;ivn.
A dcscr-iqáo cios jnntai-c.ç cic .[:icirito cc>iricidi;r. e111 priii~clc pane. ctiiii ris
iirivo\ Iiihito\ d:i hui-gtrcsia pcii-t~iciisc. qtrc ;ix. clcsde as 5gu:ir 23sos:is II~LIUI.;~~~. ligadas i!\ Iiixuos:ts Icriiias
Ç I ~ I I'i-cqucntnvn. ~
as :irtll'ici:iis. bcliidnc çciiiio rciri_cct-:iritc e çon'tc~uitl;ic com :i
:idiçiri de I~g~in >:hiir;id;i c0111 psc, c.:irl-iciiiicri :i liriiciniiclri. C) pclii. ierripw pi'ehciilc
11;1\ C;I~:IS riini> i-ic:~s. qiier p;lril criii\cr~ac~io. rluci- pai*:\ prtid~iq2ci cIc geI;idos.
sal_ii-cinci:i\ l'ri;is c rlaz I>r:hid;is. ,ji

i-;iios. :i~i 1nJti cin c:i\c ii~ide
sc ~C~:I~~L'~:IV;I 011 ?u.ii-dilva 0 cnrv3o. oride sc
;~cuniul:i\-ntn (i\ dcçli,jci< c sc piiardnvri 3 i-

1íq~iid:i r do ç:i1730 de loilcilc qiic \i: nzistiirnva. iiimh6iii l iqiiclciio. coin rnardgri,
nuiii Ixii3ri aliei*to. O Acido Iciiiço il?~i;i I7:irrc d:i I':ii+tiiiicopc.i;i privada. çct.vi:i
p:ir:l dc~iiii~'~.l:ir 3 ~3riil;~. :I sei.in$li c ri 3pnrellio par:i ri cliçici-. iii;~, iziiibdnt cra
iii:irlri p:ira sc~.itig:icoes cluc rcspcindfaii~ ;I iniirncr-os incbr~~ocloh rio foro iiititlio.
IZecnrado r:liiil-réin sc IrwTia n l):~rillo niiir-no. para ;iin:iin:ir n liistiiriri d:is i~iullieres,
a ricfiite. iiisrila~íici. giaiidc~ crnocõcs. - ou exngcrlih rle rnaslurh:iq:io -. i.ciima-
tiqiiici. C :t16 O ~TI~I.~ISIIIO COII~:~Z~>~O C n131q ai~idii II I7anlio dc ;i?>cntn. uu wmicúpio.
q11c criiivn e\pccr:itiv:is dc cura cie ~~l:lIt'il;iq e isll'ccqiic~ nn bai si1 \.entre. ticxign
c iiiic\~iiio\. (4 hriiiliri I'rio. cniii i1iut;tlncrlr) clc rl~ici~ri ~ri.tifir.icr1. - o rlcichc -. cr.a
:ictiiiscl!idimc l ;ias i ille1cciti:ii~. conditicires da socicdiidc civil, cluc dcpni s de ri-~i-
Iiiil1i:irciii iiiii ~i~risiiilri dc ri Iior:is. prcl'crciiicrnetiic dc rn:inh,?. linliurn iieccssi-
~lncCc clt rclèiçfics si~h+i;incinIs. riiri~ cr:i-ll1c.s prciihirlo belicr e luiiirir. cxçcplri
Iciic. cli5 c ~31'; r: clc 11117 t~:i111111 hin di:irio.
I\I:iii pri irnado ;li nd:i por rluc :ií se guiir~I:i v;irii t>s ~ncd içn~nc~itti>. iliirisc
~iiiivers;~i> ni:i\ periyosris pari1 as ci-ianyiis era 11 qL1iiflti de I~aiit~ri c de vesrir; csin
scicicd;ide pnsiti\,a ciiciva i~iuitau da.; sua5 Jriciiç:is scrii .;:iii- d:i iilcsn. ccini vzl!ins
snríipei c pcinclics r: viiitici çjuiitado. o11 t'ariii siiE-tii tl:b cozirifiii Ixira os qu:irer(iz :is
c;ilrilil;isn-r:is qiicilies de lin1ia~:i riu riioitarda. coiii irisiis Ireíl~ii.ticia que os ~iiiiipisnios
c!:[\ fnriii:ici~is. entso tis lsrascci5 coiii :iu .~:in~_iic.;.t
Mns !ia casa de
h:inlio ou 113s :;izretns pi*riiliirl;is clas gttarrcis de .cloriiiii- dos innis vcllioi yuuidii-
\f:1~~i-5c ;12: p;istillius d~ ~oc:títi;i p:iri~ ~'01?1h3ter i! lifii!sca 011 ciit.;~r tinia i-ouquid,lo,
(1% perrgoi~i.; pi-c?p:irndns dc qiiitia ani;irclii que. clti excessn. ruvoi-eciaiii a
cciii!iicciJn e co~islr.iiiigctIcita oiihi+irrgillr?.c ílitiiii~icr. mas clue crti LI~I nlívici p:ir:i ns
dores L' i1 Jcciintcl-ia. n Cicr p:lra pi-epar:lr 3 ~OCGO r*»r(lcal clri priciiiiiui~ia r: que
t:inilieni nccirrIriv:i rlil liitisasiiio c. tiritilriicriic. o Cipio. ]iiir(i ou cni diversos
prcp:iradcii. çrirno O lri~l(l;inrn. q11~ r'rri :t iwdadelra p:rn;icei:i iini\,cr~;il cin cprlca.
AIStii dc. 5e.t o úriico aiilídci~o conliecrdo conlrci ri cxccssii clc quirin. r i rípiçi puro.
se riàri c~cedcs*~ 2 ccniigi-nii1ri.i otcrccia hciii-cii;ir c liber-(tcrdij (/c' i*.rpii-ito :
ciiicci .i dc/ ccrili trn~itas al ivi ;iv:ini i1 diii-. :I p:irtii- dai dcpi-c.iq3u e ciitrsrpcciinriisci
r 20 cctitI_írnnias cnveneiiariieritri c cari~~ul~Cics. C) I;iiid;iriri crri riiuito ti.;;ido
Ioc;ll izadxs.
crinri-n LI.; i ri5riiii;1s e JOI'CS
C) 17e1idnr pci\itivo da rirsvii medicina s:ilv:i~uurduv:i c;ida \.c/. niiiis ri
çí21icisi c o esclusiuisiiiri dos especiali.;r;is. Suhili-xc c~rrc. as .;;iiigrias niiida sc
I'i17i:tin. priiiçi p:il riicnte lia pniv inci:i. ondc cr3 .;in;il dc i.iclticz:i 13tcr unlit s;ingria
11:t P~*irtl;tt.~r:i e 411111.;1 nrj O~totio. 1iar;i Iiinpn1- O çrlrpo: :i ci21icia ni&iicn-i5 1150 :is
;ICO~SCI Einv:~. 111;15 3 FL~zcr.ct~~-~c ;i p~di~lri driç cl ieilles, que I'risscrii fcir:ic; por ttrn
i~icdici,. 7';i1iitif til :I Fioiiieop:iriii. quc fizcrti iiiritl;i ri(>? iiiiiiis do sEciiIn XV111.
~ciit:~i~d~~ cur:ir :I drieiiçri picivnc:iiid

i'ic:irri c.citiliccidii. como o hnciri-inloyi+rrt dn.5 iitcrlc,~ snrini,~.
O incliiçtririlismo PCTCOI+I*~:L, c0111 lcriiid5o t' C~W~CIZI. 3 vi:^ Ii;~hi~u;iI
tcxteis c dn rnct;iiurgi;i c sofriii si ;i çsítica Jcscnçriiit;iclsi clc iiiuitnc. /1 iirrlii,i.ri.irr,
~ I I P
{ P ~ CTI~I-P I
lií /~)IYI CLIIII~II/?~ n pí~i.~o,s de ,yi,qat~fc~. tvjv. it~(iili:.~~~~~~~i~,
~~t(trc/;ttdo r:0~17
tritici IciiriclrTo rlr~sr~ot~.io/crtlnro; é o do rednctot. ct;i rek ihtii dc ptrbliciclndc
To.\in i3~.(1qlr r' I;Elltn.~. qlie. clcxclc 1887. npi-c~critii~ii cort? tòtugrnfi:is dsi
Çusn Ricl n sii:i çrilcçq:7o dc chapéu/{iti\~o
~ I I P , .v /~I.s.sL,
;tv/i~s~ri~tfs. 1t1n.s ~ I ( po(ler(7, P ~~itid~i ii.ssit~~, ~{I~-/!IP c~~rrí! cl(/,s ro~t Jttpc~r
Kcni niesiiio esta conrenq30 qiic dcç~~iiiculn o exilo d;i iridíiiti.in da ~irirfczi
privacia erii ~~nii.ei.salmentc .;c_nuid:i. i1 ?ritya~iv:i ctinccpq5ri sobi-r a i~oqsii
dos
/in~iro,s~~,
;ipethcia intlul;isíiil. que i:w5 Iiist6ri:i. csi5 iiiuiio cl;irri iio nriigri ;r.;çinado I.C. ri:i
riovri revista ./\ i .r~ I1l~rifn,gl-cr~~lticc~. de t 884: A1'n.i rrulo.v I I J I I ,/Cr~~ilid~tí/r
~ lir;ir(r - O
tro I7n.T.\.0 CYII;I~I?~IO c/
t~o.ssí~ i~~difi~rc~rrp~ pot. rt~do o qiic F 1 ~ ~ ~ 1/ir;/. 0 L'ivrt?~ov
ITCTO I.P/?IO 5 .s, pttl/wil~el P )?i{ii.v t ~~~dir~ i Ahi-i!.
I X83). A .Ar.lr' I'J~nrrigr-nphirri. Iiqic rtnin re~~isra LIC ~~~P~~cio~iãciíir. excrpcioiial
17:1ra :' 6pnc:i. ciii rodo ii ~nu~ido. surgir;i pai:\ pi-cp-iiirar ~im ncuniccirircii~o iriCcliio
:I riívcl ititcrnncioii:il. ;i I~xpoiiqãri Ftitogi-áiicn Iiirei-iinçicin:il tlii Pr~rio. rro Pnlrício
cle Cr1\1;11.
p~iis. tnlvc7 porque pci+iiiiri:i o itahiillio nmndtir cltie cr:i c~scriçial iiicntc cltiírii icti
c n cliiíriiica iil'crccia uIiln ntracqao irresiqt ívcl L;iIitQ erri i.c'lnç;io ii inrrli,yriir,-h
al. co111í3 ;i(> LI so c105 wux rcsi~ltado\.
Pot-ri~c~t,sc~ de
i r~diisti-i
J 5 n 'O /IT~I/,~,I~*~(J/
1x45. ryiic divulg~iva corii dcsenticis c cscyitctiiiis iritcrpretanivns 3.1 rit>u:is
iii:iqiiirins iridiistririis. nomcad:iriicriic :I> de uso clnrnést ico. çc :il'irrnriz,u com
I'crvor rr R~i.ol1rp7o rlcis Ai-tcs c Irtdri.~tr-iri. tiirAioi.(ii~dti r Iicircircoridt~ .Y (/r, r-iqlir:(iv L* I(II.~I(I~I~IO ~t~~~~.~vÍ~~ri.s
(to t~rclioi+
~rriiiirr-/i nqlrciis r.nitinrJirlcidr.\'~"~ L/L~P (/itt~i~~ 116 /)~IICO PI-(IIH ~~.Y~~II.Y;I.LI /xtt-~i!/t(i clo.~
I)~FII~(J.\' IIIJCISICIL~OF C~FI Iirris d~ jhr-riirici - nuiii claro Eiii'risc no disciir~ci ric.iirrliriiici.
iiCr*escCil ln -. I) e.F]irIrF?O.\lO PI? rlirc.qt~ clrr !h/-(-0 r / ~.nllfir, ~ r. El~cri-irir/~iJc. n
I~R~I~E~~I*~J»~~JIo.
II EIi~~-t~+oti~)r~~
C IHII~ICIS mitr(l,c. Elri 1 846 j:i ic verid iam rio l'rii-to.
ira RUI dn Kosdrin p:ir:i-r:iio~ dc Frziilkllin. riins n iRnicn cniri

!i íluí~tricii permiiia r:irnhkm o dc.;eil\rolvitncriiri da tiplic;ic,.Zo da f11lha de
Flaiiilre.;. que surgia eiii miid:iIid:idcc clc ondeado. p:ir:i rclogicis. bandt=ius.
c:indcciro.;. c~iisris dc i:ihnco. olijccici~ de toucador, que sc toinniti vulg:ir e se
17opiil;irrzarn i i-ilclisti, SCII~O rrinis prriciirad:~ ;i 1110d:il i~E:idc ni7Vii. dc ine;idos cIo
sFculri, citrelnda r ~ i tlii~:lndo i lÒlli:is de rnnlrncqiici ou a trior1:ilid:idc griinitada,
nwis r- ílo h.frrilrli>, ~ric etti Aposto. n5o derreter:im
com o cdõr CILIC rn:~l Te supcitiliir:t riri Asstici:ir,'no Co~ncrcial dn Pone, Prilficio da
13oIs;i. H;ivia s:ilioncics dc todo o gcricro. papuliircs, cnibrulhadus artisiicriiiieiite
ott coiii o i'eilio clc 1-!ores c i'i.~ii(i.;. N30 Ii;i casa hurgiies;! qzic n,io i i * ri ~ snhfio rlc
rollcrrt,. 1113s tnriih6ti1 se viilg:~i iza ri snhao ariiai-elo p:irn o hri:illio. com soda. o
riscado. o cfii- de iiiarl'iiii.
C1 çniuiiasinti pela qiiíttt icn. clnraiiiiinrc iiiipulsiori:itlo pelo Proícsior
Bctli~lii~iri dc r21111cid:i. ;iringi;i ouirri3 iridlísinas cniiici a coiistruçáo dc rerrcrdu,~
c171 het~~iiic CIC 1,ciri;~. O l'iihl-ice ~ le soda iiar;i ;i ~nboaria c Acidn su2l~úricri indis-
~icii~:ivrl para a 1irc~Iii~5ci de vir4iiis oiirrciq pi-nduicii cliiimiços c p:is:i :I giilvrinnpl:i.;tin
e Iiilli;i clc Flcilidincs, c. ntiriirudnriicrite p;ira a cvolii~ão dos acluticis. que
niiidii cnlCrrn:ii~arri dc muitos processo5 113t~11.aj.i. TII~CI isto se ~;I';s;Iv;I um pouco
c111 çircr~ilo lèçliiído; ;Ilicsar dc se aprcscntsretm. por vezcs. clima produtores
iiidustriais dc :iriipos agriçcil:is. ris iii:iis cnnliccirios reprcsciil:~iiics das inúmeras
cx~~iciçncs ;i~t~ÍcoI:~s que. no Ultit~~n qu;~~tcI dci séç~i 10

clc~:iiites riic5:is c cndeir;is t2c kri-ri. c conlicci:~ crirri E'IFOT OF i IIU r11c1.o~ pr-odittrw
quíiniçci.; qiie pcsniiicni a li~ilpezn dc rcpoqtciros de vclrrclii oii de hrocarlri C ri.;
cnslis qiic niclhrir iin~intn a rtliipo c ;i cl:isse riiCcI1;i api-ciidiii :I hzcr harntas
e.~rnriorlí~.r~ iras co~i11ll:ic ccol161llicas tl 3 ~ iili~ili- t r)\ c:i~~dc~iroi dc prctrólen qiic
kwia~ii iiinl 5 visr;i rnas drivaiil iui rttaiç I~rillinritc. 0.; iiirclccru:~is. quc cniiliccfarn
:i esc;Enci:i da\ coisns. divirlgiivaiii cxpre.;rfici ctinici o.ii,qcrrohr rir, xlrii.ir~. (liri~lst:i
Ccin icitipor5ne;i. P. c R.. 186 1 ). rili ri poí.i esrti ~~EI/I.P. ~nll.ltlti;~l a 1i:iI;ltrr;i
hipieric vier:^ p;ir;i Tic~ii.. tilcsrnti qtie cl:i >C' tr:iJn7ic;r;c. (IU~SC serripre. 1x37- 11111
seiit ido tic CXCILIS~O dos p(lhrc'i. pedinte< c vii~ahiiiidtis. nk qirli. nfiiiril 1150
triiiliiii:ini \:inl:iyeiis privadas cln :ice-;\o ;i 1iiiipcz:i c. pi>r~:inLci. ;i virrude.
Scoui uiriri 11ietodr~lcigi;i rlc çmrninento dc 6oiiic5 cli\~cr

1':iln d:i 3u;i incipieiitc irllpI3nf;iqãci: ;I fhsc dcsceiiclcriic. por s~iiui-riqáo de Jiicinto.
CILI 16 110 PIY~EIT~.SO I~I.OIIICI:I~CO. iilíi< unia clarii iiccitriçati d;i riova lirnpeza c do
t~itiihcrii not'ti 1ioi.t.or ils ~OCI~~:IS trnnslnilid;~i invislvclinente. atr:ivés drl rihjectos
~iriri.;r6ptictit e. rio iiiip~rcin qire c~iuiii tio ilar~irlor. ;i ziprcipsinqrio de lodo csse
çoiiliirici ri moclcrriii;rrio léc~~ico como rcpr-escnz;itivo dc CI;ISFC.
O ~rtdii.sri-iril Por.ri~rri.rr,. de 1815-4h. cr~rseslioiidcritio :i0 ardor industrial
dn Cal.irnliçtiiri. rlLic pretci1tli;k :I intruduq5o do carninht3 de 1i.r-ri). em vtispcras da
I'ar~ilrin. iiici\tr:r-1105 coiníi n srrcied:idc civil. Icti-:ida. crii~ierci;il. I'in:~nceir;i c,
~\~ciilu:iimciiic itiJ~isci-inl. viu c rr;it~smiti;i ;i f2ciaci/f/(.c7a S~ic/r~.sr~.lril: lon~os ;irtisos
robrr. A F.*:'rliir~lir-cirs ir~di~str-icil. wbrr as vnnt:igen\ - e dtsvan~:igei~s - dos
caniinlios cft Icrrri. nlkrii d~i piib1icid:idc ou pi-opiig~indn ciiru>id\ric;i dc rihjectos
i~~ci~i~~ri;~i> tt\r~~lso\: .4 I~~I C~I~T~~!~I/?O~~!I~,(I
POI.~I?

,411,t-ili~l~f~~l~ Illi ricada ein v:ii+ios i:iriio.;. rc~puridcindri
0 Libcr.:~li< uicis, qiic iirliiiii~iriJo serem t~-;icslio
;io :ilc;ince dc tri(l;lc 31
dcst:i irnprciih:t. qcic corij ii~:iv:i
d:t Eriurioiiii~i Polític:~ com ;i rtt:i~ri;. Jc tiriiti iriiprcn>n inqtt-ii~iv:i,
130~7~iI;ii. C de h:ijxos ;cusio.;. ,40 Iiiripci da se~und:~ iiiet:i~le rio s2ciilt~ XIX.
accnikr;~r-w-:i c;~[i;~ vcx III~I~L L> [~apcl da 1rnpreiis:t [I;\ \b:~l(~~hi~;~q50 do cidad.50 c 113
l-;ípid:i rtiudei-iiizaq:ia c13 ciiltrir:~ prirt li= -~Ic\;I.
Kii~11:i psi~t~cir~ ~~I-cc~~IL$[> ilircliios LIIIC. ~ IOI~;IITTIC~IC. :i IOII:II~L~:I~C discur-
,civil tlrii ar'ti~r~i 2 vriri:id;i, iil>~i~tni~d~i e\t:i iiiiprciii;~ iririu~ir-ial. ciii pi-I~neiro lupai-.
113 1.~13t-oC111q;it~ dt :II.L~~O% cic~l~il'i~iii C tec~101Ugicos Icvnniadni c111 pt1hlic:i-fics
dc riitkitri rccoriliccido. ii~iii~eridiitiicrirc fr3tiicrol'esscii-cs t~nivei-sitCirius icihrc
in:iiczinii c proccxsri~ alircl;cn~:idoh. beni coiiio :i pulilic;ic;;lu tloh prcqoc, pr.31ica-
dos tio local dr' I':~hrico cl(is iipiii~lliii:. ou rricciiiti n inclic:iç50 d:is m;1t2rins-pririi:ts
c (1 I':~culuir dc uinuilr.Lic. s5o i~unlriicntc c.s~rnrépi:ir ~cclticn~ciiicnte utilizndus
pelo:, i-cdactarc< cloii ediio~.ci. l-iaci rc.;piiiidc.r+ Iik c~ipi'iici;is dii *~IIOT;IS t2cnicils>,
por p:iriè çivi ~~1101iieilç Jit jl~ClÚ~~ri:~>i.
Lste ~iiiivcr.

O I~~C~CIUC ;wtigu i-c.;tilin das dil'iciild~tles corii qiic nos rlcpar:iinos ao
ti.rih;llli;ir :i ~*iiiip~-c~li;~ inri1isirial~- C o pt~blic~~iiio ICCIIO~~~O~CII. I~OI~IZ~~L~~II~CII~C :I
csçnswz dc r~itciros ieiii:itiçcis c :i ~11\21i~iii cle itiiicrGr-icis de cnritcúclo tio iiívcl
J:i i riiprenw econtí1iiic;i.
Diic.~riiicntacfiri [ii'odigiciçri c rcri~ris;~. ~~cspcllio de 11iilI1ar.c.; rlc f;?cctas
riridc ;i I idz ;I~X~*CCC siiig~iI;irn~ell~~ c'(ilit'~l~~>>. COIIIEI i-cfcrc llciiri í3cri.i. :is
~~uhl Ec:icóc'\ pc~*iiiclicui ;iqstttiic~tt uniii carl;i vcz tli;iirir iiiipor~5ric.i ;i ccitiio lbritc
rle inforii~:it$io.
Ccinscicriic~ ~lestn iiri~ioi15iici:i. c iiliri rih.;t;iritc :I ~rrdri\tri:~. :!o Ioii~i~ rln
iécu lo XTX, .;c :iprc.;crit;ir criiiici iiina iiciq:ici ctiriil~0si i:! triii l i itariilc. ;idopt:imri.ç
41 ci-iiério de c.lin\r rfcr:ii+ p:iiii ti jicarícido cri1 ;inAl içe tnrlii.; ;I\ ~iiibl icnqõcs pcricidica3
quc. nn filrrlr~ (i11 .:irhiítrrlo. itiçluii.;em o vcic5hiilo iii~ILí4tria. 1111 LIC*I~II;I~~O
cie iiidú>tri:r. o cliie pessihiliiozi. liirriia pririicir:i ciiipri. a ~ii-p:irii~;ic;?o da wgiiinte
tipoIci$i:l c!zts\iI-ic:~i iv:~:
1 - [ti\ cirt;irln diis I-'ulitiiiiqiici 1'criOdic;ii priniigueç:i\ cliic. criirc I S10 c I 1176.
sett t itiilo a ~l;ilnvr.;i q c.;ixilin!c.;. iiiuir:i.; vc/c.; Iniiicntn~~cliiiciitc triii~c:iJns~. criii5titui a
pl-irt~cir;~ ~fiipa de ~ttii 1cv:int:iinciito. çiiri.scicntei ~ LFC cslrIrnri4 cla exisl2nci:i Jc
n!:uii\ jrii-iinii cli5rioh e ~ci11;irinis. qiie. iiiiri o1isr;iiirc 1150 osteritarcrii o vocríhuln
i~~cifis~ri:~ 110 \c11 ~ítii!ci OLI s~ih~ft~~l(i. ;tlx~rda~~~ re111Alic;15 [ig:icla< ;I ii~dGti-iiiis. coiiiri :icnitiecc. Iior cscriiplo. çriiii c) pci-irírlic+c> :l ~lnir:rit+ri C ;i
/ ~ibsi:itii~ ;I s~i2~~ecti\'id:1iIc: iricrcntc a
~i;ilrluer ti poloyi ;i clnxsi l'iciitl vri. fita pcniiil i~i-ilos
I~CIC~ C impcii-rhncin
;11CrIs ~Iii
cla

peri6dico.i. di~pnriívc3s 13:ir:1 CO~SLII t:~f*- ~~uhlic:ldos 110 Porto que ristcniani
indllstriii, no cspaqo de tempo quc nicdciii cnrre a insrnur:iqãci
do Liberal i ~mo e :i crisc econtiiiiicn de 1 876.
cic; ú~~ictis
110 scu ~itulri ;I pal~ivrn
2. Publicat;õcs periódicas prirluenscs com Indiislria nu dcsign:iqiio de
Indústria no iiltilo
Crimo xc vcritlc~i pela :in:ilisc dr~ Quadrci I. esr;is pithliçuqiicc circiinscrevcrn-irs~. o .ror-rriil rlri
A \*vnrj/~q*(jr~ 11rd11 vfrif~l P~J.~IIPI? v~ c! 0 ?#7

MAKI/\ k'LI'IR.4 RODK1GL'L.T CASTANHEIRA
- - -- -- -
alio]-drini tcmris divei-scis, dc que ri ugrículturri, o p~iblicisnio rural. a descrição de
segmdos i~ierenies hs arte5 c oilcioç tiiccrinícoç si0 excmplo.
S~ih o ponio dc vista i'ornial. aptesen~ava-se dividirio eril duas parres distintti.;.
rcspcctivanie tilc CJiyri~iccr
rlni~it~srica c Phi.,cicrr r rlier.lrai~icci iirdii.i*rriri~s c c:oiisti-~rr

cri~ esquenial; miiiuciosameiiic explic:iJos. pnr hrrnri a permitir :I sua aplicação
e riípidii dif~tsiio. A orgrinix:ic;5n formal e de contezido dcsre pcriridico. reflecte a
f'ormnçfio. rraqtiejri. con licciiiicnto e rictiinq5n pcil íiica dos seus priiici pais rcdnctores
e colaboradores. Nonies como Jose de Parada e Silva Leitxtici, José Viçaorino
Dainrísio. Dr. Roquc Fernandcs Tom&?. entre otiaros. siio I~etii elucidativos do que
:icabnrnos dc alimiar*. Liberais convictos. perionalidadcs Eictuantes nos nioiiicnros
m:iis dcçisivos da vrd:i parliigiicssi. conhecedores d:i realidade cconrimica riaciorial
c xulicicnreincnrc viajados para conliecereni as iiiclIwms ~iublicaçõês cstrangciras,
sohrcttido Z'rrtricesas c inglesiis, diis qrtais extraclarn a tnaior p:trlc dos artigos
aprcsent:idos.
Pnr outro Iada. o púhlicti-alvo privilegiada C. sem diivida. o dos pcqueiios e
inrSdios produtores. çrirno sc depreende da roteiro cle çriiiteúdos riprescni;ido
(Qu:idro V11 e da riririlise feitri em rcl;iq3o 5s principais ilreiiç dc divulgnçao dc
c~~nhc~irnentu~.
A inrcrrupqZo da publicrição desic jornal seiu aviso prhie. numa altura
cm que sc npresentriv;r renovado coiii o aparecimento clc uma nova mbrica iio
bl tiiiici nlínicro pul-il icado - Li'oletii>z Lirter-cii-iri, l~~clcrsrriul e Scicririficn, dc h:rixo
dc ciijo titulo. se priiiciidiii í

Numa priincira fase da suri csistencin. ri gcrciicia e o cxpcdienre do jornal
estzivarri ri crirsri da diiccç:io. cnquanto que i i-ed:icçHo estava confiada a uina
corniss5o espcçial. escolhida cnlrc os rneinbrcis tla cornissiio iecnrilógica. Para a
procIuq3o dci joriial . descrnpenhararn lanlbrSin iniporlari tc papel n redc de sócios
correspondcntcs (na país c rio estrnngeitno). nrravés do enviri de noticias. rirrigos
c hihlicigralia.
Esta puhliçn~,lo oslciita uniii duplii verieriie:
I - Vcrteritc itiforrnatiw - iniiinnriqfies sobre cis acicis e nctividadcs da Asso-
ci:iqAo 1nduslri:iF Prirruense. bciii corno notíciris governamentais, cnn-
sidcrridas dc interesse parii i1 nívcl da equipa rcdric~oritil da jornal. Ta1 d íi ciisci de José
Viçtoririn Daniisio c José cie Parada c Silva Leirfio, para ci~ar!nos apcnns os
nonies riiaik influziitcs.
A anilisc do ,lnntcrl tio AIP. ira suri vertcnie i~i.sfrutiv:i. pcrniitiu-níis disiiii=uir
gèncrtcrittientc pui:i ti pcriodo em quc estc se puhlica i 1 XS2-1864) quatin
grandes li tilias rle intervcnçiao. ri siihcr: a divulguqrlo tricnol0_oicii dii

iipcliclaruos gencricamcriie de divul_r:içao tecno1úgic;i da

4 - O cspaço reservado ao scctor prirnãrici
6 Liin targri sector. que sc afinnn através de virias rubricris. quc suscita
trocas dc irnprcisões cirlre os viirios shcios assitiailics e que surgc tratado com
grrinrle cntusiasnio pela direcqàci.
Traiam-sc prohlernas ligados 3. asro-pecu6ri;i. docnçai dos nnininis c dnc
plantas - conrefhris pritticos iios agricultores com trina dccidid:~ reniaiivn de actualiz;içSo
dn produção aprri-pccu5ri~1, cliamando 3 ;iicnçBo para as drenagens com o
esttido n~i ncral6_cico c geoldgico dt~ st~lo. sobre cxposiçfics a_nrkcil;iç. sobre :i
irnpriri5ncia da'i ftirragei~s. da.; drcnn~cns, (13 recoiiver.;áci parri {i açtícas, o
tabaco. 1 bclcrr:ibr?. as plani:is riii~useiriis.
Nos ultiniíiç anos cm quc o jornal sc publica. diininuem os artigos sobre
este qcctor. iiias fica dernonsiradri quc a gr~indc
prcocupaqiiri 6 ri produçfio
vinhnteira c Jocnqas d:i vinli:t. retleçnindn :I r.voliiç3n das nriv:iq direcçríies que
rcj jci~;iarim a 11ei~rinr;a piii~ileiri das primei rns dircct;õcs tundad(irai'J.
A or~oniznç30 ren~liiicsi das publicaçôcs perihdicw cctrrn indústrtri ou designa
$50 ddc indiastrtn iio iítulo, d : quais ~ no presente ciriiyn dcstncanios as publicadas
nri Porto. rcvcEoii-nos urn puhlicismo jnrtialíst ice de ç:iracicristicris riu~lididaçtas.
corno forma dc suprir as caicnci:is instru~iv;is de deterininadas camadas dii
popttlac;5ri. C) miinciisriici C ifeqitenic, numa :tlturri crn que sc precuruva a tcido o
cusio o23rer ri acciiiipai~hainento dc Portugal ciri rcl:iç3o ao csrr;ingeiro em
tcrnioz dc prcigresso ninlerial. ASF~III sc cenipreetidc a riccessid:idc de colrn:itar
:is c;irências csisientes. de ~iiua lònnn que sc prctcndia t~ípiclii, hxirata e iiiiriirna-
111eii~c clica?,.
A dciiic>çr;i~izaç?io dc~ s;iher 6 uriia das prcuculiaqfics da prneralidadc
desics periiidicos. crn que o rigor n:i sclecçao e :i~iresentnç5a dí-~ diferciites
temris os distingue dos Almiinaques que :LU tempo se puliliciivrirn.
Co~n o rriunl'o do Liitleralisrno em Poi-tugal, ri liconomi~ Prilirica nfiniin-se
cnirc niis. Jcan-Bapiistc Ssy é uin autcir refcreiiciadidu c lido ern Portugal desde u
impl:intnç5n dn I,ihcralisriio rilé aos anos (inI70. Todos aqucles que vEem no
dcsct-ivtilvimento da indúsrriri c na criaçso de novas utilidadcs 0 caminlio n
trilhar p:zsa (i progresso cconrirnica e niatcrial do pais lEm neste autrir ui1-i
signi fic;itivo poiiio tle scferciicinl~). ~c~cnvolt~inicnlo cicrit M'ico. propngaç5o dc
iiovos corihccinicntos c progresso da insrruc;ão, eis ii irilogia coi~sidcr;ida por
S;iy coiiio Iùnd:iniclital, para yiic a indústriri se upresen te como unia act ividndc
criritiv~i c potenciadidoni dc novas utilidadcs. O eiiipi-csiirio deseinpenlia urn papel
dccisivo eni iodo este contcxro. rictuando crimo n-icdiador iintre o desciivolvirnctlto
cientiilco iniprescindível ar) seu indusiri:il ismo e o ~ifilsl ico, comprador
dos prridiitos. adap~aridri c apI icando esses conhecittien~os hs necessidades do
homem.
Scrri n parrir CIA RevoIuç30 de 187U. mas. c ~rihretudo. t3(1 contexlo d3
Rcgcticr.;iç:lo. u1trapiir;sadas :is hequelas dz i mp1antzit;:o do 1,iherali.cnio. que o
iiparccrmci-rro dc um;i iimprerisa iridustriril. eiiguanlo vcíc~ilo dilusor de novos
conhcciriicntos e clo de lip;iciIo entre a cíéiiciii e o púhliçcl crn ger:il. rcflec~c e
a l'irn7:i n inevii5vcl coiiiciEnciu do prcigrcsso.

~.'~%YTI O Irrrlirrri,~trl Ptinrt~.irti: To~iiti 1. 3 I M:ir

MARIA IiLlrllFrl ROBRIGUES CASTANHEIRA --

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Par;i ;I cl:ihrii:ti;dn desiç tr;ib:illiu itiiiil:is kir:irii a-\ tio~is
p;ihh;iil:i:. rrii hilil in ~iorlcriio~ dci?;;ir dc cxllressai. :irlili n tios.cci rcrio[lticci iticiiiii n rntlol:
:i~luclc.c ~ 111~ c0111 n su;i xciliçiiiidc 1':icilii:i~~:irn a noFsri pcsi]uir;i.
h RiliIinreca Sscion:il rls Lishixi, csywcialrncnte is Dr:n 1 .iik:i Ciiixlin c Rosn Xlaria \lul;i.
pcl:i\ I'iicilid;itlc~ conccdirlas n;i coitsulr;i c rcpriiiluçso cin microl'ilmc rlc :iTyiiris iliis psririclicos. Um
;igi.adcciiiicniu cspcci:il viii tniitlirlin p:ii.:i 3 D. Riiini:~ Niincs. Si. Avclinu c SI.. .riiiiiiriiri 3.l;ii.li tis.
(i Bibliciitcii 341iiiicip;il ~lc ncja. nu pcshii:i d:i U. Sirlin:~ Ciuerrcirti. as i':icilid:iilc\ cnnccdidns
tili C C ~ S Ira ~ I dn J(>r;wtl i'o IW, ~ICITI coit~o o cnv i0 do C'(II~~~I,~O E.~-/?f)vic.fio vot?ro li IIII/J~C,II.~~I (/o
Bi.i.ii.i!ri tlc B~,jrr. cxi~tcn~c 113 Hili1iulcc:i Municipal dcss;i cid:idc ri:ii.:i I> ~icricidn cnmprccndido c11it.c
18cil)c 1~ifiI.
Igu:~iitticntc 3 T3ibliotccci Pliblic;i rlc Hr:izn. iin pcsso:~ da Dr:i Mnri:~ Hclcnn I.:iranjcitto,
;igrriJccciiios :i': hcilidadcs crinccidid~is na corisiitl:i du J(llir-iirii r/r~ Mirrlin.
A RihIio1cc:i i3fit>1ic:i Mi~riicipal do l'orto. I;IS ~~~SSI~;IS d:ls Di4as l %~ir~~a \'cloi~s :li p:rs~ntlns. ,Lgrndcciiiicntri
cxreiihiirii II O. Annbcl:~ Silva. L). ls:~licl Çrirrcrn c. Sr. Ahilio C:irv:illio.
1. 0 iIIiir,,ir Píir;rwtr,~r. li.* 0 1 , O I de agi)"'^ dr 1 SiS. Ai~ifo tIc Apicscni:i~.íri.
2. SAL-I c\i+inpIo dm quc :icahaiims dt aiimi;~i i> I>I~~;!t~,qil{ttc
Uriii.c.ri.

(i. I;rri I cl:i-.?o ;i 0 Iri,lri.ifi~irrl rlo I'rii,rri. i i i i q ~~ut~wciiiiiiris
~.iiccitiir:ii. itc.iiliiiiri iiiirrifii-i. :\ >ii:i itlcii.iici:i
:117;1I-C l~in;r> dw ~1ii:iik cxpliw
L-LTI~~ [~>LI(W a s \ pt~i~~~~ctioi~cv o i'ciricl~in;i~~~cn~a> ~ ~ S IITIPICI~U C I.:~IJ~~II. ('1. J Ioc~c.! C/OII Icic;tis c111 que cIkc~~r;ii~itn ;I COI~SLIII;I.
I 3 v 5ri ;ilccin\ iii ilircc~iicr (I:! S(iciccl:iilc I'it!11iin1or:1 LI;[ Iiiliírsrri:i Y:icliiii:il. :li)
Ionmi x-:irt~ix i~titih c117 L!\I~- iitc>~~ui\ >L- p~~I~Ii~-i~iii.
2, Si(i \;itiuh a>< rcspnns;ívrih [i~ii, cstib ~LII)IIC;Ic p~~l~lica,
C3 iill iitui tiurncrii pni iici5 tiicr>i~li:itTri rln1.r iIc I dc Il)ciciiriir~ii iic I XId. 3. 1:1 I{L~I~(! n111ner.n 1,111- 114k L+~ICO~IIKIL~~.
4. Ci'liiitiri iriiriieii, chr.;lciilc ri:! I3 P.lr1.l'.
5. dc O ,.\itii;r~ 1111 !'ob.ri.
(1. Iti~ii~-;i[~ia
I\ ;I~CTIJ< n -~ihtititTo i~~ici;~l, pai> :I p;~i,iir dc I3 clc J:~rit+it,o LI^ I S7S u >I~I?I i!h11 iil!cr;i l~:it-~
S~~iiiíiiitrii~i /'~dirii~ri. i'oiiiiiiri~c~iiil. liiitii.irri~rl r !f!r,~rit,iri.\r~, At/i~o,~~oiirIri r>.% liirc.~.i*irc,s tlri .,\/.~!fii.i'r. ('
7,
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t~(w t, lv,\~~! c1 tl~t,~~. i ~ ~rt~~ii~-~>c;~~~~cri~c
LI !'jrit LIC~IC pcrititlicn. IIL? cilt;intt>. +a tíll iliidt tlti~~icrn
pnr 1iti.i ct~~uiili:iiln C ri I\." 3 111. 15 IIC Jiin1i~~ JL* lXO3.
S, c111 1rrir.1 ~ltinlcr~-~ e~i\I~-iiic II~I 13 illliai~vci~ Kiici~>~~;iB (ir 1 .isIvl:!,
!I. Uliinio riiiiiit.tii c\istcn~c II;I Itilrliinzcc;~ \tiiiiiçilr:il ilr Ucj:i. I1 c*li~iTih, lic~riçrii:ril'isai rsi5
nrg;~i~ix!tit~ pf~i~ iil,dc~i~ :~lI';il~G~i~::i.
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I ~ , Y (r/~ifrt-ci(It~~ IWJ POVIO c~rt~ IA'filj. 111 a.Ci37cK1 Mt%!ic:i
I'or~n... Piirtii. I XhO. p~i. I-$.
l-!El~~r+~~v~i. in Upisct~!m~>. Lihhon. 1-iv i3vrtri1rid. s.I.I.. vn!. S.
I-ACERI3:\. Silvcbtrc - /Iliriiiiriiiii~iir,is Iinrri [I Ili,riii.ici x;i d+? I'in%~í> - POI.I~I,L!~I\ Aiffi.qo r, I$.~II(I~~~IIO, Dirio~~. Lisbuii.
Ty~y dc C;iitrti 6 Iriiiiiii. 1 SW. pp. tii7- l n3.
I ,Eh4OS. hliirlo hl:iti~* - A ~.~/J~JI~~/~ILIP lt11/)r1,11vir ~ j t1oi~~o.
t ~ P~win. 1 X40.
kI:\~HAD(l. l.crn:i~iclo Fllcio - {I I'nt-r~i IIMI?T jorttiil CI>IT~T/?!.(~. in -0 Triptiro-. 11.'' 05+ MniI;Iv~:I Cini.citi - /{I\~I,II;~~~~I>
(III ~ I I I ~ I I - ~ I I /'~II~III~I:/:
. ~ ~ I /XjO. 107U. in JaA~t51iw Sucial>>.
v,,I. SXTH I oo). I'IY~. 5.0. pll, lIni"-iriu.
h q IC,q. ~ \f, ~ I~,IOI~\L.II;I, MA'l'()S. 1.1sík S;tlg:~dO - f~~rtvil~it~io (/(I /III{)v~,II.~.
ti." (12. I:cvsrrit,ai lOb7. V1 Siiic. Aiiti 11. lip. 42-43,
klClI< ICI IXH:\. .~~I~U.LIO DI~:II,IC dc - /i!i,vt~;#>\ WI/:I?. {I Hi.vrb~,i~~ (161 ~~I!/)~VII.~-:~. Ti71. FI,~II~CO -
l'rii iiisiic..:i dt I .;ill

WLlNjIS. 39;kt-i~~ ho:~. I'tihl. :\t1;1. ltYIO- I . \rol. I. pp. Li2tJ-.q.3~y.
Npy]:.S. M31.i;l tic f1i~iit~;1 - f-viffr~~f 1, /\.~~;,.II/~III-~/ - :I /II~{JI?*I!V(I f'~f,frii!iI. ~~~i~rat?ic~itti :~prcsc~~ki~l;~ I-':ILLI!~~L, LI

SI l .V:\. Fi ;iiici~ci~ liil?cii-ri ri:~ - Jiii-iiriii r, Rci.i-srtis ido T~i!i/x) rl(. C'ciiiiil(~. >tfi:i131a d:i a.Rililiutlicc:i
P~ii-iiis:rlcr~çis~~, 2." .iCric. n," 5. I ciOCI.
S!l.~:\. It~~II;II ,v;2io,v ]?III,II 11111d1 C~~III~/I yi(i c 131!)/io,q]-q/;ii. i 11 4< I

As refcr2ncins tiiriiç antigas mht-c a uiilixiç,io de ohjecros rciilizados por
1annci1-ri$ podem sei- ciiconiiada:, ria hlitoIogi3: Zeus coiidcn:i ns 49 Til11;i.; do
pohrc Danam. ;is5asii1ias dos seu'; eapciio5. iillios Jc Egyptcis. :I rcciiclicr com
LFLILI do i-irl T;írt:~~*o um tciiicl SCIII liliido. b!3 ~ nigliiclildc t c!:~ss~c:I. 1130 podci-cimos
deixar dc srilicnlar a atitude do ~cllici Dirígciies. nyoni:itio pçir nãri
encnriiriir urn sii Iioi~-~ei-i~ segurido a3 cxigGnciris da r1losoTiri çiriic:i. rctisa~ida-se
do mundo dentro de um hai-ri I. lulvez o inais rnridcsici c baiinl dos rihrigcic.
O ~iiundc rom:ii~o conlicccii o toncl cd ri. ~i-ias sei-vi LI-se pwrcrcricial mc11ie
da Ztifòra - recipiente ecnnciiiiicarnenrc catnsti-úficn parn [i'; trai-iiportes inarí-
limos dc :izeítc c vintio - cnnsiituindo cste prnccdirticiita mais uin:i peca a jr~nt~t-
nu Iongir doçsier da est:ignriçr?o técnica atribuída no Impkríri Ro~n:irio'.
Entret:intci. rncslno quc as pipas nrio Scirsaein clc LI t ilizaç5o gener:ili/.ad:i 1i:i
Pcnínxula Itnlica aiitei do lirial clo skc. III. cnt Roniit c i10 ccnlrci da Ir5lia. oiide
as 1iip:is poderiam çlicpai- ~ cir ninr de ori~en~ divcriiis. c k ~ c o,ject~ er3 c~iihcçido
clcsdc n 5i.c. I. co~-iio coinpi-ovm clii~er.;oi rnonuinei-iios I igur:i~ivci\. criti-c clcç:
uni baixo-rclcvo exi\icnlc rio Musoii do C:ipitcílin. o qliiil rcprescriin um;? hilrc:i
cai~e~da dc pipas p:issai.ido sob a ;irçnd:i clc urii pai-edZn rle urn ponçi: ri c~lc icsre-
~riurilio 6 nccessiírio juilirir uma Iuçcniíi cxistc~iie no Muscu Ri-ifinicii. Sabricxdn rium
atelier do itál i:i cciitral tio i'in-i do séc. 11, principio do TII. i-i~risirando X hotnen':
~raniporia~ido uma srriiidc barrica corri a njudn de 2 varai c caríla.;. A maior pane
d:is representa~iic.; dc pipac ciii Kcimn que dairtni desiii 6poc:i eiicoritrnni-se n:i
coltinn de Trq~ino. colun~i AuseJi:in;i oii Arcri dc Séptiii~v Severri. nlas ctincslx~ndciii
a cei-ias locriliz~idris em vAri:is rcyióer do inzpérici. e niiib;ltaiii ;i ar-tiiadri
i-nr~lan;~ eni niarçlin. riu ciii desllle com os deçpo.j{ii dos ~ i iitiiitiigni. í
Podenius afirtiiai+ qiie tio seç. TT o itiiicl. dc urigeii-i g3iiler:i supl;itit;i os
outros n-izioc de irrinspcirlc. 1ne';inri cnl Ira1 i a.
Pelii sua Iòrrna nrredcindnd:i iirri:i pip;i cí i'acili-i-ici~lc riiaiicjrível, rol:ivel c
dirigível'.
O Irnnq'oi-te prir via rnar-ítiiiia. eserripli fiç,iclo iio baixo-r.rle\,ii do hil~i .;eu
Calve~ dc i\vigntin. oii icil)~'r3 cslr:iclii (hEurcu Saiiit-Uidics. cin I,snyre\i riao
suscilriv:~ qli;iIqur~ prohIcrna.
Ko Centi-ci / Si11 dc Pcii-lug;il. Incaic de mmor influEnciri cl;m cul~urii celia 3
roi-inn diih tiirnpai d;ih sel~ulturaq s3a um bcIo cxcmplo dc uiii:i possivel
gciicral iza~50
fùnçfies. tanlo iio muiido das vivriz como ~ io diis inortcix.
No qcc. 1 c 11 d.C. e rio crinLsArio do quc st: lern ;ifii-iii~idn a1guni:is vezes,
era ucada CJ I rizilhsrne dc ~iiadcirii (~.~i{~ctr*) priiicipaIiiientc iéitu dc ça.;lanliri. e
que Piíniri rccciiiieridava com particular inirresie paix o lriirisportc do vinho
íi~rzsnri i.itríit i) cohi-etudo

?;(ir~->~ ainda clrre as \rnsillrn.s de riiadcira - riih~i\ rr r.frh,r,r - er:im ,ia
comuns cnrrc tiús 110 secuiri IX. aI~iirih desies sci-viiim par-n griardnr cci-c;iis,
outro:, crnfiz destiriadax a behid:l< - cr~l~crs L.IIIU hihcrn. ciil~o~ crtii~ r-ihcirid.
No Li-nnxporlc dc viiiho? no riri l'ejo. eiil 1179: e c(,rifin;iva n esla
inani i'ectrii;:l(i. Il'cidos os an

composta por váriris quridrcis. que saía do Loi~~~cnii, dc Monchiqlic parn o de
Sr'io Francisco. local ondc bc I-calizavam 3.; niaioriis solcnidadc.;. \alient:indo-cc
dc ctitre elas a missi c a reuni:o ;inual de mestres e oficiais para :i eleição do3
Corpos gercntcs da Confraria c da corporat;ãa dli Oficio.
Aspecto singular ncsrc ofício 2 a crono1ogi:i da sua dcscsirutursçiio. Os
ccinllitos com o.; inicrcsses dos cornerciantcc dc vinho inglcses e3t5o nri cirigcri~
- desde os Lri;ii\ dri ~Sculo XV1I. erii Lisbo:~ e pelci menos clesdc 170'3 nti Prirlo -.
da possihilidadr do exercicio d;i pi-oCiss5o. cmbrir~i coii~ alg~1111íiq condicion~intes.
rorri das oficiniis dos Mestres.
Esta sitii:tqSn 6 :i responsávci pcla prolelariz;ir;Zci. ou melllor. ass:ilaria-
~iieiito. dc muiioi mestres e ciTiciiiis que tsabrilhnv:im par:i os grandes iirniazens
de vinhos. propriedade dc çidadnos estrnngeirns. A contlitua1id:idc lakenlc eiitrc
chte poder einergentc. dos dorins dos nrin:izktis dc vir-iItos. e o representado pelo
poder ins~it~iídu. corporizado no Oliciu. vai ser uma das crirnçicr.ís~icas p:rticulnrcs
deste pupci ptnfissional. ao anicçip~ir em cerca de ~im seculn todri :i prohlcmriiica
que Icvou L cstinqzo do.; iiics~ci'es, após ;I vitcíriil dn libcralisrnu. ern 1 S34.
O jogo cnrre 1-i inriv;iq5a c ac, gicrmnnEncias pode t:iinbéni sLr \'islumbrad

Apiís trrn período L I :ilgiiriiri ~ c\i:i>~riq50, cciiii :i ii-ripIriniri

(1) wrcl;i\tic:~ r ni~ii~o ~CLLI
h) IL.~ f'il~~.it\ u~~ifi)~-iiles
I.) prii\rlr de :í~ vorcs cle inciii icl;rrlc ~ii:i\ -i5 1-citas
~II \cr 11c ct1r u 11 i ~OYTTIC
'.i 11nt7 ici- veirii ncnl ser- iiciclosa 1121 _r:ilhcn~;r' i
0 c:~r\ibll~n rnh[e. L-O~ILIITI (>ti :I~I,:~I~II~IO.
d:~s iiiclli~~~~cs III~LLICII.:I\ nacit~~~ais pari1 vasilIi:~iiiel'.
Ll4lC se cnconlr:~ iit? Yi~rte
I+rtu~:~l. 5 LIIII;~
C1 \iitciii;i icyuiclo ii;i I'aii1.1c:iq5ri das pipas é 111c:ipiii dr- crirrtpii- ;i<
incxactidòec giic ~~csuliaiii de 11111 dci'icicntc ;ih:iic. j:i q~ic
obrig;id;i pel:i prcis:?r-i (10s ;I~cI~\. ci'cc1u:i c\sc iiiovii~ieritci XIII >r ~iijrii:ir- :i
de
ç:ida :idricliz. no doI71-31..
ncnll~~l1l:l lci l~1~ilcl~1~llca.
/\ 5s1-n~~ rlciliiintl;~ ;i ti.:ih:il\iri~ dc i;ino;iri:i rlc~c~i zci crlrtridn dc. sr-r:lderrLi
clislirir:~ tia ~ ILIL-

opnhlo. c' Iin ~~icsnin ~ILILICI supcric~r, PI-OCCI~C-se nisirn ~iiniiltariciurricnrc pcirdo
ccrilrri aIé que o trtincti fique hcpiii-:ido
:iniI3~)s o< CY~I.~'T~C)~ C :~proxiillx~CIo-s~
crri pcdaqos ~ CI~~VC~IIIC~I(C ig113ih. scpunJo ~tmn pIa110 di;iinetrril.
.I\ t517~3q pari\ :td~iclas olr'i-ccem pclri cxtcrioi- VAI-iiii sitinis p:i~-:i çc piidcr
ap~eciar u \uii qunlidadc. Unia licia ,i~Ivels dcvc Ici. izm odnr Cr;irico. cai-acierfs-
[iça 63 c13\1c A:\ rnarlcii-:i 3 qtic perlcircc. ri30 api-escni:ir siriais dci piitreiàcqílo e
~Ico.; ílç xilófiigo\. :i Tua Icrriperntura dcj4c ser rioi-iiiiil c nrln iiprcscntlir preta.;
dc ccirca diièrcntcq. Cla 1;inocinic iitri~rii a qiicilidsde d:i uduela no golpcrí-I:i. e sc
ela roiripcr .;cyutidri ii linti;i longi~udirial é posq trc iein qrr:ilidade. casc, çoritr:ír.io
dcve ier reicir~dii.
lintrs dc apriciii- n i-nridcir;~ no 1'rihrit.i~ clc vasilhariic i~.rccc

Çorricça-se prir lorncar, acção que consistc em dar 3s aduelrir. pe1:i face
cxicrior. n for11ia arredond:ida crn jeito de lombada poi* rcirnzii a quc (I corijuritci
i~en11:i n Iicnr uriiforrnc. pcrmiiiridti rniiis tiirdc ci perlèilo a,ius~rir~ienio dos :mos.
Maiiualrriente us:i-sc a iAnspilh;i e o supillio coiii :iuxílio do brinco de arco nu
mulct:~. Lsiaç tarefa.; tiimhérri ~iodcm scr ct'cctuadah pcF~i inriquina dc vasas e
loI+ncar.
Vasor - ri5a é mais do que ndelg:iç:ir :i i-acc inwior da adue1;i progrexsi-
viirncnic do centro para as pniit:is. çsi~s n,To .iZo cor~sidei-adas os extreriioc iiias
sirn unia disr5nci:i dc çcrca dc 5 3 10 cm destes. Moriualrnente us;i->c 3 vrilta
p;iM CXCcUt:il+ CS1;i cxtrcriiidadc.; dc tiirnia siriiétrica. .4 rnriirir ou
merioi expre~55o deste t'ririn:ito é directamelite prapoi.cioli:il rio I-iojo da vasilhii.
Ag~ri~ "um LI plaina dc tr2s pé^ hli cjuc prciccder ~ici juriiiir. opcrnc;Zci quc
rcqtrer maior con11eciinenio c prccis5o. trata-se dc nfciçonr e polir 3s jt~ntns de
modo n a.;çe_niir;ir ;i perléita j~ist:iposic30 das adtielaç. pois d,iqiii depende a
qualidade e durabilidade do vasilhnrrie.
Levnntnr - :inlcs dc iniciar o L'abrico re:iI~z:i-.;e a uperac5o de parear. pois
6 iridihpenh:it.cl scihcs ri ~~Líni~ro CX~C~O CIC xIuel:~r; ~ IIC s3n IICCCSS:~T~;TS para ;i
vrisillin que se vai nrnlnr.
Pareia - 5. ;I rncdidii ni5xirna corrcipoi~dentc rio pcríinctsti m5ximri do
bqjo da vnsillra. sendo a designaç50 de qsrein de i~iadcii-a>> o nrinic da regua
srihre :i c~ii:tl >e cnloc:irir ns nduelns até perfazerem ;i parcin prclcndid:i.
I3c cnirc LLF aduelas vinda4 da pareia ri tariiicirn esc~illic :r rn;tii fcirtc. nn
cliial h7 iimli marca :i giz. para neiii sc abrir ~xisícriornieiite o liatoque.
C»tn e w a~iucla, ,~iiiit;itticntc coni .ri prirncirti ai-cri dc liasiir c o niol;o, v;ii
pi+~ccdcr-~c :!ti lev:iilt:ir ou :Irmal-: colocar as nduelns c111 pC I'or~iinndo u~ii
tronçci-çrinc. Esi:i cipcrar;,ici dccrisrc na prnp. superfície lisa demrirc~icla no cli5ci
ciii cillcina dcstin:idri :to levriiitrii- e bastir nik S co~icliisão dii viisilha. A c:ida local dc
trob:ill-io 3tri ~LI~CEC) LIHI iiiiniero que servir;? para ideiltii'iciis o ~:inoeiro ~riedindo
dcsrc ~ntidci a hua calxicidadc dc procluyiiii c ccintrtilnndo o 1riih:ilho ?i peça.
Mete-se ti pritiicii-u ai-co de bastiqrio deiirrri dii ranliui-a rlo niciçn. scgrr rnndu
cririi ;I iiiiio cy~it't-d:~ r) ctiil,juiit

Com n iiiarsci:i e o ci~nço a icri~ir dc bareiite. urri POI- fora e ti C~LII~O por
dciiirri. ;i roda rt toda. procede-';e ao accrtar d:is adueliis pelo5 juntos, de roriiin a
ohler uma .;zipcrfícic: cxrerioi- Iisa e uilii'cirrnc.
O ccinjunro devidarirenti'. ço~~suFid;idn pclos arcos dc Biastiq5a. 6 iriclinadri
sohre o hafxete e vai 3 arriinlirir - co11.juniri dc preprtraiivos que preccdcrii a
itis~al:i~áci dcis Irriidos
Enlyiunhando o ciixtí. ri tanoeiro coiricça por dar a rcirrii:i de cunha às
pontas das adtielas - 3 is~o chiiní:i-se cortar.
Depni\ disso prepnr~i-sc ttni:i sripcrfícic lisii na sr.on:i aride irá ser aberto o
Jnvre. 2 o ~iarc.i;ir com a p:ire,ilidcir:i.
rt~om aiin o rahote. procilde-eça C ;~Iivi;lrii-\~ 0< restaiizeq.
E~rrpalJtnrrrcrito - preetiçliirncnro de esp:icos cnlrc aducl:i< corii p;ilIia ~rihu:i
- h./~iic~ /ntffi>/j(t - p:lr:t garaiit i i. vcJ~1yi311.
I'o.itcriiirriienlc 1i1-occde-l;c ;li3 Ikrrrir. substituii;aci do.s ;ircri5 dc basriçiio
pelos dctiiiiti\ o\, çii.iiis designações .;ãri: ç:iFieç;i. jnvi+e, colete. stihrc hôjo e bhjri.
i i
,A ar cri ri:^. ciii tudos O< ~;I~SCS C~CC~L' ii [d;ld~ Médi:~ ai5 iit) SSC. XVII. cr:i
v de c~siui1110. J3y YiiTLiq iriais deIgiidas desl;i qualidade dc
mndcira. vu1y:iriricnlc dcrtgn:idus clc arcris-dc-p:iti>,. fabric:ivam-sc ctn Foi-tugaE e
3 SU:~ filic;~lizaqZ(i
e criiiiCrcio esr3o dociinierilados pelo nienos desrlc [I. Mrrniicl 1.
0 s 3r.c~~~ dc j'c1-ro apasecerari-i II;~ Europa muiro proviir.cInien~e iro
séc. XVl. arcnderidu iiris celebres toncis dc Hcidclhcig. cujo pritiicirti .;e corneçoii
a cciristmir rttl 139 I . Erri PII~LLLF;I~ I? início da utiIiziiq3ri dos arcos dc fcm-io pode
scr cla~ado da Ultiiiio quartel do séc. XVIII c dcvc-se h i~iicia~i\ra da Real Cum-
panlii:l das Virii~:is do AIto Douro que enviou para a Rlíssia UIII ripreiidiz. o ql~ril
quando rcgmisoii inoiltnu a i:íhricii de fuiirliq5o de Ci-cs1urri:i. junto do rio Ulrn;i.
Depr1i.i dc :ixse~ltes os iii.cn.; [rala-se de abi-ir {i hatoque. ctirn tradri.
herbeqtrini i ~ iirrci i de p~i:t.

Por últimci. icinris ri\ nc:ilia~-r-rcritos que cunsisteiii ii:n scyuiriic\ iiperaçBcs.
3 - I~scaldnqifo - Jc~liii. fipuri 14en.rnic dcrlrso d:i v:isill-i;i p;Ir;i chcciar Tuy;iu.
estas se15ri ~i~ascaclns ri giz;
4 -Vt~da#o - \~cdar as broca?. orii'ícios téitor prir iiircçro.; coni apliciiç5ci
de pino, broca ciii tonin dc madcii-;~ dc cliciul-ici:
6 - Rnip~r - alisnr 3 vnsi1li:i rlr n-i;incir:i qLie I'icluc limpa C ~oiii
t;iq:io final.
iiI.ircscil-
As pipas 1-130 pode111 sei. usadas imedi:it;iinciiic ii sua 5;iíclir da hrioai-ia,
neces~ir:im cic sofrer um;) prep:ii-ayão quc c dis~itita. iIe acoi-dci ctiin o cibiectivo a que
sc dciiinani nc 13hris rciilizadas. Px-a isso CS~S preprir;~ç:ici tiati pcidc ser encnnicndada
30 tanoeiro. cilja ~nissiiti tcrrnina de.;iic o iiioiiicnlri c111 clirc crilrega a
vasilh;~ I'cit;i CT~I iriadcira sã. liiiipa. bcrii coti.;truída e 1~erlCiiame1ite estanque em
Iridas as sua5 juntas. Ao pi'cipric~ririo incurn't~c l':iicr cis viiriiii It;iionictitos riiiles
de iis:ir ii ni-i\*r> tmasi lhiinic.

NOTAS
\ .
I. '1'riib:illiii rr:ili/:ttlbi iin ,imliiiri do I'iujcciii: E,~r~-+rriii~cii ~ i i r ~ i ~ ~ - ~ ~ r . r P ~ riridiirti.liili:it~-~ir~ i r í ~ t ~ i ~ ~ ~ ~ , ~ iiri .Vfii-11- tlc
t'ov;rryt~/ I !(,( t. Yi,Y-.YX). p:~~rnciii:~ti(! pcl:i JNIL-T'. L[IKI I~IIII~CII-~I velsi(1. li;~sran[c i-c\un~id;i. sci-wu dc
FUI" ;i UUI I idrii. i r:ili~:itlri pel:i ciiitiresa Sin:il Vidcil. pliirnic II:~ cxpiisiqiri prriirioiriif;i pelo Cciiirn
Iriirrntl:i lirl~i :iu!iii'.
I. TCI-IERKI:\. .-lnrirc - -QUAIIJ IC !OIIIIC':~U rct11j)1;1~:1 I'nnipliriwv, L.'lli,rtriir(. ti." 3h. Jiil-,\iiiir t'iS I . ]?!i. 1111- 1 n5.
3. KIISTn\T.IiT:I=. 31. - Iiisroriri aocirrl ?- r~c-r~ir~~iiirt.~~
íli.1 nii!itJiiii i~riiiirrrrri. Madiid. Erp:is;i-C;ii]ic. S. A,,
1077. \,11l. I. I.:iiiiina SXSlX.
4, M011~:~~. R:~~ii~rn -!)o ~~~i,~vi/ltr~~ii~ \,il~iii-i,), :j:nr~i?- ir?i~ar~i~(~ri~~i~,~ (1t1 AII~ I~!.~tiii-iri. Po~IL). lnk!iiu til do \'inIin
~111 P#711,3. líl-1.:
5. S/lMPAIt>. .?Il>crtn - i~,i/~i011,~ Hi.tt~ir;cr~v I, kc I!II~~IIII~-~I\. tnl. 1. .ihh~;i. ELI, Vcyd. I !)TcJ. p. I 12.
(1. (,'~i#li,r.~.riii #Ir* I.ii.idrr /r~i,ilir~i.i (111 Ili,i.tririrr I'orriicir

A IMIÚSTRIA DE REF~NAÇÃO DE AÇÚCAR
NO PORTO
UM PERCURSO tZhT&RGO DOCE "
O l'ortri. peZ:i sua profurida lignçiio no Brasil. foi ;io longo do .;éculo XVIII
uin inipcirinnrc enlreposto cln :ic;úcar brasileiro. aqui çc dcsçai-rcgurido muitas
harricas dci 11ielri.o que ajud>iraiii ri criar o niercrido inicrrio e cxiernn ncsre secm c
a i-cspniider

LI irti retiriadii ciiii Prirtugal. Pedi:!-~~. cnL%i. debiliucriic prim que se ciimprissc ri
lei p:iii t;il. dctininihi-sc clniaiiici~ic r7 que crn (i nyúcai- rcliniido e o nSn i-rfiriadri,
pois dcsqc cscIa~eciiiiciilo derivariri ;i pcissit~iliclarle cie voll~li- :I inlporti~r O açúcar
hr.zsi1cit.o mal.; rico etit Tor;a snç:irinii. iiiah rntiiq cai-o. Um ~irtihlemi:~ de çI:~ssifir.;iyari.
:issiin o rcfc~'i;iil;i o5 iiiilt~iridorrs dc IXXI. conirccidas pcla sua foi-ic
vocaq5o prnleccionisrii, miis aqui inc;ip;iz~s dc siigei-ii- qiialcliier clevilc;5e dc
direitos 1i;irii um genci-o cllir se 10rn;irri dc prinieii-:i nccessid;rdc. Cace :1 ilmu
iridús1ri:i erii g~ic ~J~CCICI de pr~cesw ;~drnili is~ral ivo. que iinldic~l requerimcnio
e indicaqrici fécnicas, aviso pcíblicii. pcríndo de SCCI~IIII~~ZJCS e viitorins do deleg:ido
de s;~iidc: coma coi-idiyiic:, prcr-ias 5 ciincessão cle ;ilvar:í pelo governo civil.
Dacjui decorre :r csisrê~ici~ rlc uni núcleo dciçumental que cobre o periodo de
I Xfi.7- I? l rí e ~ I I~~niiitc I ~ obsci-vai- clc perto S.9 processos relativos n i-ef?riaqõcs
de iiqúcar. :ilsnris doi clii;ii\ viera111 a \cr indeferidos.
Na linli:t das scprcsci-iiii-Ge.; 1'nriiccitl:is pelo irirlucriici dc 188 1 . 3 idcia
~cr;iI relii-ada da lciturn do5 psiiçcisos L' ;i ilc uin prohndo :ircaisriiri nurna
iildúirri;~ I~gridn a ;iIin~ciitnqli~ c. pcirt:into, crirri tihviris i-cpcrcussGes sol-ire ;i
snúdc púh11ç:i. A? carac~crí.;tiçris dani&~ticns i iiipcr;iv:im. çcndo nríniiiio ti
i-ccnitamcnro cle pessoal cxicriar. pois ris niair~i-es relinaria> RRO ocupa\'am mais
cIc 9 t~iEialliadnrcr. Os propriciásinr crotn funrlatncntalincii~ negociantes com
1oj:i ahoria c quc Jcsidiam. acyiii cninn nourrtis scclorcs. upoa1:ir em fahriçci
próprio p;ir:i ;ibasteccs o scii prOprio c~~i~heleciiiie1110 coniercial. produzindo cm
pequena e*lcnl;i. com t~m iiivciii mento nilriimci. AIgui~s criiergi:irn dn núcleo de
{iperiii-ios da< pr(ípri:is rel'in;iri:i\. .;eildo dci iirit:ii que havia vlíriri'; g;~lcgos
prriprielririos de rcfi n:isi;is.
As instnl:iqõr2s cram. de uiii nirrdri ger:il, crinctituid:is por anexos lias
~ra.ft'il-:t~ dil 1r10~adi;~ do prciprictárin. lr?i:ii [Cri-ens nii caves. nii l-ian:icríes nos
rcspectivris quintais. frcqucritriiiiente cci11-i dnrmiiiirios aiicxos piirn os npcr5rio.s.
pai:, ~içiiluiiidri por isso urri pcrigo
pciteocíal por iricciicio ou iizs:ilubridade. dad(ih os rnnus clicii-us e a cscorrcricia
rle csgutos pr:i ni c:iiios r~íll~lici>\. Apesar diw~ cr:mi gcraIi11~11Ie licenciadas ou
prircl ~ic jii~til?ca\~arn cxist2nci:i aiilcrinr ou porque fiaiviirn sii,ieiliis ri iim caqiuiiio
rchtriiri dc cibripaqòc\ iiinilrírins: c1cv;tglín da çlia~rzfiif ilcima das cri.;:ir; dc Iinhi-
Iaq5o. \cp;~r:tqao dn çomliii~~ivel da.; zrinas dc curriliiisiãci. I~ijesmeriio dn solri.

algumas rccrimcridnçfics sobrc 3 11nipcz:i da\ iristalnçõch e ~i~\illi;iiii~ C do USO de
collierch dc pai1 para mexer ;is rnistlira

Numa acrivid~idc subsidikria a rrioIitanie da rèlinaqao dc aqiílcar. encaritrarn-se
os prcidutorcs de carváo animal. derivado da queima c pulveri7aciío do.; (isso5 do
gado abziridti nos matadouros da cida(Ie. cujas rilierdrioh eriirn ccinhecidos por
poeírai. -Poeiras c i.cfinadorc.: 520 eni gcral galegos, porque liortugticses iião
a~urariarnr.. diz-rins o Iriqtrerito Industrial de 188 I. em relèrcncia a unr

modcrniznr o zcctor e prcdizia quc 3 indúsiria ~necânica rio nosso País iiá»
ccinscpuiria ariiquilar a indústria manual:
1. .. 1 ir pri1tieii.n .frihi+ir-ri de rrfiriu(*fin pelo .sisre~tin i~rerfiiiiro,
C{IIC> ,foi iironrndn fio Porrn. 0.7 jkhr-icni~~e,r ~?ra,ritrri.r fi;el-u~t?-iE?e
rrrirrr rol ,piiei- LI q yuc rio ~firri dt~ três ni~os cipi-cceir irir.eiidiaEfa, ser71
CIIF I1ojc2 sc ,S~//)L>Y rr corisfi cln sir~i.vri-o. A psiircípio as çoi~ipuirliias
tir .FL*~III'OS 11170 ~IICI*~CIIII ~CIRCII' 0.7 p~-ej~í:ox, I~CIS C.OI?IO não
/>!.ovos rlc qirc R -fogo -fi~.s-~e ~~I-~~J~s~Mc~uI?~~~I
/ C I I ? ~ 0,s ~ ,
liori ive,sse
cnr~rpnriliins pugcii-niii r' rr ineirr cl~i:ia dc c~pirali.sttrs ?;rili.oii. j~elu
IIIPII~~.~. II~CILILEL' dos srris rnpiríre.~, pnryllc de r.r~lrfrrir-io rico
i-~cchcr-iai~i iiriciu- lu,i,j,\o qtic rl 1irodu~c70 da jfrilii+icn esrninci. iAedicida
LI -3 oir 4 dius pui ;\crlinrrn.
n 7." f~íI)ri[-[~ ,/(>i ,~~ot~~udn
CIII Lisbon. rrc.rrhcriido coni
pt-ejt1i:o.3 iiic~~lc~~l~i~~i.~.
A 3." ((li tarnbc;lii riloirrado {?o Pni-!o e rlu .firji de 3 nrins
.\ II Y~PII~PLI u .SULI ICZ~ICITC~C~O com tiinis dr 50 r-oitto?; clt. plyiiízo,
r-irrdo rlrtiis ~~i-de a ser nprni-eitndt~ l~~ii-~i uc~ícai pilcí, ciarido niitito
/ J O ~ ~ t-e.~~//f(ido
I
j7(1t* .v~r íl ~íirirli no ,~~IIPI-O ~ ~ Pc~I+~IJ,~~I.
7 7
:\ 4," [oi airidn jjiiidndn I ~ ( E Pnrio E ~~~~~~~~~~~~n-se
Coir~pcrtiltin /'or~rr~i~e.\-ri tlr Rg/i'rlaçao. Fez r~r~in Ricei.i'n de Iriorrr
~1111~~~r~rc~ riiais c/c 6 ai1o.s íi.7 ,fijtiibl-icws t~iai~uais, mcr,s acuhnii pni- ser
i.c~iicida. pois r/rtt.ririre ea,se,s eis uno.\ nuiicr~~ cie~i iucr-0s vcirrrfitc~ra-
~k~irr cios ,seris accinriis~crs. A r~icziorin dr,~cr,r iirdii.sri-icri.v ude?-iu a
rsAa ro1irlini7liic~ 17ow rtlrisririr~ I- .R I~MSI (!o açlicar., irtcrs i? eiir assim
ro~~.i~,q~ii~r c/~rro/ur ~í.s /~o~ic~~-j~ibric~.s ii~uni/[~ ;S.
A 5.",/i>i rrinibr'rii JIO.T~R IZO Pni-ro rorli ~i/irlo A Luradorci, iri~zs
t1~~ci7n.s frri7r.innait tii~rrriit~ ri.t:s i7iese.v. abalarido 0.7 seirs propi-icgrríi-ior
prrm r? Ili.risil. oridc sc esrnbel~cc.~-oin cniii iiirirt fríhrit-LI r~icti?tcal
cri1 y lrc, tii.ei-ant n desfili-rrt rr1ri.s pi-e,jrií:os yiir rirziicrnr sofr-ido 110
Po t-fr?.
A h.",fi~i n Suchirt/ntlr Portugire.vrr IIP Al.rirhrrl-e.v enr Lisboa.
.4 rsrn ,fbhi-ic~i ark~i.irrri~i rorIos os inJrr.sfriui,s LI iridiisri-ia tnairrtnl
c.~li.c+ep~i?o de frEs c/os iric~ir finhi-cs. kíoirrflrnr.~i n ri.ir.i-r e no prii7zeiro
í71rc1 T~I*CIYIIII /IIT'I*O.F l - ~ l l f l l ~ l ~ ~ C ~ por ~ / O 11G0 ) - ~ . ~ C ~ ~ y~tei~i I J T I1iesjí:essc
c.cirrr~ii-i~éncirf, tt1a.s us ,Jih,-icas i~iai~uais rnnicç~ir(l~ti e
csscs IIICI-O.\ rr~~~~fO~.r~inrnr~i-se eiii pi-ejirí:o.v, e.\rcrirrlf~ ris iridustriais
n ~ ~ C I ~ E C P I .
rr~rsin\os qric rr~wbe o C(J!?Ii-UrO pcri-n i~enbrir*ciri ns siinr fn'br.irrrs,
ri60 se i~izjior-~onclo cotii os 200 cnr?toJ yic~ trin .srpufradr~.c ern
-4 [ c~~IITo~~.
A 7."Jiihi.ic.u i~iecd~rirn ,fbi CI R

Aic c11Ian :i 1egihlal;Gri pcirtugucsii ncsrc dumínii>. iíprca Jc trtir Est~ido
1ihcr:iI. tinlia-sc liri1ii:iclu a nrhirriir irnpoqtos ;iilànclcgii.icii c. 3u:is i.estitujr;fiei;
nos caw* dc recx130riaqZo. 1)iir;i 111)\ inicias CEO sCci11o \c inoqlrrii. ctar;iineiiic:
irircr\enciorlisra. O I':ivorecimet~ro do< ~icíic'ai-e5 dc Ailgola c Miiy:\rnhtqiie linha
sido Icvndc~ a cfei~o prii- urri dccrelci clc 7.q. I YUI. ass~~ur;\ncio-sc utn direi-ericial
de 50rE nriq rlircitos pnrrraih. at2 ao rrzorilliiinc dc 6 000 toric1ad:is par;$ c:trf:i
ccilrini;~. sendo airidii ;issepui.adu :i ~scnqàii de clireitos ria iniportaç,io di:
inríquiri:ic c insrrumcnirih p:ii-a o hbricti dc ;icúcrir c eiii in1port:ic3t1 dc sacari;\ dc
cirigcni nacional 1i:ii.a AnyoIa hlciqnmhique. Eni 1903, I';i;l-sc r~rns ~ircitccc;Sa
idèritic;i :io~ aqúcai'ca dos Aqorc\ cxyrirtndos par:i ri Contiricritc do Rciiio.
al:irgal~do-kc eiçc beitellcici no filcriol cr;ir;iído clc ~rridutiih .;nc:iriiicih. crn
esricciiil d:i bctrrruha. Ijm 19 14. foi prolonpado o regime dc 17rritccqilio dos
:içíicrirec; co1ritii:iis por inni.; 70 arios. aIiir_n;inclri-se rios Llc Caho Vci-dc. csk iiiii11
iotitl rIe 1 OI1 trinc1iida.t. Eln 19 19 Idçc. de I dc Mciici). i-e~ulzriiiciira-icc :I f'ab~~ic:iy.Co
de ~iqiicnr c rilcnol na Metleirri. dcscic que eqie Ul~ii-iici To\re pnrn usii ~xclr~iivo
cio reniperci dris \~inl-ios, raleiintlo-se a quantidiide neccssriri;i de :ílcntil pc!:i\
viriiis ffibric:~.; de aquc:ir (55 litros dc Alcool por c;iti;i pipa de 500 litros de
viiilici). 1iahs:indo :I e~p~rlliq~ti çle iicúc~ir
pcir um período dc 5 anos. ciiirc tititrai; prescrjqcici miniicicisaf.
K;I mesma al~iii-:~ (dcc. 10.3. 9 Icl). prociim-hc chlin~iilar :I pruiI~iqiio dc
Iieterralin sacarliia. n cxerriplii (10 que ncoiitccia no estriiiipciro. tiois países coi-riri
ii Alcrnnnlia. ri ;iuxii-iii. 3 Friincn c a Rfissin ciir~i Ionp:i tr:idicSo. c :i Eqpiinh~i e n
ItUli~i. com prii~icn rcccnlc. tiriliar-rr-\c lii-iei-tndo d:ii pc.~:iclns iriipcirruqões
ctiIaniais. :2prcscn~avn-se ;i heicrr:ili;i corriu uniii nItcri1:itiv;i :igríciil:i a ter e111
conta. Jc cirjii produçlri hrurri se pcidci-iii cxtraii- 10 a 14% cIc. :IcUC~I.. A hli;~
ciiltui-rr pcicicri;i iiiregr.ni.-sc eni rotaqrio do afi-illiamenlo corn n trigo. pratica est:i
pai-;i o Corilincnlc ii cer Ii\'re de j~iipi)st~s
~ L I51: C ~lizia t'avrii-ecci- :i produtividirdc: trigo (da ci~1licii:i inCdin de 8 scmenles
i:ilvez .;e p~iclc.;çe passiu pari1 ;i\ 17 a 15 seiiicntcs. icgi~ndo u c-icriipln dr: nuli-o5
paisc.; çuropcus). iilCn1 da reserva rt~rragiiiosfi qiic n hetei-i-:ib:i lihcr1:iv;i n;l 5uri
iilili~aq5ci iridustrial. f'avoi-;ivd 3 pecusria. Ka prcteiisfio de bc c..;itmtlIar a produy3ti
e fLihric:~ç5n da Iicrcri-;ihn criiii-arri-se :ilgrin> iticen~ivnr Siscniç i: citrihelcçera~zi-sc
circurihcriçfies regionais. segundo as q~iai:, se I':i7,iaiii a\ cíince>fcies para ;i
çriaçâo dc l':ibr-ic:is. Medidus utripicns. yeni qualqttcr. aplicliçfiri prlíricn. t-~iio~iidii
riu.; ;inos 50 Jcste héc~ilo. para sG nris iempo.; acluais sil concretizrrr.

Eiitrzi;inio iiri fiii;il do :mo de 19 19 tdcc. 13 dc Nuvririhroj. r ~ i iAcss;icri ~ i
dri gi1eri-a ni~i iirlial. ,jB se rcconlicci:~ :i i ric:ip:icidncle de :ih:isicci i~iciiiri riricionril
clc iii;úc;is. agi-:i\-;ida pcl:~ iii~uIlciCiicin dos iranspiirtCs i~ii~:iiítiiiio>. e sc. :iutnri7.:iv:i
o govcrnn :i iiiiprii-tar cii~i.ct:iinciik :iqúcar pai':i i-tgiilririz3r o iiiri-cailo. I'ouco
depois ciinhclcciii-si: iirn iipo ú iiicn clc açúcar niicitlri:il í o aiiia1~~1~7-~1ai-~i.
I'a11riç:idu corn r-;imas J;is cri!úiiias,! c t:il7cf:i\~;i-sc-li o ~ ~ i ~ coniri q o . Icinii;i (Ir:
cl-i:ir LI rnii clti:il i J:idc 1ii:iis ncessivcl ;I{> gr:iiiJ~" ~iCíhl ico.
Mar; O ai,'ficzr CSC:!SSC:~V:L i: ~i J?I.C~O disp:iKiv;i. 1101- C5lil ;li tur3 C111 quc a
crisc de srrhsisii.iic.i:is i;c iiiriiiikstri e1l3iqu:i. .A Ic;isl:iqiio tt~uliipIic:i-.
N:?o :idiiiii-:i. :iii.ciiii. qilc ;I iliicst5o dti nqúc:it. sci;i ;iprcscrii:i~I:i ~ic.ln
do 28 ílr Maio criiiio Liiiin das provils Jii iicwcri rlilc. i-cgul;ir;iiii
a siiuayào ria \!iidcil.a SC~L~ bilstail'te el~i~id:~ti\'o d:i mcI~iloloyiii ~i~:td~~ii~~~~isin
11a
itii.ei-vcnçiio ecciiiriinic:~. ~ ICC :I r~Li.i~~qlio do C/:~qài~ Jc lti30 i':il;i clc uiii:i ~~tii-i~:i
indiisrriii :irncfi>. tiintri pai-a os r\stirc\ ciiiiiii para 31.
ctilríriia~. 0 pi-cil~c~ioiiisiiio CUIII cor~tiiifei~~~s. rnlcios c Iicínii\. :ictir~ipaiitind3 dc
~idicit>fi:iis :ilf':ii1dcy5rios. ti); 0 sistc111:i iiriliza~l

j;í "30 s;itisl;i/i:i 11 ~içrésçimo dr: ctincuiiio (cohi-i;! ;ipcnns 7XG1. dado.; os eil.i~oi
iiri iriler~criq3n. quc chlahelecciidii coniingenres c pi-cqoi. riao ~scr~iiilii-ai11 o
iilvesiiri~cnrci c O.; Itrcros cspcradcis nas eriipi-csas cn1oi-ririi.i dc aciícar. rnuitas cl;iri
qtrni5 \e ~.iravilrt~ ~iiir;i ~ilniit:iqõci r n a i ~ rentfiveis. A siiunçiio ~~Ttcitr :i 1101-malizar-\c
tio dc.corrcr do.; ano5 50. ~nedinntc ;i fixacnci dc rii>vr)s preçcir c rct'rrrçcis
ao incenti~ri de pi-odiiç5o. iii;i% tiririca mais se :iiinpi~i :I plrrirr niitci.;iiSiciPiicia.
A li~zicáo h.; cril(íiii:i.; foi. enirctairiii. detci-~ninanlc p;ir.:i o çresciineiiici das
relinnríns rnccanizadas, hnii;inda dizer que iiiitca dc 1914 :i% ramas vi111zam
cluiisc na totri1id:idc r10 esi~'an_nciro. 1iasi:indri depciis ;i\ crilcínins ti cori~1uísr:ii o
ii~crciido rnetrnyicilirriiin c, no c:isci tlc 34nqamhicjuc. n cx1iiirl:ir ni:iis dc. 1iict;ide
rla >v:\ exporriiqãci. Corn a rn~iicir racilitliidr no :icci,io àç iinponuqcici. :ir fii7i-icas
TIICC~I~I~A~L~~: v30 CUIIXC~L~~T I'l~~alnl~~itil *nlireviver. h.; r.cfiriíicGes rlzan~rai.;. cliic
diirrintr LI Gr:iridc Gucrra dc I9 14-1 S tinhnrtt ~ih~c3~iradri e~cYusivamenre o
incrcitdri nurteiihti. cririic~aram depois a tlcçuir: rcildo çIicg,id(i no núrncrti cIc 3X
iinidadcs. criini em 1940 apcnris do7c ~lriidatJcs (1 I nu Ptiriri c 1 em 13raga).
Izntreta~itn. iii:~upiii-ai'n-çc eiii I .:.I924 :i Iiefiiirii-i:i Aiigoln. que irri~ilernen~ou
Iíigti insl:ilnqòci ii~iideriius. ;i quç seguirarii dcpois :i Rcl'iii:tri;i de XZ:iroc;i~ilicis c
tii-tin utiidaclc 113 Sricicd:ide de I rn pcirta

.I 1,Vri ~;'.~TR/A 11E :'IIEFIhI.\ A EFT.4. TIOS firrai5 da
déciicla dc 50. alercav:~-nos para e7l:is insufici?rici:is, passaiidn (I aqúcnr poi-tu~ii2s
3 gozar tenipcir~ririrnentc cic ui-ii csiatutu especi~il face à Coiivctiçriti de Eiiocolilio.
comii fcirma dc ganhar tempo para a nccc\.;;iri a rriodein izac;lo7.
Ein 1 966. t>icc :b inopci-;lticia das çonrís58e.s de reorgan iz:lçiÍcl. ri M i n istério
cl:~ Eccitrciniiri ~cilicilou o estudo do secitnr :I ilri~a rili~sZu ~Gcnicn da OCDE
quc for-neceu p:~rccei-es cxi rcrnarnetitc pes5iriii çras face i i-e~ilidrtde. livanqaiido-sc
ciit3o p:ir:i iin7:r rctirgariizaç50 que. das 73 unidades crit5o cxir;l~rr~c~. l'icasiai~~ a
S~incioriai- apenas qiintro, duas no Porto t" ~Iuas cri1 Lishna. mas cri1 novoc moldes
de produqno e disrrili~iiyãci. nriii~cadanieritc seguindo a nrii.rnalizngSo do5 ripus
de nq2lcar ;L riívcl irirei-n:iciciniil Cactícrir gr:iniil;iclri). 1~10 ii~~plicilvil o des:ipiir-eciiiienLo
dos nqúc:ircs ditos corwrirci. o quc para os IIOVOS padróes dc rerinirc3n
impliciivo tini acrCsciiiio de m:il6ria-primri c.;tim;ictci cri1 3% pur:i produzir ri';
iizcxi-i~as qusritidndes pelo? pi-ciccsscis ;iriteriorcs Id(i iipu «transf

como siiciedadc aiicí~zima, com un-r capital social de O 746 contos. distril~uido
par accacs dc inil cscudo.; cncl;~.
O çapi tal inicial roi s~ibscrilo da seguiritc Ibl-tnii:
Mauríçiri Macedo &L C." ...................... 2 641 U00$00
Cardoso. Rcgu, & C.". Lda. .................... 704 UOOSOO
Refin:iç?io dc S. Marcris. Ld:i. ................. 6613 C)00$00
Iielln~irin de S. Vílrir. Lda. ................... 495 0I1O.T;OO
Cardoso & Mxlini, Lda. ................ -330 OOOSQ0
Anur Jose Piiitn. Lda. .................... 330 1300$00
Jorlo Mncedo SiIva ......................... 1 1 000~00
Dr. I+nncisco Miicedo . ..................... I I O 0I)DSOO
C3 primeiro Co~iscllir~ dc Administrqiio. elcitri por um trienin. foi ctin.;tituido
por Dr. lzralici qcti M riccdo. J05o Miiccdo Silv:i e Rd'i riiiria Portuciise [rt~riivbs
dc Curlos Tornas Cardoso). Entretanto. .c2 capI~aI foi elevado cnz I966 para
44 300 crinrtii.
Li7 1967. ii RAR iniragusava as surii novas instaIriçõc> da nova zona
eritrctanlo criad:~ pela C5initr-i Miinlcipnl do I'or~ci, Li Via lirípida. ctir-ii iimn
cnpacidridc dc produçãci aniial de 75 000 toneladns. Lnsci cin 1967. as sua?
vcndiis a~inginm ris 22 í}00 roncrl~iclris. o que rcprescrilava uma parccln de I 1.78%
do crinsuIr-tri nac1on31 dri altura. Ko iinu wgr~inte. c111 1968. .iofio Maccdo Pinio
:~dquiriu a niaioi-i:i clo capital da ~o~icdade. C D C~CSC~IIICIIIC~ dii nova CIIII~~CS~
cnlrritt num ritrrio acelcradci: em 1977. a RAR j9 vendia 75% dn açúcar
ioiisiiriiidn rio País. (?iini~do eiil 1973 in~cgrn. por compra. Rcti nririri Aiigola,
cs1;iheiecidii dcde ]C124 cin Mntosinhos. ri sua qiioiri de vcndas nii mercado
nacional P:~\CD~I par3 OS 45%. riívcl que têm nia~ltido atC hr?je. O efeiici de çonccritral;3o
i ndu\rriul aqiii dcsenvoli-ido. pcrm ir indo garail~ir i-ricrcudri e oprinuznl-
irlvcsiimenioç. possil-iilitou iiIria renov:ic,?o complct~i riii iiiddqrri:~ do iic;úc;ir:
çresccu ii iiiiniçro tlc opcr5i-ios. crrqccii ri cspectalizriçZo técnica. ~arantiu-sc a
Iiigieriti c qunIidade do prtiriutn. padroriizori-se o Faliiiricci c :i dis~rihuiqiío pelos
1iindeIci.i cuicipeiis.
Entrcra~ito, cum :i ptirticipaç5a activa cm ouiros tipos de in~csiimcnto
descrivolz.cii-se ci grupo RAR, o quc Ievoii 5 constituic;5ci cla RAR - Socicdadc
de ç'o~i~rc~li: (holding). S.A.. a qual pawriu ri deier. cntre ot1tra.c. ;I% pnrricipn~óes
d:i RAR - Ketltinçfies dc Aqúc:ir Retinidas. S.A.&.
Cotri cstc fio coild~itor no JOII~U da hib~órili da reí'inaçao Jti açúcar 110
Porto. lVernos coiiio a arcaica c ol-isiileirt iiidU.ili-ia Jc rellnrisia. que parecia
residuiil friric I-ierrilicn colonial c inca1iii;iz dc se recoizvertcs. aç;ihou por- dar
liis;ir a iim impottun~c grttpu iridiistri~il. recoiiIiecidamcnre uni dos niais
inndci-no$. activos e 11uiiianiz:ido~ gsiipcls ernprcsariais clri Nortc.

NOTAS
A A ~I.CS~IIIL' CLIIIILIIIIC:I~~CI I ~[I~~[:I-sc 3 C~IUIIC~:II' ~I:'LII~~:IS lin ti:is rln evrilric;;~~ das I-c tiri:~+-kh dr :ii$caf,
ii(i Prirrn c FCU C.IIL~II;~~~,IIIICII~~) I):II.,~ 111-t1.~senta~.io 110 culc'tqu~i *A fiirliistr-irr l'rii7iii,ir.\-c c111 lJc'iyi

O PORTO NA DIVISÃO TNTERNACTONAL
130 TRABALHO
A TNDÚSTRI.~
TEXTTI,
13rpoii clc urrl lrir~go ~iericirln dc tlisçiiisrici c :igiinçãn cin toriir, dc proprihias
(iiicidclnsl clc abordagem LI;I\ IcndFnci~~s dorriiriatites tia 2cnpr:ll'i:i itidustrinl do
L'~:IIII~~JU pGs-iordiclc
os :inos xctciita. na indúslriii rio ~niiiiJo. alpuii~as coilclii.;cíci coriicqain 3 5es
liceileç dc fnrrn:i getier;ilizadli.
ID:irecc ngiir-a lcgí~i mo clucs~iari;ii- :i ctiti.;nl idaqin de uii~ reti rnc dr: açuniulaçãci
lie~ernóiiico - ii dii iicuin~i liigari He~í\~el - :i?;siiii çriiuri t;iriili?ni n50 2 certo
qiie estcj~i eii;iliclccidu iitii i~ovo iirndu de rcgulaciio 136s-l'ordist:~.
Ora unia das tcics riindamci-itriis da litcrntura do pfi\-fcirdi.;~~io foi a que
c.;t:ibeleccu trniii corrcla~iln elitrc os regimes Jc acut~iul:iç5ti c os r-c.spec~ívos
pxlrfics ~crrituriiii.; dc or_z;itiizi~q$ri d;i iiidú\iriri. Assim. enrluanlo cltrc (i lùrdisiiio
e :i coriespcii~drnrc intcg~iyfio vcriical. [cria conii.i+idri iridu~li-ias unia maicir
1iberri:tdc loca ti^:^. pcrnr~tiiido unia Jisper\iiii csl-i~iciiil da.; unidades produ~iv:ls.
o 13"-l'circlicrrin lei-ia cotiduxidii riii aparecinieiitn dc ag1~iitacr:iqfici. uina \,cz que
a ~~r~xiintil:~Jc rí\içu aiseguravil 3 iirtiç~ilci~Lu ciitte (i curqunrci de iiritda~lcu
psodutiv:is riuiii ~ii-~tbicnte riiidc duiri i riav:i a desi iitegrnqiin. C3 c.sp;i~o. exerccrin
runc8es dc :irticiiI:iy3ci c~iti'c 0s \cgni'nto:, da5 fileira< piAi)C1utiv:i4 dcsi~ltegr~ldas.
niim rii~:ddni Ji3 i1lt~11sific:iq:o ~lit iIi\.i>5tl I~CIIIC~ e ~ociil! dn tr;ihall~o. cciinpa-
sivcih :i< escrcicl;ii por ittliii gest5o tinicri ria intc_crayiiri vcriiczil. E\cx crn. iiri
essè~iciri. 3 hii~~" de fiill~10llr31nenl(1 do\ i nii\ ric) dis~ri~os i~id~istrinis 1x3s-iórdistar;.
.A cspeciali~fiq5ti rlos ilistr-ilcis iridusiriais eni fileirii* c~~iccí1'1ca.s çolocciu.
pnr scu tiirrici, :tlyii~iiils queslfics n~r.:i\ cci hrc c is I'iict oi-ci dclsrini~i;intes d:i diz r ski esp:icial do trribnl lin. Fiii~d:ii~iciii ;ll rricriic as dúvidas qiie :I l itcrni~ir;~ 1i6\-Tcii-disla
Irouxe ric\l;i 111;11et-ia iclircin-se :iu saber :i12 q~ic piiti~ci css;i divis5o cipacial do
11-iihalliri sc r.rionifcsr;i tle torm~i d{iniin;itiic :iri nívcl dcis i'ilcirii.; oil rios prciduins
ou se. pelo cotitririri. \c cnniiiiuii 3 acetituar 3 divi\iici scguiiclo ~iircf;l\. OU 11ívei\
(1:i divi\ati icçiiica dii trabrilha - rcgl3es ctiiii [íiiiçfics dc concepl;:ici c coritrtilc
cm ciposlçiio a rcsiciec; dc cxcçiiçriii.
As icntl2iiciu.i que se ~Ein evidericisdo iin quadrri cl:i globaliz~c3u e da
çrcsccnte cciitccnriaç5c~ dc çapiiiii~ c i1 crciccrite proi:i~otlisrno dc zrrindeç grupos
cco1161ri1coi iritci-iiiicioniiii. ~ I~I~I'LII~C~OIIX~S. rex-el:im qrie ii d1viaiit1 irircriiaciotia1
nívcl d:i\ ai-clas dri divis;ici tecnicii do
~ l 11-;113:i111(i r ~
\i1 ciintin~i~i ;i eçtabeleccr ~io
tr-uh~llto. tt~;li\ CI~J CIIIC c111 ílii1-3o dc iiJeirar, oii especi:ili/;iqirci crii 17rridu~os.
I':ifii ul2rii ~li\hir. \cc~cii.c~ c filei]-:is associ:itl:is :i pi-ndiir;ficy cnl grntide esc:~Ia tPm
iilhisticln eiti cvmnoriar-se. sccrindci ~iiiritcis auioi-cs. de t'orn-in 4rilitliro kirdi .;ia,> 2.
C) quc psritendo iiestii coi-iiiinica~iio
í- tcriliir Eclctilil'icai- a iriscric50 do
Porlo nn 1livi4o iiilcriiaciori:il do trabalho. 110 c~isri cspccífico iridiis~rias

dcstc c.tctcíciu decrirrí- dc dois laçliis. lJt.imcirii. o desciivolvi
iiicri [c) dn3 iiidiiiii-i:is ~exlcis ;ilsr i~foci rns :( pari ir. dc iric;ido\ 110 .;?ciilri p;iiyai]o
liir:iiii de~cr-riiiriiliitr~ n:i cu~ili1~50 da bucc cct~~tóinic;~ tl;~ cidade. cririlrit-iuindo
tCxic.ih. 2 iaz5i) de ~ i .
Jccisiviirnctiir. I)iIIA'íi o [wxterior dcscrnpenho cTc\i;i ciiqri:into ccri~sn políirixlidor
cle unia \.:(\Ia regi50 c. scg~indo cciiti-i> ui-hnnri i~aciiiti;il. Em acg~iiiílo lup~ii-.
1i;ircce-ri~c itr-ilirri-iamte ctiniprec1idc.r. agora aci nível da I'ilcira. dc quc I.nr~-n:i o
seli pcrclirrtr esp:tciriI %c fcir aIlcrritldii. ;n.:ilinndo ri16 qiic ponto c\sc pcrci~rsii foi
clel'inrdo p~lii rcl:ic3ri oii ctii-rcl:icCrl exiqrctitc eniie 13.; sc~is cihiecri\,n.s inlernos
ctitii ri\ do p01-I(7. C~IL\LI;~TI~O ~idilil~.
O qiie prclciido bnriciiriiciiie sal-icr. C o
ce2uiritc: I-'01 ;I li.?ciil cluc pi-oçiirnii ciuirIII~ v pcrctrrsn I~ihtbric{i.
C'cilnri qrreslão ci.ç~-iccilicri. repi tci. 13í-ncurei peicchci- como c' o ctirnprii-tarneiiro
cxp;ici:it t3c iiiiin I'ileii-;~ Iii.;roi-icnmerrre cnr;il~:idn nti Nortiesic se nrticuloii
ccml :I CVO~LIC:I~ LI() Pni-10. ciiq~i;ir~h~ pnTo ~~rbann,
Ai L-c~ticliiçóes mni~ i-c1cv:in trs CIe'i~c PC(]IICII~ exei-ciciti ;ilioritrirn iio sciii ido
rlo csv:izinrrieriici ~ii-;itic:iiiicnte Lril~il do prtpcl do Pciriii cnqtIariio pnrri dc conccnisciçàri
~I;ii i~rt7çÓc's CIC COI~CÇ~ÇTILI tl gcst;ít) d3 1il~i~;l.
imipor-
o~rIroT:i dc C ~ L I C ~ ~ I
ra11c \:i.
.4 !-ile~~-;~ i2s~il ~ L I .jií C ;t~iIerlt)r~t~cnTc clc~loci~ra i10 13c~rtc> para Grtx\ r~~rais
perii'6ricLi\ r crpccificainct~~c piii-:i o> vrilci rios rios Avc I: ril'lucrites. Lcq:i e
Criv:idci 13s ~ uscymcnln.; s dc cxcciic;ji>. deixou rIc :iqtri tanthctri o ~i~il. i~~~iiiii r\ar:i c~tra~C,ci;~ dc I'tlcir:~. ai sc incIiii~~dr> LI
iii:inuicii~;iii (c r150 :ipeiias iiier;i .;obrevi\cr~ciii) de mcidcloh ~iry~1i7atIvos 1r:iciicion:ii<
iiiarcaclii\ pcIa isitcgiaqãr~ vertical c pela l~i-oduy5o de _nr;iridck volu~nes,
ttitiil~~ LILIC \eg~111dn ~iov:l\ í'~rri~as.
:LiriJ:i clt~c 1150 cuii~ti~uriidi~ triiii\>éiii rihicctivu clcstn çorniinic;ic3ri. l'ica
uul-ij:iceiiic ii :111;íli~ CJLLC passo :L cxpíii. 11 CJU~SI~I~ IIC siiher :ir6 quc ponto existe
ticilc cilio C' IICSL:~ rcyi5il Iiin regirric dc 3c~iinillnr;3o i'Icxivc1. pt'is-lòrdista.
O3 ÇOIICC~I~I IIC Siicira C i-nttici iriclriitsral iCin sriCridii algiiriia\ zilicr;lçiies
nti loiipt~ clri rci~ipo. reiido rc~i,\r:idn o prrliicii-r). reçentemeritc. rrni:i ~r:iiidc divlil-
giiq5n. as\ur~liiicIrr ;I forni:i dc uin riccilogisi~in. irnlicirr~idn do fr:irrç?.: ariIière>>
quer 11:i I í~igii:~ iii~lesi~. qiic o :~l~soi-vci~ II:~ I,C~\~O
zitln. O rlqti C13 ~~tl:ivl.:i li1ci1,:i clri dctrrmen~o Jo Icrnlo cadeia C xintrlin:itico de
uiii,i ccrl:i i.~!.i

o.: Icriiicis cnrrccpondciiics ;i cndcin. riri sentido clc çrii-rente (eircndrndo). a
~iecessidriclr ~ ic ciiçririrrar iiinn ~xil:ivrrr iiriva. p:lta u11i concei~ri nn\.ci. ter5 lcvndo
;iri usti gelicsrilizrido dc filcii*;~. O rxrrio irrdustriril respondc~i acir-tia de tudn ;I iim;i
iieccssid:ldc csr:iiklic:~ dc i-ccolhn e or~a~ti7:1g:?0 LI;^ jiil'or~iiaçcir~. C0111 :1 idcnri-
I'IC:IÇ~~ (li>\ di Ikrciit~~ ramos i~~ci~istri:~i \ prt~curn~i-se segiiwniar :i ccnrion~i:~ c111
grupodticimogéncos. scgiiiiclo critérios de çeniel hariça tiu sub\tituibilidaílz dc
pmduio.;. ,4 cciii-i~-ilexidridr de iiilcrperic~rriy~icciio in:~is operarivo
par:{ :I clcl'itiiç:tci de fronlcirn~ entre irirlúslrins. Enqu:iil~n rluc fi cniicciiu de
i-amos parcciri re\iilvcr sis qucstocs de tiprilngi;is opcriilivas p:ti+a a est3tisticcl. :I
iitili7:igari :ilicrira~iv:i do rerriin fi1eis;i. prce unia comprecnião Jo l'riticionanieritci glnb;ll dcsia
ecciiiciiiii;i. segundo pi-essul-iostcix icíirico\ raiiil-iém ditei-en~cs.
1-15 ti-?% leiriir:is possíveis p:lrn o coriccilo dc rilcirri iiidustri:il: a fi1cii.n
cornr, ctiri-iunio de cipetaçfies Léçnici15. a iilcii-a cninri conjvii!~ de opci-;iq8cs
~cvnOii~icas e ;i filcirii çumo çniijtinto de cirgari~~riçcic~ 4. O cti~tcciio de fileira.
cornri çonjuiiiri (Ic rirya~iiziiçí?cs corre\pcindc a unia iib01.dape111 ni:ii r; recente
c ciiihurri erielnhrmdo oi duis çonccilti\ ai-ilcrioi-es, põe n r6nic;i nti* riiccanisrr~os
dc coordenaqici qiic. as li-ui~sacçòe\ ;i que elcs \e rcicieiii. prcssupricrn. Esscs
nicciitiismri.t dc coordciiaçiio prciidc~n-sc çnni as orgriniiaqões c ;i> iri~titrrig6cs
ciivolvid:is no prciccsso dc ~ii.riduçãci. rissttii coma coni :i rcsyicciiva nr_oanizaç5o
Iiies~~-cliiicu c iix relaçcics rle ficider que Ihci cstao .;iil~jac~.cnies 5. A :indIisc em
tertnos de tlletr~i cnglohii assi~n. o cotihccimcnio dos ctiiiiport:imciii~)~ cio* iictorcs
ci~\-~olc.idnc c111 c;ida ei~:idio da rrieszn:i. bern coiiio irs i-c.spectiv;is esrratégias.
Cuiii cf-cita. c i filcirLi constil~ii c\icricínlnienite uiil espaço csrnltégic~i para
3s empres:is qiie opl:iii-i j7o1' c11qu;idr:ii- a sua geriati 1nicrr)-cconíiriiicn liris poIí-
ticn\ xcc1ori:iis iincionais com n nhjrctivri de :iiingii- utrin ii~riiar inresrriçàci da
pi,iipi-ia cadeia e :i\içgiirnr Liiiia prritccqno 111:tili dica7 cont~;~ i1 pcnclr;iv%ri
''.
estti~ngclir;~
O diiiniriisriio das I'ileir;~~ TI:?^

RIA MRDALPI'A :\LLEGRO B6 MAGA I.H/ifi:,S
- -- --
Ezte pcquciio cxcrcício debruqri-.;e excl~~siv;irneiite sobrc :I indústria iExiiJ
nssini cor~sider:idn e, dcnii-o desrri. csiudii ii que urilii.:~ o ak_eodàii mistui-;, dc
fihr:is de alyod30, rirtii'iciaih c sintéticas.
1': 1-70s.sívc1 aiiiilisar a iildlisrria textil scguiiclo viirias pcrspccriva%. Scgrindo
as niateri~iç
Iins ;i qirc \c dcstiniin~ ris prod~itos ou wgundli a ieciicilogi3 usada.
I!erin da.: carac1crislic:is cspecíficn\ na evnl~1~3n da indústria tCstll residc
no facto de. ao loii~ci do letnpci. os ganho.; dc pi-oduzividaclc con~eguidoc; com
iim3 nova 111;iquin;i nAo tercni implicado iieccs.;;iriii~rteti~r tima ruptlir:~. nzas
pririins qiic utiliza. scgundri ris fasrh da cadeia prricIiiti\~:i. os usos u ~i
lei-erii dclFnido. em clid;i momerito. :i:, i'cirmaq ni:iis ciicientes Je rirg:iniz:içSri da
pi-oducso c dn proccsso dc trabalht~ para a Illeirrr ~lol~alrriente. Ern termo? clc
hali~nço geral. iiwistiii-cr (tamberri n;i indÚ5r ri:i rcxtil. nu;lvG\ drii il\'311FOb ~CC~~COS,
;i um prcipres~ivci aunlciito da ctirnposiq5o oy51iica do capital qiic a fni cnrive14telido
nurn:i indúslriri c;id:r YCZ III~L~Z c3pitnI ir11~risiv:i C nlenu5 inficr-dr-obi
intensiva. Esta capi tn1izar;ári cresceriw i i-iiplictiu Liiiia larri hCiii cresccrire iii tez-isificaç3o
da di\7is50 téciiic:i do tr:ihnIho r n c.on.;cclLieilte dcsrliinl i ficaç5n rnCcli a
da m5o-de-obra. Daqui decorre. em gr311cIc rnedid:~ o procexw p:irlicuI;ir Jc
internlic!onalizac;an m:tis rcceiile dcst:i indústria. ciirfu vcz IIIC~IITF cxisente ;Ln
riível da q~ialilicnçZo dii niFio-de-obra au rihcl iiiais baixo dii divisáo ~ccntc:i do
traballio c mais f:ícil dc sobreviver crn yiialqiier parte r10 nruncjo E 1"' iwo
1:irnhc~ri. C zitr;i\*& da iridiisii-ia tpstil que i-egiõci novas se in JuirriaIi~arii c
instircrn na 11m.a divi\áo internriciori~il do iraballio rnorlific;iiido, pcir serr rurilo.
prnturidariienrc a5 i-cgi-iis dc fiinçioniinicri[ci rio sector, h cscaln niuiidial.
Ne~tc processo rlc ci-cscenrti cnpitrilizliq5o do 5ecior. sãn ímporiaiircs :i5
al~crnçfics qiic se ~Zrn vindo a veriiiç~ir ;to ní17el da coiisi riiç5ri da.; rii;iquin;is, t-lqie
eril dia h5 urri núniero iedtizidn de gnndc\ cnnçtr1itorc.ç. ft-iilri cie sircrs.;ive.; liirõch
qiic cotitrolari-i o rncrcado intcrniicional. h\ gs~indes ciiiprcs.1.: d~çenvol\~ciii n(i
seu interior. Liinn iillcnsn aclividiidc de iiivehtig:tgfiii de I'oriila :i conieguircni
con.;lantemeIlie. :~pi-c~cnt:lr rnellloria.; rccnicas nos iiiucluinisn~nç. :is qiini.;. regi-a
geral. ccinsisrem em garihris de velocidade c eliriliiiaçári dc cIelClro\ ncih procresceiitc
d ~i e1ec1róriil.a pcrmitiii 3 eljn1iniiq5o dc um ~iandc
dutos. t.\ ~itili~:iq~lo
núinero de pct;:i\ rncc5iiica% (ccnten:iç por \,czc>!). As niríquiris.. 550 cad;i vc/.
rriais caras. ~iicno\ qrisceptíveic de receber p~queri04 ~~IVCS~I~IC~IIC)~
CIC rep:irnçno
oii acl;ipt;iç'lo c cotii 11111 Leinpo de vida cada vez iiini5 clirio. A sii:~ capaciclade
espora-zc mais rapidariicriie >crido neçc~~irio proccdei a >ufs.;tituiçfie\ ~(ilai.;.
Sobrevi \.cr nc.iie contexto, pira i! m:i iridlisrri;i i2xiil. pode sigiiific;ir crciccr pela
siihstilniç5n de n15quinas obstilelris por ouirris coii~ ciiníi (muito) iriairir ciip:icidadc
produtiirri. Daí quc para produto3 conici cis fio% e a\ icci~los. ai econoriiias
dc cscal:i coririniieiii ii ler uma grande inipori5ncr:i. Umri d~is fnrm:i.: dc sobrcvivcr
scri nrravéx d:i produçrlo dc rrietr~igens ;rrnndcs para procItrloç dii. priindc procura e
estriildardii-adni. A pi+cidut;lici dc mciragens wdu;lida\ pressupoc aurrti ripa de
cirganizqiio. c ~ t ~ x ~ depeiidcntr: i o s ela ditnin~iiq,?~ dos cii'it(3b medi05 de prridiicão
e tciri riecessariarnenl dc sc encorirriir iritcrligadn coin o r:tino do vrstu5rio. A conccntmçáci
rinnnceitn no iiivcl cios cciristru~orci cIc máclutn~is tZ\~cii correspo~idc
~arnb61ii n uma conzcritrnc$ío cspaciril dos ccritros dc invchtigaqZn c. clcqign. I< es1:L
concentrriç5v pcnnlrza iintui-aliricntc. iis regifira espccinlizada? nas t'riws de cxeciiqáo
e produi;S(i prcipi*i:in~ente di~u c ondc r190 exi.slcin inclúsrrias da3 I'ilcirLis
exici icirc%. dai rnríqliiriiis h qilíinicn. Porlugal 2. erii gr'niide iiicdicI:i. um exeiii]-iIri
dessi si tzi:iqari.

Acturilmenrc o.: coiislriitoreç dc ni5quitias enirentarn porém um ccrro
dilcmu. Com a inlcrriaciailaliza~2o da indústria iFxtil e a des1ocrir;;io dc grande
p;~r.tc doc segnictiLcis proprianientc prcid~itivcis dn cadeia piirn ris países d(i
Terceirri Mundo. s,7o difereiltes 3s sollciiaqòes dos prinicii-c~s e deste< úliirnos.
Etiquanto quc

a iiiontante. :I pmir dris aiiri? triri~a dcste S~CUIO. ~1~;~iido :t inriiistria izslir rilgodoc
i rui registou a rtr:iioi- ricelerur;fici no seu crcscimcnlu. dcirni navani. eni Porlug:il
c ehpecific~imcnrc. iio Nortiesre. as criiprcs;iT veriicais.
A iiiteyraçzo nri.; sepiiicnlns n ,iuz;inie dii f'ilcira tcxtil, quer nos rtcaharncntos.
qrir'r 113s ojxr~iqTiei dc cuiifCcçi7o scrnprc foi se1ecliv;i. un loriga do tempo.
R;ixiçrimeiiic xsi\tiii-se LI uinii yniirdc divci-sidadc dc sit~incócs. dcsdc elnpresas
íluc sempre lili-ani cipccinli7adai iipcrias i~c~icb segnieiilns. Li incoqiorriçtio dos
iiiesmos nac 2r:indei crnprcias verticais. A coexislCncia da5 mais diver~iiiçadí?~
.;itii:iqfies riesleç scgrneIitos, tia :ict~ialidade. il~is~rri n dif'iculdade de idcn~ificiqáo
de u~ii [ir~xcsw de ri-ab;illici C de forma5 de oigani~açRo da praduc5a doliiinantes
ria fileira. Trril;l-.w dos segrncrito.; onde a Ilcxibilidadc numerica c possível c
ef'icieritc. ;iindri que cxisiain situaqfiei m:ircadarncriic l'ordisla.;.
O 01-icciivci deslri criniiinicnq5o nnti 6 por6rri o rlc identiticris os modelos
dominantes na I'ilcirct. :i esse tiivcl. O que pi-ctendo hirn C :iv:iltnr 3tC q112 poi~to
exisre um2 ~egrnriiitriqiici territoria1 do.; níveis 1'untiameni:iis da divis2a rfcnica
do iriihalliri e qual ci pnpcl dci Pcirio. neçsc quadro teri-iroriiil. co~itiecitlo quc 6 a
sua irnprirt;inc~ri erri pcríorlos liirrtíriccis mais nniipo~.
A indústria IPstil algrbrlneira no Noroeste portuzuCs
A I-r;i.qc eiilpii'ic~~ para n cai-ricLcrizaç.?o da indcísti-ia thtil rilgodoeira no
Noroeste dc P{iriiig:il i1:i actualid:ide coribisirii numa haw de dado3 comprada
DLIIJ h Il)-ncl,rrr-~>r~. Pnrtirjinl. reltiiii.:~ a 1997 idrrilos de i 996 pí~:i a nmior pai-te
d:is ernprcias 1. A prirlir da iclenlilicaç5o do< par5~11e'tr-os Siind;imei~rui!, cluc expliçain
i1 siluaqiio rictual. ~irncurei ~islenializrir :tIpun?aq IiipOlescs cxplicss~vas dos pe1-cursns
Iii.sicíriccis que 21 cla cai~duzii-3111. corri basc iroutras Uoi~tci estaLísticas c
crn inqiic?i.itoh c rinisevistas Icvad:iç a cabo rio 3nbitci rIc ourros pi-jcctns de
irivcstigíi-50 whre as iridii.;tr~:is 16xicir.
,t h:i.;c de d:idos da Diiil cYr Bi-;id\irzer riprcicn1:i aI~um:is v~iritagenx cm i-cIíiyán LI ntitras. I~LI:~~I~C> sc pi-cicndc triihinllinr ao ~iívçl da\ eniprehas. Por um
lado. tctii iiins alinieiiliic;5t? dirírin corn iniiirmaçDcs das eiilpi-eszii. do Di5i-io da
RepiIhlica. dt~\ Rel:iiorir)s clc Co~itas. drih Conservutói-ia.;. dos Trihunnis. etc..
raranictitc existirido 11;i base. erriprcsris encerradus nu falidai há mriis de um ano.
I'or ciutiui I:iclo. inclui ~ociti o tipci dc \oçicdndcç. nrimecidameritc crnprtscly cm
ricinic indii,idual.
A r3750 de scr d:i cscoll-i:~ dcsia base de cludoc, 1-oi airidii a dc teni~ir pro-
çcdet :I sirri cscrçirin de itesle a outros trahalliris de inveitisaqZn sobre a indfistria
rcxiil :ilgodrieii-n oridc tenha previlcgiarlo um:i iih~irdagcrn crtinoliigic~i. do
piissado piir:i :i lictuiilidadc. ;r p:ii-tir d3.i çs~n~ísticas ririçiais e de trrih:ilI]n dc
ciirnpo. cor11 inqiih-itos c enrrcviutas hs et-ilprcsiix.
A h:isr de dado..: rcferc-se a irii;il~clade das eiripres:is índus~rirtt.; texlcis
p;irli Pos~utnl. p:ir;i I Lf97 (dadoa esiaiístico.; das einprexas. dc 1996). Airida quc
souhe.;sc ;'i pai-tid;i qrre oi lnnii'icios iria111 iritegrai- a hiise de dados. ;icliei iiiiportiintc
ctint;ibilizas 3 ~ii~~ilidade das crnpreiii.; i2stcix 110 país. pari1 rela~ii~iznr o
pcso da t>uiil algodoeirn doi disfriloç do Porlti e 131-aga qut: de facto al~rringcrn a
iriniicli;~ ~êxtil do Nornes~e, iizcluindo ri 5ren Mciroprlliénnn do Pano e os valcs
dri Lcça. Ale e Ç:ívnclu.
A ba\r dc cladoq i~iclui 596 empresas. ctim iini média dc idadei dc 23 anos,
curti 43 760 eniprcgadus (dimeirsiÍri niCdiu 75 cinprepdos por cmpresal. um

volume dc vencl:ii pai-;L 1996 de ccrca de 176 inil11Ues dc criniíis e UI copitiil scici~il
de cerca dc I 23 tiiilhõeç dc ctirittih.
Da haqc inicial. heleccionci :rpcnak os disiritt)~ dn Prirto e Ur:ig:i. com os
nbjeciivris aciinri expoxtos. 1235 empresas scleccinnridas. exclui ;iç que apresen-
Liva1r.i zcro cniprcpados. agreguci cnipresas 1.icrteticcrrrcs a uii-i mcstiii~ grupo OU
dos n-ic~tiicis prtiprieianos e procedi ;I uma despisr:igein dc caws de t>lénciai
corri menti:, dc uii~ ano. por coi~li-oritgão com haxs dc dridos de traball-ros em
curso e ritraves cic ct>iilactos telcfbnicrn Iigr ;irnusirapcm. Fc3r~tn1 dcieci:idcix
apcniis dciis casos. ncsiii iíltiina siruac5ti. A

A conce11ir:içIo rcpional das unidades produi i vi14 & unia c\ idEnciii a lodos
os n ívei 5 i M:ipili Eiricxos)
Seiri prrtcndcr dcrinir. o lugar da Porto lia divis2o inicrnaciriniil do
trabalho crn toda a sua exteri5iío. parece-mc relevanic compreender como no
caso espccif?cti das i!idústriris textcis, esçe pi-occssri se ~raduziii num del;vincular
progrçssivo. Esta4 n Iiasc ectinóniicii dri Portri dcfi ri i iivameti~c dcsliil,rida clax
indfislri:i.~ t2xleis. na ;ictualidaden? Se assim ii&i e. pelo iiicrios esta.; indíiçlrins
nãri desempenham inciis um pnpeI frng~orianrc. E iio cntanto snhcrnor cciino .;5o
iiuriicrri.;:is ri\ eriipi-esns induh~riai.; e tipEnci3s corircrcisj\ nti drirníriio do
Vcstuririri. Inc:ili7ad;i'~ na 5x3 Mctr~p(~lit;l~rl di) PorIo. T1ilta->~ segur;inienie de
Jiiih mundos disiinios. clija articuIaqHo ter5 dc scr tnrnl7Crii estudada.
Em definirivn c çoniri cniiclusrlo. poder-

I . Lnsiit~itii iIc Gcrictatix dii 1~;ic~ilcl:irl~. i!? 1.cri.w da Ctiivci'sid:idr do PnrTu. E.m;iil: iii:id:ilcn:ifi\
lct~~;ls,Ll~.~~!
2, 7 ILI~SOS. !LI? - icrr,r. c'r~r~iir~iiirqiii~. P:i r-ic. Massoii. 1986 h (I ." cd. 1 (379 ). Rft3ETRO.
IZrnc>~v K. C~L- QIIP~I-I v - O A /,qoiltio, KCJWJ, PI,,,~ ~-\.~t),i ,I(* /'r. L'I-J~~I~~c-IcJ ti7cIii.vrrio.
Piw~n. Oli~in:~, IIJIIC;~~ dc a 0 Col~if~-~ic> do t'onr>-. 1'3ri5.
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!I. Srilii-r- rk.;tcc Cri~iccilii!. dcaciivtili.ic[ri~ tini' J. :LTKiNSC)N - F/

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ANT(IN[U ALMODOVAR li MARIA Dli F~TI\I;\ UKANI~ÃC~
I k:iriil~l.idr de Ecrinrimi~ dn L! do Poflo'l
1. O coriceito de indústria t5 pciliss~n.rico e extrcrilameiite importante parli
a economiri polEiica oitoccliti~ta. pois no linii~e representa nfio ripeiias uina
«porr;i de entrada,, privilegiada para praficanicnrc roda a milteria da ecoilomia
política (divisrio do ~ratiallio. 11-oca. pi-oduçso). mas rainl-iLm para ~riuiius riurras
formas iic rcflexiio solsic a nova sociedade indus~rial - i.~. ri sociedade nioderna
do s&criIo passado.
Duraiiic lodo o século dez~inove. convivem duas noc;Gcs h;isiças de indústria.
Par u1i-i lado. temos ri indiisiria como siníinimo de eiigeilho liiirnano. que pode
ter uma çonotriyáo poqitiva quando posm riri serviço da sociedade. ou urna conolriçZo
negativa (cavallieiso de indústria) quando pcista ao servivo dc interesses pessoais
ilegítinios. Nes~e último ç;iso itidiislria 6 sínóninio de expediente, de :irlimanha.
Noutro? contextrii. estn noç5o de indiistria como engenlici ou faculdade avança
no sentido dc se confundir com ri prhpriu nocão de ~1.nbalha humano. mclhor ou
pior iluminado pelas l'aculdades técnicas r cientiticas da raz5o trjr. Silva Liahoa.
1992. rI:ICi4-68 c Marreca. 1983.1:81-103).
Por outro. aparccc-nos a indústria coino nova forma de organização da
actividade produtiva. directaniente associada 3 ~1~iliz;iq9n de máquiniis. grande
escu1:i prodtrtivri. e novai tCcnicns dc organizaçao einliresaria1'. Neste sentido. a
indústria apoiita p:ir:i ui-ii iiovo tipo de vida (urbano) c de sociedade (a sncicdadc
ii~d~istrial). Lipantri. para ii realidade ~

dc Moiicada. Colher-t c Boicro colahcirrim ern 1675 com Duarlc Rihciro de M;lccdo
ria S L I ~ X ~ W I I T C ~ sobre ~ ~ I ~ as ~ C v:inlat.rns ~ a ripcrar (\:i intsoduc5ci ria, nires erri
PorLugíil. 13a mcsniri ror~nii. podeilioc cncontriii- ri exliei-icnciii prctics ri n reflexao
inyles:i ;i acrinip: crri que se desiacain tis
vticáhu lcih q.proriiover. me1lirir:ir. íTunlinzir. se.çsui-gii-. prciii iar. rcuriimar. tibci-tni-w.
e oncli: LIIJILI ~Iil3 inflii&nci:is da ccorinniia políricii ricah;~ por \er ii ~liiborar;50 dé
uni pi-ogratna de rcrcimi:i qiic ~iris siias riiiBiscs

no mcio industrial enise ni-leaãos e indu~iriais. Nuin dos seus iiltitnos iraballlos
sohrc esta qveqtso. relèrc-se a cxi~tE~icili
de
~doi.v ~~UIM/CV , ~ J I . L { ~ ~ IJ S ~;r~esí~~;uto
; e c) ri~~fn.do.fii!>rit. 0 ~ JI-iir~~ir-ri
crl,ylobn u i* cri-f~.~firi.s yrrc ti-~ihallictrri I T ~ I Y rificiriris-lojjo,
tinri~r,iis qLie iiriiderlr rry~ri/u rjuc jirhric~ini. Disrirl~ucirr-.v~ diros
ccrrcpciric~s aocicris c~~JEI-PIIIPS IIP.\.IC~ ,qrrIj>n: IIIP~II.P.Y e o/Ici~tii,
~II.FE?-~I~~O-SC
05 api.ri~di:cs ?rr.Fln iílrii??ri r~itt.#r)riri í...) U ~iirt~?f!o
,/i-rDril deccinip~~c~-.s~ c>iii diici.~ cl(t c\ P i ~.I~ii+cii~tcrirr Iiierri i-rlili:ncI[~s: ns
fcrhrir.rrirfes e ris qiicinis rlc filjr-icn. A rocrisr+i?c.i~i iro i~-~rerini cift
11r1 I'C-~~U~CJ de T~.C~/I~///IO r1c70 se ~rodi{: 6171 //I IL,?-P,T.~P~~ CLVTII~I?,Y~ f .. . ) As
J~I~~I)I~/?I~V~I~UA
t?ncio~~oi.s coi~.srirz~c~~~
I ~ I J I ,stt/~,qi-~~po Jeilti-[I do itr~~~;do
Afi~/>tdil: soI~r~wi~G~~ci(r cio Ai~figo A'c~,qi11w, ,/i>~-ut~i L I I ~ I J J ~ O ~ J ~ ~ c/(/Tt:i/ I ~ K I
de r~.soi~w~.~, (Pereir.1. I 99 I . 1 !:?Ti.? 1.
Para :ilCrn disiii. su1ieiii:i ri autora quc rirtaçSri riri itnpoi~açHn),
quer os confliioq de iii~crcsses entrc a burcucsia I-i~hi-il c n burgucsiri corncrcial,
nonieadrimcnre t~o sector de e.;pcirt:icóei. viliçrilas. Uma situriciri deste icnr. mnr-
cada pelii auseiicia dc Iirii verdadeiro niercado iiiicnici rliic arliculasse e Iiierar-
quizassc os interci~cs dos v6i-ios tipos dc prridutorcs c os dos consumidores,
facililuu sobrein:ineira a invaaàci dos vario5 11ierc:idos pelos prtiduros estrari-
gciros. retirando ;i moderiia indúsrrin nacional uni iriiporianle argumento p;lr;-l
Suiidar ;i qua suprcmaciri sotirc ri artesan:ito.
Mais ainda: 3 permantnciri excessivaii~entc longa d;i convivCncia eiitre
iim Scçlur arcaico agonizarite (o artes;~izalril e urii sector teoricamenlc rnriderrio c

.4 ;Z7TOW/O ALiWOBO !.IR c AIA RL4 Ilk' F_'A U~WA ifh':\N I3.40
- - - -- - -- - --- -- -- ---
rrgeiicr~rtoi (ri f5hi-ic~i), qiie ii:i pratica iilri coilscgrii;~ inver~er. o estada dc coisas
seja nn pIiirio iiirert~u ~cjii 110 iiilcsri;icini~ril. co tidiciciiiciu :i I:\[ ponto a perspeçiivii
piirtugireiii f;icc nn iiicrclido c ao cnpit,?lisnio que. rtlcçmu na? primeira:,
dzcadas do sficiilii vinte Iòi de I'5cil iiceitaysn ri idciirio ariti-capi~riIi5t:i de Sal:lz:ir.
cxyircssíi no plano d:i dcicrinriança Façc h sisndc rinaiiça iiitci-n:lciorial. do lemciii'acc
11 agitri~ao riper:irin decorrente da inrIustri~lizur;áa e urb:lnizricãri do país, e
do próprici cle.;conforso iàce 30 I'unci> fSi11.a. 1997:50). NJci é por t\so dc espiintnr
qiie no Iciripci de todo o séciilo dczannzte, riIich;ir clc iiicimcntos cspiirádi~os e
I'LI~~I~CS em y~ic p:il-ecia pi-cvalecer- uriia ocieriluc;,;io cl:iranicn~e definida de
políiica cçcinómtcii. teillirim convividri pcrspcctrvris dc cliagn0siico sol~i-c ris
niíilcs riacionaii niuj1ci dirci-cntes. incnrpcisandn visfies basiairie dísparcs sobrc o
prohlcrii:~ da i ridUsi ria nnçioiaal7.
3. No dcilIbar do sécuIn. aiiida nci contexto dc ilni Sr~iiigci Kerirric qiic
c os cilnfivtos entrc
procura :idinr :t sua inciperaciona!idiiiIe. tcrrius ns d~sç~iss~c~
cslr-iiiiiras iristitucicinais ((J Cnnsellio da Fa~eiida c ii Jtinta du Cornérçin) rclniivnmenlc
:I diitrlhrric.ãi) dc incciiti\,cis c priviICgios ci1ti.e ui-n ilrtciqaliiitii corpor~iiivarnci-ite
critrinchcii-ado c tim rríuiidti rahi-i1 niiicl;i frrincniriente i~lsipienle.
E. ~iar:iIclairientc. tctnob a nrivid:ide Ipraiiç:inieiitc iinicii na Iiisrrírja do iiosso
pençanlertln cconómrcri) de um:i aceia disc~iss5a ei-ri iorii{i rl~is sciricllianqns c
direi-criqa5 eritir Ada~zi SiililIz c 05 lisiocr;d;i\. Silva Lis17nri e Koclrigiicq de Briro
1erç;irii puhlic:tmciitc arpiiineiitoh qiic. para nl6rii cIe per.riii~ircm riuiros tipos dr
Iciiiir:i. nos iridrciarn ;i coii~(;iCncia de qiic irnpos~n pcrisar e cii-icni:ir a iridúsirin
- iiciic caio. enrluariirl ;I actividiidc produtorri de riqucxa - nacional. Nti plano dii
criiiccpc,?o d;i ind1istri:i. hA Lima 3~~11~iy30 geriie-ic;i dc qvc sc ~r:it:i do ulratiallio.
c excrcíciu dos irilc~itos do Iiotiicin>> t Britu. 1 Y92:68), discori7anllo (75 doi:, autorcss
srinicriic na fol-niu ctiriiri 131 1'itclr)r deve scr gcridci pcln Esrada. A r\tc nível. 3
dilèi-eriça quc (i\ sepnr:i C níticlri. sublcre\'endri Rritlrigiies dc Rriro uma ptistura
iritcrvcntivn. ripoind:i iiri idcin rle qiie tudti dcliendc cta visao do Icgislridoi- - c
que prnticaniente ludo lhe If possivcl fu7er -. criquanto cjuc Silva Lishoa acrcciíta
iiriz cr'ciios de t1112;1 Irherdadc c rcsponinhi1id;irIe indivi~l~ial deiidairien~e vigialla
(pi-ciriiadn c punida) pcii- ~1111 EsLaclo iiler:iilicntc: ~utclnr. E. prisri nlciii disso,
Kodriguci dc Rritu nao terri duvidas de que li5 urna ir~~pericisii necessidade de
f'avcircccr n indúsii-in ug~icol;~,
«cuj;i pr-osperidadc se deiiicinirrou uas;t/ dever sciii
primrír-iri firri tios _onvcrnos>. (lÇi92:h). enquaricci quc Silva ti~hna nptln LI unia
pn)~cc~:Eo ir~dixçriniin:idn a lridas os tipo5 cFe indiísii-ia Iíiil. ~rsctii iiccp~an clc
pessnLif. ririo obsrarido a clr~nlquer Iionestn irahulho e criipi-cgu de tiindo>,. assim
garantindri erq~ie se faca o tlevido ~rah;ilhri. par~ic~ilnr e púbIfcc3. ciini (i i~iais livre.
cxicrisci. e luci-;iii\n clnpregri ~iosiivcl das pessoas c capit:iis. crri ~1:incirs quc
.jaiilai? i'iille oçupnqãri hrinestri a quem afcsecc~- sei.viqo» (c./: 1993. I: 3 1. 34).
Com esc;[ disçiiss5o ~-ihhtit.a. licarriiii geiiericarncnlc Iririlizndci5 cis eslreiliris
d;i rtcr;ao prilít~cs dii Estado riti c;inlpo da indiísrria em hciiiiclri Iato - a siiher. a
cs~:ibeleciiiicriro de uiii qu;ilcluer tipo dc prrferêiicin e c-rinctiiiiiLante apoiri exliricirdiiiiriri
;i tini dr~cnninado rnmn dc acti\.iJzdc. nii. do ilutrci I:ido. a purii L' qinipleh

iihsicn clc ir tii;iis Iniiyc do que ri criaqati dc um enqii;idrai~icntii i:iiur;ivcl iin
naiui iil desenvolvi mcnlo da activid;irlc cçonfirriica. Vi SI;J iiesles tcrnlcis h5sicos e
si mpli ric;idos. pnele-.;c dir.cr clttc a pol i (TtiiiiLs. 1974: Ci1). Herii-iques
Nunci CartEi-iii~. irrii dcih tnemhios da Ccimi,críTo ~irii-ci n ir~cirhc~i-~iricii~o rh CBtiiéiriri
cl3 cid:ide de Lisima. iiidica-iios claraiticrirc o porilo dii iituiiqâri 30 afirmar:

Tal seria o cnsri doi pi.iiicípios qrfe aporirwtini para os inicresscs dos coilsuirii
Jtirci. nlc_i:idatiicnic: pi+ejudicados pcir urrin i~idúsii-i;i mais cara c de pior
clun1id:ide. piir vezes atC iiiciip~iz de suprir o ~iici-c:ido interno: do.; que justii'ica-'
vani LI prcièr2nci:i qul: d~~~riii ser dada cntrc ncjc h indúalriri :i_iricola. çriqüiinio
:rcti\'idadc h5~ic.a. irnprcsciridível. mais a~ustadri 5s iicissas reais passibilidndcs;
dos qiic ~a1ient:ivaiii ris iiicciniport:iveis pyiuiztis qiie cauhavtim h fazerida pública
nç inúltiplils c çnnsr:iiites ise11c;fici CILIC eríiin ~-ecIurr~iidas pelo5 l'abriciintes: dos
y~ic 3Pniir;lv:trri acusadrii-;iiiicnic pkira a falta doh hraços qiie ti indústria rciii-ava
60.; campos já dc si depaiiperadns: dtii que dcsiacii~alu a inexistência de
i - i
i~~icionaiii Iilirii rriuilas dcshas Táhriciis: e. Ii na1 rnctite. dos que
iidvcrtinm para :L pcissivel cri:i@ci de ciúnies ( 1 Cn~-~io,\o. I X32:6).
3/13:, 35 ncus~~qùch h 11OS.t:i indústriit ntaritifach~rcira ii"i0 ficavam por aqui.
Aindii durtirirc o ~icríodri qiir: vinios an;ilisarido. a Çtirniss3ci de Crlnikrcici de Lishria.
;il?~";tr de sribscrevcr iin1:i postura gc~icricaiiienle frivcii-Gi e1 3s pretetibr5es
pro~ccciorii~i~~ Jrsi nrissos f.~bricnntc.;. alertnv:~ nicsino axsiin para ri ncccssidnde
dc ic crisi-c111 sociedndci pronicitorrts da índcuiri;~ iiacional. c. mliii impoi-tanic
:1irid3. para ;i rlalihc il ut;i nccessidadc>> JC I;e rsiabclccci'eiii -escolas elementares
dc quíriiic:i r rnccGriica. piii. iat ti 1i:iver I~I~IIUK;ICIUTII nlgurrin que iiiiri precise. ou
ni;its ou ~i.ii-.~ius dciscs crinlieci rncn~oh (,lderiiál-io ... . 33).
Ou +a. rnesnio os que puhliçamcnte nrio ptriiliarn em causa ri nçceqsídade
Jc Pcifltis~il possuir a sua picípn:~ iiidUstria fahril linhciin diividas stihre 3 viabilidade
de iinia 1etcitri:i iiidusiri:il ui~i~aiiirliiLc 17;ise;irIn numri p~)Ii~ica de rrctirisrruçàci em
riioldch ir;itIiciniinis - islr) C. h:iric~?~ 011 cniitl-:I :1s ienlnrivns "pi-ernatrrrni" cie :is deseri\.otver entre niis,
reroi-caiido ri.; ccinclus0es retiradas dri aplicnç5o a Portu2:il do teoreina d>is
v:ini:igens corripnradiix tici pl:inn das driiagõe.: c111 factores nrilusriis. Urna vez
~ib;ltid~liiacIo (1 ;inni~o ci+edn d,i periiulidatie congénii:~ dri povo portuguk. e scndo
ayoi-a co1çiç3$:1 a neccs.;id:ide de r1111 irii~esiitnzniri çoiisidcr~vel cnl tenlpci e
recursos para prcinicivci- rz SLI:~ e~I~1cilq.5~~
iiciiicl LI ir pel;i prioi-idade rlc urna :tcnia@o na agric~i liiii*:i, rdc~aridri
raiiiia riai Liliric:i.; pnxi ocnsi5o rnnis o1innLin:i '2.
N;i ;iucénCi:l dc iiiríirrri:iqdes seFurri5 quc nos possairi orieiiiar ncite campo,
poclemns npcn:i\ procurar intuir ;ilgurri:is d;ii conscquPiicias dns baixos níveis dc
"merçnnii I". Lcirnava-se mais I';(rcil
r-i cornl-iate 5.
iii.;tnic;ci c toml:içLio 12ciiica que perduram Iiciii liuni alérri do sécciIo XTX1f. As
diticuldadeh s3n scn.;iveir no Locantc a ~l~iulquer prqjecio dc: rnucliinc:~ qiic ii-tipliquc
Liin:i 1idc~5o gciieralizrtda :i tkçiiic;iç e sr-iétodiis cIc ii.rih:ilho nao apcnrr.; diferentes
ri~;t\ 12iais cxigei-ilcs cle um ponici dc vis!:~ das relnçr5es rncrcantis quc Ilie

s3n cuilcsri.;: produzir eni «~i-niirlc>, csczilri. scjn tia ;iyricul~iir~. sqj:i nus manui'nciui-:i>.
para uni trierçado que iieçesharinriiciik iri u1trapriçi:ir o nível local ou
~ncxr~~o rcpional. pnihui 1itni2 lfigiçn e colnca cxipEiiciiis ícoii-ipi-eensLlci dos
riiei-cacloc. prc\ i*;;lri dos ritmos e viiluriics de produ~3o. l'idclizriqiin d:i proctirLi. a
pr0pt-i:~ cont;lhiiizitg2o dc CUSLOS C pro\,cito\. ii _fc'ililo dii m5o-de-cibra ernprcgue)
que se riati ccirripridliceni coin iitila ticturiq5o rolineir;~, ctn pcquena r~cala.
hase:idi rm 17r:iiic;ts c ~rucliçóes herdadas.
E\ic rihzt5culo. j;í dc si ccinsidcrriiel. pode inrnni--cc ainda mais podcrciso
iio ç:iso rrti qiic. ;i\ priipi-ia5 eliles \e moiiicIii ;ivess:is ot~ inc.iiiiri ciniplesrrieiite
ac~t
iiegli~cntcsa reil.icitci. J5 vimciq o comentrirra occrh~i que 13orger Crtrneirci
prod~1ziii liisc 3t7h rlesig~iios de prciniovcr :i cducaqiici dns ag~ic~iltores. x~ canllpo
da indústria t-ahril. n3ci sc pode dizcr que 41 piiiitir:iriiii fosse si_c1iific3ti\~atiic11~~:
mel hoi-.
Se dcitat-nici\ ollicis 30 que ris cnnirrci;iiitcs dii pi':ic:i cio Portci tCiii a
di/c~ :I rcçl-ieiio da.; mrinutricr unis. licaiuos n s:iher cliic cm sua opinirio.
Riclcr-~
r(./. id.. 195. n." 761. I':UYI Pcmcirii Riiqci. cu~iio 1inr:i inuilos outros jrorlligiiescs. cr;i
pci-l'~itnrnc1l1c dexabido Icrnm síi v:iid;ide\. criiiiri dii-ia Borgrs Crunciro) periser
q~ic o de.cenvol\ iii~~i~lii pnsfugiics sc pudrsce sncorrzi- c dccorrcr clc iiliia aposLa
riii apcrfbiqri:irricriro dri iiidHslrin fabril cIc qii~ di~jiúi~liaiiicis epoca.
5. Cori\réiii i150 esqiiecer quc c5ici iíltiiiioc Lcxlrih. rn~iito emhora da :autoria
dc U~II doc \in~hoIoh CIO vilitisma. ji s5o piihlicado\ rlc1it)is dii viiríriri dns lil?crnis
sol-irc a reriçqrlo ahsolutis~~i. num pcríod~i tilide se coniecam ~radudrnente a
dcsiiiicni- outrris pensadores C o~itriix IJC~>~CCI~\ as.

Dc :tccirdo coi~i :i linha de an5Iise que goiiai.íailios de prosseguir. turnar-
-SE-ii~ I~iiidrirr1cni;il cnizar as an5lises eikciuíidas pelo.; ccononiisras cnnsagi-arlos
destc (ieriodn - Olivcira Marreca c Adri5o Fur-jaz de San-ipriio. mas tarnhéin
Agristirihci Alhnnci da Silvcii-a Pinto. José Fi-cderico tal-anjo. e .i. J. Rodrigues de
Fieil;is - com ri pensaincnro dr grande5 vultos da culiiirn portuguesa da segunda
I I ~ C ~ ~ Cde I C oitciccntos - cotno Gamt. I-lercu1:ino. ori Olivcira Marliiis - seni no
çnt:into esqucccr a carili-ihutn dado pelo pnntlcbni-isino niilitantc dc lioinens
corno Anrlinro Pcrcii-ii MagalIiãei.
Ueixanclci. no eiitaiiio, para melhor tiporru~iidadc !:]I cnizamcnto de perspectivas.
c f-ic:indo-nos par:i j5 pelo< ccorinmislas, rind:t melhor CIO quc comeqarrricii
pela obra iiisirtucionnl e estrtrtsiranze àc Adrizo Foijaz de Ssmpain. Doceiitc
rie cconarni:i p~lilic*~ nii curso dc Lcii dri Univcrsidrtde dc Coinibra duranie
ccrc;~ dc qiiareniii :mos, a scu miigictsrio marcou dc IOI-ní;i indclévcl ;I iinagetn
(1tlcia1 qilc :I ciEncw ccoritirnica adquiriu junto dc viria< pernqõcc dc esrudai~ics.
Sc ;icornp:inharnIt~.i, ainda que surn:iri:trncntc, a evoluçáo das su:is liqócii. vcrificainos
que nu cdiq5o de 13.53 .;e articula j:i ;I nuçiio rrndiciorial dc indúsaiii, a
qual cnrisiste ..na uplicnr;,?o de iioss~13 faculdades i~:iturnis c adrluiridaq. in~epawvclniente
u11id;is coniiosco, noss;i prirneirii c in~ilien5vcl riqueza. quc precede
todas :I> outr;11i» C!'. Su~npliio. 1995, I: 168 1. com u1n:l i1nç3ci rnai.; especificada.
Partindo da tradicional divislci entre indiísiria priiliaria. 1Rbril c cr>riiercial,
salicntii-se ria noçr?o mais cspeçificnda o prnccsso de diIèrcnci3ç3o cm curso na
iiidústri:~ Fabril:
«Co.rr~r~i?criir por.Gtn. c!ivtirigrxii--,re a,?. mrinufricturas. rrns q~rai?;
sc rrrrhnllln erri /loizrn g~nird~,. clli.~ xrcs v of'ícios. I7o.r qrtcii.~ nir n
itrcliísri.iu se P.Z-PI.(.C eiri pn?~ro T ~ ~ I ~ ~ ~ ~ C ~ 1ttti70~.. ~ ~ Y I C ~ COIII ~ ~ ~ I I I
iir />i.irrr.t,,r 111 P~O.F, LI~I.OIII-MIJOS OCI~I(C I?
(id.. 176).
Dc iguaI rriodn. riiilr;iç características noi~iialmenle rissaciadas 30 CDIICC~TO
rn oderna>i de i ndbs ti-ia, ririiricrid;imentc a5 rníiqiiinas ou a eciticaçãn - moral,
religiosa. c31 il. IiterAia clciiien1:ir. e profis.;ionrtI» (i{/.. I X9) -. tem agora direito a
ver LI ~H:I intl uEricia rccoi~lircida nti plarra da ~~ripesteiçoariicnto da produç50»,
consti ttr IricIo-se eiii 01,iecbc; de uma i-el'crCnciri auronorn izada. Yas crinsiderações
iecid:i\ ;I propri~iro d:i cdiicnçZo, Adriáci Fayjii~ de S:irnp;iio começa por chamar
:i :tieiicão para o ÇonErnslc que entao exisliria entre as riaqóes mais dcscnvolvidas
c a Eui-npa meridion;il. cii.joc povox .tqtr:ise vegctuiii (...I c n custo seguem. de
lori~c. coin pa'çris iardios. o iiiipiilso da indústria,, (id.. 19R). D%-nos. al6m disso,
rndicaqfie\ relativariicrirc 3 cinergêr1ci:i yradual dc lima nova forma de ver a
iiidús~i-ia fahi-il. cenlrada n2ci apenas tios progressos decorrenícs da divisa0 do
trabalho e da tela c lii1hilid;ide com quc as tarefas sáo descnipcnliudas. inas iaiiih6111
iilenlii aos cfeitos beiii2licos qzic se podem esperar ciri adopçiio dc estímuIos
pccuniiíricis v:in5vcis. c;iracterísiicn< dri tr:thalIio p(ir ernpseitrid;~. Inririinineriie
asaociad:~ n cstii questão, deparainos com urria Tig~irn cc~ilral. n ernpresirici. ctrjn
açtrvidudc e. cni siia ripini;?~. detcrrizinante para o dcsc~ivolvimerito Ioii o atraso)
du iiidUstria:

ittirnclns c/c ci jifit* ri11 I J ~ ~ Lcscollier- L . ns ~~zonqfic~s olini-rrri7n.s de
conilii-l~cii- c de ceridei~. c dil-igii- os opci-árin,i rlc itrocio qrie it~'111.
qitriiiio sejn PCI.T.FÍL~CI, nx ~C~.F-O~IJPI?~US. ~r~fjqt~ ~ITMS, P ~J~~illal.~ pnt-ics 00
rapirnlfi,\-o* (i hid.).
De notar qiic a irnporl2ncia rlti crnprcsrírio 1150 i-elcvn apenas desta fui1r;ão
de cunsrole e prcvi~ao. Dc F~cici, Frxjnz terii o cuidado de des~ric:ir ri irnporlanie
papel que o err-rpi-csArio dcscinpcnlia riu promover o priiprici dzseri vol vi rncnlci
profissional c moral dos ol?e~.:irlos levando-o\ i-iãri aperiiib a aplicar-sc ninis 5s
suas tarefris por intermédio dc ntivtis e~rírnulos ~iccuriiáricis - seja ~dnrido-ll-ics
n3o iim jornal ccrlri por urn iruhallio diirio incerto. mas um quinliso na produçao
por uni ~rahalho certo» (ibirl.) e i'a~crido co~iseqiienteii~ente dependcr «ri grandc7.n
da recompertsa de seu zelo c habiIidnde. e da cluziniidaclc c qualidade da
obra» Ijbid.) - mas inclusívlimente foincntandri a sua 1iiropeiis5u para o cotisumo.
na certela de que qulinlci iiiaior ~10r s quaniid:idc de necessidades. que
cxpcritncnrarii o?; iiidustriais. e o dese-jo. que n civi1iz:zçãci iieles tiver dci;c~~\ciIvido,
de as supri1- lionestn e Ie~itimamenie. Incnur serii :i sua pcrguiqa. r: mais
perfeita a sua obr:i» (id. I9 1 ).
Es~as con rlc~ eiir/~t-e,~cr,
csrcihiliclciíie p~rrl-si o.j o~ic~rcír-io,s. irirci-tezci luo soi~rcitie pc~rc~ (7
eri~pl-c?sÚl-io; - .se,qiitido Jirsc ri"ri i-e~irt(l~ei-ctçiír~ cio olier-til-i#, pci-iodo
d~ ~~irli'iol-o~irerito, t-esrrltnirrc de leil~as ~~.vp~i-iFi7cici.r. e clr, chr71c+ti/os
,/~I~IJI inpi-e.~u,s: - rc~do ff~dl~ \>;

SO(Y)~I-O \ t??!ífll(l v, l/rt,(crevçrziciu. P:itLi
alEni dc i'a/crcrn uiii pcii-iio LI;) çiluaçGii d:i cvoliiq50 d:i cicrici:t r pr5ric;i
cct~níimicri 3 esci~lii intem:1ciu11~11. i-orneccni-rio5 os in~ilerinis necc%4rios para
deseiivcil\ er 3 retlcx5.o c i1 in~ei-venc5o sobre a iiossn ica1irI;icie riacicirinl. niiniri
perspccii\ ;I :I v:iriris titiilus siinilar h qiie .lo.ici rie Aiidrade Cisrvii cxpliciia praiicamcnre
n:i incl;in:i nIrrrra:
O que 6 aqui diln no plano nparciitznieiite rnais L~CII~L'~ da qr~i~tlini~l.
pri-l'ci karricn te rrnnsponívcl par:i o c:irripo da ccriiiomi:i poIitic;i c rias sua5 rcluçoch
com o dc.~crivcilvirncrito cl~i iiidfisiriii. IZacc ao conjLinlo de dcscri\~oI~imeiiicis
ricomdns coin as rc\~oliiqóes ciir-npci:i< de 1 S4Y. e no aincoinitnritc a= nrii iJ:i~~lentu
dii cyuestGo socral. hrli-iáo 1;osjna act~131iz;1 as sua5 rcll~xfies C O SCLI elibi~lo no
xerir iilo de nrle iiiçrir-~ioi-ai- ;i ' 'sabedoria'' ndquirid~i rins 1i;lp5c\ in:t ís drre~i\.iil vidas.
Grqas ii cis:~ at~tudr. sei--riris-i;! pci5shmcl [eiiliir :I nteci par. 110 plaiici cnnceptual,
uin roii.ir~n~ti dc csti-nté2ias dcstiniid:is a çiinirrilar toli pelo mcriti\ rrijncirrii-) oi.
clcitnq negari\.ci\ ílitc c) cleseti~~cilvirnci~tri nos iri:i, ;i scu tempo. ira/.cr. Esrn
iititurle Eice nos custos c hciietícius n ciperar dri deseiivtilvi irientci dn indústi-ia. e
làcr li ccnn~iniin prilítisu criqii:inlo iiniri pcqa 1iii~cl:imcntnl dc LIrti;i espécie dc
giii50 geriCricri CIO de.çcrivnlviriicirii(i cif.ilizricinn,iI. nào concii:i\.a rio entanto
iim:i ades5o sigii i r'iç:iti va por. plirtc ~liis cli trs nuciori~iiç da &I)oc~.

tqrirricns de indiscuiívcl cnrisrn~i como G;iirci. Hercu1;i~iri. (~LI riicsriiu (7
prciprfo Olii4cira M:iflitis, duvidavam q~tíat-ticn~c da ci-cdibi I idiide c ds coi-i-ipletiidc
dos valorec (Tutidnri~cntaliiientc vislos conio u~ilil:irioh ou rf~csino "ct-cmalí'sticri.sV)
crit geral :issociadr)s h ciencia econhri~icu. C01110 rel'cre ALI~LI

niesmo unia ahoi-dngcln ria vldu ecrincírnic:~ to~almeii~e clirercritc da qirc dccori-ia
do ci~nccito de l-nricorsEnciii. pern~iiiird(i qiie se criiiiinue a ucr n:i rxyians5ri da
riqueza unia par-te importante do proccçso de graduiil rc3llzaq9ii do próprio
hriincm .
Ora no fu~iclo. cita trrinsfomnç5o cnrre~po~idr: a trrn reronirir - apcsni- de
dcvidiinicn~c acrrtalizildo p:ira as cnndicõcç d:i Gpcicn - da noç:?o dc inddstriti
iiirii.; ycner:ili;l;ida dos inicins dn século dc7rinovc. yiiancln e3ta sc iden~iiicava
priciritasiíiniciixc c0111 «o trnballio cs excrcicio dos lalenioi r10 lionietii» tllrito,
1397: G8).
Apor:i. seiri que no crirantri houi.e5.;c tima neccsidadr de $c renegar o>
progrewn niccliriictiç e iiii~tei-i;ii~ cntret:irito alcunçridos. chainava-se ;i aienção
ar^ 3 ncccrssidiidc imperiosa de se niiu csqtlccer ri car5cicr nuxiIi:ir e ncessiirio
desses tiicxrntl'; progrcsçcis. que dcuerfa~ri funcionai- como li111 nieio dc i-caliznçso
do horneni. s nziiica cuino crrn fim em si I3ní quc p:ii-:ilel:iincn~c com ;i% vlíriris
larrn:i\ clr: rissoci:itrvisino. sc verificacse uiri iiclvo surtri dc ripeIc3a à Insti-uçãci
popiil:~r. cnicndidn an,r>rrt como uiii verdadeiro projccto de rdt1ç:icSu dc rn:issns
PLII.:I I) cie\'ido usufriiro das pcitcncialidadc.: n~:ireriais e riicirnis que :i ci\,iliznçãci
o! 1ricentisl;r pc?di:i oi'crccçr.
Acl~ii. porfc-*;c dizer quc csrstin uiii ctiriscitso quiihe gencraIi/.ado. Desdc
os socialisr:is niais extremados ale 30s POUCOX sohre'i,ive~~icii que ~l'\t;lvarn :i0
cilmpri dos econtiniist:is lilieiriis ícoirio era ri caso dc J. J. Riidsipue\ dc Fr-eítils2').
n30 IILIV~LI cIU!'ida~ de que era ncccssário edircar r) p:iís.
claro qiie nurim an5lisc mais fina cc podem Jercctar as rli~crpênciris.
Parn iinc. come Rodrigues de FIF~€;IS. ;I 3p05121 113 cd~c;lçi?o continu:ivil a tcr uma
CornponcnIc eI~iltleritc~ncPtll: réciiicii c merca~ilil. que assirri poderia libcr~ur o
IXIW). dandri-llie a form;iç?io nccess5rin para ;iscciiclci- h propriedade do seu pl-hpi-iri
negõçiri. P31.:1 OLI~I.OS. cwno Adsián Forjaz dc Sampriio, u edtic:iq3n scrin uma
10ri~c rle urn no\.ci poder sticiiil. permitindo que os trahul1i:idorzs adcyuirisiein as
coinpel Cncins (técnicas e çulluraih) necessariaí; parli rctirpii~iizarei~i n prhprio
rriodclo dc rirg:tnizacici social. alter-arititi :i? relaçfies dc pi-opriedadc em vigor n;i
-
esiCr;i industriril pcln desei-ivolviniento d:is rrilais v:iriadas ti3rm:is de 111uttiglis111(i
e cooperuti\ isnin. ou inclusivarneii~c: rcífjcando tnodcIris de uin corporaiivisrno
ti5 milito ultrapri\sado
P~iralclanie~ite. o coinliiate pela ~cihrevivcnciíi ci21 indúhtriii n:icIc~nnl coiilitiu;iva.
Iricapn~ nci 1Liiidn dc sc att~arioiiiiziir de fÒrm:i criiisiçteriic da protecção
do Es~ido. cis wus por1;i-vrixes 1150 li>riti~l ii~ini~iiameiite intiiiiid:idos pela ciiicrgirnciri
(cni yraridc pai-te simbDlicn) da rluc.;iZti social c cl{i sociiilisnici. Pclo coii-
11-61 io. ;L iisitucã~ socjnI PLirCçcii :1t2 dar-lhe.; uni ncivn alcriin. cxacerl~rindo 3
t6iiic:i iIc uni nricitirililiamn quc rio S~iiid(i IIU~JL';~ :I ;ihaiidonoii. ;iuirienr:l~iclo
incllt~ivriniilnte ;in Ioiigri da cl&cnda dc riilcn~:i i ~s suas iciv~~iclicaqões~~.
C1 orysilicisriiri. heir corriii ri

h;illiii ri;iciciii~l. c par3 3 il~eiti1~50 LI;~ ideia Ixísiçii de q~ic ci sei1 fcirncrl~ri c Iirn-
~ccç3o eram um cicvcr p;i~riiiticti.
Crin~cr~uciircrnci.ite. :i dcfesia da r tis Tecirircs
cindc o

CATI?C)Cb\. 1;crn;iridfi. I'l'4l -ti - 4 Sriciiili~~ictiiti Jurídicti ciii Pi.ii,iiiy:il c 2s .,. l / ~ b i ~ ~ r ~ ! ~ Hi.~t,j~-i17
~ ~ t l ~ :\$~-I!I~ÍI-~

TOMAS. \1;1ri~icl Fcr!i:~n~lc\, L 974 - A / ~ ~ I . I J I I 'I(, ( ~ ~ I,%:/). ~ I J(I!.~ Tcr~pa~,rii~l~;i I (~r: I. !-islm;i. Scai-;i
NOTAS
1 . Cnncitqkh ckt:is qiic ii.ici iiii]icclciii :i Lmt.~~ii.~icl~.r.:~~.ir
I)
il:ic rili~,iri:i:. ciiclilaiirn 17crliirn:i~ Lihtic'as. I'CCOII~~Ccciirli>-cc
]>CIO 111~1105 i'ni al_n~iiti:ii iIcl:ix ri c+[iih[-i31i rlr fiiiiii-ii~ ciiilli-ccii~liiirc~~f~>i ficrri ~uccdidri.s.
Nrii~+--i: cliir. ccrn pci.slicc!iva sc iriutittni citi risiir [iai* di:ic tlr. Iirijc.
2. Yci L ~ LICh
Sjiv;! t uJlJ-:.:17 I \~>t,i.r i15 I'CI)I~C~~LII~; íiri\ iiltcl~ctllai\ r>iloccnti~l:t'i ~'~~[:ttlh-;ilnctll :1i3e nliTlll!.
qtic l'ort~ig;!l ~lcvi;~ idr:iIi~~c[ilc [*!,i.i\ pcrnih-n~>~ pcr~~hci- ~ikcllit~i- :I pubten~-iiil ~171il[?l~~\itI:1rlt- c!ix i-c;i~lri>\ LIC Ici11~r:i idcitis rlc iiidri urri rlliira> c~>iiijiiiiiii iIc
iiti~~~i~t'~ I I;IIICC'~C'~. in~l~srh C iliiliiiil~ili (veja-se O exemplci dc Foij3~ dc Satiip:rin. Iii'>5. I: 129-h{)).
4. VCJ:I-"C 11 L-:IKI CIC i\illÍ\tiit> tl:~ Silv:i IXert'iLi X.I:I~:I!II~C\ 1 I KH.1 6.5-lnS.1 54-651. bcin coiiio :is
rci.cr?i~cj~> I-cit;~~ pi~r klí~-i:iiit H:blpci,~i PC!,~*~~-.i ;t c!cIii11:1 i[i~l~~hti-iiil p;iIti~ttai!a !ia< pclicfics
i-[iiicid;~.; iis Criric.; ciii I X20-7 1 ! I 992. 11: ?55-4!i E.
5. l~ i5 citadii.\ dc :lu~~iito S;k~lic~ Sjlv;~ I IOi)7>. n~:i\ I:ITTI~~III. C
>c111 ~[~c~JL*LI~~:LL;F~L-\ L!L- i~x;~ii~ti\~i~I:i~lr.
:111c cbt~id~li dc I.'ttri~il~ln C:i[ro~;~ 1 IVI !-,-r. lVi71, soI>rc o
coti.jt11it17 tix ~drol(>y!:t [-~.~i~~Iilic:i~i;i. ;i~i.h tratii~IIir~\ I';IIIIL~ hTcrC:~ I I S'5:- I u57i. Cal>i-;~l dc
Miinc:idz r I V.:-- I ?.3'-> E. c Aiit8iiici Lir;iz 'l'cixcli-:L i 1 li?;< I. !.i>lii.c tiis~úi c:, 11i.i cii4iiii c ti:i i-i inrtifi:i tlii
~lircili~. ,711 ;!tt~ia 71- urdck [Lir~ia do> S;I!I!L>S i 9x3 ) si.iI71-c i.), ~n~ulcrl~~;ii~ Ixirtkl-
F!~IL-U-< kl;i 7iriimcir:i nic[:bcIc (10 SCCLLIO p,~ssado.
ti. E~ii 1" i~icil~iii cq:i t1ivcrgFtici:i titi 1iicr:i ~iivei-\id:icic dc iritcrccscs 1iacl:i tciii ;i 1.c~ sniii n ripa ric
c~i!illi[h>* ~IIC i i ~ i 1;ir~lc ~ h criii~[ii~riiG :I LILIC~I~I~ \~i~ii!I. >lir~ii~i~i T~;il~lcr~> T't-i-t-ir:~ -;~Iienr:l r~ l'ac[ri dc
cluc P:I~J o., C1~pu1:idos. rrit liliri diidc iipiit-cci:~. 111~1 1 . .I c1111111 t1111:1 li:lir:i~'ei3 p:i:a &)'i prí~lil~i~ii~s
soci:ii> rif~rl?~ qtic (7 priocrcsso 11;lvi:i cri:i~k> Li cI:tpccii.i:i\> 4 llK!l. 11:.5h. 0s ~l~~ll~lc~llii~
hrl~*i;tl-. T147\1*% SIW~L-III ~~~~~;t~ci:~Ii~>cri[c
.;~ih :I ii~rnia do cIc~ciitp~~cp(~ dc oliciiii> >i~l~stit~ií~los 11:is
fiil>[-ic;~s Iiur :ili1-~11dixh. i>! C. d:i ~~~~II~\~~III~~~~I
ilc t~~~~lii-t[e-nl~r;i es~i~ci~~iz:krI~~ pnr opcr~iri~n scm
l~~.p:ir;b~,ii>,,. ci~i) i1 CL~I~SCL~II~:II~C l~:iix;i LIC >rit;irin< c prr~l:b dc ~~ti:~I~~l~dc
1 til.. -375 1 Trat;~-w
vi>!-t:ieiiii iii:iii clc ~irii ctirirlilii iiilcriiii c11lt.c ~iliciiiis L* ;iyr!.cii~!i~c:. (iiii ciiiilcuiii ibc IIIII:! iiiiv:i
i-calidadc l.ihril rluc pr'iii~:~ pcl:i ;iiiserici:i d;i triiJicii?n;il cliIcrcnci;iç:iu ciii-pc~rai~v:~ t clri quc rlc urti
rcnl cniiflitii ciilrc npcr.5i.it~s c r:ipii:ilist:is.
7, s4ilii-r ;I

12. A iri~icICr~riit W~I.C i1 IICC~SS~~:I~~ I~C TI~LIIIIU\CF O cnsinn ngrícril:~ csla~;i. pier~i. I~iiigc de BCT p:icliic:i.
çorriii >r priJc vcr iin he~iiiriit. co111~n~:irio dr 13ni.grs C:irnçiro: {Marrecii, I9R3. 11: 37-1581.
I S. Uni hriin cxcniplrr dt.sl:e ;iii tttdc ~ic rii~irl:in(a 11riJc vcr cncoriti~:irln ria dd'cvzi qi~e :\u_cusici Fiiscliini
f IXS7: ?Si f':iz rlci ~~riprirluiiisiiio)~ I:I rcoiiutnia po1itic:i: ~~iiiii 115 fic?je linnieiir de csiudu. para
1~lil11 ~lriç~ Iitlmc 111~1'~cednl'. q~lt' 11;m Lfinc:II.C LI\ pmb~el1l;lb sclc'i;lis, C SO~II@~U~O
\rih a i poniu dc \:i)rt:i clt3 11111 :iiíh1~7 uprt~irli>mn iJc tciiilirr c dc daiirrin:~ii.
19. AICni dri- cstudciç aiirri~iririticritc rdciidos. vci 1:imbLíni sohic czie ieiiia C:itrup 1991 -h.
70, RiIr>tc-st cfe JI;~"~:I~~III. qiic C por v01 ta LIOS CEn:ii\ do s6culo dezniiiive qiic >c vcrilimni alguris desenvolvinict~i~.~~
ili~cip1inut.c~ (çíisii d ~i p*iculri~i;i curii Willrelrii Wiiridl c da pxiculnpiii industrial
critri Htigi, .Ilunstcrheif) rtrir ]ici'rriitcni Ji gert3i> 1id:it. cIc uinn foirno oi:iix cieniífica cnin :i
qtw~t5fioc1~il. A eslc rzslicilu. cuni'rontar lVrt-11 ( 1YI)I).
2 I. Scilirc cxtc nt

Nos idos anos 40 um ex-aluno. da Escola Pfiíiica Coiiiercial Rairl Dúria,
cscreveu dc Lourencci Marqucs:

csse t'çp:~qo [(li cstrutttraillc ni\ viilorizagài1 de crimp.e~Gnci:is récnicai c c;i~eliznrlo~+
dc qii~ilid:icfcs éticas, CIUC sc nlig~irarii çtimo prol~riçil:iclcs espeçil?c;i\ dos lugares
tic 1s;ihalhri ctiicrgcnies. nia.4. iiimhÈm. çciann i-ççurxos iritlisprns:i\cis piir;i ;i
rectiiivcirs:io CIUY antigo5 rifícioç.
I3:irtiiidti. elltk, d:i~ iluiiraqíie3 podci--.;c-:o coiifi:ur:ir :IS diiiicii~iics do
~~rojc'cto c.d~icaciniial 11:iscido pcir- I ot1:i dc 1900 c qiie i-eprerenlriu durai-iic
derada.: LIITI;~ a1 terii:lti~ii dc r~rtll;~~:?~ t~ndc o trnhalho c~crilni çr ciicciritrava
~;iilx-irdln;ido ao pi-iigscsr;n econririiicii. ~i:i o pl-iiii;id(i de urua iiaiematizriq5o dc
pro~cíii!i~~'r~to\ ~CCI~~CC)C (c c.ien~íflco\) das ~ir~ir~çns do ciirriércin (L. doi seriliqcis)
C ri:\ inclus,?o dc tini:\ It>gic;i dii honm que funçioririi-in c01170 ri rccurso sirrilitilicio
da di~riifiç;iq5ri pi-riilssin~i;il - do rrti.r~rri;~iiin e do rlr,qoriarirc.
Ou scj:t. divisUn sl\rii;il do tral-ialhn iéci~lcu exige tlirricnsòcs tEciriciis e
i-iitrnis clrie sc iiilo frircm ciiri~pi-idri.; lern iede escolar) invtnliilizani qii:tlquei- ~cii-
~riiivn dc. rnodcrnrza~5o: c

Fiicc a el;t:is preilieiltes iiecessidiideç dil rcccirivci~r5o Ralíl Dói-ia tecc
íluriis çri~icas no cspíriro ~ - como ainda ii ~~in;iiild:tde» das
escolas csi\icriic~ 1 escolas e!enienlares dc çrimci-cio, l iisiilutos. ...I

~ T O Br~iiil. nas 1lh:i.; e i1:is Colijn ia.; - . riia5 fu nd:imcntalnietiti: iias i~ivesiimcntos
cIn rriulcri:il did5ctico C pccl;ig8giço c n:i constante alciic3n ;io quotitlianri que sc
devcriti rdleciii- nos cui-riculris c nni esii-3tEgia.c dc apreiidi/agcrn - sepiiiido ri
Eciila çrinstiinrcinente rcitci'iido: dcve

de ~raindci.; pr6prior. (raduzir ;ilguns artigos sobre fislc iixqunzo. paxi ;iiixiIias as
do~i
cxpiicriçãcs qiic Lctirica c prlitic;ii~ie~ite tias ii-iinlias au Ias de ctirn2rcio (. . .).
A rirpnnix:ir;iío dos tscriiciriri\ aiiiericatior. invenqsci í'ranccs:i mas :i~-iroveitada
pelo!: nnrtc-:ir~icricuiicis. devido 5s ncct>>idadcs do ;ii-i~i~ivri e ai exigências dri
divisiiri do trabr~lho. 6 Iiojc ~-iouco corihecida c111 Porlu9:il e por isso mais uiii
inotivri parn a \un divulgnqiin. pela:, grandes v:inlnreni quc Lraz L \'ida OS
escrilbriíis. ilos ii~fitcidos de 11.~1(3;11110. C~C.,J I.
E riesic ncpectri íliic ic inhcrc 0 Bics-iolifii-io 1'irírir.o c/c. Çoi~ic;i.cio 1 ". Clhrri
dc síiitc\c dc lodo O labor descn\lcil ido por Raúl Dúria:[' 111;is. tarnhc'm. reflcxo
da sua pr6t1c:i pcdagrigic~i. e. f~~ndarnent;ilmenlc. obra de ccinfirrn:ic;2ri da lula
descnvrilvií1:i parn a nl'ii.ittncáci do '*cluadi-o coniercinl"' (n:t amhival2nci;i que por
vczey :iiriivessa :I rcllexãri critre digniftcar i> pcquciio co1-riércio e prepiiriir
quíidros p:iru o si~tcmn oficioniil). lia\ dinieiisõcs da eiic:~, das coi~ipcténcias e
da rcllesit idade.
Assini. o 13icci/in~íi-io C o curc>l:irio de uni percurso iiiarcad.ri pela pi-8lica
pcdagíFgic;i mac iaiirbkn teoric:imenre infrirmaJo?l.
Ma? ~ejrirnns. p;irii fi~iiili~ar. çoino se cstrLiliira :i iiiatri7~~.
Rcliitivame~itc b dimeilr2o ícifrrw cla 2 asrociada 3 id~iicidadc C 5 urb31iidadc
- q ip. 155) - . coiidcn;irido-%c a Iraude. o
i-oiihn (i11 ii l';ilsiTicaçào - «t~ido o quc di7 rcspeilo a Iraudcs conietidas cllier
pclcic pereIiics oir adrninis~r:~dnirs dc eniprcsns. qucr pni- yuarda-livros. caixas
o11 riiirt-0.;. re.c~il~a iiiiediaiarnentc de hiii~r? t~ívcl tnoi-:il do l~omcni ., íp. 569).
A rhlrp~cirloclr rniiiri-c.i~~l 6 algo que ultrnpnss:i ris iiiirr-rintivrili para se inserir
c';~rul~ir;iltncn~c nn coiidiçio anrrciprilfigic;i do ccr huri~tirio. por detinig5o. perrciio.
A dirnetisfir~ rPf7l~.rii~n ieiidc I'~iiidaii~eni~lrneitic ir cnliilizai- a\ vinualidrtdeç
dri pr.c-igtecso c n positividade da ctiniahiljdadi-. Quaiito a(i primeiri) :ispccko a
enti-rid:~ Criiirt;mio (pp. 178 c segs.) Uoniece a chave nii rcrcrir a .~correcqiÍov que os
«iralari'tes>b furar11 tendci c a neccs~id~cle dc ii- «irni-isiDriiiat~do» (de acnrdo crm o
i~ici.r.otln) (1% -vcildcdni-es arnbul:i!itcs>>. ni;i\ dcicçl~i-se. aiiida. 3 emergência de
iiov:~~ i'igui-:i.: pi-ciiix\i~~iiiis (p. 1 S7). Qunnro ao aeguiido ;iipcçtci i1 ciirrada
Ço~irrthilirlr~rlc (l pp. 24 1 e scgs. ) rzl'crc ai riipt Lisa\ corri a AritniC~icii e n pcrícidri
ernpírico. :i\\cici:indci-w a ctinzabilidade 3 ic4;itemá~ic:i. c crinsidcrandn-a uinu
ciencin ikLl~t~fi~t3 ín:i csteira dc A. Lot~itc)".
hTc.;~c .;critidii o C~~iiicrbilisra i. querii horizonte.; e novas pcrsycctivu.;>i (p. 406).
I'clr i 550 tciii quc ici. crri çcinia os .l.iinriiri,s - * (1). 1 I 73 - . a
Norirr~lr~gi.iii~o~i-nJlr~ - ~conj~inlo rlc leis quc rcgciii n cniiiribilidadei, (p. 7461,
rlllsap;n.c;iiirIii n i-c~linli. o costume. 0 autorn:~rismci que levaram a curisider-ar a
r

CoirrriliiJiritrclr ~ Z ~ C L ' ~ J I I ~ : I I ~ Pici~~iJii.(~~.íi~~
~ I .
cu~~r~~hiliv~tí
CI. OI.~-CEI~IPI~~O
E Oi.,qn~ti-
~rrrirt~i - c-... cor o Iliil de cnirigir oi; en-o> do emlirisiiio organizador. tsii próprio
dos licivnk nict-idiriitais, pnriiçulariiicnie diis Pnriugueses~~ (p. 775)''.
Ilstei pilnttif criizaiii-sc crim a diiiicnsiiii pt.qfYc.siari~rl (sociaIií.aç5o e
co$nperénci:i.: ).
NA enrr:ida Cn17tc~l~ifidorl~~ driti~ésrirri liso iccidas d~iicis criiiccis ao carjcicr
pçrduI:írio do privri poitugnCs (p. 323) e diz-sc que ri inebm;i sc aplica iii profissiicc;
libcrni.; e is mullici-es: ultnipais;indo-se a «navcg:irsi eIilrc" a Receita e a
DC~P~SA en11-:i-si: no mundo da Liirprcsn -

, i 1.B.. fiF~l\ín(~ LUI~T~I~CI-CI;~~~,. 0 GI~(II,C/d~+It1 LII!I;I cIcl:t\ C precir)ici'ci:~I
li;iul Uíii,i:i 1 i,í.i- CAN13E1AS. Aiitrjiiiii - c/ trl. - ?i,iIii.~, (r I:tlrfr.riyrrti ;l',iimri. Clirrrr rlr .-lr/íil(ii I,irirtr
AII.LI~-~, \~rllll,x ,tf, ~,I tlc~cn~~il~id~i Lhtn EK"L) - E\I,,I/~I RKlfiI í1~f1~1~1- I'L>I~o
12. kl~-t~iyii~ Ir;ii~~-c-:t. inylcs:~,
;iIeiii.:i. Iiiilniidc.;:i. çlc. y~tc piii- iniei-tiicrlin ílric kcir.. r-riiii~~n~io.i- c l>;ip:tjc.i~-iih iiii:trlc iiid1.i~ (is
~iitrc:itl~ic clri tiiiinrlii~~ Estcs cfriir c~I~..\LJ,L :ij~t:~~ic:~r:~ii> tin ;lno LCCI~VO CIC 191 r)- 1 !I 1 t (/(/L,I~,, li. 70).
Nii :iiiir Icçtivn ttc 1') I h- 1'1 17 2 ci-i:idii i i CL[I-FII C(>li~lii;ll: i,Ci-i:iCI~s i~>\ CLII-CLF - ;II~I~~I> ~1x11
!i[?i:i I'~-rq~iCiici;i Ih:ist:~ii1i cIcvI~~I:~ - re'iiil! c11 :I l>ii-r~q;i~i dccl~~ Esctll:~ iil.=:~iii/:i~ ril;ii\ 11111 lic:111111i
s:iriht>it:is. :i..iin. :i< :ispii:ip?c': dc rriiiil:i\ l'.iiiiiEia* quc dc~c,j:iiii ir1;itiJ;ii L). >i~.~iç I?lli(is ji:~i,:i :IS
c-nli~rii:~~ ~Icpi)lh (Ic ~C~~~LI;I~~~CI~IC
iiiht~-uí~Iti~~, lEPCRi3 - ,411ttii1.ii1 C/LI L.SL~C~/~I t5'111iI Il(i~-it~, AIJO
C]CSL:I I.~;IS~C 1 I .I Esc< qi1;1is I I7
~I,;IIII ii~irrni)\.
15. EPCIt~ d:t> III\CLI
111~ C:L~II~~> i!~ c~i~~t;il~iIi~l:i~[~.
t;:iqGeh c ~lclx~ifh q11r sticcdcfit 11). ;ipGi ! 0 11. F~l;i~?i~~s L-I>II~ ici&>~ q~ir :I 2." cdiqiici 1150 dc5vi.i ;t iii!crigiii tk R:iljl Dtí1,i:i. peln conIririi> !'"i-nccc
~I~IIICTI~O~
1 IIC 11c1-iii i te111 cr>nip[.ccr>dcr a ~víiIt~r:~r~i C~:~I-~I~C:I~ILI(>
ris ~lciiilíl>iiil: ile in~cr\,ctiçio (lu
prns:iriieirlri ccmriiii~iicri. c q~i:iis as iírc;ii riiai., ccii>ivci\ I1 iciii1rrici:il iiiici,imciic;;in ilri Lt;idn. p:l~t
:iICiii clri liririri> iicvi;ilpico qiic C ii dcfit1idi.1 rlii /ri-611ir.r1 rlii ciit)i;iliiliiis\it>i~:bl>,,

2CI. DOI~ t!\. A. 1i1v:ii.ri - O /ri-o/: Rrriíl Uiirici r o .srrlr kicolr - Pnrio - Kcviqrn de Contabilidade
(scp;ir;it:ii. 19hX.
11. S3ci iiiuirirtiti. :i> i-cici-~rici;is u ~1utut'cS cluc niairaili o porisnmeiilri purtuguC~ e iiiicinaçiona1:
Olircrct 1q:iriins. Alcxanrli-e Itcr-cr11:itiu. Gama B;irrns. Rndrigiies rIc Frciias, Mnrnciço dc Sousa.
Aimeid;! e ~\lbuyuciquc. Riciirciri dc Sii. Raúl T:lningtiini c R;iiíI C.ililcviIl;i. entre rniiiros oulrna.
iniii :ii iid:i F.Jirirind Dcprnrigcs. Jncrlucs Royrtr. hdam Sitiilli, I.iiia Couvenrz. Krtrt Mnrx.
I"niudFinii. Diirii;iirhcy, Cci'liuiii. cic.
1lrn:i iipiini:~ iiiiroriiiç5ii :ias rlcliiitcs c contrnvErsins pudc sci. erictiniiada nas Acta'. rln Colóqujn
Roili,iytri,a Ficirti,~. A rihi,rr r. os co!riei.rii.v. iii$:iniztidos ~ioi- i2tilcínio .4lniod6vui-. Jorge
Fcrnnritfc!. :\I i4cs c Mal-i;i rlri I'il:i~ Giiicia c cdit:id;ts pclci Cçnrrn I+enti:irdo Cuirnhr:~ - Faculdade
dr LL'LT:IL J:I LYI' - I'orin, 19%'.
32. As (~:íyin:i< ciiadiis no texii, rerircni-sc dfi Uic,r.iriiirir-i. As pa1íivi:is ctri ikíiicci R ~ en~t.:bdah.
R
23. Ver 113 p:ii.iC fiii:il da etiir~itln Coii!obificlnrk* ris clilerentcs csçr11ai. loi_ismolA~icoh, Iib mi.todas
us;idiic c111 ciuni:rliiI~d~dc t riliscivat$u c dcscriq:íii. classii~ic;iç6o, irirluq:ío c clcduçin. 1in5lisc r
sínicsc). iis incios c u?; sisieiiiii:, dc coriiabi)id3iíe (p. 282).
Ao Iririyu da criirad:~ dclcridc-sc :i iclciil de inclirir a conrnhilidade iiii St-icrolripio (riir n;is CiCncias
Siiciniuj .;:i quc lida coiti facrris sociiii>.
24. CJ'. f-:.-rr~f~i~r~y?-i~fY(~, Lo,q~.vt?r(~~r~~Ji~~. I/I!L,~C~~I~
1 sislcniii), C~v~rr~t/i:i~i/i~r ( hisrcm~ 1. U/i;.

DESINDUSTRIALIZAÇAO. TERCIARIZAÇÃO
E REESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL
O CASO DO PORTO
JiisF A. V. Rro F~~sn~i)r;.s
[~-:LcLII~I:I~~L~ tlc Lct I-n\ da Univc~i~l,~tlc
111-8 Pdh11n)
I. Desindustrializaqião e teimciariza uina iiiedei-nizaçiio do
proce.;.;o produitivu que permitiu aunieiitar sigl1i~ic;lliv;inic1ite os níveis de
rcndahilidsde das activos c criar ou recriar fábric;is coin uilia quantid:tclc Escassa
de oper:lrio.;. Nuni e i-roulro caso. náci cstaiiios verdridcirnmcntc peranlc um
proccssci de terciarizaç80 e muito rncrios dc desindustrializiiçBo. visto a indlístria
coiltinuor a rníiriicr roda a siin importância cçoiiótizica. E. mesnrti quiirido ?e
assiste a um auriiento da divcrsidadc (ou espccializaçilci) c d:i quatitidadr dos
aclivos eni senliqor; de npoia à indústria idesi_nii:idiirneti~c ao iií\~el da cnncepçào,
da gestàa c da distrihuiqão). nr?o prirecc r;i;?návr.l ralar-sc de desind~isfrializiição,
muito cmhora em numerrih rclutivos auiiierite o empi'cgo e

iii:iiic h:t canstr.uídn 1ii;iis çoiiilizrc~:~. cni ~,I~s$:I~c~os
r10 Rorllini
e C:1riip;it1li5. ~ec11;111il~) tcotn nlcno\ iorq;)) ;I mrkc pclii 1303~151ii c S:~lgt~ciros.
Eiii oposiq31~. r10 11m-o séc~ilo ;i\ IIOI~;I\ ~tr~id:~~lei l':~bsis cor~~~r(iciii-w . Dc F~cio 6 :IIP ~ CIII :lt~~ign:
0s c;i>o> ric;i dn l:ih:~co. 713 RLI~ d:i EÍlv-ic:\. oii d:i Cc~rcIu~iri;~
let~~!~rciii-sc
VcI11;i (e111
h4irng:iini c nti\/a r no (Ilivul). cxierinrcs cid:itle iniiiAiilliird;i. E I-itrmalicccu
iinprirtaiiie erii fitlaih rlc Ileznnnvc c :I(> Inriyri cl(i \ICCLIIO SX. CjLlcr COIII o
camiiilio rlc Icrrci tleilil~reiii-\c xis e~ci~ipliis d,ti Lihriciis riu.; Dcvecris eiii G;ii:i e
li:! Sciihrir:~ dii Hoi-:i c. rn:ii'; i:irdc. crii Ei-riieqitidc ou V:ll;idnrcs) c: con-i r> deserivolvi~ueiiro
tiri tr:riisprii-tc iiiiirírit~io (i~ii~i~iI.;iiiii:iníia 3 i11d~1s~ri:tli7,aqrio ctli M:ilosiiiliri.;).
qucx- curil ii :ittiiieriiti tiri l';iciIid:idc de circiiliic;5ri e ti-nti.;lirirre por rodovia
(COITI LI cl~;it~~;~Cla XOII~I iiitliiilrtnl de Raiiiiilclc. oti niiiis i-cccnrt'iaienic :i< vririns
5renk iiidtictrrni.s cri\ iii~iniciliio\ criviit~riiirs ar) 130i+ro. c0111 clcc~;icluc. pnr:i Maia c
Vila Ntitm;i dc C;ni;i). A nascente. cfitrcl;iriro. fi til:iroi+ Jificli!d;ide Jc ;iccç

iniiis dc 20 anos. o 1lúmtx-o de unidades fabris ncstii si-ca i'{irtcmcntc industi-i:ilizada
em tomo e rcstil. zi transrcirinação _ner:kd:i levou 5 1iliesi;~r;aci dc esp;igri para novas
coiistrucões iienre an iiotcl I~:incn~;i Pask c para 3 i11~~1lilç5n do Gix~po Ilespnrtivti
da Juventude AiICiicn de Lordelo, enqunnio o dcsap:i~*cçimcnto da seca de
bacall~au permitiu 3 Instnlaçr5o dc u111:i unidaclc dc vc~dii dii Rcrinuit Pomgucsa.
Na indústri:i rluíriiiça, de quntrn unidades. pei-manccc xpenns uni:). :I Clciktiinr
(ligadri h l'abricnqdo de pi+odutos làrmaccuiicoc;). A vclliii f3hi-ic:~ dc ~ ' Ó s ~ ~ o s
Quinas esr5 agnr:i ~r:insformiiclii crn eti~repcizta de distribuiç8ri do produ~o. fnhsicado
ern Espaiiha: outra passou passou por armazém rIc hrtkit:i flíbriças arruiriani-?e niais e
mais. sem destinri çcrnl-iecidci.
Nolc-sc ainda CILIC daa Ir& iinidzides qtte miprariitn. dt~ai, ftzcrarri-iii~ para
Vnlringci (:I Caldcirasia Luís Gonqlilvrs r ri; Fuiidiçáo Luís Alver) c urna para
nri conicsro de u~rii~
Águedri Iri Ffibricii de Pri~d'usos do Norte. tr:~i~si'erid:i
:iquisiçãn
c reor_nrinizaçá~ do gr\117~1 eiiipre~3rial rccern proprietGrici).
Por ÚItiriio h5 a salientar o início de actividades de trêq cstsbelsciii-ientos
iridustri:iis. Um. lia Rua dah Crindominlias. iniçiciu a sua ;ictiviclzidc cni 1974 c
cnconirn-sli Iiyrido i! prridiiç30 dc rnol-iilirírio dc cscrilório. declarairdo a sua
~er2ncí;i encontrar-se satisièilii com 3 Iocallzric,?~. leildo em ateriq;in desigr-iadamerire
a facilidade e proxiinidade a um viisro coi~junm de clierires c a facili-
dade eni realixrir pequei1:is carga5 e dcscarcas. Ouli-u evciliii ti cfc iiina fihriça dc

- --
C
t
z
i
r-
z
'I:
.I~?~TI.: .c\. i'. RIU i,-ERNA hfUi7,S

sernpi-e e relei-;ido nris iraballios que tem ;i recornpnsiqlo urbanri por terna. que.
com :I :iSirma~àci icrciAi+i:i da Roavi sl;i. dU-*ri ti cFcs:ili:ir-cci incii113 rlc u ri1 clevado
i-iriincro clc fibricas, algiimas das qual? 3presei1tavniii unia coitcider5vel
di nicns2ri. a cxcniplo ria mclalúrgica Fcsrciri nhn. l u2;ii. do crnprcciid iri~cniti Lcs
Prilaccs. das Ebi-ica.; de cerve.i:i e texlil. do outro Indo d;i rua. qiic dcrani Iqar
30 cdi(Iclo Pedro Cem e aox empreendimentos Moia & Companhia c S. Pimenln
IFig. 4).
Enibora esta substit~rí~~io de fríbricris por rrnl iiovo tecido urbano que o
dinariiiinii, da ciriadc reclaina rico ~crilirt hido c.xcluqivti ria inctadc t~cidc11~aI
(lenihre-se a propóslio a demolicão da Fdbriça de Fiq3o dc Snlpeiras e 3
;ihci~tri-a da Rua de Damiáo dc Giiis. ladeacla de grarides I ~~C)CC)S r~riiCIc~~ci;~is). de
Kacio. associado a f'acroi-cs a que fizemos jrí rei'ei-2ncia. n lihertrrq5e de cspaqo
inrlustriiil n:is i'rcgucs~:ih de I-ordelr~. Massarelris e Cetlcii'eiti cantrihuiii qignifiç:ilivariiciitc
para ri rapido c acentuado deccnvolvi~~~eiito do lado ncideiiial.
i-ciorqnndo umzt assimciria quc ci Porto conliecia de 125 inuitcl. ainda que iiouti-oq
C0 t1101'1105.
liecenterrieiire. este processe de tercinrinz;ii;5o do ~crriiúrici ocidenlnl,
;iiiicI;i li2 piitlço priitícaincntc coni'inadci Li I3onviht;i. aIactni~i-

I-IC; -i - P1

:iriiniaçao e realizam-se divcrsos apoio\ no co111Crcio. tniiiiu eipecialiiletite na
época natalícia.
Todairia. continua :i ser raxo:ivclrriciitc dii'ícil e c:tro chegar c cslacion:iiA
nci çcntro, enqusnto quc niuiiiis dos edificios n3o posiLiciu coiidiçòcs rníiiimas
pnrtl ;i instal;iqSo de serviços de vário tipo. cntnci um simples elcsador. P:ii-ccc
que. 131 COMO ocnmu n0 CcnLro Históricn. 3 decad2nci;i rlo cdiricado corres-
prindc a uniti cstagtiação do tecido econ6micci. criquaiitci outras loc:ilizat;5eh
perirkricac - ent3o a Baixa lace rici quc é agnr:i o Cenirci I-iistóricti. Iiojc a
pi*oximidade das vias lùiidariie~rtais da rede rodoviária nacional FJCC 3 Baixa -
relòrqani i1 sua atsac~ividade e udquirein ncitl

h,!/~;tiq 110 ceilti-o, crirno se viu ctii 1,ardeIo do Ouro. e em icidii (1 ricideiitc.
no Porto nta\ r;rinbéill eiri Scnlior:i da Hora c ii sul da Ptintc d:i Arr:íbidu. (3s sinais
aponiain para urna dcri11dusrrializiiç;70 que ahre portas is novas rifin~iaqcics do
rcrciái-ici. s ~ia d(i q~ic sc Cfeslil~a ao conwmo final (com destaque p:irri os yriindes
cerilrcis coinerciais). scjii clo trrci:írio rnriii directariicnre ligado rrti apoin a owir'as
empresas (andc se des1ac;i o papel l*inaiicciso do Porlri c :i especializac;ão no
Lr2nsiro de rncrciidariii~ en-i Mutoxinhoi).
Em espiiqoh mais pcrifiricns an Porto c rnviio em cspecial da Indo orienii~l,
eilli-ctanlo. sc50 ~ioiiço visíveis os sinaii dc terciasiz:içàr'i. p;irccendo predominar
ns elemcnroi dc ~iiii:i induulri:~I1~~ç30 fei!a dc pcqueliw unidade? que sc vai
razeildo n p:ir dc iirnii espliciali~acSo resideriçial quc aponta. nc3 ger;il. pari1 a
in:inutcnc3o nu ntC rryirtil'~indaii~cnto- cnr rernios reliilivtiç. de reduzido< niveis de
podcr dc compra da larp m;iiorln dos rticisiidoi.es.
Parrc dii quc afirii-tamoç qç pode co~i?i~x~:jt-. p:irri o< ariris R0. da nnólisc- dos
cliiilniitativo~ inscl-irris nos quadros de pessoal do Ministêrici de Emprego e
Scgur;incri Soci~il. lratriclos e131 rrabliIFio rccente3. podcr~dr~ verificar-se a perda de
iinidadcs industriais e de crnprego por parre d:i cidndc da Prirto e panhoi cm
iodos os liiunicípiciç eilvnlvc~ites. Deqtes. Mnia c Mat0çi11110s S ~ O ((13 qtie recebem
nitiicir riítmei-o dc riovri.; cstribclecirncntos e o~ide csicq têm maior dirriensiio
(nvnli:ida cm tral.ialhiidrircs empregado\ por conta dc ciutr6m). enquanto que em
C~iidoi~ias C VaIoi~~o. as rilivia empresa3 rtprcsentam rrienoi- dimcniio e sSn cm
número quc poilcri iiliriiprissa o tlai iliie eiicerraiii. num balaziqa ~io~iiivo que k
irifcrior c'ln nÚtl1er.o dc csli1heIeciriieii1ti1 c isahnlhadorcs ali ocorrido crn Vila
Nova Jc 6:ii:i. quc ocupa ptiiiq30 InterrnGdia. Ainda com recrtrsn ;i citada lòiile,
imporia rioisr qtrc rcl:itiviiinciitc :io< mo.iuimeriros de inigraçãn. rn:ii5 dc metade
tiai relricnl iz3qóe.s re~ihradas ocorrcin cto Parto pai'ri a pcri fcrin c rêiri corrcipoiiclêrici:r
rio auinenio da dilnenhiio das empscsuc.
No crinrcxto do Gi.aiiilc Porto importa aiiid:i noiar tariil-Jciii qiie o procczsn
de ieriiarizaq3ri sc tez eiii parte cnm recurs(> u. cada vez iiinirirci superlIcies.
ondc :i prosriiiidadc ,?c; pr~ilcipai~ \.ias rodovi5ri:is c LI pcisiqáo das cdilidadcs
uiiidii ri cxplic;is n sua clisli'ihuir;iio ~c.rritciri:iI IFig. SI5.
V. Conclusão: Enduskria e Tercigrio na (re)construqiia da cidade e na
(rc)estrutrutaraq:To c30 urliano
ri riieJid:i qul: av:iilq:i um prrlccsw de urb~iiiizar;Gu que r-econquista e
rcuiclii o seu ititeriur (corn i-eriovriç50 rI;r frcriie urliriii:~. i-eahi l i taçdo do teciclo
mnix antisri r iivilicuqTm do ceillro Lradicirinal) e se ex~cndc. rurhnnizurido urii
rui-a1 rixicamciitc cada vcx miiis distatlle TII;I~ ~einp~ralliientt' iliili'i prúxitllo,
ocorre uiii prcicehso de 1crçiariz:iq5o que nlicra a cnrre1:içfio no emprego e
modific:~ si_onilica~iv:irneilie n ç~irrnposiqrio du espaço iirh:ino e a sua paicagcm.
No luge as gr-:tndcs
crnprcs:tq de uiii allct.;ido rerci;isio qiie sc volt:iin para si c para a recans~niç30 dc
Lima cidíidc de amci~idiidcs desnm:~rrada d;i envcilvil~~cia. riu criam-\e nniculnç5e~
cornplcxas de unidadc~ dc gcitKo de eniprcqas e:idri vez mais deyicndenscs
do que ucnrrr. 3 1:ir~;ti disl~~nciíl~.

Enquanto uiiq I'iilarn da indifcreiica Incativa. ouiros (cada vez mais. importií
regi.çlrir\. l';~l;im das Lei-rilfii-ioa. enqunntns espiiqris coin deirrrniiladri especificidadc
culiur:il c cco~lcíniica que pode scr u~ilizada corii vaniaymi pelas einpi-esas
ria ccint-orrencia glrih:il. E.qLc debale e idl.niico 30 qiic se l';v rclirtivamci~te h
possihil idaJc dc Ii:zzmer I'iiii para :i inlinits i+cplic~qnci de çidndc. com ccnlros
ctitlizrcinis e ptirqucb tcmlíticoh a pcrrniiir rcconstruir o niundo pet-frito, da
alccl-ia rlo conautno e da diver~3o. d{i urhanitri sohi-eocuyi;icln e perma~icnienicnre
;irigust Iado. Prricecw cyuc tnlvcz ~ i~ío csteja nirid;~ perio de lcrriiinar. no qu:tdro de
uiii niiiviniento de profuiidir rcslrutiiracào da economia. dos ~ersit6rins e dc lodas
:is facei:is da riri.ss:i vida que. lali~ez daqt~i ;i ~I~LIIII tc11ipc1. it exemplo do que
rictirrctr h3 :tl_ourilns década.^, idos venliani a chamar de rcvoliiç;in.
nc f:iclo, importa con~ider:~~ que. nuni processo dc continua niudanqn,
ali-:ivessainíi~ uni pcríriclo pariicuIxnientc rico na vrii'iedndc e profuiididade das
alicraqacs. i1m:i das qtinis. porvcnlLir,i urna das m:iiç pcrccpiíveis e aceites. icm a
ver com a dirii i nuiç;ici da aniposldncia da i ndú5tria rio emprego c na ocupaqão do
snlri urhann r cnin ris riovai formas com que eslii riciiviciade se articula :'i irivcstiyaç;ici
e a scri~i~o~ os m:iis divcrm5. na çciiiiposiçáo dc nov;ii ii~rmns territoriais.
Ern criritrnl>onlri. piirccc igiirilnieriic p:icjficri riccitar-sc. para (7 tcrrii6rici do
Porko cri1 gcr;il c para u seri I;~dii riçidcn~al e Cedofei~n c Cordclri em prit-ticiilar,
uin movii-iiento dc :iccnLuad:i dcsiridustrializaçãc~ c proyressiva tcrçi:iri~aç80.
Licc 3 coiliplexidadc c imprevisibilidadc das iiiu1ar;Ger;. rodas as opçóes
parecem ein al>çriri. cxceptci o rcicirrio ao SIl3/1t8T g140 ff~tl~. E. ileSIii rccnniyiosiç~o
urh;in:i. leitn de renta~ivaç dc conqiiist:t do rural. da consiriiqZo de cidade iiovu
niis perifci-ia\. iiii dc iim retorno i cidade exis~cnte. onde se misturam C barn-
lt~ani IIC sinais de pcrircri/,;ir;fio e de dcsterrilorializac.Ao. ou de reforço do papel
da c~pcçil?cidiidc dci local e do iirhano. ri Griiridr Por-to pcrrrianeçe rn:ircado por
rrrn passado quc Ilic ccirifcriii ums diti~snsãci c Lima cnnceiltracáo de pessoas,
irifracs~ruiiir;~.;. eqrril~ninenlos c servit;oi quc ii-iiircani pcisitivanicnre as possibilidade>
cyuc r;c ciilricain no seu futiirti.
h4;1i\ do qiie 3 ~orirpiltiç30 c17tr.e os VAI-ios municíptos que cornpõcrii (i
GratiJc Por-~ci r de uIna dicoinriiia çcntrn-perilèri:~ ou Es~c-Ocr;ic yire se ricenrun
crirn n reeslr~itui-nqãu ccoi16micn erii curso. importa ciicarar n qucsiiíci da
rccirgnni7:i.(;;io espacial do Pt71.1~) C Grande Pai-to nuni espitqo ~cogrrífiçu aIrir_gadn
c 11uii1a co1npcliq311 i nicin:iciori;il.
Nesse qii:idi-o. cilc rcrrit6rici. npresciitairilci urna iai~il tiplicidadc de qulilidlidcis
r'. de~v;it~~;igeiis. compúc. na su;i diversidade. ~iiiia particular ídeniidaclenas
Iiarnioniaii, c nu\ ciinlr:isteq, coiistuindr,-sc çoriio rrm toda que rcrii que
criiitinu~ir.
a scr niuito luais dn quc a somri incoereiite lir1.i partes. Porque O
verdadeiro dcçrrfio ser5 i> do conihate i frngn1cniriç3o. cnrre o que exisifa e o quc
vai cxistir. entre 35 parcclai do rcrritório corn os scus Iiahilantes iiinis «adiali-
iados>> c rriiil, :i rioç.;a opiriiáo 6 que. pnr cima das resti-utusaqfie~ da haic cconhmica
e da orqaniraçâo rcrrilori;il. o que verdrideiramcnlc imporia E conferir compelitivid;iclt.
ccim

RIRLJOGRAFIA
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MARQLIES. Tel-e~:~ 55 - /\ it~r/~t,~frifl/i:

EXPOS~Ç~ES, INDÚSTRIA E TURISMO
WFLEXÕES SOBRE UM TEMA DA ACTUALIDriDE
A iintlfisiria e o tui-isiuti eitiio indissol~iveliiieti~
pi-ocessuui.; corno coi~cepturiis, 1120 p;ireceildo existi r ti6-V idas quantci k impor-
~jiicin das inrerligaçúes passivcis de sereni estiihclecid:rs entre esl;h mrirériax.
dcsde ci nirtís imediatista i-eferêiici:~ 5 . Nlinia ~pcrspccliva
liislcirica>,. ~cidrivia. I'JL seiiiidci rele~tiliirii que o fii-ióiiieiiu turíxticrl. nrih sçu~
ccintornos nctuats. emerge c1:wxnente no período do pós-gucrm - pcla dirnensãci,
pelos efeitos ecutióiilicos e sociaiq oii pelo nrdcnumcntri do lcrri~círici - ainda
que. estrutusrilnieiitc. o iurisrno possii ser consideradri crsnici dccrirrcntc da
prbpria Rc~.uirt(-firi Iridirsir-ia1 - nomcndameil~e ao nível dai tranyprirtcs, da
ligado> i;int

problcrnaq dc cnqino, atravis da discuss5o da icrorrna d:i ínstruqão ?iecundAria;
criniinalidridc. conF o relato dc divcrçns ocorrEnci;is corn pormcnares mais ou
mcnos Iicdioiidos: çaiídc. ritr:it'&s da ~iotícia da vacinaçiio de 70 crianqas pelo
medico rnuiiicipul. Dr. Kicardri .lnrge: solidariediidc social e herieriçcncia. com a
reali~nyao de algumas rtkern~csses>i.
Nu capíir~lo do iazcr. crn conferida algunin ilororfcdadc a actividades
dcsporti \.as scrido ~iolici:ido 11111 irrarr.Ii de jhfnor-hnll que teria lugar

Elernentns scihre a c~*riliiqão das feiras e das crposiqões internacionais
cxliosições-feiras foi-.;C vtilpai-izando. podcndo cons~ituit. um dos elcnienins dc
referkiicia dri din5rnica dos paise.; ou das rcgicics. Qucr ritrrivks da candidatura e
prnrntiçiio de .(mesa cvcnlos>.. dc cardcter Unico. no 5tnbirci cli, Burenu Internationnl
de.% Exposi~ions. quer através da realixação de

O phi. Scguirda Grandc Guerra trriuxe uni ntivii Lipri dc exposiqões. pontiricairdo
as ahordageiis iciriA!icas coiii um forte c:ii-dcler pedag(ígicci tct~latido
promcivcr ri ctiiihecimcnto dos ~iicins P-Y~I~~P~~PS
~IIIYI LI II/~~~IOII~CICIC/P SOT~S~~TCI- us
~tcressidorfc.r- i.ii.ili;rrc.ini~~li,\*~~ Dcsde a proi-i-iot;iiti dn Iiurnntiismo erri Bruxelas.
numa fase de pricificaqfio ciirtipcia. aos temas espaci~iis cle Scrittle. :in rclacioiianicniri
cnirc :L huliirinidade e (is rcçLirsn5. 9 tcçiiologiri, 30 desen~nl~lmcntci c aos
occzinos ( Okinawa c Lisboa). ris expoiiçliex vcriam icnias pnrticularrnen~c
signíficnnieq para a sep~iidii metade do séculri XX. pacsando o çucehso das
iniciativas pela escolliri cloh mais niedid~icos ou pela icnlativn dc lançar novas
frenlcs dc di~cuss5a a panir dri ainhicnte ou da cnergia.
A candidatura coniin~in a sipific:iã. ~al çcinio e111 dficridns antcriorer;. uriiil
oport~inidadc de prriiuiiç8o dos l-iiiises. imporia11 tc na çoplaq5o de visiranrcs ciii
lia activaqno eccrniimiça. por todo o nto\,irnento originadu cnl Loriio dcstes nlP,n:i
aconiccimentos. mas IiitqSou larnhhn a servir de núcleo da$ crtinpunlia~ publi-
cit:íri:lç dc nricninçáo turística, de rnoii1.n para contiriu:ir 3 construir a cidadc o11
ri requnlitic:ir é rcvitaliznr círeas coiii baixa quitl idade urbarin. Servcm igualmcnic,
como fenfirnenos iiis~i~adorcs de riiteraç6es inadi6vcis reunindo o r
n;~cicinal em torno dc deciifics irre~rersívcis. enquanto. pcir Últiirio. piirecem
dishricinr-se das pritiçipais cidadci muridiais.
Dc qualquer liirma, ri mu1tiplic:ição das exposições. slgum:~ hrtnalização
que as c~?T~Ic~c~I~;I.
BIC pclo aparccir~iento de parqucs kiii5ticti.ç permaiienles que
;intcciprini c difundem alguiiias das novidades mais dcsLacndas. a diluiç5ri e
dcsrirliçu1at;ilo de ideais ott bliicns inicrt~acionais - ris naciorialismclis ou a
gguers:i Tri:iw - diniinuiiido a2guni:i d:i rcns5o inicriiacional que alimentava (ih
coiit'rontos e cnn~paraçcics enlre países. ii crcsccnlc peiieirnc3e mul tinacionais.
suhaiit~iindo-&e h.; liipicas nacionais ou in~cmuciririais. 1~111 dado lugar
a marcas nienos durndo~iras e m:iis vnl5teis tanto eIn lermos morfrilcígicris coi11o
de conteúdo sinibiilicti.
A e~posiq~ln dc 1865 como cataIisadcira da nindernidade
h reaIizacão dn cxposicáo de 1865 iio Porrci reuniu cni torno dc uili
prrijcctci 111uit:l da capacidndc dc iniçiiitiva da cídadc. O apoio c ;i presença i'isica
dc D. Pcdro V ride der ia também rluerer sifnil?cnr o iilleresse dri ntiqãci na consecuss5o
de 130 ambiciosos ohjccrivos.
No entanto. etiquiinlo noulrns países o prnccssn rirganiziiiivo dos certames
preccdenics se cenrrava em insliiuiçikc inlluentcs. coni ;~ssociados irillueritcs.
capaze\ dc prr>jeclur o succsso das iniciativas i iiternacionfilmerite. nci caso dn
Purio. r apesar do pairociiiiri da coroa h inicintiv;i, 1r;ilou-sc claramente de uii~
proccsso de ãmbito local, icstsit> comri f(~rtri;i dr tciitnl- aumentar

a pmciira de \~isit;inies~. Esia rcdução foi oyecto dc publicidade mas esquinas e
ruas de Lisboa [ande1 1-0r:im alixados grandes e vis~osos cartazes arinunciando a
iíltirna reducçao nos preços de enirada ..., de grande tormalo. e com grandcs
caracrerec iniprcssos a cor vermelha» tcndo no centro uma ngu;~rela representando
o Prilricio de Cris~ald.
Para :iltrn dos efeitos decorrentes da própria exposiçiio com motivaqãn C
etkirns cndúgetios. el:i surge tantn como n resultado das diii5micas da sociedade
porruenxc. norneadan-icnte ao iiivel económico. como for~eniente iiistigadora das
transfomaçòes sociais e çu1~urai.s. ao ponto de Aiberto Pirncntel afirmar que o
Prilácio de Crisinl rompeu eani os c

Os calcndáticis das rrrganizaqiies como espelho
das epncas 1185-1 e 1865-199.8 e 2005)
Desde o sectrlri passado :itE 3 actualidade, as altci-3çfics que ~ivcram lugar
110s dorniniris ahordndos nesle Lcxro. foram t2o ~ignificn1ii.ii.s c tão divcrsific:idas
quc. n50 stj ser5 prtihlem;íticri tenktr identificar os pI3nos erri que ii-iais ie i'izerani scnrir. como seri clelicado e mesmti inipiudcntc evidenciar elcnienlriu
da5 duas 6poctiq pari1 ilustrar as diferenças. 13e qualquer I'orma. enirc as
niúlriplas alteracfies quc c:iractesizarani a evoluçao das rernaticns lraiadas. ser;
talvez no ní\.cI dos processos organizati\'n< que mais se rcr5 kito seniir essa
cvolri

Prirtu~~icscc. ciir-giu a icicia clc I'nrt~i~ril :iprcscntar n critididritur:~ de Lishon 9
orgaiii7:iqrio dc unia exposrç5u in1crn;icicinnl. :2 ciliidld;i~~ii-~i I'cii liir~n~iIi-irci~~c
apr*esent;id;i 1.111 Dezemtii-ri dcu~ ano r: cri] Jutilio dc I992 n RIE \.nlciu I':ivoravcfmcritc
5. prciciiifich pciriuguesnsi\. Decnrrcrn. ~SS~IZI. IIOVT ~IICIS eiitre :I

T.ivrtis impressos
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1-çisurc i11 tlic hgc til TccIiiiuiugy
Cncxixiciicc ni' N:itiini ;rnd 3I:iii
Tlic hfc ai' I>i.;cnveiy
Tlic Cliallctipc ril'n Xcrr. Rnad rn r)ei,clti~imciii

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SruCli>1cl
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UrCxicii
Aiclii
1Cxposii;lres Aprovadas peh RIE
T E M A S
Tlic Occaiis: ,\ Hcritagc for thl: I:uiiiic
R Rcilci I 1st Ccntuy (g:irrieri kstivnl)
Mim. Nriturc ;irid Tcclitinln~y
Iin:igiN.tiinii
Flori;idc 10112 Lgadcti i'cs~iv:il)
In!crnaiiuti;il G:idcri Fcsri~al
Bcyriiid Dcvel(~pnicnr liiidisçrivciiiig N;itusc'c Wi.sduni

UMA PRIMEIRA ABORDAGEM
DOS PROCESSOS DE INOVAÇÁO
O EXEMPLO DO TECHIO PRODUTIVO
DO ENTRE-DOURO E VOUGA
O ohjectivci C sabcr qual a importánciu dos corisextcis urbanos e do.;
conicxiri.; ietritoriais nos prticeçsos dc inovação. Quais s30 os recursos locais
mohi l izados nos prticcssos de inovação? Quais são i-is niodfilidades dc rnohil i-
z;içrio desscs recursos'? Qual a tiaturua da inova+ (tccnofhgica. dc produlos.
dc mercado au orgzinizacional) e qual o papel das instituiçfies locais (centriii dc
l'ormrição. centros iccnolcígicos) ncsses processos de inov;iç5o? De que lòma n
itirivar;ão industrial influencia ;i inovnq3o urbana ou terr-itorial'!
No Entre-Douro c Vouga. em icrmos de número dc cmpsesas. pessoal :!o
scrviço e voIurnc de vendas çohressai urn iecido produtivo ilidiistria1 muiin
diverxi liçado, ccim urna forte cspeci :i1 izcição na indiislria do c3lçndo. corliga,
nioldes e artigos para hebk. iodas elas fortemente exportadnrar. As irzdústrias
ii~ctalomecinIcas e de produicis met5licos. máquinas c equipanlcniíis. chupelaria.
cornpnnentcs para n indi'istria auromt5vcl c alimcn~nres contribiiem para
intensil*içar 3 riivcrsídade iiidusiria1 e para a estnbilidadc d

Iridúslriii dos moldes ein Oliveira de .4zcméis, sislcma Irical de inrivaqIo?
A entrada de uina empresa no sector aulolllóv~l dctcmina internamente
uni aumentn da especialixiiqào e das exigcnciiis enl lermos dc qiialidade. cunrprimerito
de pi-;izos de cIiitega. capacidade de invcs~imcnto e sctunliza~íu lecnolcígica
e irm:i _neslZo dc slticks muito si~orriiii e racioiial. Uni çrinstriitnr dc urriii
itiuliiriacinriírl. quando co111pr;i um:i o i- qiic conscguii-arii ~ingriir. No 1'11131 dos illlOh ~~i~cnt:~ e Il~ícios dos
nnos iioveiila inicia-cc uin novo cicIri dc invcstiiireritris eiii cquipanicntos de
precisTio. exi_eindo uIrrii i-iova apospJ na lònriaçSo dei\ rliil-idros e uti~s aliord~igciii
de novos rncrcados. A crise no secroi- da i'abricat;5ti dc elè~rridomksticos.
bririquedns. eiitrc ouri-tis. n iiível exlcrnn impIiclr~ii uma diiiliiiiriçàn drástica da
siihcri~~tr:ita~,io em P«I-lugal c as ernprcsas quc náii tin hiim I igaçcics directas ao
mercado seriiinim dific~ildades crri Iniintcr a produy5o. O osl'orp quc ii1gum:is
empresas tiveram dc i-calrjriir para atingir novtis inercados. netri scnipi-e I'cii
suportaclo de uiiia liirina saudhvel. pois os mercados ~radfcionais tdesi~nadarnciite
ns brinqucdci?) cstavniii eni franca rccesl;5o.
O actual posicioiiarncniii no mercado cxtei-liri csi5 relacionado corn o
cstnuitri dc Inrneccdores dc pi-inicira linltii quc ri iridús~ria lucal csla a cniiquisr:ir.
Ein ternlos nacioriais c irircrnricii,riais I-iA uiiia liii-LC cnriconEncia na produgari d~
iiir~ldcs dc 1,equcn;is diiiieiisócs. criquanto que os moldes dc diriicris~ics mtcdias e
de grande\ ditiicri\ões, por seretn cada trcz rnrii~ reci~iilrí~icos. scntenr cada vcx

t'lM PRIMEIRA ADOI1IiAGE:W DOS PROCFISSCIS DE INOI!~C'-\O
menos 3 ~011corl-ellcia internaciona!. UITI iifinicro tnuito restrito de ciilpreciis
locriis que têni o csraluici de fornecedoras de 1" linha. diido qiie n maioria das
unidadcs traballiu cm regime dc subconiratriçiíri para empresas contraranres
nacionais ou estrangeiras riu para gabinetes de çolocaq50 de rnoldcs. A nível
local hA cerca dc ciirco ou seis empresas de ditnciisão j;í consider5vel que
cosibiiaiii com umri iinensidão de PME's. Ac~ualmen~e n fabricaçfio de rnoldcs
em Oliveira de Azerntis C um dos principais centros l*orncccdorc.; curopeus C
internacionais da indústriii aulornóvel. clcctrónica c dc clcctrodom6sticos.
Os fenómenos dc adopqiío c dc difusão da çeçnologiii !Cm-se descrivolvido
de urna rorrnn mui~n salutar, perinilindo que srandel; c pequcilus
crnprcsas aprc~eiitein um riivel tecnoIdyico muita competilivo. A rcdc tGcriicn e
de invesliguç30. desenvolve-se eni tomo de empresas locnis e externas. recorrendo
só esporadicamente a insti~uiqoes exiernus ao seciar (Universidades ou
Insiituiccie~ dr Invcsi ip;içsn). As rel~içfies c0111 scrviços de consultadorili extcrna
são lambem iiruito rcduzidos. As trocas e a cirçuIa@o de irifonrraç50 teciloliigicn
e organizaciona1 6 assim cruciaI c raz-se ao nivel IocaI e internacional.
O Kriu\i+-l~oir. nii conecpçào e desenvoIvimento e as çartlcteristicas C
cupacidride dc lidrtprrição du mao-de-obra Is inovações tecnolii, nicas fcirlin~ e s5o
ns elertientos de comperividade inlernacional das cml-ircsns locais. Na indiístria
dc moldes. ar; redcs de reIacionarnento Entre empresas locnis e internacionais
saci rnuitci fortes. pois n dcsenvalvirnento do produto exi_nc :i uoca dc conhe-
ciinenios no lonpo do processo de concepg,?~ e produção. O nivcl dc cscolaricdadc.
de qualitic:içõcs c de saldrios d:i m5o dc ohsa ncsta aç~ividadc 6 declaradamente
superior :i rnCdia das indústrias locais e nacionais, mesitio nnç PME's. Nestii
actividade iiidustrial n peso dos Iicenciado~ em cngci~liaria e dos tecniciis corn
escolxiedade superior ao 9." Lino. associada n uma liirriiriçilo tiri zireli do plane~iinento
c desenvolvimento pode aiingir niriis de 40% do pessoal. O emprego
nesta iridGi~ria L mriiciri~ariarnentc niasculiiio. com valores aciina dos 90%. c OS
nivcis salariais r de gualificaç5o que Ilic cst5o asçociados canl'crcrn aos irnibnlliridores
um sin-iholo de stotus no meio IncnI.
Einhora eniergindo dc fcirm:i autóncima rclaiivamcntc h institliiçfics clc
pocIer Iocal. u enipresiíi-io das indústrinis dc nioldes pode vir a constituir-sc
c111 qcntc com lima iinporiância crescente na socicdade local. Aumentar a
visibilidade ao nivcl ~egioiial do sucesso do cresçimenlo. iiiov:ic;ào e inaernacionalizaç5o
de'iia indústria podc mcitivar 3 ino\.ii@o e uma ]>os(ura mais agressiva
dc outros sccioscs locais, igualmeiile iiilernricioiiiiIizndos.
Jndustria do calqado, um ranio industriaI dual?
O sistenia produlivo dn calçada é locriliiierite urii seclor I'ciricrnente
segmentado:
- por uni lado, ternos exeinplos de empresas inovadoras. fortemente
expostndor:is. apostando num produto dc qualidade e dr desi~n. ern
que o binómio q~aIidade/preço torna-as i~~uito coinpetitivas e prirri as
qual5 ris questões da organizaç5o e da gestEo, da qualificaçiici dos
recursos humanos c da autorn~çáo sáo areas privilegiadas de intervench?o:

- por olitro, o tiul.ialliri au cIcimicíIici. o Ir-al-irilho prcckio c inal rcmunerrido.
:i clesv:ilorizaq3o rlo irrthnlhn ikniiriino. os Iiorriric>s de trabalho
ilegais. ri ~iiisêrici:~ dc ~ircilaçúcs para ri scgtiranqrt social ou de
co111rjhtiiçõ~s fisciii~ e Iab~raç;10 e111 ciives. gai-agcni ou anexos sem
o r-riítlin~ri tlc condiçõch de ir:iRallio. são r:iinh6m utriri re:ilidade
dcm;isisdo prcsciirc.
Sanrn Maria d:i Fcii.3 (E6.9%l. 0livcir:i clc Azcinci:, (14'2 ) e S. JoZri dn
M rideirri 1 1 0.7% i coizceiili-iiiii ccrc:i de 42% do crriprego iiriciorial da EiidC.;triri dc
calçado i MESS. 1997). D:id:i ri cniiccnls;iç,'io secroi ia!, ;i cstraiégin de dcscnvolviiiicriti)
c tle inovaqao dc.sLa indústri:~. iòr~ciiiente expoi-~adcir:~. passa natusalineiltc
por csie sisrcma prndu~ivo local.
A estrutura cni1ircsnri:il C dominada por PME's. etil gcr;il cic propi-icduclc
familiar. c111 qiic OS rlíveis JC prndutividadc risicii est5o relricirin;idoi com a
liiic;i çnpaçidadc di: rir~aiiizrição c ~ csl2u e incxir;ti.iicia cm I'rinugal dc sectores
forics a rticintnrire. de I'ornia n :iurnentar ri:, rcdcs dc i-eIacioriariicriro e de coopcrayiio
cmprzsarial. fi 11111 scctoi- liine~iicnie exportador. ainda que rieslsi 5rea li;!ja
iini núnicro rnuito çciiisidcr6vel de cnipres;is quc tr-abalha iinicriinente para (j
mercado nacicin:il. E111 ternios dc consuiiios iiitcrmLdios Iii urna I'orrc dcpeiid2nci:i
do cxteriiir. assim coiiic~ ao nívcT dos eq~iipari~ciiloi. O deficieiiic doinínin
dos criilais cIc cliçrrihuiçiíri. dc.;ign:idrimen~e a f'~>rlc depeiidL=ricia dos intcrine-
~liiírio:, z ;I COIISC~UCIIIC cIist3ncin iio cilicntc S~nal. diiiçultrriii o acesso i inforniaçáo
soh1-c a> ~crrrEnci;t'; de 111cscilc10 C ils ~imc~erisri~il~ dos produ~os clc nirxf;~.
,\ iiidúh~ri~i ilo calçado crintiiir1:i :I encontrar (IL scii.4 eleiileiitos dc flcxibili/.riq:ici
e r~ur~ariiziiq5ci cla produç5o na desccincentsaçàci produii\-a. O rccidn
produtivo 1oc;il eçi:í orgaiiiznd~i crn trii-rro de utn núiiierc} ~nuilo pi-aiidc dc pcquen:iç;.
riiCdias e ~ ~ ~ ncrnpresas. d c s que se liica1izar-i-i erii S. JnZo iola Mideua c liris lieguesias
liiiiilrcifes cios coriccllioi; dc Sniil:~ ;ll;iria da ['erra c de Olivcii-:I de Azcii~cis
(dcsignadriiiicnic. Ai~i l'ann. Escup5ci. I! i 1 lieirfis dc Poi;ireh. S. Rcrquc. Cuc~~,jTies,
Macirir;i de Sririics, Nogiieir~t do Cra~.i~).
.;5. ariicirlac5o cnti'c ir:, grandes L' 31 IICCILI~II~~S eiiipre.;ni citnbcleçc-~e
riLi-:~vés dc rclacrics cfc siihctiiitrzir;i~,io ou dc tra1-i.rilhn :io doriiicilici. Segu~ido
inlili-rriaçr?ci do Siriilica~o d:i 1tidtlstri:r rlo Calqado. o irahalhn ao doiiiicílin,
desi~iiaclnri7cnre n:i zona rla Scrr~i da Fr'rcita. c o Irnb:ilho inf'an~il. .;Zci iiidic;idorcs
da ffa_oiliçIatlc cJri seckii- iiiclttslriril Iricnl. A sulíçcintriiraç50 cstií ahscicind;i h
irrcyu1:iridade drt Iiimcura. míiti~.adn pcir 17;iri:iqGes cícli~iis nii c;i7onnis c L
iiecessidadt dc ~>rndiixir 11111a li ri li;^ cfc prod~itoc dc pcqiicnar series. crn qiic cis
sis~ctiia> clc nutoriiar;%ri x;ici iririper:iritc> ou irnplicain ii-npiinanici inl-esriiiien(o~.
Ehta curr;iiti.:in de scgmcn1:iqào da prcidut;;~ desei~cadeadrt pc1a.i empresas
cciritratniites - crilircriido crnprcsrii indu.;rrinls de dinicn\zin variríueI ou por ve7,e.;
r

olatividade do pesrninções recolhidas nri Ccntro Teçnolbgicn, o seclnr eslá a i-espnndcr
de unia forma inriis ou menos saiishihria as qucilr'ies do controIo dc
qu;ilid;idc. dc nomulixação c ccrtificai;ão c Us novas exigEriclas em tcrmos de
scgiirrinqn. arnhienrc c rnarkcliiig. Um grande núinero de en-iprcsits quer apostar
nurna aprnxiriiaq5o ao clicnic. na elaboraç20 dc joiiit-ventures e no dcscnvolvi
ineiitn dc novos l-irodulus. As I i giições designadaineriie ;i engawaf;idorcs. a
di~tribuidores espeçi:ilizridos em embalagens para hcl-iíclas e a ral~ricrintes dc
yan-alas. iiiima 10~ica de cnoperac;áci c dc fidclidadc aparccc como um factor de
esrratCgia corrcori-clicial a privilegiar. Na fabricacão de rtilhiiil. n Rnow-huw
tocal tem de e.;lar na fabricaçiio de uma rolhri udapiada h garraya c h l-iebidri.

TERESA SÁ Af.4 K.pU.FA'
O gi~ariiismo do Grupo Arnorim, contrapõe-se, mas tarnbkm contribuiu,
para a pulvcrizrição indusLria1 desie sector. O voIume de produção e de criiprego.
a interiorizaç5a dor sei-viçns de investi~açao e deseiivolvimento de produto e
uma ahrirdagein ngrcssiva C çonipctiiivli ao mercado, demonstram a capacidade
concorrencial dcstc grupo industrial. que concentra cerca de 40% dos negúcios
da cortiça e emprega cerca de 3500 iraballiadorcs. Quaiquer estrat6gia dc
desenvalviniento desle sector passa naturalnienlc pela acção c solidariedade que
este Frupo pcide eni-aízrir localmente.
Se. por- um lado. esta forte concentração tem efeiloc dcsmobilizadores
junto das i-rnpresa? rle nicnares dimcns5o e crini menor capacidade de
cniprccndirnento e dc labbie instiiucional, por ou~sri o seu pcsn niicional dcve
sei- agm~~do c111 qualquer csiratégia de qualificaq5o desta 6re3 industrial. Neste
sentido. :i nivel nacional e inrcriiacioria1 6 imporlanic consolidar em terinos
rEcnicos e tecntilógicas (equipamentos e rccurstis hurrianos) os ceritroç de
t'nrrnaçnti c de apoio tdcriico. de forrna a que as PME'S se sintam apoiadas c
consigam compelir coni as grandes empresas (bem equipadas em ierrnos
lal-ini-aioriais c com capacidade dc invcstigoçáa, desenvolvimento c de preçtnçno
de servicns 1.
A indústria da cortiça muitn poluentc. mas, scgundo informaçc'rcs do
Ceritro Tecnológico a situacrio i150 E catastrófica, ainda que bastanic grave,
sobretudo nas I'rcgucsias de forre irnplaritaçZo deste secrrir (Sra. Maria de
Lrirnas. Lourti~a e Pnqos Bmnd5o). A Associaçiío dos empresdrios da cortiça
esrii liiflemente inrcrcssnda na resoluç5o desce pnibkma e est6 ri colaborar- cm
diversos eqiudoç juntarnen tc com ourrns irist i tuiçc"ies, designadamente a C5mara
Municipal'.
De que formas as cidades s.50 focos de atracção c concentração
de serviços 5s empresas?
Dos trEç concelhos, crri icrrnes de serviços hs einprcsas destaca-se a
sjtuaqão da cidade dc S. João da Madeira que assegura um conjunta de serviços
inaiq qurilil'içados em tnnlbi-ia de comércio, de serviços as empresas, de
l'orrnaçlo. que LI distingue rclativarncnte aos centros urbanos envolventcs e que
ctinirihi~cni~~ara ciipi l;llizar a diriin~icíi indvs~rial presente na regiari.
A csrrutura de sci-viqcic em S. Jo5o da Madeira traduz iimn clara cspecializiição
que se irisei~c na cspecificidade da fileira industrial loca1 do calçado.
Assim. ;l clara uma diversidade dc servi~os que vão dcsdc a lòtografia publicitaria.
o CAD/CAM. ci designlmodelismo, os agentes dc compras e ris trndings e
a comercializaçZci de i ~~~uinris para o caIç;ido. nnrmalrncn te associada h
prcstncao de serviços dc inontaycrn. maniitcnç5o e assessoria iecnnlúgicri.
Vcrilica-sc que a Area de inorcadci destns empressis de serviços iiItsapaçsa 05 trcs
çoncelliris do EIXO Ui-banri em estudo c que sc esteride a outras áreas onde a
indústria do crilçndo esr5 forrcnrcnte implantada (Felgueirns. Guíninrães e Vila
Nova dc Gaia. sobreiudo).
A forte ehpccialização destes serviços ein S. Joãn da Madcira demonstra
ris vriiitagcns dcrivad~is dc urna proxinridude física ao tccidn produtivo. o que
cnntri bui para dcsciicadear irnponrintes efeitos dc inovaçfio nas PhITE's. Nos
scrviços 5s cmprcsas dorniiiatn processos de inlcgração vesiical no sistema
pi-odutivr7 local. A partir dc um limiar de procura einergem processos de crcscirnento
dos servips. admitiiido runt;?jes de ní\lçl por vezes melropolitano.

Llma políiica vriluntarista de loc:iliziil;río do Centro Tccnológiço e do
Ceniro dc Fnnnação Profissional na cidade contribuili para arrastar e precipitar
3 emergência de actividades privadas dc serviços divcrsil'icados e forremenlc
espeçi:iliziidos. Esic tipo de estruturas tcni capacidade de l'ixrir um conjuiito
diversificado dc quadros profissionais qualificados c arrastam processos de
inovciçZo.
Em tesrnos de redc urbiinri regional. esla especializat;5o e qualificaçao dos
sei+viços prcidutivos dircccionados para a indústria do calqadado contribuiu para
níveis mais clevadcis de Iiierarquiti urhanu. impens5veís para esta massa urbana.
Assini. elita cidadc dernoiis~rtiu ter capnctdride de fixar scrviqos de perfil
superior c tIc fileiras cspecializadns que se Iígarn com o potencial industrial do
seu espaço urbano e dci ~crri(6rin envolveiite. Joga-se aqui umri centralidade
difcrenc~;il cspcçírica que nIcnnça uina n-iaior polarizaçãci icgional e sc estende a
peog5firnincnie n3a contigwas.
OLILTAS ííre3~
Çcin\r&m rcalçar que a ctincentraç30 de scrviçiis direccionados p:ii'ii o
sccior iridustriri1 do caEqado em S. Jciãri da Madeira desencrtdeau Lima dinâmica
iiou~ras 6reas dc serviqris mais tiorizontais. designadamcnlc as ~iuditoriris c as
consuliadorias na 5re:i da gest5n c da orgariiznç30, os revisores de conias e os
serviços jurídicos. Esta ccnrralidude etn ternlos regioiiajs em tcrnlos de sen~içns
pcidc vir ;I densiriçar-se rios próximos anos.
O Cenrro Tecnolrígiç

cionarrrentc) interriacional deserivrili~e Iocalnicnle lima espccializaç~o turjsiica
ern rorno do turismo dc ncpócias.
Se o prnjccto do PCT-P çe viesse a concretizar. 3 indústria de nioldcs
poderia çonirihiiir parli a viahi1iz:~ção de uin;i área de ensino superiur ne Parquc
(curso de polimeros. urna cspcciril~za~5o da engenh:iria metalomcc9nica
vocacion:~da para. os mrilclcs. engenharia de sistemas, cic). per~iiitindo incre-
rncnt:tr 3 coope~í~qão
entre UnivcrssdadeEmprçsa e :i criaq50 de urna el;trir~ura
dç rcirmaçno cni parccriri cnrn as empresas.
Concluindo. a oieri:i dc serviynl; no Eixo Urbano é suficicriternenie diver-
sifiçadn e concentra instii~iiçõcs dc ripoia teciiico, ieçnolOgico. rirganiznçional.
cnrncrcial e ndrriiniiirntiva cnpazcs de servir dc suporte i hasc industrial local e
regional. A ccntrliIirlride conieridii por estas inslitiiições devc ser canalizada c
rcn~aliilizrida pelo niiporlc urbano do Eixo e devem ser desencadeados processtis
de innv:iç:?n urbana.
- A inovação e n intcrnacionalizaqãn são nu n5o atributos tcrritnriais?
- Que cnntestos locais oii internacionais podem desencadear processos
diferenciados dc inovaç503
Utiia iíi-1'11 limitiida (ires cnnccllios conríguos) deram origem a dilercnies
problerziiticas c ílinAmicas industriais. de sçi-viços e dil.ercn~es processos de
urbniliznc50. A c:iracreristica rriiniim quc parccc atr~vessar cste tcrrilório c que
icm ;iconipririli:id~i n Iiistúija local é a capacidiide dc iniciativa empresarial:
difcre~ites ramos industrinis, diferentes estrídirrs de deset~vulvimento. divcrsificados
processos de iiiternacionalizaq-50.
4. indúslri:~ dii cortiça E uni r;irnri industrial rundarnentaln-ien~c tradicional,
no qual o Grupo Aiiioi-iin descolriu numa estrai8gia de liderança in~ernacioilnl.
A dinsmicn industrial nsri desericadetiu procesici:, dc terciarizacão nem dc
ai'irmaqzin urbana. Esliuluras dc subcontrniaç30 coabitam com griindcs empresas
verticais. O mercado iiiicrnacionnl nos tíltirnoi anos Lem desencadeado Icicalrnentc
processtih de quriliiicriqão c de inovaqãn.
O sisicnia produlivo tio calçado dcsenc:ideou uii-i processo dc icrciari-
zaçso urbana. na área dus scrviçoi Bs empresas. quc eincrgiu cm rorno dc tima
estrutura initit~icional foi-tcinenle enraízadu 1Cen~ro TccnoICi_niço e Ccntro de
Formacáti). E;,hrcs rerviços L1.s enipresas sZri nós Iùndaiiicn~ais de inuvaçiío. 1-15
uma cstruiurn org:iiiiz:itiv;i empresarial lindúsrria e serviços) e insritucional
forteinentc e~rral.~uda lucalmenfc. Um rrrercado exteriio roricmenre coinpetitivo
tem sido iim elemeniri furrdarncnial dc recstmiuragr5a e dc iriova~iio.
O descni.íilvirnento da indústria dc molde< esta hoje em dia intiiilamenzc
reIacioriildii corli o papel cci-ilral que jogam as inrerrelações econónr icss e sociais.
lnterrclacionainen~~~s ctirrierçisis mr~ito
foflcs e111 Lermos locais c in'temacion~iis,
uinii m5o-de-ohra ílualificadn capaz de assimilar e adapiar-sc :is inovaç0es
1ecilalógic:ic. um knciw-liow local e um espaçci ou rcde de ceopcraq.30 tScnica c
de dcsenvrilvit~irento de pi-ndutti ri nível mundial s3o algrrns dos ing-edicntes
f~indanieniais dc inov;ir;50 e inrcrn;icionnlizaçã~. Esrcs processcis económicas
não dcscncadeanzrn nti~i-as diiiãmicas locais. dciigr1tid:imente capacidades dc
ensaíz:imenro de serviqzis em coi~lcxios urbanos.
4 76

~,{.i~rl, SRI,I.IUHA AIIC~KDA GE,M aos ~-~~ur=:;r.sos nE !rh~oi/,iç-,.i(i
Ern sinlesc podem extrair-se alsu mas conclusfiei pi-i nçipais sobre u teçidci
produtivo indu5tri:il no eixo iirbario Satita M3ria Fcil-u / S. 1030 d:i Madcirii I
/ 0liveir:i de Azernéis:
- a existéncia de lima I'oite base ind1il;trial de rratureza marcridarriente endii-
gen:i c coesa. coni diversidiidc siictorial. h:isead:i cin rriodc1os de cnm-
pctitividndr niuiln divcrsific:idiiç, dcsdc o prcqn. n qu:llid;ldc, O design,
ii invesiigaqiin aplicridri. o dcsen\,r~I\-imento do prodiitn. ctc.:
- :L coexistêiiçi:~ c unia rorte ariiculqiri cnlre einpi*esas dc dilèrenteç dimen-
sões. dc hase íaiiiili;lr ou náo. rrliccrqad:is no itcsitnc da suh-contr:itiiçan.
Esias redes de rclacio~iarncnto prodriti vci podciii eslnr Y i @as a diferentes
fàciui-cs. scguiiido uni21 lirgica de diii~inuic;Sti dor custo5 cili uni;i
Icigicn de tlexrbif iziiyãt~ ou dc org:iniz;içSo da produ+u iiitcrniicionsil:
- n haixri iiívcl de cliialil'icação dos rccurqos hur~iarios locais :isçociadr~ a
nivei~ scilnriaih iiiuito baisos. cr-in~rapõe-ic cotn ;I cnicrgeticia de
ntiçlctis Fndustriiiis quc Lipostam lia v:ilorií.,açfici d(iu sccursos fiurn:inos
c etn níveis .;alariais c rcgalias sociais supei*iorcs;
- unia hase iiidiisiri:il de rriiz cnd6gerin que opili por i1l11a estrafégi:~ de
nacion:il OU ~IIII:~
forte iliscrgGci rio ii~crcado
base iiidusirial que prefere
unia posturii agressiva e ino\.;idora dc foi-te qu:ilidudc c dc cle~envolvirnenro
dc produ~o no mercado extcrno.
Cr)ncTuindo. divci-sos l'aciarcs jo_e:irn rios proccs.ici5 de inovriq:?~ das
empresas. scndo cerlci quc certos contexlos terilciriais iiiiluenci:im et;scs ri~cs~iios
proceqws.
NOTAS
I. Esta eriiprcw pcrlcncc ;t urri itiipcirt:~iiíe griipn irnricé.; dc poiirci (13 ilidúhiria :i~itririifii.rI c uiii do5
principcirz Vorneced(ir,eh in1indi:iii.
2. Oiiilni ncç%e~t.!. csi;ín :I sei. ticscnvulvicios. Jcsi;ti:id;i!ncnie o «Estudn clri impricici J:i ro1li;i rici gnsiu
dri vrnliiin. iittiii wiiip;inlin p~ililicitliria clc prainoq:iu d;i sollia lia iiiei-c:idn ehtcrtiii c ri ui-yar~iz~v,íici
dt uni:[ Veir:~ ii~tern:ici~~ii~~I ,iunt:ii~do os i~tdklri:~i~ d:~ cclr~ip, [!;IA c.n~lm!;~gc~~.~ c 05 produiorcs L >L~
dislrihuidrircs dc vinliris.