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a argumentação em trechos da obra o retrato de dorian gray, de ...

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REVISTA LETRA MAGNA<br />

Revista Eletrônica <strong>de</strong> Divulgação Científica <strong>em</strong> Língua Portuguesa, Lingüística e Literatura - Ano 04 n.08 - 1º S<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> 2008<br />

ISSN 1807-5193<br />

(Crystal, 1995). Encontramos <strong>em</strong> nosso terceiro trecho o ex<strong>em</strong>plo: “os gran<strong>de</strong>s fatos do mundo: a luz do<br />

sol, a primavera, o reflexo <strong>da</strong> lua <strong>em</strong> águas escuras”, colocado pelo autor <strong>em</strong> uma relação hiperonímica.<br />

O paralelismo, segundo Fávero (2002) é uma reutilização <strong>da</strong>s estruturas com diferentes conteúdos<br />

ou ain<strong>da</strong> a recorrência <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos do mesmo campo lexical. Pod<strong>em</strong>os verificar que este trabalho <strong>de</strong><br />

Wil<strong>de</strong> é pleno <strong>de</strong> tais estruturas que o enriquec<strong>em</strong> e reforçam seu po<strong>de</strong>r argumentativo. Os ex<strong>em</strong>plos a<br />

seguir são ilustrativos <strong>de</strong>ste fato:<br />

“Gosto <strong>da</strong>s pessoas mais do que <strong>de</strong> princípios e aprecio mais pessoas s<strong>em</strong> princípios do que<br />

qualquer coisa no mundo.”<br />

“... alimentam os famintos, vest<strong>em</strong> os mendigos”.<br />

“Você t<strong>em</strong> um rosto incrivelmente belo, Sr. Gray... Você t<strong>em</strong> somente alguns anos para viver<br />

realmente”.<br />

1.4 A coesão e a coerência<br />

Sobre a coesão e a coerência nos aponta Fávero que a primeira ocorre no nível microtextual, na<br />

superfície do texto e que a segun<strong>da</strong>, no nível macrotextual, na estruturação do sentido, ativado pelas<br />

expressões do texto. Incorpora o conhecimento <strong>da</strong> experiência cotidiana e fatores não lingüísticos.<br />

A s<strong>em</strong>ântica procedimental é aquela escolhi<strong>da</strong> por Beaugran<strong>de</strong> e Dressler (1981) e Marcuschi<br />

(1983), pois opera com a razão e a experiência na aquisição <strong>de</strong> conhecimentos. Marcuschi (apud Fávero,<br />

2002) salienta que a coesão e a coerência estão longe <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminação clara, pois a coerência é uma<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretação individual e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do contexto, sendo que dois<br />

interlocutores se entend<strong>em</strong> porque t<strong>em</strong> conhecimento partilhado <strong>de</strong> mundo e pod<strong>em</strong> interpretar o texto <strong>de</strong><br />

forma inteligível. Já a coesão, segundo Fávero, é uma relação linear entre as frases e não é n<strong>em</strong> necessária<br />

n<strong>em</strong> suficiente para a coerência.<br />

1.5 O uso dos Dêiticos<br />

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