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Ceará ganha o primeiro Hospital de Grandes ... - Faculdades INTA

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6<br />

EDUCARE<br />

EDUCARE ET REDIMERE<br />

REDIMERE<br />

JORNAL<br />

Na sala <strong>de</strong> aula<br />

FACULDADES <strong>INTA</strong><br />

Alunos apren<strong>de</strong>m<br />

sobre hanseníase<br />

Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010, foram<br />

registrados 104 novos casos<br />

<strong>de</strong> hanseníase em Sobral. A<br />

doença, causada pelo bacilo <strong>de</strong><br />

Hansen (mycobacterium leprae),<br />

ataca normalmente a pele, os<br />

olhos e os nervos. A maioria das<br />

pessoas é resistente ao bacilo e,<br />

portanto, não adoecem. O bacilo<br />

<strong>de</strong> Hansen po<strong>de</strong> atingir vários<br />

nervos, mas contamina mais frequentemente<br />

o dos braços e das<br />

pernas. Com o avanço da doença,<br />

os nervos fi cam danifi cados<br />

e po<strong>de</strong>m impedir o movimento<br />

dos membros, como fechar mãos<br />

e andar. No município, o total <strong>de</strong><br />

pessoas já em tratamento é <strong>de</strong><br />

134. Os bairros que mais somam<br />

casos são Sinha Sabóia (20 casos),<br />

Terrenos Novos (14 casos) e<br />

Sumaré (11 casos). O Brasil é lí<strong>de</strong>r<br />

mundial em prevalência da doença,<br />

segundo dados do Ministério<br />

da Saú<strong>de</strong> e a Organização Mundial<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS).<br />

Para enten<strong>de</strong>r e estudar todos<br />

os dados da doença, alunos<br />

do <strong>INTA</strong> participaram <strong>de</strong> aula<br />

com a equipe do Movimento <strong>de</strong><br />

Reitegração <strong>de</strong> Pessoas Atingidas<br />

pela Hanseníase, MORHAN-<br />

Sobral, através <strong>de</strong> uma palestra<br />

organizada pelo biólogo Mauro<br />

Vinicius Girão, professor da disciplina<br />

<strong>de</strong> Histologia Humana do<br />

Curso <strong>de</strong> Fisioterapia. Na palestra,<br />

ministrada pelo coor<strong>de</strong>nador<br />

do MORHAN em Sobral, Francisco<br />

Jocilânio Neves da Costa, os alunos<br />

da disciplina tiveram acesso<br />

a informações importantes e tiraram<br />

dúvidas sobre a <strong>de</strong>fi nição do<br />

tema, a situação atual do município,<br />

o diagnóstico, os sintomas e<br />

relatos <strong>de</strong> casos.<br />

Durante o encontro, o coor<strong>de</strong>nador<br />

do MORHAN chamou<br />

a atenção para os cuidados que<br />

a população <strong>de</strong>ve ter para prevenção<br />

à doença: cuidados específi<br />

cos com os sintomas nos<br />

olhos. Se tiver permanentemente<br />

a sensação <strong>de</strong> estar com areia<br />

nos olhos, a visão embaçada ou<br />

ressecada <strong>de</strong> repente, ou se tem<br />

piscado mais que o normal, lesões<br />

na pele, muitas e espalhadas,<br />

infecção no nariz com crostas<br />

e mau cheiro, sangramento e<br />

bloqueio, infecção no olho que<br />

po<strong>de</strong> causar infl amação na íris e<br />

córnea, perda <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong><br />

nas mãos, pés ou outras partes<br />

do corpo.<br />

INFORMATIVO SEMANAL<br />

EDIÇÃO XIII - ANO I - De 24 a 30 <strong>de</strong> abril/2011<br />

Artigo<br />

Adriana <strong>de</strong> Oliveira Alcântara<br />

Assistente Social, Mestre em Gerontologia,<br />

Doutora em Antropologia<br />

Social e Profa. das Faculda<strong>de</strong>s <strong>INTA</strong><br />

É possível<br />

uma socieda<strong>de</strong><br />

para todas<br />

as ida<strong>de</strong>s?<br />

“Somos mais jovens e mais rápidas”. Esta é a fala<br />

<strong>de</strong> uma jovem numa cena do fi lme Tomates ver<strong>de</strong>s<br />

fritos, em resposta à mulher <strong>de</strong> meia-ida<strong>de</strong><br />

que, indignada, reclamava ter visto, primeiramente,<br />

a vaga no estacionamento. Diante <strong>de</strong> tal cena cinematográfi<br />

ca, mas plena <strong>de</strong> vida real, refl ito: quão<br />

distante é a velhice na/da vida do jovem. Como é<br />

difícil sentir-se no lugar do outro, que mesmo não<br />

sendo eu, retrata minha condição futura.<br />

Na década <strong>de</strong> 1970, Simone <strong>de</strong> Beauvoir, em sua<br />

belíssima obra A velhice, já nos chamava atenção<br />

acerca da indiferença da socieda<strong>de</strong> para com o segmento<br />

idoso: “cada membro da coletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veria<br />

saber que seu futuro está em questão; e quase todos<br />

têm relações individuais e estreitas com certos velhos”<br />

(p.265).<br />

Hoje, o prolongamento da vida possibilitou a convivência<br />

<strong>de</strong> várias gerações, ou seja, a pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mundos. As relações intergeracionais confi guram-se<br />

num cenário <strong>de</strong> embates, haja vista a efemerida<strong>de</strong><br />

das mudanças. Avós, fi lhos e netos, frequentemente,<br />

não compartilham dos mesmos pontos <strong>de</strong> vista.<br />

Como refl etir a inserção do velho nessa dinâmica em<br />

que num curto período <strong>de</strong> tempo as pessoas passam<br />

a fazer parte do mundo do “antigamente” ou se<br />

tornam obsoletas, como coisas? De que maneira se<br />

caracterizam as trocas intergeracionais?<br />

Face a convivência <strong>de</strong> confl itos e divergências <strong>de</strong><br />

valores entre gerações, como construir uma socieda<strong>de</strong><br />

para todas as ida<strong>de</strong>s? Esta foi a recomendação<br />

feita pela Organização das Nações Unidas – ONU,<br />

por ocasião da II Assembléia Mundial sobre o envelhecimento<br />

humano (Madri, 2002), tendo em vista a<br />

promoção da solidarieda<strong>de</strong> entre as gerações. Seria<br />

possível uma socieda<strong>de</strong> intergeracional? Como estamos<br />

contribuindo para uma cultura da longevida<strong>de</strong>?<br />

Enfi m, po<strong>de</strong>ríamos ainda pensar: E o que seria a<br />

vida sem uma ida<strong>de</strong>?

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