reformador maio 2006 - A.qxp - Federação Espírita Brasileira
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eformador <strong>maio</strong> <strong>2006</strong> - A.<strong>qxp</strong> 12/5/<strong>2006</strong> 11:39 Page 10<br />
Moderação e<br />
Quem sabe conduzir-se com equilíbrio, raramente repete com aflição as<br />
experiências. Vivendo hoje com elevação, amanhã prosseguirá com felicidade.<br />
Marco Prisco 1<br />
avegavam há algum tempo<br />
quando, repentinamente,<br />
sem prévio aviso,<br />
foram surpreendidos por uma<br />
tempestade de vento no lago, e enchiam-se<br />
d’água, estando em perigo...<br />
O Mestre dormia sereno, alheio<br />
a tudo...<br />
Chegando-se a Ele, atemorizados,<br />
o despertaram dizendo: – Mestre,<br />
Mestre... perecemos!<br />
E Ele, levantando-se, repreendeu<br />
o vento e a fúria da água; e cessaram,<br />
e fez-se bonança...” 2<br />
Informam os Espíritos Amigos<br />
que “a calma na luta é sempre um<br />
sinal de força e confiança; a violência,<br />
ao contrário, denota fraqueza e<br />
dúvida de si mesmo”. 3<br />
“ N<br />
Em todos os lances da vida,<br />
principalmente nos mais graves e<br />
aflitivos, Jesus se manteve sempre<br />
1<br />
FRANCO, Divaldo Pereira. Semente de<br />
vida eterna. 2. ed. Salvador, BA: LEAL,<br />
1989. p. 94.<br />
2<br />
Lucas, 8:22-25.<br />
3 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o<br />
espiritismo. 121. ed. Rio de Janeiro: FEB,<br />
2003. Cap. XIX, item 3.<br />
10 168 Reformador • Maio <strong>2006</strong><br />
discernimento<br />
ROGÉRIO C OELHO<br />
plácido, moderado, confiante, intemerato,<br />
impertérrito, pulcro, tranqüilo...<br />
A moderação e o discernimento<br />
juntos ao seu imensurável Amor<br />
e compreensão eram as variáveis<br />
contínuas emprestando singularidade<br />
ao seu modus vivendi junto às<br />
criaturas.<br />
Nossa saúde mental e confiança<br />
nos Superiores Desígnios são medidas<br />
pela nossa moderação e discernimento.<br />
Por outro lado, a sobriedade deverá<br />
ser a fiel e constante companheira<br />
de quantos se candidatam a<br />
seguir as pegadas do Divino Pegureiro.<br />
Não importa o fragor da tempestade,<br />
nem a violência dos abalos.<br />
Ainda que alteadas nos pareçam<br />
as ondas da adversidade, conservemos,<br />
tal como Jesus, a serenidade,<br />
o equilíbrio e a imarcescível<br />
confiança no Pai Celestial que tudo<br />
comanda, tudo prevê e providencia<br />
de acordo com as necessidades e<br />
merecimentos de cada um.<br />
Façamos a nossa parte que o<br />
Céu não se omitirá.<br />
Sem conivência com o erro, im-<br />
pávido, o Mestre aceitou, silencioso<br />
e indefeso, as arbitrariedades de<br />
um julgamento venal, injusto, hediondo...<br />
Levado à pena capital, pediu ao<br />
Pai perdão para os seus perseguidores<br />
e assassinos, atravessando aqueles<br />
tormentosos momentos como se<br />
os aguardasse desde há muito, perseverando<br />
na serenidade, em que<br />
normalmente explodiria a revolta.<br />
Olhos postos no Infinito, Ele entregou-se<br />
confiante ao Pai...<br />
Enquanto seu martírio dava ganho<br />
de causa aos que o julgaram,<br />
a realidade que se perpetuou foi a<br />
definitiva e fértil sementeira de<br />
suas palavras e feitos que norteariam<br />
a senda dos que deveriam,<br />
empós, reencontrá-lo no lugar que<br />
Ele nos tem preparado; lugar esse reservado<br />
para os mansos e pacíficos,<br />
que sabem irradiar a paz, geradora<br />
da felicidade, veiculada pelo equilíbrio<br />
originário da segurança interior,<br />
que traduzem as peculiaridades<br />
de quantos se encontram intimamente<br />
fortalecidos pelo Cristo,<br />
nele permanecendo em quaisquer<br />
circunstâncias, tal como Ele permanecia<br />
no Pai.