reformador maio 2006 - A.qxp - Federação Espírita Brasileira
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eformador <strong>maio</strong> <strong>2006</strong> - B.<strong>qxp</strong> 12/5/<strong>2006</strong> 11:42 Page 28<br />
Os 60 anos da Mensagem<br />
Oautor espiritual Neio Lúcio,<br />
através da psicografia<br />
de Francisco Cândido Xavier,<br />
ditou o pequeno grande livro<br />
Mensagem do Pequeno Morto, editado<br />
pela <strong>Federação</strong> <strong>Espírita</strong> <strong>Brasileira</strong>,<br />
há exatos 60 anos. O prefácio da<br />
obra está datado de 27 de julho de<br />
1946, quando ainda Chico Xavier<br />
residia em Pedro Leopoldo (MG).<br />
Posteriormente, em 1948, o mesmo<br />
autor ofereceria outra preciosidade<br />
literária, o livro Alvorada Cristã,<br />
igualmente direcionada à mente<br />
juvenil.<br />
Meu pai presenteou-me com o<br />
livro, ainda em minha pequena infância.<br />
Lia para mim e meus irmãos,<br />
de forma que há todo um aspecto<br />
emocional, de lembranças muito<br />
carinhosas, nesta abordagem.<br />
Na apresentação da obra, com o<br />
título “Mensagem”, que transcrevemos<br />
parcialmente, assim se expressa<br />
o autor espiritual:<br />
“Carlos é um rapazinho de seus<br />
catorze anos, que a morte arrebatou<br />
muito cedo à esfera física. [...]<br />
Dentre as preocupações mais<br />
fortes que lhe caracterizam o espírito,<br />
destaca-se o propósito de algo<br />
enviar ao irmão de nome Dirceu,<br />
inesquecido e afetuoso companhei-<br />
28 186 Reformador • Maio <strong>2006</strong><br />
do Pequeno Morto<br />
O RSON P ETER C ARRARA<br />
ro do teto familiar. Para isso escreveu<br />
a mensagem que oferecemos ao<br />
jovem leitor, através da qual nosso<br />
dedicado amiguinho buscou descrever<br />
as paisagens e as emoções novas<br />
que experimentou logo após a<br />
morte do corpo físico.” [...]<br />
A breve transcrição deixa claro o<br />
conteúdo instrutivo e emocionante<br />
do livro. Com apenas vinte capítulos,<br />
em textos muito objetivos, a<br />
obra traz tema de grande interesse<br />
para qualquer idade. Todavia, constitui<br />
também obra de muito valor<br />
para que os pais transmitam aos filhos,<br />
com a segurança que a Doutrina<br />
<strong>Espírita</strong> proporciona, as claras<br />
noções da imortalidade, em detalhes<br />
claros do caso específico do<br />
garoto Carlos.<br />
A descrição do menino desencarnado<br />
é muito rica, com referências<br />
aos locais em que esteve, aos<br />
amigos com quem conviveu, aos<br />
ensinamentos que recebeu. O relato<br />
de sua desencarnação e o acolhimento<br />
recebido de sua Tia Eunice<br />
e mesmo o despertar da própria<br />
consciência ou o reencontro<br />
com a mãe, ainda encarnada, trarão<br />
subsídios expressivos para evangelizadores<br />
da infância.<br />
A edição que tenho em mãos é a<br />
terceira, de 1983. Permito-me transcrever<br />
alguns trechos expressivos<br />
para a emoção do leitor:<br />
“[...] Desviei meu olhar para a<br />
porta de entrada e reparei que aí<br />
surgiam, de maneira inexplicável,<br />
delicados flocos de substância fosforescente.<br />
Esses pontos de luz como que<br />
formavam fino manto de gaze tenuíssima,<br />
sob o qual tive a impressão<br />
de que alguém se<br />
movimentava...<br />
[...] quando apareceu,<br />
rasgando a leve cortina,<br />
uma jovem de belo porte<br />
que não tive dificuldade<br />
em reconhecer.<br />
Era a mesma do grande retrato<br />
que mamãe conserva em casa.<br />
Era a tia Eunice, a irmãzinha<br />
dela, que morreu quando<br />
nós dois éramos pequeninos.<br />
[...] Tia Eunice<br />
entrou pelo quarto<br />
adentro, com gran-