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Baixar - Brasiliana USP

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Rosas desfolhadas<br />

No túmulo dot poeta Avelar eSilru.<br />

Brancas e rubras rosas desfolhadas, ás horas<br />

mortas do plenilúnio, segui o zephiro tristonho,<br />

que embala os negros cyprestes das necropoles<br />

abandonadas...<br />

Ides perfumar os velhos sarcopliagos, que<br />

alem se desmoronam contra as intempéries do<br />

tempo inexorável...<br />

Não ouvis um murmúrio sinistro ecoar dessas<br />

catacumbas V São as almas dos poetas mortos<br />

que gememe soluçam as ironias do fadado...<br />

KOSÍIS desfolhadas, ide nas azas d'um lon-<br />

FUTURO DAS MOÇAS<br />

relleclir no céu azul; sois o sonhar fanado do<br />

valle saudoso que morreu ao léo da gloria !...<br />

Violino apaixonado gemendo a sós, regatos<br />

verdes chrystalinos á correr de pragua em fragua,<br />

oceano immensuravel eternamente chorando;<br />

sois a illusão do poeta blasphemando o<br />

infortúnio cruel....<br />

Visões tumultuadas das negras emoções<br />

deixai ijue o poeta durma o eterno somno. ..<br />

liosus desfolhadas em alvo manto amenisa'<br />

essas mansões desertas, que a saudade inimorlalisou<br />

!. ..<br />

Levai esse aroma fresco dos áureos madrigaes,<br />

como lembrança única das visões perdidas.<br />

..<br />

Zephiros lamentosos, depositai o meu beijo<br />

puro, sobre esses despojes gélidos que tantas<br />

JVta-üeaiki Êtaíb ^^m^mím®<br />

A directoria e o intelligente corpo sceniro, no dia do espeetaculo realizado em<br />

12 do corrente, em homenagem ao Snr. Manoel Alves Pinheiro<br />

go suspiro, acalentar as mortas illusões dos que<br />

tombaram...<br />

Levai a essas almas repletas de candura o<br />

lenitivo doce da-consolação eterna. —Espectros<br />

enfadonhos de amores malfadados, cabellos dourados,<br />

rellectindo embriagadoras srinlillações<br />

deixai vibrar ainda, o coração sensível do poeta<br />

exangue...<br />

Um sopro de vida, para novos sonhos na<br />

chimera que o alenta...<br />

liosas desfolhadas, virgens mortas aos quinze,<br />

annos, lagrimas de sanla, a orvalhar a alma<br />

ardente do bardo morto...<br />

liosas desfolhadas, llores crestadas ao sopro<br />

da viraçâo nos dias invernosos, pétalas cabidas<br />

em roseas convulsões, corisco de ouro, a<br />

vezes riram e choraram, num mixto de prazer<br />

R magua !. ..<br />

Quero reerguer esses sarcopliagos olvidados<br />

roni o meu hálito doce-amargo, fazer chegar<br />

até os seus mais profundos recônditos a minha<br />

recordação algenle, gemer com os tristonhos cyprestes,—marcos<br />

que a natureza gerou, para<br />

companheiro do seu cantor ! ...<br />

Brancas e rubras rosas, desfolhadas horas<br />

mortas de plenilúnio, segui o favonio triste que<br />

embala os negros cyprestes das necropoles<br />

abandonadas. ..<br />

Levai a minha saudade eterna, immensa e<br />

immorredoura ás almas fanadas dos illusionislas<br />

mortos ! . ..<br />

ELZA G, DO XASI IMENTOS.

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