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1- introdução - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG

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influência <strong>de</strong>stas duas personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e a varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tendências <strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rna<br />

música européia, iniciou-se em uma busca constante no campo <strong>da</strong> timbrística<br />

e <strong>da</strong> estruturação formal, passando, pouco a pouco, a criar uma linguagem<br />

nova e pessoal, sendo atualmente consi<strong>de</strong>rado um dos melhores<br />

representantes <strong>da</strong>s tendências <strong>da</strong> música brasileira do período pós-<br />

nacionalista. (NEVES, 1981)<br />

Almei<strong>da</strong> Prado, em entrevista a Hi<strong>de</strong>raldo GROSSO (1997, p.195), <strong>de</strong>clara-se<br />

um apaixonado pelo piano nesta frase: “Eu amo o piano, eu penso-piano (sic)<br />

como Chopin. Eu orquestro como um gran<strong>de</strong> piano, por isso a presença <strong>da</strong>s<br />

ressonâncias em to<strong>da</strong>s as minhas obras.” Esta postura em relação ao piano<br />

contribui para justificar sua numerosa obra para este instrumento e a intensa<br />

exploração <strong>de</strong> suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s tímbricas, bem como a criação do “Sistema<br />

Organizado <strong>de</strong> Ressonâncias” 3 na época <strong>da</strong> composição <strong>de</strong> Cartas Celestes I.<br />

Sobre o aspecto <strong>da</strong> ressonância, ASSIS (1997, p.3) comenta que:<br />

11<br />

“... este compositor trata o piano, <strong>de</strong> maneira geral, por sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ressonância. Em muitos momentos, o instrumento <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />

apenas o veículo <strong>de</strong> apresentação <strong>da</strong> estrutura musical e passa a ter<br />

um valor estruturante ...” . ASSIS (1997, p.2) ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>staca o<br />

aspecto tímbrico na obra <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Prado, relacionando-o<br />

diretamente à interpretação. “... O timbre está diretamente<br />

relacionado com o ato interpretativo e, ao tomar consciência disto, o<br />

intérprete se sentirá como um pesquisador <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

sonoras <strong>de</strong> seu instrumento e <strong>de</strong> si próprio, <strong>de</strong>senvolvendo assim a<br />

sua escuta e conseqüentemente, uma performance mais sensível.”<br />

3 Neste sistema o compositor trabalha com 4 zonas variáveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sonoras<br />

agrupa<strong>da</strong>s em maior ou menor grau <strong>de</strong> ressonância, são elas: Zona <strong>de</strong> Ressonância Explícita,<br />

Implícita, Múltipla e Não-Ressonância .

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