Tecnologia da informação e o desempenho organizacional - Unifenas
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TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E O DESEMPENHO<br />
ORGANIZACIONAL. ESTUDO DESCRITIVO SOBRE SISTEMA DE<br />
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO: LMS+.<br />
MOLEIRO, Amarildo Viana<br />
Aluno <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Sorocaba – UNISO<br />
Celular : 15- 9753.1361 e-mail: viana.moleiro@ig.com.br<br />
PEREIRA PINTO, Bruna Fernan<strong>da</strong><br />
Aluna <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Sorocaba – UNISO<br />
Celular : 15- 9707.2146 e-mail: bfppinto@yahoo.com.br<br />
MENDES, Caroline Simone<br />
Aluna <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Sorocaba – UNISO<br />
Celular : 15- 9702.4888 e-mail: kcal_mendes@hotmail.com<br />
MARIANO DA SILVA, Jorge Ricardo<br />
Aluno <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Sorocaba – UNISO<br />
Celular : 15-7835.9777 e-mail: jorgerms@uol.com.br<br />
REATO, Tamara Cibele Simão<br />
Aluna <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Sorocaba – UNISO<br />
Celular : 15- 9124.7970 e-mail: tamara.simao@reato.com.br<br />
GRANDO, Thalita Cristina<br />
Aluna <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Sorocaba – UNISO<br />
Celular : 15- 9718.1459 e-mail: thalita.grando@yahoo.com.br<br />
BENEVIDES, Gustavo<br />
Doutorando em Administração pela Universi<strong>da</strong>de Municipal de São Caetano do Sul – USCS.<br />
Professor titular do Curso de Administração de Negócios – UNISO – SP.<br />
(15) 2101-7080 (15) 8809-3590. e-mail: gustavo.benevides@prof.uniso.br<br />
Resumo: O presente artigo foi desenvolvido por alunas (os) do curso de Gestão<br />
em Logística, sob orientação do professor de Projetos Interdisciplinares <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong>de de Sorocaba. A pesquisa objetivava demonstrar como a tecnologia<br />
de <strong>informação</strong> é importante para o desenvolvimento logístico. A abor<strong>da</strong>gem do<br />
presente artigo é qualitativa. Utiliza-se como base para o presente estudo, um<br />
referencial teórico contemporâneo, pois em se tratar de tecnologia, as mu<strong>da</strong>nças<br />
são muito rápi<strong>da</strong>s, e portanto, necessitam de autores atualizados com o atual<br />
estágio de desenvolvimento <strong>da</strong> tecnologia. Os <strong>da</strong>dos foram coletados em fontes<br />
secundárias e para aprofun<strong>da</strong>r as informações <strong>da</strong>ndo robustez ao trabalho,<br />
apresenta-se um estudo de caso. Os resultados apresentados pelo estudo de caso<br />
corroboram para a implementação do sistema de tecnologia de <strong>informação</strong> – LMS<br />
+, visto que sua sistemática aumenta a acurici<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s informações, auxiliando na<br />
toma<strong>da</strong> de decisão e respectivamente, maximizando o resultado corporativo.<br />
Palavras Chaves: <strong>Tecnologia</strong> de <strong>informação</strong>, <strong>desempenho</strong> <strong>organizacional</strong> e<br />
estratégia competitiva.
1. O Avanço <strong>da</strong> <strong>Tecnologia</strong> <strong>da</strong> Informação<br />
O conceito de tecnologia de <strong>informação</strong> vem sofrendo constantes<br />
mu<strong>da</strong>nças para atender as exigências <strong>da</strong>s sucessivas alterações, desenvolvimentos<br />
e inovações tecnológicas, nas mais diferentes áreas.<br />
Naveira e Silva (1989) comentam as contínuas mu<strong>da</strong>nças,<br />
“As organizações vêm mantendo freqüentemente, durante<br />
déca<strong>da</strong>s, hipóteses e premissas erra<strong>da</strong>s sobre o mundo em<br />
que operam, negligenciando as evidências de que o mundo<br />
mudou e que, provavelmente, elas também deveriam mu<strong>da</strong>r<br />
para continuar a sobreviver e exceder o seu papel<br />
complementar às socie<strong>da</strong>des em que operam. Na vi<strong>da</strong> só há<br />
uma constante que é o estado de mu<strong>da</strong>nças”. (1989, , p. 25)<br />
Neste contexto pode-se ressaltar que as organizações aprendem com seus<br />
processos, pois elas não podem ficar estagna<strong>da</strong>s sem pensar em desenvolvimentos<br />
e consequentemente estes geram mu<strong>da</strong>nças.<br />
O desenvolvimento de sistemas é a ativi<strong>da</strong>de de criar ou modificar os<br />
sistemas de empresariais existentes, conforme descrito por Stair e Reynolds<br />
(2002)<br />
“O desenvolvimento de sistemas de <strong>informação</strong> para<br />
atender as necessi<strong>da</strong>des empresariais é uma tarefa altamente<br />
complexa e difícil. Tanto que os projetos de sistemas de<br />
<strong>informação</strong> comumente excedem orçamentos e ultrapassam<br />
os prazos para conclusão”. (2002; p.21)<br />
Esta ativi<strong>da</strong>de de desenvolvimento de sistemas é basea<strong>da</strong> em investigações<br />
e analises, com o objetivo de obter entendimentos claros e concisos para se obter<br />
eficiência e eficácia em sua aplicabili<strong>da</strong>de operacional.<br />
Esta investigação resulta em um projeto que irá determinar parâmetros de<br />
melhorias para serem definidos dentro <strong>da</strong> análise de sistema, observando os<br />
benefícios advindos dele no estado atual que se encontra.<br />
Conhecer o impacto potencial dos sistemas de <strong>informação</strong> e saber trabalhar<br />
pode resultar numa bem sucedi<strong>da</strong> organização que alcançam suas metas<br />
resultando também melhor condição de trabalho e de satisfação dos usuários deste<br />
sistema.<br />
Stair e Reynolds ( 2002), complementa bem esta idéia,<br />
“O sistema é um conjunto de elementos que interagem para<br />
atingir uma meta ou um conjunto de objetivo. Este sistema<br />
inclui entra<strong>da</strong>s, mecanismos de processamento e saí<strong>da</strong>. Os<br />
<strong>da</strong>dos consistem em fatos brutos; a <strong>informação</strong> é um lado<br />
transformado em alguma forma significativa”. (2002; p.23)
Conseqüentemente pode-se notar que os SI, são usados em to<strong>da</strong>s as áreas<br />
funcionais e divisões operacionais <strong>da</strong>s empresas. Em finanças e em contabili<strong>da</strong>de,<br />
os sistemas de informações objetivam prever a receita e ativi<strong>da</strong>de empresarial.<br />
Nas indústrias como companhia aérea o SI é utilizado para fazer reservas<br />
de assentos, determinar as melhores tarifas e horários.<br />
A inovação tecnológica a partir do desenvolvimento do Learning<br />
Organization 1 transforma a reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> empresa, visto que este processo de<br />
aprendizagem promove uma integração/ expansão do modus operandi. Para<br />
Tapscott & Caston (1995)<br />
“O ambiente empresarial requer arquiteturas poderosas,<br />
flexíveis, e basea<strong>da</strong> em redes, e tais arquiteturas apenas<br />
podem ser obti<strong>da</strong>s por meio do uso de padrões. A<br />
capaci<strong>da</strong>de de competir e realizar negócios nos mercados<br />
mundiais esta se tornando critica para a saúde de empresas<br />
e economias nacionais em to<strong>da</strong>s as partes do mundo. A<br />
proliferação <strong>da</strong> computação, em combinação com<br />
comunicações globais instantâneas, esta transformando<br />
todos os setores de ativi<strong>da</strong>des, desde as instituições<br />
bancarias ate as empresa manufatureiras. O livre trânsito<br />
<strong>da</strong>s informações esta alterando a estrutura <strong>da</strong> economia<br />
mundial e os relacionamento existente entre as nações e<br />
dentro delas. Há uma crescente necessi<strong>da</strong>de de<br />
fornecimento de tecnologia de <strong>informação</strong> em to<strong>da</strong>s as<br />
partes do mundo e nenhum fornecedor pode isola<strong>da</strong>mente<br />
suprir to<strong>da</strong>s as tecnologias e seus suportes associados, que<br />
são exigidos pelas organizações que estão operando ao<br />
redor de todo o mundo”. (1995, p.186)<br />
O entendimento de Topscott & Caston (1995) retrata a problemática <strong>da</strong>ndo<br />
ênfase no ambiente empresarial. Segundo o mesmo o ambiente empresarial além<br />
de arquiteturas poderosas vem necessitando o seu uso por meio de arquiteturas<br />
basea<strong>da</strong>s em redes, sendo essas flexíveis e padroniza<strong>da</strong>s. A competição e a<br />
necessi<strong>da</strong>de de realização de negócios nos mercados mundiais tornam-se criticas<br />
para a saúde <strong>da</strong>s empresas e economias nacionais em to<strong>da</strong>s as partes do mundo.<br />
Todo o setor vem se transformando dia após dia com a proliferação <strong>da</strong><br />
computação, em combinações com comunicações instantâneas, desde redes<br />
bancarias ate empresas manufatureiras. Assim podemos dizer que a tecnologia <strong>da</strong><br />
Informação vem se demonstrando ca<strong>da</strong> vez mais eficaz e indispensável, mu<strong>da</strong>ndo<br />
completamente a forma de pensar e de agir entre as nações e necessitando ca<strong>da</strong><br />
vez mais de tecnologia de Informação nenhum fornecedor pode isola<strong>da</strong>mente<br />
suprir to<strong>da</strong>s as tecnologias exigi<strong>da</strong>s pelas organizações ao redor do mundo.<br />
1 Learning Organization – Organização que apreendem.
Para Walton (1993, p. 24), a <strong>Tecnologia</strong> de Informação e o <strong>desempenho</strong><br />
<strong>organizacional</strong> seguem apresenta<strong>da</strong> figura 1.<br />
Ambiente (3) Desenho<br />
Externo<br />
Organizacional*<br />
(1)<br />
Visão<br />
Estratégica<br />
(4)<br />
(2)<br />
(5)<br />
Desenho de TI*<br />
Fonte: Walton, R.E. <strong>Tecnologia</strong> de Informação, 1993, p. 24 A<strong>da</strong>ptado pelos autores.<br />
Figura 1. <strong>Tecnologia</strong> de Informação e o <strong>desempenho</strong> <strong>organizacional</strong><br />
(6)<br />
(8)<br />
Walton (1993). Tal preposição possui uma visão estratégica e afirma ao<br />
dizer que tudo esta relacionado com a TI, ou seja, o ambiente externo foca a visão<br />
estratégica partindo do desenho <strong>organizacional</strong> através <strong>da</strong> TI, podendo assim<br />
analisar todos os aspectos críticos do comportamento <strong>organizacional</strong>, através do<br />
alinhamento e comprometimento, chega-se a uma aceitação <strong>da</strong> <strong>Tecnologia</strong> de<br />
Informação mostrando-se competência e domínio, podendo assim trazer<br />
resultados positivos para os negócios <strong>da</strong> empresa e o bem estar <strong>da</strong>s pessoas,<br />
gerando assim uma harmonia entre <strong>Tecnologia</strong> de Informação e to<strong>da</strong> a empresa.<br />
Walton (1993) Destaca os seguintes pontos:<br />
Aspectos Críticos do<br />
Comportamento<br />
Organizacional:<br />
• Alinhamento<br />
• Comprometimento/<br />
Aceitação<br />
• Competência/<br />
Domínio<br />
“Muitos executivos entendem que a organização dos<br />
recursos humanos é uma fonte potencial de vantagem<br />
(7)<br />
Resultados<br />
Resultado<br />
para<br />
Negócios<br />
Bem-estar<br />
<strong>da</strong>s Pessoas
competitiva (ou desvantagem). Como resultado, já temos<br />
tido noticias sobre filosofias e valores gerenciais,<br />
articulados mais claramente que antes, e utilizados para<br />
direcionar transformações organizacionais totais.<br />
Frequentemente, essas filosofias pregam menor burocracia<br />
– organizações mais achata<strong>da</strong>s e enxutas, que enfatizam<br />
certa combinação de alta iniciativa, inovação, participação,<br />
flexibili<strong>da</strong>de e trabalho em equipe. Indústria como<br />
Goodyear, Ford e Cummins Engine estão, por exemplo,<br />
abandonando o “controle imposto” e “submissão<br />
assegura<strong>da</strong>” e indo em direção ao “comprometimento<br />
espontâneo”. A questão <strong>da</strong> organização orienta<strong>da</strong> à<br />
submissão ou concordância versus a organização orienta<strong>da</strong><br />
para o comprometimento é agora vista como chave, e os<br />
planejadores de TI estão ca<strong>da</strong> vez mais voltados para o alto<br />
comprometimento ou outros ideais explícitos como base<br />
para o planejamento de um sistema de TI/organização”.<br />
(1993; p.25)<br />
Subentende-se que executivos admitem que haja uma forte relação e<br />
potencial de vantagens competitivas relaciona<strong>da</strong>s a recursos humanos e estes<br />
geram filosofias e valores gerenciais agregados para direcionar transformações<br />
organizacionais. Pode-se exemplificar e a afirmar que são organizações mais<br />
enxutas, gerando combinações de alta iniciativa, inovação, participação<br />
flexibili<strong>da</strong>de e trabalho em equipe. Comprometimento essa é a palavra chave dos<br />
planejadores de TI, e seus ideais estão explícitos como base para um bom<br />
planejamento dentro <strong>da</strong> organização.<br />
1. Sucesso e Fracasso com a <strong>Tecnologia</strong> <strong>da</strong> Informação<br />
De acordo com O´Brien (2004) assim como o sucesso o fracasso também<br />
pode ser atingido com o uso <strong>da</strong> T.I.<br />
“É por isso que os sistemas de <strong>informação</strong> baseados em<br />
computadores, embora fortemente dependentes <strong>da</strong>s<br />
tecnologias de <strong>informação</strong>, são projetados, operados e<br />
utilizados por pessoas numa varie<strong>da</strong>de de situações<br />
organizacionais e ambientes de negócio. Desse modo, o<br />
sucesso de um sistema de <strong>informação</strong> não deve ser medido<br />
somente por sua eficiência em termo de minimização de<br />
custos e tempos e do uso de recursos de <strong>informação</strong>. O<br />
sucesso também deve ser medido pela eficácia <strong>da</strong><br />
tecnologia <strong>da</strong> <strong>informação</strong> no apoio às estratégias <strong>da</strong><br />
organização, viabilizando seus processos de negócios,<br />
ampliando suas estruturas e cultura organizacionais e
incrementando o valor <strong>da</strong> empresa para o cliente e para os<br />
negócios" (2004, pg. 27).<br />
Neste contexto o presente artigo tem como referencial a abor<strong>da</strong>gem<br />
holística, visto que O´Brien (2004) ressaltar que tanto a T.I. como os sistemas de<br />
<strong>informação</strong> podem ser mal administrados e mal aplicados, podendo levar ao<br />
fracasso tecnológico e de negócios.<br />
No quadro abaixo o autor O’Brien (2004). resume dois casos dramáticos<br />
de como a tecnologia <strong>da</strong> <strong>informação</strong> contribuiu para o fracasso e o sucesso em<br />
duas importantes corporações.<br />
DO FRACASSO AO SUCESSO COM T.I.<br />
The Boeing Company Thomson Consumer Eletronics<br />
Fracasso Empresarial Fracasso Empresarial<br />
Atrasos caros ($ 1,6 bilhões em 1997)<br />
na obtenção de 6 milhões de peças para<br />
montar ca<strong>da</strong> aeronave com sistemas de<br />
T.I. sem integração.<br />
Varejistas não conseguem rápi<strong>da</strong><br />
reposição de produtos essenciais com<br />
os antigos sistemas de estoques.<br />
Nova solução de T.I. Nova solução de T.I.<br />
Integrar to<strong>da</strong> cadeia de suprimentos em<br />
sistemas de produção internos.<br />
Requer sistema colaborativo com os<br />
principais varejistas que se conectam<br />
diretamente a sistemas logísticos e de<br />
produção interna.<br />
Sucesso Empresarial Sucesso Empresarial<br />
Capaci<strong>da</strong>de de produção aumentou<br />
100% em 4 anos. O prazo de montagem<br />
de uma aeronave foi reduzido em 60%.<br />
Situações de falta de estoque<br />
reduziram-se a 1% com a acurácia <strong>da</strong>s<br />
previsões, agora acima de 95%.<br />
Fonte: FINGAR, KUMAR, SHARMA (2000 APUD O’BRIEM, 2004, p.27)<br />
Observando as informações acima pode-se afirmar que até mesmo grandes<br />
corporações sofrem com a falta de compreensão dos sistemas por parte de pessoas<br />
que não percebem que não estão aproveitando a totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de<br />
tecnológica que detem.
2. Desafios Gerencias <strong>da</strong> <strong>Tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong><br />
Para Cruz (1998) em seu livro sistema de informações gerenciais, existem<br />
algumas premissas que devem ser segui<strong>da</strong>s pelos profissionais <strong>da</strong> área <strong>da</strong><br />
tecnologia <strong>da</strong> <strong>informação</strong> (1998)<br />
“É inadmissível que um gerente de informática não saiba<br />
quanto gasta sua área para operar e disponibilizar a<br />
<strong>informação</strong> na empresa (e existem gerentes assim), ou<br />
ain<strong>da</strong>, inadmissível também, ter um gerente que, sem<br />
qualquer previsão ou plano, atua sob encomen<strong>da</strong> (também<br />
existem gerentes assim e muitos outros são dos dois tipos).<br />
Não é possível trabalhar deste jeito”. (1998, p.91)<br />
Diante desta citação entende-se que grande parte do sucesso com o uso <strong>da</strong> TI<br />
inicia-se com a escolha de um gestor capacitado e experiente na administração<br />
desta área.<br />
O autor ain<strong>da</strong> cita regras básicas para administrar TI, não necessariamente<br />
as únicas, porém norteadoras (1998, p. 105):<br />
1ª regra – Seja organizado<br />
Isto vale para o diretor para o gente, para o analista, para todo mundo que<br />
participe <strong>da</strong> operacionali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> área. De resto, vale para to<strong>da</strong>s as aeras <strong>da</strong><br />
empresa, porém estamos tratando de informática. Ser organizado significa<br />
planejar o dia a dia afim de permitir a todos saberem o que ca<strong>da</strong> um esta fazendo.<br />
Significa poder gerenciar e alocar os recursos disponíveis humanos ou não, sem<br />
conflitos de interesses. Ser organizado significa, por exemplo, planejar com<br />
antecedência eventos de grande importância, e que este planejamento seja feito no<br />
papel para que to<strong>da</strong>s as variáveis possam ser conheci<strong>da</strong>s e estejam cobertas.<br />
2ª regra – Seja proativo<br />
Lembre-se que todos esperam que você, como profissional que li<strong>da</strong> com<br />
tecnologia de ultima geração, antecipe-se aos problemas, indique soluções, ensine<br />
a simplificar, busque encontrar caminhos alternativos para aju<strong>da</strong>r o usuário antes<br />
até que ele tenha percebido que existe uma situação que precisa ser melhora<strong>da</strong>.<br />
Um excelente método para ser proativo nas relações com as áreas usuárias<br />
é estar sempre junto a essas áreas. Só assim um profissional sério, comprometido<br />
em fazer com que o usuário tenha o melhor para desempenhar sua ativi<strong>da</strong>de, pode<br />
juntar necessi<strong>da</strong>de e solução num mesmo conjunto.
3ª regra – Seja educado e político<br />
Não deixe que seus problemas particulares contaminem o ambiente de<br />
trabalho, nem queira descontar nos outros sua incompetência, suas frustrações.<br />
Determina<strong>da</strong>s atitudes só servem para atrapalhar e deteriorar o local de trabalho.<br />
4ª regra – Seja controlador<br />
Parece estranho que eu faça essa afirmação, por isso é bom que fique claro<br />
que ser controlador significa manter a situação sob controle.<br />
Ser controlador significa exatamente criar mecanismos que dêem<br />
condições de supervisão e controle a quem tem por obrigação manter uma equipe<br />
orienta<strong>da</strong>, coesa e eficiente.<br />
Acima o autor evidencia o quanto é necessário despender tempo na<br />
elaboração de um planejamento de ativi<strong>da</strong>des, aventando todos os pontos<br />
positivos e negativos até a finalização do projeto. Ain<strong>da</strong>, o mesmo, destaca<br />
necessi<strong>da</strong>de de que o profissional gestor conheça profun<strong>da</strong>mente to<strong>da</strong>s as áreas a<br />
que os sistemas integram, atuando em conjunto ao usuário e encontrando a melhor<br />
solução dos problemas.<br />
Fica claro também, a consideração do autor para a existência de<br />
idonei<strong>da</strong>de e profissionalismo nas atitudes do gestor, tanto na sua vi<strong>da</strong> particular<br />
quanto na sua carreira profissional.<br />
Finalizando as regras o autor reitera que é muito importante a função do<br />
controle, pois é preciso que se trace um plano de ação, que contemple uma<br />
abor<strong>da</strong>gem possível de controlar, caso contrário, não obterá êxito do<br />
planejamento.<br />
3. <strong>Tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> como estratégia competitiva<br />
Uma <strong>da</strong>s maiores necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> nova e moderna empresa do século XXI<br />
é a utilização <strong>da</strong> TI como sistema estratégico, seu entendimento e conhecimento<br />
são a melhor forma de utilizá-la.<br />
Conforme O´brien,(2004)<br />
“É importante que você veja os sistemas de <strong>informação</strong><br />
como algo mais que um conjunto de tecnologias que apóiam<br />
a colaboração entre grupos de trabalho e empresas, as<br />
operações eficientes <strong>da</strong>s empresas ou a toma<strong>da</strong> de decisões<br />
gerenciais eficazes. A tecnologia <strong>da</strong> Informação pode<br />
alterar o modo como as empresas competem”. (2004, p.282)
Para Porter (1989) as estratégia competitiva é função de posicionamento<br />
estratégico, bem como sobrevivência perante um mercado altamente competitivo.<br />
Porter (1989) institui as estratégias genéricas, sendo classifica<strong>da</strong>s como: 1ª<br />
Liderança pelo custo total, 2ª Estratégia de diferenciação e a 3ª Estratégia de<br />
escopo curto (Enfoque). Para o presente estudo, estes instrumentos de<br />
posicionamento corrobora para declarar a importância <strong>da</strong> Ti, como fonte de<br />
diferenciação (estratégia) e por conseguinte uma vantagem competitiva.<br />
O´brien,(2004) apresenta a tecnologia <strong>da</strong> <strong>informação</strong> como sendo<br />
instrumento de planejamento e fator de competitivi<strong>da</strong>de.<br />
O sistema de informações para desenvolvimento de produtos, serviços e<br />
capaci<strong>da</strong>de competitiva é uma <strong>da</strong>s principais ferramentas utiliza<strong>da</strong>s pelas<br />
empresas. Segundo O´brien, (2004)<br />
“Este papel gera sistemas de <strong>informação</strong> estratégica, os<br />
quais apóiam ou mol<strong>da</strong>m a posição e estratégias<br />
competitivas de uma empresa. Por isso um sistema de<br />
<strong>informação</strong> estratégica pode ser qualquer tipo de sistema de<br />
<strong>informação</strong> (SIG,DSS etc) que ajude uma organização a<br />
obter uma vantagem competitiva,reduzir uma desvantagem<br />
competitiva ou alcançar outros objetivos estratégicos”.<br />
(2004, p. 282)<br />
A citação instrui para necessi<strong>da</strong>de de antes de qualquer toma<strong>da</strong> de decisão<br />
a escolha do melhor sistema que aten<strong>da</strong> as deficiências imediatas.<br />
O constante investimento em Sistemas de informações por parte <strong>da</strong>s<br />
empresas gera melhorias continua em todo o processo e produtos, ain<strong>da</strong> O´brien<br />
(2004)<br />
“A realização dessas melhorias em seus processos<br />
empresariais pode permitir a uma empresa reduzir custos,<br />
melhorar a quali<strong>da</strong>de e o atendimento ao cliente e<br />
desenvolver produtos inovadores para novos mercados. Os<br />
processos de manufatura, por exemplo, desde automóveis<br />
até relógios, têm sido automatizados e significativamente<br />
aprimorados por tecnologias de administração de recursos<br />
de projetos, engenharia, produção e manufatura assisti<strong>da</strong>s<br />
por computador”. (2004, p. 287)<br />
Em suma o autor expõe que qualquer sistema de <strong>informação</strong> deve estar<br />
amparado por ferramentas gerenciais e profissionais que conduzam estas<br />
tecnologias unificando-as.
4. Estudo de caso: TNT MERCURIO<br />
A empresa TNT, com sua filial em Sorocaba à Aveni<strong>da</strong> Independência,<br />
2.300, esta sendo utiliza<strong>da</strong> como planta piloto <strong>da</strong> implantação de mais um sistema<br />
de tecnologia de <strong>informação</strong>: LMS+. A filial de Sorocaba foi escolhi<strong>da</strong>, por ser de<br />
pequeno porte e ter seus índices de quali<strong>da</strong>de atingidos quase na totali<strong>da</strong>de. Atua<br />
no segmento de transportes / logística nos diversos mo<strong>da</strong>is e com este projeto visa<br />
à melhoria na prestação de serviço, principalmente quanto à <strong>informação</strong> ao<br />
cliente.<br />
Hoje a empresa conta com algumas ferramentas <strong>da</strong> tecnologia de<br />
<strong>informação</strong>:<br />
LMS<br />
MWW<br />
BI<br />
GED<br />
VOL<br />
ERP<br />
JDE<br />
Com o novo sistema a empresa busca a integração <strong>da</strong>s informações<br />
inseri<strong>da</strong>s por to<strong>da</strong>s as filiais, interligando to<strong>da</strong>s num único fluxo de <strong>informação</strong>.<br />
A importância <strong>da</strong> <strong>informação</strong> em tempo real, que o projeto LMS+ traz é de<br />
extrema importância, visto que possibilita o monitoramento carga e eventuais<br />
ocorrências de não conformi<strong>da</strong>de, atuando no que hoje mais se preza dentro <strong>da</strong>s<br />
organizações, o relacionamento com o cliente.<br />
No mundo contemporâneo o fluxo <strong>da</strong> <strong>informação</strong> é de extrema<br />
importância para o cliente que contrata o serviço e por conseqüência para o<br />
prestador que tem como objetivo de quali<strong>da</strong>de a satisfação e sucesso do cliente.<br />
To<strong>da</strong> organização empresarial que consegue monitorar os processos e os<br />
erros operacionais a fim de minimizar o impacto ao cliente, certamente obterá<br />
excelência na quali<strong>da</strong>de.<br />
Dentro desta perspectiva de quali<strong>da</strong>de a TNT Mercúrio, implanta a<br />
integração <strong>da</strong> <strong>informação</strong> com o monitoramento <strong>da</strong> operação, com o projeto<br />
LMS+, sistema que comunga <strong>da</strong> alimentação de informações, permitindo<br />
consultas de qualquer documento de serviço, com destinos distintos.<br />
No geral este sistema tem como objetivo, monitorar do ponto <strong>da</strong> cotação<br />
com verificações de ofertas comerciais, ao carregamento com erro zero e entregas<br />
em <strong>da</strong>ta certa.
Há também o monitoramento <strong>da</strong> eficiência do processo sistêmico ao<br />
operacional, filtrando gráficos e tabelas com as informações em tempo real para<br />
gestão eficaz do processo e <strong>da</strong>s pessoas que o compõem.<br />
Por se tratar de um projeto embrionário, não há um registro final dos<br />
resultados alcançados nesta implementação. Porém as considerações finais são<br />
calca<strong>da</strong>s a luz <strong>da</strong>s expectativas levanta<strong>da</strong>s no projeto,<br />
5. Considerações finais<br />
Em virtude do resgate de conceitos teóricos verificamos que existe<br />
associação e complemento entre teoria e prática, visto que os autores propõem<br />
uma temática que as empresas vêm se preocupando (tecnologia de <strong>informação</strong>),<br />
pois a competição aumenta entre os pares que compõe o mercado e o recurso<br />
tecnológico tem propiciado vantagem competitiva às corporações que investem na<br />
<strong>informação</strong> para a toma<strong>da</strong> de decisão.<br />
Então, o estudo de caso, traz uma contribuição acadêmica, haja visto os<br />
investimentos realizados no projeto LMS + projetam melhoria de<br />
aproxima<strong>da</strong>mente 70% nos processos logísticos, conforme relata a equipe de<br />
coordenação do Projeto LMS+ TNT.<br />
A tendência é interligar o projeto LMS+ com uma importante ferramenta<br />
de controle e rastreabili<strong>da</strong>de que monitorará desde o inicio do carregamento ate a<br />
consulta do documento fiscal ou <strong>da</strong> etiqueta de código de barras que armazenará<br />
as informações <strong>da</strong> carga, atendendo desta forma as expectativas do cliente: maior<br />
bem <strong>da</strong> empresa.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS<br />
WALTON, Richard E. <strong>Tecnologia</strong> de <strong>informação</strong>: o uso de TI pelas empresas que<br />
obtêm vantagem competitiva. São Paulo : Atlas, 1993.<br />
TAPSCOTT, Don e CASTON, Art. Mu<strong>da</strong>nça de paradigma: A nova promessa <strong>da</strong><br />
tecnologia de <strong>informação</strong>. São Paulo : Makron Books, 1995.<br />
CRUZ, Tadeu. Sistemas de informações gerenciais: tecnologia de <strong>informação</strong> e a<br />
empresa do século XXI. São Paulo : Atlas, 1998.<br />
O’BRIEN, James A. Sistema de <strong>informação</strong> e as decisões gerenciais na era <strong>da</strong><br />
internet – 2ª Ed – São Paulo : Saraiva, 2004.<br />
PORTER, Michael. Vantagem Competitiva: Criando e sustentando um<br />
<strong>desempenho</strong> superior – 20ª Ed – Rio de Janeiro: Campus, 1989<br />
SILVA, Lenilson Naveira. A 4ª on<strong>da</strong>: Os novos rumos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
<strong>informação</strong>. Rio de Janeiro : Record, 1989.