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Tradução de Mauro Gama - Grupo Editorial Record

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horas apareceram na loja <strong>de</strong> artigos esportivos, ambos <strong>de</strong>scansados, felizes e<br />

ansiosos por uma partida.<br />

Visto <strong>de</strong> longe, o resort não era mais do que um conjunto <strong>de</strong> chalés brancos<br />

espalhados ao longo <strong>de</strong> uma área em formato <strong>de</strong> ferradura com 1 quilômetro<br />

<strong>de</strong> extensão da notória areia branca como talco. Duas elevações <strong>de</strong><br />

uma rocha salpicada <strong>de</strong> floresta baixa marcavam as extremida<strong>de</strong>s. Corria,<br />

entre elas, uma linha <strong>de</strong> recifes e uma linha <strong>de</strong> boias fluorescentes para afastar<br />

abelhudos barcos a motor. E, sobre terrenos escondidos escavados nas<br />

encostas, assentavam as quadras <strong>de</strong> tênis, que obe<strong>de</strong>ciam aos padrões oficiais<br />

<strong>de</strong> competição. Estreitos <strong>de</strong>graus <strong>de</strong> pedra serpeavam entre arbustos até a<br />

porta da loja <strong>de</strong> artigos esportivos. Passando pela loja entrava-se no paraíso<br />

do tênis, motivo pelo qual Perry e Gail tinham escolhido o lugar.<br />

Havia cinco quadras além da central. As bolas <strong>de</strong> competição ficavam<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> gela<strong>de</strong>iras ver<strong>de</strong>s. Troféus <strong>de</strong> prata, guardados em estojos <strong>de</strong> vidro,<br />

exibiam os nomes dos campeões do ano anterior; Mark, o jogador australiano<br />

com excesso <strong>de</strong> peso, era um <strong>de</strong>les.<br />

— Então, que nível veremos por aqui, se é que posso perguntar? — perguntou<br />

ele, com impetuosa distinção, observando, sem comentar, a qualida<strong>de</strong><br />

das raquetes retemperadas <strong>de</strong> Perry, suas meias grossas e brancas, seus tênis<br />

surrados mas aproveitáveis, e o <strong>de</strong>cote <strong>de</strong> Gail.<br />

Para duas pessoas já além da juventu<strong>de</strong>, mas ainda dotadas <strong>de</strong> pleno<br />

vigor, Perry e Gail formavam um casal impressionantemente atraente. A<br />

natureza beneficiou Gail com pernas e braços longos e bem torneados, alta,<br />

seios pequenos, corpo bem flexível, pele típica dos britânicos, cabelos dourados<br />

e finos e um sorriso capaz <strong>de</strong> iluminar os cantos mais sombrios da<br />

vida. Perry tinha um tipo diferente <strong>de</strong> britanicida<strong>de</strong>: magro e, à primeira<br />

vista, <strong>de</strong>sconjuntado, com um nariz comprido e o pomo <strong>de</strong> adão proeminente.<br />

Sua passada não era graciosa, pois parecia que ele ia <strong>de</strong>sabar e, ainda<br />

por cima, tinha as orelhas muito compridas. Na escola fora agraciado com o<br />

apelido <strong>de</strong> Girafa, até que os garotos insensatos que lhe cunharam o termo<br />

apren<strong>de</strong>ram a lição. Com o amadurecimento, porém, adquirira — inconscientemente,<br />

o que apenas o tornava mais fascinante — um charme precário<br />

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