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FAAP - Jun/98 - CPV

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<strong>FAAP</strong> - <strong>Jun</strong>/<strong>98</strong> <strong>98</strong><strong>FAAP</strong>JU<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Texto para as questões de 01 a 14<br />

Leia o poema com muita atenção. Responda às questões<br />

apresentadas.<br />

Alegres campos, verdes arvoredos,<br />

Claras e frescas águas de cristal,<br />

Que em vós os debuxais ao natural,<br />

Discorrendo da altura dos rochedos;<br />

Silvestres montes, ásperos penedos,<br />

Compostos em concerto desigual:<br />

Sabei que sem licença de meu mal<br />

Já não podeis fazer meus olhos ledos.<br />

E, pois me já não vedes como vistes,<br />

Não me alegrem verduras deleitosas<br />

Nem águas que correndo alegres vêm.<br />

Semearei em vós lembranças tristes,<br />

Regando-vos com lágrimas saudosas,<br />

E nascerão saudades de meu bem.<br />

Camões<br />

01. Neste soneto, o sujeito poético exprime a grande tristeza<br />

que lhe vai na alma, quando recorda saudosamente os<br />

momentos felizes da sua relação amorosa, testemunhados<br />

por aquela paisagem. Vamos documentar, com o texto, a<br />

tristeza do autor:<br />

a) Alegres campos, verdes arvoredos,<br />

claras e frescas águas de cristal,<br />

b) Que em vós os debuxais ao natural,<br />

Discorrendo da altura dos rochedos.<br />

c) Silvestres montes, ásperos penedos,<br />

Compostos em concerto desigual.<br />

d) Sabei que sem licença de meu mal<br />

Já não podeis fazer meus olhos ledos<br />

e) Claras e frescas águas de cristal,<br />

Discorrendo da altura dos rochedos.<br />

02. Outrora alegres e belas, não podem, agora, as “verduras<br />

deleitosas” e as “águas de cristal” emprestar-lhe a alegria de<br />

um amor feliz. A situação alterou-se radicalmente. Vamos<br />

documentar, com o texto, esta alteração radical:<br />

a) alegres campos, verdes arvoredos<br />

b) claras e frescas águas de cristal<br />

c) silvestres montes, ásperos penedos<br />

d) compostos em concerto desigual<br />

e) e, pois me já não vedes como vistes<br />

03. Portanto, só restam agora ao poeta:<br />

a) campos e arvoredos<br />

b) campos, arvoredos e águas de cristal<br />

c) silvestres montes e ásperos penedos<br />

d) verduras deleitosas e águas que correndo vêm<br />

e) lembranças tristes, lágrimas saudosas e saudades de seu<br />

bem<br />

04. O poeta utiliza alguns recursos estilísticos para exprimir os<br />

sentimentos. Veja na última estrofe: “semearei”, “regandovos”,<br />

“nascerão”:<br />

a) anacoluto b) polissíndeto<br />

c) silepse d) metáfora<br />

e) pleonasmo<br />

1


2<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

05. Também, na última estrofe a repetição da letra s coaduna-se<br />

com a tristeza do poeta.<br />

Veja: semearei em vós lembranças tristes<br />

saudosas<br />

nascerão saudades<br />

a) assíndeto<br />

b) aliteração<br />

c) sinestesia<br />

d) sinédoque<br />

e) anacoluto<br />

06. Ainda utiliza de um recurso estilístico chamado hipálage<br />

(deslocação de uma característica do agente para o ato). Vamos<br />

documentar:<br />

a) alegres campos; verdes arvoredos<br />

b) claras e frescas águas<br />

c) silvestres montes; ásperos penedos<br />

d) verduras deleitosas; águas que correndo vêm<br />

e) lembranças tristes; lágrimas saudosas<br />

07. Entre a realidade e a vida interior do sujeito estabelece-se uma<br />

relação de paralelismo: a paisagem era alegre e esperançosa,<br />

quando também ele era feliz. Mas seu estado de alma alterou-se<br />

profundamente e o sujeito interpela a Natureza (“Sabei”...) e<br />

vai projetar nela todo o seu abatimento. E, no último terceto,<br />

sentimos que a Natureza vai desempenhar um novo papel:<br />

a) repelir as lembranças tristes; o sujeito fica com a Natureza e<br />

afasta da lembrança a mulher amada.<br />

b) acolher as lembranças tristes semeadas pelo sujeito e refletir<br />

as saudades de sua amada.<br />

c) semear outros amores na alma do cansado e<br />

desassossegado poeta.<br />

d) regar e fazer brotar um outro amor em harmonia com os<br />

alegres campos e verdes arvoredos.<br />

e) dar à luz as saudades dos alegres campos e verdes<br />

arvoredos.<br />

08. A amada desempenha um papel fundamental: a sua ausência é<br />

que provoca a tristeza e a saudade que invadem o sujeito,<br />

doravante:<br />

a) incapaz de usufruir da beleza da paisagem, preparando-se<br />

para nela semear lembranças tristes.<br />

b) ansioso de ver brotar um novo amor, por isso semeia e rega.<br />

c) inconformado com o que vêem seus olhos: alegres campos<br />

transformarem-se em ásperos penedos.<br />

d) predestinado a semear em silvestres montes e ásperos<br />

penedos.<br />

e) surpreso pois que alegres campos e verdes arvoredos só se<br />

conseguem semeando lembranças e regando com lágrimas.<br />

09. Vamos delimitar as partes lógicas do poema. Na primeira<br />

parte, o poeta traça os contornos de uma paisagem alegre<br />

a que se dirige . Na segunda<br />

parte, há um corte com esse pendor descritivo inicial<br />

para revelar uma situação de tristeza que impede o sujeito<br />

de se alegrar com a beleza do quadro natural em que<br />

costumava ser feliz na companhia da amada<br />

. Na terceira parte, o sujeito<br />

exprime a grande tristeza motivada pela ausência da<br />

amada e espera colher da paisagem as dolorosas<br />

saudades do seu bem .<br />

Os espaços em branco devem ser preenchidos<br />

respectivamente assim:<br />

a) versos de 1 a 4; versos de 5 a 8; versos de 9 a 14<br />

b) versos de 1 a 8; versos de 9 a 11; versos de 12 a 14<br />

c) versos de 1 a 6; versos de 7 a 11; versos de 12 a 14<br />

d) versos de 1 a 2; versos de 3 a 8; versos de 9 a 14<br />

e) versos de 1 a 5; versos de 6 a 9; versos de 10 a 14<br />

10. Neste poema, o substantivo é uma categoria morfológica<br />

com bastante importância. Na parte mais descritiva do<br />

texto predominam os substantivos<br />

(campos, arvoredos, águas, rochedos, montes, penedos).<br />

No resto do texto, aparecem já substantivos<br />

, referentes ao estado de alma do<br />

sujeito (mal, lembranças, saudades) e persistem ainda os<br />

, que conotam a grande emotividade<br />

do discurso (olhos, verduras, águas, lágrimas, bem).<br />

a) concretos; abstratos; abstratos<br />

b) concretos; abstratos; concretos<br />

c) coletivos; comuns-de-dois; sobrecomuns<br />

d) abstratos; coletivos; abstratos<br />

e) abstratos; concretos; abstratos<br />

11. Nas cantigas de amigo, a natureza também funciona como<br />

confidente da donzela apaixonada. “Ai flores, ai flores<br />

do verde pino” em que uma donzela pede à natureza<br />

“novas” sobre o amigo. E as flores dão-lhe boas notícias:<br />

“... é sano e vivo”. Estamos fazendo referência à Cantiga<br />

de:<br />

a) Paio Soares Taveirós<br />

b) D. Dinis<br />

c) Airas Nunes<br />

d) Nuno Fernandes Torneol<br />

e) João Roiz de Castelo Branco


12. No Brasil, tivemos uma Escola Literária que exaltou a poesia<br />

pastoril, a reverência ao bucolismo, disposta a fazer valer a<br />

simplicidade perdida no Barroco:<br />

a) Arcadismo<br />

b) Realismo<br />

c) Parnasianismo<br />

d) Simbolismo<br />

e) Surrealismo<br />

13. Camões, além de poeta lírico, escreveu Os Lusíadas —<br />

retrato de um povo, as suas lutas e seus sofrimentos. Têm<br />

as partes comuns de uma epopéia. Identifique as partes:<br />

I. As armas e os barões assinalados<br />

...<br />

Cantando espalharei por toda a parte<br />

II. E vós, Tágides minhas<br />

...<br />

Dai-me agora um som alto e sublimado<br />

III. E vós, ó bem nascida segurança<br />

Da lusitana antiga liberdade...<br />

IV. Já no largo oceano navegavam,<br />

As inquietas ondas apartando...<br />

V. Não mais, Musa, não mais que a lira tenho<br />

Destemperada e a voz enrouquecida<br />

a) I – proposição; II – invocação; III – dedicatória;<br />

IV – narração; V – epílogo<br />

b) I – narração; II – proposição; III – epílogo;<br />

IV – invocação; V – dedicatória<br />

c) I – dedicatória; II – invocação; III – epílogo;<br />

IV – narração; V – proposição<br />

d) I – epílogo; II – narração; III – dedicatória;<br />

IV – invocação; V – proposição<br />

e) I – invocação; II – proposição; III – narração;<br />

IV – dedicatória; V – epílogo<br />

14. Camões produziu sonetos dos mais perfeitos e dos mais<br />

belos da Língua, apresentando pontos de contato naquilo<br />

que diz respeito à estética clássica. Assinale o único que<br />

não lhe pertence:<br />

a) Amor é fogo que arde sem se ver;<br />

É ferida que dói e não se sente;<br />

É um contentamento descontente;<br />

É dor que desatina sem doer;<br />

b) Sete anos de pastor Jacó servia<br />

Labão, pai de Raquel, serrana bela;<br />

Mas não servia ao pai, servia a ela,<br />

E a ela só por prêmio pretendia<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 3<br />

c) Liberdade, onde estás? Quem te demora?<br />

Quem faz que o teu influxo em nós não caia?<br />

Por que (triste de mim!) por que não raia<br />

Já na esfera de Lísia a tua aurora?<br />

d) Busque Amor novas artes, novo engenho.<br />

Para matar-me, e novas esquivanças;<br />

Que não pode tirar-me as esperanças,<br />

Que mal me tirará o que eu não tenho.<br />

e) Alma minha gentil, que te partiste<br />

Tão cedo desta vida, descontente,<br />

Repousa lá no céu eternamente<br />

E viva eu cá na terra sempre triste<br />

Texto para as questões de 15 a 20<br />

Leia o trecho com muita atenção. Responda depois às questões<br />

apresentadas.<br />

Durante os dias que se seguiram, Sanches esteve frio. Tive<br />

medo de perdê-lo. Deu-me as lições sem uma só das intragáveis<br />

ternuras. Exprimia-se brevemente, entre enfezado e triste.<br />

Suspeitei uma revolução de caráter e julguei ter achado o que<br />

me convinha: um amigo moderado, que me livrasse dos vexames<br />

da vida colegial dos pequenos. O caso era outro. Sanches<br />

compreendera que a ingenuidade tinha contaminado os zelos<br />

do seu ensino. Manobrava, então, para voltar à carga.<br />

Entretanto, deu-se o cuidado de insistir na preparação edificante.<br />

Inventou uma análise dos Lusíadas, livro de exame, cuja<br />

dificuldade não cessava de encarecer.<br />

Guiou-me ao canto nono, como a uma rua suspeita. Eu gozava<br />

criminosamente o sobressalto dos inesperados. Mentor levoume<br />

por diante das estrofes, rasgando na face nobre do poema<br />

perspectivas de bordel a fumegar alfazema. Bárbaro! Havia um<br />

trajo de modéstia sobre a verdade do vocábulo; ele rasgava as<br />

túnicas de alto a baixo, grosseiramente. Fazia do meneio grácil<br />

de cada verso uma brutalidade ofensiva. Eu acompanhava-o<br />

sem remorso; reputava-me vagamente vítima, e me dava à<br />

crueldade, submisso, adormecido na vantagem da passividade.<br />

A análise aguilhoava as rimas; as rimas passavam, deixando a<br />

lembrança de um requebro impudente. E o ar severo do Sanches<br />

imperturbável.<br />

Tomava cada período, cada oração, altamente, com o ademã<br />

sisudo do anatomista: sujeito, verbo, complementos, orações<br />

subordinadas; depois o significado, zás! Um corte de escalpelo,<br />

e a frase rolava morta, repugnante, desentranhando-se em<br />

podridões infectas.<br />

Raul Pompéia de O Ateneu


4<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

15. O Ateneu encerra uma das primeiras tentativas de análise dos<br />

subterrâneos da memória e do inconsciente. E, pelo erotismo<br />

que atravessa determinadas cenas, dir-se-ia antevisão das<br />

técnicas freudianas de psicanálise. No texto, vê-se erotismo<br />

especialmente quando Sanches:<br />

a) guia o narrador ao canto nono dos Lusíadas, como a uma<br />

rua suspeita<br />

b) se mostrava frio e sem ternura<br />

c) exprimia-se brevemente, entre enfezado e triste<br />

d) deu ao narrador lições sem uma só das intragáveis ternuras<br />

e) tomava cada período, cada oração, altamente, como o ademã<br />

sisudo do anatomista<br />

16. “Dar lições e exprimir-se brevemente”. Assinale a forma errada<br />

do imperativo:<br />

a) Dá lições e exprime-te brevemente.<br />

b) Dê lições e exprima-te brevemente.<br />

c) Demos lições e exprimamos-nos brevemente.<br />

d) Dai lições e exprimis-vos brevemente.<br />

e) Dêem lições e exprimam-se brevemente.<br />

17. Os verbos abaixo são transitivos diretos, acompanhados de<br />

seu objeto direto, exceto um. Assinale-o:<br />

a) mentor levou-me por diante das estrofes<br />

b) fazia do meneio grácil de cada verso uma brutalidade<br />

ofensiva<br />

c) e me dava à crueldade<br />

d) a análise aguilhoava as rimas<br />

e) e a frase rolava morta, repugnante<br />

18. “... e julguei ter achado o que me convinha: um amigo<br />

moderado”. A expressão em negrito funciona como:<br />

a) sujeito<br />

b) objeto indireto<br />

c) complemento nominal<br />

d) aposto<br />

e) vocativo<br />

19. “... deixando a lembrança de um requebro impudente”, ou seja,<br />

de um requebro:<br />

a) isento, livre<br />

b) sem cautela, imprudente<br />

c) sem pudor, descarado<br />

d) de acesso impossível; inacessível<br />

e) do que se nunca ouviu falar; inaudito<br />

20. “Guiou-me ao canto nono (de Os Lusíadas) ...”. Pelo<br />

sentido geral do texto, não é difícil imaginar uma das<br />

prováveis estrofes que Sanches analisou ao narrador.<br />

Identifique-a:<br />

a) Dai-me uma fúria grande e sonorosa,<br />

E não de agreste avena ou frauta ruda,<br />

Mas de tuba canora e belicosa,<br />

Que o peito acende e a cor ao gesto muda;<br />

Dai-me igual canto ao feitos da famosa<br />

Gente vossa, que a Marte tanto ajuda;<br />

Que se espalhe e se cante no Universo,<br />

Se tão sublime preço cabe em verso<br />

b) Estava o Padre ali, sublime e digno,<br />

Que vibra os feros raios de Vulcano,<br />

Num assento de estrelas cristalino,<br />

Com gesto alto, severo e soberano;<br />

Do rosto respirava um ar divino,<br />

Que divino tornara um corpo humano;<br />

Com uma coroa e cetro rutilante,<br />

De outra pedra mais clara que diamante.<br />

c) Oh! Que famintos beijos na floresta,<br />

E que mimoso choro que soava!<br />

Que afagos tão suaves, que ira honesta,<br />

Que em risinhos alegres se tornava!<br />

O que mais passam na manhã e na sesta,<br />

Que Vênus com prazeres inflamava,<br />

Melhor é experimentá-lo que julgá-lo;<br />

Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.<br />

d) Assim como a bonina, que cortada<br />

Antes do tempo foi, cândida e bela,<br />

Sendo das mãos lascivas maltratada<br />

Da menina que a trouxe na capela,<br />

O cheiro traz perdido e a cor murchada:<br />

Tal está, morta, a pálida donzela,<br />

Secas do rosto as rosas, e perdida<br />

A branca e viva cor com a doce vida.<br />

e) Não mais, Musa, não mais que a Lira tenho<br />

Destemperada e a voz enrouquecida,<br />

E não do canto, mas de ver que venho<br />

Cantar a gente surda e endurecida.<br />

O favor com que mais se acende o engenho<br />

Não no dá a pátria, não, que está metida<br />

No gosto da cobiça e na rudeza<br />

De uma austera, apagada e vil tristeza.


REDAÇÃO<br />

Estamos lhe apresentando três temas A, B e C. Escolha um<br />

deles, identifique sua escolha por meio das letras A, B ou C.<br />

Dê um título ao seu trabalho e desenvolva-o, obedecendo ao<br />

que se pede, em apenas 15 linhas.<br />

Tema A<br />

Procure identificar a mensagem comum contida em ambos os<br />

textos:<br />

Texto Um: “Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio.”<br />

Heráclito, 544-484 a.C. Escola pré-Socrática<br />

Texto Dois: “Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho<br />

Nem ama duas vezes a mesma mulher<br />

Nascer é muito comprido”<br />

Murilo Mendes (1901-1975) Poeta do Modernismo Brasileiro<br />

Tema B<br />

Ambas as moças, quando passam, impressionam os poetas.<br />

Descreva Leanor; descreva a Garota de Ipanema. O que há de<br />

comum entre elas? O que as diferencia?<br />

Texto Um: Descalça vai para a Fonte<br />

MOTE<br />

Descalça vai para a fonte<br />

Leanor pela verdura:<br />

vai fermosa e não segura.<br />

VOLTAS<br />

Leva na cabeça o pote,<br />

o testo nas mãos de prata,<br />

cinta de fina escarlata,<br />

sainho de chamelote.<br />

Traz a vasquinha de cote<br />

mais branca que a neve pura:<br />

vai fermosa e não segura.<br />

Descobre a touca a garganta,<br />

cabelos de ouro entrançado,<br />

fitas de cor de encarnado,<br />

tão linda que o mundo espanta;<br />

chove nela graça tanta,<br />

que dá graça à fermosura:<br />

vai fermosa e não segura.<br />

Luís Vaz de Camões - século XVI<br />

Texto Dois: Garota de Ipanema<br />

Tema C<br />

Olha que coisa mais linda<br />

Mais cheia de graça<br />

É ela menina<br />

Que vem e que passa<br />

Seu doce balanço<br />

Caminho do mar<br />

Moça do corpo dourado<br />

Do sol de Ipanema<br />

O seu balançado<br />

É mais que um poema<br />

É a coisa mais linda<br />

Que eu já vi passar<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 5<br />

Ah! se ela soubesse<br />

Que quando ela passa<br />

O mundo inteirinho<br />

Se enche de graça<br />

E fica mais lindo<br />

Por causa do amor.<br />

Vinícius de Morais - século XX<br />

Texto Um: Artigo 225 - “Todos têm direito ao meio ambiente<br />

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum<br />

do povo e essencial à sadia qualidade de vida,<br />

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o<br />

dever de defendê-lo e preservá-lo para as<br />

presentes e futuras gerações.”<br />

Constituição Federal<br />

Texto Dois: ***<br />

Onde estão meus verdes?<br />

Os meus azuis?<br />

O Arranha-Céu comeu!<br />

E ainda falam nos mastodontes, nos<br />

brontossauros, nos tiranossauros,<br />

Que mais sei eu...<br />

Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles,<br />

os arranha-céus!<br />

Mário Quintana (1906-1994)<br />

O Poder Constituinte (Texto Um) ordena e o poeta (Texto Dois)<br />

lamenta o descumprimento da ordem. Comente.


6<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

CIÊNCIAS<br />

MATEMÁTICA, FÍSICA, QUÍMICA, BIOLOGIA<br />

Texto para as questões 21 a 24<br />

“Um comerciante entrou num supermercado e comprou tabletes de<br />

chocolate para revender, gastando R$ 90,00. No dia seguinte, ele<br />

voltou ao supermercado, e comprou caixas de bombons, mas cada<br />

caixa custou R$ 2,00 a mais que os tabletes de chocolate comprados<br />

no dia anterior. Dessa vez, ele gastou R$ 70,00. No total, o<br />

comerciante comprou 80 unidades entre tabletes e caixas.”<br />

21. Quanto o comerciante pagou por cada tablete de chocolate?<br />

a) R$ 1,20<br />

b) R$ 1,50<br />

c) R$ 1,80<br />

d) R$ 2,00<br />

e) R$ 2,20<br />

22. Quanto o comerciante pagou por cada caixa de bombons?<br />

a) R$ 4,20<br />

b) R$ 3,80<br />

c) R$ 4,00<br />

d) R$ 3,50<br />

e) R$ 3,20<br />

23. Quantos tabletes de chocolate o comerciante comprou?<br />

a) 75 b) 50 c) 60 d) 45 e) 40<br />

24. Quantas caixas de bombons o comerciante comprou?<br />

a) 15 b) 18 c) 25 d) 22 e) 20<br />

25. Uma empresa de assistência médica oferece dois planos aos<br />

seus associados: no plano A, a pessoa paga R$ 50,00 por mês<br />

mais R$ 10,00 por consulta; no plano B, a mensalidade é de<br />

R$ 75,00, mas a consulta custa só R$ 6,50. Supondo que o<br />

associado fez x consultas em um mês, para que valores de x o<br />

plano A é mais vantajoso que o plano B ?<br />

a) O plano A é mais vantajoso para 10 ou mais consultas em<br />

um mês.<br />

b) O plano A só é vantajoso quando o associado fizer<br />

5 consultas em um mês.<br />

c) O plano A é mais vantajoso para 7 ou menos consultas em<br />

um mês.<br />

d) O plano A nunca vai ser vantajoso em relação ao plano B.<br />

e) O plano A é mais vantajoso para 8 ou mais consultas em um<br />

mês.<br />

Texto para as questões 26 e 27<br />

“A figura ao lado mostra a trajetória<br />

de uma bola em uma mesa de bilhar.<br />

Quando ela bate na lateral da mesa,<br />

forma-se um ângulo de chegada, que<br />

sempre é igual ao ângulo de saída.<br />

Imaginemos uma mesa de bilhar com<br />

caçapas nos vértices A, B, C e D.<br />

Uma bola é lançada junto à caçapa<br />

A, formando 45º com o lado AD.<br />

Suponha que a bola só vai parar<br />

quando cair em alguma caçapa.”<br />

AB = 4 unidades<br />

BC = 6 unidades<br />

26. Em que caçapa cairá a bola?<br />

a) B<br />

b) A<br />

c) D<br />

d) C<br />

e) nenhuma<br />

B C<br />

A<br />

45º<br />

27. Quantas vezes a bola tocará nas laterais da mesa antes<br />

de cair na caçapa?<br />

a) 4 b) 1 c) 7 d) 3 e) 5<br />

28. Segundo a revista The Economist, de 18/04/<strong>98</strong>, o preço<br />

médio das ações na Tailândia, em dólares, diminuiu 70%<br />

no último semestre do ano de 1997. Em 19<strong>98</strong>, o preço<br />

médio já subiu 70%. Então:<br />

a) para recuperar a perda de 70%, o preço médio deveria<br />

subir 233%.<br />

b) os investidores já recuperaram a perda de 70%.<br />

c) os investidores estão perdendo 49%.<br />

d) para recuperar a perda, o preço médio deveria subir<br />

49%.<br />

e) para recuperar a perda de 70%, preço médio deveria<br />

subir 130%.<br />

a<br />

A B<br />

y<br />

D<br />

x<br />

x


29. Em 1995, 1 dólar comprava 80 yen (moeda do Japão);<br />

atualmente, 1 dólar compra 130 yen. Qual foi a desvalorização<br />

(aproximadamente) do yen?<br />

a) 25% b) 63%<br />

c) 49% d) 88%<br />

e) 38%<br />

30. A avenida principal de uma cidade foi entregue com quatro<br />

faixas de tráfego. O novo prefeito mandou repintar as linhas,<br />

deixando-a com seis faixas de tráfego. Lamentavelmente, isso<br />

fez aumentar o número de acidentes, causando protestos da<br />

população. O prefeito, então, determinou nova pintura,<br />

deixando a avenida com cinco faixas. O aumento da<br />

capacidade de tráfego, com relação à situação inicial da<br />

avenida, foi de:<br />

a) 25% b) 16,7%<br />

c) 50 % d) 36%<br />

e) 10,8%<br />

31. Na reforma de um edifício, decidiu-se substituir dois canos<br />

de água de diâmetros iguais a 20 mm por um único cano,<br />

mantendo-se a mesma capacidade. O diâmetro do novo cano<br />

deve ser de (aproximadamente):<br />

a) 36 mm b) 40 mm<br />

c) 28 mm d) 48 mm<br />

e) 24 mm<br />

32. Para que valores de k o sistema<br />

(I) impossível; (II) determinado?<br />

RS<br />

T<br />

a) respectivamente k ≠ 1 e k = 1<br />

b) respectivamente k ≠ –1 e k = –1<br />

c) qualquer valor de k ≠ –1<br />

d) qualquer valor de k ≠ 0<br />

e) respectivamente k = –1 e k ≠ –1<br />

x + y = 2<br />

x – ky = 3<br />

33. Numa pista de testes, uma motocicleta percorre um trecho<br />

de A para B à velocidade de 60 km/h e volta, de B para A,<br />

à velocidade de 40 km/h. Sua velocidade média é:<br />

a) 50 km/h b) 48 km/h<br />

c) 40 km/h d) 25 km/h<br />

e) 36 km/h<br />

34. A planta de um lote de terreno está na escala 1:100. Quantas<br />

vezes a área real é maior que a área do lote na planta?<br />

a) 10 vezes b) 1 000 vezes<br />

c) 100 vezes d) 10 000 vezes<br />

e) 100 000 vezes<br />

é:<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 7<br />

35. O preço p de uma unidade de um produto varia em função<br />

da quantidade vendida q (em centenas de unidades) de<br />

acordo com a equação p + 2q = 30. A receita gerada pela<br />

venda de q unidades é dada pelo produto de p por q.<br />

Quantas unidades de produto devem ser vendidas para que<br />

a receita seja máxima?<br />

a) 750 b) 340<br />

c) 800 d) 600<br />

e) 680<br />

1<br />

1<br />

2<br />

4<br />

e B =<br />

2<br />

x<br />

−1<br />

y<br />

.<br />

Se A é inversa de B, então o valor de x + y é:<br />

36. Dadas as matrizes A = L N M<br />

a) 2 b) 1<br />

c) 5 d) –3<br />

e) 0<br />

37. Com as matrizes A e B da questão anterior, os elementos<br />

da segunda linha da matriz X = A 2 + B são:<br />

O<br />

QP<br />

a) 4,0 e 5,5 b) 4,5 e 18,5<br />

c) 6,5 e 18,5 d) 5,5 e 18,5<br />

e) 3,0 e 18,5<br />

38. Uma reta de demanda estabelece a relação entre o preço de<br />

venda p de uma unidade de um produto e a quantidade q<br />

que se deseja comprar. Um distribuidor de relógios de mesa<br />

estima que se o preço for R$ 80,00, ele poderá vender<br />

1.000 unidades; se o preço subir para R$ 86,00, venderá<br />

700. Quantos relógios ele poderia vender se o preço fosse<br />

de R$ 90,00 ?<br />

a) 580 b) 900<br />

c) 500 d) 730<br />

e) 860<br />

39. Uma estrada secundária de mão única, composta de pista e<br />

acostamentos laterais, passa por um túnel de largura igual a<br />

10 m e altura máxima de 5 m. O túnel tem secção parabólica<br />

e o vértice da parábola projeta-se sobre o eixo da estrada.<br />

As luminárias estão fixadas na parede do túnel, de cada<br />

lado, a 4,2 m de altura. Uma delas desprende-se e cai<br />

verticalmente. Sabendo-se que a pista da estrada tem 6 m<br />

de largura, então a luminária cai:<br />

a) na pista, a 0,5 m da borda da pista.<br />

b) no acostamento, a 0,5 m da borda da pista.<br />

c) na pista, a 0,2 m da borda da pista.<br />

d) na pista, a 1 m da borda da pista.<br />

e) sobre a borda da pista, isto é, na divisa da pista com o<br />

acostamento.<br />

L<br />

NM<br />

O<br />

QP


8<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

40. Um fotógrafo profissional quer filmar um botão de cravo que<br />

desabrocha e se transforma num belo cravo vermelho totalmente<br />

aberto. Para isso tirou fotos de 2 em 2 horas, as quais, projetadas<br />

à razão de 24 fotos/segundo, mostram todo o transcurso<br />

descrito acima, em apenas 2 segundos. O desabrochar do cravo<br />

transcorreu realmente em:<br />

a) 24 h<br />

b) 96 h<br />

c) 144 h<br />

d) 120 h<br />

e) 48 h<br />

41. Um barco é lançado perpendicularmente às águas de um rio,<br />

com velocidade V 1 = 8,0 m/s, em relação às águas. Sabendose<br />

que a velocidade da correnteza é V 2 = 6,0 m/s, podemos<br />

afirmar que a velocidade do barco em relação às margens do rio<br />

é de:<br />

a) 10 m/s<br />

b) 6 m/s<br />

c) 14 m/s<br />

d) 8 m/s<br />

e) 15 m/s<br />

42. Um motor queima 1 kg de combustível com poder de combustão<br />

de 3 . 10 3 kcal/kg, para elevar 5.000 kg de água a uma altura de<br />

30 m. Sendo a aceleração da gravidade local igual a 10 m/s 2 , e<br />

sabendo-se que o equivalente mecânico da caloria vale<br />

4,18 J/cal, conclui-se que o rendimento do motor é,<br />

aproximadamente:<br />

a) 24 %<br />

b) 6 %<br />

c) 18 %<br />

d) 30 %<br />

e) 12 %<br />

43. O cloreto de sódio é obtido numa reação química do sódio com<br />

cloro. A massa de cloro deve ser proporcional à massa de sódio.<br />

Se 15,4 g de cloro e 10 g de sódio produzem 25,4 g de cloreto<br />

de sódio, a quantidade de cloro (em gramas) que devemos juntar<br />

com 20 g de sódio, para que ocorra a reação é:<br />

a) 20,0 g<br />

b) 30,8 g<br />

c) 26,4 g<br />

d) 15,4 g<br />

e) 32,8 g<br />

→<br />

V1<br />

→<br />

V2<br />

44. É muito comum o uso de ácido muriático (HCl comercial)<br />

para lavar pisos e paredes. No entanto, pisos e paredes<br />

de mármore (carbonato de cálcio) não podem ser lavados<br />

com ele, pois ambos reagem, havendo liberação de gás.<br />

Esta reação é representada pela equação:<br />

a) 2 HCl + CaCO 3 → CaCl 2 + H 2 O<br />

b) 2 HCl + CaCO 3 → CaCl 2 + CO 2<br />

c) 2 HCl + CaCl 2 → CaCO 3 + CO 2 + H 2 O<br />

d) 2 HCl + CaCO 3 → CaCl 2 + H 2 O + CO 2<br />

e) 2 HCl + CaCl 2 → CaCO 3 + H 2 O<br />

45. Alguns “modismos exóticos e naturais” têm<br />

proporcionado um aumento no tráfico de animais no<br />

mundo todo. No Brasil, é comum saírem animais<br />

contrabandeados, como também entrarem ilegalmente no<br />

país. O grande perigo de se “importar” esses animais<br />

sem estarem castrados é de:<br />

a) proporcionar uma proliferação exagerada, pondo em<br />

risco todo o equilíbrio de um ecossistema estável.<br />

b) transmitirem uma série de doenças para os seres que<br />

habitam o ecossistema.<br />

c) não se adaptarem ao novo ecossistema.<br />

d) não conseguirem alimentação suficiente.<br />

e) melhorar o processo adaptativo no novo lar.<br />

46. Quando se fala em qualidade de vida, sempre acaba-se<br />

falando sobre uma dieta adequada e um mínimo de atividade<br />

física. Estas duas combinações são importantes para<br />

a não formação de ateromas. Ateromas são, por definição:<br />

a) a formação de placas de gorduras que lesionam a<br />

parede interna das veias.<br />

b) a formação de placas de gorduras que lesionam a<br />

parede interna das artérias.<br />

c) a formação de placas de gorduras que lesionam a<br />

parede externa das artérias.<br />

d) a formação de placas de gorduras que lesionam a<br />

parede externa das veias.<br />

e) a formação de placas de gorduras em qualquer parte<br />

do corpo.<br />

47. Até pouco tempo atrás, em casos de paternidade<br />

duvidosa, os exames de sorotipagem sangüínea eram<br />

fundamentais para a definição do pai. Hoje aplica-se o<br />

teste do DNA, cuja precisão é de 99,9 %. Em um caso de<br />

paternidade duvidosa, uma criança deve apresentar:<br />

a) 25% do DNA paterno e 75% de DNA materno.<br />

b) 25% do DNA paterno e 25% de DNA materno e<br />

50% da criança.<br />

c) 50% do DNA paterno e 50% de DNA materno.<br />

d) 75% do DNA paterno e 25% de DNA materno.<br />

e) é impossível precisar a quantidade.


ESTUDOS SOCIAIS<br />

48. Leia com atenção as idéias contidas neste texto:<br />

... Suponhamos que o salário semanal de um operário<br />

representa três dias de salário. O operário que começa a<br />

trabalhar à segunda-feira terá, pois, restituído ao capitalista,<br />

ao fim da tarde de quarta-feira, todo o valor do salário pago.<br />

Mas ele deixa de trabalhar nesse momento? De maneira<br />

nenhuma. O capitalista comprou-lhe o seu trabalho semanal<br />

e ele terá ainda de trabalhar durante os três últimos dias da<br />

semana. Esse sobretrabalho, fornecido pelo operário durante<br />

o tempo que vai além daquele que é necessário para a<br />

restituição do seu salário, é a fonte da mais-valia, ou lucro, a<br />

fonte do aumento constantemente crescente do volume do<br />

capital.<br />

Pelas conclusões a que chega o autor, só podem ser atribuídas a:<br />

a) Malthus b) Engels<br />

c) Adam Smith d) George Orwell<br />

e) Eisenhower<br />

49. De um modo geral, as notícias relativas à URSS que chegavam<br />

até nós eram muito poucas e quase sempre tendenciosas.<br />

A partir de 1<strong>98</strong>5, no entanto, houve uma verdadeira<br />

“inundação” de notícias. A URSS passou a ser comentada e<br />

discutida em todo o mundo. Isto se deve, fundamentalmente,<br />

à presença de Gorbachev e de suas propostas de reformas:<br />

a) Perestroika e Glasnost<br />

b) A Guerra Fria e a Independência da Armênia<br />

c) A Queda do Muro de Berlim e a Crise Econômica em<br />

Cuba<br />

d) A Queda de Kruschev e a Ascensão de Brejenev<br />

e) A Independência da Bósnia e a Queda do Muro de<br />

Berlim<br />

50. Em 1<strong>98</strong>2, o General Leopoldo Galtieri concedeu uma<br />

entrevista à jornalista italiana Oriana Fallaci, célebre por sua<br />

impetuosidade:<br />

Fallaci – “Então eu o deixarei voltando à pergunta que fiz<br />

no começo. Por que cargas d' água o senhor iniciou esta<br />

confusão? Por que não esperou, como disse que estava<br />

disposto a fazer? A questão é: senhor presidente, o senhor<br />

é um general, certo? O senhor é um soldado. O senhor usa<br />

uniforme, certo? Portanto, deixe-me perguntar-lhe: o senhor<br />

já esteve em uma guerra?<br />

Galtieri – Bem, um outro tipo de guerra.<br />

Fallaci – Não, não, não. Eu quero dizer uma guerra. Uma<br />

guerra de verdade, onde se atira e se morre, em combate.<br />

Galtieri – Não... Não estive. Não em uma guerra<br />

convencional.<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 9<br />

Fallaci – Eu estive. Estive em três guerras, incluindo a do<br />

Vietnã, como correspondente de guerra. Portanto, eu sei o<br />

que é a guerra. E eu sei que o senhor não sabe. A questão é<br />

que as guerras nunca são lutadas por quem as declara. Nem<br />

ao menos são vistas.<br />

Galtieri – É verdade. Mas a senhora não deveria dizer isso<br />

apenas a mim.<br />

Revista Isto É - 23/06/82<br />

Ambos, jornalista e Presidente, estão falando sobre:<br />

a) O Golpe contra Allende, no Chile.<br />

b) A Revolução Sandinista, na Nicarágua.<br />

c) O forte movimento guerrilheiro desencadeado pelos<br />

Tupamaros.<br />

d) A Guerra do Peru contra a Bolívia.<br />

e) A Guerra das Malvinas.<br />

51. “Quem tem aço tem pão!”<br />

“Mais canhão, menos manteiga!”<br />

“Nada jamais foi ganho na história sem derramamento de<br />

sangue!”<br />

“É melhor um dia de leão do que cem anos de carneiro!”<br />

“A guerra é para o homem o que a maternidade é para a<br />

mulher!”<br />

“Um minuto no campo de batalha vale por uma vida inteira<br />

de paz!”<br />

“A liberdade é um cadáver em putrefação!”<br />

Alguns slogans extraídos:<br />

a) da Semana de Arte Moderna<br />

b) da Revolução Socialista na Rússia<br />

c) de Rasputin e da Corte de Nicolau II<br />

d) do Nazi-Fascismo<br />

e) do Maoísmo e Stalinismo<br />

52. “O poderio do senador chegou a tal ponto que acusou de<br />

envolvimento numa conspiração o prestigiado General<br />

Marshall e, em 1953, conseguiu afastar de um importante<br />

cargo federal o Dr. Robert Oppenheimer, que dirigia a<br />

construção da bomba atômica norte-americana. Por se opor<br />

às pesquisas para a construção da bomba de hidrogênio, o<br />

pesquisador foi falsamente acusado de laços estreitos com<br />

comunistas e simpatizantes. Terminou sua carreira política<br />

após esbarrar, mais tarde, na força do novo presidente eleito,<br />

Eisenhower, que discordava de sua atuação.”<br />

O senador americano de quem fala o texto é:<br />

a) Henry Truman b) Lyndon Johnson<br />

c) John Foster Dulles d) Joseph MacCarthy<br />

e) Roosevelt


10<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

53. “Lembro-me do grito de estupefação que soltei quando me vi<br />

subitamente diante da obra. Esse quadro, por sua própria<br />

natureza, corroborava minhas convicções. A tela está coberta<br />

de seres que explodem, gritam, choram, se contorcem; um cavalo<br />

aparece aos derradeiros estertores da agonia. A gigantesca<br />

cena, quase inteiramente monocrômica, sufocou-me com sua<br />

estarrecedora tensão.”<br />

Taro Okamoto<br />

O narrador se emociona com a obra:<br />

a) Velocidade de Automóvel, de Giacomo Balla<br />

b) Ensaio de Balé, de Degas<br />

c) Guernica, de Picasso<br />

d) Um Quadro Impressionista, de Monet<br />

e) Um Quadro Impressionista, de Renoir<br />

54. “É evidente, Sr. Presidente, que o Ato Institucional N o 5, com<br />

as determinações nele contidas, é um Ato governamental que<br />

desmoraliza e quebra o caráter do homem brasileiro,<br />

principalmente o dos Magistrados. Se este Ato permanecer no<br />

nosso Direito, ninguém, nesta amargurada Pátria, ousará<br />

contrariar a deliberação e a vontade dos militares das nossas<br />

Forças Armadas e as de V. Ex a porque estará, com a sua<br />

resistência, abrindo o caminho que o levará para o Cárcere, sem<br />

que a Magistratura possa restituir-lhe a liberdade. (...)<br />

O Presidente a quem o famoso jurista envia a carta era:<br />

a) Médici<br />

b) Castelo Branco<br />

c) Costa e Silva<br />

d) Geisel<br />

e) Figueiredo<br />

Sobral Pinto<br />

55. Assiste ao enterro de um trabalhador de eito e ouve o que<br />

dizem do morto os amigos que o levaram ao cemitério.<br />

– Essa cova em que estás, – É uma cova grande<br />

com palmos medida, para teu defunto parco,<br />

é a conta menor porém mais que no mundo<br />

que tiraste em vida. Te sentirás largo.<br />

– É uma cova grande – É uma cova grande<br />

para teu pouco defundo, para tua carne pouca,<br />

mas estarás mais ancho mas a terra dada<br />

que estavas no mundo não se abre a boca.<br />

Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto<br />

O grande público conheceu Morte e Vida Severina<br />

quando o poema foi levado para o teatro pelo TUCA,<br />

com música de Chico Buarque de Holanda. A parte<br />

selecionada está relacionada essencialmente à(ao):<br />

a) misticismo religioso<br />

b) discrepância entre o crescimento populacional e o<br />

econômico<br />

c) voto direto e secreto<br />

d) baixo salário do trabalhador urbano<br />

e) estrutura fundiária<br />

56. A expressão Estado Novo foi empregada para identificar<br />

um fato histórico a partir do momento em que:<br />

a) entrou em vigor a terceira Constituição Brasileira, a<br />

de 1934.<br />

b) Getúlio Vargas outorgou ao país a Carta de 1937, que<br />

lhe conferia plenos poderes.<br />

c) foram reunidos em um só os estados do Rio de Janeiro<br />

e da Guanabara.<br />

d) assumiu a presidência da República, Jânio Quadros.<br />

e) assumiu a presidência da República, João Goulart.<br />

57. É a mistura de cultos africanos com o culto católico e até<br />

mesmo com tradições indígenas. Em nossos dias, é uma<br />

característica religiosa de grande parte da população<br />

brasileira. Estamos falando de:<br />

a) paganismo africano<br />

b) misticismo indígena<br />

c) catolicismo revolucionário<br />

d) sincretismo religioso<br />

e) socialismo místico<br />

58. O imposto cobrado pela Coroa portuguesa, que<br />

correspondia a vinte por cento de todo o ouro e pedras<br />

preciosas extraídos na colônia, também era chamado de:<br />

a) coroa<br />

b) o vigésimo<br />

c) colônia<br />

d) taxa<br />

e) o quinto


59. Comente esta proposição: “A expressão país subdesenvolvido<br />

industrializado é correta, pois a industrialização não deve<br />

ser confundida com desenvolvimento.”<br />

a) O processo de industrialização retardatária de países<br />

latino-americanos como o Brasil, o México e a Argentina<br />

ou asiáticos, como Formosa e a Coréia do Sul, produziu<br />

crescimento econômico (medido como expansão do PIB<br />

e do PIB per capita), mas não produziu desenvolvimento<br />

econômico. Prova disso é, por um lado, a dependência<br />

desses países em relação aos capitais e tecnologias dos<br />

centros da economia mundial; e, por outro, o baixo nível<br />

de vida das vastas parcelas de suas populações em<br />

decorrência de processos perversos de concentração<br />

da renda. A proposição, na cabeça da pergunta, procede.<br />

b) A modernização da agricultura é o ponto de partida do<br />

trajeto rumo ao desenvolvimento econômico. Sem ela,<br />

não há um processo integrado de crescimento da<br />

produção industrial e da circulação mercantil, ainda que<br />

sejam implantadas “ilhas” de economia moderna no<br />

oceano da produção rural (como aconteceu em países<br />

como a China e a Índia). Portanto, não há desenvolvimento<br />

sem modernização da agricultura. A proposição,<br />

na cabeça da pergunta, não procede.<br />

c) Industrialização e subdesenvolvimento não se<br />

coadunam. País industrializado é país desenvolvido: país<br />

desenvolvido é industrializado. Este parque industrial<br />

que se estabelece em alguma região do país (São Paulo,<br />

Buenos Aires, cidade do México) não é suficiente para<br />

nomeá-los industrializados.<br />

d) A proposição, na cabeça da pergunta, procede em<br />

termos. Os países que fizeram a Revolução Industrial<br />

neste século — países subdesenvolvidos — não<br />

conheceram uma etapa de industrialização baseada em<br />

fábricas de pequeno porte, baixa automação e intensa<br />

utilização de força de trabalho. Por isso, desde o início, a<br />

indústria moderna estabelecida nos países subdesenvolvidos<br />

foi uma indústria poupadora de mão-de-obra.<br />

Assim, ao concluir que Brasil, Argentina, México são<br />

países industrializados infere-se que, por conclusão<br />

lógica, são também desenvolvidos.<br />

e) Estão corretas apenas as alternativas b e c.<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 11<br />

60. (IBGE, Anuário Estatístico, 1<strong>98</strong>6) Analise o gráfico a seguir.<br />

O que a sua análise permite concluir a respeito da política<br />

salarial vigente no país?<br />

320<br />

300<br />

280<br />

260<br />

240<br />

220<br />

200<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Município de São Paulo: Tempo necessário para Aquisição<br />

da Ração essencial Mínima<br />

1 - Salário Mínimo real Médio anual - índice<br />

2 - Tempo necessário para aquisição da ração<br />

essencial - índice<br />

1959 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85<br />

Fonte: Dieese, 1<strong>98</strong>5 Apud Kowarick L.E. Campanário, M.<br />

a) Aumento do valor real do salário mínimo e diminuição<br />

do número de horas de trabalho necessário para a<br />

aquisição da ração essencial mínima.<br />

b) Diminuição do valor real do salário mínimo e aumento do<br />

número de horas de trabalho necessário para a aquisição<br />

da ração essencial mínima.<br />

c) Os dados evidenciam um processo de enriquecimento,<br />

ainda que ameno, da massa da população ativa.<br />

d) A política salarial vigente representa um respeito à atual<br />

Constituição, que garante ao trabalhador condições<br />

mínimas de dignidade.<br />

e) Estão corretas apenas as alternativas c e d.<br />

1<br />

2


12<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

61. Observando as pirâmides etárias ilustradas, podemos concluir<br />

que:<br />

Idades<br />

80 +<br />

75 - 79<br />

70 - 74<br />

65 - 69<br />

60 - 64<br />

55 - 59<br />

50 - 54<br />

45 - 49<br />

40 - 44<br />

35 - 39<br />

30 - 34<br />

25 - 29<br />

20 - 24<br />

15 - 19<br />

10 - 14<br />

5 - 9<br />

0 - 4<br />

Pirâmide 1 Pirâmide 2<br />

% 4 2 0 2 4 8 6 4 2 0 2 4 6 8<br />

Homens Mulheres<br />

a) a pirâmide I traduz a estrutura etária de idade e sexo de um<br />

país desenvolvido do tipo europeu ocidental, e a II, a<br />

estrutura de um país subdesenvolvido do tipo latinoamericano.<br />

b) a pirâmide I representa a estrutura de idade e sexo típica de<br />

países africanos, com altas taxas de mortalidade infantil.<br />

c) as duas pirâmides representam estruturas de países nos<br />

quais os adultos são mais numerosos do que os jovens de<br />

até 20 anos somados aos idosos de mais de 60 anos.<br />

d) a pirâmide II é típica de países europeus e do Japão, que<br />

vêm implementando fortes políticas de expansão da<br />

natalidade após a Segunda Guerra Mundial.<br />

e) a pirâmide II se aplica aos países socialistas e a pirâmide I<br />

corresponde, mais proximamente, à estrutura de países<br />

capitalistas subdesenvolvidos.<br />

62. “O homem chega e já desfaz a natureza<br />

tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar<br />

(...)<br />

e passo a passo vai cumprindo a profecia<br />

do beato que dizia que o sertão ia alagar<br />

o sertão vai virar mar<br />

(...)<br />

adeus Remanso, Casa Nova, Santo Sé<br />

adeus Pilão Arcado, vem o rio te engolir<br />

debaixo d'água lá se vai a vida inteira<br />

por cima da cachoeira o gaiola vai subir”<br />

Sá e Guarabyra<br />

O beato e o represamento de que fala a canção levam-nos a:<br />

a) Padre Cícero e Boa Esperança, no Rio Parnaíba.<br />

b) Dom Hélder Câmara e Três Marias, no Rio das Velhas.<br />

c) Antônio Conselheiro e Sobradinho, no Rio São<br />

Francisco.<br />

d) Frei Beto e Orós, no Rio Jaguaribe.<br />

e) Frei Damião e Tucuruí, no Rio Tocantins.<br />

63. Assinale a alternativa errada:<br />

a) O projeto de criação de uma zona de livre comércio<br />

no Cone Sul responde a uma conjuntura internacional<br />

orientada para a formação de blocos econômicos e<br />

comerciais supranacionais. Procura materializar as<br />

potencialidades comerciais inerentes à proximidade<br />

geográfica dos países e reduzir a dependência<br />

comercial em face dos tradicionais parceiros da Europa<br />

Ocidental e América do Norte.<br />

b) O crescimento industrial transformou o Sudeste em<br />

área de atração populacional, enquanto a estagnação<br />

econômica e a extrema concentração fundiária fizeram<br />

do Nordeste uma área de repulsão populacional.<br />

Assim, o processo migratório do Nordeste para o<br />

Sudeste é função do crescimento diferencial da<br />

indústria e atinge indistintamente todos os grupos<br />

sociais do lugar de origem.<br />

c) As relações econômicas estabelecidas entre Estados<br />

Unidos e Canadá estão contaminadas pelo processo<br />

de dependência e dominação. Já na década de 20,<br />

conglomerados agro-industriais americanos se<br />

estabeleciam nas terras abundantes e baratas da<br />

Planície Central canadense. Mais tarde, grupos<br />

industriais voltados para a produção mineral e<br />

estabelecimentos poluentes implantaram-se no<br />

Canadá, fugindo às legislações econômicas e<br />

ambientais vigentes nos Estados Unidos.<br />

Recentemente, sedimentando esse processo de<br />

integração assimétrica, um acordo de mercado comum<br />

foi assinado entre os dois países.<br />

d) No Sertão nordestino, o clima semi-árido e a ocupação<br />

rarefeita, baseada na pecuária extensiva, determinam<br />

menor intensidade dos processos erosivos que no<br />

Vale do Paraíba do Sul. Nessa área, a topografia de<br />

morros e as elevadas precipitações pluviométricas,<br />

associadas a uma ocupação densa e à prática da<br />

agricultura nas encostas, acentuaram os processos<br />

de erosão dos solos, que atingiu níveis dramáticos.<br />

e) O amplo predomínio da população urbana nos<br />

Estados de São Paulo e Rio de Janeiro é reflexo tanto<br />

da concentração industrial nesses estados, como da<br />

profunda modernização de suas atividades agrárias.<br />

Por outro lado, a expressiva participação da<br />

população rural na população do Piauí, Maranhão e<br />

Rondônia reflete uma industrialização marginal e uma<br />

economia rural fundada no trabalho familiar.


INGLÊS<br />

Texto para as questões 64 e 65<br />

“A Federal grand jury in Los Angeles charged three Mexican<br />

banks and 26 Mexican bankers with laudering millions of<br />

dollars in drug profits, culminating a huge three-year sting<br />

operation. The investigation resulted in arrests and the seizures<br />

of $35 million in illegal proceeds from drug money”.<br />

Texto extraído do jornal The New York Times de 19/05/19<strong>98</strong><br />

64. De acordo com o texto, “three-years” se referem:<br />

a) ao tempo total da operação de extorsão.<br />

b) ao tempo de lavagem do dinheiro.<br />

c) à operação de transferência do dinheiro para os EUA.<br />

d) à duração da operação policial.<br />

e) ao tempo de prisão previsto.<br />

65. Quais são as melhores traduções para “arrests” e “seizures”,<br />

de acordo com seu emprego no texto acima?<br />

a) prisões e cortes<br />

b) indiciações e confiscações<br />

c) prisões e confiscos<br />

d) indiciações e cortes<br />

e) apreensões e confiscos<br />

66. Assinale a alternativa correta para preencher o texto abaixo<br />

com os tempos verbais apropriados.<br />

Peter ______ a part of the long letter last night, but he was<br />

too tired and stopped ______ it. This morning during<br />

breakfast Angela realized on Peters face that he might just<br />

______ her letter.<br />

a) have read, reading, has read<br />

b) readed, to read, have read<br />

c) had read, to read, has read<br />

d) has read, to read, had read<br />

e) read, reading, had read<br />

67. What is the right answer to the following question?<br />

Has she ever visited Moscow?<br />

a) Yes, she has already been to Moscow.<br />

b) No, she didn't have been to Moscow.<br />

c) Yes, she had already been to Moscow.<br />

d) No, she didn't so far.<br />

e) No, she had never done it.<br />

Texto para as questões 68 a 70<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 13<br />

“... Supporters of the measure, which would replace bilingual<br />

education and related programs with a one-year immersion<br />

course in English, are not talking about educational theory or<br />

the most recent research. What seems more important to many<br />

of them is how their cousin, next-door neighbor or grandmother<br />

learned English without the help of any bilingual program.<br />

I have tried to imagine applying the “grandmother theory” in<br />

another educational context. I imagine what it would have been<br />

like if my parents had stormed into my elementary school<br />

classroom, where I was learning math using the blocks, beans<br />

and graphs of the “new math”, and argued that my grandfather<br />

had learned math from drill. My parents, however, never staged<br />

such a scene (though my grandfather was known for his<br />

excellent addition). They wanted me to be taught using the<br />

most advanced educational theory, one that would ultimately<br />

not just show me how to add, but also prepare me for advanced<br />

calculus...”<br />

Texto extraído do Jornal The New York Times de 19/05/19<strong>98</strong><br />

68. O que parece mais importante para os defensores da medida<br />

em questão?<br />

a) Evitar a influência de outras línguas sobre o inglês.<br />

b) Não repetir velhos erros cometidos pelos seus pais.<br />

c) Igualar as formas de ensino aos padrões já estabelecidos.<br />

d) Modernizar o aprendizado nas escolas, porém utilizando<br />

métodos já consagrados.<br />

e) A forma pela qual todos têm estudado até agora sem a<br />

ajuda das aulas bilingüe.<br />

69. O que a autora quis dizer colocando “new math” entre aspas?<br />

a) Seus pais, por terem tido o mesmo tipo de comportamento<br />

dos defensores da medida em questão.<br />

b) Os velhos métodos de ensino de matemática.<br />

c) A falta de visão dos defensores da medida em perceber<br />

o progresso.<br />

d) Seus pais, por quererem que ela estudasse sempre<br />

segundo os mais modernos métodos de ensino.<br />

e) Os tradicionalistas, que insistem em adotar as novas<br />

técnicas de ensino.<br />

70. The neighbors are arguing again, actually they are<br />

a) yelling for each other.<br />

b) yelling on one another.<br />

c) yelling to themselves.<br />

d) yelling at each other.<br />

e) yelling by themselves.


14<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

RESOLUÇÃO<br />

LÍNGUA PORTUGUESA<br />

01. Alternativa D<br />

O soneto camoniano retrata a dor do poeta pela perda da amada<br />

a partir do terceiro verso do segundo quarteto. Todas as outras<br />

alternativas (a, b, c, e) aludem à paisagem.<br />

02. Alternativa E<br />

O poeta transfere para a paisagem a dor que sente. Desta forma,<br />

procura “mudar” a impressão do ambiente sobre o sujeito.<br />

A única alternativa que alude ao “eu-poético” é a assinalada.<br />

03. Alternativa E<br />

Novamente a questão solicita a percepção da emotividade do<br />

poeta.<br />

04. Alternativa D<br />

A metáfora consiste na “mudança” de sentido (conotação) de<br />

uma palavra ou expressão. O anacoluto expressa a quebra de<br />

relação sintático-semântica. O polissíndeto caracteriza-se pelo<br />

uso seqüenciado da conjunção e. O pleonasmo reflete a<br />

repetição de um termo de mesmo valor semântico e/ou sintático.<br />

A silepse expressa uma concordância ideológica.<br />

05. Alternativa B<br />

A aliteração evidencia-se na repetição do fonema consoante.<br />

Neste ponto, há discordância com a resposta oficial (E).<br />

Evidentemente não se trata de anacoluto.<br />

06. Alternativa E<br />

A hipálage, figura escassa, consiste na transposição da<br />

característica do agente para o ato que ele pratica ou para o<br />

sentimento de que é afetado.<br />

07. Alternativa B<br />

O poeta procura associar a Natureza a seu sentimento. Por isto<br />

impõe-lhe um proceder distinto daquele dos felizes momentos.<br />

08. Alternativa A<br />

A partir do momento em que o poeta perde a amada, sua vida<br />

transtorna-se e ele já não pode apreciar a magnitude da Natureza.<br />

09. Alternativa C<br />

“contornos de uma paisagem alegre a que se dirige:<br />

“Alegres campos, verdes arvoredos.<br />

Claras e frescas águas de cristal,<br />

Que em vós os debuxais ao natural,<br />

Discorrendo da altura dos rochedos;<br />

Silvestres montes, ásperos penedos,<br />

Compostos em concerto desigual:<br />

.....<br />

“corte do processo de felicidade:<br />

“...<br />

Sabei que sem licença de meu mal<br />

Já não podeis meus olhos ledos.<br />

E, pois não me vedes como vistes.<br />

Não me alegram verduras deleitosas<br />

Nem águas que correndo alegres vêm.<br />

Os versos restantes expressam a tristeza provocada pela<br />

ausência da amada.<br />

10. Alternativa B<br />

Os substantivos abstratos expressam atos e sentimentos<br />

ou percepções.<br />

11. Alternativa B<br />

D. Dinis foi destacado rei-trovador português.<br />

12. Alternativa A<br />

É característica do Arcadismo o apelo bucólico, pastoril,<br />

a busca de uma simplicidade que se opõe ao conflito<br />

filosófico e existencial do Barroco.<br />

13. Alternativa A<br />

A questão dispõe os fragmentos que expressam as partes<br />

do poema épico, Os Lusíadas.<br />

14. Alternativa C<br />

Os aspectos condoreiros da estrofe excluem a autoria<br />

camoniana. As demais opções revelam os textos mais<br />

conhecidos da poesia lírica de Luís Vaz de Camões.<br />

15. Alternativa A<br />

A expressão do narrador, “rua suspeita”, encarrega-se<br />

do sentido erótico que permeia o texto.<br />

16. Alternativa D<br />

A formação do imperativo afirmativo busca no presente<br />

do indicativo as segundas pessoas, com exclusão do “s”<br />

final. A forma correta do período, será:<br />

Dai lições e exprimi-vos brevemente.<br />

17. Alternativa E<br />

O verbo “rolava” é intransitivo. A análise sintática dirá:<br />

sujeito: (e) a frase.<br />

núcleo do predicado verbo-nominal: rolava (intransitivo)<br />

predicativo do sujeito: morta, repugnante.


18. Alternativa D<br />

O aposto contextualiza-se na seguinte relação:<br />

A ⇔ B<br />

termo aposto<br />

fundamental<br />

↓ ↓ ↓<br />

“o que me convinha ⇔ um amigo moderado<br />

Trata-se de um aposto explicativo, apesar da pontuação.<br />

19. Alternativa C<br />

A questão invoca conhecimento de vocabulário.<br />

impudente = despudorado<br />

20. Alternativa C<br />

O narrador embebe-se na noção do erotismo e a localiza nas<br />

estrofes camonianas. De acordo com a composição da<br />

questão, a única alternativa viável é a apontada; as demais,<br />

com exceção da “d” (um tanto romântica) marcam o sentido<br />

épico do Canto.<br />

REDAÇÃO – COMENTÁRIO<br />

Tema A<br />

De natureza filosófica, expôs o candidato à reflexão sobre a<br />

natureza da vida: o não ter volta, a continuidade ininterrupta<br />

das coisas, como um parto que não chega ao fim nem se<br />

interrompe: “Nascer é muito comprido.”<br />

Tema B<br />

Solicitou fragmento descritivo, a fim de avaliar a capacidade de<br />

observação das particularidades de um objeto, imagem ou<br />

personagem de um texto.<br />

Tema C<br />

De natureza dissertativa, esse tema conduz o candidato a<br />

avaliar as leis e seu (des)cumprimento, lamentado pelo poeta<br />

Mario Quintana. Enganaram-se aqueles que “espalharam” que<br />

na <strong>FAAP</strong> não se pede redação. E como se pede! Parabéns à<br />

banca examinadora!<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

Literatura<br />

Portuguesa<br />

15%<br />

Literatura<br />

Brasileira<br />

10%<br />

Figuras de<br />

Linguagem<br />

15%<br />

Interpretação<br />

de Texto<br />

35%<br />

Significação<br />

de Palavras<br />

5%<br />

Gramática<br />

20%<br />

MATEMÁTICA<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 15<br />

Vamos transcrever os dados em forma de uma tabela:<br />

quantidade<br />

preço<br />

unitário<br />

preço<br />

total<br />

chocolates x y 90<br />

caixas de<br />

bombons<br />

80 – x y + 2 70<br />

Agora vamos resolver o sistema em x e y:<br />

R<br />

S<br />

T<br />

x . y = 90 I<br />

(80 – x) (y + 2) = 70 II<br />

de onde obtemos: y = 1,5 e x = 60<br />

21. Alternativa B<br />

Cada tablete custou y = 1,5.<br />

22. Alternativa D<br />

Cada caixa de bombons custou y + 2 = 3,5.<br />

23. Alternativa C<br />

Foram comprados x = 60 tabletes de chocolate.<br />

24. Alternativa E<br />

Foram compradas (80 – x) = 20 caixas de bombons.<br />

25. Alternativa C<br />

Em cada plano, o custo mensal é dado pela expressão:<br />

(custo) = (valor fixo) + (número de consultas no mês) . (preço<br />

por consulta) ou, matematicamente:<br />

Plano A: C A = 50 + n . 10<br />

Plano B: C B = 75 + n . 6,5<br />

Para o plano A ser vantajoso, seu custo deve ser menor:<br />

CA < CB<br />

50 + n . 10 < 75 + 6,5 n<br />

3,5 n < 25<br />

n < 25<br />

(aproximadamente 7,1)<br />

35 ,<br />

Logo, o custo do plano A vai ser menor para um número de<br />

consultas de até 7.


16<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

26. Alternativa A<br />

Vamos representar a mesa geometricamente:<br />

4m<br />

4m<br />

2m<br />

B C<br />

A<br />

45º<br />

Observe que cada vez que a bola bate na lateral, ela é rebatida<br />

com ângulo de 45º, formando triângulos retângulos isósceles.<br />

Portanto, ela vai cair na caçapa B.<br />

27. Alternativa D<br />

Analisando a figura da resolução na questão anterior: 3 batidas<br />

nas laterais.<br />

28. Alternativa A<br />

Vamos supor que um investidor tinha US$ 100 aplicados em<br />

ações, para facilitar o cálculo: após a diminuição de 70%, restam<br />

para este investidor US$ 30.<br />

Com a recuperação de 70% neste ano, o investidor passou a<br />

ter: US$ 30 . 170% = US$ 51.<br />

Como calcular o aumento no valor das ações que recompesaria<br />

a queda do ano passado?<br />

Chamando o aumento de A:<br />

A = US$ 30 (1 + A) = US$ 100<br />

1 + A = 33 . 3<br />

A = 2,33<br />

Portanto, o aumento deveria ser de 233%.<br />

29. Alternativa E<br />

Vamos comparar o poder de compra de um yen em 1995 e hoje:<br />

1995: 1 yen → 1<br />

dólar → 100%<br />

80<br />

hoje: 1 yen → 1<br />

dólar → x<br />

130<br />

Fazendo a regra de três:<br />

45º<br />

1<br />

80<br />

1<br />

. x = . 100% ⇒ x = 62%<br />

130<br />

Quer dizer, um yen compra hoje 62% do que ele comprava em<br />

1995. A desvalorização foi de 38%.<br />

45º<br />

45º 45º<br />

4m 2m<br />

6m<br />

45º<br />

45º<br />

D<br />

2m<br />

2m<br />

30. Alternativa A<br />

Situação inicial: 4 faixas<br />

Situação atual: 5 faixas<br />

Para calcular o aumento percentual, montamos a<br />

proporção:<br />

4 faixas → 100%<br />

5 faixas → x<br />

Portanto, o aumento foi de 25%.<br />

31. Alternativa C<br />

A fim de manter a capacidade igual, devemos igualar as<br />

áreas original e final:<br />

2 . π . (10 mm) 2 = π R 2<br />

onde R é o raio do novo cano.<br />

2 . 100 mm 2 = R 2 ⇒ R = 10 2 mm = 14,1 mm<br />

O diâmetro deve ser de 28 mm.<br />

32. Alternativa E<br />

Recordando: o sistema pode ser impossível ou<br />

indeterminado quando o determinante dos coeficientes<br />

valer zero; ou pode ser determinado quando o<br />

determinante for diferente de zero.<br />

D =<br />

1 1<br />

1 −k<br />

UV<br />

W<br />

= – k – 1<br />

Como Dx ≠ 0, o sistema não pode ser indeterminado.<br />

33. Alternativa B<br />

Vamos chamar a distância entre A e B de d.<br />

d<br />

Lembrando que V = , vamos calcular:<br />

Δ t<br />

IDA: 60 = d<br />

t<br />

Δ 1<br />

x = 125%<br />

⇒ Δt 1 = d<br />

60<br />

VOLTA: 60 = d<br />

Δt ⇒ Δt2 =<br />

2 d<br />

40<br />

D = 0 ⇒ K = –1: SI ou SPI<br />

D ≠ 0 ⇒ K ≠ –1: SPD<br />

Agora, vamos escrever a expressão para o percurso<br />

inteiro:<br />

d d d d<br />

Vm<br />

t t d d d d d<br />

=<br />

2 2 2 240<br />

= = = = 48 km/h<br />

Δ +<br />

2 + 3<br />

1 Δ 2 +<br />

5<br />

60 40 120


34. Alternativa D<br />

Vamos lembrar que, tendo duas figuras semelhantes:<br />

• a razão de proporção entre as medidas é de 1:100<br />

• a razão entre suas áreas é de 1:100 2<br />

• a razão entre seus volumes é de 1:100 3<br />

35. Alternativa A<br />

Podemos expressar a receita como produto de p por q:<br />

p + 2q = 30 ⇒ p = 30 – 2q<br />

R = q(30 – 2q) = 30q – 2q 2<br />

Para obtermos a receita máxima (y V ), vamos calcular o valor<br />

de q no vértice (x V ).<br />

xV = − = − b 30<br />

= 7,5<br />

2a<br />

4<br />

Como q está expresso em vendas de unidades: q = 750<br />

36. Alternativa E<br />

A inversa de B é a matriz A:<br />

B . A = I ⇒<br />

L<br />

NM<br />

L<br />

NM<br />

O<br />

QP L NM 2 −1<br />

1 2<br />

x y 1 4<br />

2−1 4−4 x+ y 2x+ 4y<br />

O<br />

QP =L NM O<br />

QP =L NM 1 0<br />

0 1<br />

O<br />

QP<br />

O<br />

QP<br />

1 0<br />

0 1<br />

Portanto, o valor de x + y deve ser nulo.<br />

37. Alternativa B<br />

Antes de tudo, vamos voltar à questão anterior e calcular os<br />

valores de x e y:<br />

RS<br />

T<br />

x + y = 0<br />

2x + 4y = 1<br />

de onde obtemos x = –0,5 e y = 0,5.<br />

Agora podemos calcular a matriz X:<br />

2 1 2<br />

X A B<br />

1 4<br />

X<br />

= + = L N M<br />

= L N M<br />

=<br />

5 9<br />

4,5 18,5<br />

L<br />

NM<br />

O<br />

QP L NM O<br />

QP +<br />

1 2<br />

1 4<br />

O<br />

+ +<br />

+ + QP +<br />

1 2 2 8<br />

1 4 2 16<br />

O<br />

QP<br />

L<br />

NM<br />

O<br />

−<br />

− QP =<br />

2 1<br />

05 , 05 ,<br />

L<br />

NM<br />

O<br />

QP<br />

2 −1<br />

−05 , −05<br />

,<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 17<br />

38. Alternativa C<br />

A relação entre o preço do relógio (p) e o número de unidades<br />

vendidas (q) descreve uma reta de equação: q = pm + n,<br />

onde m e n são coeficientes da reta.<br />

1000 − 700 300<br />

m é o coeficiente angular: m =<br />

= =−50<br />

80 − 86 −6<br />

n é o coeficiente linear: 1 000 = 80 (–50) + n ⇒ n = 5 000<br />

A nossa equação, portanto, fica: q = p (–50) + 5 000<br />

Para um preço de R$ 90: q = 90 (–50) + 5 000 = 500 unidades<br />

39. Alternativa D<br />

Vamos representar o túnel no plano cartesiano, a fim de<br />

trabalharmos com esta parábola:<br />

5<br />

4,2<br />

A equação em questão é do tipo: y = ax 2 + bx + c<br />

No ponto (0,0): 0 = a . 0 2 + b . 0 + c ⇒ c = 0<br />

No ponto (10,0): 0 = a . 10 2 + b . 10 + 0 ⇒<br />

⇒ 100 a + 10 b = 0 ⇒ 10 a + b = 0 I<br />

No ponto (5,5): 5 = a . 5 2 + b . 5 + 0 ⇒<br />

⇒ 5 = 25 a + 5 b ⇒ 1 = 5a + b II<br />

Resolvendo o sistema em I e II :<br />

x<br />

y = −<br />

5<br />

y altura (m) Veja que a estrada tem largura<br />

de 6m e está centralizada<br />

com o túnel.<br />

0 2 x<br />

2<br />

+ 2x<br />

Finalmente, vamos calcular os valores de x para y = 4,2:<br />

4,2 = −x2<br />

5 + 2x ⇒ 21 = –x2 + 10x<br />

⇒ x2 = 10x + 21 = 0<br />

5<br />

x' = 7<br />

Analisando o desenho inicial, concluímos que em qualquer<br />

um dos casos, a lâmpada cai a 1m da borda, na pista.<br />

8<br />

10<br />

ou<br />

x (m)<br />

x" = 3


18<br />

FÍSICA<br />

40. Alternativa B<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

Na projeção o número total de fotos é de<br />

n = (2 segundos) . (24 fotos/segundo) = 48 fotos<br />

Como cada foto levou duas horas em tempo real, o total foi de<br />

96 horas.<br />

41. Alternativa A<br />

→<br />

V 1 = 8 m/s<br />

→<br />

V2 = 6 m/s<br />

→<br />

V3 = velocidade do barco em relação à margem<br />

| → V3 | = 10 m/s<br />

42. Alternativa E<br />

τútil = PH2 O.<br />

d = 5 000 . b . 30 = 1 500 000 J<br />

τtotal ( motor)<br />

= 3 . 103 kcal = 12 540 000 J<br />

Rendimento = τ<br />

τ útil<br />

QUÍMICA<br />

43. Alternativa B<br />

R<br />

S<br />

T<br />

total<br />

1500000<br />

= =<br />

12540 000<br />

01196 , ou 11,96%<br />

Sódio + Cloro → Cloreto de sódio<br />

10 g 15,4 g 25,4 g<br />

20 g x<br />

x =<br />

20 x 15, 4<br />

10<br />

44. Alternativa D<br />

→<br />

V 3<br />

= 30,8 g<br />

Carbonato de cálcio — CaCO 3<br />

Ácido clorídrico — HCl<br />

Reação de Dupla Troca<br />

CaCO 3 + 2 HCl → CaCl 2 + H 2 O + CO 2<br />

BIOLOGIA<br />

45. Alternativa A<br />

Cada espécie está adaptada ao seu ecossistema nativo<br />

onde encontra alimento, condições favoráveis para<br />

reprodução e fatores, como predadores, parasitas que<br />

limitam seu crescimento populacional. Quando transferida<br />

para outros ecossistemas, a espécie pode não encontrar<br />

as mesmas condições e proliferar descontroladamente,<br />

provocando desequilíbrios, por vezes imensos. (Ecologia)<br />

46. Alternativa B<br />

A principal causa de mortalidade em países<br />

desenvolvidos como os EUA. A ingestão exagerada de<br />

gorduras e vida sedentária estão entre as principais<br />

causas do mal. (Saúde)<br />

47. Alternativa C<br />

Nas células diplóides que caracterizam o nosso corpo,<br />

metade dos cromossomos é de origem paterna e a outra<br />

metade é de origem materna. (Citologia)<br />

DISTRIBUIÇÃO DE CIÊNCIAS<br />

Matemática<br />

70%<br />

ESTUDOS SOCIAIS<br />

Biologia<br />

11%<br />

Física<br />

11%<br />

Química<br />

8%<br />

48. Alternativa B<br />

Trata da mais valia, riqueza capitalista decorrente da<br />

exploração da mão-de-obra assalariada na sociedade<br />

industrial produtora de mercadorias. Considerando que<br />

o valor de um certo produto comercial é, segundo a Escola<br />

Clássica Liberal Inglesa, o equivalente à quantidade de<br />

energia de trabalho dispendida na sua confecção, o lucro<br />

adquirido no ato da sua venda implica em igual força<br />

geradora de valor. Causa estranheza, contudo, o fato da<br />

questão priorizar Friedrich Engels em detrimento de<br />

Karl Marx, o mais ácido crítico do liberalismo e o mais<br />

contundente opositor ao capitalismo perverso do<br />

século XIX.


49. Alternativa A<br />

Nos anos 80, a crise econômica atingiu níveis alarmantes<br />

dentro da URSS. O atraso tecnológico no setor de bens de<br />

consumo e a falta de determinados produtos levaram o então<br />

chefe político Gorbachev a propor reformas nos campos<br />

político (Glasnost) e econômico (Perestróica), tentando<br />

salvar o socialismo e a própria sobrevivência da URSS. Tais<br />

reformas significaram uma “abertura” deste país para o<br />

mundo e a volta de uma relativa democracia interna.<br />

50. Alternativa E<br />

O General Galtieri era presidente da Argentina, quando do<br />

conflito entre este país e a Inglaterra na disputa pela posse<br />

das Ilhas Malvinas, dominadas pelos ingleses (colônia) e<br />

reivindicadas pelos Argentinos. Tal Guerra indicava (1<strong>98</strong>2)<br />

um momento de crise dentro do regime militar neste país e<br />

muito se discute o seu caráter de conflito para desviar a<br />

atenção do povo argentino dos problemas internos.<br />

51. Alternativa D<br />

As expressões utilizadas no teste são emblemáticas.<br />

Evidenciam o irracionalismo das ditaduras capitalistas do<br />

inter-guerra. A apologia desenfreada da violência volitiva, o<br />

aviltamento dos institutos componentes da democracia liberal<br />

e o apagamento ideológico dos problemas sociais em<br />

nome da Pátria, caracterizam os regimes totalitários do “Duce”<br />

Mussoline, na Itália, e do “Führer” Adolph Hitler, na<br />

Alemanha.<br />

52. Alternativa D<br />

O senador Joseph MacCarthy foi a mais caricata expressão<br />

da Guerra Fria e da febre anticomunista que assolou os<br />

Estados Unidos na década de 50. Perseguiu literatos, poetas,<br />

cineastas, professores, trabalhadores, políticos,<br />

sindicalistas, etc... Com a eleição de Dwight Eisenhower<br />

(1956) e o desenvolvimento da política da “Coexistência<br />

Pacífica”, o “terrorismo macartista” entrou em refluxo,<br />

restaurando a normalidade social norte-americana.<br />

53. Alternativa C<br />

O texto pertence ao “mundialmente” conhecido Taro<br />

Okamoto. Dada a sua “popularidade” como escritor e artista,<br />

fica mais ou menos fácil compreender a sua forte emoção<br />

frente ao impacto estarrecedor da obra “Guernica”, onde<br />

Picasso esteticiza o irracionalismo capitalista.<br />

54. Alternativa C<br />

O advogado Sobral Pinto (democrata-cristão que,<br />

anteriormente, fizera a defesa de Luis Carlos Prestes) foi<br />

contumaz opositor à ditadura militar. Criticou o autoritarismo<br />

e repudiou publicamente o A.I.5 — instrumento do arbítrio<br />

ditatorial que suspendia “Habeas Corpus”, garantias<br />

coletivas e individuais, obscurecendo a liberdade política<br />

brasileira.<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong> 19<br />

55. Alternativa E<br />

A questão apresenta alguns versos do poema Morte e Vida<br />

Severina, que foi levado ao teatro e à TV com grande<br />

sucesso. O enredo da história contada pelo poema trata da<br />

concentração fundiária no Sertão Nordestino, que leva as<br />

pessoas a fazer as chamadas migrações da fome, rumando<br />

para o litoral e para outras regiões do país, em busca de<br />

melhores condições de vida.<br />

56. Alternativa B<br />

A forma autoritária e golpista da instalação do Estado<br />

autoritário de Getúlio Vargas expressou-se, formalmente, na<br />

outorga da “polaca”, Carta Constitucional de 1937. Centralista<br />

e autocrática, a nova Constituição dava ao presidente Vargas<br />

amplos poderes.<br />

57. Alternativa D<br />

A questão é simples demais e sua resolução é direta.<br />

58. Alternativa E<br />

Pouco a comentar. Vinte por cento e um quinto não são<br />

grandezas diferentes. Aritmética ajuda mais que História.<br />

59. Alternativa A<br />

A industrialização dos países do Terceiro Mundo ocorreu<br />

cem anos após o processo de industrialização clássico,<br />

iniciado na Europa, com a Revolução Industrial, e<br />

posteriormente expandido para o Japão, EUA e Rússia. Esta<br />

industrialização retardatária se desenvolve com capitais,<br />

tecnologias e máquinas importados do Primeiro Mundo,<br />

portanto não significando um rompimento na Divisão<br />

Internacional do Trabalho. Por isso, as estruturas sociais<br />

internas dos países do Primeiro Mundo permaneceram<br />

inalteradas.<br />

60. Alternativa B<br />

Dos anos 60 aos 80 houve no país o que chamamos de um<br />

“arrocho” salarial. Com um regime político ditatorial,<br />

sindicatos controlados ou proibidos pelo governo militar de<br />

se manifestarem, os salários apresentaram perdas em seu<br />

valor real, pois os níveis de inflação superaram os aumentos<br />

nominais.<br />

61. Alternativa A<br />

As pirâmides representam as características da população<br />

segundo idade e sexo. No topo estão os idosos, no centro<br />

os adultos e na base os jovens. De um modo geral, os países<br />

latino americanos apresentam altas taxas de natalidade e<br />

baixa expectativa de vida, o que determina uma pirâmide de<br />

base larga e topo estreito, ao contrário dos países europeus<br />

ocidentais.


20<br />

<strong>FAAP</strong> - 28/06/<strong>98</strong><br />

62. Alternativa C<br />

A questão apresenta trecho de música de Sá e Guarabira, que<br />

retrata o que aconteceu no interior da Bahia, na região onde<br />

Antônio Conselheiro construiu Canudos, no final do século<br />

XIX. Atualmente nas proximidades está a grande represa de<br />

Sobradinho, a maior do mundo em superfície. A construção<br />

dessa imensa obra hídrica submergiu várias cidades e vilas<br />

alterando para sempre as características da região.<br />

63. Alternativa B<br />

A migração do nordeste para o sudeste atinge essencialmente<br />

os grupos sociais menos privilegiados como os camponeses<br />

sem terra ou os pequenos proprietários rurais, que, sem<br />

condições de manutenção de sua sobrevivência, migram para<br />

os centros urbanos, procurando trabalho.<br />

DISTRIBUIÇÃO DE ESTUDOS SOCIAIS<br />

História<br />

75%<br />

INGLÊS<br />

64. Alternativa D<br />

Encontra-se no trecho: “... culminating a huge three-year sting<br />

operation.”<br />

65. Alternativa C<br />

Questão típica de tradução:<br />

arrests = prisões<br />

seizures = confiscos<br />

Geografia<br />

25%<br />

66. Esta questão está furada!<br />

A primeira lacuna deve conter um Simple Past (read) por<br />

causa do advérbio last night.<br />

A segunda lacuna deve conter um Gerund (reading) por<br />

causa do verbo to stop que pede gerúndio em ações<br />

decorrentes.<br />

A terceira lacuna deve conter um Perfect Infinitive (sem to)<br />

(have read) por causa do might que pede estrutura de infinitivo.<br />

Portanto, não há resposta correta.<br />

67. Alternativa A<br />

Das alternativas apresentadas, a única que responde<br />

satisfatoriamente a pergunta é a alternativa A.<br />

Tradução:<br />

Pergunta: Ela já (alguma vez) visitou Moscou?<br />

Resposta: Sim, ela já esteve em Moscou.<br />

68. Alternativa E<br />

Encontra-se na segunda metade do primeiro parágrafo,<br />

no trecho: “What seems more important to many of them<br />

is how their cousin, next-door neighbor or grandmother<br />

learned English without the help of any bilingual<br />

program.”<br />

69. Alternativa C<br />

Encontra-se no trecho: “I have tried to imagine applying<br />

the “grandmother theory” in another educational<br />

context. I imagine what it would have been like if my<br />

parents had stormed into my elementary school<br />

classroom, where I was learning math using the blocks,<br />

beans and graphs of the “new math”, and argued that<br />

my grandfather had learned math from drill.”<br />

70. Alternativa D<br />

Questão de vocabulário e uso de “each other”.<br />

O verbo to yell (gritar) pede a preposição at.<br />

O pronome recíproco é o “each other”.<br />

DISTRIBUIÇÃO DE INGLÊS<br />

Gramática<br />

57%<br />

Textos<br />

43%

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