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pra pe inhacapetum-nova esperança iii - Coptec

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO<br />

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA<br />

Su<strong>pe</strong>rintendência Regional do Rio Grande do Sul – SR-11<br />

PRA<br />

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ASSENTAMENTO<br />

INHACAPETUM-NOVA<br />

ESPERANÇA III<br />

Município de Capão do Cipó, RS.<br />

COPTEC – COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA.<br />

2010<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

SUMARIO<br />

EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................... 5<br />

Núcleo O<strong>pe</strong>racional São Luiz Gonzaga ....................................................................... 5<br />

Núcleo Sede Porto Alegre ........................................................................................... 5<br />

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ 6<br />

LISTA DE GRÁFICOS ..................................................................................................... 7<br />

LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... 7<br />

LISTA DE FOTOS ........................................................................................................... 9<br />

1. APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 10<br />

2. IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................................... 12<br />

2.1. Empreendedor .................................................................................................... 12<br />

2.2. Entidade Responsável ........................................................................................ 12<br />

3. METODOLOGIA ........................................................................................................ 13<br />

3.1. Da COPTEC ....................................................................................................... 13<br />

3.2. Procedimentos metodológicos das equi<strong>pe</strong>s técnicas.......................................... 16<br />

3.2.1. Diagnósticos ................................................................................................. 16<br />

3.2.2. Planos e programas ..................................................................................... 18<br />

4. CARACTERIZAÇÃO DO ASSENTAMENTO ............................................................ 19<br />

4.1. Caracterização geral do imóvel........................................................................... 19<br />

4.1.1. Geral ............................................................................................................ 19<br />

4.1.2. Es<strong>pe</strong>cífica ..................................................................................................... 19<br />

5. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ASSENTAMENTO........................ 20<br />

5.1. Localização e Acesso ......................................................................................... 20<br />

5.2. Características do Meio Natural .......................................................................... 21<br />

5.2.1. Geologia ....................................................................................................... 21<br />

5.2.2. Relevo .......................................................................................................... 21<br />

5.2.3. Rede de Drenagem ...................................................................................... 23<br />

5.2.4. Clima ............................................................................................................ 24<br />

5.2.5. Solos ............................................................................................................ 26<br />

5.2.6. Vegetação .................................................................................................... 27<br />

5.2.7. Fauna ........................................................................................................... 27<br />

5.3. Diagnóstico Sócio econômico do município ........................................................ 28<br />

5.3.1 População ..................................................................................................... 28<br />

5.3.2 Economia ...................................................................................................... 30<br />

5.3.3 Condição do produtor .................................................................................... 36<br />

5.3.4 Saúde ............................................................................................................ 39<br />

5.3.5 Educação ...................................................................................................... 41<br />

5.3.6 Domicílios ...................................................................................................... 44<br />

5.3.7 Políticas públicas ........................................................................................... 46<br />

5.3.8 Indicadores de pobreza e desigualdade ........................................................ 47<br />

6. DIAGNÓSTICO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO ............................................. 48<br />

6.1. Localização e Acesso ao Assentamento. ........................................................... 48<br />

6.2. Condições Biofísicas e Edafoclimáticas do Assentamento ................................ 49<br />

6.2.1. Solos ........................................................................................................... 49<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 2<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

6.2.2. Relevo .......................................................................................................... 51<br />

6.2.3. Recursos Hídricos ........................................................................................ 51<br />

6.2.4. Flora ............................................................................................................. 52<br />

6.2.5. Fauna ........................................................................................................... 53<br />

6.2.6. Uso do Solo e Cobertura Vegetal, ................................................................ 54<br />

6.2.6. Estratificação ambiental dos agroecossistemas ........................................... 54<br />

6.2.7. Capacidade de Uso do Solo ......................................................................... 54<br />

6.2.8. Análise sucinta dos potencias e limitações dos recursos naturais e da<br />

situação ambiental do assentamento ..................................................................... 55<br />

6.3. Situação do Meio Sócio Econômico e Cultural ................................................... 56<br />

6.3.1. História do Assentamento ............................................................................ 56<br />

6.3.2. População do assentamento ........................................................................ 57<br />

6.3.3. Organização Social ...................................................................................... 58<br />

6.4. Infraestrutura Física, Social e Econômica ........................................................... 60<br />

6.5. Sistemas Produtivos ........................................................................................... 61<br />

6.6. Serviços de Apoio à Produção ............................................................................ 64<br />

6.6.1. Programas de crédito e financiamentos ........................................................... 66<br />

6.7. Serviços sociais básicos .................................................................................... 66<br />

6.7.1. Educação ..................................................................................................... 66<br />

6.7.2. Saúde e Saneamento ................................................................................... 67<br />

6.7.3. Cultura e Lazer ............................................................................................. 68<br />

6.7.4. Habitação ..................................................................................................... 68<br />

7. PLANOS .................................................................................................................... 70<br />

7.1. Organização Territorial ....................................................................................... 70<br />

7.1.1. Uso da Terra ................................................................................................ 70<br />

7.1.2. Água ............................................................................................................ 72<br />

7.1.3. Vias de Acesso............................................................................................. 73<br />

7.1.4.Infra-estrutura ................................................................................................ 74<br />

7.1.5.Moradia ......................................................................................................... 74<br />

7.2. Serviços Sociais Básicos .................................................................................... 75<br />

7.2.1. Saúde ........................................................................................................... 75<br />

7.2.2. Educação ..................................................................................................... 76<br />

7.2.3. Cultura e Lazer ............................................................................................. 77<br />

7.3. Sistemas Produtivos ........................................................................................... 77<br />

7.3.1. Linhas Produtivas ......................................................................................... 78<br />

7.3.2. Diversificação da Produção e Autoconsumo ................................................ 79<br />

7.3.3. Transição Agroecológica .............................................................................. 80<br />

7.3.7. Coo<strong>pe</strong>ração Agrícola (produção e ou comercialização) ............................... 80<br />

7.4. Meio Ambiente .................................................................................................... 81<br />

7.4.1. Área de Preservação Permanente ............................................................... 82<br />

7.4.2. Reserva Legal .............................................................................................. 82<br />

7.4.3. Saneamento ................................................................................................. 83<br />

7.4.4. Educação Ambiental .................................................................................... 83<br />

7.5. Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Plano ........................................ 83<br />

7.5.1. Organização Social ...................................................................................... 84<br />

7.5.2. Gestão dos Planos ....................................................................................... 85<br />

7.6. Assistência Técnica do Acompanhamento à Implantação do Plano .................. 85<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 3<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

8. PROGRAMAS ........................................................................................................... 87<br />

8.1. Programa Organização Territorial ....................................................................... 87<br />

8.2. Programa Social – Serviços básicos ................................................................... 88<br />

8.3. Programa Produtivo ............................................................................................ 90<br />

8.4. Programa Ambiental ........................................................................................... 91<br />

9. PAUTA QUALIFICADA DE REIVINDICAÇÃO .......................................................... 93<br />

9.1. Recurso para abertura de estradas de acesso aos lotes .................................... 93<br />

9.2. Criar uma linha de crédito sem retorno, para correção e recu<strong>pe</strong>ração de solo. . 93<br />

9.3. Construção de um Ginásio de Esportes Poliesportivo Regional ......................... 94<br />

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 95<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 4<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

EQUIPE TÉCNICA<br />

Núcleo O<strong>pe</strong>racional São Luiz Gonzaga<br />

Luiz Aldori Corrêa Pedroso - Eng. Agrônomo.<br />

Paula Elizabete Pinto - Pedagoga<br />

Aldoir Ott - Técnico em Agro<strong>pe</strong>cuária<br />

Celso Hences - Técnico Social.<br />

Janavio dos Santos Ferreira- Técnico Agrícola.<br />

Eduardo BesKow - Técnico em Agro<strong>pe</strong>cuária<br />

Cloves M. Ribeiro - Técnico Agrícola<br />

Raqueli A. Oliveira - Técnica Social<br />

Núcleo Sede Porto Alegre<br />

Adalberto Floriano Greco Martins – Eng. Agrônomo – CREA RS 160184.<br />

Luis Alejandro Lasso Gutierrez, M.Sc.. – Eng. Agrônomo.<br />

Rafael Ken Palandi Yanaga – Economista – CRE 3103.<br />

Egon Klamt, PhD. Eng. Agrônomo – Consultor Solos.<br />

Paulo Schneider, M.Sc. Eng. Agrônomo – Consultor Solos.<br />

Themis Alcmena da Silveira Soares – Consultora Geoprocessamento<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 5<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1: Localização do município do Capão do Cipó.<br />

Figura 2: Localização do Projeto de Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança no<br />

município de Capão do Cipó.<br />

Figura 3: Diagrama climático da estação de Santiago (29°11’0’S e 54°53’10’’W) para o<br />

<strong>pe</strong>ríodo de observação 1931-1960.<br />

Figura 4: Gráfico do balanço hídrico climático da estação de Santiago (28°11’0’’S e<br />

54°53’10’’W), onde P é a precipitação, ETP a evapotranspiração potencial e ETR a<br />

evapotranspiração real.<br />

Figura 5: Faixas de altitude em Capão do Cipó.<br />

Figura 6: Faixas de declividade em Capão do Cipó.<br />

Figura 7: Grupos de solos do município de Capão do Cipó, modificado a partir de IBGE<br />

(1986).<br />

Figura 8: Bacias hidrográficas no município de Capão do Cipó.<br />

Figura 9: Faixas de Declividade no PA Sepé Ttiarajú.<br />

Figura 10: Mapa das classes de capacidade de uso das terras do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum -<br />

Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Figura 11: Mapa de recursos hídricos no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Figura 12: Pastagem nativa – PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança touceiras de barba<br />

de bode características destes campos.<br />

Figura 13: Floresta de galeria na margem do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum, P.A. Inhaca<strong>pe</strong>tum -<br />

Nova Es<strong>pe</strong>rança município de Capão do Cipó.<br />

Figura 14: Outra imagem das florestas de galeria do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum, onde a APP deve<br />

ser de 30m de largura .<br />

Figura 15: As florestas no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança restringem-se as<br />

florestas de galeria do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Figura 16: APP de curso d’água afluente do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum. Capão do Cipó.<br />

Figura 17. Mapa de aptidão de uso agrícola dos solos e loteamentos.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 6<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

LISTA DE GRÁFICOS<br />

Gráfico 1: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de Capão<br />

do Cipó em 2000.<br />

Gráfico 2: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de Capão<br />

do Cipó em 2000 (%).<br />

Gráfico 3: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do Rio Grande do Sul<br />

em 2000 (%).<br />

Gráfico 4: Composição do PIB do município em 2006.<br />

Gráfico 5: Condição do produtor, segundo o número de estabelecimentos.<br />

Gráfico 6: Condição do produtor, segundo a área ocupada.<br />

Gráfico 7: Número de estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a condição do<br />

produtor.<br />

Gráfico 8: Área total ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a<br />

condição do produtor.<br />

Gráfico 9: Área média ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a<br />

condição do produtor.<br />

Gráfico 10: Médicos residentes no município de Capão do Cipó para cada mil<br />

habitantes.<br />

Gráfico 11: Número de alunos matriculados em escolas públicas e privadas em 2008.<br />

Gráfico 12: Número de docentes em escolas públicas e privadas em 2008.<br />

Gráfico 13: Relação alunos por professor em escolas públicas e privadas em 2008.<br />

Gráfico 14: Escolas públicas e privadas em 2008.<br />

Gráfico 15: Dados referentes a população do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Gráfico 16: Número de homens e mulheres no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Gráfico 17: Grau de instrução das famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança,<br />

Capão do Cipó.<br />

LISTA DE TABELAS<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 7<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Tabela 1. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes faixas de altitude no município de Capão do<br />

Cipó.<br />

Tabela 2. Su<strong>pe</strong>rfície ocupada <strong>pe</strong>las bacias hidrográficas que interceptam o município de<br />

Capão do Cipó.<br />

Tabela 3. Dados (1931-1960) mensais e anuais de tem<strong>pe</strong>ratura e precipitação de<br />

Estação de Santiago.<br />

Tabela 4. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes classes de solo no município de Capão do<br />

Cipó.<br />

Tabela 5: Pessoal ocupado e coeficiente locacional das seções de classificação de<br />

atividades do município de Capão do Cipó.<br />

Tabela 6: Produção <strong>pe</strong>cuária do município de Capão do Cipó.<br />

Tabela 7: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura <strong>pe</strong>rmanente do<br />

município de Capão do Cipó.<br />

Tabela 8: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura temporária do<br />

município de Capão do Cipó.<br />

Tabela 9: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da extração vegetal e silvicultura<br />

do município de Capão do Cipó.<br />

Tabela 10: Agroindústrias rurais.<br />

Tabela 11: Equipamentos hospitalares no município.<br />

Tabela 12: Estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial.<br />

Tabela 13: Estabelecimentos de saúde com atendimento emergencial.<br />

Tabela 14: Estimativa de consumo de produtos alimentícios para o município de Capão<br />

do Cipó.<br />

Tabela 15: PROGER no município de Capão do Cipó em 2007.<br />

Tabela 16, Quadro guia para avaliação e ma<strong>pe</strong>amento das classes de aptidão de uso<br />

agrícola das terras do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, Capão do Cipó – RS.]<br />

Tabela 17: Infra-estrutura PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Tabela 18: Produção de grãos no assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Tabela 19: Produção animal do assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Tabela 20. Consolidado produção do Assentamento Safra 2009-2010<br />

Tabela 21: Grau de instrução.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 8<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

LISTA DE FOTOS<br />

Foto 1: Área de campo no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Foto 2: Salão comunitário PA.<br />

Foto 3: Ex<strong>pe</strong>rimento<br />

Foto 4: Criação gado leiteiro no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Foto 5: Orientações técnicas à agricultores.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 9<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

1. APRESENTAÇÃO<br />

A Coo<strong>pe</strong>rativa de Prestação de Serviços Técnicos Ltda – COPTEC é uma<br />

sociedade coo<strong>pe</strong>rativa de Prestação de Serviços Técnicos em áreas de Reforma<br />

Agrária, fundada em 1996, com o propósito voltado ao desenvolvimento sustentável dos<br />

assentamentos de reforma agrária existentes no Estado do Rio Grande do Sul.<br />

Ao longo da sua trajetória, a COPTEC, tem suas ações direcionadas ao apoio<br />

aos direitos das famílias assentadas, através da constante assistência técnica<br />

manifesta <strong>pe</strong>la elaboração de projetos de desenvolvimento sustentável, participando<br />

entre 1997 a 2000 do Programa de Assistência Técnica LUMIAR.<br />

Entre os anos de 1999 a 2002, participou de convênio estabelecido com o<br />

Governo Estadual do Rio Grande do Sul, dando seguimento ao trabalho técnico. As<br />

atividades continuaram com apoio do INCRA através de convênio até outubro de 2008.<br />

Dentre os trabalhos que realiza, deve-se destacar o acompanhamento intensivo<br />

e a orientação aos núcleos de famílias. A elaboração de diagnósticos e projetos por<br />

meio do trabalho de assistência técnica e extensão rural das famílias assentadas no<br />

processo de reforma agrária, valendo-se sempre de metodologias participativas, com<br />

destaque para o Método de Validação Progressiva. MVP.<br />

A elaboração de programas de formação dos agricultores assentados<br />

proporciona a apropriação do conhecimento, resgate e sistematização das ex<strong>pe</strong>riências<br />

próprias dos camponeses. O objetivo é integrar diferentes Instituições para atuar nas<br />

áreas de assentamento.<br />

Ainda, a COPTEC elabora e acompanha a execução de convênios ou de<br />

projetos de crédito que envolva as famílias beneficiadas, segundo o encaminhamento<br />

das entidades com<strong>pe</strong>tentes. Estes visam à melhoria e o aumento da produtividade e da<br />

produção e sempre contemplam as condições climáticas de cada região do Estado,<br />

mediante linhas de produção saudáveis e res<strong>pe</strong>itosas com o meio ambiente.<br />

Deste modo, o que se busca na essência de suas ações técnicas é que estas se<br />

pautem em formatos tecnológicos ambientalmente estáveis, economicamente viáveis e<br />

socialmente justos.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 10<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

A COPTEC, dentre de suas atribuições de oferecer serviço de assistência<br />

técnica, social e ambiental às famílias assentadas, participou em dezembro de 2008 da<br />

licitação pública do INCRA, estabelecendo contrato a partir de 15 de janeiro de 2009,<br />

para entre outras atividades, elaborar 15 Planos de Desenvolvimento do Assentamento<br />

e 122 Planos de Recu<strong>pe</strong>ração dos Assentamentos, distribuídos em 8 núcleos<br />

o<strong>pe</strong>racionais da ATES (Tupanciretã; Nova Santa Rita; Eldorado do Sul; Santana do<br />

Livramento; Candiota; Pinheiro Machado; São Luiz Gonzaga e São Miguel das<br />

Missões).<br />

É com satisfação que apresentamos este relatório, como produto do esforço<br />

conjunto das equi<strong>pe</strong>s técnicas e das famílias assentadas, em vistas da constituição de<br />

planos que apontem o real desenvolvimento sustentável dos assentamentos de reforma<br />

agrária no Estado do Rio Grande do Sul.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 11<br />

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2.1. Empreendedor<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

2. IDENTIFICAÇÃO<br />

Razão social: Ministério do Desenvolvimento Agrário – Instituto de Colonização e<br />

Reforma Agrária – INCRA/RS<br />

CNPJ: 00375972001302<br />

Endereço: Avenida José Loureiro da Silva 515, 4 andar CEP: 90010-420 Porto<br />

Alegre/RS.<br />

Telefone: (51) 3284 3415<br />

Representante legal: Mozar Artur Dietrich – Su<strong>pe</strong>rintendente Regional<br />

2.2. Entidade Responsável<br />

Razão social: COPTEC – COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS<br />

TÉCNICOS LTDA.<br />

Inscrição no CNPJ: 01.440.209/0001 – 39<br />

Endereço, Telefone, Fax, e.mail: Dr. Lourenço Zácaro 1078, Sala 2 CEP 92.480-000.<br />

Nova Sepé Tiarajú/RS. Fone/Fax: (051) 3221-9348 e-mail: coptec@coptec.org.br ou<br />

coptecnonsr@yahoo.com.br<br />

Representante legal: Mauro Cibulscki. Presidente da COPTEC<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 12<br />

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3.1. Da COPTEC<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

3. METODOLOGIA<br />

A COPTEC está dividida em oito núcleos o<strong>pe</strong>racionais no Estado do Rio Grande<br />

do Sul, além de contar com um núcleo de coordenação central que cumpre a função de<br />

orientar as equi<strong>pe</strong>s técnicas na consolidação de um processo homogêneo de<br />

elaboração dos PDA e PRA nos assentamentos de Reforma Agrária.<br />

O planejamento de um assentamento da Reforma Agrária é um processo<br />

<strong>pe</strong>rmanente de levantamento e análise de informações referentes tanto ao cenário<br />

interno, suas potencialidades, limitações e condicionantes, quanto ao externo,<br />

ambiental e sócio-econômico, numa <strong>pe</strong>rs<strong>pe</strong>ctiva dinâmica e pros<strong>pe</strong>ctiva que <strong>pe</strong>rmita<br />

traçar um caminho, ou vários, para atingir os anseios, metas e objetivos desejados<br />

<strong>pe</strong>los assentados.<br />

O presente documento é composto por duas partes distintas, diagnóstico e<br />

planejamento. Inicialmente foi elaborado um diagnóstico ambiental e sócio-econômico<br />

da área de entorno do assentamento, mais es<strong>pe</strong>cificamente do município em que o<br />

assentamento está localizado, e um diagnóstico ambiental e sócio-econômico do<br />

próprio assentamento. Após a elaboração dos diagnósticos eles foram apresentados às<br />

famílias para a validação e complementação das informações, mas, principalmente para<br />

o empoderamento destas informações <strong>pe</strong>los assentados e para subsidiar a elaboração<br />

participativa do planejamento.<br />

Para elaboração dos diagnósticos ambientais tanto do entorno do assentamento,<br />

quanto dos próprios assentamentos, foram utilizados os relatórios ambientais<br />

elaborados <strong>pe</strong>la Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) contratada <strong>pe</strong>lo<br />

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em assentamentos<br />

federais, e os relatórios ambientais elaborados <strong>pe</strong>lo Gabinete de Reforma Agrária e<br />

Coo<strong>pe</strong>rativismo (GRAC), em assentamentos estaduais e as Licenças de Instalação e<br />

O<strong>pe</strong>ração (LIOs) dos assentamentos que já às obtiveram. Como alguns assentamentos<br />

não possuíam relatórios ambientais a COPTEC consolidou uma equi<strong>pe</strong> de es<strong>pe</strong>cialistas<br />

para elaborá-los. Essa equi<strong>pe</strong> fora formada <strong>pe</strong>los engenheiros agrônomos Egon Klamt<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 13<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

e Paulo Schneider e <strong>pe</strong>la consultora em geoprocessamento Themis Alcmena da<br />

Silveira Soares. Esta equi<strong>pe</strong> contou com a colaboração dos técnicos da COPTEC em<br />

suas visitas a campo e com a equi<strong>pe</strong> de coordenação dos PDAs e PRAs do Núcleo<br />

O<strong>pe</strong>racional de Porto Alegre da COPTEC.<br />

Nos casos em que já existia relatório ambiental a elaboração do diagnóstico<br />

ambiental, do entorno e do assentamento, consistiu em reunir e abreviar as<br />

informações constantes nestes documentos para que os técnicos se apropriassem das<br />

informações ambientais e fisiográficas e assim pudessem apresentá-las às famílias de<br />

forma compreensível. Onde foi necessário construir os relatórios ambientais o trabalho<br />

se deu primeiramente em escritório. Foi realizada a análise e organização das<br />

informações da bibliografia es<strong>pe</strong>cializada e análise estereoscópica de fotos aéreas, ou<br />

de satélite, dos mapas dos assentamentos para identificar as classes de capacidade de<br />

uso dos solos. Após foram realizadas visitas de campo para realizar a checagem das<br />

informações trabalhadas em escritório e levantamento de outras informações, tais como<br />

recursos hídricos, fauna e flora.<br />

O diagnóstico sócio-econômico do entorno do assentamento foi elaborado <strong>pe</strong>lo<br />

Núcleo Sede de Porto Alegre a partir de bases estatísticas de institutos de <strong>pe</strong>squisa,<br />

principalmente de publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e<br />

do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), informações disponibilizadas por<br />

ministérios e prefeituras, além disso, contou com o conhecimento dos próprios técnicos<br />

dos res<strong>pe</strong>ctivos Núcleos O<strong>pe</strong>racionais sobre o histórico e atividades econômicas nos<br />

municípios. Estas informações, que abrangem um amplo leque de temas como<br />

população, economia, condições do produtor no campo, serviços sociais básicos,<br />

políticas públicas e indicadores de pobreza e desigualdade, têm como finalidade<br />

informar as famílias, os técnicos e demais leitores sobre as condições do cenário sócio-<br />

econômico no qual os assentamentos estão inseridos.<br />

O diagnóstico sócio-econômico do assentamento foi elaborado <strong>pe</strong>los técnicos de<br />

cada Núcleo O<strong>pe</strong>racional baseado em um roteiro sugerido <strong>pe</strong>lo INCRA. Além do roteiro,<br />

o INCRA solicitou que fossem preenchidas as “Planilhas Síntese”. Estas planilhas<br />

consistiram em um conjunto de informações sócio-econômicas de cada assentamento<br />

abrangendo dados da população, serviços sociais básicos, infra-estruturas, organização<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

social, sistemas produtivos, habitação e crédito. Para qualificar a metodologia de<br />

levantamento das informações sócio-econômicas a COPTEC realizou atividades de<br />

formação em “Sistemas Agrários”, para a tipificação dos sistemas produtivos,<br />

<strong>pe</strong>rmitindo assim uma melhor compreensão das formas de se produzir e de uso do<br />

espaço nos assentamentos, ministrada <strong>pe</strong>lo médico veterinário Elenar Ferreira. Uma<br />

oficina foi realizada no assentamento Integração Gaúcha em Eldorado do Sul entre os<br />

dias 8 e 10 de julho de 2009. A segunda oficina aconteceu no assentamento Everton<br />

Pereira em Bossoroca entre os dias 21 e 23 de setembro de 2009. As equi<strong>pe</strong>s técnicas<br />

tiveram autonomia para decidir a forma de fazer o levantamento das informações, com<br />

as famílias durante as visitas técnicas, ou em assembléias e reuniões, ou junto às<br />

coordenações dos assentamentos.<br />

Elaborados os diagnósticos ambientais e sócio-econômicos dos municípios e dos<br />

assentamentos, eles foram apresentados às famílias para que estas se apropriassem<br />

das informações do meio em que vivem e assim começassem a apontar os problemas,<br />

os anseios e os recursos dos assentamentos.<br />

Para construção dos Planos e Programas as equi<strong>pe</strong>s técnicas da COPTEC<br />

participaram de uma atividade de formação em metodologia de planejamento com o<br />

engenheiro agrônomo Horácio Martins de Carvalho, no assentamento Sepé Tiarajú em<br />

Viamão nos dias 2 e 3 de outubro de 2009.<br />

Definiu-se que os Planos teriam um caráter estratégico (longo <strong>pra</strong>zo) e que<br />

deveriam ser explicitadas as Potencialidades, Limitações e Condicionantes dentro de<br />

cada eixo proposto <strong>pe</strong>lo INCRA (Organização Territorial; Serviços Sociais Básicos;<br />

Sistemas Produtivos; Meio Ambiente; Desenvolvimento Organizacional e Gestão do<br />

Plano; e Assistência Técnica). Os Programas, de caráter tático (médio <strong>pra</strong>zo), seriam<br />

elaborados a partir do que as famílias se dispusessem a realizar, ou na forma de um<br />

planejamento das ações de assistência técnica. Também ficou definido que no caso de<br />

haver anseios que estivessem fora do controle das famílias (construção de estradas,<br />

instalação de redes de energia elétrica, demarcação de áreas, construção de escolas,<br />

etc.) seriam construídos programas que descrevessem as demandas, mas que<br />

apontassem os órgãos responsáveis. Esses programas foram chamados de Pauta<br />

Qualificada de Reivindicação.<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

As informações obtidas neste longo trabalho, foram divididas em três momentos.<br />

Foi entregue um primeiro relatório com o diagnóstico (área de influência e do<br />

assentamento). O segundo relatório continha os planos e programas e o terceiro,<br />

denominado de relatório final, que reuniu os dois primeiros com as devidas correções<br />

sugeridas <strong>pe</strong>la entidade empreendedora (Incra), acrescidos do mapa de ocupação<br />

territorial, denominado aqui de Mapa Pôster.<br />

Além do presente documento cada PDA ou PRA é acompanhado de sua Planilha<br />

Síntese e de um Mapa Pôster que contêm o mapa do assentamento com o loteamento<br />

e as classes de capacidade de uso dos solos com descrição e indicações de uso, além<br />

do georreferenciamento das habitações e estruturas físicas do assentamento.<br />

3.2. Procedimentos metodológicos das equi<strong>pe</strong>s técnicas<br />

3.2.1. Diagnósticos<br />

Sensibilização<br />

Em geral as equi<strong>pe</strong>s técnicas dos diferentes Núcleos O<strong>pe</strong>racionais da COPTEC<br />

aproveitaram as reuniões Bimestrais nos assentamentos, pactuadas nas metas do<br />

contrato de prestação de serviço, para realizar a tarefa de sensibilização das famílias<br />

para o processo dos Planos de Desenvolvimento/Recu<strong>pe</strong>ração dos Assentamentos<br />

(PDAs/PRAs).<br />

A sensibilização consistiu em reuniões com as coordenações ou assembléias,<br />

onde foram apresentados os objetivos dos PDAs/PRAs, o método de trabalho e os<br />

resultados es<strong>pe</strong>rados. Em alguns casos (Núcleos O<strong>pe</strong>racionais Nova Sepé Tiarajú e<br />

Eldorado do Sul) foram constituídas coordenações internas para conduzir o processo. A<br />

mobilização para essas reuniões ocorreu através de articulação com as lideranças<br />

internas dos assentamentos, visitas dos técnicos às famílias e, no caso do Núcleo<br />

O<strong>pe</strong>racional Candiota, <strong>pe</strong>la Rádio Comunitária.<br />

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Coleta de dados primários<br />

Os primeiros levantamentos de dados primários foram realizados através de<br />

reuniões nas coordenações e em assembléias, nas quais as informações eram<br />

coletadas com os assentados presentes. Nestas reuniões algumas equi<strong>pe</strong>s técnicas<br />

buscaram identificar os sistemas produtivos e tipologias de sistemas produtivos em<br />

unidades de produção (lotes).<br />

As equi<strong>pe</strong>s técnicas de São Miguel das Missões e São Luiz Gonzaga utilizaram<br />

questionários previamente formulados para orientar as entrevistas. O Núcleo<br />

O<strong>pe</strong>racional Santana do Livramento adotou dinâmicas dividindo os presentes em dois<br />

grupos, um que montou as informações estruturais do assentamento e outro que<br />

levantou os sistemas produtivos existentes. No Núcleo O<strong>pe</strong>racional Nova Sepé Tiarajú,<br />

em alguns assentamentos foram definidos grupos compostos por lideranças e jovens<br />

para realizar as coletas de dados. Os Núcleos Nova Sepé Tiarajú, Pinheiro Machado e<br />

São Miguel das Missões vários assentamentos realizaram, também, reuniões nos<br />

grupos, bolsões e núcleos de base para aprofundar o debate e o levantamento das<br />

informações. Os Núcleos Tupanciretã, Candiota, Santana do Livramento e Eldorado do<br />

Sul realizaram, após as reuniões e assembléias, visitas aos “agricultores tipo” 1 para<br />

qualificar as informações dos sistemas produtivos.<br />

Organização de dados secundários<br />

Além da organização dos dados secundários com base nos materiais fornecidos<br />

<strong>pe</strong>lo INCRA e <strong>pe</strong>lo Departamento de Desenvolvimento Agrário da Secretaria de<br />

Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio do Rio Grande do Sul (DDA-SEAPPA), dos<br />

dados disponíveis em sites da internet, as equi<strong>pe</strong>s realizaram visitas às prefeituras e<br />

outros órgãos públicos para qualificar esses dados.<br />

1 Refere-se à metodologia de “Sistemas Agrários” que procura “tipificar” os agricultores, ou seja,<br />

identificar as unidades de produção que seriam modelos representativos dos sistemas produtivos dos<br />

assentamentos.<br />

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Validação dos diagnósticos<br />

A validação dos diagnósticos foi realizado junto às famílias em reuniões das<br />

coordenações e em assembléias. Além da apresentação e debate em torno do<br />

diagnóstico, em muitos casos foram elencadas as principais demandas internas para<br />

dar início à confecção dos Planos e Programas e Pautas Qualificadas de Reivindicação.<br />

3.2.2. Planos e programas<br />

Houve rodadas de reuniões com as coordenações dos assentamentos,<br />

assembléias e diálogos com lideranças para elaborar os Planos e Programas. Nestas<br />

reuniões o debate iniciava do que havia sido discutido na Validação do Diagnóstico, ou<br />

de uma síntese do diagnóstico construído. A partir desta apresentação refletiu-se sobre<br />

os Eixos de Trabalho (Planos) e sobre as demandas (Pauta Qualificada de<br />

Reivindicação). Em alguns casos foram elaborados Programas nestas mesmas<br />

reuniões.<br />

Em sua maioria, as equi<strong>pe</strong>s técnicas elaboraram propostas de Programas e em<br />

<strong>nova</strong>s reuniões dialogaram com as coordenações, lideranças, grupos de produção e/ou<br />

assentados reunidos em assembléias sobre os tópicos dos Programas (ações e<br />

atividades, <strong>pra</strong>zos e responsáveis). O Núcleo de Santana do Livramento trabalhou com<br />

a metodologia da Matriz Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (FOFA), em<br />

reuniões com as coordenações.<br />

Após a formulação deste relatório final, as equi<strong>pe</strong>s técnicas foram a campo,<br />

como meta pactuada no contrato de prestação de serviço, para avaliar e ajustar os<br />

planos e programas estabelecidos.<br />

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4. CARACTERIZAÇÃO DO ASSENTAMENTO<br />

4.1. Caracterização geral do imóvel<br />

4.1.1. Geral<br />

• Denominação do imóvel: Projeto de Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum / Nova<br />

Es<strong>pe</strong>rança III.<br />

• Data da criação: 2001.<br />

• Código SIPRA: RS1128000.<br />

4.1.2. Es<strong>pe</strong>cífica<br />

• Área total do projeto: 1837,85 hectares.<br />

• Número de famílias assentadas: 100 famílias.<br />

• Área média dos lotes: 17,65 hectares.<br />

• Município: Capão do Cipó / RS (figuras 1)<br />

• Zoneamento agroecológico: região 8, preferencial para cultivo de soja, trigo,<br />

milho, sorgo, mandioca, feijão, cana, alfafa (set. a dez.), frutífera (pêssego, bergamota,<br />

limão, laranja, videiras), forrageiras de clima tem<strong>pe</strong>rado, etc.<br />

• Áreas de preservação <strong>pe</strong>rmanente: 263 ha.<br />

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5. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ASSENTAMENTO<br />

5.1. Localização e Acesso<br />

O Município de Capão do Cipó, segundo dados do Relatório Ambiental do<br />

Assentamento Sepé tearajú (INCRA, 2009), localiza-se na mesorregião Centro<br />

Ocidental Rio-grandense, <strong>pe</strong>rtencendo à microrregião Santiago e ao Corede Vale do<br />

Jaguarí (SCP/RS, 2005). Na divisão fisiográfica do Estado, enquadra-se na região<br />

Missões. A principal via de acesso pavimentada ao município é a RS 377 (Figura 1).<br />

do Sul<br />

Figura 1. Localização do município de Capão do Cipó no estado do Rio Grande<br />

Segundo levantamento do Relatório Ambiental, o município de Capão do Cipó<br />

abrange em seu território quatro Projetos de Assentamento. A presença de vários<br />

outros projetos de assentamentos concentrados em municípios formam um conjunto<br />

que possibilita a organização coletiva dos beneficiários da reforma agrária e pode<br />

facilitar o atendimento por parte do INCRA e Estado.<br />

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5.2. Características do Meio Natural<br />

5.2.1. Geologia<br />

Segundo relatório ambiental dos assentamentos Sepé Tiarajú e Sepé Tearajú<br />

(INCRA, 2009), o município de Capão do Cipó encontra-se no Domínio Morfoestrutural<br />

das Bacias e Coberturas Sedimentares, seu território localiza-se entre as regiões<br />

geomorfológicas Planalto das Missões e Planalto da Campanha.<br />

As formas do relevo são bastante homogêneas de modo geral, colinas suaves,<br />

bem arredondadas, a maioria esculpidas em rochas vulcânicas básicas e poucas em<br />

rochas sedimentares. Trata-se de uma área com altitudes entre 200 e 500m<br />

aproximadamente, cujas cotas decrescem em direção ao Rio Uruguai. Estas formas de<br />

relevo homogêneas e suaves, os solos profundos, representados por Latossolos e<br />

Terras Roxas Estruturadas, favoreceram a atividade agrícola.<br />

A região geomorfológica do Planalto da Campanha localiza-se na porção<br />

oeste e sul do Domínio Morfoestrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares, limita-<br />

se a nordeste <strong>pe</strong>lo Planalto das Missões e a leste <strong>pe</strong>lo Planalto das Araucárias e <strong>pe</strong>la<br />

Depressão Central Gaúcha. A principal característica desta região geomorfológica é a<br />

formação de depósitos aluvionares nas planícies de inundação, terraços e depósitos da<br />

calha da rede fluvial formados por areia, cascalhos e argilas.<br />

A área do município sobre o Planalto da Campanha é classificada como Área<br />

Transicional Setentrional. A intercalação de áreas com características desta região<br />

geomorfológicas com o Planalto das Missões confere caráter de transição a este setor,<br />

onde predominam formas de relevo planar, referente às su<strong>pe</strong>rfícies de<br />

aplanamento. Nas áreas do município <strong>pe</strong>rtencentes à região geomorfológica<br />

Planaltos das Missões predominam colinas alongadas e <strong>pe</strong>quenos desníveis entre topo<br />

e vale.<br />

5.2.2. Relevo<br />

O relevo de Capão do Cipó varia de plano a levemente ondulado, o que é<br />

característico da homogeneidade das Regiões Geomorfológicas Planalto das Missões e<br />

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Planalto da Campanha. As altitudes no município variam de aproximadamente 150 m<br />

até cerca de 400 m, com declividades acentuadas ao sul do município.<br />

Note-se que a maior parte do município tem altitudes entre 300 e 350 m<br />

(aproximadamente 33,56% do território) e declividades inferiores a 5%<br />

(aproximadamente 49,14% do território). As áreas mais elevadas situam-se ao sul do<br />

município.<br />

Figura 2. Faixas de altitude em Capão do Cipó.<br />

Fonte: INCRA, 2009.<br />

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Tabela 1. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes faixas de altitude no município de<br />

Capão do Cipó.<br />

Faixa de altitude Área (ha) Área (%)<br />

150 a 200 m 2.282,58 2,31<br />

200 a 250 m 13.380,39 13,55<br />

250 a 300 m 23.641,47 23,95<br />

300 a 350 m 33.125,76 33,56<br />

350 a 400 m 24.880,77 25,20<br />

> 400 m 1.405,35 1,42<br />

Total 98.716,32 100,00<br />

Fonte: INCRA, 2008<br />

5.2.3. Rede de Drenagem<br />

Segundo o Relatório Ambiental do Assentamento Sepé Tiarajú, a rede de<br />

drenagem do município de Capão do Cipó apresenta um padrão predominantemente<br />

dendrítico a subdendrítico, distribuído em duas bacias hidrográficas: a do Rio Ibicuí e a<br />

dos Rios Butuí - Piratinim-Icamaquã, <strong>pe</strong>rtencentes à Região Hidrográfica do Uruguai, de<br />

acordo com o Departamento de Recursos Hídricos (DRH) do Estado do Rio Grande do<br />

Sul. A mostra a rede de drenagem su<strong>pe</strong>rficial no município de Capão do Cipó, com<br />

base nas cartas topográficas em escala 1:250.000 da região. A su<strong>pe</strong>rfície do município<br />

distribuída nas bacias citadas acima está relacionada na Tabela 2, em que se pode<br />

constatar que a maior área <strong>pe</strong>rtence à bacia dos Rios Butuí - Piratinim - Icamaquã<br />

(81,82% do município).<br />

Tabela 2. Su<strong>pe</strong>rfície ocupada <strong>pe</strong>las bacias hidrográficas que interceptam o<br />

município de Capão do Cipó.<br />

Bacia hidrográfica Área (ha) Área (%)<br />

Bacia do Rio Ibicuí 17.951,22 18,18<br />

Bacia dos Rios Butuí-Piratinim-Icamaquã 80.765,10 81,82<br />

Total 98.716,32 100,00<br />

Fonte: INCRA, 2008<br />

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Figura 3. Bacias hidrográficas no município de Capão do Cipó.<br />

Fonte: INCRA, 2009.<br />

5.2.4. Clima<br />

O município de Capão do Cipó encontra-se no paralelo 29° S, e está a cerca de<br />

415 km do Oceano Atlântico. Esta posição geográfica, associada a um relevo<br />

levemente ondulado, proporciona uma homogeneidade na distribuição da<br />

maioria dos elementos climáticos no município.<br />

A estação de Santiago registra uma tem<strong>pe</strong>ratura média anual de 16,1°C,<br />

tendo em janeiro, seu mês mais quente, com tem<strong>pe</strong>ratura média de 22,1 O C, e em<br />

julho seu mês mais frio, com tem<strong>pe</strong>ratura média de 11,3°C.<br />

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A precipitação total anual é de 1.533 mm, não havendo grandes<br />

diferenças de distribuição entre as estações do ano. Não há diferença entre as<br />

estações de verão e inverno. O mês que registra a maior precipitação é maio, com<br />

156 mm e o de menor precipitação é novembro, com 98 mm.<br />

Tabela 3. Dados (1931-1960) mensais e anuais de tem<strong>pe</strong>ratura e precipitação de<br />

Estação de Santiago.<br />

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano<br />

Tem<strong>pe</strong>ratura<br />

Média (° C)<br />

Precipitação<br />

22,1 21,9 20,6 17,3 14,4 12,2 11,3 11,9 13,3 15,7 17,9 20,5 16,1<br />

(mm) 129 119 118 151 156 143 114 101 144 150 98 110 1.533<br />

Fonte: INCRA, 2009.<br />

Esse tipo climático é característico das regiões de menor altitude do estado,<br />

evidenciando condições subtropicais, com verões quentes de tem<strong>pe</strong>raturas médias<br />

su<strong>pe</strong>riores a 22°C, invernos amenos de tem<strong>pe</strong>ratura su<strong>pe</strong>rior a -3°C e<br />

distribuição uniforme de precipitação ao longo do ano.<br />

O comportamento da precipitação em Capão do Cipó garante disponibilidade<br />

regular de água no solo para as plantas, em es<strong>pe</strong>cial nos meses mais quentes.<br />

O zoneamento agrícola (SAA/RS, 1994. Apud INCRA 2009) aponta como<br />

culturas preferenciais para o município de Capão do Cipó: alfafa, arroz irrigado,<br />

citrus (laranja e bergamota), fumo, milho, soja, sorgo e trigo. As culturas toleradas<br />

incluem os citrus (limões), mandioca, <strong>pe</strong>ssegueiro (parte do município),<br />

sorgo (parte do município), soja (parte do município), cana-de-açucar<br />

(recomendado somente para a produção de álcool), forrageiras de clima<br />

tem<strong>pe</strong>rado (aveia, azevém, centeio, corníchão, trevo, etc) e forrageiras de<br />

clima tropical e subtropical (capim rhodes, feijão miúdo, pangola, panicum<br />

maximum, paspalum dilatatum, milhetos, etc). O município é considerado<br />

marginal para as culturas de batatinha (setembro e fevereiro), <strong>pe</strong>ssegueiro<br />

(parte do município), alho e cebola, feijão e fumo (parte do município) e inapto<br />

para as culturas de abacaxi, banana, videira americana, videira européia e<br />

maçã.<br />

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5.2.5. Solos<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Neste item são apresentadas as principais classes de solos que ocorrem<br />

no Município de Capão do Cipó com base nos estudos disponíveis no Estado até o<br />

presente: "Levantamento de Reconhecimento dos Solos do Rio Grande do Sul"<br />

(Ministério da Agricultura, 1973 Apud INCRA 2009).<br />

A Figura 4 mostra os grupos de unidades de ma<strong>pe</strong>amento de solos ocorrentes<br />

no município de Capão do Cipó e a Tabela 2 lista a área ocupada por cada<br />

tipo de solo no território do município. Analisando-se esses dados verifica-se que a<br />

maior parte do município é constituída de Latossolos (82,15% do território) e com<br />

menor expressão, encontram-se ainda os Neossolos (que totalizam 16,5% do<br />

território) e os Gleissolos (0,03%).<br />

Figura 4. Grupos de solos do município de Capão do Cipó, modificado a partir de<br />

IBGE (1986).<br />

Fonte: INCRA, 2009.<br />

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Tabela 4. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes classes de solo no município de Capão<br />

do Cipó.<br />

Classe N ° de manchas Grupo Área (ha) Área (%)<br />

Água 1 Água 25,92 0,03<br />

LEa2 1 Latossolo 46.589,58 47,20<br />

LRd2 1 Latossolo 37.584,81 38,07<br />

PEal 1 Argissolo 2.936,25 2,97<br />

Re6 1 Neossolo 11.579,76 11,73<br />

Total 5 98.716,32 100,00<br />

Fonte: INCRA, 2009.<br />

5.2.6. Vegetação<br />

O município de Capão do Cipó está inserido no Bioma Pampa, e possuía,<br />

originalmente, toda sua área de Savana-Estépica (Hasenack & Cordeiro, 2006). Os<br />

campos neste município correspondentes à Savana-Estépica são do tipo Gramíneo-<br />

lenhosa. Capão do Cipó encontra-se na porção leste da região fisiográfica das Missões<br />

(Borges Fortes, 1979).<br />

Quanto aos as<strong>pe</strong>ctos fisiográficos, o que Fortes (1959) define como região<br />

fisiográfica das Missões, corresponde à parte do Planalto das Missões, segundo IBGE<br />

(1986). Quanto à distribuição da vegetação, seguindo ainda IBGE (1986), a região<br />

fisiográfica das Missões é coberta <strong>pe</strong>las seguintes regiões fitoecológicas: Savana,<br />

Floresta Estacional Decidual. Além disto, ocorre ainda nesta região fisiográfica uma<br />

área sob condição ecológica es<strong>pe</strong>cial de transição caracterizando uma Área de Tensão<br />

Ecológica.<br />

Savana Estépica ocupa partes das bacias dos rios Icamaquã e Piratinim e seus<br />

tributários, prolongando-se até o norte no baixo rio ljuí. A Savana costuma ocorrer no<br />

topo das coxilhas enquanto que a Savana Estépica costuma ocorrer nos vales. Nos<br />

topos são comuns as cactáceas como as do gênero Opuntia sp.<br />

5.2.7. Fauna<br />

O município de Capão do Cipó situa-se na região fisiográfica das Missões<br />

(Borges Fortes, 1979), formada por dois biomas brasileiros: Bioma Pampa (cerca de<br />

80,04%) e Mata Atlântica (9,6%), o que faz desta região uma grande zona de transição<br />

de ocorrência tanto de espécies com hábitos florestais como também para as espécies<br />

tipicamente cam<strong>pe</strong>stres.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 27<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Considerando a lacuna de informações a res<strong>pe</strong>ito da fauna das Missões<br />

associada ao antigo e difuso processo de ocupação, torna-se difícil mensurar os<br />

impactos advindos com a implantação dos Projetos de Assentamento, cuja escala de<br />

tempo é bem menor em relação a este processo. Além disso, o estabelecimento de<br />

comparações com áreas preservadas torna-se inviável <strong>pe</strong>la inexistência de Unidades<br />

de Conservação nesta região fisiográfica.<br />

O padrão observado para os imóveis destinados à reforma agrária, em muito não<br />

se diferencia das demais propriedades do seu entorno, sendo que o hábitat disponível<br />

para a fauna geralmente está restrito as APP de cursos d'água, sujeitas aos diversos<br />

impactos descritos para a vegetação. Além disso, na quase totalidade dos casos, não<br />

há área de reserva legal prevista no parcelamento dos imóveis. Conjuntamente estas<br />

áreas constituim-se em locais de uso e refúgio para a fauna, es<strong>pe</strong>cialmente de maior<br />

porte. Também é possível inferir que a pressão de caça, mesmo não sendo exclusiva<br />

das áreas de assentamento, esteja contribuindo para a manutenção do <strong>pe</strong>queno<br />

número de indivíduos das espécies que ocorrem em eventos esporádicos e/ou<br />

impossibilitando possíveis recolonizações e estabelecimento de <strong>nova</strong>s populações.<br />

5.3. Diagnóstico Sócio econômico do município<br />

5.3.1 População<br />

Em 2007, foram contabilizados 3.180 habitantes no município de Capão do Cipó<br />

(IBGE, 2009g), o que resultou em uma densidade demográfica de 3,11 habitantes por<br />

km². A distribuição da renda no município está representada no Gráfico 1, indica de<br />

concentração da riqueza maior que a média do Estado do Rio Grande do Sul, em 2000,<br />

conforme os Gráficos 2 e 3. Em Capão do Cipó, 83,15% da população encontra-se no<br />

nível de renda que vai desde sem renda até 2 salários mínimos, enquanto que no Rio<br />

Grande do Sul a porcentagem de população no mesmo nível de renda é de 67,94%.<br />

Gráfico 1: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de<br />

Capão do Cipó, em 2000.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 28<br />

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nº de habitantes<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

sem rendimento<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

até 1<br />

Fonte: IBGE, 2009e.<br />

nº de habitantes por faixa de renda<br />

mais de 1 a 2<br />

mais de 2 a 3<br />

mais de 3 a 5<br />

salários<br />

mais de 5 a 10<br />

mais de 10 a 20<br />

mais de 20<br />

Gráfico 2: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de<br />

Capão do Cipó em 2000 (%).<br />

% da população<br />

50,00<br />

45,00<br />

40,00<br />

35,00<br />

30,00<br />

25,00<br />

20,00<br />

15,00<br />

10,00<br />

5,00<br />

0,00<br />

sem rendimento<br />

44,64<br />

proporção de habitantes por faixa de renda<br />

22,68<br />

até 1<br />

Fonte: IBGE, 2009e.<br />

mais de 1 a 2<br />

15,82<br />

mais de 2 a 3<br />

6,50<br />

mais de 3 a 5<br />

salários<br />

4,26 4,26<br />

mais de 5 a 10<br />

mais de 10 a 20<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 29<br />

0,22<br />

mais de 20<br />

Gráfico 3: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do Rio Grande do<br />

Sul em 2000 (%).<br />

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1,61


% pop ulação<br />

40,00<br />

35,00<br />

30,00<br />

25,00<br />

20,00<br />

15,00<br />

10,00<br />

5,00<br />

0,00<br />

sem rendimento<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

34,98<br />

até 1<br />

Fonte: IBGE, 2009e.<br />

5.3.2 Economia<br />

15,93<br />

- Produto Interno Bruto<br />

mais de 1 a 2<br />

17,04<br />

mais de 2 a 3<br />

8,84<br />

mais de 3 a 5<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 30<br />

9,44<br />

mais de 5 a 10<br />

Renda (nº de salários)<br />

8,44<br />

mais de 10 a 20<br />

3,52<br />

mais de 20<br />

No ano de 2006, o município de Capão do Cipó apresentou um PIB de R$<br />

55.195.000,00 e um PIB <strong>pe</strong>r capita de R$ 20.781,00 (IBGE, 2009l). O PIB do município,<br />

em 2006, foi composto conforme o Gráfico 4.<br />

Gráfico 4: Composição do PIB do município em 2006.<br />

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1,82


Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

31%<br />

3%<br />

Composição do PIB<br />

Valor adicionado na agro<strong>pe</strong>cuária Valor adicionado na Indústria<br />

3%<br />

Valor adicionado no Serviço Impostos sobre produtos líquidos de subsídios<br />

Fonte: IBGE, 2009l.<br />

- Atividades Econômicas<br />

As seções de classificação de atividades econômicas do município estão<br />

descritas na Tabela 5. Para identificar as principais atividades econômicas do<br />

município, apresenta-se na Tabela 5, além do <strong>pe</strong>ssoal ocupado, o coeficiente<br />

locacional. O coeficiente locacional (QL) “indica a concentração relativa de uma<br />

determinada indústria numa região ou município comparativamente à participação desta<br />

mesma indústria no espaço definido como base” (SUZIGAN et al 2003, p. 46) 2 . No caso<br />

da Tabela 5 indica a concentração relativa do <strong>pe</strong>ssoal ocupado em determinada seção<br />

de atividades econômicas no município de Capão do Cipó comparativamente à<br />

concentração do <strong>pe</strong>ssoal ocupado nas seções de atividade econômica no Estado do<br />

Rio Grande do Sul.<br />

2 Passos do cálculo do QL em Suzigan et al (2003, p. 46). Em suma o coeficiente locacional indica o grau<br />

de concentração do <strong>pe</strong>ssoal ocupado nas diferentes atividades econômicas o que pode ser um indicador<br />

de es<strong>pe</strong>cialização nesta atividade. Um QL igual a 1 indica que relativamente ao espaço base, não há<br />

concentração relativa, ou seja o município possui a mesma proporção de <strong>pe</strong>ssoas ocupadas nesta<br />

atividade que o Estado. Um QL elevado indica es<strong>pe</strong>cialização setorial (nos caso de análise de setores<br />

industriais) ou concentração de <strong>pe</strong>ssoal ocupado relativamente ao espaço base e, inversamente um QL<br />

abaixo de 1 indica que o município é menos es<strong>pe</strong>cializado em determinada atividade do que a média do<br />

Estado.<br />

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63%


Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Como se pode observar, o município de Capão do Cipó apresenta concentração<br />

de <strong>pe</strong>ssoal ocupado relativamente maior que o Estado do Rio Grande do Sul nas<br />

seções de atividade: Agricultura, <strong>pe</strong>cuária, silvicultura e exploração florestal;<br />

Transporte, armazenagem e comunicações; Comércio, reparação de veículos<br />

automotores, objetos <strong>pe</strong>ssoais e domésticos e Outros serviços coletivos, sociais e<br />

<strong>pe</strong>ssoais.<br />

Tabela 5: Pessoal ocupado e coeficiente locacional das seções de classificação<br />

de atividades do município de Capão do Cipó 3 .<br />

Pessoal<br />

Seção de classificação de atividades<br />

ocupado QL<br />

A Agricultura, <strong>pe</strong>cuária, silvicultura e exploração florestal 4 7,26<br />

B Pesca - -<br />

C Indústrias extrativas - -<br />

D Indústrias de transformação X -<br />

E Produção e distribuição de eletricidade, gás e água - -<br />

F Construção - -<br />

G Comércio; reparação de veículos automotores, objetos <strong>pe</strong>ssoais e domésticos 39 2,77<br />

H Alojamento e alimentação - -<br />

I Transporte, armazenagem e comunicações 10 3,45<br />

J Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços<br />

relacionados - -<br />

K Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas X -<br />

L Administração pública, defesa e seguridade social X -<br />

M Educação - -<br />

N Saúde e serviços sociais - -<br />

O Outros serviços coletivos, sociais e <strong>pe</strong>ssoais 4 1,88<br />

P Serviços domésticos - -<br />

Q Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais - -<br />

Fonte: Elaboração com base em IBGE, 2009b e Suzigan et al, 2003.<br />

- Zoneamento agroecológico<br />

Segundo a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul (1994 apud INCRA,<br />

2009, p. 8), o zoneamento agrícola aponta como culturas preferenciais para o município<br />

alfafa, arroz irrigado, citrus (laranja e bergamota), fumo, milho, soja, sorgo e trigo. É<br />

tolerado o cultivo de citrus (limões), mandioca, <strong>pe</strong>ssegueiro (parte do município), sorgo<br />

(parte do município), soja (parte do município), cana-de-açucar (recomendado somente<br />

3 Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados com o caracter X.<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

para a produção de álcool), forrageiras de clima tem<strong>pe</strong>rado (aveia, azevém, centeio,<br />

cornichão, trevo, etc) e forrageiras de clima tropical e subtropical (capim rhodes, feijão<br />

miúdo, pangola, panicum maximum, paspalum dilatatum, milhetos, etc). O município é<br />

considerado marginal para culturas de batatinha (setembro e fevereiro), <strong>pe</strong>ssegueiro<br />

(parte do município), alho e cebola, feijão e fumo (parte do município) e inapto para<br />

abacaxi, banana, videira americana, videira européia, cana-de-açúcar (parte do<br />

município) e maçã<br />

- Atividades Agro<strong>pe</strong>cuárias<br />

As principais atividades agro<strong>pe</strong>cuárias do município de Capão do Cipó foram<br />

consideradas sob três as<strong>pe</strong>ctos, para cada setor agro<strong>pe</strong>cuário (<strong>pe</strong>cuária, lavoura<br />

<strong>pe</strong>rmanente, lavoura temporária e, extrativismo e silvicultura): valor da produção 4 ;<br />

coeficiente de produtividade por habitantes 5 (QPH); e coeficiente de produtividade por<br />

área 6 (QPA).<br />

Na Tabela 6 apresentam-se as quantidades produzidas, o QPH e o QPA da<br />

produção <strong>pe</strong>cuária do município de Capão do Cipó. Pode-se observar que não há<br />

es<strong>pe</strong>cialização comparativamente ao Estado do Rio Grande do Sul o QPA. Porém,<br />

como a densidade demográfica do município é bem menor (1/12) que a do Estado,<br />

pode-se considerar que aquelas atividades que apresentam a<strong>pe</strong>nas QPH su<strong>pe</strong>rior a 1<br />

indicam es<strong>pe</strong>cialização produtiva, dessa forma o município é es<strong>pe</strong>cializado na produção<br />

de mel, bovinos, bubalinos, ovinos, lã, caprinos, eqüinos e leite.<br />

4 O IBGE não apresenta valores monetários para a produção <strong>pe</strong>cuária.<br />

5 O coeficiente de produtividade por habitantes (QPH) está baseado na metodologia do cálculo do QL. A<br />

fórmula para seu cálculo é:<br />

QPH= (quantidade produzida do produto X no município Y / nº de habitantes do município Y) /<br />

(quantidade produzida do produto X no Estado do Rio Grande do Sul / nº de habitantes do Rio Grande do<br />

Sul). Por exemplo, um QPH de índice 2 significa dizer que a quantidade produzida por habitantes no<br />

município é 100% maior que a mesma relação para o Estado, inversamente, índice 0,5 é equivalente a<br />

dizer que a produtividade por habitantes do município é 50% menor do que esta relação para o Estado.<br />

6 O coeficiente de produtividade por área (QPA) está baseado na metodologia do cálculo do QL. A<br />

fórmula para seu cálculo é:<br />

QPH= (quantidade produzida do produto X no município Y / área do município Y) / (quantidade produzida<br />

do produto X no Estado do Rio Grande do Sul / área do Rio Grande do Sul). Por exemplo, um QPA de<br />

índice 2 significa dizer que a quantidade produzida por área total do município é 100% maior que a<br />

mesma relação para o Estado, inversamente, índice 0,5 é equivalente a dizer que a produtividade por<br />

área total do município é 50% menor do que esta relação para o Estado.<br />

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Tabela 6: Produção <strong>pe</strong>cuária do município de Capão do Cipó.<br />

Pecuária do município Unidade Quantidade QPH QPA<br />

Bovinos - efetivo dos rebanhos cabeças 32.140 7,58 0,63<br />

Eqüinos - efetivo dos rebanhos cabeças 518 3,79 0,31<br />

Bubalinos - efetivo dos rebanhos cabeças 143 6,72 0,56<br />

Asininos - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />

Muares - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />

Suínos - efetivo dos rebanhos cabeças 1.283 0,80 0,07<br />

Caprinos - efetivo dos rebanhos cabeças 138 4,86 0,40<br />

Ovinos - efetivo dos rebanhos cabeças 7.795 6,47 0,54<br />

Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos<br />

rebanhos cabeças 3.420 0,10 0,01<br />

Galinhas - efetivo dos rebanhos cabeças 3.856 0,63 0,05<br />

Codornas - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />

Coelhos - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />

Vacas ordenhadas – quantidade cabeças 1.880 4,41 0,37<br />

Ovinos tosquiados – quantidade cabeças 7.348 7,06 0,59<br />

Leite de vaca - produção – quantidade Mil litros 2.276 2,29 0,19<br />

Ovos de galinha - produção – quantidade Mil dúzias 48 0,55 0,05<br />

Ovos de codorna - produção – quantidade Mil dúzias - - -<br />

Mel de abelha - produção – quantidade Kg 22.000 9,87 0,82<br />

Casulos do bicho-da-seda - produção – quantidade Kg - - -<br />

Lã - produção – quantidade Kg 19.475 6,08 0,50<br />

Fonte: Elaboração a partir de IBGE, 2009k.<br />

As principais atividades agrícolas 7 , em valor, do município em 2008 foram:<br />

- Lavoura <strong>pe</strong>rmanente: Laranja (R$ 158.000,00) e Pêssego (R$ 38.000,00);<br />

- Lavoura temporária: Soja (R$ 72.653.000,00), Trigo (R$ 10.200.000,00) e Milho<br />

(R$ 1.988,000,00);<br />

- Extração vegetal e silvicultura: Madeira em tora para outras atividades (R$<br />

50.000,00), Lenha-silvicultura (R$ 48.000,00) e Lenha (R$ 34.000,00).<br />

Como se pode observar na Tabela 7, o município de Capão do Cipó, em termos<br />

de lavoura <strong>pe</strong>rmanente, é es<strong>pe</strong>cializado comparativamente ao Estado do Rio Grande<br />

do Sul na produção de laranja, em termos de QPH.<br />

7 Serão apresentados a<strong>pe</strong>nas os 3 principais produtos, em valor, de cada categoria, quando houver 3 ou<br />

mais produtos em cada categoria que são produzidos no município. São elas: Lavoura <strong>pe</strong>rmanente,<br />

Lavoura temporária (IBGE, 2009) e Extração vegetal e silvicultura (IBGE, 2009). Portanto, podem não<br />

aparecer nesta listagem produtos com valor monetário mais acentuados do que os que aparecem em<br />

categorias diferentes.<br />

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Tabela 7: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura <strong>pe</strong>rmanente do<br />

município de Capão do Cipó.<br />

Lavoura Permanente do município QPH QPA<br />

Laranja 3,13 0,26<br />

Pêssego 0,57 0,05<br />

Fonte: IBGE, 2009i.<br />

Na Tabela 8, pode-se observar que comparativamente à produção de lavoura<br />

temporária do Estado do Rio Grande do Sul, o município de Capão do Cipó é altamente<br />

es<strong>pe</strong>cializado na produção de lavoura temporária. Destacam-se mamona (em baga),<br />

linho (semente), soja (em grão), trigo (em grão), girassol (em grão), mandioca, cana-de-<br />

açúcar, e milho (em grão).<br />

Tabela 8: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura temporária do<br />

município de Capão do Cipó.<br />

Lavoura Temporária do município QPH QPA<br />

Arroz (em casca) 0,06 0,00<br />

Cana-de-açúcar 5,23 0,43<br />

Feijão (em grão) 0,39 0,03<br />

Girassol (em grão) 14,62 1,21<br />

Linho (semente) 52,86 4,38<br />

Mamona (baga) 116,16 9,62<br />

Mandioca 6,04 0,50<br />

Milho (em grão) 3,21 0,27<br />

Soja (em grão) 44,33 3,67<br />

Trigo (em grão) 38,14 3,16<br />

Fonte: IBGE, 2009i.<br />

A extração vegetal e silvicultura do município de Capão do Cipó apresenta uma<br />

es<strong>pe</strong>cialização, em termos de produtividade comparada com a do Estado do Rio<br />

Grande do Sul, na produção de carvão vegetal, lenha e madeira em tora, conforme a<br />

Tabela 9.<br />

Tabela 9: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da extração vegetal e<br />

silvicultura do município de Capão do Cipó.<br />

Extração vegetal e silvicultura do município QPH QPA<br />

Madeiras - carvão vegetal 19,24 1,59<br />

Madeiras – lenha 5,10 0,42<br />

Madeiras - madeira em tora 4,70 0,39<br />

Produtos da Silvicultura - carvão vegetal 0,47 0,04<br />

Produtos da Silvicultura – lenha 0,82 0,07<br />

Produtos da Silvicultura - madeira em tora 0,28 0,02<br />

Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades 0,44 0,04<br />

Fonte: IBGE, 2009j.<br />

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- Agroindústrias rurais<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

No município de Capão do Cipó há poucas agroindústrias rurais. Há duas<br />

agroindústrias de queijo e/ou requeijão e 1 de Aguardente de cana.<br />

Tabela 10: Agroindústrias rurais 8 .<br />

Agroindústria<br />

Estabele-<br />

cimentos<br />

Produção<br />

com matéria-prima<br />

Própria<br />

( t )<br />

Adquirida<br />

( t )<br />

Quantidade<br />

vendida<br />

( t )<br />

Valor da<br />

produção<br />

(1 000 R$)<br />

Arroz em grão - - - - -<br />

Fubá - - - - -<br />

Café torrado em grão - - - - -<br />

Café torrado e moído - - - - -<br />

Farinha de mandioca - - - - -<br />

Tapioca e/ou goma - - - - -<br />

Algodão em caroço - - - - -<br />

Algodão em pluma - - - - -<br />

Queijo e/ou requeijão 2 x x x x<br />

Manteiga - - - - -<br />

Aguardente de cana 1 x x x x<br />

Rapadura - - - - -<br />

Polpa de frutas - - - - -<br />

Doces e geléias - - - - -<br />

Carne tratada - - - - -<br />

Embutidos - - - - -<br />

Carvão vegetal - - - - -<br />

Produtos derivados de madeira - - - - -<br />

Fonte: IBGE, 2009c.<br />

5.3.3 Condição do produtor<br />

Os dados apresentados no Censo Agro<strong>pe</strong>cuário 2006 <strong>pe</strong>rmitem observar que o<br />

município de Capão do Cipó possui uma proporção de estabelecimentos cujo produtor<br />

é assentado sem titulação (5%) acima da proporção desta condição de produtor<br />

referente ao Estado do Rio Grande do Sul (1,5%). A área ocupada cujo produtor é<br />

assentado sem titulação no município de Capão do Cipó (0,6%), é menor que a<br />

proporção ocupada no Estado (0,8%). Conforme Gráficos 5 e 6.<br />

8 Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados com o caracter X.<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

A maior parte dos estabelecimentos do município <strong>pe</strong>rtencem a proprietários<br />

privados (605 estabelecimentos). Somando os estabelecimentos de assentados sem<br />

titulação e ocupantes obtem-se 48, o que representa mais de 7% do número de<br />

estabelecimentos, conforme o Gráfico 7. No entanto, a área ocupada por produtores<br />

nestas condições é muito baixa (somados representam 1% da área ocupada)<br />

comparativamente a estabelecimentos cujo produtor está em situação diferente<br />

(proprietários, arrendatários e parceiros), conforme o Gráfico 8. Isto pode ser notado<br />

com mais clareza no Gráfico 9 que apresenta a área média dos estabelecimentos, pode<br />

se notar que, em média, as áreas média ocupadas por proprietários, arrendatários e<br />

parceiros, chegam a ser 10 vezes maior que a dos assentados sem titulação ou<br />

ocupantes.<br />

(%)<br />

Gráfico 5: Condição do produtor, segundo o número de estabelecimentos.<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Próprias<br />

Assentado sem titulação definitiva<br />

Fonte: IBGE, 2009c.<br />

Arrendadas<br />

Parceria<br />

Rio Grande do Sul Capão do Cipó<br />

Ocupadas<br />

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(%)<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Gráfico 6: Condição do produtor, segundo a área ocupada.<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Próprias<br />

Assentado sem titulação definitiva<br />

Fonte: IBGE, 2009c.<br />

Arrendadas<br />

Parceria<br />

Rio Grande do Sul Capão do Cipó<br />

Ocupadas<br />

Gráfico 7: Número de estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a condição<br />

do produtor.<br />

nº de estabelecimentos<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

605<br />

Fonte: IBGE, 2009c.<br />

Número de estabelecimentos<br />

34<br />

Próprias Assentado sem<br />

titulação<br />

definitiva<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 38<br />

129<br />

9 14<br />

Arrendadas Parceria Ocupadas<br />

número de estabelecimentos<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Gráfico 8: Área total ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó,<br />

segundo a condição do produtor.<br />

hectares<br />

70 000<br />

60 000<br />

50 000<br />

40 000<br />

30 000<br />

20 000<br />

10 000<br />

65 455<br />

Fonte: IBGE, 2009c.<br />

Área ocupada<br />

607<br />

Próprias Assentado sem<br />

titulação<br />

definitiva<br />

22 859<br />

190 273<br />

Arrendadas Parceria Ocupadas<br />

área ocupada<br />

Gráfico 9: Área média ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó,<br />

segundo a condição do produtor.<br />

hectares/estabelecimento<br />

200,00<br />

180,00<br />

160,00<br />

140,00<br />

120,00<br />

100,00<br />

80,00<br />

60,00<br />

40,00<br />

20,00<br />

0,00<br />

108,19<br />

Fonte: IBGE, 2009c.<br />

5.3.4 Saúde<br />

Área média dos estabelecimentos<br />

17,86<br />

Próprias Assentado sem<br />

titulação<br />

definitiva<br />

177,20<br />

21,11 19,52<br />

Arrendadas Parceria Ocupadas<br />

área média dos estabelecimentos<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 39<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Segundo o IBGE (2009a), em 2005, contabilizava-se 3 estabelecimentos de<br />

saúde no município de Capão do Cipó, todos públicos municipais. Não há leitos<br />

hospitalares para internação no município.<br />

Faltam <strong>pra</strong>ticamente todos os equipamentos hospitalares essenciais no<br />

município, como pode ser observado na Tabela 11. Há 3 estabelecimentos com<br />

atendimento ambulatorial, todos com atendimento médico em es<strong>pe</strong>cialidades básicas e<br />

atendimento odontológico com dentista, um deles com atendimento médico em outras<br />

es<strong>pe</strong>cialidades conforme Tabela 12. Não há estabelecimentos com atendimento<br />

emergêncial, Tabela 13. Há 3 estabelecimentos que prestam serviço ao SUS<br />

Ambulatorial. Não há médicos residentes no município, conforme o Gráfico 10 (IPEA,<br />

2009).<br />

Tabela 11: Equipamentos hospitalares no município.<br />

Mamógrafo com comando simples 0<br />

Mamógrafo com estéreo-taxia 0<br />

Raio X para densitometria óssea 0<br />

Tomógrafo 0<br />

Ressonância magnética 0<br />

Ultrassom doppler colorido 0<br />

Eletrocardiógrafo 1<br />

Eletroencefalógrafo 0<br />

Equipamento de hemodiálise 0<br />

Raio X até 100mA 0<br />

Raio X de 100 a 500mA 0<br />

Raio X mais de 500mA 0<br />

Fonte: IBGE, 2009a.<br />

Tabela 12: Estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial.<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total 3<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial sem atendimento médico 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em<br />

es<strong>pe</strong>cialidades básicas 3<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em<br />

outras es<strong>pe</strong>cialidades 1<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento<br />

odontológico com dentista 3<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 40<br />

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Fonte: IBGE, 2009a.<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Tabela 13: Estabelecimentos de saúde com atendimento emergencial.<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência total 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Pediatria 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Obstetrícia 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Psiquiatria 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Clínica 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Cirurgia 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Traumato Orto<strong>pe</strong>dia 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Neuro Cirurgia 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Cirurgia Buco Maxilofacial 0<br />

Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Outros 0<br />

Fonte: IBGE, 2009a.<br />

Gráfico 10: Médicos residentes no município de Capão do Cipó para cada mil<br />

habitantes.<br />

0,4<br />

0,35<br />

0,3<br />

0,25<br />

0,2<br />

0,15<br />

0,1<br />

0,05<br />

0<br />

Fonte: IPEA, 2009.<br />

5.3.5 Educação<br />

Médicos residentes (por mil habitantes)<br />

1991 2000<br />

Capão do Cipó Rio Grande do Sul<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 41<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

No município de Capão do Cipó, em 2008, todos os 730 estudantes<br />

freqüentavam escolas públicas. A relação de alunos por professor varia entre 10 e 13. A<br />

grande maioria de docentes e estudantes encontram-se no ensino fundamental. Há 2<br />

pré-escolas, 6 escolas de ensino fundamental e 1 de ensino médio. Não há alunos ou<br />

intituições de ensino su<strong>pe</strong>rior.<br />

A relação de alunos matriculados em escolas públicas e privadas pode ser<br />

observada no Gráfico 11. O número de docentes em escolas públicas e privadas está<br />

apresentado no Gráfico 12. A relação alunos por professor em escolas públicas e<br />

privadas, no Gráfico 13. E, o número de escolas públicas e privadas no Gráfico 14.<br />

2008.<br />

Gráfico 11: Número de alunos matriculados em escolas públicas e privadas em<br />

nº de alunos matriculados<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

50<br />

538<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 42<br />

142<br />

0 0 0 0 0<br />

Pré-Escola Ensino<br />

Fundamental<br />

Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />

escolas públicas escolas privadas<br />

Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />

Gráfico 12: Número de docentes em escolas públicas e privadas em 2008.<br />

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2008.<br />

nº de docentes<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

5<br />

50<br />

0 0 0 0 0<br />

Pré-Escola Ensino<br />

Fundamental<br />

Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 43<br />

11<br />

escolas públicas escolas privadas<br />

Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />

Gráfico 13: Relação alunos por professor em escolas públicas e privadas em<br />

nº de alunos por professor<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Pré-Escola Ensino<br />

Fundamental<br />

Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />

escolas públicas escolas privadas<br />

Gráfico 14: Escolas públicas e privadas em 2008.<br />

Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />

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nº de escolas<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

2<br />

6<br />

0 0 0 0 0<br />

Pré-Escola Ensino<br />

Fundamental<br />

Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />

5.3.6 Domicílios<br />

- Condições domiciliares<br />

escolas públicas escolas privadas<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 44<br />

1<br />

Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />

O IPEA não apresenta dados domiciliares do município de Capão do Cipó<br />

- Padrão de consumo<br />

Baseado na metodologia de <strong>pe</strong>squisa participativa de mercado (ASSUMPÇÃO,<br />

2009, p. 25-32), calculou-se a estimativa de consumo de produtos alimentícios no<br />

município de Capão do Cipó, utilizando dados da POF 2002-2003 e do Censo<br />

demográfico de 2000. A estimativa abrange mais de 400 produtos, porém selecionou-se<br />

a<strong>pe</strong>nas aqueles de maior destaque ou aqueles que são reconhecidos como produtos<br />

rotineiros da alimentação. A elaboração desta estimativa deverá servir futuramente para<br />

dar parâmetros às famílias para fazerem o planejamento de sua produção.<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Tabela 14: Estimativa de consumo de produtos alimentícios para o município de<br />

Capão do Cipó.<br />

Produtos alimentícios tn/ano<br />

Arroz 37,2<br />

Milho 7,2<br />

Feijão 14,6<br />

Hortaliças folhosas e florais 4,3<br />

Hortaliças frutosas (inclui cebola e tomate) 14,0<br />

Cebola 5,0<br />

Tomate 4,6<br />

Hortaliças tuberosas (inclui alho, batatas, cenoura e mandioca) 26,5<br />

Alho 0,1<br />

Batata inglesa 10,8<br />

Batata doce 1,9<br />

Cenoura 1,5<br />

Mandioca 10,2<br />

Abacate 0,1<br />

Abacaxi 0,2<br />

Banana 9,6<br />

Goiaba 0,0<br />

Laranja 5,4<br />

Limão 0,1<br />

Mamão 1,4<br />

Manga 0,6<br />

Maracujá 0,1<br />

Melancia 3,3<br />

Melão 0,4<br />

Tangerina 2,3<br />

Caqui 0,1<br />

Maçã 2,7<br />

Pêra 0,1<br />

Pêssego 0,6<br />

Uva 0,7<br />

Carnes bovinas de primeira 4,1<br />

Carnes bovinas de segunda 13,7<br />

Carnes bovinas outras 9,1<br />

Carnes suínas com osso e sem osso 7,0<br />

Carnes suínas outras 5,3<br />

Carnes de outros animais 2,5<br />

Pescados de água salgada 0,5<br />

Pescados de água doce 0,2<br />

Pescados não-es<strong>pe</strong>cificados 0,6<br />

Aves 21,7<br />

Ovos 4,5<br />

Leite de vaca fresco 25,5<br />

Leite de vaca pasteurizado 40,4<br />

Queijos e requeijão 2,0<br />

Iogurte 2,5<br />

Manteiga 0,2<br />

Mel de abelha 0,3<br />

Fonte: Elaboração a partir de Assumpção, 2009, IBGE, 2009e e 2009h<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 45<br />

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5.3.7 Políticas públicas<br />

- Bolsa família<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Segundo o IPEA (2009), em Capão do Cipó, o número de famílias beneficiadas,<br />

em dezembro, com transferências de renda <strong>pe</strong>lo Programa Bolsa Família passou de<br />

203, em 2006, para 206, em dezembro de 2007, caindo para 200, em dezembro de<br />

2008. As transferências são mensais, assim como as variações no número de famílias,<br />

mas os dados apresentados no IPEADATA referem-se somente às famílias<br />

beneficiadas no mês de dezembro de cada ano de referência. Já valor nominal total, em<br />

dezembro, dos benefícios de transferência de renda <strong>pe</strong>lo Programa Bolsa Família<br />

aumentou 50% entre 2006 e 2008. Em dezembro de 2008 o valor médio pago por<br />

beneficiário foi de R$ 90,56.<br />

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS, 2009)<br />

divulgou que em maio de 2009, no município de Capão do Cipó, 201 famílias foram<br />

beneficiadas <strong>pe</strong>lo Programa Bolsa Família e o valor total nominal dos benefícios foi de<br />

R$ 17.616,00, 2% menor do que valor nominal total de dezembro de 2008. Neste<br />

<strong>pe</strong>ríodo o valor médio pago por beneficiário foi de R$ 87,64.<br />

- Proger<br />

Os Programas de Geração de Emprego e Renda (PROGER) são um conjunto de<br />

linhas es<strong>pe</strong>ciais de crédito que tem por objetivo gerar e manter emprego e renda. Faz<br />

parte do Programa do Seguro-Desemprego, complementando outras ações integradas<br />

da Política Pública de Emprego, como a qualificação profissional e a intermediação ao<br />

emprego. Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, e<br />

este, por sua vez, advém, em sua maioria, das contribuições devidas ao PIS e ao<br />

PASEP.<br />

O relatório estatítico do PROGER para o município de Capão do Cipó para o ano<br />

de 2007 está apresentado na Tabela 16.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 46<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Tabela 15: PROGER no município de Capão do Cipó em 2007.<br />

Agente Programa<br />

Modelo de<br />

financiamento<br />

Público Alvo<br />

Qtd de<br />

o<strong>pe</strong>rações<br />

Valor<br />

contratado<br />

BB PRONAF Custeio Agrícola PMEs 4 7.888,00<br />

BB PRONAF Investimento Agrícola PMEs 4 34.999,00<br />

BB PRONAF Investimento Pecuário PMEs 2 15.000,00<br />

BNDES PRONAF Investimento Agrícola PMEs 1 10.000,00<br />

Total 11 67.887,00<br />

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2009)<br />

Como se pode observar através da Tabela 15, há pouca desigualdade nas linhas<br />

de crédito dos programas de geração de emprego e renda.<br />

5.3.8 Indicadores de pobreza e desigualdade<br />

O IBGE não calculou o índice de Gini 9 do município de Capão do Cipó, que mede<br />

o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda<br />

domiciliar <strong>pe</strong>r capita, em 2003 (IBGE, 2009e e 2009h). O índice de desenvolvimento<br />

humano (IDH) 10 do município de Capão do Cipó também não foi calculado <strong>pe</strong>lo IPEA.<br />

9 “Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor),<br />

a 1, quando a desigualdade é máxima (a<strong>pe</strong>nas um um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a<br />

renda de todos os outros indivíduos é nula)”.<br />

Disponível em http://www.pnud.org.br/popup/pop.php?id_pop=97.<br />

10 “É obtido <strong>pe</strong>la média aritmética simples de três subíndices, referentes a Longevidade (IDH-<br />

Longevidade), Educação (IDH-Educação) e Renda (IDH-Renda)”. “Além de computar o PIB <strong>pe</strong>r capita,<br />

depois de corrigi-lo <strong>pe</strong>lo poder de com<strong>pra</strong> da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois<br />

outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números<br />

de ex<strong>pe</strong>ctativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado <strong>pe</strong>lo índice de analfabetismo e <strong>pe</strong>la taxa<br />

de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada <strong>pe</strong>lo PIB <strong>pe</strong>r capita, em dólar PPC<br />

(paridade do poder de com<strong>pra</strong>, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três<br />

dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de zero a um”. Disponível em<br />

http://www.pnud.org.br/idh/.<br />

“O IDH até 0,499 expressa baixo desenvolvimento humano. Índices entre 0,5 e 0,799 são considerados<br />

de médio desenvolvimento humano. IDH su<strong>pe</strong>rior a 0,8 indica desenvolvimento humano alto.” Disponível<br />

em http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=71308.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 47<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

6. DIAGNÓSTICO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO<br />

6.1. Localização e Acesso ao Assentamento.<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum está localizado cerca de 9 Km da sede do municipal de Capão<br />

do Cipó/RS (Figura 2). O acesso principal ao PA Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum e feito por vias<br />

municipais sem pavimentação, sendo a estrada geralmente de regular trafegabilidade o<br />

ano inteiro.<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum faz limite com três assentamentos, sendo eles: Sepé Tiarajú,<br />

Santa Rita e Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum, além de estar próximo de outros Projetos de<br />

Assentamentos dos municípios de São Miguel das Missões, Bossoroca e<br />

Tupanciretã.<br />

Figura 2: Mapa de localização do projeto Inhaca<strong>pe</strong>tum / Nova Es<strong>pe</strong>rança III.<br />

Fonte: GRAC, 2005.<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Coordenadas: a área situa-se entre os seguintes pontos extremos do sistema de<br />

coordenadas UTM do fuso 21:740.000 m E, 6.786.00 m N e 746.510 m E, 6.791.490 m<br />

N.<br />

6.2. Condições Biofísicas e Edafoclimáticas do Assentamento<br />

6.2.1. Solos<br />

Na área deste assentamento predominam os Latossolos Vermelhos, de textura<br />

argilosa e de Nitossolos Vermelhos desenvolvidos de basalto. Nas áreas de quebra de<br />

relevo formadas <strong>pe</strong>la dissecção da paisagem <strong>pe</strong>los sistemas de drenagem e com o<br />

relevo mais acentuado, encontra-se solos rasos, com <strong>pe</strong>dregosidade, classificados<br />

como Neossolos Litólicos e Cambissolos. Nas depressões com surgência dágua,<br />

drenagem im<strong>pe</strong>rfeita a mal drenadas ocorrem Gleissolos e Plintossolos (BRASIL 1973;<br />

EMBRAPA 1999; STRECK et al, 2002). Como característica comum, os solos têm<br />

textura média a argilosa, coloração vermelha e sua fração argila predominantemente<br />

constituídas por argilas não expansivas (tipo 1:1) e óxidos de ferro, que associado ao<br />

relevo suave apresentam características físicas e ambientais favoráveis à moto-<br />

mecanização. Mas são solos quimicamente pobres, necessitando de adubação e<br />

correção para obtenção de bons rendimentos. Nas cabeceiras de drenagens e várzeas,<br />

ocorrem solos mal drenados de textura argilosa, que apresentam fortes limitações <strong>pe</strong>la<br />

drenagem im<strong>pe</strong>rfeita.<br />

De acordo com as informações do Relatório Ambiental, o mapa (Figura 2), com a<br />

distribuição das classes de aptidão agrícola das terras, e distribuição dos lotes, mostra<br />

que a maior porcentagem na área total do assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum é representada<br />

por terras com aptidão para lavouras de verão e inverno (classes IIe e IIIe). Estas,<br />

acrescidas de áreas com aptidão para lavoura, alternadas com culturas <strong>pe</strong>rmanentes<br />

(classe IVe), bem comprovam o potencial de uso elevado do assentamento para<br />

lavouras. Ocorrem solos da classe IVa, cuja principal limitação é má drenagem,<br />

podendo ser usadas com cultura de verão ou olericultura. As áreas adeptas para<br />

pastagem, reflorestamento ou preservação <strong>pe</strong>rmanente constituem as classes Va, VIe e<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 49<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

VIIe que ocupam 24% da área, contemplam a distribuição dos solos com aptidão de<br />

uso agrícola neste assentamento. Área de preservação <strong>pe</strong>rmanente (classes VIII e VIII<br />

legal), ocorrem 14,5% da área.<br />

Figura 9: Mapa de aptidão de uso agrícola dos solos e loteamentos.<br />

Fonte: GRAC, 2005.<br />

Com isso podemos concluir que a utilização das terras para produção de<br />

grãos (milho, soja, sorgo, trigo), com vistas a comercialização, pode estar entre as<br />

principais atividades dos assentamentos da região. Por outro lado as terras de<br />

classes Va, VIe, VIs e VII, aptas para pastagens naturais melhoradas, <strong>pe</strong>rmitem a<br />

produção leiteira, mas para tal é necessário o cultivo de pastagens nas terras de<br />

aptidão para grãos.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 50<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Tabela 16, Quadro guia para avaliação e ma<strong>pe</strong>amento das classes de aptidão de<br />

uso agrícola das terras do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, Capão do Cipó – RS.<br />

Fonte: GRAC, 2005.<br />

6.2.2. Relevo<br />

Na maior parte do PA o relevo é suave ondulado à ondulado, formado por um<br />

conjunto de coxilhas com topo amplos e <strong>pe</strong>ndentes em centenas de metros, com<br />

declividades variando de 2 a 12%. Nas proximidades de arroios internos e na transição<br />

de coxilhas para estes, as declividades podem, em <strong>pe</strong>quenas áreas, chegar a 25%.<br />

Pequenas várzeas, em relevo plano, ocorrem ao longo dos sistemas de drenagem.<br />

6.2.3. Recursos Hídricos<br />

Analisando-se a rede de drenagem interna do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, observa-se que é<br />

forma d a p or vári o s <strong>pe</strong> q uenos cur sos d'água que fl uem para o ri o<br />

Inhaca<strong>pe</strong> tum.<br />

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Alguns cursos de água apresenta comportamento <strong>pe</strong>rene, já os cursos d'água<br />

menores apresentam comportamento intermitente, ficando secos nas épocas de<br />

menor precipitação pluviométrica.<br />

Além desses cursos d'água, observa-se a presença de algumas nascentes no<br />

interior do PA, sendo que algumas com comportamento intermitente, ou seja,<br />

sofrendo a influência de <strong>pe</strong>ríodos de estiagem e freqüentemente ficando<br />

secas.<br />

Na área do assentamento o abastecimento de água é deficiente. Existem<br />

diversas áreas de surgência na parte inferior das encostas, nas quais é possível<br />

construir poços tipo Amazonas, próximas as quais podem ser localizadas as residências<br />

dos assentados.<br />

Poços tubulares profundos são recomendados como uma alternativa para<br />

obtenção de água que possa suprir com qualidade e quantidade satisfatória a demanda<br />

humana, no assentamento, devido aqueles <strong>pe</strong>ríodos de estiagem onde a maioria dos<br />

<strong>pe</strong>quenos córregos ou arroios cessam suas atividades, ou tornam-se intermitentes,<br />

pois não mais recebem água.<br />

6.2.4. Flora<br />

A vegetação cam<strong>pe</strong>stre do PA é composta por diversas espécies, entre as quais<br />

existem, muitas utilizadas como alimento <strong>pe</strong>los herbívoros, ou seja, são forrageiras.<br />

Estas espécies forrageiras são utilizadas tanto <strong>pe</strong>la fauna nativa, quanto <strong>pe</strong>los<br />

herbívoros domésticos (bovinos e eqüinos). O fato das espécies nativas servirem como<br />

alimento aos animais dá a esta vegetação um caráter de pastagem nativa.<br />

Foto 1: Área de campo no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 52<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />

Vegetação florestal<br />

De acordo com análises, este PA possui como um de seus limites o rio<br />

Inhaca<strong>pe</strong>tum. A situação da mata ciliar deste arroio é preocupante, principalmente por<br />

tratar-se de um curso d’água grande. As suas matas ciliares, em alguns trechos<br />

<strong>pe</strong>rcorrido, não possuem os 30 metros de área de Preservação Permanente (APP)<br />

necessários segundo legislação.<br />

Além da mata ciliar do arrio Inhaca<strong>pe</strong>tum, também existe uma área com mata<br />

nativa próximo a sede do assentamento. Trata-se de uma floresta com grande<br />

diversidade plantas nativas.<br />

Observou-se a presença do gado nas margens do arroio, os quais acabam por<br />

prejudicar a vegetação florestal, através do pisoteio<br />

6.2.5. Fauna<br />

De acordo com a avaliação da fauna, realizou-se levantamento das espécies com<br />

base em visualização, vestígios e relatos de moradores. Constatou-se a presença uma<br />

grande diversidade de animais, tais como: sabiás, <strong>pe</strong>rdizes, tatu, capivara, cobras, pica-<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 53<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

pau, veado, paca, catorrita, entre outros. Para isto foi priorizando os locais de<br />

possível uso ou refúgio por estes animais e as Áreas de Preservação Permanente<br />

(APP).<br />

Os principais locais de uso e refúgio para a mastofauna neste PA são formados<br />

<strong>pe</strong>las florestas ciliares, de um curso d'água afluente do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

6.2.6. Uso do Solo e Cobertura Vegetal,<br />

Segundo Relatório Ambiental, a maior parte do assentamento é ocupada por<br />

lavouras de soja, milho, feijão, trigo, entre outras culturas. Em <strong>pe</strong>quena área de solos<br />

rasos e maior declividade ou de área má drenada, há cobertura com gramíneas e<br />

espécies arbustivas, principalmente espécies de vassouras. As matas restringem-se a<br />

<strong>pe</strong>quenas faixas ciliares ao longo dos sistemas de drenagem, limítrofes com outras<br />

propriedades.<br />

6.2.6. Estratificação ambiental dos agroecossistemas<br />

Segundo relatório ambiental, com base nas características ambientais até agora<br />

descritas, o assentamento pode ser estratificado nas seguintes unidades de paisagens:<br />

*Solos vermelhos, profundos e bem drenados, em relevo suavemente<br />

ondulado a ondulado (topos e encostas suaves de coxilhas), das classes IIe, IIIe e IVe,<br />

utilizados com culturas anuais;<br />

*Cabeceiras de drenagens, im<strong>pe</strong>rfeitamente drenadas e áreas de<br />

encostas declivosas e com solos profundos e sobre solos rasos – Neossolos Litólicos –<br />

correspondente a terras das classes Vise e VII, cobertas com campos;<br />

*Pequenas áreas de matas ciliares, que constituem áreas de preservação<br />

<strong>pe</strong>rmanente (APP), que em locais em que foram desmatadas, devem ser<br />

recom<strong>pe</strong>nsadas.<br />

6.2.7. Capacidade de Uso do Solo<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 54<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

De acordo com o diagnóstico 51% da área total do PA é representada por terras<br />

com aptidão para lavouras de verão e inverno, onde ocorrem res<strong>pe</strong>ctivamente<br />

Latossolo Vermelho e Nitossolo Vermelho, textura argilosa. Ocorrem, também, solos<br />

constituidos de Gleissolos e Piltossolos Argiluvicos, cuja principal limitação é má<br />

drenagem, podendo ser usadas com culturas de verão ou olericultura.<br />

Áreas para culturas <strong>pe</strong>rmanentes, aptas para pastagens, reflorestamento<br />

ou preservação <strong>pe</strong>rmanente complementam a distribuiçãodos solos com aptidão de uso<br />

agrícola nesse assentamento.<br />

6.2.8. Análise sucinta dos potencias e limitações dos recursos naturais e da<br />

situação ambiental do assentamento<br />

As Áreas de Preservação deveriam ser integralmente protegidas,<br />

excluindo-se qualquer uso no seu interior, exceto nos casos previstos na legislação.<br />

No <strong>pe</strong>ríodo anterior à implantação do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, não foram identificados<br />

impactos com algum tipo de uso antrópico.<br />

É possível que os campos secos e úmidos que existiam antes da implantação do<br />

PA tenham sido resultado do abandono de roças ou mesmo do desmatamento<br />

com posterior implantação de potreiro para o gado. Esta é uma região onde é<br />

característica a presença de florestas de galeria acompanhando os cursos d'água.<br />

As florestas do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum encontram-se impactadas <strong>pe</strong>lo acesso do gado<br />

e <strong>pe</strong>lo corte seletivo de árvores nas florestas de galeria. Em muitos trechos a faixa<br />

remanescente ao longo dos cursos d'água é menor do que aquela definida na<br />

legislação.<br />

Degradação do solo<br />

Em vários locais do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum observa-se áreas de terras degradas <strong>pe</strong>lo<br />

<strong>pe</strong>rmanente pastoreio do gado, fazendo com que a área fique muito compactada. Isso,<br />

associado a práticas de manejo inadequadas, como o cultivo convencional e o<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 55<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

uso de queimadas em áreas de drenagem, a implantação de lavouras em áreas<br />

impróprias contribui para a intensificação dos processos erosivos.<br />

Educação ambiental<br />

O efeito das medidas mitigadoras dos impactos ambientais somente se tornará<br />

<strong>pe</strong>rmanente se houver conscientização das comunidades envolvidas. Com este<br />

objetivo é altamente recomendável o desenvolvimento de um programa de educação<br />

ambiental, su<strong>pe</strong>rvisionado por profissionais capacitados, prevendo:<br />

Incrementar o acesso à assistência técnica, aumentando o número de<br />

técnicos que atendem os assentados e qualificando-os como indutores do uso<br />

sustentável dos recursos naturais, de acordo com as características da região de<br />

inserção do PA;<br />

Res<strong>pe</strong>itar a capacidade de uso das terras, reduzindo a área destinada a culturas<br />

anuais, e adotar usos e práticas de manejo recomendadas para cada classe de<br />

capacidade de uso;<br />

Produzir e distribuir mapas e cartilhas para os assentados e para os técnicos de<br />

extensão, mostrando a distribuição das classes de aptidão de uso das terras no<br />

assentamento e nos lotes, com indicação das práticas de uso e manejo<br />

conservacionista das mesmas;<br />

Incentivara implantação de cultivos <strong>pe</strong>renes (fruticultura, por exemplo) e a<br />

manutenção da atividade <strong>pe</strong>cuária sobre pastagem nativa.<br />

6.3. Situação do Meio Sócio Econômico e Cultural<br />

6.3.1. História do Assentamento<br />

Através de <strong>pe</strong>squisa de campo e relato de famílias constatou-se que um primeiro<br />

grupo de famílias, sendo 75 aproximadamente, iniciou sua história em um<br />

acampamento do MST no município de Catui<strong>pe</strong> em 1999. Acampamento este, que na<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 56<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

sua jornada passou <strong>pe</strong>los municípios de Chia<strong>pe</strong>tta e Lagoa Vermelha. O segundo<br />

grupo, sendo aproximadamente 25 famílias, iniciou seu acampamento em fevereiro de<br />

1998 em Jóia. Estas famílias são oriundas de: Nonoai, Ronda Alta, Tenente Portela,<br />

Miraguai, Palmeira das Missões, Cruz Alta, Jóia, Ibirubá, Trindade, Boa Vista do Incra,<br />

Rodeio Bonito, Bom Progresso, Seberi, São José das Missões entre outros municípios.<br />

Sua etnia: luso brasileira, alemã, italiana e também proveniente de famílias numerosas.<br />

No <strong>pe</strong>ríodo de agosto de 2001 algumas famílias vieram para guarnecer a<br />

propriedade até ela ser desapropriada, sendo que essas famílias ficaram na<br />

propriedade de um assentado que fazia divisa com essa área.<br />

Em dezembro de 2001 todas as famílias vieram para a área do Inhaca<strong>pe</strong>tum, pois<br />

ela já havia sido desapropriada <strong>pe</strong>lo Estado. Após o loteamento dos lotes, a dona da<br />

área entrou na justiça contestando o valor da mesma, isso gerou uma tenção dentro do<br />

assentamento, pois as famílias temiam ser des<strong>pe</strong>jadas. Isso se estendeu até meados<br />

de 2005.<br />

A partir de 2005, com a legalização do PA, as famílias passaram a receber os<br />

créditos, tais como, energia elétrica, fomento, PRONAF A.<br />

O referido assentamento possui 100 famílias assentadas, com lotes de<br />

aproximadamente 16 ha, cada, a produção do PA é baseada na produção de leite e de<br />

grãos, como soja, milho e trigo.<br />

6.3.2. População do assentamento<br />

Após o levantamento de dados a campo, tratou-se de organizar as informações<br />

conforme o número de <strong>pe</strong>ssoas, número de crianças, jovens e idosos, grau de<br />

escolaridade, tipos de habitação, saúde, dentre outros, foram diagnosticados <strong>pe</strong>lo<br />

estudo.<br />

Como apresentado no Gráfico 1, trezentos e dezesseis(316) <strong>pe</strong>ssoas residem no<br />

assentamento. Destes, cem e setenta e quatro (174) são homens (55%) e cento<br />

quarenta e quatro (144) são mulheres (45%), destas 88 crianças, 36 jovens, 171<br />

adultos e 21 idosos. Este dado foi levantado junto a cada núcleo, de forma geral<br />

não sendo um recenseamento.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 57<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Percebe-se um número significativo de crianças e jovens no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum e com<br />

isso, o potencial para o estímulo ao trabalho familiar e a necessidade de promoção<br />

de atividades esportivas, de lazer e de cultura que possam estimular a <strong>pe</strong>rmanência<br />

dos jovens no campo.<br />

Gráfico 15: Dados referentes a população do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

28%<br />

11%<br />

7%<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 58<br />

54%<br />

Adultos<br />

Idosos<br />

Jovens<br />

Crianças<br />

Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />

Gráfico 16: Número de homens e mulheres no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

45% Homens<br />

55%<br />

Mulheres<br />

Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />

6.3.3. Organização Social<br />

Através de visitas realizadas no assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum observou-se que a<br />

mesma possui quatro bolsões, com aproximadamente vinte e cinco famílias por bolsão.<br />

As famílias estão distribuídas nos lotes de acordo com a demarcação oficial do<br />

INCRA, nos quais realizam seus cultivos de forma individual, não havendo nenhum tipo<br />

de trabalho de forma coletiva dentro do PA.<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Juntamente com as outras áreas de Reforma Agrária da região, as famílias<br />

contam com a assistência técnica de uma equi<strong>pe</strong> da COPTEC, contratados <strong>pe</strong>lo INCRA<br />

através do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental – ATES. A COPTEC<br />

orienta as famílias em assuntos ambientais, produtivos e sociais, apoiando e<br />

participando das iniciativas do núcleo e acompanhando sistematicamente o<br />

planejamento estratégico familiar e coletivo do assentamento.<br />

Algumas das famílias do assentamento contam com o apoio da Coo<strong>pe</strong>rativa<br />

Regional de Capão do Cipó, localizada no PA. Santa Rita, para entrega e<br />

comercialização do leite.<br />

Em alguns <strong>pe</strong>ríodos do ano as mulheres se reúnem para trocar<br />

ex<strong>pe</strong>riências, organização ou participação de oficinas e atividades de lazer.<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum não possui escola na sede do assentamento, mas suas<br />

crianças são atendidas nas escolas de assentamentos visinhos, além da escola<br />

municipal da sede do município e na Escola Estadual localizada no distrito de Carovi,<br />

Capão do Cipó.<br />

A comunidade religiosa do assentamento é formada por 04 (quatro) religiões,<br />

Católica, Assembléia de Deus, Deus é Amor e Quadrangular. O assentamento não<br />

possui nenhuma igreja na comunidade, sendo que realizam seus encontros no salão<br />

comunitário ou nas próprias residência.<br />

Pode-se contatar que no presente assentamento há uma freqüente prática de<br />

lazer, havendo campo de futebol na comunidade e também particulares.<br />

Foto 2: Salão comunitário PA.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 59<br />

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Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />

Estrutura Regional<br />

A Regional Joceli Correa abrange quatro municípios, Capão do Cipó, São Miguel<br />

das Missões, Caibaté e Giruá, com aproximadamente doze assentamentos e 400<br />

famílias. A Regional conta com dois dirigentes estaduais, um do sexo feminino e um do<br />

sexo masculino, além de uma direção regional com aproximadamente vinte e quatro<br />

dirigentes. Sendo que, dentre os vinte e quatro dirigentes o assentamento Sepé Tiaraju<br />

possui um representante. Também conta com a Coordenação regional, a qual é<br />

representada por todos os núcleos de base dos assentamentos.<br />

6.4. Infraestrutura Física, Social e Econômica<br />

Com relação a infra-estrutura do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, constatou-se a existência de<br />

energia elétrica, algumas famílias contam com o abastecimento de água encanada,<br />

proveniente de um poço artesiano do próprio PA. As demais famílias possuem<br />

poços artesanais, dos quais a água é retirada através de bomba submersa. Sendo<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 60<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

que as mesmas aguardam <strong>pe</strong>la implementação de redes d’água para suas<br />

residências.<br />

A grande maioria das residências é de alvenaria, com boa qualidade. A estrada<br />

principal pode ser considerada precária, havendo grandes dificuldades de<br />

trafegabilidade em dias de chuva, assim como o acesso as moradias. Cabe-se lembrar<br />

que o PA Inhaca<strong>pe</strong>tum não recebeu nenhum grande investimento nessa área.<br />

Percebeu-se uma carência de máquinas e implementos para maioria dos<br />

assentados. Sendo que na maioria das vezes é utilizada a tração animal e o<br />

pagamento de horas maquina para terceiros. Além dos serviços prestados <strong>pe</strong>la<br />

patrulha agrícola do município que muito auxilia às famílias.<br />

A tabela 17 mostra o número de famílias que possuem maquinário e equipamento:<br />

Tabela 17: Infra-estrutura PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

MAQUINAS E EQUIPAMENTOS<br />

Famílias Tratores uso<br />

individual<br />

INFRA-ESTRUTURA PRODUTIVA<br />

Colheitadeira<br />

uso individual<br />

Ordenhadeiras<br />

Resfriadores<br />

imersão uso<br />

individual<br />

Famílias 9 2 22 44<br />

Fonte Pesquisa de Campo. Equi<strong>pe</strong> Técnica COPTEC. N. O. São Miguel das Missões.<br />

O PA possui um salão comunitário que é utilizada para reuniões, cursos de<br />

formação e cultos religiosos entre outros.<br />

No referido PA não existe estrutura de interesse grupal, assim como não há<br />

equipamentos de uso coletivo..<br />

6.5. Sistemas Produtivos<br />

A matriz produtiva do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum é variada. Na produção agrícola no cultivo<br />

de grãos predomina a soja, milho, trigo e feijão. A produção animal abrange a criação<br />

de gado de leite e de corte, feita sobre pastagem nativa e cultivada (aveia, milheto,<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 61<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

brachiaria e tifton). Há ainda a produção em <strong>pe</strong>quena escala de outras culturas como<br />

hortaliças e frutas, e a criação de <strong>pe</strong>quenos animais como aves, suínos e <strong>pe</strong>ixes.<br />

O sistema de cultivo do solo é o convencional, com o revolvimento do solo<br />

para a implantação das lavouras de milho e pastagens e o plantio direto,<br />

principalmente para o cultivo da soja.<br />

A produção leiteira é feita de forma convencional, com implantação de pastagens,<br />

utilização de complementos alimentares, tais como feno e silagem.<br />

Nº<br />

Famílias<br />

Tabela 18: Produção de grãos no assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Produção Vegetal<br />

Cultura Nº família Hectares (total) Produção total ultima safra<br />

sacas 60 kg ou kg/ha<br />

Milho 85 150 5250 sc<br />

Feijão 10 4 40 sc<br />

Soja 80 600 24000 sc<br />

Trigo 20 120 4200 sc<br />

Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />

Tabela 19: Produção animal do assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Produção Animal<br />

Nº total de animais do<br />

rebanho leiteiro<br />

Leite<br />

Nº de animais produzindo<br />

leite<br />

Produção litros dia no<br />

assentamento<br />

80 480 400 360.000<br />

Outros Rebanhos<br />

Ovelhas Suínos Aves Eqüinos Bovinos de corte Animais de<br />

tração<br />

100 0 200 3000 7 800 18<br />

Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />

Foto 3: Ex<strong>pe</strong>rimento de cereais de inverno.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 62<br />

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Inhaca<strong>pe</strong>tum/Nova Es<strong>pe</strong>rança<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />

Foto 4: Criação gado leiteiro no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />

Tabela 20. Consolidado produção do Assentamento Safra 2009-2010<br />

Nº fam. Hectares (total)<br />

Soja Milho<br />

Produção<br />

sacas 60 kg<br />

Nº fam.<br />

Hectares<br />

(total)<br />

Produção<br />

sacas 60 kg<br />

80 600 24000 85 150 5250<br />

Nº fam. Hectares (total)<br />

Feijão Arroz<br />

Produção<br />

sacas 60 kg<br />

Nº fam.<br />

Hectares<br />

(total)<br />

Produção<br />

sacas 60 kg<br />

10 4 40 0 0 0<br />

Nº de<br />

hortas<br />

hortas comerciais pomares comerciais<br />

total em ha Nº pomares<br />

total em<br />

ha<br />

horta<br />

autoconsumo<br />

Nº famílias<br />

pomar<br />

autoconsumo<br />

Nº de<br />

famílias<br />

0 0 0 0 65 65<br />

Outros cultivos comerciais Produção de sementes/mudas<br />

Nº famílias quais<br />

Hectares<br />

(total)<br />

Nº de<br />

famílias<br />

quais as plantas<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 63<br />

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0 0 0<br />

Rebanhos<br />

ovelhas suínos<br />

bovinos<br />

corte<br />

0 0<br />

aves equinos<br />

Nº animais de<br />

tração<br />

0 200 800 3000 7 18<br />

Leite<br />

Nº fam.<br />

Nº total de<br />

animais do<br />

rebanho leiteiro<br />

animais<br />

produzindo<br />

leite<br />

Produção<br />

(L/dia)<br />

80 480 400 360.000<br />

Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />

Canais de comercialização<br />

Na comercialização do leite, alguns produtores utilizam a Coo<strong>pe</strong>rativa do<br />

Assentamento como fonte de comercialização. Em outros casos os produtores<br />

comercializam diretamente com outras empresas.<br />

A comercialização de grãos é realizada através da venda direta as coo<strong>pe</strong>rativas<br />

do Município (Cotrijui) e para outras empresas (Inducalca e Multirrural), além da<br />

comercialização entre os produtores.<br />

Referente a comercialização do produto animal é realizada com o comércio local<br />

e entre produtores.<br />

Renda auferida <strong>pe</strong>las famílias<br />

A renda familiar da maior parte do PA é obtida através da atividade leiteira e da<br />

produção de grãos. Outra forma de renda se refere a produção para o consumo da<br />

família.<br />

Também foi constatado que alguns produtores assentados, além do trabalho no<br />

lote, também realizam atividades não agrícolas fora do PA, com isso gerando uma<br />

renda extra para o sustento da família.<br />

6.6. Serviços de Apoio à Produção<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 64<br />

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O serviço de apoio à produção é desenvolvido <strong>pe</strong>la COPTEC (Coo<strong>pe</strong>rativa de<br />

Prestação de Serviços Técnicos LTDA), através de orientações técnicas (época de<br />

plantio, adubação, manejo e conservação do solo, unidades demonstrativas, etc.), o<br />

qual conta dois profissionais, sendo um Técnico Agrícola e um Técnico Social. A PA<br />

Inhaca<strong>pe</strong>tum, também conta com apoio da patrulha agrícola do município, a qual conta<br />

com três tratores equipados com grade, globe, roçadeira, enciladeira, calcariedeira,<br />

entre outros equipamentos.<br />

A Secretaria da Agricultura, através de uma parceria com o estado, oportuniza o<br />

sistema troca – troca de milho. Também são disponibilizadas às famílias, através da<br />

Secretaria de Agricultura ou COPTEC, fornecimento de mudas frutíferas e alevinos.<br />

O PA conta com o apoio de profissionais do município que atuam na EMATER,<br />

tais como o Técnico Agrícola, Engenheiro Agrônomo e Técnico Social.<br />

Existe um convenio entre o INCRA, FAPEG e a EMBRAPA responsáveis <strong>pe</strong>lo feito<br />

de transferência de tecnologia da EMBRAPA para as famílias assentadas, convênio<br />

este que usa unidades demonstrativas para a capacitação das famílias.<br />

A PA. Inhaca<strong>pe</strong>tum, atualmente conta com o apoio de uma Recente Coo<strong>pe</strong>rativa<br />

dos Assentados que nasceu com o intuito de discutir e organizar a produção dos<br />

assentamentos. Hoje a Coo<strong>pe</strong>rativa está atuando na coleta e comercialização do leite<br />

de parte das famílias.<br />

Foto 5: Orientações técnicas para agricultores.<br />

Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 65<br />

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6.6.1. Programas de crédito e financiamentos<br />

A linha de crédito em que as famílias do PA estão incluídas é a do PRONAF e as<br />

fontes são MDA/INCRA, Banco do Brasil e Sicredi.<br />

no referido PA.<br />

Com relação ao Grau de Endividamento das famílias é em torno de 40%<br />

6.7. Serviços sociais básicos<br />

6.7.1. Educação<br />

O acesso à educação do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum é oferecido em escolas do município e,<br />

também, nos assentamentos visinhos. Na sede do município encontra-se a Escola<br />

Municipal de Ensino Fundamental Júlio Biasi, no distrito de Carovi situa-se a Escola<br />

Estadual de Ensino Médio Macedo Beltrão do Nascimento, no PA Sepé Tiarajú localiza-<br />

se a Escola Estadual de Ensino Fundamental Incompleto Chico Mendes e no PA<br />

Santa Rita encontra-se a Escola Estadual de Ensino Fundamental Roseli Correa<br />

da Silva. As crianças do assentamento são conduzidas às escolas por meio de<br />

transporte municipal gratuito. Em algumas dessas escolas também é oferecido aula<br />

para jovens e adultos (EJA).<br />

Tabela 21: Grau de instrução.<br />

Sem idade Analfabeto 2 grau<br />

escolar<br />

Su<strong>pe</strong>rior 1 grau<br />

incompleto<br />

38 3 12 1 37<br />

Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N.O. São Miguel das Missões.<br />

Gráfico n° 17: Grau de instrução PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 66<br />

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Missões.<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

41%<br />

13%<br />

1%<br />

3%<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 67<br />

42%<br />

Analfabeto<br />

Sem idade escolar<br />

1º Grau imcompleto<br />

2º Grau<br />

Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />

Fonte: Pesquisa de Campo. Equi<strong>pe</strong> Técnica COPTEC N. O. São Miguel das<br />

6.7.2. Saúde e Saneamento<br />

As famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum recebem assistência médica no posto de saúde na<br />

sede do município de Capão do Cipó. Para casos mais graves os pacientes são<br />

encaminhados aos hospitais do município de Santiago ou Santa Maria. Havendo<br />

o transporte dos pacientes, quando necessário. Também contam com um agente de<br />

saúde que faz o acompanhamento às famílias como orientação e <strong>pe</strong>sagem das<br />

crianças.<br />

O município não apresenta uma política de saúde es<strong>pe</strong>cífica para o meio rural.<br />

O acesso ao saneamento no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum é ainda limitado. A água<br />

consumida <strong>pe</strong>las famílias é oriunda de poço artesiano e poço artesanal, porém não<br />

sofre nenhum tipo de tratamento antes do consumo, embora seja aparentemente de<br />

boa qualidade.<br />

No que se refere aos dejetos, à maior parte das casas possui banheiros com<br />

fossas sépticas e sumidouro, sendo que 56% já possui todo processo de saneamento<br />

básico instalado, 35% está em processo de instalação e 9% não possuem tratamento<br />

adequado para os dejetos.<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Os resíduos sólidos inorgânicos (garrafas plásticas, latas, vidros, etc.) em alguns<br />

casos são enterrados ou queimados, como também há famílias que depositam em<br />

valas ou buraco.<br />

rural.<br />

O município não apresenta uma política de saneamento es<strong>pe</strong>cífica para o meio<br />

6.7.3. Cultura e Lazer<br />

No assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum a prática de lazer dos jovens se dá nos campos de<br />

futebol do assentamento ou no ginásio municipal.<br />

Durante o ano as mulheres se reúnem para práticas artesanais e também algumas<br />

práticas de lazer, exemplo jogo de bolão, reuniões dançantes. Isso também ocorre com<br />

o grupo de idosos.<br />

Também são realizados encontros religiosos no salão comunitário ou nas próprias<br />

residências.<br />

O município encontra-se em desenvolvimento, buscando recursos para melhorar<br />

infraestrutura para a <strong>pra</strong>tica de esportes e lazer, com isso beneficiando indiretamente<br />

as famílias do PA.<br />

As famílias deste PA são oriundas de: Nonoai, Ronda Alta, Tenente Portela,<br />

Miraguai, Palmeira das Missões, Cruz Alta, Jóia, Ibirubá, Trindade, Boa Vista do Incra,<br />

Rodeio Bonito, Bom Progresso, Seberi, São José das Missões entre outros municípios.<br />

Sendo seus traços culturais: luso brasileira, alemã, italiana e também proveniente de<br />

famílias numerosas.<br />

Essas famílias trocam conhecimentos e vivências em encontros realizados no<br />

salão comunitário, assim como em suas próprias residências.<br />

6.7.4. Habitação<br />

Por meio de uma <strong>pe</strong>squisa de campo, pode-se constatar que na PA Inhaca<strong>pe</strong>tum<br />

possui 56 (cinquenta e seis) casas de alvenaria, já concluídas, 35 (trinta e cinco) casas<br />

em construção, todas com recursos oriundos do INCRA e Caixa Econômica Federal e 9<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 68<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

(nove) casas de madeira, pois não acessaram os recursos do INCRA por motivos de<br />

irregularidades. O abastecimento de água é por meio de poço artesiano e poço<br />

artesanal, sendo que a distribuição para as residências é feito através de encanamento<br />

com cano pvc e mangueira preta.<br />

A maior parte das casas possui banheiros com fossas sépticas e sumidouro,<br />

havendo em sua maioria o processo de saneamento básico.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 69<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

7.1. Organização Territorial<br />

7. PLANOS<br />

Entendendo território/espaço Assentamento como um local em constante<br />

transformação e exploração por parte do agronegócio é que se pretende contextualizá-<br />

lo nas mais diversas e diferentes formas, ou seja, na área produtiva, política,<br />

econômica, social e cultural sempre é claro entendendo-o como um espaço riquíssimo<br />

e, portanto em constante disputa com o agronegócio.<br />

Pretendemos com este documento apresentar algumas proposta de organização<br />

interna dos Assentamentos e que estas garantam um novo modelo para a agricultura<br />

camponesa e que as mesmas contribuam para uma melhor qualidade de vida das<br />

famílias assentadas e que potencialize o seu desenvolvimento e sua autonomia<br />

econômica e alimentar, passando de um modelo convencional para um modelo<br />

diversificado e baseado nos princípios Agroecológico.<br />

O Assentamento deve ser um espaço onde as famílias possam viver com<br />

dignidade e conforto e que tenham condições para sobreviver e ultrapassar as barreiras<br />

da exclusão. Deve ser um espaço onde exista organização, estruturas adequadas,<br />

moradia, água e saneamento básico para garantir saúde de qualidade, vias e acesso<br />

para escoamento da produção, cultura e lazer, formação para a conscientização e<br />

res<strong>pe</strong>ito à natureza.<br />

7.1.1. Uso da Terra<br />

Potencialidades;<br />

O assentamento está localizado próximo a um moinho colonial em fase de<br />

conclusão, o qual tem como objetivo incentivar a produção no assentamento.<br />

Analisando a rede de drenagem interna do PA Sepé Tiaraju,<br />

observa-se que é formada por vários <strong>pe</strong>quenos cursos d'água o que propicia a<br />

piscicultura no assentamento.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 70<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

A proximidade do assentamento a cidade do Capão do Cipó propicia a<br />

comunidade assentada a vir organizar feiras coloniais onde os assentados além de<br />

expor a produção poderão garantir uma renda a mais alem de agregar maior valor aos<br />

seus produtos.<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança, atualmente conta com o apoio de uma<br />

Recente Coo<strong>pe</strong>rativa dos Assentados que nasceu com o intuito de discutir e organizar a<br />

produção dos assentamentos. Hoje a Coo<strong>pe</strong>rativa está atuando na coleta e<br />

comercialização do leite de parte das famílias assentadas no Município do Capão do<br />

Cipó, sendo que, mais tarde a mesma irá assumir o moinho colonial localizado no PA<br />

Santa Rita.<br />

Outro potencial do assentamento é a bacia leiteira, pois hoje é desta atividade<br />

que os agricultores estão retirando a maior parte de sua renda.<br />

Limitações;<br />

Há carências de máquinas e implementos para a maioria dos assentados.<br />

Sendo utilizados a tração animal e o arrendamento de tratores e implementos,<br />

alem do próprio arrendamento dos lotes. Também existe um grande limitante no<br />

que diz res<strong>pe</strong>ito à adequação a normativa 51¹, pois muitos dos assentados não<br />

possuem estruturas adequadas.<br />

O endividamento por parte da maioria dos assentados dificulta o acesso<br />

aos créditos e com isso os assentados não conseguem se reestruturar.<br />

As florestas do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança encontram-se<br />

impactadas <strong>pe</strong>lo acesso do gado e <strong>pe</strong>lo corte seletivo de árvores nas florestas de<br />

galeria. Em muitos trechos a faixa remanescente ao longo dos cursos d'água é<br />

menor do que aquela definida na legislação<br />

Pode-se observar em vários pontos do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança<br />

terras consideradas impróprias para o uso com lavouras anuais sendo utilizadas para<br />

este fim. Associado a práticas de manejo inadequadas, com o cultivo convencional e o<br />

uso de queimadas, todos esses processos contribuem para a intensificação dos<br />

processos erosivos, e compactação devido o uso intensivo do solo.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 71<br />

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_________________________<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

1. A Instrução Normativa 51 foi criada para melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil. Ela estabelece critérios de higiene, de<br />

manejo sanitário, de armazenamento e transporte do leite.<br />

O uso intensivo do solo ocasiona compactação, erosão e baixa fertilidade.<br />

Outro limitante é o uso expressivo de agrotóxicos tanto nos arredores do<br />

assentamento quanto por parte dos arrendatários das terras de alguns assentados<br />

Condicionantes;<br />

É importante a recu<strong>pe</strong>ração das florestas de galeria com o plantio de<br />

árvores nativas em todas as margens do arroio.<br />

Iniciar um programa de recu<strong>pe</strong>ração dos solos seja com adubação orgânica,<br />

pastagens, reflorestamento, ou plantas recu<strong>pe</strong>radoras.<br />

Sensibilizar e capacitar à comunidade assentada para a transição do modelo de<br />

produção.<br />

7.1.2. Água<br />

Potencialidades;<br />

Existem vários <strong>pe</strong>quenos cursos d’água que deságuam no rio Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />

A água consumida <strong>pe</strong>las famílias é oriunda de um poço artesiano que se<br />

localiza em uma comunidade vizinha ao PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Algumas famílias do PA possuem reservatórios d'água.<br />

Limitações;<br />

A água que hora é consumida <strong>pe</strong>las famílias é oriunda de um poço<br />

artesiano, não sofrendo tratamento antes do consumo, embora seja<br />

aparentemente de boa qualidade.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 72<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Nascentes sem proteção, alguns açudes e bebedouros construídos de<br />

forma irregular.<br />

Des<strong>pe</strong>rdício no consumo da água (torneiras abertas, vazamento nos<br />

encanamentos).<br />

Algumas famílias sofrem com a constante falta de água, devido as residências<br />

localizarem-se em nível mais alto do assentamento a água chega fraca e falta com<br />

freqüência.<br />

Condicionantes<br />

Conscientização para o uso correto da água e tratamento da mesma.<br />

Reflorestamento e florestamento ao redor das nascentes.<br />

Construção de um poço artesiano no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

7.1.3. Vias de Acesso<br />

Potencialidades;<br />

O assentamento esta localizado nas margens da RS 377 possibilitando<br />

um bom acesso ao PA. As estradas internas do assentamento podem ser<br />

consideradas regulares o que possibilita o acesso dos meios de transporte<br />

principalmente no que se referem ao transporte escolar, passageiros, rota do leite e o<br />

escoamento da produção. O acesso às moradias é ruim.<br />

Limitações;<br />

Os acessos aos lotes têm que ser melhorado.<br />

Dificuldade no escoamento da produção.<br />

Condicionantes<br />

As estradas internas do assentamento deverão ter um trabalho <strong>pe</strong>riódico de<br />

manutenção para que <strong>pe</strong>rmaneçam em boas condições de trafegabilidade.<br />

Também deve ter um programa que possibilite melhoria no acesso aos lotes.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 73<br />

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7.1.4. Infra-estrutura<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Potencialidades;<br />

Existe no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança uma Escola Municipal de<br />

Ensino Fundamental Incompleto Chico Mendes que atende crianças de 1° a 4°<br />

série alem de jovens e adultos e uma Igreja.<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança se beneficiará de um moinho colonial em<br />

fase de conclusão o qual está localizado no PA Santa Rita.<br />

moradias.<br />

Limitações;<br />

A sede (pátio) precisa de embelezamento e organização. Bem como as<br />

Falta local para esportes.<br />

Condicionantes<br />

Construção de espaços de lazer e esporte no assentamento e embelezamento<br />

da sede e moradias.<br />

7.1.5.Moradia<br />

Potencialidades;<br />

As famílias regulares no assentamento foram beneficiadas <strong>pe</strong>lo Programa de<br />

Habitação do INCRA, sendo que algumas delas não conseguiram acessar o crédito até<br />

hoje, devido à falta de apresentação do projeto no INCRA. Destas famílias, quinze (15)<br />

foram contempladas com um Programa de Habitação com recurso do INCRA e da<br />

Caixa Econômica Federal, sendo que oito (08) foram reformas e sete (07) casas <strong>nova</strong>s.<br />

Limitações;<br />

O não acesso ao crédito habitação do INCRA, para algumas famílias do PA.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 74<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Condicionantes<br />

Buscar alternativa para viabilizar o acesso destas famílias ao credito habitação.<br />

7.2. Serviços Sociais Básicos<br />

Para este plano pretendemos destacar algumas questões levantadas no<br />

diagnóstico do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança, avaliando a situação social do<br />

mesmo, suas potencialidades, limitações e condicionantes no que diz res<strong>pe</strong>ito à<br />

qualidade de vida, incluindo a garantia de serviços sociais básicos, como a moradia,<br />

escola, lazer cultura e saúde direitos básicos de um ser humano.<br />

Hoje os serviços sociais básicos não atendem plenamente as necessidades das<br />

<strong>pe</strong>ssoas, tão pouco possibilita a participação dos mesmos. Por isso a organização das<br />

famílias exige um <strong>pe</strong>rmanente processo de luta para garantir <strong>nova</strong>s conquistas.<br />

7.2.1. Saúde<br />

Potencialidades;<br />

No que se refere a serviços de saúde, o assentamento é assistido por um agente<br />

de saúde e recebe atendimento no Posto de Saúde da sede do município, que dispõe<br />

de atendimento básico e os demais serviços são encaminhados para municípios<br />

visinhos, quando necessário. Mas as famílias também buscam por alternativas como a<br />

produção de remédios com plantas medicinais, auxiliando na prevenção de algumas<br />

doenças.<br />

Limitações;<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 75<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

No que se refere aos serviços de saúde as famílias dispõem do atendimento<br />

básico em um posto de saúde, mas o município não possui hospital e as consultas<br />

es<strong>pe</strong>cializadas são encaminhadas a outros municípios em casos de internação os<br />

pacientes são encaminhados para o hospital de Santiago e em casos mais graves os<br />

pacientes são encaminhados para hospitais de Santa Maria o que também traz demora<br />

no atendimento, dificultando um processo de prevenção das doenças.<br />

Condicionantes<br />

Formação para a comunidade na área de tratamentos naturais. Bem como, a<br />

construção de uma horta medicinal para que cada família tenha suas ervas medicinais<br />

e que possa manipular seus próprios medicamentos e desta forma solucione problemas<br />

básicos no assentamento.<br />

7.2.2. Educação<br />

Potencialidades;<br />

O acesso à educação do PA Sepé Tiaraju é regular. É oferecido na Escola<br />

Municipal de Ensino Fundamental Incompleto Chico Mendes escola esta que<br />

atende crianças de 1º a 6º serie, além da educação de jovens e adultos (EJA), as<br />

crianças que completam a 6º série continuam seus estudos na Escola Municipal<br />

de Ensino Fundamental Júlio Biasi até completarem o primeiro grau, depois elas<br />

vão para a Escola Estadual de Ensino Médio Macedo Beltrão do Nascimento que é<br />

oferecido no distrito de Carovi, no próprio município de Capão do Cipó.<br />

Limitações;<br />

Difícil acesso a escola de ensino médio a escola mais próxima localiza-se no<br />

distrito de Carovi a 30 Km do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 76<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Condicionantes<br />

Reivindicar a construção de uma escola que atenda o ensino médio a qual se<br />

localize mais próximo do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

7.2.3. Cultura e Lazer<br />

Potencialidades;<br />

O que costuma acontecer no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança são festas em<br />

datas comemorativas organizadas <strong>pe</strong>la escola e a comunidade.<br />

No decorrer do ano as mulheres do assentamento se reúnem para trocar<br />

ex<strong>pe</strong>riências, desenvolvem estudos de temas diversos e para a organização de<br />

oficinas, como exemplo a de artesanato, remédios caseiros e materiais de higiene com<br />

base nas plantas medicinais, além de intercâmbios com outros grupos, onde participam<br />

de feiras artesanais e confraternizações.<br />

Limitações;<br />

No PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança o esporte, lazer e encontros familiares<br />

não são <strong>pra</strong>ticados com regularidade, devido à falta de estrutura para os mesmos.<br />

Condicionantes<br />

Viabilizar a construção de um local para a prática de esporte e lazer.<br />

Iniciar um debate com as famílias sobre trabalho coletivo de embelezamento das<br />

propriedades.<br />

7.3. Sistemas Produtivos<br />

Pretendemos neste plano trazer presente a diversificação da produção das<br />

famílias do assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança a qual foi diagnosticada no<br />

primeiro relatório do Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento e que merece uma<br />

atenção es<strong>pe</strong>cial para ser compreendida dentro de sua importância e complexidade.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 77<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Ultimamente o arrendamento de terras vem se desenvolvendo de forma rápida,<br />

inclusive dentro dos assentamentos, os quais deveriam combater este sistema o qual<br />

vai contra os princípios da reforma agrária. Com todas as consequências negativas<br />

desta prática ainda tem o agronegócio que também vem se desenvolvendo de forma<br />

rápida e agressiva, nas várias esferas produtivas, ambiental e social.<br />

É de estrema necessidade e urgência haver uma mudança ideológica e<br />

desenvolvimento de uma <strong>nova</strong> forma de produção, inclusive desburocratização para o<br />

acesso a investimentos para que com isso reduza a prática dos arrendamentos e desta<br />

forma faça com que as famílias possam produzir para seu auto-sustento e que possam<br />

ter produção para abastecer o mercado local e regional.<br />

No caso es<strong>pe</strong>cifico do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança a prática do<br />

arrendamento tem se dado devido às famílias terem uma grande carência de<br />

implementos agrícolas e maquinários, a maioria dos assentados usa tração animal ou<br />

de maquinários de terceiros para o preparo da terra e plantio.<br />

O assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança apresenta um sistema produtivo<br />

bem diversificado, tanto para comercialização quanto para o próprio consumo. Para que<br />

consigam realizar uma produção de qualidade as famílias contam apoio e assistência<br />

da COPTEC e Secretaria Municipal de Agricultura, além do convênio entre INCRA,<br />

FAPEG, EMBRAPA e o SOMAR. Apoio este que é de extrema importância para o<br />

progresso e desenvolvimento das atividades realizadas no PA.<br />

7.3.1. Linhas Produtivas<br />

Potencialidades;<br />

Possui grande potencial para a produção de leite a pasto, sendo esta a atividade<br />

principal por agregar o maior número de famílias do PA.<br />

Produção de grão, como soja e milho.<br />

Produção para o autoconsumo.<br />

Limitações;<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 78<br />

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maquinários<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Falta de infra-estruturas produtivas. De<strong>pe</strong>ndência de arrendamento de<br />

De<strong>pe</strong>ndência ao crédito.<br />

Pouca informação sobre linhas produtivas<br />

Condicionantes<br />

Potencializar e aprofundar o debate sobre linhas produtivas.<br />

Buscar alternativas para solucionar a questão do endividamento.<br />

7.3.2. Diversificação da Produção e Autoconsumo<br />

Potencialidades;<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança já possui o entendimento e a importância<br />

da diversificação da produção e do seu autoconsumo, sendo que muitos já produzem<br />

desse modo;<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança localiza-se próximo a um Moinho Regional<br />

que receberá a produção de grãos para produção de farinha e demais produtos<br />

derivados de grãos;<br />

Limitações;<br />

Falta de técnicas alternativas para o tratamento das culturas já que as famílias<br />

utilizam os químicos.<br />

Pouca participação das famílias com relação ao moinho regional.<br />

Condicionantes<br />

Proporcionar o conhecimento de <strong>nova</strong>s técnicas que sejam alternativas para a<br />

diversificação e aumento da produção do autoconsumo<br />

Fomentar a participação das famílias nas discussões e gestão do moinho<br />

colonial Regional como ferramenta de renda, produção e consumo das famílias<br />

assentadas.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 79<br />

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famílias.<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

7.3.3. Transição Agroecológica<br />

Potencialidades;<br />

Existem Entidades interessadas em contribuir para a formação e capacitação das<br />

As famílias têm noção da importância da agroecologia.<br />

Limitações;<br />

Pouca formação e capacitação na área da agroecologica.<br />

Falta conscientização das famílias em relação à agraecologia<br />

Condicionantes<br />

Desenvolver atividades de formação e capacitação em agroecologia para as<br />

famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Fazer um trabalho de conscientização das famílias em relação à agroecologia<br />

7.3.7. Coo<strong>pe</strong>ração Agrícola (produção e ou comercialização)<br />

Potencialidades;<br />

A Coo<strong>pe</strong>rativa Regional contribuirá com a comercialização e produção do leite e<br />

outros produtos.<br />

Com a construção do Moinho Regional próximo ao PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova<br />

Es<strong>pe</strong>rança existe a possibilidade de fortalecimento ao comércio de grãos e derivados;<br />

Limitações;<br />

Existe no PA uma descrença das famílias quanto ao trabalho coo<strong>pe</strong>rado.<br />

Pouca participação e interesse das famílias com relação ao moinho e a<br />

coo<strong>pe</strong>rativa Regional.<br />

Condicionantes<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 80<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Fomentar atividades de formação e capacitação sobre a importância do trabalho<br />

coo<strong>pe</strong>rado como uma forma de resistência.<br />

Estimular a participação e reconhecimento do moinho como ferramenta de renda<br />

e produção para consumo das famílias assentadas<br />

7.4. Meio Ambiente<br />

A partir da realização do diagnostico do PRA pode-se <strong>pe</strong>rceber que a maior parte<br />

das famílias do PA compreende a importância da preservação dos recursos naturais,<br />

principalmente no diz res<strong>pe</strong>ito a melhoria das condições de vida.<br />

É importante que as famílias <strong>pe</strong>rcebam que fazem parte do ambiente onde vivem<br />

e que a utilização equilibrada dos recursos naturais influencia na melhoria da qualidade<br />

de vida.<br />

O presente plano deve propiciar ações adequadas ao aproveitamento consciente<br />

dos recursos naturais disponíveis ou a recu<strong>pe</strong>ração de áreas degradadas.<br />

Nos últimos anos, têm se criado várias situações para promover discussões em<br />

torno da preservação ambiental. Bem como na mudança do modelo de produção, o<br />

qual traz impactos graves ao meio ambiente. O contra ponto a esta agricultura é a<br />

agricultura voltada para a agroecologia a qual contribui com a preservação dos<br />

ambientes cada vez mais impactados <strong>pe</strong>la ação do ser humano.<br />

É importante organizar atividades a serem desenvolvidas na área ambiental as<br />

mesmas devem conciliar o res<strong>pe</strong>ito ao ambiente e visar à utilização sustentável dos<br />

recursos ambientais.<br />

É necessário organizar a recu<strong>pe</strong>ração dos ambientes que apresentam<br />

degradação e garantir a conservação dos mesmos, pois é desta forma que se poderá<br />

garantir qualidade de vida às famílias e sustentabilidade ao assentamento.<br />

A ATES deverá assessorar os vários projetos que podem e devem ser<br />

implementados na área ambiental.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 81<br />

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degradadas.<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

7.4.1. Área de Preservação Permanente<br />

Potencialidades;<br />

As famílias têm interesse em desenvolver ações de recu<strong>pe</strong>ração das áreas<br />

Existe a possibilidade de construção de um viveiro regional no qual o PA<br />

Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança será beneficiado.<br />

Limitações;<br />

As famílias não têm conhecimento de quais as ações que podem ou não ser<br />

realizadas nas áreas de APP.<br />

Condicionantes<br />

Realizar atividade de formação e capacitação para as famílias em relação às<br />

áreas de preservação <strong>pe</strong>rmanente como conservá-las e recu<strong>pe</strong>rá-las.<br />

7.4.2. Reserva Legal<br />

Potencialidades;<br />

O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança não possui uma área de reserva legal<br />

demarcada, porém tem disponibilidade em realizar práticas de preservação.<br />

Limitações;<br />

O PA não possui área de reserva legal demarcada<br />

As famílias não têm informação e conhecimento sobre este tipo de área.<br />

Condicionantes<br />

Definir a área de reserva legal do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />

Organizar momentos de formação e informação em relação à reserva legal.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 82<br />

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7.4.3. Saneamento<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Potencialidades;<br />

As famílias possuem conhecimento que os resíduos devem ter uma<br />

destinação correta.<br />

lixo.<br />

As famílias reaproveitam o lixo orgânico para a produção de adubo.<br />

Limitações;<br />

As famílias não têm um local adequado para colocar o lixo seco.<br />

Condicionantes<br />

Realizar atividades de formação e capacitação sobre saneamento e destino do<br />

7.4.4. Educação Ambiental<br />

Potencialidades;<br />

São organizados espaços, momentos de formação a res<strong>pe</strong>ito do tema, devido ao<br />

grande interesse da comunidade em relação às questões ambientais.<br />

Limitações;<br />

Foram desenvolvidas poucas atividades na área ambiental.<br />

Condicionantes<br />

Desenvolver atividades de formação ambiental teórica e prática.<br />

7.5. Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Plano<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 83<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

A organização do assentamento deve ser compreendida <strong>pe</strong>los assentados como<br />

uma ferramenta de resistência ao sistema a elas imposto. As famílias assentadas<br />

devem participar do seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento coletivo do<br />

assentamento. Devem organizar planejar e realizar ações que sejam para beneficio e<br />

desenvolvimento do PA.<br />

As famílias assentadas devem <strong>pe</strong>rceber que o espaço do assentamento é um<br />

espaço que possibilita produzir o seu próprio sustento e a organizar as estruturas<br />

coletivas. Tanto de produção, comercialização, quanto políticas ou sociais são<br />

essenciais para o bom desenvolvimento da comunidade.<br />

Sendo o assentamento uma conquista coletiva o mesmo deve ser <strong>pe</strong>nsado e<br />

gerido de forma coletiva, com grupos de <strong>pe</strong>ssoas responsáveis por cada uma das áreas<br />

de interesse das famílias, sendo ela econômica, produtiva, social ou política, tanto no<br />

planejamento como na execução das atividades planejadas.<br />

7.5.1. Organização Social<br />

Potencialidades;<br />

A coo<strong>pe</strong>rativa e o moinho Regional devem ser usados como ferramentas na<br />

organização social do assentamento.<br />

As famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança têm interesse em formar<br />

grupos de discussão, tanto de produção, quanto social ou política;<br />

discussão.<br />

Limitações;<br />

As famílias ainda encontram muitas dificuldades em criar os grupos de<br />

Condicionantes<br />

Incentivar o trabalho coo<strong>pe</strong>rado, mostrando a importância de se debater<br />

coletivamente o desenvolvimento do assentamento e só assim poder realmente<br />

desenvolvê-lo no âmbito social, econômico, produtivo e político<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 84<br />

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7.5.2. Gestão dos Planos<br />

Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Potencialidades;<br />

A comunidade <strong>pe</strong>rcebeu a necessidade de desenvolver o PA Inhaca<strong>pe</strong>tum -<br />

Nova Es<strong>pe</strong>rança, para que possam ter uma melhor condição de vida;<br />

As famílias assumiram juntamente com a ATES, o compromisso de por em<br />

prática cada uma das atividades propostas<br />

por elas;<br />

Limitações;<br />

Fazer com que as famílias cum<strong>pra</strong>m com as atividades propostas e assumidas<br />

Condicionantes<br />

Organizar e acompanhar atividades a serem desenvolvidas na comunidade,<br />

discutindo com as famílias o compromisso de cada uma.<br />

7.6. Assistência Técnica do Acompanhamento à Implantação do Plano<br />

Um dos principais objetivos da ATES no assentamento é orientar as famílias nas<br />

varias áreas seja social, produtiva ou ambiental. Com relação aos planos e programas a<br />

ATES deve realizar o acompanhamento e execução juntamente com as famílias e a<br />

coordenação do PA.<br />

A ATES no que diz res<strong>pe</strong>ito ao PRA deve contribuir com as famílias no sentido<br />

de orientação não de cobrança, já que a idealização dos planos e programas foi uma<br />

construção coletiva.<br />

Para a concretização do proposto para o PRA - Planos e programas a<br />

Assistência Técnica do PA pode utilizar-se de parcerias das quais contribuam para com<br />

o desenvolvimento e bem estar das famílias assentadas. Entre outras parceiras pode<br />

contar com o trabalho da EMBRAPA, SOMAR, Leite Sul, EMATER, SENAR,<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 85<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Universidade de Santa Maria e secretaria do Meio Ambiente do Município de Capão do<br />

Cipó.<br />

Potencialidades;<br />

No assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança a dinâmica organizativa se da<br />

com a ATES participando e estimulando as reuniões de acompanhamento e avaliação<br />

das ações com alguns núcleos de base e com coordenadores regionais, bem como,<br />

com o moinho e a coo<strong>pe</strong>rativa regional.<br />

Limitações;<br />

Um limite da equi<strong>pe</strong> técnica é o acúmulo de tarefas por parte do contrato com o<br />

INCRA as demandas do assentamento e da região as quais nem sempre tem sido<br />

realizadas com agilidade da qual os assentados es<strong>pe</strong>ram.<br />

Outro limitante são os problemas de organização dos assentados.<br />

Condicionantes<br />

Trabalhar a importância de discutir coletivamente o desenvolvimento do<br />

assentamento.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 86<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

8. PROGRAMAS<br />

8.1. Programa Organização Territorial<br />

Titulo/Tema: Ações que potencializem o Moinho Regional<br />

Justificativa: A instalação do moinho Regional esta sendo concluída<br />

aproximadamente até o mês de maio de 2010 no PA Santa Rita e pretende-se colocá-la<br />

em funcionamento a partir do seu término. A coo<strong>pe</strong>rativa dos assentados do Capão do<br />

Cipó irá assumir a gestão do moinho regional. Acredita-se que o Moinho Regional será<br />

uma ferramenta para agregar valor a produção dos assentamentos, pois o mesmo<br />

industrializará o milho e o trigo produzido <strong>pe</strong>los assentados.<br />

Objetivos:<br />

Que as famílias envolvidas possam produzir matéria prima suficiente para que<br />

se viabilize a estrutura do moinho.<br />

moinho.<br />

Envolver grande parte das famílias no processo de produção e organização do<br />

Ações e atividades:<br />

Desenvolver atividades de discussão e formação para acompanhamento do<br />

projeto, com a participação das famílias assentadas, ATES, SOMAR e EMBRAPA.<br />

Plantio de lavouras de milho e trigo produzindo para fabricação de farinha e<br />

outros derivados;<br />

produção.<br />

Formação das famílias sobre práticas agroecológicas que possam potencializar a<br />

Metas:<br />

Acompanhar o desenvolvimento do projeto e estimular a participação das<br />

famílias, através de reuniões, debates e atividades de formação teórica e prática para a<br />

melhoria da produção e bem estar das famílias assentadas.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 87<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

No ano de 2010 realizar o plantio de 20 ha de trigo. E fomentar para que ao<br />

passar dos anos esta área possa ir aumentando gradativamente.<br />

No corrente ano realizar a discussão para que as famílias produzam 30 ha de<br />

milho, es<strong>pe</strong>cificamente para o moinho e trabalhar para que gradativamente esta área<br />

possa aumentar.<br />

Prazos: 2010 a 2015.<br />

Público responsável: Pela formação ATES, SOMAR e EMBRAPA<br />

Pelo plantio as famílias com o acompanhamento da ATES.<br />

8.2. Programa Social – Serviços básicos<br />

Titulo/Tema: Embelezamento do Assentamento<br />

Justificativa: Devido o descaso com o local onde as famílias vivem surge a<br />

necessidade de elaborar um programa onde estimule o embelezamento do<br />

Assentamento e que este se torne um espaço bonito e de referencia e da mesma<br />

forma seja um estimulo para que cada família se sinta motivada a organizar e<br />

embelezar o seu lote.<br />

Objetivos: Realizar o embelezamento do assentamento para que o mesmo<br />

torne-se um espaço de referencia e que cada família sinta-se motivada a organizar o<br />

espaço do seu lote.<br />

Ações e atividades: Motivação das famílias<br />

Reunião para conscientização da importância do embelezamento no<br />

Assentamento.<br />

Mutirão para realizar o embelezamento do PA.<br />

Metas: Reunião de mobilização das famílias<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 88<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Prazos: Inicio Abril de 2010 Ação continuada<br />

Público responsável: ATES e Coordenação do Assentamento<br />

Titulo/Tema: Saúde e farmácia alternativas.<br />

Justificativa: A criação de um programa sobre saúde PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova<br />

Es<strong>pe</strong>rança se faz necessária á partir da necessidade de melhoria nestes serviços.<br />

Existe dificuldade de acesso a uma saúde de boa qualidade e com baixo custo, com<br />

isso se justifica o desenvolvimento de práticas alternativas para prevenção e tratamento<br />

de doenças.<br />

Objetivos: Conscientizar famílias de que o melhor, em primeiro lugar é a<br />

prevenção das doenças, em caso de necessidade de tratamento, que se busque uma<br />

forma com menor custo, utilizando o conhecimento empírico das famílias com os<br />

tratamentos alternativos, fitoterápicos ou homeopáticos, para desenvolver no próprio<br />

assentamento um espaço onde possam ter medicamentos alternativos de menor custo<br />

e preparados <strong>pe</strong>las próprias famílias.<br />

Ações e atividades: Motivação das famílias.<br />

Oficina sobre plantas medicinais, coleta e uso de cada planta, bem como sobre o<br />

preparo de medicamentos alternativos e como conservá-los;<br />

Construção de um horto medicinal.<br />

Metas: Capacitar famílias na área de medicina alternativa.<br />

Prazos: Capacitação e motivação das famílias maio de 2010.<br />

Oficina de coleta, uso das plantas e prepara de medicamentos alternativos: ao<br />

longo do ano de 2010<br />

Construção do horto 2011.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 89<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Público responsável: ATES e assentados<br />

8.3. Programa Produtivo<br />

Titulo/Tema: Produção de Leite Sustentável.<br />

Justificativa: Devido o alto custo para a produção leiteira este programa visa<br />

estimular a produção a pasto e conjuntamente com ações menos agressivas ao meio<br />

ambiente produzindo de forma menos de<strong>pe</strong>ndentes a produção dos insumos utilizados<br />

no processo produtivo da atividade leiteira<br />

Objetivos: Estimular a produção à base de pasto e com o uso de insumos locais,<br />

para a<strong>pe</strong>rfeiçoar e viabilizar umas das atividades mais importantes dos assentamentos.<br />

Aumentar e melhorar a qualidade do leite nos assentamento.<br />

Ações e atividades:<br />

Realizar oficinas e cursos sobre qualidade do leite, manejo de pastagem,<br />

sanidade animal e implantação do Pastoreio Racional Voisin (piquetes).<br />

Reuniões técnicas e orientações na área da produção leiteira.<br />

As reuniões e oficinas serão construídas junto as famílias camponesas e as<br />

necessidades encontradas nas visitas técnicas.<br />

Metas: Implantação de cinco PRV<br />

Prazos: 2010 a 2015<br />

Público responsável: ATES, Programa Leite Sul, Convênio INCRA FAPEG<br />

EMBRAPA e outras entidades parceiras.<br />

Titulo/Tema: Recu<strong>pe</strong>ração do solo Através da Adubação Verde<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 90<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

Justificativa: A adubação verde é uma forma de recu<strong>pe</strong>ração do solo mais<br />

viável por ser mais barata alem de servir como uma ferramenta no processo de<br />

transição para uma produção com base ecológica. As vantagens da adubação verde é<br />

que ela forma uma cobertura que im<strong>pe</strong>de a erosão e aumento do teor de matéria<br />

orgânica do solo.<br />

Objetivos: Recu<strong>pe</strong>rar os solos degradados, considerando o grau de<br />

endividamento e as condições financeiras dos assentados foram estabelecidas que se<br />

recu<strong>pe</strong>re no mínimo 1ha por ano de cada família do PA.<br />

Ações e atividades: Realizar oficinas, cursos, reuniões técnicas e de formação<br />

para a recu<strong>pe</strong>ração de solos com adubação verde.<br />

Distribuição de sementes EMBRAPA e INCRA.<br />

Metas: recu<strong>pe</strong>rar no mínimo 1ha por ano de cada família do PA.<br />

Prazos: 2010 A 2015<br />

Público responsável: Assentados são responsáveis <strong>pe</strong>lo desenvolvimento da<br />

atividade <strong>pra</strong>tica e a ATES <strong>pe</strong>la formação, orientação e acompanhamento.<br />

8.4. Programa Ambiental<br />

Titulo/Tema: Construção de Um Viveiro Regional.<br />

Justificativa: É necessário organizar a recu<strong>pe</strong>ração dos ambientes que<br />

apresentam degradação, pois é desta forma que se poderá garantir qualidade de vida<br />

às famílias e sustentabilidade ao assentamento.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 91<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

A importância de motivar as famílias no que se refere às questões ambientais<br />

vem sendo de grande relevância, visto que cada vez mais o meio ambiente esta sendo<br />

impactados <strong>pe</strong>la ação do ser humano. É ai então que surge a necessidade de criação<br />

de um programa desenvolvido <strong>pe</strong>los próprios assentados para a preservação e<br />

recu<strong>pe</strong>ração das áreas degradadas<br />

Objetivos: Conscientizar as famílias sobre a preservação das Áreas de<br />

Preservação Permanente e Áreas de Reserva Legal, estimulando a comunidade a<br />

recu<strong>pe</strong>rá-las.<br />

Produzir e efetuar a reposição de mudas em áreas degradadas.<br />

Ações e atividades: Coleta de sementes para produção das mudas;<br />

Definição coletivamente um espaço para o viveiro:<br />

Reposição das mudas nas áreas degradadas<br />

Metas: Plantar 1000 mudas de espécie nativas em todo o PA por ano.<br />

Prazos: 2010 a 2015.<br />

Público responsável: ATES, SOMAR formação e acompanhamento.<br />

As famílias Coleta de sementes, plantio e reposição das mudas.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 92<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

9. PAUTA QUALIFICADA DE REIVINDICAÇÃO<br />

9.1. Recurso para abertura de estradas de acesso aos lotes<br />

Demanda: Abertura de estradas, cascalhamento, colocação de bueiros e<br />

manutenção das estradas<br />

Justificativa: As estradas internas do assentamento são consideradas de boa<br />

qualidade exceto alguns pontos que apresenta qualidade inferior e principalmente o<br />

acesso aos lotes os quais devem ter abertura de estradas para o escoamento da<br />

produção principalmente a de grãos e do leite atividade esta principal dos assentados.<br />

Descrição técnica da reivindicação/demanda:<br />

Abertura reforma de estradas e colocação de bueiros. Considerando<br />

levantamento técnico.<br />

solo.<br />

Entidade responsável: INCRA, Prefeitura e Estado<br />

9.2. Criar uma linha de crédito sem retorno, para correção e recu<strong>pe</strong>ração de<br />

Demanda: Criar uma linha de crédito a fundo <strong>pe</strong>rdido para correção e<br />

recu<strong>pe</strong>ração de solos.<br />

Justificativa: Considerando que o solo já estava degradado e com a criação do<br />

PA esta situação se agravou surge então a necessidade de alternativas que venham<br />

resolver este déficit.<br />

Descrição técnica da reivindicação: recurso para correção da acides e<br />

calagem do solo.<br />

Recursos para fechamento de voçoroca.<br />

Entidade responsável: Prefeitura, INCRA/ MDA e Estado.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 93<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

9.3. Construção de um Ginásio de Esportes Poliesportivo Regional<br />

Demanda Liberação de recursos via MDA ou Ministério dos esportes.<br />

Justificativa A falta de locais para que as famílias possam organizar<br />

confraternizações, torneios, bailes e com isso melhorar as opções de lazer e a<br />

socialização, tanto dos jovens como dos adultos demanda a necessidade de construção<br />

de um ginásio esportivo regional, o qual, também poderá atender as comunidades<br />

vizinhas aos assentamentos e os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental<br />

Roseli Correa da Silva e.<br />

Descrição técnica da reivindicação: Liberação de recursos para construção do<br />

ginásio de esportes<br />

Entidade responsável: INCRA, MDA, Ministério dos Esportes.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 94<br />

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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IBGE. Assistência médica municipal 2005. Malha municipal digital do Brasil: situação<br />

em 2005. Rio de Janeiro, IBGE, 2006. Disponível em: . Acesso em 3<br />

de dezembro de 2009a.<br />

____. Cadastro Central de Empresas 2006. Tabela 1735 - Dados gerais das unidades<br />

locais por faixas de <strong>pe</strong>ssoal ocupado total, segundo seção da classificação de<br />

atividades, em nível Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios,<br />

2006. Disponível em:<br />

http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1735&z=t&o=1&i=P. Acesso em<br />

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____. Censo Agro<strong>pe</strong>cuário 2006. Rio de Janeiro, IBGE, CD-ROM, 2009c.<br />

____. Censo Demográfico 1991. Disponível em: . Acesso em 2 de<br />

dezembro de 2009d.<br />

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dezembro de 2009e.<br />

____. Contagem da populacional 1996. Disponível em: . Acesso<br />

em 2 de dezembro de 2009f.<br />

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____. Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2002/2003. Disponível em:<br />

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____. Produção agrícola municipal 2008. Rio de Janeiro, IBGE, 2009. Disponível em:<br />

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IBGE, 2009. Disponível em: . Acesso em 1 de dezembro de 2009j.<br />

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Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 95<br />

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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />

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e Pesquisas Educacionais. Disponível em . Acesso em 3 de<br />

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de Estudos e Pesquisas Educacionais. Disponível em . Acesso em 3<br />

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INCRA. Relatório ambiental do projeto de assentamento Sepé Tiarajú. Capão do<br />

Cipó/RS. Setembro de 2008.<br />

INCRA. Relatório ambiental do projeto de assentamento Sepé Tiarajú. Capão do<br />

Cipó/RS. Janeiro de 2009.<br />

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MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: . Acesso<br />

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REDESIST. Resumo do município. Disponível em: http://redesist.ie.ufrj.br/. Acesso em<br />

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SUZIGAN, W.; FURTADO, J.; GARCIA, R.; e SAMPAIO, S. E. K. Coeficientes de Gini<br />

locacionais – GL: aplicação à indústria de calçados do Estado de São Paulo. Nova<br />

Economia, Belo Horizonte, v. 13, n. 2, p. 39-60, julho-dezembro de 2003.<br />

Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 96<br />

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