pra pe inhacapetum-nova esperança iii - Coptec
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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO<br />
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA<br />
Su<strong>pe</strong>rintendência Regional do Rio Grande do Sul – SR-11<br />
PRA<br />
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO ASSENTAMENTO<br />
INHACAPETUM-NOVA<br />
ESPERANÇA III<br />
Município de Capão do Cipó, RS.<br />
COPTEC – COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA.<br />
2010<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
SUMARIO<br />
EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................... 5<br />
Núcleo O<strong>pe</strong>racional São Luiz Gonzaga ....................................................................... 5<br />
Núcleo Sede Porto Alegre ........................................................................................... 5<br />
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ 6<br />
LISTA DE GRÁFICOS ..................................................................................................... 7<br />
LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... 7<br />
LISTA DE FOTOS ........................................................................................................... 9<br />
1. APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 10<br />
2. IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................................... 12<br />
2.1. Empreendedor .................................................................................................... 12<br />
2.2. Entidade Responsável ........................................................................................ 12<br />
3. METODOLOGIA ........................................................................................................ 13<br />
3.1. Da COPTEC ....................................................................................................... 13<br />
3.2. Procedimentos metodológicos das equi<strong>pe</strong>s técnicas.......................................... 16<br />
3.2.1. Diagnósticos ................................................................................................. 16<br />
3.2.2. Planos e programas ..................................................................................... 18<br />
4. CARACTERIZAÇÃO DO ASSENTAMENTO ............................................................ 19<br />
4.1. Caracterização geral do imóvel........................................................................... 19<br />
4.1.1. Geral ............................................................................................................ 19<br />
4.1.2. Es<strong>pe</strong>cífica ..................................................................................................... 19<br />
5. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ASSENTAMENTO........................ 20<br />
5.1. Localização e Acesso ......................................................................................... 20<br />
5.2. Características do Meio Natural .......................................................................... 21<br />
5.2.1. Geologia ....................................................................................................... 21<br />
5.2.2. Relevo .......................................................................................................... 21<br />
5.2.3. Rede de Drenagem ...................................................................................... 23<br />
5.2.4. Clima ............................................................................................................ 24<br />
5.2.5. Solos ............................................................................................................ 26<br />
5.2.6. Vegetação .................................................................................................... 27<br />
5.2.7. Fauna ........................................................................................................... 27<br />
5.3. Diagnóstico Sócio econômico do município ........................................................ 28<br />
5.3.1 População ..................................................................................................... 28<br />
5.3.2 Economia ...................................................................................................... 30<br />
5.3.3 Condição do produtor .................................................................................... 36<br />
5.3.4 Saúde ............................................................................................................ 39<br />
5.3.5 Educação ...................................................................................................... 41<br />
5.3.6 Domicílios ...................................................................................................... 44<br />
5.3.7 Políticas públicas ........................................................................................... 46<br />
5.3.8 Indicadores de pobreza e desigualdade ........................................................ 47<br />
6. DIAGNÓSTICO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO ............................................. 48<br />
6.1. Localização e Acesso ao Assentamento. ........................................................... 48<br />
6.2. Condições Biofísicas e Edafoclimáticas do Assentamento ................................ 49<br />
6.2.1. Solos ........................................................................................................... 49<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 2<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
6.2.2. Relevo .......................................................................................................... 51<br />
6.2.3. Recursos Hídricos ........................................................................................ 51<br />
6.2.4. Flora ............................................................................................................. 52<br />
6.2.5. Fauna ........................................................................................................... 53<br />
6.2.6. Uso do Solo e Cobertura Vegetal, ................................................................ 54<br />
6.2.6. Estratificação ambiental dos agroecossistemas ........................................... 54<br />
6.2.7. Capacidade de Uso do Solo ......................................................................... 54<br />
6.2.8. Análise sucinta dos potencias e limitações dos recursos naturais e da<br />
situação ambiental do assentamento ..................................................................... 55<br />
6.3. Situação do Meio Sócio Econômico e Cultural ................................................... 56<br />
6.3.1. História do Assentamento ............................................................................ 56<br />
6.3.2. População do assentamento ........................................................................ 57<br />
6.3.3. Organização Social ...................................................................................... 58<br />
6.4. Infraestrutura Física, Social e Econômica ........................................................... 60<br />
6.5. Sistemas Produtivos ........................................................................................... 61<br />
6.6. Serviços de Apoio à Produção ............................................................................ 64<br />
6.6.1. Programas de crédito e financiamentos ........................................................... 66<br />
6.7. Serviços sociais básicos .................................................................................... 66<br />
6.7.1. Educação ..................................................................................................... 66<br />
6.7.2. Saúde e Saneamento ................................................................................... 67<br />
6.7.3. Cultura e Lazer ............................................................................................. 68<br />
6.7.4. Habitação ..................................................................................................... 68<br />
7. PLANOS .................................................................................................................... 70<br />
7.1. Organização Territorial ....................................................................................... 70<br />
7.1.1. Uso da Terra ................................................................................................ 70<br />
7.1.2. Água ............................................................................................................ 72<br />
7.1.3. Vias de Acesso............................................................................................. 73<br />
7.1.4.Infra-estrutura ................................................................................................ 74<br />
7.1.5.Moradia ......................................................................................................... 74<br />
7.2. Serviços Sociais Básicos .................................................................................... 75<br />
7.2.1. Saúde ........................................................................................................... 75<br />
7.2.2. Educação ..................................................................................................... 76<br />
7.2.3. Cultura e Lazer ............................................................................................. 77<br />
7.3. Sistemas Produtivos ........................................................................................... 77<br />
7.3.1. Linhas Produtivas ......................................................................................... 78<br />
7.3.2. Diversificação da Produção e Autoconsumo ................................................ 79<br />
7.3.3. Transição Agroecológica .............................................................................. 80<br />
7.3.7. Coo<strong>pe</strong>ração Agrícola (produção e ou comercialização) ............................... 80<br />
7.4. Meio Ambiente .................................................................................................... 81<br />
7.4.1. Área de Preservação Permanente ............................................................... 82<br />
7.4.2. Reserva Legal .............................................................................................. 82<br />
7.4.3. Saneamento ................................................................................................. 83<br />
7.4.4. Educação Ambiental .................................................................................... 83<br />
7.5. Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Plano ........................................ 83<br />
7.5.1. Organização Social ...................................................................................... 84<br />
7.5.2. Gestão dos Planos ....................................................................................... 85<br />
7.6. Assistência Técnica do Acompanhamento à Implantação do Plano .................. 85<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 3<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
8. PROGRAMAS ........................................................................................................... 87<br />
8.1. Programa Organização Territorial ....................................................................... 87<br />
8.2. Programa Social – Serviços básicos ................................................................... 88<br />
8.3. Programa Produtivo ............................................................................................ 90<br />
8.4. Programa Ambiental ........................................................................................... 91<br />
9. PAUTA QUALIFICADA DE REIVINDICAÇÃO .......................................................... 93<br />
9.1. Recurso para abertura de estradas de acesso aos lotes .................................... 93<br />
9.2. Criar uma linha de crédito sem retorno, para correção e recu<strong>pe</strong>ração de solo. . 93<br />
9.3. Construção de um Ginásio de Esportes Poliesportivo Regional ......................... 94<br />
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 95<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 4<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
EQUIPE TÉCNICA<br />
Núcleo O<strong>pe</strong>racional São Luiz Gonzaga<br />
Luiz Aldori Corrêa Pedroso - Eng. Agrônomo.<br />
Paula Elizabete Pinto - Pedagoga<br />
Aldoir Ott - Técnico em Agro<strong>pe</strong>cuária<br />
Celso Hences - Técnico Social.<br />
Janavio dos Santos Ferreira- Técnico Agrícola.<br />
Eduardo BesKow - Técnico em Agro<strong>pe</strong>cuária<br />
Cloves M. Ribeiro - Técnico Agrícola<br />
Raqueli A. Oliveira - Técnica Social<br />
Núcleo Sede Porto Alegre<br />
Adalberto Floriano Greco Martins – Eng. Agrônomo – CREA RS 160184.<br />
Luis Alejandro Lasso Gutierrez, M.Sc.. – Eng. Agrônomo.<br />
Rafael Ken Palandi Yanaga – Economista – CRE 3103.<br />
Egon Klamt, PhD. Eng. Agrônomo – Consultor Solos.<br />
Paulo Schneider, M.Sc. Eng. Agrônomo – Consultor Solos.<br />
Themis Alcmena da Silveira Soares – Consultora Geoprocessamento<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 5<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
LISTA DE FIGURAS<br />
Figura 1: Localização do município do Capão do Cipó.<br />
Figura 2: Localização do Projeto de Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança no<br />
município de Capão do Cipó.<br />
Figura 3: Diagrama climático da estação de Santiago (29°11’0’S e 54°53’10’’W) para o<br />
<strong>pe</strong>ríodo de observação 1931-1960.<br />
Figura 4: Gráfico do balanço hídrico climático da estação de Santiago (28°11’0’’S e<br />
54°53’10’’W), onde P é a precipitação, ETP a evapotranspiração potencial e ETR a<br />
evapotranspiração real.<br />
Figura 5: Faixas de altitude em Capão do Cipó.<br />
Figura 6: Faixas de declividade em Capão do Cipó.<br />
Figura 7: Grupos de solos do município de Capão do Cipó, modificado a partir de IBGE<br />
(1986).<br />
Figura 8: Bacias hidrográficas no município de Capão do Cipó.<br />
Figura 9: Faixas de Declividade no PA Sepé Ttiarajú.<br />
Figura 10: Mapa das classes de capacidade de uso das terras do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum -<br />
Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Figura 11: Mapa de recursos hídricos no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Figura 12: Pastagem nativa – PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança touceiras de barba<br />
de bode características destes campos.<br />
Figura 13: Floresta de galeria na margem do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum, P.A. Inhaca<strong>pe</strong>tum -<br />
Nova Es<strong>pe</strong>rança município de Capão do Cipó.<br />
Figura 14: Outra imagem das florestas de galeria do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum, onde a APP deve<br />
ser de 30m de largura .<br />
Figura 15: As florestas no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança restringem-se as<br />
florestas de galeria do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Figura 16: APP de curso d’água afluente do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum. Capão do Cipó.<br />
Figura 17. Mapa de aptidão de uso agrícola dos solos e loteamentos.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 6<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
LISTA DE GRÁFICOS<br />
Gráfico 1: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de Capão<br />
do Cipó em 2000.<br />
Gráfico 2: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de Capão<br />
do Cipó em 2000 (%).<br />
Gráfico 3: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do Rio Grande do Sul<br />
em 2000 (%).<br />
Gráfico 4: Composição do PIB do município em 2006.<br />
Gráfico 5: Condição do produtor, segundo o número de estabelecimentos.<br />
Gráfico 6: Condição do produtor, segundo a área ocupada.<br />
Gráfico 7: Número de estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a condição do<br />
produtor.<br />
Gráfico 8: Área total ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a<br />
condição do produtor.<br />
Gráfico 9: Área média ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a<br />
condição do produtor.<br />
Gráfico 10: Médicos residentes no município de Capão do Cipó para cada mil<br />
habitantes.<br />
Gráfico 11: Número de alunos matriculados em escolas públicas e privadas em 2008.<br />
Gráfico 12: Número de docentes em escolas públicas e privadas em 2008.<br />
Gráfico 13: Relação alunos por professor em escolas públicas e privadas em 2008.<br />
Gráfico 14: Escolas públicas e privadas em 2008.<br />
Gráfico 15: Dados referentes a população do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Gráfico 16: Número de homens e mulheres no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Gráfico 17: Grau de instrução das famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança,<br />
Capão do Cipó.<br />
LISTA DE TABELAS<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 7<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Tabela 1. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes faixas de altitude no município de Capão do<br />
Cipó.<br />
Tabela 2. Su<strong>pe</strong>rfície ocupada <strong>pe</strong>las bacias hidrográficas que interceptam o município de<br />
Capão do Cipó.<br />
Tabela 3. Dados (1931-1960) mensais e anuais de tem<strong>pe</strong>ratura e precipitação de<br />
Estação de Santiago.<br />
Tabela 4. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes classes de solo no município de Capão do<br />
Cipó.<br />
Tabela 5: Pessoal ocupado e coeficiente locacional das seções de classificação de<br />
atividades do município de Capão do Cipó.<br />
Tabela 6: Produção <strong>pe</strong>cuária do município de Capão do Cipó.<br />
Tabela 7: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura <strong>pe</strong>rmanente do<br />
município de Capão do Cipó.<br />
Tabela 8: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura temporária do<br />
município de Capão do Cipó.<br />
Tabela 9: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da extração vegetal e silvicultura<br />
do município de Capão do Cipó.<br />
Tabela 10: Agroindústrias rurais.<br />
Tabela 11: Equipamentos hospitalares no município.<br />
Tabela 12: Estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial.<br />
Tabela 13: Estabelecimentos de saúde com atendimento emergencial.<br />
Tabela 14: Estimativa de consumo de produtos alimentícios para o município de Capão<br />
do Cipó.<br />
Tabela 15: PROGER no município de Capão do Cipó em 2007.<br />
Tabela 16, Quadro guia para avaliação e ma<strong>pe</strong>amento das classes de aptidão de uso<br />
agrícola das terras do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, Capão do Cipó – RS.]<br />
Tabela 17: Infra-estrutura PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Tabela 18: Produção de grãos no assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Tabela 19: Produção animal do assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Tabela 20. Consolidado produção do Assentamento Safra 2009-2010<br />
Tabela 21: Grau de instrução.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 8<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
LISTA DE FOTOS<br />
Foto 1: Área de campo no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Foto 2: Salão comunitário PA.<br />
Foto 3: Ex<strong>pe</strong>rimento<br />
Foto 4: Criação gado leiteiro no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Foto 5: Orientações técnicas à agricultores.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 9<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
1. APRESENTAÇÃO<br />
A Coo<strong>pe</strong>rativa de Prestação de Serviços Técnicos Ltda – COPTEC é uma<br />
sociedade coo<strong>pe</strong>rativa de Prestação de Serviços Técnicos em áreas de Reforma<br />
Agrária, fundada em 1996, com o propósito voltado ao desenvolvimento sustentável dos<br />
assentamentos de reforma agrária existentes no Estado do Rio Grande do Sul.<br />
Ao longo da sua trajetória, a COPTEC, tem suas ações direcionadas ao apoio<br />
aos direitos das famílias assentadas, através da constante assistência técnica<br />
manifesta <strong>pe</strong>la elaboração de projetos de desenvolvimento sustentável, participando<br />
entre 1997 a 2000 do Programa de Assistência Técnica LUMIAR.<br />
Entre os anos de 1999 a 2002, participou de convênio estabelecido com o<br />
Governo Estadual do Rio Grande do Sul, dando seguimento ao trabalho técnico. As<br />
atividades continuaram com apoio do INCRA através de convênio até outubro de 2008.<br />
Dentre os trabalhos que realiza, deve-se destacar o acompanhamento intensivo<br />
e a orientação aos núcleos de famílias. A elaboração de diagnósticos e projetos por<br />
meio do trabalho de assistência técnica e extensão rural das famílias assentadas no<br />
processo de reforma agrária, valendo-se sempre de metodologias participativas, com<br />
destaque para o Método de Validação Progressiva. MVP.<br />
A elaboração de programas de formação dos agricultores assentados<br />
proporciona a apropriação do conhecimento, resgate e sistematização das ex<strong>pe</strong>riências<br />
próprias dos camponeses. O objetivo é integrar diferentes Instituições para atuar nas<br />
áreas de assentamento.<br />
Ainda, a COPTEC elabora e acompanha a execução de convênios ou de<br />
projetos de crédito que envolva as famílias beneficiadas, segundo o encaminhamento<br />
das entidades com<strong>pe</strong>tentes. Estes visam à melhoria e o aumento da produtividade e da<br />
produção e sempre contemplam as condições climáticas de cada região do Estado,<br />
mediante linhas de produção saudáveis e res<strong>pe</strong>itosas com o meio ambiente.<br />
Deste modo, o que se busca na essência de suas ações técnicas é que estas se<br />
pautem em formatos tecnológicos ambientalmente estáveis, economicamente viáveis e<br />
socialmente justos.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 10<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
A COPTEC, dentre de suas atribuições de oferecer serviço de assistência<br />
técnica, social e ambiental às famílias assentadas, participou em dezembro de 2008 da<br />
licitação pública do INCRA, estabelecendo contrato a partir de 15 de janeiro de 2009,<br />
para entre outras atividades, elaborar 15 Planos de Desenvolvimento do Assentamento<br />
e 122 Planos de Recu<strong>pe</strong>ração dos Assentamentos, distribuídos em 8 núcleos<br />
o<strong>pe</strong>racionais da ATES (Tupanciretã; Nova Santa Rita; Eldorado do Sul; Santana do<br />
Livramento; Candiota; Pinheiro Machado; São Luiz Gonzaga e São Miguel das<br />
Missões).<br />
É com satisfação que apresentamos este relatório, como produto do esforço<br />
conjunto das equi<strong>pe</strong>s técnicas e das famílias assentadas, em vistas da constituição de<br />
planos que apontem o real desenvolvimento sustentável dos assentamentos de reforma<br />
agrária no Estado do Rio Grande do Sul.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 11<br />
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2.1. Empreendedor<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
2. IDENTIFICAÇÃO<br />
Razão social: Ministério do Desenvolvimento Agrário – Instituto de Colonização e<br />
Reforma Agrária – INCRA/RS<br />
CNPJ: 00375972001302<br />
Endereço: Avenida José Loureiro da Silva 515, 4 andar CEP: 90010-420 Porto<br />
Alegre/RS.<br />
Telefone: (51) 3284 3415<br />
Representante legal: Mozar Artur Dietrich – Su<strong>pe</strong>rintendente Regional<br />
2.2. Entidade Responsável<br />
Razão social: COPTEC – COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS<br />
TÉCNICOS LTDA.<br />
Inscrição no CNPJ: 01.440.209/0001 – 39<br />
Endereço, Telefone, Fax, e.mail: Dr. Lourenço Zácaro 1078, Sala 2 CEP 92.480-000.<br />
Nova Sepé Tiarajú/RS. Fone/Fax: (051) 3221-9348 e-mail: coptec@coptec.org.br ou<br />
coptecnonsr@yahoo.com.br<br />
Representante legal: Mauro Cibulscki. Presidente da COPTEC<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 12<br />
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3.1. Da COPTEC<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
3. METODOLOGIA<br />
A COPTEC está dividida em oito núcleos o<strong>pe</strong>racionais no Estado do Rio Grande<br />
do Sul, além de contar com um núcleo de coordenação central que cumpre a função de<br />
orientar as equi<strong>pe</strong>s técnicas na consolidação de um processo homogêneo de<br />
elaboração dos PDA e PRA nos assentamentos de Reforma Agrária.<br />
O planejamento de um assentamento da Reforma Agrária é um processo<br />
<strong>pe</strong>rmanente de levantamento e análise de informações referentes tanto ao cenário<br />
interno, suas potencialidades, limitações e condicionantes, quanto ao externo,<br />
ambiental e sócio-econômico, numa <strong>pe</strong>rs<strong>pe</strong>ctiva dinâmica e pros<strong>pe</strong>ctiva que <strong>pe</strong>rmita<br />
traçar um caminho, ou vários, para atingir os anseios, metas e objetivos desejados<br />
<strong>pe</strong>los assentados.<br />
O presente documento é composto por duas partes distintas, diagnóstico e<br />
planejamento. Inicialmente foi elaborado um diagnóstico ambiental e sócio-econômico<br />
da área de entorno do assentamento, mais es<strong>pe</strong>cificamente do município em que o<br />
assentamento está localizado, e um diagnóstico ambiental e sócio-econômico do<br />
próprio assentamento. Após a elaboração dos diagnósticos eles foram apresentados às<br />
famílias para a validação e complementação das informações, mas, principalmente para<br />
o empoderamento destas informações <strong>pe</strong>los assentados e para subsidiar a elaboração<br />
participativa do planejamento.<br />
Para elaboração dos diagnósticos ambientais tanto do entorno do assentamento,<br />
quanto dos próprios assentamentos, foram utilizados os relatórios ambientais<br />
elaborados <strong>pe</strong>la Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) contratada <strong>pe</strong>lo<br />
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em assentamentos<br />
federais, e os relatórios ambientais elaborados <strong>pe</strong>lo Gabinete de Reforma Agrária e<br />
Coo<strong>pe</strong>rativismo (GRAC), em assentamentos estaduais e as Licenças de Instalação e<br />
O<strong>pe</strong>ração (LIOs) dos assentamentos que já às obtiveram. Como alguns assentamentos<br />
não possuíam relatórios ambientais a COPTEC consolidou uma equi<strong>pe</strong> de es<strong>pe</strong>cialistas<br />
para elaborá-los. Essa equi<strong>pe</strong> fora formada <strong>pe</strong>los engenheiros agrônomos Egon Klamt<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 13<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
e Paulo Schneider e <strong>pe</strong>la consultora em geoprocessamento Themis Alcmena da<br />
Silveira Soares. Esta equi<strong>pe</strong> contou com a colaboração dos técnicos da COPTEC em<br />
suas visitas a campo e com a equi<strong>pe</strong> de coordenação dos PDAs e PRAs do Núcleo<br />
O<strong>pe</strong>racional de Porto Alegre da COPTEC.<br />
Nos casos em que já existia relatório ambiental a elaboração do diagnóstico<br />
ambiental, do entorno e do assentamento, consistiu em reunir e abreviar as<br />
informações constantes nestes documentos para que os técnicos se apropriassem das<br />
informações ambientais e fisiográficas e assim pudessem apresentá-las às famílias de<br />
forma compreensível. Onde foi necessário construir os relatórios ambientais o trabalho<br />
se deu primeiramente em escritório. Foi realizada a análise e organização das<br />
informações da bibliografia es<strong>pe</strong>cializada e análise estereoscópica de fotos aéreas, ou<br />
de satélite, dos mapas dos assentamentos para identificar as classes de capacidade de<br />
uso dos solos. Após foram realizadas visitas de campo para realizar a checagem das<br />
informações trabalhadas em escritório e levantamento de outras informações, tais como<br />
recursos hídricos, fauna e flora.<br />
O diagnóstico sócio-econômico do entorno do assentamento foi elaborado <strong>pe</strong>lo<br />
Núcleo Sede de Porto Alegre a partir de bases estatísticas de institutos de <strong>pe</strong>squisa,<br />
principalmente de publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e<br />
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), informações disponibilizadas por<br />
ministérios e prefeituras, além disso, contou com o conhecimento dos próprios técnicos<br />
dos res<strong>pe</strong>ctivos Núcleos O<strong>pe</strong>racionais sobre o histórico e atividades econômicas nos<br />
municípios. Estas informações, que abrangem um amplo leque de temas como<br />
população, economia, condições do produtor no campo, serviços sociais básicos,<br />
políticas públicas e indicadores de pobreza e desigualdade, têm como finalidade<br />
informar as famílias, os técnicos e demais leitores sobre as condições do cenário sócio-<br />
econômico no qual os assentamentos estão inseridos.<br />
O diagnóstico sócio-econômico do assentamento foi elaborado <strong>pe</strong>los técnicos de<br />
cada Núcleo O<strong>pe</strong>racional baseado em um roteiro sugerido <strong>pe</strong>lo INCRA. Além do roteiro,<br />
o INCRA solicitou que fossem preenchidas as “Planilhas Síntese”. Estas planilhas<br />
consistiram em um conjunto de informações sócio-econômicas de cada assentamento<br />
abrangendo dados da população, serviços sociais básicos, infra-estruturas, organização<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 14<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
social, sistemas produtivos, habitação e crédito. Para qualificar a metodologia de<br />
levantamento das informações sócio-econômicas a COPTEC realizou atividades de<br />
formação em “Sistemas Agrários”, para a tipificação dos sistemas produtivos,<br />
<strong>pe</strong>rmitindo assim uma melhor compreensão das formas de se produzir e de uso do<br />
espaço nos assentamentos, ministrada <strong>pe</strong>lo médico veterinário Elenar Ferreira. Uma<br />
oficina foi realizada no assentamento Integração Gaúcha em Eldorado do Sul entre os<br />
dias 8 e 10 de julho de 2009. A segunda oficina aconteceu no assentamento Everton<br />
Pereira em Bossoroca entre os dias 21 e 23 de setembro de 2009. As equi<strong>pe</strong>s técnicas<br />
tiveram autonomia para decidir a forma de fazer o levantamento das informações, com<br />
as famílias durante as visitas técnicas, ou em assembléias e reuniões, ou junto às<br />
coordenações dos assentamentos.<br />
Elaborados os diagnósticos ambientais e sócio-econômicos dos municípios e dos<br />
assentamentos, eles foram apresentados às famílias para que estas se apropriassem<br />
das informações do meio em que vivem e assim começassem a apontar os problemas,<br />
os anseios e os recursos dos assentamentos.<br />
Para construção dos Planos e Programas as equi<strong>pe</strong>s técnicas da COPTEC<br />
participaram de uma atividade de formação em metodologia de planejamento com o<br />
engenheiro agrônomo Horácio Martins de Carvalho, no assentamento Sepé Tiarajú em<br />
Viamão nos dias 2 e 3 de outubro de 2009.<br />
Definiu-se que os Planos teriam um caráter estratégico (longo <strong>pra</strong>zo) e que<br />
deveriam ser explicitadas as Potencialidades, Limitações e Condicionantes dentro de<br />
cada eixo proposto <strong>pe</strong>lo INCRA (Organização Territorial; Serviços Sociais Básicos;<br />
Sistemas Produtivos; Meio Ambiente; Desenvolvimento Organizacional e Gestão do<br />
Plano; e Assistência Técnica). Os Programas, de caráter tático (médio <strong>pra</strong>zo), seriam<br />
elaborados a partir do que as famílias se dispusessem a realizar, ou na forma de um<br />
planejamento das ações de assistência técnica. Também ficou definido que no caso de<br />
haver anseios que estivessem fora do controle das famílias (construção de estradas,<br />
instalação de redes de energia elétrica, demarcação de áreas, construção de escolas,<br />
etc.) seriam construídos programas que descrevessem as demandas, mas que<br />
apontassem os órgãos responsáveis. Esses programas foram chamados de Pauta<br />
Qualificada de Reivindicação.<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
As informações obtidas neste longo trabalho, foram divididas em três momentos.<br />
Foi entregue um primeiro relatório com o diagnóstico (área de influência e do<br />
assentamento). O segundo relatório continha os planos e programas e o terceiro,<br />
denominado de relatório final, que reuniu os dois primeiros com as devidas correções<br />
sugeridas <strong>pe</strong>la entidade empreendedora (Incra), acrescidos do mapa de ocupação<br />
territorial, denominado aqui de Mapa Pôster.<br />
Além do presente documento cada PDA ou PRA é acompanhado de sua Planilha<br />
Síntese e de um Mapa Pôster que contêm o mapa do assentamento com o loteamento<br />
e as classes de capacidade de uso dos solos com descrição e indicações de uso, além<br />
do georreferenciamento das habitações e estruturas físicas do assentamento.<br />
3.2. Procedimentos metodológicos das equi<strong>pe</strong>s técnicas<br />
3.2.1. Diagnósticos<br />
Sensibilização<br />
Em geral as equi<strong>pe</strong>s técnicas dos diferentes Núcleos O<strong>pe</strong>racionais da COPTEC<br />
aproveitaram as reuniões Bimestrais nos assentamentos, pactuadas nas metas do<br />
contrato de prestação de serviço, para realizar a tarefa de sensibilização das famílias<br />
para o processo dos Planos de Desenvolvimento/Recu<strong>pe</strong>ração dos Assentamentos<br />
(PDAs/PRAs).<br />
A sensibilização consistiu em reuniões com as coordenações ou assembléias,<br />
onde foram apresentados os objetivos dos PDAs/PRAs, o método de trabalho e os<br />
resultados es<strong>pe</strong>rados. Em alguns casos (Núcleos O<strong>pe</strong>racionais Nova Sepé Tiarajú e<br />
Eldorado do Sul) foram constituídas coordenações internas para conduzir o processo. A<br />
mobilização para essas reuniões ocorreu através de articulação com as lideranças<br />
internas dos assentamentos, visitas dos técnicos às famílias e, no caso do Núcleo<br />
O<strong>pe</strong>racional Candiota, <strong>pe</strong>la Rádio Comunitária.<br />
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Coleta de dados primários<br />
Os primeiros levantamentos de dados primários foram realizados através de<br />
reuniões nas coordenações e em assembléias, nas quais as informações eram<br />
coletadas com os assentados presentes. Nestas reuniões algumas equi<strong>pe</strong>s técnicas<br />
buscaram identificar os sistemas produtivos e tipologias de sistemas produtivos em<br />
unidades de produção (lotes).<br />
As equi<strong>pe</strong>s técnicas de São Miguel das Missões e São Luiz Gonzaga utilizaram<br />
questionários previamente formulados para orientar as entrevistas. O Núcleo<br />
O<strong>pe</strong>racional Santana do Livramento adotou dinâmicas dividindo os presentes em dois<br />
grupos, um que montou as informações estruturais do assentamento e outro que<br />
levantou os sistemas produtivos existentes. No Núcleo O<strong>pe</strong>racional Nova Sepé Tiarajú,<br />
em alguns assentamentos foram definidos grupos compostos por lideranças e jovens<br />
para realizar as coletas de dados. Os Núcleos Nova Sepé Tiarajú, Pinheiro Machado e<br />
São Miguel das Missões vários assentamentos realizaram, também, reuniões nos<br />
grupos, bolsões e núcleos de base para aprofundar o debate e o levantamento das<br />
informações. Os Núcleos Tupanciretã, Candiota, Santana do Livramento e Eldorado do<br />
Sul realizaram, após as reuniões e assembléias, visitas aos “agricultores tipo” 1 para<br />
qualificar as informações dos sistemas produtivos.<br />
Organização de dados secundários<br />
Além da organização dos dados secundários com base nos materiais fornecidos<br />
<strong>pe</strong>lo INCRA e <strong>pe</strong>lo Departamento de Desenvolvimento Agrário da Secretaria de<br />
Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio do Rio Grande do Sul (DDA-SEAPPA), dos<br />
dados disponíveis em sites da internet, as equi<strong>pe</strong>s realizaram visitas às prefeituras e<br />
outros órgãos públicos para qualificar esses dados.<br />
1 Refere-se à metodologia de “Sistemas Agrários” que procura “tipificar” os agricultores, ou seja,<br />
identificar as unidades de produção que seriam modelos representativos dos sistemas produtivos dos<br />
assentamentos.<br />
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Validação dos diagnósticos<br />
A validação dos diagnósticos foi realizado junto às famílias em reuniões das<br />
coordenações e em assembléias. Além da apresentação e debate em torno do<br />
diagnóstico, em muitos casos foram elencadas as principais demandas internas para<br />
dar início à confecção dos Planos e Programas e Pautas Qualificadas de Reivindicação.<br />
3.2.2. Planos e programas<br />
Houve rodadas de reuniões com as coordenações dos assentamentos,<br />
assembléias e diálogos com lideranças para elaborar os Planos e Programas. Nestas<br />
reuniões o debate iniciava do que havia sido discutido na Validação do Diagnóstico, ou<br />
de uma síntese do diagnóstico construído. A partir desta apresentação refletiu-se sobre<br />
os Eixos de Trabalho (Planos) e sobre as demandas (Pauta Qualificada de<br />
Reivindicação). Em alguns casos foram elaborados Programas nestas mesmas<br />
reuniões.<br />
Em sua maioria, as equi<strong>pe</strong>s técnicas elaboraram propostas de Programas e em<br />
<strong>nova</strong>s reuniões dialogaram com as coordenações, lideranças, grupos de produção e/ou<br />
assentados reunidos em assembléias sobre os tópicos dos Programas (ações e<br />
atividades, <strong>pra</strong>zos e responsáveis). O Núcleo de Santana do Livramento trabalhou com<br />
a metodologia da Matriz Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (FOFA), em<br />
reuniões com as coordenações.<br />
Após a formulação deste relatório final, as equi<strong>pe</strong>s técnicas foram a campo,<br />
como meta pactuada no contrato de prestação de serviço, para avaliar e ajustar os<br />
planos e programas estabelecidos.<br />
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4. CARACTERIZAÇÃO DO ASSENTAMENTO<br />
4.1. Caracterização geral do imóvel<br />
4.1.1. Geral<br />
• Denominação do imóvel: Projeto de Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum / Nova<br />
Es<strong>pe</strong>rança III.<br />
• Data da criação: 2001.<br />
• Código SIPRA: RS1128000.<br />
4.1.2. Es<strong>pe</strong>cífica<br />
• Área total do projeto: 1837,85 hectares.<br />
• Número de famílias assentadas: 100 famílias.<br />
• Área média dos lotes: 17,65 hectares.<br />
• Município: Capão do Cipó / RS (figuras 1)<br />
• Zoneamento agroecológico: região 8, preferencial para cultivo de soja, trigo,<br />
milho, sorgo, mandioca, feijão, cana, alfafa (set. a dez.), frutífera (pêssego, bergamota,<br />
limão, laranja, videiras), forrageiras de clima tem<strong>pe</strong>rado, etc.<br />
• Áreas de preservação <strong>pe</strong>rmanente: 263 ha.<br />
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5. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO ASSENTAMENTO<br />
5.1. Localização e Acesso<br />
O Município de Capão do Cipó, segundo dados do Relatório Ambiental do<br />
Assentamento Sepé tearajú (INCRA, 2009), localiza-se na mesorregião Centro<br />
Ocidental Rio-grandense, <strong>pe</strong>rtencendo à microrregião Santiago e ao Corede Vale do<br />
Jaguarí (SCP/RS, 2005). Na divisão fisiográfica do Estado, enquadra-se na região<br />
Missões. A principal via de acesso pavimentada ao município é a RS 377 (Figura 1).<br />
do Sul<br />
Figura 1. Localização do município de Capão do Cipó no estado do Rio Grande<br />
Segundo levantamento do Relatório Ambiental, o município de Capão do Cipó<br />
abrange em seu território quatro Projetos de Assentamento. A presença de vários<br />
outros projetos de assentamentos concentrados em municípios formam um conjunto<br />
que possibilita a organização coletiva dos beneficiários da reforma agrária e pode<br />
facilitar o atendimento por parte do INCRA e Estado.<br />
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5.2. Características do Meio Natural<br />
5.2.1. Geologia<br />
Segundo relatório ambiental dos assentamentos Sepé Tiarajú e Sepé Tearajú<br />
(INCRA, 2009), o município de Capão do Cipó encontra-se no Domínio Morfoestrutural<br />
das Bacias e Coberturas Sedimentares, seu território localiza-se entre as regiões<br />
geomorfológicas Planalto das Missões e Planalto da Campanha.<br />
As formas do relevo são bastante homogêneas de modo geral, colinas suaves,<br />
bem arredondadas, a maioria esculpidas em rochas vulcânicas básicas e poucas em<br />
rochas sedimentares. Trata-se de uma área com altitudes entre 200 e 500m<br />
aproximadamente, cujas cotas decrescem em direção ao Rio Uruguai. Estas formas de<br />
relevo homogêneas e suaves, os solos profundos, representados por Latossolos e<br />
Terras Roxas Estruturadas, favoreceram a atividade agrícola.<br />
A região geomorfológica do Planalto da Campanha localiza-se na porção<br />
oeste e sul do Domínio Morfoestrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares, limita-<br />
se a nordeste <strong>pe</strong>lo Planalto das Missões e a leste <strong>pe</strong>lo Planalto das Araucárias e <strong>pe</strong>la<br />
Depressão Central Gaúcha. A principal característica desta região geomorfológica é a<br />
formação de depósitos aluvionares nas planícies de inundação, terraços e depósitos da<br />
calha da rede fluvial formados por areia, cascalhos e argilas.<br />
A área do município sobre o Planalto da Campanha é classificada como Área<br />
Transicional Setentrional. A intercalação de áreas com características desta região<br />
geomorfológicas com o Planalto das Missões confere caráter de transição a este setor,<br />
onde predominam formas de relevo planar, referente às su<strong>pe</strong>rfícies de<br />
aplanamento. Nas áreas do município <strong>pe</strong>rtencentes à região geomorfológica<br />
Planaltos das Missões predominam colinas alongadas e <strong>pe</strong>quenos desníveis entre topo<br />
e vale.<br />
5.2.2. Relevo<br />
O relevo de Capão do Cipó varia de plano a levemente ondulado, o que é<br />
característico da homogeneidade das Regiões Geomorfológicas Planalto das Missões e<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 21<br />
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Planalto da Campanha. As altitudes no município variam de aproximadamente 150 m<br />
até cerca de 400 m, com declividades acentuadas ao sul do município.<br />
Note-se que a maior parte do município tem altitudes entre 300 e 350 m<br />
(aproximadamente 33,56% do território) e declividades inferiores a 5%<br />
(aproximadamente 49,14% do território). As áreas mais elevadas situam-se ao sul do<br />
município.<br />
Figura 2. Faixas de altitude em Capão do Cipó.<br />
Fonte: INCRA, 2009.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 22<br />
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Tabela 1. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes faixas de altitude no município de<br />
Capão do Cipó.<br />
Faixa de altitude Área (ha) Área (%)<br />
150 a 200 m 2.282,58 2,31<br />
200 a 250 m 13.380,39 13,55<br />
250 a 300 m 23.641,47 23,95<br />
300 a 350 m 33.125,76 33,56<br />
350 a 400 m 24.880,77 25,20<br />
> 400 m 1.405,35 1,42<br />
Total 98.716,32 100,00<br />
Fonte: INCRA, 2008<br />
5.2.3. Rede de Drenagem<br />
Segundo o Relatório Ambiental do Assentamento Sepé Tiarajú, a rede de<br />
drenagem do município de Capão do Cipó apresenta um padrão predominantemente<br />
dendrítico a subdendrítico, distribuído em duas bacias hidrográficas: a do Rio Ibicuí e a<br />
dos Rios Butuí - Piratinim-Icamaquã, <strong>pe</strong>rtencentes à Região Hidrográfica do Uruguai, de<br />
acordo com o Departamento de Recursos Hídricos (DRH) do Estado do Rio Grande do<br />
Sul. A mostra a rede de drenagem su<strong>pe</strong>rficial no município de Capão do Cipó, com<br />
base nas cartas topográficas em escala 1:250.000 da região. A su<strong>pe</strong>rfície do município<br />
distribuída nas bacias citadas acima está relacionada na Tabela 2, em que se pode<br />
constatar que a maior área <strong>pe</strong>rtence à bacia dos Rios Butuí - Piratinim - Icamaquã<br />
(81,82% do município).<br />
Tabela 2. Su<strong>pe</strong>rfície ocupada <strong>pe</strong>las bacias hidrográficas que interceptam o<br />
município de Capão do Cipó.<br />
Bacia hidrográfica Área (ha) Área (%)<br />
Bacia do Rio Ibicuí 17.951,22 18,18<br />
Bacia dos Rios Butuí-Piratinim-Icamaquã 80.765,10 81,82<br />
Total 98.716,32 100,00<br />
Fonte: INCRA, 2008<br />
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Figura 3. Bacias hidrográficas no município de Capão do Cipó.<br />
Fonte: INCRA, 2009.<br />
5.2.4. Clima<br />
O município de Capão do Cipó encontra-se no paralelo 29° S, e está a cerca de<br />
415 km do Oceano Atlântico. Esta posição geográfica, associada a um relevo<br />
levemente ondulado, proporciona uma homogeneidade na distribuição da<br />
maioria dos elementos climáticos no município.<br />
A estação de Santiago registra uma tem<strong>pe</strong>ratura média anual de 16,1°C,<br />
tendo em janeiro, seu mês mais quente, com tem<strong>pe</strong>ratura média de 22,1 O C, e em<br />
julho seu mês mais frio, com tem<strong>pe</strong>ratura média de 11,3°C.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 24<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
A precipitação total anual é de 1.533 mm, não havendo grandes<br />
diferenças de distribuição entre as estações do ano. Não há diferença entre as<br />
estações de verão e inverno. O mês que registra a maior precipitação é maio, com<br />
156 mm e o de menor precipitação é novembro, com 98 mm.<br />
Tabela 3. Dados (1931-1960) mensais e anuais de tem<strong>pe</strong>ratura e precipitação de<br />
Estação de Santiago.<br />
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano<br />
Tem<strong>pe</strong>ratura<br />
Média (° C)<br />
Precipitação<br />
22,1 21,9 20,6 17,3 14,4 12,2 11,3 11,9 13,3 15,7 17,9 20,5 16,1<br />
(mm) 129 119 118 151 156 143 114 101 144 150 98 110 1.533<br />
Fonte: INCRA, 2009.<br />
Esse tipo climático é característico das regiões de menor altitude do estado,<br />
evidenciando condições subtropicais, com verões quentes de tem<strong>pe</strong>raturas médias<br />
su<strong>pe</strong>riores a 22°C, invernos amenos de tem<strong>pe</strong>ratura su<strong>pe</strong>rior a -3°C e<br />
distribuição uniforme de precipitação ao longo do ano.<br />
O comportamento da precipitação em Capão do Cipó garante disponibilidade<br />
regular de água no solo para as plantas, em es<strong>pe</strong>cial nos meses mais quentes.<br />
O zoneamento agrícola (SAA/RS, 1994. Apud INCRA 2009) aponta como<br />
culturas preferenciais para o município de Capão do Cipó: alfafa, arroz irrigado,<br />
citrus (laranja e bergamota), fumo, milho, soja, sorgo e trigo. As culturas toleradas<br />
incluem os citrus (limões), mandioca, <strong>pe</strong>ssegueiro (parte do município),<br />
sorgo (parte do município), soja (parte do município), cana-de-açucar<br />
(recomendado somente para a produção de álcool), forrageiras de clima<br />
tem<strong>pe</strong>rado (aveia, azevém, centeio, corníchão, trevo, etc) e forrageiras de<br />
clima tropical e subtropical (capim rhodes, feijão miúdo, pangola, panicum<br />
maximum, paspalum dilatatum, milhetos, etc). O município é considerado<br />
marginal para as culturas de batatinha (setembro e fevereiro), <strong>pe</strong>ssegueiro<br />
(parte do município), alho e cebola, feijão e fumo (parte do município) e inapto<br />
para as culturas de abacaxi, banana, videira americana, videira européia e<br />
maçã.<br />
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5.2.5. Solos<br />
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Neste item são apresentadas as principais classes de solos que ocorrem<br />
no Município de Capão do Cipó com base nos estudos disponíveis no Estado até o<br />
presente: "Levantamento de Reconhecimento dos Solos do Rio Grande do Sul"<br />
(Ministério da Agricultura, 1973 Apud INCRA 2009).<br />
A Figura 4 mostra os grupos de unidades de ma<strong>pe</strong>amento de solos ocorrentes<br />
no município de Capão do Cipó e a Tabela 2 lista a área ocupada por cada<br />
tipo de solo no território do município. Analisando-se esses dados verifica-se que a<br />
maior parte do município é constituída de Latossolos (82,15% do território) e com<br />
menor expressão, encontram-se ainda os Neossolos (que totalizam 16,5% do<br />
território) e os Gleissolos (0,03%).<br />
Figura 4. Grupos de solos do município de Capão do Cipó, modificado a partir de<br />
IBGE (1986).<br />
Fonte: INCRA, 2009.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 26<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Tabela 4. Área ocupada <strong>pe</strong>las diferentes classes de solo no município de Capão<br />
do Cipó.<br />
Classe N ° de manchas Grupo Área (ha) Área (%)<br />
Água 1 Água 25,92 0,03<br />
LEa2 1 Latossolo 46.589,58 47,20<br />
LRd2 1 Latossolo 37.584,81 38,07<br />
PEal 1 Argissolo 2.936,25 2,97<br />
Re6 1 Neossolo 11.579,76 11,73<br />
Total 5 98.716,32 100,00<br />
Fonte: INCRA, 2009.<br />
5.2.6. Vegetação<br />
O município de Capão do Cipó está inserido no Bioma Pampa, e possuía,<br />
originalmente, toda sua área de Savana-Estépica (Hasenack & Cordeiro, 2006). Os<br />
campos neste município correspondentes à Savana-Estépica são do tipo Gramíneo-<br />
lenhosa. Capão do Cipó encontra-se na porção leste da região fisiográfica das Missões<br />
(Borges Fortes, 1979).<br />
Quanto aos as<strong>pe</strong>ctos fisiográficos, o que Fortes (1959) define como região<br />
fisiográfica das Missões, corresponde à parte do Planalto das Missões, segundo IBGE<br />
(1986). Quanto à distribuição da vegetação, seguindo ainda IBGE (1986), a região<br />
fisiográfica das Missões é coberta <strong>pe</strong>las seguintes regiões fitoecológicas: Savana,<br />
Floresta Estacional Decidual. Além disto, ocorre ainda nesta região fisiográfica uma<br />
área sob condição ecológica es<strong>pe</strong>cial de transição caracterizando uma Área de Tensão<br />
Ecológica.<br />
Savana Estépica ocupa partes das bacias dos rios Icamaquã e Piratinim e seus<br />
tributários, prolongando-se até o norte no baixo rio ljuí. A Savana costuma ocorrer no<br />
topo das coxilhas enquanto que a Savana Estépica costuma ocorrer nos vales. Nos<br />
topos são comuns as cactáceas como as do gênero Opuntia sp.<br />
5.2.7. Fauna<br />
O município de Capão do Cipó situa-se na região fisiográfica das Missões<br />
(Borges Fortes, 1979), formada por dois biomas brasileiros: Bioma Pampa (cerca de<br />
80,04%) e Mata Atlântica (9,6%), o que faz desta região uma grande zona de transição<br />
de ocorrência tanto de espécies com hábitos florestais como também para as espécies<br />
tipicamente cam<strong>pe</strong>stres.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 27<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Considerando a lacuna de informações a res<strong>pe</strong>ito da fauna das Missões<br />
associada ao antigo e difuso processo de ocupação, torna-se difícil mensurar os<br />
impactos advindos com a implantação dos Projetos de Assentamento, cuja escala de<br />
tempo é bem menor em relação a este processo. Além disso, o estabelecimento de<br />
comparações com áreas preservadas torna-se inviável <strong>pe</strong>la inexistência de Unidades<br />
de Conservação nesta região fisiográfica.<br />
O padrão observado para os imóveis destinados à reforma agrária, em muito não<br />
se diferencia das demais propriedades do seu entorno, sendo que o hábitat disponível<br />
para a fauna geralmente está restrito as APP de cursos d'água, sujeitas aos diversos<br />
impactos descritos para a vegetação. Além disso, na quase totalidade dos casos, não<br />
há área de reserva legal prevista no parcelamento dos imóveis. Conjuntamente estas<br />
áreas constituim-se em locais de uso e refúgio para a fauna, es<strong>pe</strong>cialmente de maior<br />
porte. Também é possível inferir que a pressão de caça, mesmo não sendo exclusiva<br />
das áreas de assentamento, esteja contribuindo para a manutenção do <strong>pe</strong>queno<br />
número de indivíduos das espécies que ocorrem em eventos esporádicos e/ou<br />
impossibilitando possíveis recolonizações e estabelecimento de <strong>nova</strong>s populações.<br />
5.3. Diagnóstico Sócio econômico do município<br />
5.3.1 População<br />
Em 2007, foram contabilizados 3.180 habitantes no município de Capão do Cipó<br />
(IBGE, 2009g), o que resultou em uma densidade demográfica de 3,11 habitantes por<br />
km². A distribuição da renda no município está representada no Gráfico 1, indica de<br />
concentração da riqueza maior que a média do Estado do Rio Grande do Sul, em 2000,<br />
conforme os Gráficos 2 e 3. Em Capão do Cipó, 83,15% da população encontra-se no<br />
nível de renda que vai desde sem renda até 2 salários mínimos, enquanto que no Rio<br />
Grande do Sul a porcentagem de população no mesmo nível de renda é de 67,94%.<br />
Gráfico 1: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de<br />
Capão do Cipó, em 2000.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 28<br />
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nº de habitantes<br />
1.200<br />
1.000<br />
800<br />
600<br />
400<br />
200<br />
0<br />
sem rendimento<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
até 1<br />
Fonte: IBGE, 2009e.<br />
nº de habitantes por faixa de renda<br />
mais de 1 a 2<br />
mais de 2 a 3<br />
mais de 3 a 5<br />
salários<br />
mais de 5 a 10<br />
mais de 10 a 20<br />
mais de 20<br />
Gráfico 2: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do município de<br />
Capão do Cipó em 2000 (%).<br />
% da população<br />
50,00<br />
45,00<br />
40,00<br />
35,00<br />
30,00<br />
25,00<br />
20,00<br />
15,00<br />
10,00<br />
5,00<br />
0,00<br />
sem rendimento<br />
44,64<br />
proporção de habitantes por faixa de renda<br />
22,68<br />
até 1<br />
Fonte: IBGE, 2009e.<br />
mais de 1 a 2<br />
15,82<br />
mais de 2 a 3<br />
6,50<br />
mais de 3 a 5<br />
salários<br />
4,26 4,26<br />
mais de 5 a 10<br />
mais de 10 a 20<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 29<br />
0,22<br />
mais de 20<br />
Gráfico 3: Renda dos habitantes com idade maior que 10 anos do Rio Grande do<br />
Sul em 2000 (%).<br />
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1,61
% pop ulação<br />
40,00<br />
35,00<br />
30,00<br />
25,00<br />
20,00<br />
15,00<br />
10,00<br />
5,00<br />
0,00<br />
sem rendimento<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
34,98<br />
até 1<br />
Fonte: IBGE, 2009e.<br />
5.3.2 Economia<br />
15,93<br />
- Produto Interno Bruto<br />
mais de 1 a 2<br />
17,04<br />
mais de 2 a 3<br />
8,84<br />
mais de 3 a 5<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 30<br />
9,44<br />
mais de 5 a 10<br />
Renda (nº de salários)<br />
8,44<br />
mais de 10 a 20<br />
3,52<br />
mais de 20<br />
No ano de 2006, o município de Capão do Cipó apresentou um PIB de R$<br />
55.195.000,00 e um PIB <strong>pe</strong>r capita de R$ 20.781,00 (IBGE, 2009l). O PIB do município,<br />
em 2006, foi composto conforme o Gráfico 4.<br />
Gráfico 4: Composição do PIB do município em 2006.<br />
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1,82
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
31%<br />
3%<br />
Composição do PIB<br />
Valor adicionado na agro<strong>pe</strong>cuária Valor adicionado na Indústria<br />
3%<br />
Valor adicionado no Serviço Impostos sobre produtos líquidos de subsídios<br />
Fonte: IBGE, 2009l.<br />
- Atividades Econômicas<br />
As seções de classificação de atividades econômicas do município estão<br />
descritas na Tabela 5. Para identificar as principais atividades econômicas do<br />
município, apresenta-se na Tabela 5, além do <strong>pe</strong>ssoal ocupado, o coeficiente<br />
locacional. O coeficiente locacional (QL) “indica a concentração relativa de uma<br />
determinada indústria numa região ou município comparativamente à participação desta<br />
mesma indústria no espaço definido como base” (SUZIGAN et al 2003, p. 46) 2 . No caso<br />
da Tabela 5 indica a concentração relativa do <strong>pe</strong>ssoal ocupado em determinada seção<br />
de atividades econômicas no município de Capão do Cipó comparativamente à<br />
concentração do <strong>pe</strong>ssoal ocupado nas seções de atividade econômica no Estado do<br />
Rio Grande do Sul.<br />
2 Passos do cálculo do QL em Suzigan et al (2003, p. 46). Em suma o coeficiente locacional indica o grau<br />
de concentração do <strong>pe</strong>ssoal ocupado nas diferentes atividades econômicas o que pode ser um indicador<br />
de es<strong>pe</strong>cialização nesta atividade. Um QL igual a 1 indica que relativamente ao espaço base, não há<br />
concentração relativa, ou seja o município possui a mesma proporção de <strong>pe</strong>ssoas ocupadas nesta<br />
atividade que o Estado. Um QL elevado indica es<strong>pe</strong>cialização setorial (nos caso de análise de setores<br />
industriais) ou concentração de <strong>pe</strong>ssoal ocupado relativamente ao espaço base e, inversamente um QL<br />
abaixo de 1 indica que o município é menos es<strong>pe</strong>cializado em determinada atividade do que a média do<br />
Estado.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 31<br />
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63%
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Como se pode observar, o município de Capão do Cipó apresenta concentração<br />
de <strong>pe</strong>ssoal ocupado relativamente maior que o Estado do Rio Grande do Sul nas<br />
seções de atividade: Agricultura, <strong>pe</strong>cuária, silvicultura e exploração florestal;<br />
Transporte, armazenagem e comunicações; Comércio, reparação de veículos<br />
automotores, objetos <strong>pe</strong>ssoais e domésticos e Outros serviços coletivos, sociais e<br />
<strong>pe</strong>ssoais.<br />
Tabela 5: Pessoal ocupado e coeficiente locacional das seções de classificação<br />
de atividades do município de Capão do Cipó 3 .<br />
Pessoal<br />
Seção de classificação de atividades<br />
ocupado QL<br />
A Agricultura, <strong>pe</strong>cuária, silvicultura e exploração florestal 4 7,26<br />
B Pesca - -<br />
C Indústrias extrativas - -<br />
D Indústrias de transformação X -<br />
E Produção e distribuição de eletricidade, gás e água - -<br />
F Construção - -<br />
G Comércio; reparação de veículos automotores, objetos <strong>pe</strong>ssoais e domésticos 39 2,77<br />
H Alojamento e alimentação - -<br />
I Transporte, armazenagem e comunicações 10 3,45<br />
J Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços<br />
relacionados - -<br />
K Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas X -<br />
L Administração pública, defesa e seguridade social X -<br />
M Educação - -<br />
N Saúde e serviços sociais - -<br />
O Outros serviços coletivos, sociais e <strong>pe</strong>ssoais 4 1,88<br />
P Serviços domésticos - -<br />
Q Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais - -<br />
Fonte: Elaboração com base em IBGE, 2009b e Suzigan et al, 2003.<br />
- Zoneamento agroecológico<br />
Segundo a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul (1994 apud INCRA,<br />
2009, p. 8), o zoneamento agrícola aponta como culturas preferenciais para o município<br />
alfafa, arroz irrigado, citrus (laranja e bergamota), fumo, milho, soja, sorgo e trigo. É<br />
tolerado o cultivo de citrus (limões), mandioca, <strong>pe</strong>ssegueiro (parte do município), sorgo<br />
(parte do município), soja (parte do município), cana-de-açucar (recomendado somente<br />
3 Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados com o caracter X.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 32<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
para a produção de álcool), forrageiras de clima tem<strong>pe</strong>rado (aveia, azevém, centeio,<br />
cornichão, trevo, etc) e forrageiras de clima tropical e subtropical (capim rhodes, feijão<br />
miúdo, pangola, panicum maximum, paspalum dilatatum, milhetos, etc). O município é<br />
considerado marginal para culturas de batatinha (setembro e fevereiro), <strong>pe</strong>ssegueiro<br />
(parte do município), alho e cebola, feijão e fumo (parte do município) e inapto para<br />
abacaxi, banana, videira americana, videira européia, cana-de-açúcar (parte do<br />
município) e maçã<br />
- Atividades Agro<strong>pe</strong>cuárias<br />
As principais atividades agro<strong>pe</strong>cuárias do município de Capão do Cipó foram<br />
consideradas sob três as<strong>pe</strong>ctos, para cada setor agro<strong>pe</strong>cuário (<strong>pe</strong>cuária, lavoura<br />
<strong>pe</strong>rmanente, lavoura temporária e, extrativismo e silvicultura): valor da produção 4 ;<br />
coeficiente de produtividade por habitantes 5 (QPH); e coeficiente de produtividade por<br />
área 6 (QPA).<br />
Na Tabela 6 apresentam-se as quantidades produzidas, o QPH e o QPA da<br />
produção <strong>pe</strong>cuária do município de Capão do Cipó. Pode-se observar que não há<br />
es<strong>pe</strong>cialização comparativamente ao Estado do Rio Grande do Sul o QPA. Porém,<br />
como a densidade demográfica do município é bem menor (1/12) que a do Estado,<br />
pode-se considerar que aquelas atividades que apresentam a<strong>pe</strong>nas QPH su<strong>pe</strong>rior a 1<br />
indicam es<strong>pe</strong>cialização produtiva, dessa forma o município é es<strong>pe</strong>cializado na produção<br />
de mel, bovinos, bubalinos, ovinos, lã, caprinos, eqüinos e leite.<br />
4 O IBGE não apresenta valores monetários para a produção <strong>pe</strong>cuária.<br />
5 O coeficiente de produtividade por habitantes (QPH) está baseado na metodologia do cálculo do QL. A<br />
fórmula para seu cálculo é:<br />
QPH= (quantidade produzida do produto X no município Y / nº de habitantes do município Y) /<br />
(quantidade produzida do produto X no Estado do Rio Grande do Sul / nº de habitantes do Rio Grande do<br />
Sul). Por exemplo, um QPH de índice 2 significa dizer que a quantidade produzida por habitantes no<br />
município é 100% maior que a mesma relação para o Estado, inversamente, índice 0,5 é equivalente a<br />
dizer que a produtividade por habitantes do município é 50% menor do que esta relação para o Estado.<br />
6 O coeficiente de produtividade por área (QPA) está baseado na metodologia do cálculo do QL. A<br />
fórmula para seu cálculo é:<br />
QPH= (quantidade produzida do produto X no município Y / área do município Y) / (quantidade produzida<br />
do produto X no Estado do Rio Grande do Sul / área do Rio Grande do Sul). Por exemplo, um QPA de<br />
índice 2 significa dizer que a quantidade produzida por área total do município é 100% maior que a<br />
mesma relação para o Estado, inversamente, índice 0,5 é equivalente a dizer que a produtividade por<br />
área total do município é 50% menor do que esta relação para o Estado.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 33<br />
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Tabela 6: Produção <strong>pe</strong>cuária do município de Capão do Cipó.<br />
Pecuária do município Unidade Quantidade QPH QPA<br />
Bovinos - efetivo dos rebanhos cabeças 32.140 7,58 0,63<br />
Eqüinos - efetivo dos rebanhos cabeças 518 3,79 0,31<br />
Bubalinos - efetivo dos rebanhos cabeças 143 6,72 0,56<br />
Asininos - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />
Muares - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />
Suínos - efetivo dos rebanhos cabeças 1.283 0,80 0,07<br />
Caprinos - efetivo dos rebanhos cabeças 138 4,86 0,40<br />
Ovinos - efetivo dos rebanhos cabeças 7.795 6,47 0,54<br />
Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos<br />
rebanhos cabeças 3.420 0,10 0,01<br />
Galinhas - efetivo dos rebanhos cabeças 3.856 0,63 0,05<br />
Codornas - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />
Coelhos - efetivo dos rebanhos cabeças - - -<br />
Vacas ordenhadas – quantidade cabeças 1.880 4,41 0,37<br />
Ovinos tosquiados – quantidade cabeças 7.348 7,06 0,59<br />
Leite de vaca - produção – quantidade Mil litros 2.276 2,29 0,19<br />
Ovos de galinha - produção – quantidade Mil dúzias 48 0,55 0,05<br />
Ovos de codorna - produção – quantidade Mil dúzias - - -<br />
Mel de abelha - produção – quantidade Kg 22.000 9,87 0,82<br />
Casulos do bicho-da-seda - produção – quantidade Kg - - -<br />
Lã - produção – quantidade Kg 19.475 6,08 0,50<br />
Fonte: Elaboração a partir de IBGE, 2009k.<br />
As principais atividades agrícolas 7 , em valor, do município em 2008 foram:<br />
- Lavoura <strong>pe</strong>rmanente: Laranja (R$ 158.000,00) e Pêssego (R$ 38.000,00);<br />
- Lavoura temporária: Soja (R$ 72.653.000,00), Trigo (R$ 10.200.000,00) e Milho<br />
(R$ 1.988,000,00);<br />
- Extração vegetal e silvicultura: Madeira em tora para outras atividades (R$<br />
50.000,00), Lenha-silvicultura (R$ 48.000,00) e Lenha (R$ 34.000,00).<br />
Como se pode observar na Tabela 7, o município de Capão do Cipó, em termos<br />
de lavoura <strong>pe</strong>rmanente, é es<strong>pe</strong>cializado comparativamente ao Estado do Rio Grande<br />
do Sul na produção de laranja, em termos de QPH.<br />
7 Serão apresentados a<strong>pe</strong>nas os 3 principais produtos, em valor, de cada categoria, quando houver 3 ou<br />
mais produtos em cada categoria que são produzidos no município. São elas: Lavoura <strong>pe</strong>rmanente,<br />
Lavoura temporária (IBGE, 2009) e Extração vegetal e silvicultura (IBGE, 2009). Portanto, podem não<br />
aparecer nesta listagem produtos com valor monetário mais acentuados do que os que aparecem em<br />
categorias diferentes.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 34<br />
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Tabela 7: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura <strong>pe</strong>rmanente do<br />
município de Capão do Cipó.<br />
Lavoura Permanente do município QPH QPA<br />
Laranja 3,13 0,26<br />
Pêssego 0,57 0,05<br />
Fonte: IBGE, 2009i.<br />
Na Tabela 8, pode-se observar que comparativamente à produção de lavoura<br />
temporária do Estado do Rio Grande do Sul, o município de Capão do Cipó é altamente<br />
es<strong>pe</strong>cializado na produção de lavoura temporária. Destacam-se mamona (em baga),<br />
linho (semente), soja (em grão), trigo (em grão), girassol (em grão), mandioca, cana-de-<br />
açúcar, e milho (em grão).<br />
Tabela 8: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da lavoura temporária do<br />
município de Capão do Cipó.<br />
Lavoura Temporária do município QPH QPA<br />
Arroz (em casca) 0,06 0,00<br />
Cana-de-açúcar 5,23 0,43<br />
Feijão (em grão) 0,39 0,03<br />
Girassol (em grão) 14,62 1,21<br />
Linho (semente) 52,86 4,38<br />
Mamona (baga) 116,16 9,62<br />
Mandioca 6,04 0,50<br />
Milho (em grão) 3,21 0,27<br />
Soja (em grão) 44,33 3,67<br />
Trigo (em grão) 38,14 3,16<br />
Fonte: IBGE, 2009i.<br />
A extração vegetal e silvicultura do município de Capão do Cipó apresenta uma<br />
es<strong>pe</strong>cialização, em termos de produtividade comparada com a do Estado do Rio<br />
Grande do Sul, na produção de carvão vegetal, lenha e madeira em tora, conforme a<br />
Tabela 9.<br />
Tabela 9: Coeficientes de produtividade (QPH e QPA) da extração vegetal e<br />
silvicultura do município de Capão do Cipó.<br />
Extração vegetal e silvicultura do município QPH QPA<br />
Madeiras - carvão vegetal 19,24 1,59<br />
Madeiras – lenha 5,10 0,42<br />
Madeiras - madeira em tora 4,70 0,39<br />
Produtos da Silvicultura - carvão vegetal 0,47 0,04<br />
Produtos da Silvicultura – lenha 0,82 0,07<br />
Produtos da Silvicultura - madeira em tora 0,28 0,02<br />
Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades 0,44 0,04<br />
Fonte: IBGE, 2009j.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 35<br />
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- Agroindústrias rurais<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
No município de Capão do Cipó há poucas agroindústrias rurais. Há duas<br />
agroindústrias de queijo e/ou requeijão e 1 de Aguardente de cana.<br />
Tabela 10: Agroindústrias rurais 8 .<br />
Agroindústria<br />
Estabele-<br />
cimentos<br />
Produção<br />
com matéria-prima<br />
Própria<br />
( t )<br />
Adquirida<br />
( t )<br />
Quantidade<br />
vendida<br />
( t )<br />
Valor da<br />
produção<br />
(1 000 R$)<br />
Arroz em grão - - - - -<br />
Fubá - - - - -<br />
Café torrado em grão - - - - -<br />
Café torrado e moído - - - - -<br />
Farinha de mandioca - - - - -<br />
Tapioca e/ou goma - - - - -<br />
Algodão em caroço - - - - -<br />
Algodão em pluma - - - - -<br />
Queijo e/ou requeijão 2 x x x x<br />
Manteiga - - - - -<br />
Aguardente de cana 1 x x x x<br />
Rapadura - - - - -<br />
Polpa de frutas - - - - -<br />
Doces e geléias - - - - -<br />
Carne tratada - - - - -<br />
Embutidos - - - - -<br />
Carvão vegetal - - - - -<br />
Produtos derivados de madeira - - - - -<br />
Fonte: IBGE, 2009c.<br />
5.3.3 Condição do produtor<br />
Os dados apresentados no Censo Agro<strong>pe</strong>cuário 2006 <strong>pe</strong>rmitem observar que o<br />
município de Capão do Cipó possui uma proporção de estabelecimentos cujo produtor<br />
é assentado sem titulação (5%) acima da proporção desta condição de produtor<br />
referente ao Estado do Rio Grande do Sul (1,5%). A área ocupada cujo produtor é<br />
assentado sem titulação no município de Capão do Cipó (0,6%), é menor que a<br />
proporção ocupada no Estado (0,8%). Conforme Gráficos 5 e 6.<br />
8 Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados com o caracter X.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 36<br />
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A maior parte dos estabelecimentos do município <strong>pe</strong>rtencem a proprietários<br />
privados (605 estabelecimentos). Somando os estabelecimentos de assentados sem<br />
titulação e ocupantes obtem-se 48, o que representa mais de 7% do número de<br />
estabelecimentos, conforme o Gráfico 7. No entanto, a área ocupada por produtores<br />
nestas condições é muito baixa (somados representam 1% da área ocupada)<br />
comparativamente a estabelecimentos cujo produtor está em situação diferente<br />
(proprietários, arrendatários e parceiros), conforme o Gráfico 8. Isto pode ser notado<br />
com mais clareza no Gráfico 9 que apresenta a área média dos estabelecimentos, pode<br />
se notar que, em média, as áreas média ocupadas por proprietários, arrendatários e<br />
parceiros, chegam a ser 10 vezes maior que a dos assentados sem titulação ou<br />
ocupantes.<br />
(%)<br />
Gráfico 5: Condição do produtor, segundo o número de estabelecimentos.<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Próprias<br />
Assentado sem titulação definitiva<br />
Fonte: IBGE, 2009c.<br />
Arrendadas<br />
Parceria<br />
Rio Grande do Sul Capão do Cipó<br />
Ocupadas<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 37<br />
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(%)<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Gráfico 6: Condição do produtor, segundo a área ocupada.<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Próprias<br />
Assentado sem titulação definitiva<br />
Fonte: IBGE, 2009c.<br />
Arrendadas<br />
Parceria<br />
Rio Grande do Sul Capão do Cipó<br />
Ocupadas<br />
Gráfico 7: Número de estabelecimentos em Capão do Cipó, segundo a condição<br />
do produtor.<br />
nº de estabelecimentos<br />
700<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
605<br />
Fonte: IBGE, 2009c.<br />
Número de estabelecimentos<br />
34<br />
Próprias Assentado sem<br />
titulação<br />
definitiva<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 38<br />
129<br />
9 14<br />
Arrendadas Parceria Ocupadas<br />
número de estabelecimentos<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Gráfico 8: Área total ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó,<br />
segundo a condição do produtor.<br />
hectares<br />
70 000<br />
60 000<br />
50 000<br />
40 000<br />
30 000<br />
20 000<br />
10 000<br />
65 455<br />
Fonte: IBGE, 2009c.<br />
Área ocupada<br />
607<br />
Próprias Assentado sem<br />
titulação<br />
definitiva<br />
22 859<br />
190 273<br />
Arrendadas Parceria Ocupadas<br />
área ocupada<br />
Gráfico 9: Área média ocupada <strong>pe</strong>los estabelecimentos em Capão do Cipó,<br />
segundo a condição do produtor.<br />
hectares/estabelecimento<br />
200,00<br />
180,00<br />
160,00<br />
140,00<br />
120,00<br />
100,00<br />
80,00<br />
60,00<br />
40,00<br />
20,00<br />
0,00<br />
108,19<br />
Fonte: IBGE, 2009c.<br />
5.3.4 Saúde<br />
Área média dos estabelecimentos<br />
17,86<br />
Próprias Assentado sem<br />
titulação<br />
definitiva<br />
177,20<br />
21,11 19,52<br />
Arrendadas Parceria Ocupadas<br />
área média dos estabelecimentos<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 39<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Segundo o IBGE (2009a), em 2005, contabilizava-se 3 estabelecimentos de<br />
saúde no município de Capão do Cipó, todos públicos municipais. Não há leitos<br />
hospitalares para internação no município.<br />
Faltam <strong>pra</strong>ticamente todos os equipamentos hospitalares essenciais no<br />
município, como pode ser observado na Tabela 11. Há 3 estabelecimentos com<br />
atendimento ambulatorial, todos com atendimento médico em es<strong>pe</strong>cialidades básicas e<br />
atendimento odontológico com dentista, um deles com atendimento médico em outras<br />
es<strong>pe</strong>cialidades conforme Tabela 12. Não há estabelecimentos com atendimento<br />
emergêncial, Tabela 13. Há 3 estabelecimentos que prestam serviço ao SUS<br />
Ambulatorial. Não há médicos residentes no município, conforme o Gráfico 10 (IPEA,<br />
2009).<br />
Tabela 11: Equipamentos hospitalares no município.<br />
Mamógrafo com comando simples 0<br />
Mamógrafo com estéreo-taxia 0<br />
Raio X para densitometria óssea 0<br />
Tomógrafo 0<br />
Ressonância magnética 0<br />
Ultrassom doppler colorido 0<br />
Eletrocardiógrafo 1<br />
Eletroencefalógrafo 0<br />
Equipamento de hemodiálise 0<br />
Raio X até 100mA 0<br />
Raio X de 100 a 500mA 0<br />
Raio X mais de 500mA 0<br />
Fonte: IBGE, 2009a.<br />
Tabela 12: Estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial.<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial total 3<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial sem atendimento médico 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em<br />
es<strong>pe</strong>cialidades básicas 3<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento médico em<br />
outras es<strong>pe</strong>cialidades 1<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento ambulatorial com atendimento<br />
odontológico com dentista 3<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 40<br />
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Fonte: IBGE, 2009a.<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Tabela 13: Estabelecimentos de saúde com atendimento emergencial.<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência total 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Pediatria 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Obstetrícia 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Psiquiatria 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Clínica 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Cirurgia 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Traumato Orto<strong>pe</strong>dia 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Neuro Cirurgia 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Cirurgia Buco Maxilofacial 0<br />
Estabelecimentos de Saúde com atendimento de emergência Outros 0<br />
Fonte: IBGE, 2009a.<br />
Gráfico 10: Médicos residentes no município de Capão do Cipó para cada mil<br />
habitantes.<br />
0,4<br />
0,35<br />
0,3<br />
0,25<br />
0,2<br />
0,15<br />
0,1<br />
0,05<br />
0<br />
Fonte: IPEA, 2009.<br />
5.3.5 Educação<br />
Médicos residentes (por mil habitantes)<br />
1991 2000<br />
Capão do Cipó Rio Grande do Sul<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 41<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
No município de Capão do Cipó, em 2008, todos os 730 estudantes<br />
freqüentavam escolas públicas. A relação de alunos por professor varia entre 10 e 13. A<br />
grande maioria de docentes e estudantes encontram-se no ensino fundamental. Há 2<br />
pré-escolas, 6 escolas de ensino fundamental e 1 de ensino médio. Não há alunos ou<br />
intituições de ensino su<strong>pe</strong>rior.<br />
A relação de alunos matriculados em escolas públicas e privadas pode ser<br />
observada no Gráfico 11. O número de docentes em escolas públicas e privadas está<br />
apresentado no Gráfico 12. A relação alunos por professor em escolas públicas e<br />
privadas, no Gráfico 13. E, o número de escolas públicas e privadas no Gráfico 14.<br />
2008.<br />
Gráfico 11: Número de alunos matriculados em escolas públicas e privadas em<br />
nº de alunos matriculados<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
50<br />
538<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 42<br />
142<br />
0 0 0 0 0<br />
Pré-Escola Ensino<br />
Fundamental<br />
Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />
escolas públicas escolas privadas<br />
Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />
Gráfico 12: Número de docentes em escolas públicas e privadas em 2008.<br />
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2008.<br />
nº de docentes<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
5<br />
50<br />
0 0 0 0 0<br />
Pré-Escola Ensino<br />
Fundamental<br />
Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 43<br />
11<br />
escolas públicas escolas privadas<br />
Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />
Gráfico 13: Relação alunos por professor em escolas públicas e privadas em<br />
nº de alunos por professor<br />
14<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
Pré-Escola Ensino<br />
Fundamental<br />
Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />
escolas públicas escolas privadas<br />
Gráfico 14: Escolas públicas e privadas em 2008.<br />
Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />
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nº de escolas<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
2<br />
6<br />
0 0 0 0 0<br />
Pré-Escola Ensino<br />
Fundamental<br />
Fonte: INEP, 2009a e 2009b.<br />
5.3.6 Domicílios<br />
- Condições domiciliares<br />
escolas públicas escolas privadas<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 44<br />
1<br />
Ensino Médio Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />
O IPEA não apresenta dados domiciliares do município de Capão do Cipó<br />
- Padrão de consumo<br />
Baseado na metodologia de <strong>pe</strong>squisa participativa de mercado (ASSUMPÇÃO,<br />
2009, p. 25-32), calculou-se a estimativa de consumo de produtos alimentícios no<br />
município de Capão do Cipó, utilizando dados da POF 2002-2003 e do Censo<br />
demográfico de 2000. A estimativa abrange mais de 400 produtos, porém selecionou-se<br />
a<strong>pe</strong>nas aqueles de maior destaque ou aqueles que são reconhecidos como produtos<br />
rotineiros da alimentação. A elaboração desta estimativa deverá servir futuramente para<br />
dar parâmetros às famílias para fazerem o planejamento de sua produção.<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Tabela 14: Estimativa de consumo de produtos alimentícios para o município de<br />
Capão do Cipó.<br />
Produtos alimentícios tn/ano<br />
Arroz 37,2<br />
Milho 7,2<br />
Feijão 14,6<br />
Hortaliças folhosas e florais 4,3<br />
Hortaliças frutosas (inclui cebola e tomate) 14,0<br />
Cebola 5,0<br />
Tomate 4,6<br />
Hortaliças tuberosas (inclui alho, batatas, cenoura e mandioca) 26,5<br />
Alho 0,1<br />
Batata inglesa 10,8<br />
Batata doce 1,9<br />
Cenoura 1,5<br />
Mandioca 10,2<br />
Abacate 0,1<br />
Abacaxi 0,2<br />
Banana 9,6<br />
Goiaba 0,0<br />
Laranja 5,4<br />
Limão 0,1<br />
Mamão 1,4<br />
Manga 0,6<br />
Maracujá 0,1<br />
Melancia 3,3<br />
Melão 0,4<br />
Tangerina 2,3<br />
Caqui 0,1<br />
Maçã 2,7<br />
Pêra 0,1<br />
Pêssego 0,6<br />
Uva 0,7<br />
Carnes bovinas de primeira 4,1<br />
Carnes bovinas de segunda 13,7<br />
Carnes bovinas outras 9,1<br />
Carnes suínas com osso e sem osso 7,0<br />
Carnes suínas outras 5,3<br />
Carnes de outros animais 2,5<br />
Pescados de água salgada 0,5<br />
Pescados de água doce 0,2<br />
Pescados não-es<strong>pe</strong>cificados 0,6<br />
Aves 21,7<br />
Ovos 4,5<br />
Leite de vaca fresco 25,5<br />
Leite de vaca pasteurizado 40,4<br />
Queijos e requeijão 2,0<br />
Iogurte 2,5<br />
Manteiga 0,2<br />
Mel de abelha 0,3<br />
Fonte: Elaboração a partir de Assumpção, 2009, IBGE, 2009e e 2009h<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 45<br />
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5.3.7 Políticas públicas<br />
- Bolsa família<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Segundo o IPEA (2009), em Capão do Cipó, o número de famílias beneficiadas,<br />
em dezembro, com transferências de renda <strong>pe</strong>lo Programa Bolsa Família passou de<br />
203, em 2006, para 206, em dezembro de 2007, caindo para 200, em dezembro de<br />
2008. As transferências são mensais, assim como as variações no número de famílias,<br />
mas os dados apresentados no IPEADATA referem-se somente às famílias<br />
beneficiadas no mês de dezembro de cada ano de referência. Já valor nominal total, em<br />
dezembro, dos benefícios de transferência de renda <strong>pe</strong>lo Programa Bolsa Família<br />
aumentou 50% entre 2006 e 2008. Em dezembro de 2008 o valor médio pago por<br />
beneficiário foi de R$ 90,56.<br />
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS, 2009)<br />
divulgou que em maio de 2009, no município de Capão do Cipó, 201 famílias foram<br />
beneficiadas <strong>pe</strong>lo Programa Bolsa Família e o valor total nominal dos benefícios foi de<br />
R$ 17.616,00, 2% menor do que valor nominal total de dezembro de 2008. Neste<br />
<strong>pe</strong>ríodo o valor médio pago por beneficiário foi de R$ 87,64.<br />
- Proger<br />
Os Programas de Geração de Emprego e Renda (PROGER) são um conjunto de<br />
linhas es<strong>pe</strong>ciais de crédito que tem por objetivo gerar e manter emprego e renda. Faz<br />
parte do Programa do Seguro-Desemprego, complementando outras ações integradas<br />
da Política Pública de Emprego, como a qualificação profissional e a intermediação ao<br />
emprego. Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, e<br />
este, por sua vez, advém, em sua maioria, das contribuições devidas ao PIS e ao<br />
PASEP.<br />
O relatório estatítico do PROGER para o município de Capão do Cipó para o ano<br />
de 2007 está apresentado na Tabela 16.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 46<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Tabela 15: PROGER no município de Capão do Cipó em 2007.<br />
Agente Programa<br />
Modelo de<br />
financiamento<br />
Público Alvo<br />
Qtd de<br />
o<strong>pe</strong>rações<br />
Valor<br />
contratado<br />
BB PRONAF Custeio Agrícola PMEs 4 7.888,00<br />
BB PRONAF Investimento Agrícola PMEs 4 34.999,00<br />
BB PRONAF Investimento Pecuário PMEs 2 15.000,00<br />
BNDES PRONAF Investimento Agrícola PMEs 1 10.000,00<br />
Total 11 67.887,00<br />
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE, 2009)<br />
Como se pode observar através da Tabela 15, há pouca desigualdade nas linhas<br />
de crédito dos programas de geração de emprego e renda.<br />
5.3.8 Indicadores de pobreza e desigualdade<br />
O IBGE não calculou o índice de Gini 9 do município de Capão do Cipó, que mede<br />
o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda<br />
domiciliar <strong>pe</strong>r capita, em 2003 (IBGE, 2009e e 2009h). O índice de desenvolvimento<br />
humano (IDH) 10 do município de Capão do Cipó também não foi calculado <strong>pe</strong>lo IPEA.<br />
9 “Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor),<br />
a 1, quando a desigualdade é máxima (a<strong>pe</strong>nas um um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a<br />
renda de todos os outros indivíduos é nula)”.<br />
Disponível em http://www.pnud.org.br/popup/pop.php?id_pop=97.<br />
10 “É obtido <strong>pe</strong>la média aritmética simples de três subíndices, referentes a Longevidade (IDH-<br />
Longevidade), Educação (IDH-Educação) e Renda (IDH-Renda)”. “Além de computar o PIB <strong>pe</strong>r capita,<br />
depois de corrigi-lo <strong>pe</strong>lo poder de com<strong>pra</strong> da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois<br />
outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números<br />
de ex<strong>pe</strong>ctativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado <strong>pe</strong>lo índice de analfabetismo e <strong>pe</strong>la taxa<br />
de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada <strong>pe</strong>lo PIB <strong>pe</strong>r capita, em dólar PPC<br />
(paridade do poder de com<strong>pra</strong>, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três<br />
dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de zero a um”. Disponível em<br />
http://www.pnud.org.br/idh/.<br />
“O IDH até 0,499 expressa baixo desenvolvimento humano. Índices entre 0,5 e 0,799 são considerados<br />
de médio desenvolvimento humano. IDH su<strong>pe</strong>rior a 0,8 indica desenvolvimento humano alto.” Disponível<br />
em http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=71308.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 47<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
6. DIAGNÓSTICO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO<br />
6.1. Localização e Acesso ao Assentamento.<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum está localizado cerca de 9 Km da sede do municipal de Capão<br />
do Cipó/RS (Figura 2). O acesso principal ao PA Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum e feito por vias<br />
municipais sem pavimentação, sendo a estrada geralmente de regular trafegabilidade o<br />
ano inteiro.<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum faz limite com três assentamentos, sendo eles: Sepé Tiarajú,<br />
Santa Rita e Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum, além de estar próximo de outros Projetos de<br />
Assentamentos dos municípios de São Miguel das Missões, Bossoroca e<br />
Tupanciretã.<br />
Figura 2: Mapa de localização do projeto Inhaca<strong>pe</strong>tum / Nova Es<strong>pe</strong>rança III.<br />
Fonte: GRAC, 2005.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 48<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Coordenadas: a área situa-se entre os seguintes pontos extremos do sistema de<br />
coordenadas UTM do fuso 21:740.000 m E, 6.786.00 m N e 746.510 m E, 6.791.490 m<br />
N.<br />
6.2. Condições Biofísicas e Edafoclimáticas do Assentamento<br />
6.2.1. Solos<br />
Na área deste assentamento predominam os Latossolos Vermelhos, de textura<br />
argilosa e de Nitossolos Vermelhos desenvolvidos de basalto. Nas áreas de quebra de<br />
relevo formadas <strong>pe</strong>la dissecção da paisagem <strong>pe</strong>los sistemas de drenagem e com o<br />
relevo mais acentuado, encontra-se solos rasos, com <strong>pe</strong>dregosidade, classificados<br />
como Neossolos Litólicos e Cambissolos. Nas depressões com surgência dágua,<br />
drenagem im<strong>pe</strong>rfeita a mal drenadas ocorrem Gleissolos e Plintossolos (BRASIL 1973;<br />
EMBRAPA 1999; STRECK et al, 2002). Como característica comum, os solos têm<br />
textura média a argilosa, coloração vermelha e sua fração argila predominantemente<br />
constituídas por argilas não expansivas (tipo 1:1) e óxidos de ferro, que associado ao<br />
relevo suave apresentam características físicas e ambientais favoráveis à moto-<br />
mecanização. Mas são solos quimicamente pobres, necessitando de adubação e<br />
correção para obtenção de bons rendimentos. Nas cabeceiras de drenagens e várzeas,<br />
ocorrem solos mal drenados de textura argilosa, que apresentam fortes limitações <strong>pe</strong>la<br />
drenagem im<strong>pe</strong>rfeita.<br />
De acordo com as informações do Relatório Ambiental, o mapa (Figura 2), com a<br />
distribuição das classes de aptidão agrícola das terras, e distribuição dos lotes, mostra<br />
que a maior porcentagem na área total do assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum é representada<br />
por terras com aptidão para lavouras de verão e inverno (classes IIe e IIIe). Estas,<br />
acrescidas de áreas com aptidão para lavoura, alternadas com culturas <strong>pe</strong>rmanentes<br />
(classe IVe), bem comprovam o potencial de uso elevado do assentamento para<br />
lavouras. Ocorrem solos da classe IVa, cuja principal limitação é má drenagem,<br />
podendo ser usadas com cultura de verão ou olericultura. As áreas adeptas para<br />
pastagem, reflorestamento ou preservação <strong>pe</strong>rmanente constituem as classes Va, VIe e<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 49<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
VIIe que ocupam 24% da área, contemplam a distribuição dos solos com aptidão de<br />
uso agrícola neste assentamento. Área de preservação <strong>pe</strong>rmanente (classes VIII e VIII<br />
legal), ocorrem 14,5% da área.<br />
Figura 9: Mapa de aptidão de uso agrícola dos solos e loteamentos.<br />
Fonte: GRAC, 2005.<br />
Com isso podemos concluir que a utilização das terras para produção de<br />
grãos (milho, soja, sorgo, trigo), com vistas a comercialização, pode estar entre as<br />
principais atividades dos assentamentos da região. Por outro lado as terras de<br />
classes Va, VIe, VIs e VII, aptas para pastagens naturais melhoradas, <strong>pe</strong>rmitem a<br />
produção leiteira, mas para tal é necessário o cultivo de pastagens nas terras de<br />
aptidão para grãos.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 50<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Tabela 16, Quadro guia para avaliação e ma<strong>pe</strong>amento das classes de aptidão de<br />
uso agrícola das terras do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, Capão do Cipó – RS.<br />
Fonte: GRAC, 2005.<br />
6.2.2. Relevo<br />
Na maior parte do PA o relevo é suave ondulado à ondulado, formado por um<br />
conjunto de coxilhas com topo amplos e <strong>pe</strong>ndentes em centenas de metros, com<br />
declividades variando de 2 a 12%. Nas proximidades de arroios internos e na transição<br />
de coxilhas para estes, as declividades podem, em <strong>pe</strong>quenas áreas, chegar a 25%.<br />
Pequenas várzeas, em relevo plano, ocorrem ao longo dos sistemas de drenagem.<br />
6.2.3. Recursos Hídricos<br />
Analisando-se a rede de drenagem interna do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, observa-se que é<br />
forma d a p or vári o s <strong>pe</strong> q uenos cur sos d'água que fl uem para o ri o<br />
Inhaca<strong>pe</strong> tum.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 51<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Alguns cursos de água apresenta comportamento <strong>pe</strong>rene, já os cursos d'água<br />
menores apresentam comportamento intermitente, ficando secos nas épocas de<br />
menor precipitação pluviométrica.<br />
Além desses cursos d'água, observa-se a presença de algumas nascentes no<br />
interior do PA, sendo que algumas com comportamento intermitente, ou seja,<br />
sofrendo a influência de <strong>pe</strong>ríodos de estiagem e freqüentemente ficando<br />
secas.<br />
Na área do assentamento o abastecimento de água é deficiente. Existem<br />
diversas áreas de surgência na parte inferior das encostas, nas quais é possível<br />
construir poços tipo Amazonas, próximas as quais podem ser localizadas as residências<br />
dos assentados.<br />
Poços tubulares profundos são recomendados como uma alternativa para<br />
obtenção de água que possa suprir com qualidade e quantidade satisfatória a demanda<br />
humana, no assentamento, devido aqueles <strong>pe</strong>ríodos de estiagem onde a maioria dos<br />
<strong>pe</strong>quenos córregos ou arroios cessam suas atividades, ou tornam-se intermitentes,<br />
pois não mais recebem água.<br />
6.2.4. Flora<br />
A vegetação cam<strong>pe</strong>stre do PA é composta por diversas espécies, entre as quais<br />
existem, muitas utilizadas como alimento <strong>pe</strong>los herbívoros, ou seja, são forrageiras.<br />
Estas espécies forrageiras são utilizadas tanto <strong>pe</strong>la fauna nativa, quanto <strong>pe</strong>los<br />
herbívoros domésticos (bovinos e eqüinos). O fato das espécies nativas servirem como<br />
alimento aos animais dá a esta vegetação um caráter de pastagem nativa.<br />
Foto 1: Área de campo no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 52<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />
Vegetação florestal<br />
De acordo com análises, este PA possui como um de seus limites o rio<br />
Inhaca<strong>pe</strong>tum. A situação da mata ciliar deste arroio é preocupante, principalmente por<br />
tratar-se de um curso d’água grande. As suas matas ciliares, em alguns trechos<br />
<strong>pe</strong>rcorrido, não possuem os 30 metros de área de Preservação Permanente (APP)<br />
necessários segundo legislação.<br />
Além da mata ciliar do arrio Inhaca<strong>pe</strong>tum, também existe uma área com mata<br />
nativa próximo a sede do assentamento. Trata-se de uma floresta com grande<br />
diversidade plantas nativas.<br />
Observou-se a presença do gado nas margens do arroio, os quais acabam por<br />
prejudicar a vegetação florestal, através do pisoteio<br />
6.2.5. Fauna<br />
De acordo com a avaliação da fauna, realizou-se levantamento das espécies com<br />
base em visualização, vestígios e relatos de moradores. Constatou-se a presença uma<br />
grande diversidade de animais, tais como: sabiás, <strong>pe</strong>rdizes, tatu, capivara, cobras, pica-<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 53<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
pau, veado, paca, catorrita, entre outros. Para isto foi priorizando os locais de<br />
possível uso ou refúgio por estes animais e as Áreas de Preservação Permanente<br />
(APP).<br />
Os principais locais de uso e refúgio para a mastofauna neste PA são formados<br />
<strong>pe</strong>las florestas ciliares, de um curso d'água afluente do rio Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
6.2.6. Uso do Solo e Cobertura Vegetal,<br />
Segundo Relatório Ambiental, a maior parte do assentamento é ocupada por<br />
lavouras de soja, milho, feijão, trigo, entre outras culturas. Em <strong>pe</strong>quena área de solos<br />
rasos e maior declividade ou de área má drenada, há cobertura com gramíneas e<br />
espécies arbustivas, principalmente espécies de vassouras. As matas restringem-se a<br />
<strong>pe</strong>quenas faixas ciliares ao longo dos sistemas de drenagem, limítrofes com outras<br />
propriedades.<br />
6.2.6. Estratificação ambiental dos agroecossistemas<br />
Segundo relatório ambiental, com base nas características ambientais até agora<br />
descritas, o assentamento pode ser estratificado nas seguintes unidades de paisagens:<br />
*Solos vermelhos, profundos e bem drenados, em relevo suavemente<br />
ondulado a ondulado (topos e encostas suaves de coxilhas), das classes IIe, IIIe e IVe,<br />
utilizados com culturas anuais;<br />
*Cabeceiras de drenagens, im<strong>pe</strong>rfeitamente drenadas e áreas de<br />
encostas declivosas e com solos profundos e sobre solos rasos – Neossolos Litólicos –<br />
correspondente a terras das classes Vise e VII, cobertas com campos;<br />
*Pequenas áreas de matas ciliares, que constituem áreas de preservação<br />
<strong>pe</strong>rmanente (APP), que em locais em que foram desmatadas, devem ser<br />
recom<strong>pe</strong>nsadas.<br />
6.2.7. Capacidade de Uso do Solo<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 54<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
De acordo com o diagnóstico 51% da área total do PA é representada por terras<br />
com aptidão para lavouras de verão e inverno, onde ocorrem res<strong>pe</strong>ctivamente<br />
Latossolo Vermelho e Nitossolo Vermelho, textura argilosa. Ocorrem, também, solos<br />
constituidos de Gleissolos e Piltossolos Argiluvicos, cuja principal limitação é má<br />
drenagem, podendo ser usadas com culturas de verão ou olericultura.<br />
Áreas para culturas <strong>pe</strong>rmanentes, aptas para pastagens, reflorestamento<br />
ou preservação <strong>pe</strong>rmanente complementam a distribuiçãodos solos com aptidão de uso<br />
agrícola nesse assentamento.<br />
6.2.8. Análise sucinta dos potencias e limitações dos recursos naturais e da<br />
situação ambiental do assentamento<br />
As Áreas de Preservação deveriam ser integralmente protegidas,<br />
excluindo-se qualquer uso no seu interior, exceto nos casos previstos na legislação.<br />
No <strong>pe</strong>ríodo anterior à implantação do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, não foram identificados<br />
impactos com algum tipo de uso antrópico.<br />
É possível que os campos secos e úmidos que existiam antes da implantação do<br />
PA tenham sido resultado do abandono de roças ou mesmo do desmatamento<br />
com posterior implantação de potreiro para o gado. Esta é uma região onde é<br />
característica a presença de florestas de galeria acompanhando os cursos d'água.<br />
As florestas do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum encontram-se impactadas <strong>pe</strong>lo acesso do gado<br />
e <strong>pe</strong>lo corte seletivo de árvores nas florestas de galeria. Em muitos trechos a faixa<br />
remanescente ao longo dos cursos d'água é menor do que aquela definida na<br />
legislação.<br />
Degradação do solo<br />
Em vários locais do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum observa-se áreas de terras degradas <strong>pe</strong>lo<br />
<strong>pe</strong>rmanente pastoreio do gado, fazendo com que a área fique muito compactada. Isso,<br />
associado a práticas de manejo inadequadas, como o cultivo convencional e o<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 55<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
uso de queimadas em áreas de drenagem, a implantação de lavouras em áreas<br />
impróprias contribui para a intensificação dos processos erosivos.<br />
Educação ambiental<br />
O efeito das medidas mitigadoras dos impactos ambientais somente se tornará<br />
<strong>pe</strong>rmanente se houver conscientização das comunidades envolvidas. Com este<br />
objetivo é altamente recomendável o desenvolvimento de um programa de educação<br />
ambiental, su<strong>pe</strong>rvisionado por profissionais capacitados, prevendo:<br />
Incrementar o acesso à assistência técnica, aumentando o número de<br />
técnicos que atendem os assentados e qualificando-os como indutores do uso<br />
sustentável dos recursos naturais, de acordo com as características da região de<br />
inserção do PA;<br />
Res<strong>pe</strong>itar a capacidade de uso das terras, reduzindo a área destinada a culturas<br />
anuais, e adotar usos e práticas de manejo recomendadas para cada classe de<br />
capacidade de uso;<br />
Produzir e distribuir mapas e cartilhas para os assentados e para os técnicos de<br />
extensão, mostrando a distribuição das classes de aptidão de uso das terras no<br />
assentamento e nos lotes, com indicação das práticas de uso e manejo<br />
conservacionista das mesmas;<br />
Incentivara implantação de cultivos <strong>pe</strong>renes (fruticultura, por exemplo) e a<br />
manutenção da atividade <strong>pe</strong>cuária sobre pastagem nativa.<br />
6.3. Situação do Meio Sócio Econômico e Cultural<br />
6.3.1. História do Assentamento<br />
Através de <strong>pe</strong>squisa de campo e relato de famílias constatou-se que um primeiro<br />
grupo de famílias, sendo 75 aproximadamente, iniciou sua história em um<br />
acampamento do MST no município de Catui<strong>pe</strong> em 1999. Acampamento este, que na<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 56<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
sua jornada passou <strong>pe</strong>los municípios de Chia<strong>pe</strong>tta e Lagoa Vermelha. O segundo<br />
grupo, sendo aproximadamente 25 famílias, iniciou seu acampamento em fevereiro de<br />
1998 em Jóia. Estas famílias são oriundas de: Nonoai, Ronda Alta, Tenente Portela,<br />
Miraguai, Palmeira das Missões, Cruz Alta, Jóia, Ibirubá, Trindade, Boa Vista do Incra,<br />
Rodeio Bonito, Bom Progresso, Seberi, São José das Missões entre outros municípios.<br />
Sua etnia: luso brasileira, alemã, italiana e também proveniente de famílias numerosas.<br />
No <strong>pe</strong>ríodo de agosto de 2001 algumas famílias vieram para guarnecer a<br />
propriedade até ela ser desapropriada, sendo que essas famílias ficaram na<br />
propriedade de um assentado que fazia divisa com essa área.<br />
Em dezembro de 2001 todas as famílias vieram para a área do Inhaca<strong>pe</strong>tum, pois<br />
ela já havia sido desapropriada <strong>pe</strong>lo Estado. Após o loteamento dos lotes, a dona da<br />
área entrou na justiça contestando o valor da mesma, isso gerou uma tenção dentro do<br />
assentamento, pois as famílias temiam ser des<strong>pe</strong>jadas. Isso se estendeu até meados<br />
de 2005.<br />
A partir de 2005, com a legalização do PA, as famílias passaram a receber os<br />
créditos, tais como, energia elétrica, fomento, PRONAF A.<br />
O referido assentamento possui 100 famílias assentadas, com lotes de<br />
aproximadamente 16 ha, cada, a produção do PA é baseada na produção de leite e de<br />
grãos, como soja, milho e trigo.<br />
6.3.2. População do assentamento<br />
Após o levantamento de dados a campo, tratou-se de organizar as informações<br />
conforme o número de <strong>pe</strong>ssoas, número de crianças, jovens e idosos, grau de<br />
escolaridade, tipos de habitação, saúde, dentre outros, foram diagnosticados <strong>pe</strong>lo<br />
estudo.<br />
Como apresentado no Gráfico 1, trezentos e dezesseis(316) <strong>pe</strong>ssoas residem no<br />
assentamento. Destes, cem e setenta e quatro (174) são homens (55%) e cento<br />
quarenta e quatro (144) são mulheres (45%), destas 88 crianças, 36 jovens, 171<br />
adultos e 21 idosos. Este dado foi levantado junto a cada núcleo, de forma geral<br />
não sendo um recenseamento.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 57<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Percebe-se um número significativo de crianças e jovens no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum e com<br />
isso, o potencial para o estímulo ao trabalho familiar e a necessidade de promoção<br />
de atividades esportivas, de lazer e de cultura que possam estimular a <strong>pe</strong>rmanência<br />
dos jovens no campo.<br />
Gráfico 15: Dados referentes a população do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
28%<br />
11%<br />
7%<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 58<br />
54%<br />
Adultos<br />
Idosos<br />
Jovens<br />
Crianças<br />
Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />
Gráfico 16: Número de homens e mulheres no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
45% Homens<br />
55%<br />
Mulheres<br />
Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />
6.3.3. Organização Social<br />
Através de visitas realizadas no assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum observou-se que a<br />
mesma possui quatro bolsões, com aproximadamente vinte e cinco famílias por bolsão.<br />
As famílias estão distribuídas nos lotes de acordo com a demarcação oficial do<br />
INCRA, nos quais realizam seus cultivos de forma individual, não havendo nenhum tipo<br />
de trabalho de forma coletiva dentro do PA.<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Juntamente com as outras áreas de Reforma Agrária da região, as famílias<br />
contam com a assistência técnica de uma equi<strong>pe</strong> da COPTEC, contratados <strong>pe</strong>lo INCRA<br />
através do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental – ATES. A COPTEC<br />
orienta as famílias em assuntos ambientais, produtivos e sociais, apoiando e<br />
participando das iniciativas do núcleo e acompanhando sistematicamente o<br />
planejamento estratégico familiar e coletivo do assentamento.<br />
Algumas das famílias do assentamento contam com o apoio da Coo<strong>pe</strong>rativa<br />
Regional de Capão do Cipó, localizada no PA. Santa Rita, para entrega e<br />
comercialização do leite.<br />
Em alguns <strong>pe</strong>ríodos do ano as mulheres se reúnem para trocar<br />
ex<strong>pe</strong>riências, organização ou participação de oficinas e atividades de lazer.<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum não possui escola na sede do assentamento, mas suas<br />
crianças são atendidas nas escolas de assentamentos visinhos, além da escola<br />
municipal da sede do município e na Escola Estadual localizada no distrito de Carovi,<br />
Capão do Cipó.<br />
A comunidade religiosa do assentamento é formada por 04 (quatro) religiões,<br />
Católica, Assembléia de Deus, Deus é Amor e Quadrangular. O assentamento não<br />
possui nenhuma igreja na comunidade, sendo que realizam seus encontros no salão<br />
comunitário ou nas próprias residência.<br />
Pode-se contatar que no presente assentamento há uma freqüente prática de<br />
lazer, havendo campo de futebol na comunidade e também particulares.<br />
Foto 2: Salão comunitário PA.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 59<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Fonte: Pesquisa de campo, Equi<strong>pe</strong> COPTEC - N. O. São Miguel das Missões.<br />
Estrutura Regional<br />
A Regional Joceli Correa abrange quatro municípios, Capão do Cipó, São Miguel<br />
das Missões, Caibaté e Giruá, com aproximadamente doze assentamentos e 400<br />
famílias. A Regional conta com dois dirigentes estaduais, um do sexo feminino e um do<br />
sexo masculino, além de uma direção regional com aproximadamente vinte e quatro<br />
dirigentes. Sendo que, dentre os vinte e quatro dirigentes o assentamento Sepé Tiaraju<br />
possui um representante. Também conta com a Coordenação regional, a qual é<br />
representada por todos os núcleos de base dos assentamentos.<br />
6.4. Infraestrutura Física, Social e Econômica<br />
Com relação a infra-estrutura do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum, constatou-se a existência de<br />
energia elétrica, algumas famílias contam com o abastecimento de água encanada,<br />
proveniente de um poço artesiano do próprio PA. As demais famílias possuem<br />
poços artesanais, dos quais a água é retirada através de bomba submersa. Sendo<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 60<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
que as mesmas aguardam <strong>pe</strong>la implementação de redes d’água para suas<br />
residências.<br />
A grande maioria das residências é de alvenaria, com boa qualidade. A estrada<br />
principal pode ser considerada precária, havendo grandes dificuldades de<br />
trafegabilidade em dias de chuva, assim como o acesso as moradias. Cabe-se lembrar<br />
que o PA Inhaca<strong>pe</strong>tum não recebeu nenhum grande investimento nessa área.<br />
Percebeu-se uma carência de máquinas e implementos para maioria dos<br />
assentados. Sendo que na maioria das vezes é utilizada a tração animal e o<br />
pagamento de horas maquina para terceiros. Além dos serviços prestados <strong>pe</strong>la<br />
patrulha agrícola do município que muito auxilia às famílias.<br />
A tabela 17 mostra o número de famílias que possuem maquinário e equipamento:<br />
Tabela 17: Infra-estrutura PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
MAQUINAS E EQUIPAMENTOS<br />
Famílias Tratores uso<br />
individual<br />
INFRA-ESTRUTURA PRODUTIVA<br />
Colheitadeira<br />
uso individual<br />
Ordenhadeiras<br />
Resfriadores<br />
imersão uso<br />
individual<br />
Famílias 9 2 22 44<br />
Fonte Pesquisa de Campo. Equi<strong>pe</strong> Técnica COPTEC. N. O. São Miguel das Missões.<br />
O PA possui um salão comunitário que é utilizada para reuniões, cursos de<br />
formação e cultos religiosos entre outros.<br />
No referido PA não existe estrutura de interesse grupal, assim como não há<br />
equipamentos de uso coletivo..<br />
6.5. Sistemas Produtivos<br />
A matriz produtiva do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum é variada. Na produção agrícola no cultivo<br />
de grãos predomina a soja, milho, trigo e feijão. A produção animal abrange a criação<br />
de gado de leite e de corte, feita sobre pastagem nativa e cultivada (aveia, milheto,<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 61<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
brachiaria e tifton). Há ainda a produção em <strong>pe</strong>quena escala de outras culturas como<br />
hortaliças e frutas, e a criação de <strong>pe</strong>quenos animais como aves, suínos e <strong>pe</strong>ixes.<br />
O sistema de cultivo do solo é o convencional, com o revolvimento do solo<br />
para a implantação das lavouras de milho e pastagens e o plantio direto,<br />
principalmente para o cultivo da soja.<br />
A produção leiteira é feita de forma convencional, com implantação de pastagens,<br />
utilização de complementos alimentares, tais como feno e silagem.<br />
Nº<br />
Famílias<br />
Tabela 18: Produção de grãos no assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Produção Vegetal<br />
Cultura Nº família Hectares (total) Produção total ultima safra<br />
sacas 60 kg ou kg/ha<br />
Milho 85 150 5250 sc<br />
Feijão 10 4 40 sc<br />
Soja 80 600 24000 sc<br />
Trigo 20 120 4200 sc<br />
Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />
Tabela 19: Produção animal do assentamento Fazenda Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Produção Animal<br />
Nº total de animais do<br />
rebanho leiteiro<br />
Leite<br />
Nº de animais produzindo<br />
leite<br />
Produção litros dia no<br />
assentamento<br />
80 480 400 360.000<br />
Outros Rebanhos<br />
Ovelhas Suínos Aves Eqüinos Bovinos de corte Animais de<br />
tração<br />
100 0 200 3000 7 800 18<br />
Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />
Foto 3: Ex<strong>pe</strong>rimento de cereais de inverno.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 62<br />
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Inhaca<strong>pe</strong>tum/Nova Es<strong>pe</strong>rança<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />
Foto 4: Criação gado leiteiro no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />
Tabela 20. Consolidado produção do Assentamento Safra 2009-2010<br />
Nº fam. Hectares (total)<br />
Soja Milho<br />
Produção<br />
sacas 60 kg<br />
Nº fam.<br />
Hectares<br />
(total)<br />
Produção<br />
sacas 60 kg<br />
80 600 24000 85 150 5250<br />
Nº fam. Hectares (total)<br />
Feijão Arroz<br />
Produção<br />
sacas 60 kg<br />
Nº fam.<br />
Hectares<br />
(total)<br />
Produção<br />
sacas 60 kg<br />
10 4 40 0 0 0<br />
Nº de<br />
hortas<br />
hortas comerciais pomares comerciais<br />
total em ha Nº pomares<br />
total em<br />
ha<br />
horta<br />
autoconsumo<br />
Nº famílias<br />
pomar<br />
autoconsumo<br />
Nº de<br />
famílias<br />
0 0 0 0 65 65<br />
Outros cultivos comerciais Produção de sementes/mudas<br />
Nº famílias quais<br />
Hectares<br />
(total)<br />
Nº de<br />
famílias<br />
quais as plantas<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 63<br />
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0 0 0<br />
Rebanhos<br />
ovelhas suínos<br />
bovinos<br />
corte<br />
0 0<br />
aves equinos<br />
Nº animais de<br />
tração<br />
0 200 800 3000 7 18<br />
Leite<br />
Nº fam.<br />
Nº total de<br />
animais do<br />
rebanho leiteiro<br />
animais<br />
produzindo<br />
leite<br />
Produção<br />
(L/dia)<br />
80 480 400 360.000<br />
Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />
Canais de comercialização<br />
Na comercialização do leite, alguns produtores utilizam a Coo<strong>pe</strong>rativa do<br />
Assentamento como fonte de comercialização. Em outros casos os produtores<br />
comercializam diretamente com outras empresas.<br />
A comercialização de grãos é realizada através da venda direta as coo<strong>pe</strong>rativas<br />
do Município (Cotrijui) e para outras empresas (Inducalca e Multirrural), além da<br />
comercialização entre os produtores.<br />
Referente a comercialização do produto animal é realizada com o comércio local<br />
e entre produtores.<br />
Renda auferida <strong>pe</strong>las famílias<br />
A renda familiar da maior parte do PA é obtida através da atividade leiteira e da<br />
produção de grãos. Outra forma de renda se refere a produção para o consumo da<br />
família.<br />
Também foi constatado que alguns produtores assentados, além do trabalho no<br />
lote, também realizam atividades não agrícolas fora do PA, com isso gerando uma<br />
renda extra para o sustento da família.<br />
6.6. Serviços de Apoio à Produção<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 64<br />
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O serviço de apoio à produção é desenvolvido <strong>pe</strong>la COPTEC (Coo<strong>pe</strong>rativa de<br />
Prestação de Serviços Técnicos LTDA), através de orientações técnicas (época de<br />
plantio, adubação, manejo e conservação do solo, unidades demonstrativas, etc.), o<br />
qual conta dois profissionais, sendo um Técnico Agrícola e um Técnico Social. A PA<br />
Inhaca<strong>pe</strong>tum, também conta com apoio da patrulha agrícola do município, a qual conta<br />
com três tratores equipados com grade, globe, roçadeira, enciladeira, calcariedeira,<br />
entre outros equipamentos.<br />
A Secretaria da Agricultura, através de uma parceria com o estado, oportuniza o<br />
sistema troca – troca de milho. Também são disponibilizadas às famílias, através da<br />
Secretaria de Agricultura ou COPTEC, fornecimento de mudas frutíferas e alevinos.<br />
O PA conta com o apoio de profissionais do município que atuam na EMATER,<br />
tais como o Técnico Agrícola, Engenheiro Agrônomo e Técnico Social.<br />
Existe um convenio entre o INCRA, FAPEG e a EMBRAPA responsáveis <strong>pe</strong>lo feito<br />
de transferência de tecnologia da EMBRAPA para as famílias assentadas, convênio<br />
este que usa unidades demonstrativas para a capacitação das famílias.<br />
A PA. Inhaca<strong>pe</strong>tum, atualmente conta com o apoio de uma Recente Coo<strong>pe</strong>rativa<br />
dos Assentados que nasceu com o intuito de discutir e organizar a produção dos<br />
assentamentos. Hoje a Coo<strong>pe</strong>rativa está atuando na coleta e comercialização do leite<br />
de parte das famílias.<br />
Foto 5: Orientações técnicas para agricultores.<br />
Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N. O. São Miguel das Missões.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 65<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
6.6.1. Programas de crédito e financiamentos<br />
A linha de crédito em que as famílias do PA estão incluídas é a do PRONAF e as<br />
fontes são MDA/INCRA, Banco do Brasil e Sicredi.<br />
no referido PA.<br />
Com relação ao Grau de Endividamento das famílias é em torno de 40%<br />
6.7. Serviços sociais básicos<br />
6.7.1. Educação<br />
O acesso à educação do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum é oferecido em escolas do município e,<br />
também, nos assentamentos visinhos. Na sede do município encontra-se a Escola<br />
Municipal de Ensino Fundamental Júlio Biasi, no distrito de Carovi situa-se a Escola<br />
Estadual de Ensino Médio Macedo Beltrão do Nascimento, no PA Sepé Tiarajú localiza-<br />
se a Escola Estadual de Ensino Fundamental Incompleto Chico Mendes e no PA<br />
Santa Rita encontra-se a Escola Estadual de Ensino Fundamental Roseli Correa<br />
da Silva. As crianças do assentamento são conduzidas às escolas por meio de<br />
transporte municipal gratuito. Em algumas dessas escolas também é oferecido aula<br />
para jovens e adultos (EJA).<br />
Tabela 21: Grau de instrução.<br />
Sem idade Analfabeto 2 grau<br />
escolar<br />
Su<strong>pe</strong>rior 1 grau<br />
incompleto<br />
38 3 12 1 37<br />
Fonte: Pesquisa de campo, COPTEC – N.O. São Miguel das Missões.<br />
Gráfico n° 17: Grau de instrução PA Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 66<br />
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Missões.<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
41%<br />
13%<br />
1%<br />
3%<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 67<br />
42%<br />
Analfabeto<br />
Sem idade escolar<br />
1º Grau imcompleto<br />
2º Grau<br />
Ensino Su<strong>pe</strong>rior<br />
Fonte: Pesquisa de Campo. Equi<strong>pe</strong> Técnica COPTEC N. O. São Miguel das<br />
6.7.2. Saúde e Saneamento<br />
As famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum recebem assistência médica no posto de saúde na<br />
sede do município de Capão do Cipó. Para casos mais graves os pacientes são<br />
encaminhados aos hospitais do município de Santiago ou Santa Maria. Havendo<br />
o transporte dos pacientes, quando necessário. Também contam com um agente de<br />
saúde que faz o acompanhamento às famílias como orientação e <strong>pe</strong>sagem das<br />
crianças.<br />
O município não apresenta uma política de saúde es<strong>pe</strong>cífica para o meio rural.<br />
O acesso ao saneamento no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum é ainda limitado. A água<br />
consumida <strong>pe</strong>las famílias é oriunda de poço artesiano e poço artesanal, porém não<br />
sofre nenhum tipo de tratamento antes do consumo, embora seja aparentemente de<br />
boa qualidade.<br />
No que se refere aos dejetos, à maior parte das casas possui banheiros com<br />
fossas sépticas e sumidouro, sendo que 56% já possui todo processo de saneamento<br />
básico instalado, 35% está em processo de instalação e 9% não possuem tratamento<br />
adequado para os dejetos.<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Os resíduos sólidos inorgânicos (garrafas plásticas, latas, vidros, etc.) em alguns<br />
casos são enterrados ou queimados, como também há famílias que depositam em<br />
valas ou buraco.<br />
rural.<br />
O município não apresenta uma política de saneamento es<strong>pe</strong>cífica para o meio<br />
6.7.3. Cultura e Lazer<br />
No assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum a prática de lazer dos jovens se dá nos campos de<br />
futebol do assentamento ou no ginásio municipal.<br />
Durante o ano as mulheres se reúnem para práticas artesanais e também algumas<br />
práticas de lazer, exemplo jogo de bolão, reuniões dançantes. Isso também ocorre com<br />
o grupo de idosos.<br />
Também são realizados encontros religiosos no salão comunitário ou nas próprias<br />
residências.<br />
O município encontra-se em desenvolvimento, buscando recursos para melhorar<br />
infraestrutura para a <strong>pra</strong>tica de esportes e lazer, com isso beneficiando indiretamente<br />
as famílias do PA.<br />
As famílias deste PA são oriundas de: Nonoai, Ronda Alta, Tenente Portela,<br />
Miraguai, Palmeira das Missões, Cruz Alta, Jóia, Ibirubá, Trindade, Boa Vista do Incra,<br />
Rodeio Bonito, Bom Progresso, Seberi, São José das Missões entre outros municípios.<br />
Sendo seus traços culturais: luso brasileira, alemã, italiana e também proveniente de<br />
famílias numerosas.<br />
Essas famílias trocam conhecimentos e vivências em encontros realizados no<br />
salão comunitário, assim como em suas próprias residências.<br />
6.7.4. Habitação<br />
Por meio de uma <strong>pe</strong>squisa de campo, pode-se constatar que na PA Inhaca<strong>pe</strong>tum<br />
possui 56 (cinquenta e seis) casas de alvenaria, já concluídas, 35 (trinta e cinco) casas<br />
em construção, todas com recursos oriundos do INCRA e Caixa Econômica Federal e 9<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 68<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
(nove) casas de madeira, pois não acessaram os recursos do INCRA por motivos de<br />
irregularidades. O abastecimento de água é por meio de poço artesiano e poço<br />
artesanal, sendo que a distribuição para as residências é feito através de encanamento<br />
com cano pvc e mangueira preta.<br />
A maior parte das casas possui banheiros com fossas sépticas e sumidouro,<br />
havendo em sua maioria o processo de saneamento básico.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 69<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
7.1. Organização Territorial<br />
7. PLANOS<br />
Entendendo território/espaço Assentamento como um local em constante<br />
transformação e exploração por parte do agronegócio é que se pretende contextualizá-<br />
lo nas mais diversas e diferentes formas, ou seja, na área produtiva, política,<br />
econômica, social e cultural sempre é claro entendendo-o como um espaço riquíssimo<br />
e, portanto em constante disputa com o agronegócio.<br />
Pretendemos com este documento apresentar algumas proposta de organização<br />
interna dos Assentamentos e que estas garantam um novo modelo para a agricultura<br />
camponesa e que as mesmas contribuam para uma melhor qualidade de vida das<br />
famílias assentadas e que potencialize o seu desenvolvimento e sua autonomia<br />
econômica e alimentar, passando de um modelo convencional para um modelo<br />
diversificado e baseado nos princípios Agroecológico.<br />
O Assentamento deve ser um espaço onde as famílias possam viver com<br />
dignidade e conforto e que tenham condições para sobreviver e ultrapassar as barreiras<br />
da exclusão. Deve ser um espaço onde exista organização, estruturas adequadas,<br />
moradia, água e saneamento básico para garantir saúde de qualidade, vias e acesso<br />
para escoamento da produção, cultura e lazer, formação para a conscientização e<br />
res<strong>pe</strong>ito à natureza.<br />
7.1.1. Uso da Terra<br />
Potencialidades;<br />
O assentamento está localizado próximo a um moinho colonial em fase de<br />
conclusão, o qual tem como objetivo incentivar a produção no assentamento.<br />
Analisando a rede de drenagem interna do PA Sepé Tiaraju,<br />
observa-se que é formada por vários <strong>pe</strong>quenos cursos d'água o que propicia a<br />
piscicultura no assentamento.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 70<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
A proximidade do assentamento a cidade do Capão do Cipó propicia a<br />
comunidade assentada a vir organizar feiras coloniais onde os assentados além de<br />
expor a produção poderão garantir uma renda a mais alem de agregar maior valor aos<br />
seus produtos.<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança, atualmente conta com o apoio de uma<br />
Recente Coo<strong>pe</strong>rativa dos Assentados que nasceu com o intuito de discutir e organizar a<br />
produção dos assentamentos. Hoje a Coo<strong>pe</strong>rativa está atuando na coleta e<br />
comercialização do leite de parte das famílias assentadas no Município do Capão do<br />
Cipó, sendo que, mais tarde a mesma irá assumir o moinho colonial localizado no PA<br />
Santa Rita.<br />
Outro potencial do assentamento é a bacia leiteira, pois hoje é desta atividade<br />
que os agricultores estão retirando a maior parte de sua renda.<br />
Limitações;<br />
Há carências de máquinas e implementos para a maioria dos assentados.<br />
Sendo utilizados a tração animal e o arrendamento de tratores e implementos,<br />
alem do próprio arrendamento dos lotes. Também existe um grande limitante no<br />
que diz res<strong>pe</strong>ito à adequação a normativa 51¹, pois muitos dos assentados não<br />
possuem estruturas adequadas.<br />
O endividamento por parte da maioria dos assentados dificulta o acesso<br />
aos créditos e com isso os assentados não conseguem se reestruturar.<br />
As florestas do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança encontram-se<br />
impactadas <strong>pe</strong>lo acesso do gado e <strong>pe</strong>lo corte seletivo de árvores nas florestas de<br />
galeria. Em muitos trechos a faixa remanescente ao longo dos cursos d'água é<br />
menor do que aquela definida na legislação<br />
Pode-se observar em vários pontos do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança<br />
terras consideradas impróprias para o uso com lavouras anuais sendo utilizadas para<br />
este fim. Associado a práticas de manejo inadequadas, com o cultivo convencional e o<br />
uso de queimadas, todos esses processos contribuem para a intensificação dos<br />
processos erosivos, e compactação devido o uso intensivo do solo.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 71<br />
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_________________________<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
1. A Instrução Normativa 51 foi criada para melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil. Ela estabelece critérios de higiene, de<br />
manejo sanitário, de armazenamento e transporte do leite.<br />
O uso intensivo do solo ocasiona compactação, erosão e baixa fertilidade.<br />
Outro limitante é o uso expressivo de agrotóxicos tanto nos arredores do<br />
assentamento quanto por parte dos arrendatários das terras de alguns assentados<br />
Condicionantes;<br />
É importante a recu<strong>pe</strong>ração das florestas de galeria com o plantio de<br />
árvores nativas em todas as margens do arroio.<br />
Iniciar um programa de recu<strong>pe</strong>ração dos solos seja com adubação orgânica,<br />
pastagens, reflorestamento, ou plantas recu<strong>pe</strong>radoras.<br />
Sensibilizar e capacitar à comunidade assentada para a transição do modelo de<br />
produção.<br />
7.1.2. Água<br />
Potencialidades;<br />
Existem vários <strong>pe</strong>quenos cursos d’água que deságuam no rio Inhaca<strong>pe</strong>tum.<br />
A água consumida <strong>pe</strong>las famílias é oriunda de um poço artesiano que se<br />
localiza em uma comunidade vizinha ao PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Algumas famílias do PA possuem reservatórios d'água.<br />
Limitações;<br />
A água que hora é consumida <strong>pe</strong>las famílias é oriunda de um poço<br />
artesiano, não sofrendo tratamento antes do consumo, embora seja<br />
aparentemente de boa qualidade.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 72<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Nascentes sem proteção, alguns açudes e bebedouros construídos de<br />
forma irregular.<br />
Des<strong>pe</strong>rdício no consumo da água (torneiras abertas, vazamento nos<br />
encanamentos).<br />
Algumas famílias sofrem com a constante falta de água, devido as residências<br />
localizarem-se em nível mais alto do assentamento a água chega fraca e falta com<br />
freqüência.<br />
Condicionantes<br />
Conscientização para o uso correto da água e tratamento da mesma.<br />
Reflorestamento e florestamento ao redor das nascentes.<br />
Construção de um poço artesiano no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
7.1.3. Vias de Acesso<br />
Potencialidades;<br />
O assentamento esta localizado nas margens da RS 377 possibilitando<br />
um bom acesso ao PA. As estradas internas do assentamento podem ser<br />
consideradas regulares o que possibilita o acesso dos meios de transporte<br />
principalmente no que se referem ao transporte escolar, passageiros, rota do leite e o<br />
escoamento da produção. O acesso às moradias é ruim.<br />
Limitações;<br />
Os acessos aos lotes têm que ser melhorado.<br />
Dificuldade no escoamento da produção.<br />
Condicionantes<br />
As estradas internas do assentamento deverão ter um trabalho <strong>pe</strong>riódico de<br />
manutenção para que <strong>pe</strong>rmaneçam em boas condições de trafegabilidade.<br />
Também deve ter um programa que possibilite melhoria no acesso aos lotes.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 73<br />
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7.1.4. Infra-estrutura<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Potencialidades;<br />
Existe no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança uma Escola Municipal de<br />
Ensino Fundamental Incompleto Chico Mendes que atende crianças de 1° a 4°<br />
série alem de jovens e adultos e uma Igreja.<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança se beneficiará de um moinho colonial em<br />
fase de conclusão o qual está localizado no PA Santa Rita.<br />
moradias.<br />
Limitações;<br />
A sede (pátio) precisa de embelezamento e organização. Bem como as<br />
Falta local para esportes.<br />
Condicionantes<br />
Construção de espaços de lazer e esporte no assentamento e embelezamento<br />
da sede e moradias.<br />
7.1.5.Moradia<br />
Potencialidades;<br />
As famílias regulares no assentamento foram beneficiadas <strong>pe</strong>lo Programa de<br />
Habitação do INCRA, sendo que algumas delas não conseguiram acessar o crédito até<br />
hoje, devido à falta de apresentação do projeto no INCRA. Destas famílias, quinze (15)<br />
foram contempladas com um Programa de Habitação com recurso do INCRA e da<br />
Caixa Econômica Federal, sendo que oito (08) foram reformas e sete (07) casas <strong>nova</strong>s.<br />
Limitações;<br />
O não acesso ao crédito habitação do INCRA, para algumas famílias do PA.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 74<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Condicionantes<br />
Buscar alternativa para viabilizar o acesso destas famílias ao credito habitação.<br />
7.2. Serviços Sociais Básicos<br />
Para este plano pretendemos destacar algumas questões levantadas no<br />
diagnóstico do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança, avaliando a situação social do<br />
mesmo, suas potencialidades, limitações e condicionantes no que diz res<strong>pe</strong>ito à<br />
qualidade de vida, incluindo a garantia de serviços sociais básicos, como a moradia,<br />
escola, lazer cultura e saúde direitos básicos de um ser humano.<br />
Hoje os serviços sociais básicos não atendem plenamente as necessidades das<br />
<strong>pe</strong>ssoas, tão pouco possibilita a participação dos mesmos. Por isso a organização das<br />
famílias exige um <strong>pe</strong>rmanente processo de luta para garantir <strong>nova</strong>s conquistas.<br />
7.2.1. Saúde<br />
Potencialidades;<br />
No que se refere a serviços de saúde, o assentamento é assistido por um agente<br />
de saúde e recebe atendimento no Posto de Saúde da sede do município, que dispõe<br />
de atendimento básico e os demais serviços são encaminhados para municípios<br />
visinhos, quando necessário. Mas as famílias também buscam por alternativas como a<br />
produção de remédios com plantas medicinais, auxiliando na prevenção de algumas<br />
doenças.<br />
Limitações;<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 75<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
No que se refere aos serviços de saúde as famílias dispõem do atendimento<br />
básico em um posto de saúde, mas o município não possui hospital e as consultas<br />
es<strong>pe</strong>cializadas são encaminhadas a outros municípios em casos de internação os<br />
pacientes são encaminhados para o hospital de Santiago e em casos mais graves os<br />
pacientes são encaminhados para hospitais de Santa Maria o que também traz demora<br />
no atendimento, dificultando um processo de prevenção das doenças.<br />
Condicionantes<br />
Formação para a comunidade na área de tratamentos naturais. Bem como, a<br />
construção de uma horta medicinal para que cada família tenha suas ervas medicinais<br />
e que possa manipular seus próprios medicamentos e desta forma solucione problemas<br />
básicos no assentamento.<br />
7.2.2. Educação<br />
Potencialidades;<br />
O acesso à educação do PA Sepé Tiaraju é regular. É oferecido na Escola<br />
Municipal de Ensino Fundamental Incompleto Chico Mendes escola esta que<br />
atende crianças de 1º a 6º serie, além da educação de jovens e adultos (EJA), as<br />
crianças que completam a 6º série continuam seus estudos na Escola Municipal<br />
de Ensino Fundamental Júlio Biasi até completarem o primeiro grau, depois elas<br />
vão para a Escola Estadual de Ensino Médio Macedo Beltrão do Nascimento que é<br />
oferecido no distrito de Carovi, no próprio município de Capão do Cipó.<br />
Limitações;<br />
Difícil acesso a escola de ensino médio a escola mais próxima localiza-se no<br />
distrito de Carovi a 30 Km do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 76<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Condicionantes<br />
Reivindicar a construção de uma escola que atenda o ensino médio a qual se<br />
localize mais próximo do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
7.2.3. Cultura e Lazer<br />
Potencialidades;<br />
O que costuma acontecer no PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança são festas em<br />
datas comemorativas organizadas <strong>pe</strong>la escola e a comunidade.<br />
No decorrer do ano as mulheres do assentamento se reúnem para trocar<br />
ex<strong>pe</strong>riências, desenvolvem estudos de temas diversos e para a organização de<br />
oficinas, como exemplo a de artesanato, remédios caseiros e materiais de higiene com<br />
base nas plantas medicinais, além de intercâmbios com outros grupos, onde participam<br />
de feiras artesanais e confraternizações.<br />
Limitações;<br />
No PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança o esporte, lazer e encontros familiares<br />
não são <strong>pra</strong>ticados com regularidade, devido à falta de estrutura para os mesmos.<br />
Condicionantes<br />
Viabilizar a construção de um local para a prática de esporte e lazer.<br />
Iniciar um debate com as famílias sobre trabalho coletivo de embelezamento das<br />
propriedades.<br />
7.3. Sistemas Produtivos<br />
Pretendemos neste plano trazer presente a diversificação da produção das<br />
famílias do assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança a qual foi diagnosticada no<br />
primeiro relatório do Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento e que merece uma<br />
atenção es<strong>pe</strong>cial para ser compreendida dentro de sua importância e complexidade.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 77<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Ultimamente o arrendamento de terras vem se desenvolvendo de forma rápida,<br />
inclusive dentro dos assentamentos, os quais deveriam combater este sistema o qual<br />
vai contra os princípios da reforma agrária. Com todas as consequências negativas<br />
desta prática ainda tem o agronegócio que também vem se desenvolvendo de forma<br />
rápida e agressiva, nas várias esferas produtivas, ambiental e social.<br />
É de estrema necessidade e urgência haver uma mudança ideológica e<br />
desenvolvimento de uma <strong>nova</strong> forma de produção, inclusive desburocratização para o<br />
acesso a investimentos para que com isso reduza a prática dos arrendamentos e desta<br />
forma faça com que as famílias possam produzir para seu auto-sustento e que possam<br />
ter produção para abastecer o mercado local e regional.<br />
No caso es<strong>pe</strong>cifico do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança a prática do<br />
arrendamento tem se dado devido às famílias terem uma grande carência de<br />
implementos agrícolas e maquinários, a maioria dos assentados usa tração animal ou<br />
de maquinários de terceiros para o preparo da terra e plantio.<br />
O assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança apresenta um sistema produtivo<br />
bem diversificado, tanto para comercialização quanto para o próprio consumo. Para que<br />
consigam realizar uma produção de qualidade as famílias contam apoio e assistência<br />
da COPTEC e Secretaria Municipal de Agricultura, além do convênio entre INCRA,<br />
FAPEG, EMBRAPA e o SOMAR. Apoio este que é de extrema importância para o<br />
progresso e desenvolvimento das atividades realizadas no PA.<br />
7.3.1. Linhas Produtivas<br />
Potencialidades;<br />
Possui grande potencial para a produção de leite a pasto, sendo esta a atividade<br />
principal por agregar o maior número de famílias do PA.<br />
Produção de grão, como soja e milho.<br />
Produção para o autoconsumo.<br />
Limitações;<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 78<br />
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maquinários<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Falta de infra-estruturas produtivas. De<strong>pe</strong>ndência de arrendamento de<br />
De<strong>pe</strong>ndência ao crédito.<br />
Pouca informação sobre linhas produtivas<br />
Condicionantes<br />
Potencializar e aprofundar o debate sobre linhas produtivas.<br />
Buscar alternativas para solucionar a questão do endividamento.<br />
7.3.2. Diversificação da Produção e Autoconsumo<br />
Potencialidades;<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança já possui o entendimento e a importância<br />
da diversificação da produção e do seu autoconsumo, sendo que muitos já produzem<br />
desse modo;<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança localiza-se próximo a um Moinho Regional<br />
que receberá a produção de grãos para produção de farinha e demais produtos<br />
derivados de grãos;<br />
Limitações;<br />
Falta de técnicas alternativas para o tratamento das culturas já que as famílias<br />
utilizam os químicos.<br />
Pouca participação das famílias com relação ao moinho regional.<br />
Condicionantes<br />
Proporcionar o conhecimento de <strong>nova</strong>s técnicas que sejam alternativas para a<br />
diversificação e aumento da produção do autoconsumo<br />
Fomentar a participação das famílias nas discussões e gestão do moinho<br />
colonial Regional como ferramenta de renda, produção e consumo das famílias<br />
assentadas.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 79<br />
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famílias.<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
7.3.3. Transição Agroecológica<br />
Potencialidades;<br />
Existem Entidades interessadas em contribuir para a formação e capacitação das<br />
As famílias têm noção da importância da agroecologia.<br />
Limitações;<br />
Pouca formação e capacitação na área da agroecologica.<br />
Falta conscientização das famílias em relação à agraecologia<br />
Condicionantes<br />
Desenvolver atividades de formação e capacitação em agroecologia para as<br />
famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Fazer um trabalho de conscientização das famílias em relação à agroecologia<br />
7.3.7. Coo<strong>pe</strong>ração Agrícola (produção e ou comercialização)<br />
Potencialidades;<br />
A Coo<strong>pe</strong>rativa Regional contribuirá com a comercialização e produção do leite e<br />
outros produtos.<br />
Com a construção do Moinho Regional próximo ao PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova<br />
Es<strong>pe</strong>rança existe a possibilidade de fortalecimento ao comércio de grãos e derivados;<br />
Limitações;<br />
Existe no PA uma descrença das famílias quanto ao trabalho coo<strong>pe</strong>rado.<br />
Pouca participação e interesse das famílias com relação ao moinho e a<br />
coo<strong>pe</strong>rativa Regional.<br />
Condicionantes<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 80<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Fomentar atividades de formação e capacitação sobre a importância do trabalho<br />
coo<strong>pe</strong>rado como uma forma de resistência.<br />
Estimular a participação e reconhecimento do moinho como ferramenta de renda<br />
e produção para consumo das famílias assentadas<br />
7.4. Meio Ambiente<br />
A partir da realização do diagnostico do PRA pode-se <strong>pe</strong>rceber que a maior parte<br />
das famílias do PA compreende a importância da preservação dos recursos naturais,<br />
principalmente no diz res<strong>pe</strong>ito a melhoria das condições de vida.<br />
É importante que as famílias <strong>pe</strong>rcebam que fazem parte do ambiente onde vivem<br />
e que a utilização equilibrada dos recursos naturais influencia na melhoria da qualidade<br />
de vida.<br />
O presente plano deve propiciar ações adequadas ao aproveitamento consciente<br />
dos recursos naturais disponíveis ou a recu<strong>pe</strong>ração de áreas degradadas.<br />
Nos últimos anos, têm se criado várias situações para promover discussões em<br />
torno da preservação ambiental. Bem como na mudança do modelo de produção, o<br />
qual traz impactos graves ao meio ambiente. O contra ponto a esta agricultura é a<br />
agricultura voltada para a agroecologia a qual contribui com a preservação dos<br />
ambientes cada vez mais impactados <strong>pe</strong>la ação do ser humano.<br />
É importante organizar atividades a serem desenvolvidas na área ambiental as<br />
mesmas devem conciliar o res<strong>pe</strong>ito ao ambiente e visar à utilização sustentável dos<br />
recursos ambientais.<br />
É necessário organizar a recu<strong>pe</strong>ração dos ambientes que apresentam<br />
degradação e garantir a conservação dos mesmos, pois é desta forma que se poderá<br />
garantir qualidade de vida às famílias e sustentabilidade ao assentamento.<br />
A ATES deverá assessorar os vários projetos que podem e devem ser<br />
implementados na área ambiental.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 81<br />
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degradadas.<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
7.4.1. Área de Preservação Permanente<br />
Potencialidades;<br />
As famílias têm interesse em desenvolver ações de recu<strong>pe</strong>ração das áreas<br />
Existe a possibilidade de construção de um viveiro regional no qual o PA<br />
Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança será beneficiado.<br />
Limitações;<br />
As famílias não têm conhecimento de quais as ações que podem ou não ser<br />
realizadas nas áreas de APP.<br />
Condicionantes<br />
Realizar atividade de formação e capacitação para as famílias em relação às<br />
áreas de preservação <strong>pe</strong>rmanente como conservá-las e recu<strong>pe</strong>rá-las.<br />
7.4.2. Reserva Legal<br />
Potencialidades;<br />
O PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança não possui uma área de reserva legal<br />
demarcada, porém tem disponibilidade em realizar práticas de preservação.<br />
Limitações;<br />
O PA não possui área de reserva legal demarcada<br />
As famílias não têm informação e conhecimento sobre este tipo de área.<br />
Condicionantes<br />
Definir a área de reserva legal do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança.<br />
Organizar momentos de formação e informação em relação à reserva legal.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 82<br />
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7.4.3. Saneamento<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Potencialidades;<br />
As famílias possuem conhecimento que os resíduos devem ter uma<br />
destinação correta.<br />
lixo.<br />
As famílias reaproveitam o lixo orgânico para a produção de adubo.<br />
Limitações;<br />
As famílias não têm um local adequado para colocar o lixo seco.<br />
Condicionantes<br />
Realizar atividades de formação e capacitação sobre saneamento e destino do<br />
7.4.4. Educação Ambiental<br />
Potencialidades;<br />
São organizados espaços, momentos de formação a res<strong>pe</strong>ito do tema, devido ao<br />
grande interesse da comunidade em relação às questões ambientais.<br />
Limitações;<br />
Foram desenvolvidas poucas atividades na área ambiental.<br />
Condicionantes<br />
Desenvolver atividades de formação ambiental teórica e prática.<br />
7.5. Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Plano<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 83<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
A organização do assentamento deve ser compreendida <strong>pe</strong>los assentados como<br />
uma ferramenta de resistência ao sistema a elas imposto. As famílias assentadas<br />
devem participar do seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento coletivo do<br />
assentamento. Devem organizar planejar e realizar ações que sejam para beneficio e<br />
desenvolvimento do PA.<br />
As famílias assentadas devem <strong>pe</strong>rceber que o espaço do assentamento é um<br />
espaço que possibilita produzir o seu próprio sustento e a organizar as estruturas<br />
coletivas. Tanto de produção, comercialização, quanto políticas ou sociais são<br />
essenciais para o bom desenvolvimento da comunidade.<br />
Sendo o assentamento uma conquista coletiva o mesmo deve ser <strong>pe</strong>nsado e<br />
gerido de forma coletiva, com grupos de <strong>pe</strong>ssoas responsáveis por cada uma das áreas<br />
de interesse das famílias, sendo ela econômica, produtiva, social ou política, tanto no<br />
planejamento como na execução das atividades planejadas.<br />
7.5.1. Organização Social<br />
Potencialidades;<br />
A coo<strong>pe</strong>rativa e o moinho Regional devem ser usados como ferramentas na<br />
organização social do assentamento.<br />
As famílias do PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança têm interesse em formar<br />
grupos de discussão, tanto de produção, quanto social ou política;<br />
discussão.<br />
Limitações;<br />
As famílias ainda encontram muitas dificuldades em criar os grupos de<br />
Condicionantes<br />
Incentivar o trabalho coo<strong>pe</strong>rado, mostrando a importância de se debater<br />
coletivamente o desenvolvimento do assentamento e só assim poder realmente<br />
desenvolvê-lo no âmbito social, econômico, produtivo e político<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 84<br />
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7.5.2. Gestão dos Planos<br />
Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Potencialidades;<br />
A comunidade <strong>pe</strong>rcebeu a necessidade de desenvolver o PA Inhaca<strong>pe</strong>tum -<br />
Nova Es<strong>pe</strong>rança, para que possam ter uma melhor condição de vida;<br />
As famílias assumiram juntamente com a ATES, o compromisso de por em<br />
prática cada uma das atividades propostas<br />
por elas;<br />
Limitações;<br />
Fazer com que as famílias cum<strong>pra</strong>m com as atividades propostas e assumidas<br />
Condicionantes<br />
Organizar e acompanhar atividades a serem desenvolvidas na comunidade,<br />
discutindo com as famílias o compromisso de cada uma.<br />
7.6. Assistência Técnica do Acompanhamento à Implantação do Plano<br />
Um dos principais objetivos da ATES no assentamento é orientar as famílias nas<br />
varias áreas seja social, produtiva ou ambiental. Com relação aos planos e programas a<br />
ATES deve realizar o acompanhamento e execução juntamente com as famílias e a<br />
coordenação do PA.<br />
A ATES no que diz res<strong>pe</strong>ito ao PRA deve contribuir com as famílias no sentido<br />
de orientação não de cobrança, já que a idealização dos planos e programas foi uma<br />
construção coletiva.<br />
Para a concretização do proposto para o PRA - Planos e programas a<br />
Assistência Técnica do PA pode utilizar-se de parcerias das quais contribuam para com<br />
o desenvolvimento e bem estar das famílias assentadas. Entre outras parceiras pode<br />
contar com o trabalho da EMBRAPA, SOMAR, Leite Sul, EMATER, SENAR,<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 85<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Universidade de Santa Maria e secretaria do Meio Ambiente do Município de Capão do<br />
Cipó.<br />
Potencialidades;<br />
No assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova Es<strong>pe</strong>rança a dinâmica organizativa se da<br />
com a ATES participando e estimulando as reuniões de acompanhamento e avaliação<br />
das ações com alguns núcleos de base e com coordenadores regionais, bem como,<br />
com o moinho e a coo<strong>pe</strong>rativa regional.<br />
Limitações;<br />
Um limite da equi<strong>pe</strong> técnica é o acúmulo de tarefas por parte do contrato com o<br />
INCRA as demandas do assentamento e da região as quais nem sempre tem sido<br />
realizadas com agilidade da qual os assentados es<strong>pe</strong>ram.<br />
Outro limitante são os problemas de organização dos assentados.<br />
Condicionantes<br />
Trabalhar a importância de discutir coletivamente o desenvolvimento do<br />
assentamento.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 86<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
8. PROGRAMAS<br />
8.1. Programa Organização Territorial<br />
Titulo/Tema: Ações que potencializem o Moinho Regional<br />
Justificativa: A instalação do moinho Regional esta sendo concluída<br />
aproximadamente até o mês de maio de 2010 no PA Santa Rita e pretende-se colocá-la<br />
em funcionamento a partir do seu término. A coo<strong>pe</strong>rativa dos assentados do Capão do<br />
Cipó irá assumir a gestão do moinho regional. Acredita-se que o Moinho Regional será<br />
uma ferramenta para agregar valor a produção dos assentamentos, pois o mesmo<br />
industrializará o milho e o trigo produzido <strong>pe</strong>los assentados.<br />
Objetivos:<br />
Que as famílias envolvidas possam produzir matéria prima suficiente para que<br />
se viabilize a estrutura do moinho.<br />
moinho.<br />
Envolver grande parte das famílias no processo de produção e organização do<br />
Ações e atividades:<br />
Desenvolver atividades de discussão e formação para acompanhamento do<br />
projeto, com a participação das famílias assentadas, ATES, SOMAR e EMBRAPA.<br />
Plantio de lavouras de milho e trigo produzindo para fabricação de farinha e<br />
outros derivados;<br />
produção.<br />
Formação das famílias sobre práticas agroecológicas que possam potencializar a<br />
Metas:<br />
Acompanhar o desenvolvimento do projeto e estimular a participação das<br />
famílias, através de reuniões, debates e atividades de formação teórica e prática para a<br />
melhoria da produção e bem estar das famílias assentadas.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 87<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
No ano de 2010 realizar o plantio de 20 ha de trigo. E fomentar para que ao<br />
passar dos anos esta área possa ir aumentando gradativamente.<br />
No corrente ano realizar a discussão para que as famílias produzam 30 ha de<br />
milho, es<strong>pe</strong>cificamente para o moinho e trabalhar para que gradativamente esta área<br />
possa aumentar.<br />
Prazos: 2010 a 2015.<br />
Público responsável: Pela formação ATES, SOMAR e EMBRAPA<br />
Pelo plantio as famílias com o acompanhamento da ATES.<br />
8.2. Programa Social – Serviços básicos<br />
Titulo/Tema: Embelezamento do Assentamento<br />
Justificativa: Devido o descaso com o local onde as famílias vivem surge a<br />
necessidade de elaborar um programa onde estimule o embelezamento do<br />
Assentamento e que este se torne um espaço bonito e de referencia e da mesma<br />
forma seja um estimulo para que cada família se sinta motivada a organizar e<br />
embelezar o seu lote.<br />
Objetivos: Realizar o embelezamento do assentamento para que o mesmo<br />
torne-se um espaço de referencia e que cada família sinta-se motivada a organizar o<br />
espaço do seu lote.<br />
Ações e atividades: Motivação das famílias<br />
Reunião para conscientização da importância do embelezamento no<br />
Assentamento.<br />
Mutirão para realizar o embelezamento do PA.<br />
Metas: Reunião de mobilização das famílias<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 88<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Prazos: Inicio Abril de 2010 Ação continuada<br />
Público responsável: ATES e Coordenação do Assentamento<br />
Titulo/Tema: Saúde e farmácia alternativas.<br />
Justificativa: A criação de um programa sobre saúde PA Inhaca<strong>pe</strong>tum - Nova<br />
Es<strong>pe</strong>rança se faz necessária á partir da necessidade de melhoria nestes serviços.<br />
Existe dificuldade de acesso a uma saúde de boa qualidade e com baixo custo, com<br />
isso se justifica o desenvolvimento de práticas alternativas para prevenção e tratamento<br />
de doenças.<br />
Objetivos: Conscientizar famílias de que o melhor, em primeiro lugar é a<br />
prevenção das doenças, em caso de necessidade de tratamento, que se busque uma<br />
forma com menor custo, utilizando o conhecimento empírico das famílias com os<br />
tratamentos alternativos, fitoterápicos ou homeopáticos, para desenvolver no próprio<br />
assentamento um espaço onde possam ter medicamentos alternativos de menor custo<br />
e preparados <strong>pe</strong>las próprias famílias.<br />
Ações e atividades: Motivação das famílias.<br />
Oficina sobre plantas medicinais, coleta e uso de cada planta, bem como sobre o<br />
preparo de medicamentos alternativos e como conservá-los;<br />
Construção de um horto medicinal.<br />
Metas: Capacitar famílias na área de medicina alternativa.<br />
Prazos: Capacitação e motivação das famílias maio de 2010.<br />
Oficina de coleta, uso das plantas e prepara de medicamentos alternativos: ao<br />
longo do ano de 2010<br />
Construção do horto 2011.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 89<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Público responsável: ATES e assentados<br />
8.3. Programa Produtivo<br />
Titulo/Tema: Produção de Leite Sustentável.<br />
Justificativa: Devido o alto custo para a produção leiteira este programa visa<br />
estimular a produção a pasto e conjuntamente com ações menos agressivas ao meio<br />
ambiente produzindo de forma menos de<strong>pe</strong>ndentes a produção dos insumos utilizados<br />
no processo produtivo da atividade leiteira<br />
Objetivos: Estimular a produção à base de pasto e com o uso de insumos locais,<br />
para a<strong>pe</strong>rfeiçoar e viabilizar umas das atividades mais importantes dos assentamentos.<br />
Aumentar e melhorar a qualidade do leite nos assentamento.<br />
Ações e atividades:<br />
Realizar oficinas e cursos sobre qualidade do leite, manejo de pastagem,<br />
sanidade animal e implantação do Pastoreio Racional Voisin (piquetes).<br />
Reuniões técnicas e orientações na área da produção leiteira.<br />
As reuniões e oficinas serão construídas junto as famílias camponesas e as<br />
necessidades encontradas nas visitas técnicas.<br />
Metas: Implantação de cinco PRV<br />
Prazos: 2010 a 2015<br />
Público responsável: ATES, Programa Leite Sul, Convênio INCRA FAPEG<br />
EMBRAPA e outras entidades parceiras.<br />
Titulo/Tema: Recu<strong>pe</strong>ração do solo Através da Adubação Verde<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 90<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
Justificativa: A adubação verde é uma forma de recu<strong>pe</strong>ração do solo mais<br />
viável por ser mais barata alem de servir como uma ferramenta no processo de<br />
transição para uma produção com base ecológica. As vantagens da adubação verde é<br />
que ela forma uma cobertura que im<strong>pe</strong>de a erosão e aumento do teor de matéria<br />
orgânica do solo.<br />
Objetivos: Recu<strong>pe</strong>rar os solos degradados, considerando o grau de<br />
endividamento e as condições financeiras dos assentados foram estabelecidas que se<br />
recu<strong>pe</strong>re no mínimo 1ha por ano de cada família do PA.<br />
Ações e atividades: Realizar oficinas, cursos, reuniões técnicas e de formação<br />
para a recu<strong>pe</strong>ração de solos com adubação verde.<br />
Distribuição de sementes EMBRAPA e INCRA.<br />
Metas: recu<strong>pe</strong>rar no mínimo 1ha por ano de cada família do PA.<br />
Prazos: 2010 A 2015<br />
Público responsável: Assentados são responsáveis <strong>pe</strong>lo desenvolvimento da<br />
atividade <strong>pra</strong>tica e a ATES <strong>pe</strong>la formação, orientação e acompanhamento.<br />
8.4. Programa Ambiental<br />
Titulo/Tema: Construção de Um Viveiro Regional.<br />
Justificativa: É necessário organizar a recu<strong>pe</strong>ração dos ambientes que<br />
apresentam degradação, pois é desta forma que se poderá garantir qualidade de vida<br />
às famílias e sustentabilidade ao assentamento.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 91<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
A importância de motivar as famílias no que se refere às questões ambientais<br />
vem sendo de grande relevância, visto que cada vez mais o meio ambiente esta sendo<br />
impactados <strong>pe</strong>la ação do ser humano. É ai então que surge a necessidade de criação<br />
de um programa desenvolvido <strong>pe</strong>los próprios assentados para a preservação e<br />
recu<strong>pe</strong>ração das áreas degradadas<br />
Objetivos: Conscientizar as famílias sobre a preservação das Áreas de<br />
Preservação Permanente e Áreas de Reserva Legal, estimulando a comunidade a<br />
recu<strong>pe</strong>rá-las.<br />
Produzir e efetuar a reposição de mudas em áreas degradadas.<br />
Ações e atividades: Coleta de sementes para produção das mudas;<br />
Definição coletivamente um espaço para o viveiro:<br />
Reposição das mudas nas áreas degradadas<br />
Metas: Plantar 1000 mudas de espécie nativas em todo o PA por ano.<br />
Prazos: 2010 a 2015.<br />
Público responsável: ATES, SOMAR formação e acompanhamento.<br />
As famílias Coleta de sementes, plantio e reposição das mudas.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 92<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
9. PAUTA QUALIFICADA DE REIVINDICAÇÃO<br />
9.1. Recurso para abertura de estradas de acesso aos lotes<br />
Demanda: Abertura de estradas, cascalhamento, colocação de bueiros e<br />
manutenção das estradas<br />
Justificativa: As estradas internas do assentamento são consideradas de boa<br />
qualidade exceto alguns pontos que apresenta qualidade inferior e principalmente o<br />
acesso aos lotes os quais devem ter abertura de estradas para o escoamento da<br />
produção principalmente a de grãos e do leite atividade esta principal dos assentados.<br />
Descrição técnica da reivindicação/demanda:<br />
Abertura reforma de estradas e colocação de bueiros. Considerando<br />
levantamento técnico.<br />
solo.<br />
Entidade responsável: INCRA, Prefeitura e Estado<br />
9.2. Criar uma linha de crédito sem retorno, para correção e recu<strong>pe</strong>ração de<br />
Demanda: Criar uma linha de crédito a fundo <strong>pe</strong>rdido para correção e<br />
recu<strong>pe</strong>ração de solos.<br />
Justificativa: Considerando que o solo já estava degradado e com a criação do<br />
PA esta situação se agravou surge então a necessidade de alternativas que venham<br />
resolver este déficit.<br />
Descrição técnica da reivindicação: recurso para correção da acides e<br />
calagem do solo.<br />
Recursos para fechamento de voçoroca.<br />
Entidade responsável: Prefeitura, INCRA/ MDA e Estado.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 93<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
9.3. Construção de um Ginásio de Esportes Poliesportivo Regional<br />
Demanda Liberação de recursos via MDA ou Ministério dos esportes.<br />
Justificativa A falta de locais para que as famílias possam organizar<br />
confraternizações, torneios, bailes e com isso melhorar as opções de lazer e a<br />
socialização, tanto dos jovens como dos adultos demanda a necessidade de construção<br />
de um ginásio esportivo regional, o qual, também poderá atender as comunidades<br />
vizinhas aos assentamentos e os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental<br />
Roseli Correa da Silva e.<br />
Descrição técnica da reivindicação: Liberação de recursos para construção do<br />
ginásio de esportes<br />
Entidade responsável: INCRA, MDA, Ministério dos Esportes.<br />
Coo<strong>pe</strong>rativa Prestação de Assistência Técnica Ltda. – COPTEC 94<br />
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Plano de Recu<strong>pe</strong>ração do Assentamento Inhaca<strong>pe</strong>tum – Nova Es<strong>pe</strong>rança III<br />
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
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