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avaliação do índice cpo-d em primeiros molares ... - Unifenas

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AVALIAÇÃO DO ÍNDICE CPO-D EM PRIMEIROS MOLARES PERMANENTES<br />

DE ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE POÇOS DE CALDAS-MG<br />

RELACIONADA Á PREVENÇÃO PRECOCE<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Ainda na atualidade a grande incidência de<br />

cáries nos <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes, na<br />

população brasileira, é fato conheci<strong>do</strong>.<br />

Angle relatou <strong>em</strong> seu livro “to<strong>do</strong>s os dentes<br />

são essenciais, sen<strong>do</strong> que alguns são mais importantes<br />

que os outros pela sua função e influência. S<strong>em</strong> dúvida,<br />

os <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes são os mais<br />

importantes de to<strong>do</strong>s. Eles são os mais constantes <strong>em</strong><br />

tomar sua posição normal nas arcadas, especialmente<br />

os <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes superiores, que são<br />

chama<strong>do</strong>s “chaves de oclusões”. (Araújo, 1998).<br />

Segun<strong>do</strong> Issao (1980), cerca de 25% <strong>do</strong>s<br />

<strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes inferiores se<br />

apresentam caria<strong>do</strong>s um ano após a erupção. Três anos<br />

depois, cerca de 50% <strong>do</strong>s <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> inferiores<br />

se apresentam caria<strong>do</strong>s e, passa<strong>do</strong>s seis anos, o mesmo<br />

ocorre <strong>em</strong> cerca de 70%. Quadro similar pode ser<br />

constata<strong>do</strong> com primeiro molar superior, que se<br />

(*) Cirurgiões-dentistas<br />

(**) Acadêmico <strong>do</strong> curso de O<strong>do</strong>ntologia - UNIFENAS<br />

(***) Professor IOCS/UNIFENAS C. P. 23, CEP 37130-000 Alfenas-MG<br />

MARCELO MARTINS DE OLIVEIRA (*)<br />

SANDRA NOGUEIRA TERRA DE OLIVEIRA (*)<br />

RICARDO MARTINS DE OLIVEIRA RUELLAS (*)<br />

CARLOS NOGUEIRA TERRA (**)<br />

JOÃO BOSCO O. R. SILVA (***)<br />

RESUMO<br />

Foi realiza<strong>do</strong> exame oral <strong>em</strong> 160 crianças de 7 a 12 anos de uma escola da Rede Pública <strong>em</strong> Poços de Caldas (MG).<br />

Analisou-se o CPO-D <strong>em</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes. Paralelamente coletou-se da<strong>do</strong>s sobre o conhecimento <strong>do</strong>s pais<br />

<strong>em</strong> relação à prevenção através de um questionário com perguntas. A pesquisa foi elaborada no senti<strong>do</strong> de avaliar a necessidade<br />

de orientação direcionada à família, o que é de grande valia na prevenção precoce, poden<strong>do</strong> levar a uma melhora considerável<br />

na saúde bucal das crianças.<br />

DESCRITORES: CPO-D, <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes, prevenção, família<br />

SUMMARY<br />

EVALUATION OF THE DMF-T INDEX IN THE FIRST PERMANENT MOLARS OF SCHOOL CHILDREN<br />

OF PUBLIC SCHOOLS IN POÇOS DE CALDAS - MG RELATED TO EARLY PREVENTION<br />

An oral health exam was carried out in 160 children between 7 and 12 years of age in public schools in Poços de<br />

Caldas - MG. The DMF-T index was analyzed in the first permanent molars. At the same time, their parents were asked to<br />

answer a questionnaire about their knowledge on oral prevention.<br />

The research was <strong>do</strong>ne to show the importance of the family in oral prevention, who considerably help to improve<br />

oral health in children.<br />

KEY-WORDS: DMF-T, first permanent molar, prevention, family<br />

apresenta caria<strong>do</strong> na proporção de 12, 35 e 50%,<br />

respectivamente aos sete, nove e <strong>do</strong>ze anos.<br />

Isso pode ser explica<strong>do</strong> por vários fatores<br />

como: a sua anatomia oclusal, que não apresenta uma<br />

boa coalescência intercuspídica; ocupação de uma<br />

posição mais posterior no arco dentário, dificultan<strong>do</strong><br />

o acesso da escova e fio dental; o fato de irromper<br />

muito ce<strong>do</strong> na cavidade oral, o que contribui para<br />

agravar a situação <strong>em</strong> <strong>do</strong>is aspectos - 1. a criança<br />

ainda apresenta dificuldades na execução da limpeza,<br />

- 2. muitas vezes sua erupção não é percebida pelos<br />

pais, sen<strong>do</strong> considera<strong>do</strong> dente de leite, visto que não<br />

houve esfoliação de nenhum desses para o seu<br />

nascimento.<br />

A proposição desta pesquisa é a <strong>avaliação</strong> de<br />

dentes caria<strong>do</strong>s, perdi<strong>do</strong>s e obtura<strong>do</strong>s (CPO-D) <strong>em</strong><br />

<strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes de crianças escolares<br />

da rede pública de Poços de Caldas, ao la<strong>do</strong> de uma<br />

amostra sobre o conhecimento <strong>do</strong>s pais no setor da<br />

prevenção.<br />

43<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas,5:43-46, 1999


44<br />

2. MATERIAL E MÉTODOS<br />

Os integrantes <strong>do</strong> trabalho contaram com a<br />

colaboração de 160 crianças de 7 a 12 anos de idade,<br />

de uma Escola da Rede Pública de Poços de Caldas<br />

(MG). Observou-se apenas os <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes para a obtenção <strong>do</strong> CPO-D. No exame<br />

oral foram utiliza<strong>do</strong>s espelhos clínicos, palitos (de<br />

sorvete), lanterna de mão de baixa potência, recipiente<br />

conten<strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> de Dakin e guardanapo.<br />

Cada criança examinada recebeu uma folha<br />

conten<strong>do</strong> perguntas, relacionadas a elas para ser<strong>em</strong><br />

respondidas pelos pais. Foi solicita<strong>do</strong> que entregass<strong>em</strong><br />

aos pais, e a trouxess<strong>em</strong> no dia seguinte para o<br />

recolhimento.<br />

As perguntas foram as seguintes:<br />

Aos Pais<br />

(não é necessário colocar o nome)<br />

1. Você se l<strong>em</strong>bra qual o primeiro dente permanente<br />

<strong>do</strong>(a) seu(sua) filho(a) que nasceu por volta <strong>do</strong>s 6-7<br />

anos? Considere apenas o (a) filho(a) que lhe entregou<br />

estas perguntas.<br />

( )sim ( ) não<br />

Se você l<strong>em</strong>bra, responda:<br />

( ) foi dente da frente<br />

( ) foi dente de trás<br />

2. O que torna difícil para levar seu(sua) filho(a) ao<br />

dentista?<br />

( ) você t<strong>em</strong> pena da criança, pois o tratamento dentário<br />

normalmente é um pouco incômo<strong>do</strong><br />

( )preço <strong>do</strong> tratamento<br />

( ) você acha que até ele(a) trocar to<strong>do</strong>s os dentes não<br />

é tão necessário, pois vão nascer outros.<br />

3.Qual a primeira vez que levou seu(sua) filho(a)<br />

ao dentista?<br />

R: Aos anos de idade<br />

3. RESULTADOS<br />

Das 160 folhas entregues às crianças, apenas 124<br />

retornaram. Os resulta<strong>do</strong>s foram assim:<br />

1ª pergunta (resposta)<br />

( )8 pais responderam que não se l<strong>em</strong>bravam<br />

( )8 pais disseram que foi dente de trás<br />

( )108 pais assinalaram que foi dente da frente<br />

2ª pergunta (resposta)<br />

( ) 21 pais relataram não haver probl<strong>em</strong>a algum, seus<br />

filhos vão regularmente ao dentista<br />

( )8 pais disseram que têm pena da criança<br />

( )5 pais acham que até trocar to<strong>do</strong>s os dentes, não é<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas,5:43-46, 1999<br />

M. M. de OLIVEIRA et al.<br />

tão necessário<br />

( )68 pais assinalaram que é o preço.<br />

( )8 pais mencionaram outro fator, como falta de t<strong>em</strong>po<br />

ou distância.<br />

( ) 2 pais assinalaram tanto o preço quanto não ser tão<br />

necessário até a troca <strong>do</strong>s dentes.<br />

( )12 estavam <strong>em</strong> branco.<br />

( ) a maior parte <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s (54,83%) relataram<br />

ser o preço <strong>do</strong> tratamento o que dificulta levar as<br />

crianças ao dentista.<br />

3. pergunta (resposta).<br />

( )14 crianças foram ao dentista pela primeira vez até<br />

os <strong>do</strong>is anos de idade.<br />

( )58 crianças foram ao dentista pela primeira vez entre<br />

três e cinco anos de idade.<br />

( )40 crianças foram ao dentista pela primeira vez<br />

apenas após os seis anos de idade.<br />

( )7 respostas estavam <strong>em</strong> branco.<br />

( )5 respostas foram anuladas.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s no exame bucal das crianças<br />

são exibi<strong>do</strong>s nas Figura 1,2,3,4,5 e 6.<br />

0<br />

13<br />

Caria<strong>do</strong><br />

Perdi<strong>do</strong><br />

Obtura<strong>do</strong><br />

Figura 1. CPO-D <strong>em</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes <strong>em</strong> crianças de 7 anos<br />

0 12<br />

Caria<strong>do</strong><br />

Perdi<strong>do</strong><br />

Obtura<strong>do</strong><br />

55<br />

Figura 2. CPO-D <strong>em</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes <strong>em</strong> crianças de 8 anos<br />

2<br />

75<br />

Figura 3.CPO-D <strong>em</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes <strong>em</strong> crianças de 9 anos<br />

22<br />

Caria<strong>do</strong>s<br />

Perdi<strong>do</strong>s<br />

Obtura<strong>do</strong>s


86<br />

0<br />

70<br />

Caria<strong>do</strong><br />

Perdi<strong>do</strong><br />

Obtura<strong>do</strong><br />

Figura 4. CPO-D <strong>em</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes <strong>em</strong> crianças de 10 anos<br />

1<br />

50<br />

Figura 2. CPO-D <strong>em</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes <strong>em</strong> crianças de 11 anos<br />

1<br />

14<br />

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE CPO-D EM PRIMEIROS MOLARES...<br />

26<br />

9<br />

Caria<strong>do</strong><br />

Perdi<strong>do</strong><br />

Obtura<strong>do</strong><br />

Caria<strong>do</strong><br />

Perdi<strong>do</strong><br />

Obtura<strong>do</strong><br />

Figura 2. CPO-D <strong>em</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes <strong>em</strong> crianças de 12 anos<br />

Examinou-se no total 640 dentes, obten<strong>do</strong> este<br />

resulta<strong>do</strong> final: 322 dentes caria<strong>do</strong>s; 4 dentes perdi<strong>do</strong>s;<br />

157 dentes obtura<strong>do</strong>s, 157 íntegros.<br />

4. DISCUSSÃO<br />

Nas crianças de sete anos, aproximadamente<br />

42% <strong>do</strong>s <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes encontravamse<br />

caria<strong>do</strong>s.<br />

Dos 322 <strong>molares</strong> caria<strong>do</strong>s, 25 poderiam ser<br />

classifica<strong>do</strong>s como extração-indicada (EI), devi<strong>do</strong> o<br />

exame clínico revelar fortes suspeitas de um<br />

comprometimento pulpar, ou mesmo cavidades<br />

extensas, onde a reabilitação envolveria a polpa<br />

dentária.<br />

Isso pode revelar o fato de, na prática da<br />

clínica diária, <strong>em</strong> adultos, deparar-se com um número<br />

considerável de pacientes apresentan<strong>do</strong> ausência de<br />

um ou mais <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes. Se a cárie<br />

não for tratada, certamente evoluirá para o teci<strong>do</strong><br />

pulpar, consequent<strong>em</strong>ente haverá aumento no custo<br />

<strong>do</strong> tratamento e maior desconforto para a criança na<br />

execução da terapia, o que, <strong>em</strong> muitos casos, poderá<br />

determinar a exo<strong>do</strong>ntia <strong>do</strong> el<strong>em</strong>ento dentário.<br />

Os <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes têm sua<br />

formação iniciada ainda na vida intra-uterina. Ao<br />

nascimento da criança começa a mineralização. Ao<br />

terceiro ano de vida a coroa está totalmente calcificada<br />

e a erupção se processa aos seis anos.<br />

Segun<strong>do</strong> Issao (1980), é o primeiro dente da<br />

série <strong>do</strong>s permanentes.<br />

Moyers (1998) diz que a maioria das crianças<br />

o primeiro molar inferior irrompe antes <strong>do</strong>s incisivos<br />

centrais, <strong>em</strong>bora <strong>em</strong> algumas delas esta ord<strong>em</strong> seja<br />

invertida.<br />

Araújo (1998) relata que é freqüente a erupção<br />

<strong>do</strong>s <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes antes da erupção<br />

<strong>do</strong>s incisivos, <strong>em</strong>bora possa ocorrer o inverso nesta<br />

ord<strong>em</strong> de erupção.<br />

O primeiro molar permanente faz parte da<br />

Dentição de Adição, isto é, não t<strong>em</strong> decíduo que<br />

anteceda, marca também o início da dentição mista.<br />

Seis a <strong>do</strong>ze meses após os <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes irromper<strong>em</strong>, ocorre esfoliação <strong>do</strong>s<br />

incisivos centrais inferiores decíduos e irromp<strong>em</strong> os<br />

permanentes. (Lino, 1994)<br />

Embora algumas vezes ocorra alteração na<br />

ord<strong>em</strong> de erupção, as respostas da primeira pergunta<br />

feita aos pais mostrou que muitos <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong><br />

permanentes pod<strong>em</strong> estar nascen<strong>do</strong> s<strong>em</strong> ser<strong>em</strong><br />

reconheci<strong>do</strong>s como tal.<br />

Segun<strong>do</strong> Jackson-Herrerias et al. (1988), a<br />

cárie se dá não só por ser uma <strong>do</strong>ença multifatorial,<br />

mas também pela falta de conhecimento <strong>do</strong>s pais e<br />

responsáveis no senti<strong>do</strong> de que os mesmos adquiram<br />

hábitos saudáveis de higiene oral para com seus filhos<br />

(Awad et al. 1984).<br />

Person et al. (1985) relatam que na Suécia os<br />

programas preventivos da cárie dentária são<br />

organiza<strong>do</strong>s pelo Serviço Público de Saúde Dental,<br />

onde as orientações são transmitidas aos pais como<br />

procedimento padrão, quan<strong>do</strong> a criança atinge seis<br />

meses de idade, e repeti<strong>do</strong> aos dezoito meses. Com<br />

isso, conseguiram uma redução no <strong>índice</strong> de cáries <strong>em</strong><br />

crianças de três anos de 78%, no perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong><br />

entre 1970 e 1985.<br />

Alguns <strong>do</strong>s pioneiros da Bebê-Clínica de<br />

Londrina, Walter et al. (1996), l<strong>em</strong>bram que o conceito<br />

de prevenção precoce está relaciona<strong>do</strong> à educação, e<br />

a maioria <strong>do</strong>s autores não realizam o atendimento<br />

precoce. Está é a diferença existente entre o serviço<br />

da UEL <strong>em</strong> relação aos d<strong>em</strong>ais, onde se realiza tanto<br />

os procedimentos educativos direciona<strong>do</strong>s aos pais,<br />

assim como os preventivos e curativos aplica<strong>do</strong>s aos<br />

filhos, já no primeiro ano de vida.<br />

No ambiente familiar a mãe, particularmente,<br />

deve ser vista como uma orienta<strong>do</strong>ra fundamental na<br />

formação da criança.<br />

Vários autores têm ressalta<strong>do</strong> a importância<br />

<strong>do</strong> relacionamento mãe e filho, da disciplina familiar<br />

45<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas,5:43-46, 1999


46<br />

<strong>em</strong> termos de saúde bucal, a valorização das atitudes<br />

de cuida<strong>do</strong>s com a criança; enfim a conscientização<br />

<strong>do</strong>s pais sobre a saúde bucal de seus filhos, como<br />

fatores determinantes de um bom desenvolvimento da<br />

saúde bucal da criança, b<strong>em</strong> como da sua futura<br />

habilidade <strong>em</strong> aceitar cuida<strong>do</strong>s o<strong>do</strong>ntológicos (Rayner,<br />

1970; Blinkhorn, 1981; Ruel-Keller Mann, 1984).<br />

Sarnat (1984) d<strong>em</strong>onstrou que quanto maior<br />

for a atitude positiva da mãe com relação à sua própria<br />

saúde, melhor será a saúde bucal de seus filhos. Assim,<br />

quanto mais positivo atitude materna quanto a sua<br />

própria saúde bucal menor será o <strong>índice</strong> de cárie, mais<br />

positiva será a atitude com relação a saúde bucal da<br />

criança, melhor higiene bucal t<strong>em</strong> a criança e,<br />

consequent<strong>em</strong>ente, menor o <strong>índice</strong> de cárie.<br />

Aumentar o conhecimento das crianças sobre<br />

a cárie dentária não é o suficiente para motivá-las<br />

(An<strong>do</strong> E Friggi, 1991; Rolla et al., 1992).<br />

5. CONCLUSÕES<br />

A prevenção precoce pode auxiliar na redução<br />

<strong>do</strong> <strong>índice</strong> CPO-D <strong>do</strong>s <strong>primeiros</strong> <strong>molares</strong> permanentes.<br />

Necessidade de programas de saúde oral direcionadas<br />

aos pais, para que eles, instruí<strong>do</strong>s, sejam o incentivo<br />

das crianças dentro de casa <strong>em</strong> relação à higiene bucal.<br />

Valorização da prevenção como a melhor<br />

forma de conservar os dentes <strong>em</strong> bom esta<strong>do</strong> e evitar<br />

gastos excessivos.<br />

Orientação das mulheres para que, na<br />

gravidez, procur<strong>em</strong> um aconselhamento o<strong>do</strong>ntológico<br />

pré-natal.<br />

Nos programas de saúde oral, esclarecimentos<br />

aos pais sobre a época <strong>do</strong> nascimento <strong>do</strong>s dentes, desde<br />

os neo-natais até os terceiros <strong>molares</strong>, b<strong>em</strong> como a<br />

importância das três dentições.<br />

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ANDO, T; FRIGGI, M.N.P. “Aspectos o<strong>do</strong>ntológicos<br />

na infância” In: MARCONDES, E. Pediatria<br />

Básica. 8ª ed. São Paulo: Sarvier, 1991.<br />

ARAÚJO, M.G.M. Orto<strong>do</strong>ntia para Clínicos. 4ª ed.<br />

São Paulo: Santos, 1998.<br />

AWAD, L. P.; GLEISER, R. Cárie provocada por leite<br />

materno: revisão e apresentação de caso clínico<br />

In: RBO. Rio de Janeiro; v.41, n.2, p.22-4,<br />

mar/abr 1984.<br />

R. Un. Alfenas, Alfenas,5:43-46, 1999<br />

M. M. de OLIVEIRA et al.<br />

BLINKHORN, J. C. Dental preventive advice for<br />

pregnant and nursing mothers – sociological<br />

implications. Int. Dent. J., n.31, p.14-22, 1981<br />

ISSAO, M. “Primeiro Molar Permanente” In:<br />

INTERLANDI, S, Orto<strong>do</strong>ntia: Bases para<br />

iniciação. 2ª ed. São Paulo: artes Médicas, 1980.<br />

JACKSON-HERRERIAS, G; ANGELES-MENDOZ<br />

A, A. Factores condicionantes y determinantes<br />

en la incidência del “síndrome de beberón” In:<br />

Boletin Médico del Hospital Infantil. México,<br />

v.45, n.4, p.240-4, abril, 1988.<br />

LINO, A.P. Orto<strong>do</strong>ntia Preventiva Básica. 2ª ed. São<br />

Paulo: Artes Médicas, 1994.<br />

MOYERS, R.E. Orto<strong>do</strong>ntia. 4ª ed. Rio de Janeiro:<br />

Guanabara Koogan, 1998.<br />

PERSSON, L. A.; HOLM, A. K.; ARVIDSSON,S.;<br />

SAMUELSON, G. Infant feeding and dental<br />

caries – a longitudinal study of Swedish children.<br />

Swed Dent J, v.9, n.5, p.201-6, 1985.<br />

RAYNER, J. F. Sócio-economic status and factors<br />

influencing the dental health practives of mothers.<br />

Am. J. Public Health, n.60, p.1250-58, 1970.<br />

ROLLA, G. et al. Cáries Dentárias e Prevenção In:<br />

KOCH, G. O<strong>do</strong>ntopediatria: uma abordag<strong>em</strong><br />

clínica. São Paulo: Santos, 1992.<br />

RUEL - KELLERMANN, M. what are the<br />

psychosocial factors involved in motivating<br />

individuals to retain their theeth? Dreams and<br />

facts. Int Dent. J., v.34, n.2, p.105-9, 1984.<br />

SARNAT, H. The relation between mother’s attitude<br />

toward dentistry and the oral status of their<br />

children. Pediatr. Dent., v.6, n.3, p.128-21, Sept.<br />

1984.<br />

WALTER, L. R.; FERELLE, A.; ISSAO, M.<br />

O<strong>do</strong>ntologia para o bebê. São Paulo: Artes<br />

Médicas, 1996.

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