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Acesse aqui o Informativo Comunhão deste mês - Diocese de ...

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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT<br />

DIOCESE DE GUAXUPÉ<br />

A SERVIÇO DAS COMUNIDADES<br />

COM NIDADES<br />

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 277 DEZEMBRO DE 2012<br />

2012 SE DESPEDE CRIANÇA<br />

PARA NASCER JOVEM EM 2013<br />

OPINIÃO<br />

A assistente social, Ana Luíza <strong>de</strong> Souza, fala sobre os caminhos percorridos<br />

por 2012 e a efervescência do mercado do consumo: “Será que para nós,<br />

católicos, a predominância do espírito capitalista é compatível com a<br />

vida cristã? Será que neste momento que vivemos não é importante nos<br />

recolhermos e dar um basta a tanto consumismo e tanto modismo que<br />

valorizam a aparência e não o cidadão que está neste mundo e que tem<br />

uma missão a cumprir?”. Página 03<br />

Impresso<br />

Especial<br />

9912259129/2005-DR/MG<br />

MITRA<br />

CORREIOS<br />

LITURGIA<br />

Sobre a liturgia do Natal, escreve padre Renato César: “Vale a pena ressaltar<br />

que os acontecimentos celebrados ano após ano, na Igreja, não são uma<br />

espécie <strong>de</strong> “aniversário” dos momentos marcantes da vida <strong>de</strong> Jesus e sim,<br />

presença em mistério, ou seja, são acontecimentos salvífi cos e efi cazes para<br />

aqueles que os celebram, pois atualizam o mistério do Senhor e <strong>de</strong> sua vida<br />

para os cristãos que fazem memória <strong>de</strong> suas ações.” Página 08<br />

REPORTAGEM<br />

2012 é avaliado por coor<strong>de</strong>nadores pastorais setoriais, coor<strong>de</strong>nador diocesano <strong>de</strong> pastoral e bispo diocesano. Confi ra o que representou o ano a essas<br />

li<strong>de</strong>ranças. Páginas 06 e 07<br />

1


editorial<br />

Natal mais uma vez! O presente é<br />

sempre novo e atual. Mas a indiferença<br />

persiste, a insensibilida<strong>de</strong> é notória,<br />

para muitos, apenas uma data comemorativa.<br />

O cenário não é diferente <strong>de</strong><br />

antigamente, o nascimento <strong>de</strong> mais<br />

uma criança fala muito pouco. Criança<br />

<strong>de</strong>sconhecida, pouca repercussão.<br />

Deus planta no coração da humanida<strong>de</strong><br />

esta semente <strong>de</strong> vida e salvação.<br />

Ela precisa crescer e <strong>de</strong>senvolver-se,<br />

dar seus frutos.<br />

voz do pastor<br />

expediente<br />

2012 chega ao seu término. Não mais<br />

voltará a ocorrer. Ficam, porém, as marcas<br />

<strong>de</strong> sua história, os frutos e também<br />

os <strong>de</strong>stroços <strong>de</strong> seus dias. Fica a história<br />

que fez, o que ninguém po<strong>de</strong>rá dizer que<br />

passou. O presente é um menino que<br />

carrega as bagagens dos mais velhos.<br />

2012 teve luzes. E a Igreja fez o papel<br />

dos Homens do Oriente, à procura<br />

da estrela. Todavia, não faltou também<br />

escuridão. Após todos estes dias sucedidos,<br />

não é possível <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dizer<br />

que o povo andou na escuridão. Houve<br />

<strong>de</strong>serto e exílio... Muito mais exílio que<br />

<strong>de</strong>serto.<br />

Em 2012, o povo brasileiro viveu a<br />

tensão e o medo da violência. A idolatria<br />

das drogas cegou muitos <strong>de</strong> seus fi lhos,<br />

matou e exilou irmãos. Se a situação <strong>de</strong><br />

exílio signifi ca o viver fora <strong>de</strong> sua pátria,<br />

A humanida<strong>de</strong> caminha quase<br />

cega, olhando para o próprio umbigo.<br />

Criança é objeto <strong>de</strong> preocupação apenas<br />

para a situação <strong>de</strong>mográfica. São<br />

realizados 50 milhões <strong>de</strong> abortos por<br />

ano, no mundo. Criança não tem peso<br />

social, chega muitas vezes a ser <strong>de</strong>scartável<br />

e até é estorvo. Atitu<strong>de</strong> do ser<br />

humano <strong>de</strong> hoje e <strong>de</strong> ontem não tem<br />

variante. É preciso matar. Por isso, logo<br />

Hero<strong>de</strong>s or<strong>de</strong>na que se sacrifiquem todos<br />

os meninos menores <strong>de</strong> 2 anos. So-<br />

Diretor geral<br />

DOM JOSÉ LANZA NETO<br />

Editor e Jornalista Responsável<br />

PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP<br />

Revisão<br />

MYRTHES BRANDÃO<br />

Projeto gráfico e editoração<br />

AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380<br />

Tiragem<br />

3.950 EXEMPLARES<br />

Impressão<br />

GRÁFICA SÃO SEBASTIÃO<br />

Ilustração<br />

MARCELO A. VENTURA<br />

“O povo que andava na escuridão viu uma gran<strong>de</strong> luz;<br />

para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz<br />

resplan<strong>de</strong>ceu. Porque nasceu para nós um menino...”.<br />

(Is 9, 1.6)<br />

nada é diferente neste país. Quantos<br />

vivem fora da pátria amada, idolatrada,<br />

salve, salve – mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la. Terrível<br />

é viver fora, estando <strong>de</strong>ntro, sentir-se<br />

exilado sem ter saído. Faz isso a violência<br />

urbana <strong><strong>de</strong>ste</strong> tempo.<br />

Para 2013, quer-se uma gran<strong>de</strong> luz!<br />

Somente uma criança po<strong>de</strong>rá salvar o<br />

mundo. Uma criança que não saiba das<br />

tramas dos po<strong>de</strong>res instituídos. Uma<br />

criança que <strong>de</strong>sgoverne as organizações<br />

da morte. Um menino que novamente<br />

reúna a família ao redor da mesa, que<br />

abaixe as armas dos violentos, que eduque<br />

as sílabas dos plantonistas do discurso,<br />

que embale os sonhos dos profetas,<br />

que <strong>de</strong>scortine a mentira e rasgue<br />

o véu da hipocrisia, que grite nas ruas<br />

pela dignida<strong>de</strong> e brinque nas calçadas<br />

das gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, sem medo algum<br />

lução <strong>de</strong> quê? do egoísmo? do po<strong>de</strong>r?<br />

do medo? Precisamos nos <strong>de</strong>svencilhar<br />

das tramas humanas e diabólicas <strong>de</strong><br />

ontem e <strong>de</strong> hoje!<br />

O papa Bento XVI institui o Ano da<br />

Fé, tempo privilegiado e propício da<br />

graça para reavivarmos nossa Fé Cristã<br />

no Deus Vivo, manifestado em seu único<br />

filho, Jesus Cristo, Verda<strong>de</strong>iro Deus<br />

e Verda<strong>de</strong>iro Homem, nascido numa<br />

manjedoura. Temos a gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> anunciarmos este aconte-<br />

Conselho editorial<br />

PADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE FRANCISCO<br />

CARLOS PEREIRA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS<br />

MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO.<br />

do pranto, protegido pelo manto da justiça<br />

e da paz...<br />

2013 seja sem sombras... nada que o<br />

impeça <strong>de</strong> ver a luz do sol maior. Nada<br />

que faça barreira à visão límpida do<br />

céu. Seja 2013 uma criança entusiasmada<br />

com a vida, sem velhos medos; um<br />

jovem sem preconceitos, tão natural<br />

quanto seus anseios <strong>de</strong> vida. Venha a luz<br />

da Jornada Mundial da Juventu<strong>de</strong>! Ela<br />

po<strong>de</strong>rá apontar caminhos ou, pelos menos,<br />

abrir os que já temos! Seja a Igreja o<br />

sonho comunitário, a esperança humana<br />

<strong>de</strong> re<strong>de</strong>nção, o pulmão do planeta<br />

com hálito novo <strong>de</strong> vida, a liberda<strong>de</strong> do<br />

Espírito e a coragem do Cristo. Venha<br />

2013 – <strong>de</strong> rosto criança, <strong>de</strong> força jovem!<br />

<strong>Comunhão</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro traz um<br />

olhar sobre o ano que se foi e o ano que<br />

virá. Tenha uma boa leitura!<br />

Dom José Lanza Neto<br />

cimento e nos perguntamos: por que<br />

Deus quis agir <strong>de</strong>sta forma? O que está<br />

escondido nesta criança? Do que ela é<br />

portadora?<br />

Acolhendo, contemplando e adorando<br />

o menino Deus, queremos manifestar<br />

nossa gratidão por este presente<br />

e pelas oportunida<strong>de</strong>s que tivemos durante<br />

2012.<br />

Obrigado a todos e que o menino<br />

Deus os recompense hoje e sempre. Feliz<br />

e Santo Natal!<br />

Redação<br />

Praça Santa Rita, 02 - Centro<br />

CEP. 37860-000, Nova Resen<strong>de</strong> - MG<br />

Telefone<br />

(35) 3562.1347<br />

E-mail<br />

PASCOM.GUAXUPE@GMAIL.COM<br />

Os Artigos assinados não representam necessariamente a<br />

opinião do Jornal.<br />

Uma Publicação da <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> Guaxupé<br />

www.guaxupe.org.br<br />

2 JORNAL COMUNHÃO


QUANDO ENTRAR DEZEMBRO...<br />

Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos<br />

Quero ver brotar o perdão on<strong>de</strong> a gente plantou juntos outra vez<br />

Já sonhamos juntos semeando as canções no vento<br />

Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar<br />

Já choramos muito, muitos se per<strong>de</strong>ram no caminho<br />

Esta música do Beto Gue<strong>de</strong>s se refere<br />

à chegada da primavera, mas ela<br />

não me sai da cabeça porque é muito<br />

propícia ao momento <strong>de</strong> avaliação e<br />

reflexão quando se chega ao final <strong>de</strong><br />

mais um ano. Quando chegar <strong>de</strong>zembro...<br />

Temos bons e ruins momentos em<br />

2012...<br />

OS BONS<br />

Como bons momentos, po<strong>de</strong>ríamos<br />

citar: o Rio + 20; consolidação da<br />

<strong>de</strong>mocracia através <strong>de</strong> mais um pleito<br />

eleitoral; nove anos do Bolsa Família,<br />

programa que fez a diferença com a<br />

redução da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social e da<br />

pobreza; a ascensão <strong>de</strong> contingentes<br />

<strong>de</strong> pessoas da classe D para a classe C,<br />

a chamada ‘Nova Classe Média’.<br />

OS RUINS<br />

Os acontecimentos negativos são<br />

inúmeros, mas só para citar alguns: a<br />

violência que continua a assolar nosso<br />

país e, no atual momento, a morte <strong>de</strong><br />

centenas <strong>de</strong> policiais no Estado <strong>de</strong> São<br />

Paulo pelo crime organizado; as drogas,<br />

principalmente o crack, que vem<br />

DIOCESE DE GUAXUPÉ<br />

se estabelecendo como epi<strong>de</strong>mia nacional.<br />

E, o pior <strong>de</strong> tudo, é que não sabemos<br />

como efetivamente combater<br />

este mal. O julgamento do mensalão,<br />

negativo por ser o julgamento <strong>de</strong> políticos<br />

que cometeram crimes contra<br />

o patrimônio público, mas ao mesmo<br />

tempo positivo, porque está acabando<br />

com a sensação <strong>de</strong> impunida<strong>de</strong> da<br />

classe política <strong>de</strong> nosso país.<br />

Enfim, po<strong>de</strong>ria ficar enumerando<br />

outros momentos positivos e negativos<br />

do ano <strong>de</strong> 2012, porque dizem<br />

respeito à realida<strong>de</strong> em que vivo e ao<br />

meu viés profissional, que é o social.<br />

A NOVA CLASSE MÉDIA<br />

Regina Casé, apresentadora da<br />

Re<strong>de</strong> Globo, em uma entrevista, disse<br />

que ser pobre está na moda. Ela até<br />

cita um exemplo: é só ver um pobre na<br />

rua e todos vão atrás, principalmente<br />

o mercado. A novela Avenida Brasil<br />

bateu recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> audiência (e Salve<br />

Jorge está indo pelo mesmo caminho),<br />

quando mostra a vida do povão, dos<br />

pobres que vivem nas favelas e daqueles<br />

que estão superando a vida <strong>de</strong><br />

pobreza e subindo um <strong>de</strong>grau na esca-<br />

lada social. Hoje, usar as roupas <strong>de</strong> ‘periguetes”<br />

, sapatos, a<strong>de</strong>reços chamativos<br />

estão na moda até na elite, que via<br />

aquela classe com muito preconceito.<br />

Fazer parte da classe popular ou usufruir<br />

<strong>de</strong> seus costumes virou moda. É<br />

tudo muito positivo, principalmente<br />

quando constatamos que a pobreza<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> atingir milhões <strong>de</strong> brasileiros.<br />

Por outro lado, o mercado viu que<br />

o povo com mais dinheiro no bolso é<br />

um potencial consumidor e está investindo<br />

pesado neste filão. Não sou preconceituosa<br />

e não digo que o povo em<br />

ascensão social não po<strong>de</strong> consumir.<br />

Ele não <strong>de</strong>ve per<strong>de</strong>r a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adquirir bens com que sonhou a<br />

vida inteira. No entanto, nunca houve<br />

tantos brasileiros endividados como<br />

agora, principalmente consi<strong>de</strong>rando<br />

que é fácil conseguir crédito. Os analistas<br />

dizem que esta camada não poupa,<br />

gasta tudo. Então, é muito frágil o<br />

limite que separa esta ‘nova classe média’<br />

da pobreza.<br />

Outro fator que <strong>de</strong>ve ser analisado,<br />

segundo eles, é que esta ascensão social<br />

tem levado ao conservadorismo<br />

e ao individualismo. A visão comuni-<br />

opinião<br />

Por Ana Luiza <strong>de</strong> Souza, Assistente Social em Guaxupé<br />

Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer<br />

Sol <strong>de</strong> primavera abre as janelas do meu peito<br />

a lição sabemos <strong>de</strong> cor<br />

só nos resta apren<strong>de</strong>r...<br />

(Sol <strong>de</strong> primavera)<br />

tária <strong>de</strong> grupo per<strong>de</strong>u espaço para o<br />

bem estar pessoal. Essa, a meu ver, é a<br />

gran<strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong>, haja vista a falência<br />

<strong>de</strong> valores importantes que cultivamos<br />

por uma vida inteira. É a vitória<br />

do espírito capitalista: consumir, consumir,<br />

consumir... A vida do outro não<br />

me interessa. As políticas públicas são<br />

importantes apenas para meu próprio<br />

benefício. Será que para nós, católicos,<br />

a predominância do espírito capitalista<br />

é compatível com a vida cristã? Será<br />

que neste momento que vivemos não<br />

é importante nos recolhermos e dar<br />

um basta a tanto consumismo e tanto<br />

modismo que valorizam a aparência e<br />

não o cidadão que está neste mundo e<br />

que tem uma missão a cumprir? Termino<br />

o artigo cantando...<br />

Quando entrar <strong>de</strong>zembro e a boa<br />

nova andar nos campos<br />

Quero ver brotar o perdão on<strong>de</strong> a<br />

gente plantou juntos outra vez<br />

Já sonhamos juntos semeando as<br />

canções no vento...<br />

ENCONTRO DE LITURGIA DISCUTE TEMAS LIGADOS À MINISTERIALIDADE<br />

Foto: Sérgio Bernar<strong>de</strong>s<br />

Padre Danilo César assessorou um grupo <strong>de</strong> aproximadamente 100 pessoas,<br />

vindas <strong>de</strong> diversos serviços litúrgicos da diocese<br />

Nos dias 26, 27 e 28 <strong>de</strong><br />

outubro, o Serviço <strong>de</strong> Animação<br />

Litúrgica (SAL) da<br />

diocese promoveu o Encontro<br />

Diocesano <strong>de</strong> Liturgia,<br />

no centro <strong>de</strong> Pastoral Cônego<br />

Timóteo, na Paróquia São<br />

Benedito, em Passos (MG). O<br />

assessor escolhido foi padre<br />

Danilo César dos Santos<br />

Lima, doutorando em Liturgia<br />

pelo Pontifício Instituto<br />

Litúrgico Santo Anselmo,<br />

em Roma.<br />

O tema <strong>de</strong>senvolvido<br />

com mais <strong>de</strong> cem participantes<br />

<strong>de</strong> toda a diocese<br />

foi ‘Ministérios na vida da<br />

Igreja’, com a utilização <strong>de</strong><br />

palestras embasadas nos<br />

documentos conciliares do<br />

Vaticano II, mais especifi camente,<br />

a constituição Sacrosanctum<br />

Concilium, sobre a<br />

Sagrada Liturgia, além <strong>de</strong> workshops alusivos<br />

à dinamização das celebrações nas paróquias<br />

e grupos <strong>de</strong> discussão.<br />

Padre Danilo, em sua exposição, apontou<br />

a relevância da participação dos ministérios<br />

leigos na vida litúrgica das comunida<strong>de</strong>s,<br />

que tem papel <strong>de</strong> mútua<br />

complementação ao ministério or<strong>de</strong>nado.<br />

“O Concílio Vaticano II recupera os ministérios<br />

litúrgicos leigos, manifestação do serviço<br />

<strong>de</strong> Cristo na comunida<strong>de</strong>. Os ministérios<br />

carregam o princípio teológico <strong>de</strong> que os<br />

fi éis leigos prolongam as ações [da Igreja] e<br />

a salvação que Cristo nos trouxe”, esclarece<br />

o padre.<br />

Entre os ministérios leigos mais comuns<br />

nas comunida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>stacados o<br />

dos leitores, dos músicos e do acolitato que,<br />

na Instrução Geral do Missal Romano, inclui<br />

o trabalho dos ministros extraordinários da<br />

comunhão eucarística (MECE’s). É o caso<br />

<strong>de</strong> Rosinei Atílio, paróquia São Benedito <strong>de</strong><br />

Passos, que faz uma avaliação positiva do<br />

encontro e prevê novas perspectivas: “É pre-<br />

Por Sérgio Bernar<strong>de</strong>s<br />

ciso unida<strong>de</strong> e comunicação. Nós celebramos<br />

para que o Reino [<strong>de</strong> Deus] aconteça<br />

cada vez melhor, mas, muitas vezes, a pastoral<br />

litúrgica centraliza muito e não <strong>de</strong>ixa as<br />

coisas bonitas acontecerem.”<br />

Para o coor<strong>de</strong>nador do SAL, padre Vítor<br />

Aparecido Francisco, o número <strong>de</strong> participantes<br />

não atingiu às expectativas. Foram<br />

disponibilizadas três vagas para cada paróquia,<br />

mas ainda assim, padre Vítor fala com<br />

otimismo sobre o encontro: “Aqueles que<br />

vieram, fi zeram a qualida<strong>de</strong> do encontro<br />

que se tornou bonito, positivo, cheio <strong>de</strong><br />

conteúdo. Nós queremos agra<strong>de</strong>cer aos padres<br />

que enviaram pessoas. Esperamos que<br />

eles levem esta mensagem a todas às paróquias”.<br />

Em sua fala, complementa a importância<br />

<strong>de</strong> discutir-se a temática, “as palavras<br />

do padre Danilo nos fi zeram compreen<strong>de</strong>r<br />

o que é a ministerialida<strong>de</strong> na Igreja. O leigo<br />

tem sua vez, tem sua voz, é chamado a participar<br />

e a contribuir com a Igreja.”<br />

3


notícias<br />

DNJ OCORRE EM TODOS OS SETORES DA DIOCESE<br />

Dia 28 <strong>de</strong> outubro foi festivo nos setores pastorais da diocese. Com o tema/pergunta “Que vida vale a pena ser vivida?”, diversas expressões juvenis juntaram suas forças e seu entusiasmo<br />

para realizar o Dia Nacional da Juventu<strong>de</strong> (DNJ). Representantes dos setores Alfenas, Areado, Guaxupé, Passos e Poços enviaram para o COMUNHÃO seu parecer sobre o evento.<br />

SETOR POÇOS<br />

O DNJ do Setor Poços aconteceu<br />

na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botelhos. Demos início ao<br />

encontro com concentração na praça<br />

central, em frente à matriz <strong>de</strong> São José,<br />

on<strong>de</strong> foi oferecido pela comunida<strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>licioso café. O padre José Natal, pároco,<br />

acolheu os jovens, aproximadamente<br />

700, das cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Campestre, Cabo<br />

Ver<strong>de</strong>, Palmeiral, Ban<strong>de</strong>ira do Sul, Poços<br />

<strong>de</strong> Caldas e Botelhos e seguiram em caminhada<br />

até o Poliesportivo da cida<strong>de</strong>. O<br />

setor preparou uma cruz que visitará as<br />

paróquias que o compõem.<br />

No primeiro momento, o grupo <strong>de</strong><br />

jovens da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Botelhos realizou<br />

uma peça teatral que abordou a temática:<br />

“Qual vida nós, jovens, temos vivido?”<br />

Logo em seguida, as pastorais e movimentos<br />

juvenis, representados pela PJ,<br />

RCC, TLC, Mãe Rainha, Crismandos, JUFRA<br />

e jovens envolvidos com artes, pu<strong>de</strong>ram<br />

SETOR ALFENAS<br />

“A juventu<strong>de</strong> quer viver e o novo<br />

anunciar.” Esta foi a frase que o grupo<br />

JOTA <strong>de</strong> Serrania usou para simbolizar<br />

a refl exão em torno do tema do DNJ. A<br />

juventu<strong>de</strong> do setor Alfenas realizou sua<br />

celebração na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fama, acolhida<br />

fraternalmente pela comunida<strong>de</strong>, na pessoa<br />

do pároco, padre José Milton e pelo<br />

seminarista Leandro e Sra. Lour<strong>de</strong>s.<br />

Estiveram presentes na celebração<br />

aproximadamente 700 jovens, vindos <strong>de</strong><br />

11 paróquias do setor Alfenas, <strong>de</strong> diversas<br />

expressões juvenis católicas: Ministério<br />

Jovem e PHN da RCC (Renovação<br />

Carismática Católica ), MUR (Movimento<br />

das Universida<strong>de</strong>s Renovadas – GOU e<br />

PUCA), Caminho Neo-Catecumenal, Al<strong>de</strong>ias<br />

<strong>de</strong> Vida, Acólitos, Crismandos, Pastoral<br />

da Juventu<strong>de</strong> e grupos juvenis com<br />

carismas próprios que caminharam cantando,<br />

rezando e louvando sob um sol <strong>de</strong><br />

34°C : “No peito eu levo uma cruz, no meu<br />

coração o que disse Jesus.”<br />

Um kairós para as juventu<strong>de</strong>s do setor<br />

Alfenas que, pela primeira vez, uniram-se<br />

para organizar e realizar o evento. Jovens<br />

congregados com um mesmo propósito,<br />

irmãos em Cristo com propósitos <strong>de</strong> uma<br />

SETOR AREADO<br />

A celebração do DNJ do Setor Areado<br />

aconteceu na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Carmo do Rio<br />

Claro, na quadra do colégio das irmãs. O<br />

evento foi organizado pelos representantes<br />

juvenis das paróquias que compõem<br />

o setor. Estiveram presentes cerca <strong>de</strong> 350<br />

falar um pouco <strong>de</strong> como têm <strong>de</strong>senvolvido<br />

em seu grupo o trabalho missionário.<br />

“O que temos feito para transformar a<br />

realida<strong>de</strong>?” Para encerrar esse momento<br />

<strong>de</strong> refl exões, os jovens pu<strong>de</strong>ram elaborar,<br />

a partir da Dinâmica do Cata-vento, seu<br />

Projeto pessoal <strong>de</strong> vida. Houve momento<br />

<strong>de</strong> adoração ao Santíssimo Sacramento e<br />

o encerramento <strong>de</strong>u-se com a Santa Missa,<br />

presidida pelo padre Natal e coopresidida<br />

pelo padre Henrique Neveston,<br />

coor<strong>de</strong>rnador do Setor Poços.<br />

Por Cristiane Vitória Ramos Cristiano<br />

– Poços <strong>de</strong> Caldas<br />

vida digna e que valha a pena ser vivida,<br />

uma igreja plural e una, vivendo e propagando<br />

o Evangelho.<br />

O DNJ do setor Alfenas também foi<br />

marcado com um gesto concreto, quando<br />

os jovens doaram alimentos e produtos<br />

<strong>de</strong> higiene pessoal, recebidos durante<br />

a Celebração Eucarística e que serão entregues<br />

às famílias em vulnerabilida<strong>de</strong><br />

social e entida<strong>de</strong>s fi lantrópicas do setor.<br />

Foi um marco para nossa juventu<strong>de</strong><br />

que <strong>de</strong>verá dar continuida<strong>de</strong> a este trabalho<br />

conjunto, <strong>de</strong>sfazendo barreiras que<br />

divi<strong>de</strong>m a comunida<strong>de</strong>. A juventu<strong>de</strong> é o<br />

presente da Igreja e <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong>,<br />

pois traz consigo sonhos e uma força única<br />

que <strong>de</strong>ve ser canalizada para a construção<br />

do Reino <strong>de</strong> Deus, como disse o<br />

Beato João Paulo II, “A Igreja só será jovem<br />

quando o jovem for Igreja.”<br />

Por Darlene Andra<strong>de</strong> Silva - Serrania<br />

jovens, entre eles Crismandos, TLC, Grupos<br />

<strong>de</strong> Jovens , PJ e Ministério Jovem.<br />

Durante o dia, houve testemunho <strong>de</strong><br />

um jovem da cida<strong>de</strong> do Carmo do Rio<br />

Claro, após divisão <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho.<br />

Cada expressão juvenil levou um ví<strong>de</strong>o<br />

sobre o lema proposto. Além <strong>de</strong>stas ati-<br />

SETOR PASSOS<br />

No Setor Passos, apesar do calor <strong>de</strong>ntro<br />

do Ginásio da Barrinha on<strong>de</strong> o evento<br />

aconteceu, o calor humano da juventu<strong>de</strong><br />

prevaleceu. Mais <strong>de</strong> 400 jovens <strong>de</strong> diversos<br />

segmentos (Jovens Renovados, TLC,<br />

PJ, Crisma) passaram pelo Ginásio. Alguns<br />

não pu<strong>de</strong>ram permanecer todo o tempo,<br />

mas gran<strong>de</strong> parte da juventu<strong>de</strong> fi cou<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início até o fi nal do encontro, sem<br />

faltar energia humana.<br />

Um número expressivo <strong>de</strong> sacerdotes<br />

esteve no evento, para saudar a juventu<strong>de</strong><br />

que celebrava seu dia. Tivemos o<br />

apoio da polícia militar, do CEFAM (FESP)<br />

que prestou serviço <strong>de</strong> enfermagem, <strong>de</strong><br />

diversas paróquias do Setor que participaram.<br />

Infelizmente nem todas as paróquias<br />

abraçaram a causa, mas as que vieram,<br />

vieram com garra.<br />

Durante o evento, aconteceram várias<br />

apresentações teatrais e o nosso DNJ foi<br />

SETOR GUAXUPÉ<br />

No Setor Guaxupé, compareceram<br />

para o DNJ mais <strong>de</strong> 300 jovens<br />

<strong>de</strong> diversas expressões juvenis<br />

como PJ, TLC, RCC e SAV. A preparação<br />

<strong><strong>de</strong>ste</strong> dia se <strong>de</strong>u através <strong>de</strong><br />

reuniões e encontros com o padre<br />

responsável pelas expressões juvenis<br />

do setor, padre Alexandre José<br />

Gonçalves, reitor da Filosofia do<br />

Seminário Diocesano São José, em<br />

Guaxupé e coor<strong>de</strong>nador do Serviço<br />

<strong>de</strong> Animação Vocacional (SAV) e<br />

com os seminaristas Breno e Hudson.<br />

A celebração do DNJ iniciou-<br />

-se com concentração na Praça da<br />

Catedral e, em seguida, os jovens<br />

seguiram numa passeata animada<br />

por um trio elétrico até o Poliesportivo<br />

da cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> aconteceu<br />

todo o encontro. Vários padres do<br />

setor Guaxupé marcaram presença<br />

no encontro, durante o qual aconteceram<br />

apresentações <strong>de</strong> dança,<br />

teatro, música, momento mariano e<br />

palestras.<br />

O dia foi encerrado com a celebração<br />

da Santa Missa, presidida<br />

vida<strong>de</strong>s, o encontro foi regado por muita<br />

animação e encerrou-se com a Celebração<br />

Eucarística, presidida pelo padre Renato<br />

e coopresidida pelos padres César e<br />

Ronaldo.<br />

Por Pe. João Batista da Silva - Areado<br />

coroado com a celebração da Santa Missa<br />

presidida por mim, padre Célio Laurindo<br />

e coopresidida pelos padres Nélson (Fortaleza<br />

<strong>de</strong> Minas), Dirceu (Nossa Senhora<br />

Aparecida <strong>de</strong> Passos) e Luiz Tavares (Igreja<br />

São Francisco <strong>de</strong> Passos).<br />

Graças a Deus, tudo transcorreu na<br />

maior tranquilida<strong>de</strong>. Isso mostra que nossa<br />

juventu<strong>de</strong> sabe divertir-se, brincar, rezar<br />

e celebrar na amiza<strong>de</strong>.<br />

No meu face, mais fotos.<br />

Por Pe. Célio Laurindo da Silva e<br />

Leidhyslane Silva - Passos<br />

por padre Alexandre e coopresidida<br />

pelos padres Claiton, Maurício e<br />

Reginaldo. Em sua homilia, padre<br />

Alexandre ressaltou a importância<br />

<strong>de</strong> se superar as diferenças, a fim<br />

<strong>de</strong> se alcançar uma igreja mais unida<br />

no seu objetivo <strong>de</strong> evangelizar,<br />

especialmente a partir da força da<br />

juventu<strong>de</strong>. Enfatizou, ainda, as várias<br />

ativida<strong>de</strong>s que se seguirão ao<br />

DNJ em preparação ao “Bote Fé”, em<br />

março <strong>de</strong> 2013. Ocorrerão Missas<br />

e Horas Santas em algumas paróquias<br />

do setor, a saber: 10 <strong>de</strong> novembro,<br />

Seminário Diocesano São<br />

José - Guaxupé; 25 <strong>de</strong> novembro,<br />

Juruaia; 10 <strong>de</strong> fevereiro, Monte Santo;<br />

17 <strong>de</strong> fevereiro, Guaranésia e 24<br />

<strong>de</strong> fevereiro, Catedral em Guaxupé.<br />

Por Hudson Ivan Teixeira e Breno<br />

Borges Silva – Seminário, Guaxupé<br />

4 JORNAL COMUNHÃO


GRUPO DE ACÓLITOS E COROINHAS EM<br />

ALFENAS CELEBRA 30 ANOS DE SERVIÇO<br />

O grupo <strong>de</strong> coroinhas e acólitos<br />

“Padre Francisco Mirra” da paróquia<br />

Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima, em Alfenas,<br />

celebrou, no último <strong>mês</strong> <strong>de</strong><br />

setembro, 30 anos <strong>de</strong> serviços prestados<br />

à comunida<strong>de</strong>.<br />

A necessida<strong>de</strong> para com o serviço<br />

do altar, na época, foi um impulso<br />

e, sensíveis a tal necessida<strong>de</strong>,<br />

membros da comunida<strong>de</strong> começaram<br />

a organização do referido<br />

grupo. Des<strong>de</strong> então, ele vem se <strong>de</strong>senvolvendo<br />

e atualmente conta<br />

com vários jovens, adolescentes e<br />

crianças pertencentes às sete comunida<strong>de</strong>s<br />

urbanas que compõem<br />

o território paroquial. Além do serviço<br />

prestado ao altar nas celebrações<br />

eucarísticas, o grupo se reúne<br />

semanalmente para reflexão e partilha<br />

<strong>de</strong> vida, bem como promove<br />

retiros e formações.<br />

PARÓQUIA DE PRATÁPOLIS CONCLUI<br />

GRUPO DE FORMAÇÃO CRISTÃ<br />

Neste ano, em que se comemoram os<br />

10 anos <strong>de</strong> criação da Formação Cristã em<br />

Comunida<strong>de</strong> na diocese, um grupo <strong>de</strong> 23<br />

pessoas da Paróquia Divino Espírito Santo<br />

<strong>de</strong> Pratápolis concluiu, no dia 21 <strong>de</strong> novembro,<br />

a última etapa <strong>de</strong> sua formação.<br />

Com Missa solene, da qual participaram<br />

os componentes das turmas anteriores<br />

- 2003 e 2008 - fez-se ação <strong>de</strong> graças<br />

a Deus pela oportunida<strong>de</strong> oferecida aos<br />

leigos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem contribuir para a construção<br />

<strong>de</strong> seu Reino.<br />

DIOCESE DE GUAXUPÉ<br />

Foto: Silas Oliveira<br />

Por Silas Oliveira<br />

Grupo da Paróquia Nossa Senhora <strong>de</strong> Fátima<br />

Por Myrthes <strong>de</strong> Brito Brandão<br />

Paróquia celebra, com a diocese, aniversário <strong>de</strong> 10 anos da modalida<strong>de</strong> “Tempo <strong>de</strong> Ver, Tempo <strong>de</strong> Crer e Amar”<br />

Segundo Lucimara Trevisan, uma das<br />

articuladoras das equipes <strong>de</strong> formação<br />

cristã na diocese, “A formação visa a dar<br />

uma fundamentação para ser cristão. Ela<br />

alimenta a fé e ajuda a ir confi gurando<br />

melhor nossa vida na vida <strong>de</strong> Jesus Cristo,<br />

no seguimento Dele, na comunida<strong>de</strong>.”<br />

“Que o Tempo <strong>de</strong> Ver, Tempo <strong>de</strong> Crer<br />

e Amar...” prossiga como semeador da fé<br />

e testemunha <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />

SEMINÁRIO ORGANIZA SIMPÓSIO<br />

SOBRE VATICANO II<br />

Na ocasião do cinquentenário <strong>de</strong><br />

abertura do Concílio Ecumênico Vaticano<br />

II, o Seminário Diocesano São José<br />

promoveu um Simpósio Teológico, aberto<br />

aos sacerdotes e ao laicato, no qual<br />

foram abordados alguns dos documentos<br />

conciliares. O evento realizou-se nas<br />

tar<strong>de</strong>s dos dias 08 e 12 <strong>de</strong> Novembro, no<br />

salão nobre do seminário.<br />

O primeiro dia se dividiu em três<br />

importantes momentos. Iniciando o<br />

simpósio, Maria do Carmo Noronha caracterizou<br />

as premissas conciliares e sua<br />

marcante importância no século XX; ressaltou<br />

os trabalhos dos teólogos Dominique<br />

Chenu e Yves Congar, bem como <strong>de</strong><br />

bispos brasileiros. Por fi m, em análise da<br />

situação atual da Igreja, Noronha diz que<br />

a Igreja vive um momento <strong>de</strong> avanços e<br />

retrocessos, <strong>de</strong> reforma e contrarreforma,<br />

<strong>de</strong> ousadia e medo. Logo em seguida,<br />

<strong>de</strong>u-se início à primeira conferência. Os<br />

documentos Gaudim et Spes e Lumem<br />

Gentium foram abordados pelo padre<br />

José Augusto da Silva. Fez-se uma introdução<br />

historiográfi ca do antece<strong>de</strong>nte<br />

conciliar; <strong>de</strong>pois, simultaneamente, foram<br />

abordadas as linhas gerais <strong>de</strong> cada<br />

um dos documentos citados. Padre José<br />

Augusto salientou aspectos importantes<br />

dos mesmos que, segundo ele, são o cérebro<br />

e as articulações da Igreja. O documento<br />

Dei Verbum foi apresentado pelo<br />

padre José Luiz Gonzaga do Prado que,<br />

além dos contributos teóricos, fez colocações<br />

históricas. Disse, inicialmente, da<br />

Foto: Seminário São José<br />

Por Tha<strong>de</strong>u Silva<br />

importância do documento, apesar <strong>de</strong><br />

apresentar-se em poucas páginas. Logo<br />

após, comentou sobre todos os capítulos<br />

e, nesta dinâmica, ressaltou a importância<br />

<strong>de</strong> uma leitura profunda da Sagrada<br />

Escritura, opondo-se a qualquer tipo <strong>de</strong><br />

fundamentalismo.<br />

No segundo dia do evento, houve<br />

duas conferências. A primeira, sobre<br />

a constituição conciliar Sacrosanctum<br />

Concilum, proferida pelo padre Renato<br />

César Gonçalves. Na abertura das ativida<strong>de</strong>s,<br />

foi apresentado um fi lme <strong>de</strong><br />

dom Clemente Isnard, ex-presi<strong>de</strong>nte da<br />

Comissão Nacional <strong>de</strong> Liturgia, o qual<br />

<strong>de</strong>screve a história da aprovação do primeiro<br />

documento conciliar e os esforços<br />

para uma liturgia com um rosto brasileiro,<br />

com suas expressões culturais e religiosas.<br />

Apresentou-se a estrutura geral<br />

do documento sobre a liturgia e <strong>de</strong>stacaram-se<br />

alguns <strong>de</strong>safi os à sua implantação,<br />

tais como a participação ativa, o<br />

silêncio litúrgico, “espetáculo da fé” etc.<br />

A segunda conferência foi a partir dos<br />

documentos Presbyterorum Ordinis e<br />

Optatam Totius, pelo padre Jésus Benedito,<br />

da arquidiocese <strong>de</strong> Pouso Alegre.<br />

Sobre o primeiro, fi zeram-se doze pon<strong>de</strong>rações<br />

e, a partir <strong>de</strong>las, houve as colocações.<br />

Ao fi nal, foi apresentado o segundo<br />

documento e abordados temas<br />

como a renovação dos padres como<br />

condição para a renovação da Igreja e o<br />

anúncio primaz da Palavra.<br />

Com presença <strong>de</strong> assessores para estudo <strong>de</strong> documentos conciliares, seminário celebra cinquentenário do último<br />

gran<strong>de</strong> concílio<br />

5


eportagem<br />

A CAMINHADA PASTORAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ EM 2012<br />

Por Padre Gladstone Miguel da Fonseca<br />

O objetivo geral da ação evangelizadora da <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> Guaxupé afirma: Evangelizar a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo, formando a pessoa, renovando a<br />

comunida<strong>de</strong> à luz do jeito antigo/novo <strong>de</strong> ser Igreja e transformando a socieda<strong>de</strong>, atentos à Palavra: “...tendo partido, pregaram por todas as partes” (Mc 16,20). Acreditando<br />

que caminhar é preciso, avaliar é inevitável para a continuida<strong>de</strong> da caminhada, pois só assim é possível acertar, reinventar, revisitar as propostas e metas, o jornal<br />

COMUNHÃO propôs entrevistar cada coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> setor pastoral da diocese, bem como o coor<strong>de</strong>nador diocesano <strong>de</strong> pastoral e o bispo, com <strong>de</strong>poimentos a respeito<br />

<strong>de</strong> nossa caminhada. Não se trata <strong>aqui</strong> <strong>de</strong> cobrança nem <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas, mas sim, e tão somente, avaliar, como um todo, o processo <strong>de</strong> uma Igreja, Povo <strong>de</strong> Deus<br />

que caminha. Perguntou-se: Qual a avaliação que o senhor faz sobre a caminhada pastoral durante o ano <strong>de</strong> 2012? Cumprimos o que foi planejado e almejado na assembleia<br />

diocesana e também sonhado e almejado a partir da reunião geral do <strong>mês</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011? Sim, não, por quê?<br />

SETOR ALFENAS<br />

Pe. José Augusto: Lato senso, diria<br />

que foi um ano cheio <strong>de</strong> graças:<br />

reuniões proveitosas, com <strong>de</strong>bates,<br />

clima <strong>de</strong> abertura e respeito às opiniões<br />

divergentes, mas sempre na<br />

busca <strong>de</strong> um consenso; a convivência<br />

entre os conselheiros, tanto na<br />

diocese quanto no setor foi edificante<br />

e respeitosa, revelando que,<br />

sem esse ingrediente, não é possível<br />

avançar em Pastoral Orgânica.<br />

No CPS <strong>de</strong> Alfenas, particularmente,<br />

houve um clima <strong>de</strong> efetiva sinodalida<strong>de</strong>:<br />

sem per<strong>de</strong>r a arcana carida<strong>de</strong>,<br />

em várias plenárias, não se <strong>de</strong>scuidou<br />

da correção fraterna e da coragem<br />

<strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões para o bem<br />

do conjunto. O Curso <strong>de</strong> Teologia no<br />

Setor se consolidou no formato <strong>de</strong><br />

Extensão Acadêmica e o DNJ, ocorrido<br />

em Fama, foi um evento compartilhado<br />

por todos, tanto na sua<br />

feitura quanto no seu acabamento.<br />

Stricto senso, diria que precisamos<br />

amadurecer em alguns campos: o<br />

COMIDI, por exemplo, carece <strong>de</strong> um<br />

redirecionamento; os Grupos <strong>de</strong> Reflexão<br />

e as Pequenas Comunida<strong>de</strong>s,<br />

instituto aplaudido por Aparecida e<br />

pela última ADP, aguardam um encaminhamento<br />

mais vigoroso; o Setor<br />

Juventu<strong>de</strong>s também carece <strong>de</strong><br />

um novo impulso para, sobretudo<br />

nesse momento histórico, JMJ, arregimentar<br />

mais entusiasmo das bases;<br />

a Formação Laical (Curso <strong>de</strong> Iniciação<br />

Teológica <strong>Diocese</strong> [janeiro]<br />

quanto a Formação Cristã nas Paróquias)<br />

também reclama uma maior<br />

e melhor articulação por parte da<br />

coor<strong>de</strong>nação diocesana e setorial.<br />

Tais observações não ignoram, <strong>de</strong><br />

modo algum, os valiosos esforços<br />

empreendidos por todos os responsáveis<br />

por esses campos. Penso que<br />

são <strong>de</strong>safios perenes e que, por isso<br />

mesmo, <strong>de</strong>vem sempre ocupar nossa<br />

pauta <strong>de</strong> avaliação.<br />

SETOR AREADO<br />

Pe. José Ronaldo Rocha: A avaliação<br />

não é minha. É do CPS do setor<br />

Areado. Esta pergunta foi feita<br />

na última reunião e as conclusões<br />

esbarraram em certas dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Dentre elas, a falta <strong>de</strong> empenho e<br />

<strong>de</strong> participação <strong>de</strong> alguns padres<br />

do setor. É claro que não se po<strong>de</strong><br />

generalizar. No que diz respeito à<br />

formação <strong>de</strong> leigos, somente duas<br />

ou três paróquias têm essa preocupação.<br />

Com relação aos grupos <strong>de</strong><br />

reflexão, só duas paróquias os têm<br />

organizados. Há gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />

com a Evangelização dos jovens,<br />

embora se <strong>de</strong>ram passos importantes<br />

para solucionar este problema.<br />

Eles, os jovens, mesmo em grupos<br />

pequenos, estão entusiasmados<br />

para participarem da Jornada Mundial<br />

da Juventu<strong>de</strong>. O DNJ foi um sucesso.<br />

È preciso cuidar com carinho<br />

da dimensão missionária (Santas<br />

Missões Populares). Falta elemento<br />

humano, amor e compromisso<br />

pastoral. Em suma, carece <strong>de</strong> mais<br />

empenho por parte <strong>de</strong> todos, principalmente<br />

dos padres para que<br />

passemos do <strong>de</strong>vocionismo para<br />

uma pastoral mais consequente.<br />

Caso contrário, as <strong>de</strong>cisões da Assembleia<br />

Diocesana permanecerão<br />

no papel.<br />

SETOR CÁSSIA<br />

Pe. Sandro Henrique: Muitos<br />

sonhos buscamos realizar, dos que<br />

propusemos no início <strong>de</strong> 2012.<br />

Em nosso Setor, muito foi feito no<br />

que diz respeito à Evangelização.<br />

Dentre várias iniciativas, <strong>de</strong>staco<br />

a elaboração do pré-projeto para<br />

celebrarmos momentos fortes <strong>de</strong><br />

nossa vida <strong>de</strong> Igreja, seja a nível<br />

mundial, com o Ano da Fé, seja a<br />

nível nacional com a Jornada Mundial<br />

da Juventu<strong>de</strong> e a nível diocesano,<br />

a preparação para celebrarmos<br />

o Centenário <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong> nossa<br />

<strong>Diocese</strong> e as Santas Missões Populares.<br />

Percebi que todas essas realida<strong>de</strong>s<br />

tomaram muito do nosso<br />

tempo, pois são momentos, como<br />

já disse, fortes e especiais e não<br />

po<strong>de</strong>mos vivê-los e celebrá-los <strong>de</strong><br />

qualquer jeito. Sem dizer que outros<br />

projetos foram executados e/<br />

ou estruturados, dando sequência<br />

ao proposto em nossa última assembleia<br />

diocesana. Espero que em<br />

2013, tenhamos o mesmo vigor e<br />

confiança para alcançarmos nossos<br />

sonhos.<br />

SETOR GUAXUPÉ<br />

Pe. Gilvair Messias: Acredito<br />

que cada época tem sua reação, que<br />

somos todos envolvidos pelos fatores<br />

humano-sociais. Com a diocese<br />

não é diferente... vivemos tempos<br />

nos quais as pessoas reclamam cansaço.<br />

Entre nós, podia ser diferente,<br />

mas não é. Ocorre certa <strong>de</strong>smotivação<br />

e indiferença pastoral. Temos,<br />

sim, variadas ativida<strong>de</strong>s, mas nem<br />

sempre ressoam sentido à busca que<br />

fizemos em 2009 com a assembleia.<br />

Ou ainda, os projetos querem nascer<br />

ou crescer, mas poucos querem fazer<br />

parir. Mas penso que isto não é totalmente<br />

ruim. É momento... Talvez<br />

precisemos pensar, rezar e planejar<br />

mais, sem pressa e comunitariamente.<br />

Queremos hoje tudo pronto,<br />

rápido, embalado. Na Igreja não é<br />

assim... Então, este nosso momento<br />

eclesial pacato, quem sabe, seja positivo<br />

também! Importante saber é<br />

que não estamos parados como setor<br />

e diocese. Temos nos reunido e<br />

procurado estruturar melhor o que<br />

já existe, o que é fundamental. Aos<br />

poucos, quando quiserem nascer, os<br />

planos serão realizados. As Santas<br />

Missões Populares, por exemplo, faladas<br />

no ano passado, também pedidas<br />

em assembleia, vão acontecer<br />

quando estivermos preparados. A<br />

terra ainda não quis engravidar-se,<br />

não chegou sua hora. Mas chegará,<br />

sei que vai chegar... Aí diremos: “o<br />

tempo se cumpriu.”<br />

6 JORNAL COMUNHÃO


SETOR PASSOS<br />

Pe. Dirceu Soares: Todo bom motorista<br />

está sempre atento ao retrovisor do carro.<br />

A caminhada da Igreja não é diferente.<br />

Só po<strong>de</strong>mos avançar pastoralmente se<br />

não per<strong>de</strong>rmos <strong>de</strong> vista o nosso Plano<br />

Diocesano da Ação Evangelizadora. O dito<br />

popular já nos dizia: não precisamos inventar<br />

a roda, ela já existe, é preciso fazê-<br />

-la girar. Olhando nosso Plano Diocesano,<br />

percebo que muitas coisas caminharam<br />

sim. Nossa diocese pensa uma Evangelização<br />

que contemple a pessoa, a comunida<strong>de</strong><br />

e a socieda<strong>de</strong>. A maioria dos projetos<br />

foi encaminhada e está em andamento.<br />

Contudo, chamo a atenção para dois<br />

gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safi os: a juventu<strong>de</strong> e a questão<br />

missionária. Com certeza, não cumprimos<br />

tudo o que foi planejado, principalmente<br />

o projeto da Ação Missionária da Igreja.<br />

É uma urgência na Ação Evangelizadora.<br />

Vale lembrar que nossa diocese não se<br />

esqueceu <strong><strong>de</strong>ste</strong> projeto, ele fará parte do<br />

processo <strong>de</strong> preparação e comemoração<br />

<strong>de</strong> seu centenário. Quero terminar minha<br />

partilha, chamando a atenção para<br />

os Grupos <strong>de</strong> Refl exão. Vamos realmente<br />

priorizá-los. Eles são exemplos <strong>de</strong>sta Igreja<br />

em estado permanente <strong>de</strong> missão e sementeira<br />

<strong>de</strong> novas comunida<strong>de</strong>s.<br />

SETOR PARAÍSO<br />

DIOCESE DE GUAXUPÉ<br />

Pe. Antônio Garcia: Olhando<br />

para o Plano Diocesano da Ação<br />

Evangelizadora, “Igreja, comunida<strong>de</strong><br />

em Missão” - houve um crescimento e<br />

há pontos para avaliar e encaminhar<br />

rumo aos objetivos traçados pela Assembleia<br />

Diocesana. No setor, existiu<br />

maior entrosamento, iniciativas <strong>de</strong> se<br />

criar uma Escola Teológica conjugada<br />

ao setor Cássia, o que ainda não foi<br />

possível. Alguns <strong>de</strong>staques : o setor<br />

juventu<strong>de</strong>, ainda que tímido, está se<br />

reorganizando; Formação dos MECEs,<br />

busca uma unida<strong>de</strong> nas paróquias do<br />

setor - para 2013 estudará - A Porta<br />

da Fé (Porta Fi<strong>de</strong>i) - Papa Bento XVI<br />

e DGAE 2011-2015. ECC está em fase<br />

<strong>de</strong> expansão e encaminhamento. É<br />

preciso ter ousadia e colocar em prática<br />

o Plano Diocesano.<br />

No Âmbito da Socieda<strong>de</strong>: Há um<br />

<strong>de</strong>spertar no tocante à ação missionária<br />

e social. Existem trabalhos,<br />

como a Pastoral da Criança, vicentinos,<br />

outras <strong>de</strong> cunho paroquial - por<br />

iniciativas <strong>de</strong> alguns padres. Em síntese,<br />

persiste muitas vezes o <strong>de</strong>scompromisso,<br />

o individualismo, a fragmentação<br />

da pertença ao presbitério<br />

diocesano e a corresponsabilida<strong>de</strong><br />

na Evangelização. A Igreja recebeu<br />

o mandato <strong>de</strong> anunciar a verda<strong>de</strong> da<br />

salvação até os confins da terra. E nós<br />

não po<strong>de</strong>mos nos excluir <strong>de</strong>le; é mister<br />

inserir o Planejamento Diocesano<br />

no Planejamento Paroquial.<br />

SETOR POÇOS<br />

Pe. Henrique Neveston: A avaliação<br />

que faço é muito positiva em<br />

nosso setor. Poços <strong>de</strong> Caldas também<br />

vê com muita esperança o trabalho<br />

pastoral <strong>de</strong> nossa querida diocese,<br />

uma vez que tudo o que o plano <strong>de</strong><br />

pastoral or<strong>de</strong>na, tentamos colocar<br />

em prática. Algumas ações que merecem<br />

<strong>de</strong>staque: a formação dos leigos;<br />

nosso Centro <strong>de</strong> Formação para<br />

Leigos; os grupos <strong>de</strong> reflexão; a participação<br />

e o respeito entre os padres<br />

do Setor; a motivação dos jovens na<br />

realização do DNJ com o amparo dos<br />

padres e a Peregrinação da Cruz em<br />

todo o setor. Conseguimos também,<br />

no dia 22 <strong>de</strong> outubro, que cada padre<br />

celebrasse em outra paróquia, para<br />

começar a <strong>de</strong>spertar a dimensão missionária<br />

setorial. Acredito que cumprir<br />

ou não o que é almejado pela<br />

diocese é uma questão <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

à Igreja Particular. Se foi <strong>de</strong>finido um<br />

maior empenho nos grupos <strong>de</strong> reflexão,<br />

não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sviar nossos esforços<br />

e trabalhos para outras áreas.<br />

Se <strong>de</strong>ixarmos para o ano que vem o<br />

que a diocese coloca como priorida<strong>de</strong>,<br />

o processo se enfraquece e o que<br />

era para ser uma ação <strong>de</strong> todos, vira<br />

ação <strong>de</strong> uma minoria e uma minoria<br />

não realiza o trabalho <strong>de</strong> uma diocese<br />

na proporção e extensão <strong>de</strong> nosso<br />

território. A conversão paroquial requer<br />

primeiramente uma conversão<br />

pastoral. O responsável pela pastoral<br />

é nosso bispo e se ele é nosso pastor,<br />

precisamos ouvir sua voz e enten<strong>de</strong>r<br />

seus bons propósitos.<br />

COORDENADOR DIOCESANO DE<br />

PASTORAL<br />

Pe. Francisco Carlos: Quando<br />

se propõe a avaliar a caminhada, e<br />

é louvável fazê-lo sempre, o que se<br />

preten<strong>de</strong> é rever todo o processo <strong>de</strong><br />

planejamento da ação pastoral numa<br />

comunida<strong>de</strong>/paróquia ou <strong>Diocese</strong>.<br />

Este processo “reflete a Igreja que somos<br />

e, ao mesmo tempo, edifica, provoca,<br />

acorda a Igreja que <strong>de</strong>vemos e<br />

po<strong>de</strong>mos ser.” Acredito que estamos<br />

em busca do Objetivo Geral da Ação<br />

Evangelizadora da <strong>Diocese</strong>: formando<br />

a pessoa, renovando a comunida<strong>de</strong><br />

do jeito antigo/novo e transformando<br />

a socieda<strong>de</strong>. Toda a dinâmica<br />

pastoral dos movimentos, pastorais,<br />

ministérios e grupos presentes na<br />

diocese, como os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos<br />

em nossas paróquias mostram<br />

que não estamos parados, inertes.<br />

Estamos caminhando. Po<strong>de</strong>mos caminhar<br />

melhor e com mais ânimo e<br />

esperança. Precisamos <strong>de</strong> conversão<br />

e unida<strong>de</strong> no dinamismo do Reino:<br />

a comunhão eclesial é uma necessida<strong>de</strong>.<br />

Quanto à dimensão missionária,<br />

estamos meio sonolentos, pouco<br />

atentos e ainda numa pastoral <strong>de</strong><br />

manutenção. A pastoral <strong>de</strong>cididamente<br />

missionária, que nos alerta o<br />

Documento <strong>de</strong> Aparecida, não <strong>de</strong>spertou<br />

o todo da diocese; apenas em<br />

algumas realida<strong>de</strong>s paroquiais e <strong>de</strong><br />

forma ocasional. Assumir a missão é<br />

transbordar o amor <strong>de</strong> Deus! Não temos<br />

outra saída: <strong>de</strong>ixemo-nos guiar<br />

pela luz e pela força do Espírito que<br />

inventa o novo e aquece o que está<br />

frio e morno. A Igreja do amanhã está<br />

nas mãos do Espírito Santo e no coração<br />

dos missionários.<br />

BISPO DIOCESANO<br />

Dom José Lanza: Gostaria <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />

estas duas perguntas a partir<br />

das visitas pastorais realizadas durante<br />

o ano <strong>de</strong> 2012. O que constatamos<br />

é que cada paróquia tem seu<br />

ritmo normal, suas ativida<strong>de</strong>s costumeiras,<br />

principalmente aquelas pastorais,<br />

movimentos e grupos que já<br />

nasceram com a paróquia. Quando<br />

questionamos a respeito da proposta<br />

diocesana e caminhada em conjunto,<br />

percebemos alguns sinais, alguns<br />

esforços e, até mesmo, algumas marcas<br />

fortes. Notamos uma distância<br />

bastante gran<strong>de</strong> entre <strong>aqui</strong>lo que é<br />

pensado e proposto pela Igreja Diocesana<br />

e as propostas da Igreja Nacional<br />

com a realida<strong>de</strong> pastoral. Seria<br />

necessário nos questionarmos a<br />

respeito <strong>de</strong> nossa disposição, clareza,<br />

viabilida<strong>de</strong>, conversão e fé. O que importa<br />

só saber a lição <strong>de</strong> cor? É pertinente<br />

a afirmação <strong>de</strong> que se o padre<br />

quer - acontece, se o padre não quer<br />

- esquece. Nos 50 anos do Concílio<br />

Vaticano II, o que <strong>de</strong>ve prevalecer é<br />

a Igreja Povo, marcada pelo protagonismo<br />

dos leigos e leigas, sob a luz<br />

do Espírito Santo.<br />

7


liturgia<br />

NASCEU-NOS HOJE UM MENINO...<br />

Durante os primeiros séculos<br />

da era cristã, não existia<br />

ainda o que se chama ano<br />

litúrgico. O que se celebrava<br />

era o domingo, apesar <strong>de</strong><br />

haver indícios da comemoração<br />

anual da Páscoa. A<br />

festa do Natal aparece no calendário<br />

cristão em começos<br />

do século IV, em lugares diferentes.<br />

Somente a partir dos<br />

séculos VIII e IX, são inseridos<br />

na liturgia da Igreja formulários<br />

<strong>de</strong> missas do Advento na<br />

festa do Natal e os livros litúrgicos<br />

passam a <strong>de</strong>marcar<br />

o 1º domingo do Advento<br />

como início do ano litúrgico.<br />

Vale a pena ressaltar que os<br />

acontecimentos celebrados<br />

ano após ano, na Igreja, não<br />

são uma espécie <strong>de</strong> “aniversário”<br />

dos momentos marcantes<br />

da vida <strong>de</strong> Jesus e<br />

sim, presença em mistério,<br />

ou seja, são acontecimentos<br />

salvífi cos e efi cazes para<br />

aqueles que os celebram,<br />

pois atualizam o mistério do<br />

Senhor e <strong>de</strong> sua vida para os<br />

cristãos que fazem memória<br />

<strong>de</strong> suas ações.<br />

Não se sabe com exatidão<br />

quando se <strong>de</strong>u o nascimento<br />

<strong>de</strong> Jesus e nem o motivo<br />

da fi xação da data para<br />

o dia 25 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. No<br />

ano <strong>de</strong> 275, o imperador romano,<br />

Aureliano, instituiu a<br />

festa pagã do nascimento do<br />

sol invicto, no solstício <strong>de</strong> inverno,<br />

que ocorre justamente<br />

no dia 25 do último <strong>mês</strong>.<br />

De acordo com estudos, o<br />

cristianismo – após se tornar<br />

a religião ofi cial do império – teria assumido<br />

esta data como o dia do nascimento<br />

do verda<strong>de</strong>iro sol invicto, Jesus Cristo,<br />

suprimindo esta festa pagã e estabelecendo<br />

os primórdios da vida do Salvador.<br />

Quando se fala na celebração do Natal<br />

na Igreja, fala-se do ciclo natalino, que<br />

subenten<strong>de</strong> o Advento, Natal e Epifania,<br />

ou seja, a festivida<strong>de</strong> da manifestação do<br />

Senhor. Nas Sagradas Escrituras os relatos<br />

da paixão, morte e ressurreição <strong>de</strong> Jesus<br />

são maiores do que os do nascimento.<br />

Isto ocorre porque o Natal é concebido a<br />

partir dos acontecimentos fi nais da vida<br />

do Mestre <strong>de</strong> Nazaré. Assim também<br />

aconteceu na formulação do calendário<br />

litúrgico da Igreja. Celebra-se o Natal do<br />

Senhor à luz <strong>de</strong> sua morte e ressurreição.<br />

Mesmo na festivida<strong>de</strong> do nascimento <strong>de</strong><br />

Jesus, celebra-se o mesmo mistério da<br />

sua paixão, morte e ressurreição: anuncia-se<br />

a sua morte e proclama-se a sua<br />

ressurreição, na expectativa <strong>de</strong> sua volta<br />

“Quando se completou o tempo<br />

previsto, Deus enviou seu Filho, nascido<br />

<strong>de</strong> uma mulher, nascido sujeito à Lei, a<br />

fi m <strong>de</strong> resgatar os que eram sujeitos à<br />

Lei e para que todos recebêssemos a<br />

fi liação adotiva”<br />

(aclamação anamnética).<br />

“Quando se completou o tempo previsto,<br />

Deus enviou seu Filho, nascido <strong>de</strong><br />

uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fi m<br />

<strong>de</strong> resgatar os que eram sujeitos à Lei e<br />

para que todos recebêssemos a fi liação<br />

adotiva” (Gl 4,4-5: I Vésperas do Natal). A<br />

Palavra se fez carne e habitou na humanida<strong>de</strong>,<br />

por isso entoam os anjos na noite<br />

do Natal: “Glória a Deus no mais alto<br />

Por Pe. Renato César Gonçalves, Paróquia Sagrada Família – Carmo do Rio Claro<br />

pequenez, a grandiosida<strong>de</strong><br />

do Ser Maior que, ao se fazer<br />

pobre, enobrece toda a humanida<strong>de</strong>.<br />

Na tradição cristã da<br />

dos céus e paz na terra aos homens que<br />

confecção do presépio, o<br />

mistério se torna palpável. O<br />

recém-nascido aparece <strong>de</strong>itado<br />

na palha, circundado<br />

por seus pais, por animais,<br />

pastores e os magos que<br />

vêm do Oriente pra oferecer<br />

suas homenagens ao Deus<br />

Gran<strong>de</strong>/Pequeno. Tudo se<br />

converge para a Criança; ela<br />

se torna o centro daquela<br />

história e, para os cristãos.<br />

assume <strong>de</strong>fi nitivamente a<br />

centralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a história.<br />

Nas celebrações da Igreja,<br />

esse nascimento é precedido<br />

por gran<strong>de</strong> expectativa.<br />

Semana após semana, velas<br />

são acesas indicando que o<br />

tempo da luz está próximo:<br />

é o tempo do Advento; as<br />

quatro semanas que antece<strong>de</strong>m<br />

a festa da luz. Na noite<br />

do dia 24 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, os<br />

cristãos se reúnem para a<br />

gran<strong>de</strong> celebração da vigília<br />

do Natal, chamada tradicionalmente<br />

<strong>de</strong> Missa do Galo<br />

(o galo anuncia um novo dia<br />

que chega, o sol que nasce,<br />

e assim, o Sol invencível<br />

que vem para iluminar toda<br />

a humanida<strong>de</strong>). Tradicionalmente,<br />

venera-se a imagem<br />

<strong>de</strong> um neném – o menino<br />

Jesus – que, na sua singeleza,<br />

chama a atenção da<br />

humanida<strong>de</strong> para o gran<strong>de</strong><br />

mistério <strong>de</strong> Deus escondido<br />

na pequenez: “Hoje nasceu<br />

para nós um Salvador, que é Cristo-Senhor”<br />

(Lc 2,11). A celebração é marcada<br />

pela luz, pelo resgate da esperança, pela<br />

beleza e simplicida<strong>de</strong>, pela comunida<strong>de</strong><br />

que entoa uníssona “noite feliz”, por todos<br />

aqueles homens e mulheres <strong>de</strong> boa<br />

vonta<strong>de</strong> que acreditam neste mistério<br />

presente até hoje, mesmo que percebam<br />

que a realida<strong>de</strong> está marcada por tantos<br />

<strong>de</strong>sencontros, crises, rivalida<strong>de</strong>s e individualismos.<br />

É Natal... é tempo <strong>de</strong> celebrar e resgatar<br />

a esperança; <strong>de</strong> mostrar ao mundo<br />

que aquela criança continua sendo o Sol<br />

ele ama” (Lc 2,14). A celebração do Natal Invencível que ilumina a humanida<strong>de</strong>.<br />

é a atualização do gran<strong>de</strong> mistério que Diante do caos que se apresenta na hu-<br />

perpassa milênios <strong>de</strong> um Deus que se faz manida<strong>de</strong>, Deus fará sempre com que<br />

gente. O Criador faz sua morada no meio brilhe o Sol nascente “para iluminar a<br />

das criaturas e isso foge a toda e qual- quantos jazem entre as trevas e na somquer<br />

lógica existente. Nas celebrações da bra da morte estão sentados” (Lc 1,79).<br />

Igreja, vislumbra-se esse mistério envol- Que nunca os cristãos <strong>de</strong>ixem com que<br />

to em gran<strong>de</strong> simplicida<strong>de</strong> e singeleza a criança do presépio perca sua centrali-<br />

e, concomitantemente, percebe-se, na da<strong>de</strong>...<br />

8 JORNAL COMUNHÃO


OS NATAIS DE LUCAS E DE MATEUS<br />

Nossos presépios costumam estar<br />

cheios <strong>de</strong> anjos e pastores e ainda têm<br />

espaço para os Magos, seus camelos e<br />

sua estrela. Nos Evangelhos, é diferente.<br />

Só em Lucas, temos anjos e pastores; só<br />

em Mateus, temos os Magos. Contam<br />

histórias diferentes, porque cada um tem<br />

um recado a dar e o que interessa, segundo<br />

Bento XVI (Verbum Domini n. 19), é o<br />

recado e não a história.<br />

O NASCIMENTO DE UM POBRE PARA<br />

OS POBRES<br />

Assim é o Natal <strong>de</strong> Lucas. Maria e José<br />

moravam em Nazaré e foi uma or<strong>de</strong>m<br />

dos impérios <strong><strong>de</strong>ste</strong> mundo que os levou<br />

a Belém. Pouco interessa se esse recenseamento<br />

tenha se realizado só vários anos<br />

<strong>de</strong>pois. Aquele que será o Senhor se submete<br />

aos impérios do mundo.<br />

Não havia lugar para eles na hospedaria<br />

e foram abrigar-se num estábulo.<br />

Nascido o Menino, colocaram-lhe as fraldas<br />

e o <strong>de</strong>itaram num cocho, para que<br />

ninguém pu<strong>de</strong>sse dizer que ele “nasceu<br />

num berço <strong>de</strong> ouro.”<br />

Os pastores daquele tempo nada tinham<br />

do romantismo dos presépios, pareciam<br />

mais os ciganos <strong>de</strong> hoje: pobres,<br />

mendigos até, e, por on<strong>de</strong> passam, provocam<br />

incômodo, mal estar e rejeição.<br />

O Anjo do Senhor que lhes aparece<br />

não é mais que a reprodução <strong>de</strong> Javé,<br />

pois o original, o próprio Senhor, ninguém<br />

po<strong>de</strong> ver, senão morre. A glória<br />

<strong>de</strong> Javé os ilumina e assusta, pois “quem<br />

po<strong>de</strong> ver Deus e continuar vivo?” Não<br />

precisam ter medo, é uma Boa Notícia,<br />

um Evangelho que lhes chega: “Hoje nasceu<br />

para vocês um salvador!”<br />

‘Para nós, tão pobres e discriminados?<br />

Até que enfi m fomos lembrados!’<br />

Salvador era título exclusivo <strong>de</strong> César, o<br />

Imperador Romano. Cristo, Messias, o Rei<br />

PAIS E FILHOS A CAMINHO...<br />

Viveremos o Natal com Jesus, Maria e<br />

José... Como Maria que guardava as palavras<br />

e tudo o mais no coração, vamos<br />

também nós guardar no coração e na<br />

vida tudo o que reviveremos nestes dias.<br />

Vamos reviver em família tudo o que Jesus<br />

nos ensinou e prestar muita atenção<br />

àquela tão bela missão que o Senhor<br />

confi ou aos pais <strong>de</strong> acompanhar o crescimento<br />

físico e psíquico das crianças para<br />

que se tornem capazes <strong>de</strong> conduzir ou<br />

conquistar seu verda<strong>de</strong>iro crescimento e<br />

maturida<strong>de</strong>.<br />

Imaginem que tive a sorte <strong>de</strong> receber<br />

uma revista que nos traz uma palavra <strong>de</strong><br />

DIOCESE DE GUAXUPÉ<br />

bíblia<br />

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor <strong>de</strong> Teologia Bíblica no Centro <strong>de</strong> Estudos Superiores da Arquidiocese <strong>de</strong> Ribeirão Preto. Resi<strong>de</strong> em Nova Resen<strong>de</strong><br />

Ungido era a esperança do povo ju<strong>de</strong>u.<br />

Senhor era título <strong>de</strong> César e, na Bíblia grega,<br />

era a tradução <strong>de</strong> Javé/Adonay. ‘Para<br />

nós...’<br />

O sinal que vai comprovar isso não é<br />

um menino a ser encontrado nos palácios,<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> os pastores nem passavam<br />

perto. Ele será encontrado num estábulo<br />

– lugar mais familiar aos pastores – e dormindo<br />

tranquilo, <strong>de</strong>itado em um cocho.<br />

É na extrema pobreza que ele se mostra<br />

o salvador.<br />

MATEUS: DEUS VEM AO ENCONTRO<br />

DAS NAÇÕES<br />

“Tendo Jesus nascido em Belém”,<br />

sem nenhuma explicação, apenas com<br />

a indicação da época: “no tempo do Rei<br />

Hero<strong>de</strong>s”. O velho Hero<strong>de</strong>s conseguira do<br />

Imperador Augusto a autorização para<br />

Jean Piaget, gran<strong>de</strong> sábio <strong>de</strong> Genebra<br />

(Suíça) que estudou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da inteligência da criança e observou<br />

que ela, nos primeiros anos <strong>de</strong> vida,<br />

manifesta-se pela ação, pelo movimento<br />

e pela percepção, sem linguagem. Isso<br />

explica a intensa ativida<strong>de</strong> da criança: ela<br />

pega objetos, manipula-os, <strong>de</strong>smonta-os<br />

e os leva, muitas vezes, à boca, sempre<br />

com a intenção <strong>de</strong> compreendê-los. É a<br />

maneira como a criança faz a sua leitura<br />

do mundo.<br />

Importante, nesse período, é que a<br />

criança tenha muitos objetos dos quais<br />

possa dispor para trabalhá-los, ainda<br />

se dar o título <strong>de</strong> rei dos ju<strong>de</strong>us, governando<br />

a Palestina toda, evi<strong>de</strong>ntemente<br />

sob as or<strong>de</strong>ns do Império. Ele fazia muita<br />

questão <strong>de</strong>sse título e, com medo <strong>de</strong> perdê-lo,<br />

já havia con<strong>de</strong>nado à morte duas<br />

esposas e dois fi lhos.<br />

Aos Magos, nem Javé nem seu Anjo<br />

ou duplicata aparecem. Eles não são ju<strong>de</strong>us,<br />

não têm a Bíblia, não conhecem<br />

Javé nem seus Anjos. A eles, Deus fala<br />

através das estrelas, pois era <strong>de</strong> seu ofício<br />

observá-las. Uma estrela diferente<br />

encontrada no céu os fez enten<strong>de</strong>r que<br />

havia nascido um novo “rei dos ju<strong>de</strong>us.”<br />

Vão buscá-lo não em um estábulo<br />

perto <strong>de</strong> Belém, mas na capital, em Jerusalém,<br />

batendo à porta do palácio <strong>de</strong><br />

Hero<strong>de</strong>s. A notícia o apavora e à cida<strong>de</strong><br />

inteira. Com a Bíblia nas mãos , eles encontram<br />

uma indicação do lugar do nas-<br />

que, muitas vezes, acabe em <strong>de</strong>struí-los,<br />

o que é uma estratégia para realizar suas<br />

aprendizagens. Nesse sentido, não cabe<br />

punição alguma à criança, o que revelaria<br />

apenas a ignorância do adulto em<br />

relação ao <strong>de</strong>senvolvimento e funcionamento<br />

da inteligência infantil.<br />

Por outro lado, os pais po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem,<br />

aos poucos, separar objetos dos<br />

quais a criança possa dispor, daqueles<br />

que pertencem ao papai e à mamãe e<br />

que são vedados à sua ativida<strong>de</strong> exploratória.<br />

É importante essa separação, porque<br />

ajuda a criança a construir estruturas in-<br />

cimento do verda<strong>de</strong>iro rei dos Ju<strong>de</strong>us,<br />

Davi ou “o Filho <strong>de</strong> Davi”. É Belém. Para lá<br />

se encaminham os Magos, que, ao reverem<br />

a estrela, reconhecem que Deus os<br />

continua guiando.<br />

Encontram o Menino numa casa, não<br />

num estábulo, e o adoram, prestam-lhe<br />

suas homenagens, oferecendo presentes.<br />

O Evangelho não diz quantos Magos<br />

eram e, muito menos, se eram reis. Os<br />

três presentes, ouro, incenso e mirra, levaram<br />

ao número três. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> serem<br />

reis vem <strong>de</strong> Is 60,3, texto da Primeira Leitura<br />

da Solenida<strong>de</strong> da Epifania do Senhor<br />

(Is 60,1-6). Esse texto estava, sem dúvida,<br />

no pensamento do autor do Evangelho.<br />

Aí aparecem também os camelos e dromedários<br />

que estão nos presépios.<br />

O Evangelista nos quis dizer que os<br />

<strong>de</strong> casa, os que tinham a Bíblia e eram capazes<br />

<strong>de</strong> encontrar nela uma indicação<br />

do local on<strong>de</strong> nasceria o Messias. Hero<strong>de</strong>s<br />

e os Mestres <strong>de</strong> Jerusalém fi caram<br />

apavorados com a notícia, enquanto os<br />

estranhos e <strong>de</strong>sconhecidos Magos vieram<br />

<strong>de</strong> longe à procura <strong>de</strong> Jesus, apenas<br />

por terem notado uma estrela diferente<br />

no céu.<br />

A comunida<strong>de</strong> que nos <strong>de</strong>u este<br />

Evangelho é <strong>de</strong> cristãos ju<strong>de</strong>us, mas<br />

hoje, quando o Evangelho é escrito, o<br />

judaísmo está dominado pelos Mestres<br />

fariseus que não admitem a fé em Jesus<br />

como Messias, “rei dos ju<strong>de</strong>us.” Os <strong>de</strong> fora<br />

e <strong>de</strong> longe, sim, aceitam o Messias Jesus<br />

e os menores sinais os levam a ele.<br />

A tradição posterior não errou quando<br />

transformou os Magos em reis e representantes<br />

das diversas etnias: um<br />

negro, um oriental e um branco. O Evangelho<br />

quer dizer exatamente isso, todas<br />

as nações, melhor que os <strong>de</strong> casa, conhecedores<br />

da Escritura, saem à busca amorosa<br />

do Messias Jesus.<br />

pais e filhos<br />

Por Maria do Carmo Noronha. Resi<strong>de</strong> em Guaxupé<br />

ternas do permitido e do proibido, d<strong>aqui</strong>lo<br />

que lhe pertence do que é dos outros e<br />

a respeitar a proprieda<strong>de</strong> alheia. Introduz<br />

também hierarquia: os pais orientam e os<br />

fi lhos se sentem seguros e protegidos.<br />

Constatamos, então, a importância<br />

<strong>de</strong>ssa fase. Já vimos que o adulto <strong>de</strong>ve<br />

sempre mais ouvir do que falar. A orientação<br />

po<strong>de</strong> ser feita por um gesto, um<br />

olhar ou mesmo, pelo exemplo.<br />

Que o Senhor aceite como louvor<br />

toda a conquista e esforço dos nossos casais<br />

para serem capazes <strong>de</strong> acompanhar<br />

seguramente os fi lhos até à verda<strong>de</strong>ira<br />

maturida<strong>de</strong>.<br />

9


ponto <strong>de</strong> vista teológico<br />

A FORÇA RENOVADORA DA FÉ<br />

O anjo do Senhor anunciou à Maria! (Lc 1,26-38).<br />

Deus, mais uma vez, elege a raça adâmica para continuar<br />

seu colóquio amoroso. Não leva em conta a dura cerviz <strong>de</strong><br />

seu povo. Propõe trégua; não se <strong>de</strong>ixa vencer pelo <strong>de</strong>sencanto<br />

ou pela <strong>de</strong>cepção; propõe-Se no amor e com amor!<br />

Com sorrisos inefáveis Ele, mais uma vez, nos visita. Nossa fé<br />

se renova!<br />

E ela concebeu do Espírito Santo!<br />

A concepção miraculosa da Virgem revela novos tempos:<br />

o po<strong>de</strong>r da fragilida<strong>de</strong>, o verda<strong>de</strong>iro po<strong>de</strong>r dos humanos.<br />

Potesta<strong>de</strong> alguma, nem mesmo a Natureza, po<strong>de</strong> cercear a<br />

infinita bonda<strong>de</strong> do Senhor. Desestabilizando os pretensos<br />

e bélicos raciocínios, a semente da divina vida é alojada no<br />

útero humano! De um broto no tronco <strong>de</strong> Jessé, a promessa<br />

<strong>de</strong> Graça e Beleza. A força do alto que acompanha o Povo<br />

Peregrino ensina que a leveza supera toda pujança e arrogância!<br />

Nossa fé se robustece!<br />

Eis <strong>aqui</strong> a Serva do Senhor!<br />

A humanida<strong>de</strong>, renovada pelo próprio Deus, <strong>de</strong>sperta da<br />

inércia, da preguiça e do torpor. Sendo o que sempre foi –<br />

frágil e inacabada – a raça eleita coloca-se com prontidão à<br />

Graça! Nas sendas da Beatíssima Virgem, queremos – como<br />

discípulos/as missionários/as – colocar-nos à disposição do<br />

Senhor que vem <strong>de</strong> novo. Nossa fé nos <strong>de</strong>sinstala!<br />

Faça-se em mim segundo a vossa vonta<strong>de</strong>!<br />

Deus se alegra com a humanida<strong>de</strong> elevada, livre e vitalizada.<br />

Eis a Sua maior glória: que o humano viva! Bendita seja,<br />

portanto, a humanida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>scobre sua vocação mais<br />

profunda: cumprir a vonta<strong>de</strong> do Senhor e buscar o Seu Reino.<br />

Por isso mesmo, malditas sejam todas as ações que obscurecem<br />

o sentido último da vocação humana, tornando-a<br />

pequena e distante do Criador. “Ai <strong>de</strong> quem escandalizar um<br />

<strong><strong>de</strong>ste</strong>s pequeninos!” (cf. Mt 18,6). Nossa fé nos questiona!<br />

E o Verbo se fez carne!<br />

Inaudito acontecimento. Um <strong>de</strong>spropósito incomensurável:<br />

Deus se enfraquece para enaltecer Sua criação! Que<br />

esplêndida essa majesta<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>clina do suntuoso para<br />

abeirar-se das favelas, dos mangues, dos <strong>de</strong>serdados e dos<br />

pobres, dos famintos e tristes, dos escravizados e atormentados,<br />

<strong>de</strong> minha e <strong>de</strong> tua casa! Por isso mesmo, diga-se um<br />

rotundo não às i<strong>de</strong>ologias <strong>de</strong> ontem e <strong>de</strong> hoje que negam<br />

o mistério da Encarnação. O Divino se humanizou. A carne<br />

per<strong>de</strong>u sua maldição; Deus a assume e a redime no mistério<br />

insondável <strong>de</strong> Seu amor. Nossa fé nos sensibiliza!<br />

E habitou entre nós!<br />

Agora sim! A todos surpreen<strong>de</strong>u com audácia: tornou-se<br />

carne <strong>de</strong> nossa carne! Ossos <strong>de</strong> nossos ossos! Emanuel: Deus<br />

conosco. O jejum terminou. A luz brilhou nas trevas. Nossas<br />

esperanças se refizeram na força frágil <strong>de</strong> um nazareno recém-nascido!<br />

É Natal! Já que é condição da existência, um<br />

choro humano se faz ouvir: um menino vem à Luz. Nossa fé<br />

se ilumina!<br />

Feliz Natal! Que as surpresas <strong>de</strong> Deus Menino continuem<br />

a nos mover ao longo <strong>de</strong> 2013. Que sua visita nos fortaleça<br />

perante o “novo” que vem!<br />

Por Pe. José Augusto da Silva, Paróquia São José - Machado<br />

10 JORNAL COMUNHÃO


1<br />

3<br />

6<br />

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12<br />

15<br />

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21<br />

25<br />

4<br />

8<br />

DIOCESE DE GUAXUPÉ<br />

COMEMORAÇÕES DE DEZEMBRO<br />

NATALÍCIO<br />

Mons. Enoque Donizetti <strong>de</strong> Oliveira<br />

Pe. Vítor Aparecido Francisco<br />

Dom José Geraldo Oliveira do Valle<br />

Pe. Alexandre José Gonçalves<br />

Pe. Luis Januário dos Santos<br />

Pe. Célio Laurindo da Silva<br />

Pe. Marcelo Nascimento dos Santos<br />

Pe. Adirson Costa Morais<br />

Pe. José Natal <strong>de</strong> Souza<br />

Pe. Val<strong>de</strong>nísio Justino Goulart<br />

Pe. Francisco Albertin Ferreira<br />

Pe. Gladstone Miguel da Fonseca<br />

Pe. Moisés Campos Gonçalves<br />

Dom Messias dos Reis Silveira<br />

AGENDA PASTORAL DE DEZEMBRO<br />

Confraternização Anual dos Presbíteros da <strong>Diocese</strong><br />

Reunião Geral <strong>de</strong> Pastoral em Guaxupé<br />

Anualmente a <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> Guaxupé<br />

aten<strong>de</strong> a projetos sociais vinculados à temática<br />

da Campanha da Fraternida<strong>de</strong>. A<br />

Coleta da Solidarieda<strong>de</strong> é feita em todas<br />

as paróquias no Domingo <strong>de</strong> Ramos e repassada<br />

à Mitra Diocesana. Do total arrecadado,<br />

a diocese <strong>de</strong>stina 40% para o Fundo<br />

Nacional <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> (FNS). Os outros<br />

60% fi cam na diocese, formando o Fundo<br />

Diocesano <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> (FDS). Em<br />

2012, foram <strong>de</strong>stinados R$ 39.000,00 a 05<br />

projetos sintonizados ao assunto “Fraternida<strong>de</strong><br />

e Saú<strong>de</strong> Pública”.<br />

Projeto 01: Clínica <strong>de</strong> Reabilitação Geriátrica<br />

Instituicao: Lar do Idoso Fre<strong>de</strong>rico Ozanam<br />

Paróquia : Nossa Senhora do Carmo<br />

31<br />

5<br />

6<br />

8<br />

10<br />

12<br />

Pe. Heraldo <strong>de</strong> Freitas Lamim<br />

Dom José Lanza Neto<br />

Pe. Maurício Marques da Silva<br />

ORDENAÇÃO<br />

Mons. Benedito José da Silva<br />

Pe. José Milton Reis<br />

Côn. Walter Maria Pulcinelli<br />

Pe. Álvaro Alves da Silva<br />

Pe. Carlos Miranda<br />

Pe. Mário Pio <strong>de</strong> Faria<br />

Pe. Pedro Meloni Neto<br />

Pe. José Pimenta dos Santos<br />

Pe. Pedro Bauer<br />

Pe. João Pedro <strong>de</strong> Faria<br />

comunicação<br />

FUNDO DIOCESANO DE SOLIDARIEDADE BENEFICIA PROJETOS SOCIAIS<br />

Cida<strong>de</strong> : Carmo do Rio Claro (MG)<br />

Objetivo: Comprar mo<strong>de</strong>rnos equipamentos<br />

<strong>de</strong> fi sioterapia para prevenção<br />

e tratamentos <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> pessoas<br />

idosas.<br />

Projeto 02: Crescendo e criando com<br />

amor as diferenças<br />

Instituição: Centro Comunitário Nossa<br />

Senhora Aparecida<br />

Paróquia : Nossa Senhora Aparecida<br />

Cida<strong>de</strong> : Poços <strong>de</strong> Caldas (MG)<br />

Objetivo: Trabalhar para inserção e inclusão<br />

produtiva <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>fi<br />

ciência física e emocional.<br />

sugestão <strong>de</strong> filme<br />

Histórias Cruzadas, 2011<br />

15-16<br />

16<br />

Jackson, pequena cida<strong>de</strong> no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é<br />

uma garota da socieda<strong>de</strong> que retorna <strong>de</strong>terminada a tornar-se escritora. Ela começa<br />

a entrevistar as mulheres negras da cida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ixaram suas vidas para trabalhar na<br />

criação dos fi lhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark<br />

(Viola Davis), a empregada da melhor amiga <strong>de</strong> Skeeter, é a primeira a conce<strong>de</strong>r uma<br />

entrevista, o que <strong>de</strong>sagrada à socieda<strong>de</strong> como um todo. Apesar das críticas, Skeeter<br />

e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas a<strong>de</strong>sões.<br />

14<br />

15<br />

18<br />

19<br />

20<br />

22<br />

26<br />

28<br />

29<br />

Projeto 03: Água Viva<br />

Instituição: Paróquia São José Operário<br />

Cida<strong>de</strong>: Paragominas (PA)<br />

Objetivo: Adquirir talhas d’água (fi ltros)<br />

e evitar contaminação <strong>de</strong> água, em parceria<br />

com o Programa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Familiar<br />

(PSF), disponibilizando exames <strong>de</strong><br />

verminose e remédios para população.<br />

Projeto 04: SOS Sobrieda<strong>de</strong><br />

Instituição: Associação Sobrieda<strong>de</strong> e<br />

Vida Nova<br />

Paróquia : São Paulo Apóstolo<br />

Cida<strong>de</strong> : Poços <strong>de</strong> Caldas (MG)<br />

Objetivo: Promover cursos <strong>de</strong> capacitação<br />

para novos agentes na diocese<br />

e formação permanente da Pastoral da<br />

Pe. Gilgar Paulino Freire<br />

Pe. Gledson Antônio Domingos<br />

Mons. Onofre Teixeira Filho<br />

Pe. José Ronaldo Rocha<br />

Pe. José Elias Zago<br />

Pe. Antonio Garcia<br />

Mons. Hilário Pardini<br />

Pe. Luiz Gonzaga Lemos<br />

Pe. Vicente Pinto Ribeiro<br />

Pe. Ailton Goulart Rosa<br />

Pe. Nelson Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Oliveira<br />

Pe. Gentil Lopes <strong>de</strong> Campos Júnior<br />

Pe. Jorge Eugênio da Silva<br />

Retiro Espiritual e Confraternização da Coord. Diocesana da RCC<br />

Assembleia Diocesana do ECC<br />

Sobrieda<strong>de</strong>; preparação para abordagens<br />

<strong>de</strong> temas a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes químicos<br />

e atendimentos na área <strong>de</strong> prevenção;<br />

realização <strong>de</strong> palestras educativas<br />

e panfl etagens.<br />

Projeto 05: A saú<strong>de</strong> se difundindo sobre<br />

a terra<br />

Instituição: Pastoral da Saú<strong>de</strong> São Camilo<br />

De Léllis <strong>de</strong> Guaxupé<br />

Paróquia: Nossa Senhora das Dores<br />

Cida<strong>de</strong>: Guaxupé (MG)<br />

Objetivo: Aquisição <strong>de</strong> materiais como<br />

ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> rodas, banho, andadores,<br />

muletas, colchões, camas, cobertores,<br />

mantimentos para doação e empréstimo<br />

aos assistidos.<br />

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AS FRASES DE 2012...<br />

Igreja e Secularização<br />

“Temos que dialogar com este mundo secularizado e pluricultural. A primeira<br />

atitu<strong>de</strong> é a escuta, mas para isso, temos que criar ambientes em que as<br />

pessoas possam escutar uma a outra. Escutar o Espírito Santo que tem agido<br />

no meio <strong>de</strong> grupos e realida<strong>de</strong>s. Descobrir que somos grávidos do Espírito<br />

Santo como Maria. Ela visita Isabel e as duas reconhecem que, em seus<br />

ventres, está a força.” Dom José Lanza Neto<br />

Perspectivas pastorais<br />

“É hora <strong>de</strong> semear... Se para muitos o momento oferece medo, para os que<br />

são chamados à evangelização resta a esperança <strong>de</strong> um Deus amoroso,<br />

amplificado pela força do Natal, juntamente com todos os bons frutos<br />

colhidos na <strong>Diocese</strong>, em seu âmbito pastoral e sinodal.” Pe.Henrique<br />

Neveston da Silva, Cabo Ver<strong>de</strong> (MG)<br />

Campanha da Fraternida<strong>de</strong><br />

“Portanto a Igreja traz mais este tema para as nossas reflexões, mostrando<br />

que sua missão vai além do espaço sagrado. Usando uma expressão do<br />

Concílio Vaticano II, uma Igreja militante que se compromete com o povo<br />

sofredor. Defen<strong>de</strong>ndo uma saú<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ela está <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo<br />

a vida.” José Geraldo <strong>de</strong> Barros, Passos (MG)<br />

“Esta CF será um presente <strong>de</strong> Deus para os pobres. Nossa expectativa para<br />

este ano é que a Campanha <strong>de</strong>sperte o respeito ao ser humano, para atentos<br />

à sua dignida<strong>de</strong>, possamos tratar a todos como filhos <strong>de</strong> Deus. Vale a pena<br />

estar com estes sofridos, que necessitam mais do que nunca do amor <strong>de</strong><br />

Deus. Queremos dar o nosso melhor, revelar Jesus mesmo diante do<br />

sofrimento e <strong>de</strong>ixar rastros <strong>de</strong> Deus em nosso caminho.” Religiosas ‘Filhas <strong>de</strong><br />

Nossa Senhora do Sagrado Coração’, Alfenas (MG)<br />

Vocação<br />

“Nestes quase 70 anos <strong>de</strong> padre, posso dizer com muita alegria que me sinto<br />

muito realizado. Nasci para ser padre e se mais vida eu tivesse, mais eu seria<br />

sacerdote e posso agra<strong>de</strong>cer a Deus esta vocação que penetrou no fundo do<br />

meu coração. Espero morrer agra<strong>de</strong>cendo a Deus pelo chamado para ser<br />

presbítero <strong>de</strong> Deus, a serviço da Igreja.” Mons. Hilário Pardini, São Sebastião<br />

do Paraíso (MG)<br />

Vaticano II<br />

“Um efetivo diálogo com a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. Nisto se alicerçou o edifício<br />

teológico dos Documentos Conciliares: no lugar da con<strong>de</strong>nação, tão<br />

recorrente nos Concílios anteriores (Trento e Vaticano I), optou-se pelo<br />

diálogo franco e respeitoso com o mundo e as outras Igrejas.” Padre José<br />

Augusto da Silva, Machado (MG)<br />

“O Concílio trabalhou muito nesta questão da Igreja – Povo <strong>de</strong> Deus.<br />

Apontou como essenciais para uma Igreja viva, a renovação e o diálogo.<br />

Além, é claro, da participação das pessoas, principalmente da mulher, que<br />

contribui, muitas vezes, para o crescimento da Igreja, ajudando-a a permanecer<br />

viva.” Irmã Teresinha <strong>de</strong> Jesus Reis, Congregação Romana <strong>de</strong> São<br />

Domingos, Poços <strong>de</strong> Caldas (MG)<br />

Inspirações para 2013!<br />

CNBB – 60 anos<br />

“Em 60 anos <strong>de</strong> sua criação e 50 <strong>de</strong> assembleias, temos algo que é um<br />

verda<strong>de</strong>iro milagre, um episcopado tão numeroso como é o do Brasil,<br />

vivendo a unida<strong>de</strong> em todos os setores da Igreja. Se você vai <strong>de</strong> norte a sul<br />

<strong><strong>de</strong>ste</strong> país, encontra a mesma linguagem, o mesmo pensamento, uma<br />

mesma Igreja com as mesmas sensibilida<strong>de</strong>s, com as mesmas preocupações,<br />

que procura, <strong>de</strong> fato, essa unida<strong>de</strong> interna para reforçar a Igreja em seu<br />

corpo episcopal e qualificar o clero e os leigos em seu trabalho evangelizador.”<br />

Padre Nelito Nonato Dornelas, CNBB, Brasília (DF)<br />

Educação<br />

“Nossa socieda<strong>de</strong> necessita <strong>de</strong> pessoas que passem pela escola e saiam <strong>de</strong>la<br />

fortalecidas, preparadas para fazer a diferença no mundo, tornando-se<br />

cidadãos críticos, participativos e, acima <strong>de</strong> tudo, capazes <strong>de</strong> praticar os<br />

valores cristãos. Portanto, espera-se que as escolas reflitam suas práticas<br />

pedagógicas, fortaleçam seus projetos (interdisciplinares ou não) e promovam,<br />

à luz do Evangelho, uma educação que seja verda<strong>de</strong>iramente inclusiva<br />

e libertadora.” Juliana Aparecida Santana, Divisa Nova (MG)<br />

Formação Cristã em Comunida<strong>de</strong> – 10 anos<br />

“A formação me ajuda a <strong>de</strong>scobrir melhor quem é esse Jesus Cristo em quem<br />

eu creio, porque eu creio, em quem creio quando digo que creio, como creio<br />

em Jesus hoje na comunida<strong>de</strong>, como celebrar essa minha fé em Jesus na<br />

comunida<strong>de</strong> cristã e o que fazer para ser seguidor <strong>de</strong> Jesus no contexto<br />

atual.” Lucimara Trevizan, Belo Horizonte (MG)<br />

Missão em Paragominas (PA)<br />

“Volto com a certeza <strong>de</strong> que Deus está no meio <strong>de</strong> seu povo, em todos os<br />

tempos e lugares, nas piores situações... Nós, padres, precisamos ser mais<br />

pastores, ir atrás das ovelhas que estão fora do redil.” Padre Antônio Carlos<br />

Melo, Machado (MG)<br />

Fé e Ciência<br />

“Ciência e religião têm muito a per<strong>de</strong>r se se isolarem mutuamente. Ambas<br />

po<strong>de</strong>m enriquecer-se com uma cooperação feita <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> resultados e<br />

<strong>de</strong> questionamentos, na busca <strong>de</strong> elucidar o fenômeno humano em suas<br />

múltiplas dimensões.” Pe. Juliano <strong>de</strong> Almeida Oliveira, Pouso Alegre (MG)<br />

CEBs<br />

“Uma Igreja que não é feita para ela mesma, esse que é o mo<strong>de</strong>lo novo, uma<br />

Igreja que é feita a serviço <strong>de</strong> um mundo que está sofrendo <strong>de</strong> visão, <strong>de</strong> falta<br />

<strong>de</strong> paz, saú<strong>de</strong>, educação, todas as coisas humanas. E isso não quer dizer sair<br />

do Evangelho, é entrar nele.” Dom Tomás Balduíno, Goiás (GO)<br />

Ano da Fé<br />

“O homem contemporâneo po<strong>de</strong> sentir <strong>de</strong> novo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir como a<br />

samaritana ao poço, para ouvir Jesus, que convida a crer nele e a beber na<br />

sua fonte, don<strong>de</strong> jorra água viva (cf. Jo 4,14). Devemos readquirir o gosto <strong>de</strong><br />

nos alimentarmos da Palavra <strong>de</strong> Deus, transmitida fielmente pela Igreja e<br />

do Pão da Vida, oferecidos como sustento <strong>de</strong> quantos são seus discípulos (cf.<br />

Jo 6,51).” Papa Bento XVI<br />

12 JORNAL COMUNHÃO

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