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O uso das mídias no ensino de língua espanhola - CCHLA ...

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Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />

Centro <strong>de</strong> Ciências Humanas, Letras e Artes<br />

Departamento <strong>de</strong> Letras Estrangeiras Mo<strong>de</strong>rnas<br />

Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Espanhola<br />

O USO DAS MÍDIAS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA:<br />

Uma visão dos alu<strong>no</strong>s do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol<br />

Elani Marinho Pereira<br />

Orientadora: Profª. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli<br />

João Pessoa<br />

Novembro <strong>de</strong> 2010


Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />

Centro <strong>de</strong> Ciências Humanas, Letras e Artes<br />

Departamento <strong>de</strong> Letras Estrangeiras Mo<strong>de</strong>rnas<br />

Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Espanhola<br />

Elani Marinho Pereira<br />

O USO DAS MÍDIAS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA:<br />

Uma visão dos alu<strong>no</strong>s do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol<br />

Trabalho apresentado ao Curso <strong>de</strong> Licenciatura em Letras da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba como requisito para obtenção do<br />

grau <strong>de</strong> Licenciado em Letras, habilitação em Língua Espanhola.<br />

Orientadora: Profª. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli<br />

João Pessoa<br />

Novembro <strong>de</strong> 2010<br />

2


Catalogação da Publicação na Fonte.<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba.<br />

Biblioteca Setorial do Centro <strong>de</strong> Ciências Humanas, Letras e Artes (<strong>CCHLA</strong>).<br />

Pereira, Elani Marinho<br />

O <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong> <strong>espanhola</strong>: uma visão dos alu<strong>no</strong>s<br />

do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol. / Elani Marinho Pereira. - João Pessoa, 2010.<br />

45f. : il.<br />

Mo<strong>no</strong>grafia (Graduação em Licenciatura em Letras) – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

da Paraíba - Centro <strong>de</strong> Ciências Humanas, Letras e Artes.<br />

Orientadora: Profª. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli<br />

1. Língua <strong>espanhola</strong> – ensi<strong>no</strong>-aprendizagem. 2. Mídias – <strong>uso</strong> na<br />

aprendizagem. 3. Língua estrangeira - aprendizagem. I. Título.<br />

BSE-<strong>CCHLA</strong> CDU 811.134.2<br />

3


ELANI MARINHO PEREIRA<br />

O USO DAS MÍDIAS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA:<br />

Uma visão dos alu<strong>no</strong>s do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol<br />

Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso, como requisito parcial para a obtenção do grau <strong>de</strong> graduada<br />

em Letras do curso <strong>de</strong> Língua Espanhola da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba.<br />

Habilitação: Letras Espanhol<br />

Data <strong>de</strong> aprovação<br />

____/____/____<br />

Banca Examinadora:<br />

________________________________<br />

Profa. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli<br />

Orientadora<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba<br />

________________________________<br />

Profa. Dra. Patrícia Espinar<br />

Examinadora<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong><br />

________________________________<br />

Profa. Ms. Maria Hortência Murga<br />

Examinadora<br />

4


AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>ço a Deus em primeiro lugar, por sua sabedoria infinita, por seu cuidado e por<br />

ro<strong>de</strong>ar-me <strong>de</strong> pessoas amigas e verda<strong>de</strong>iras. Sem Ele eu não chegaria até aqui.<br />

Aos meus queridos e amados pais e irmãos, pelo apoio e por toda a <strong>de</strong>dicação dada a<br />

mim durante o curso. Obrigada!<br />

Aos meus tios que me acolheram com muito carinho durante estes três a<strong>no</strong>s e meio,<br />

sentirei sauda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> titia e titio forever. E aos <strong>de</strong>mais familiares.<br />

Agra<strong>de</strong>ço aos meus amigos que oraram por mim e <strong>de</strong> longe <strong>de</strong>ram-me forças e<br />

acreditaram em minha vitória (IASD- Itabaiana).<br />

Agra<strong>de</strong>ço também a todos os amigos que tive o privilégio <strong>de</strong> conhecer neste curso, não<br />

citarei <strong>no</strong>mes para não ser injusta esquecendo-me <strong>de</strong> alguns.<br />

Agra<strong>de</strong>ço a minha querida orientadora professora Ms. Ana Berenice Peres Martorelli,<br />

por ter aceitado trabalhar com um tema tão distante <strong>de</strong> sua linha <strong>de</strong> pesquisa e mesmo assim<br />

ter me ajudado. Foi uma mãe pra mim!<br />

Agra<strong>de</strong>ço ainda a todos os meus professores do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol, em especial<br />

a: professora Dra. Maria Luiza minha eterna tutora, a professora Ms. Maria Hortência minha<br />

querida coor<strong>de</strong>nadora, a professora Ms. Andrea Ponte por toda a atenção quando precisei <strong>de</strong><br />

textos, ao professor Ms. Marcelo Rangel pelo carinho em ce<strong>de</strong>r-me sua dissertação <strong>de</strong><br />

mestrado. E aos <strong>de</strong>mais professores do DLEM.<br />

Não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar os meus companheiros da disciplina Trabalho <strong>de</strong> Conclusão<br />

<strong>de</strong> Curso que sofreram junto comigo, nas madruga<strong>das</strong> escrevendo o trabalho e compartilhando<br />

os <strong>de</strong>sabafos, dando forças uns aos outros. E a querida professora que <strong>no</strong>s acompanhou até<br />

aqui, Dra. Carla L. Reichmann.<br />

Enfim, a todos o meu muito obrigada.<br />

5


RESUMO<br />

O passo a passo <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> aprendizagem da <strong>língua</strong> estrangeira exige do<br />

professor muita <strong>de</strong>senvoltura. É necessário saber os métodos e as abordagens que <strong>de</strong>vem ser<br />

usados. Além disso, é importante saber também os recursos didáticos necessários para o que se<br />

quer ensinar. As <strong>mídias</strong> veículos <strong>de</strong> comunicação po<strong>de</strong>m surtir efeito <strong>no</strong> momento da<br />

aprendizagem dos alu<strong>no</strong>s. Até que ponto as <strong>mídias</strong> ajudam, e até on<strong>de</strong> elas atrapalham? Se<br />

mídia é veículo <strong>de</strong> comunicação, o que são <strong>mídias</strong>? A visão dos alu<strong>no</strong>s do curso <strong>de</strong> Letras<br />

Espanhol, do básico II e intermediário III, sobre o <strong>uso</strong> <strong>de</strong>sses recursos midiáticos em sala <strong>de</strong><br />

aula e sua relevância para a aprendizagem da <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

Palavras-chaves: Ensi<strong>no</strong>, Abordagens, Métodos e Mídias<br />

6


SUMÁRIO<br />

Introdução....................................................................................................................7<br />

1 ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA E OS PRINCIPAIS MÉTODOS E<br />

ABORDAGENS ....................................................................................................9<br />

1.1 Ensi<strong>no</strong> aprendizagem da <strong>língua</strong> estrangeira.................................................9<br />

1.1.1 Processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> aprendizagem....................................................9<br />

1.2 Principais métodos e abordagens...................................................................11<br />

1.2.1 Método gramática e tradução...........................................................12<br />

1.2.2 Método direto...................................................................................13<br />

1.2.3 Abordagem áudio-lingual.................................................................14<br />

1.2.4 Metodologia audio visual.................................................................15<br />

1.2.5 Abordagem comunicativa.................................................................15<br />

1.2.6 Pós-método.......................................................................................17<br />

2 O USO DAS MÍDIAS NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS...........19<br />

2.1 Mídias <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s............................................................................21<br />

3 METODOLOGIA.................................................................................................24<br />

3.1 Natureza da Pesquisa....................................................................................24<br />

3.2 Contexto da Pesquisa....................................................................................25<br />

3.3 Procedimento <strong>de</strong> coleta dos dados................................................................25<br />

3.4 Procedimento <strong>de</strong> análise dos dados..............................................................26<br />

4 ANÁLISE ................................................................................................................27<br />

4.1 Espanhol Básico II..............................................................................................27<br />

4.2 Espanhol Intermediário III..................................................................................27<br />

4.3 Análise contrastiva.............................................................................................28<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................30<br />

REFERÊNCIAS...........................................................................................................32<br />

ANEXOS.......................................................................................................................33<br />

APÊNDICES.................................................................................................................34<br />

7


INTRODUÇÃO<br />

Este trabalho, conforme seu objetivo, preten<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar quais os recursos midiáticos<br />

mais utilizados na formação <strong>de</strong> professores do Curso <strong>de</strong> Letras Espanhol da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, <strong>de</strong> acordo com a percepção dos alu<strong>no</strong>s dos níveis Básico II e Intermediário<br />

III.<br />

A visão, do <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong>, engloba a perspectiva <strong>de</strong> formação e facilitação do<br />

aprendizado, como forma <strong>de</strong> dinamização <strong>das</strong> aulas, entretenimento, ou, apenas, como<br />

ativida<strong>de</strong>s lúdicas <strong>de</strong>senvolvi<strong>das</strong> sem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma possível facilitação do aprendizado<br />

da <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

A busca <strong>de</strong> informações atinge, também, a vida extraclasse do estudante, ou seja, como<br />

ele manuseia e qual a finalida<strong>de</strong> do <strong>uso</strong> <strong>de</strong> recursos midiáticos em sua vida particular. O ponto<br />

<strong>de</strong> vista <strong>de</strong>sses alu<strong>no</strong>s, <strong>de</strong> Letras Espanhol dos níveis supracitados, é importante porque,<br />

enquanto estudam na realida<strong>de</strong>, fazem uma reflexão da situação vivida por eles próprios.<br />

A apresentação <strong>de</strong> recursos midiáticos em sala <strong>de</strong> aula faz com que o alu<strong>no</strong> entenda<br />

que seu <strong>uso</strong> é, principalmente, um elemento facilitador do aprendizado e não apenas uma<br />

mudança <strong>de</strong> metodologia <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>.<br />

No primeiro capítulo, fizemos uma reflexão a respeito do ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s, sobre o<br />

que ensinar e o como ensinar, refletindo sobre os papéis que professores e alu<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong>sempenham na sala <strong>de</strong> aula, para um melhor <strong>de</strong>senvolvimento da aprendizagem. Entre os<br />

autores que tratam do assunto, escolhemos Marcuschi para embasar <strong>no</strong>ssa primeira reflexão.<br />

Usando teóricos como Martinez, fizemos um breve repasso histórico sobre os principais<br />

métodos e abordagens, pensados para o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras. São eles: gramática e<br />

tradução, método direto, abordagem áudio-lingual, abordagem áudio-visual, abordagem<br />

comunicativa e a era pós-método.<br />

O segundo capítulo foi marcado por uma reflexão a respeito do conceito <strong>de</strong> <strong>mídias</strong>,<br />

segundo Tori, que <strong>no</strong>s levou a concluir que as mesmas, sejam elas mo<strong>de</strong>rnas ou não, estão<br />

presentes em todos os momentos da aprendizagem. Estudamos, entre outros autores, Gordillo<br />

verificando até que ponto as <strong>mídias</strong> favorecem ou dificultam o ensi<strong>no</strong> aprendizagem e Rangel<br />

8


levando em consi<strong>de</strong>ração o alcance que po<strong>de</strong>m proporcionar na comunicação entre muitos.<br />

Os procedimentos <strong>de</strong> análise dos dados levantados para a pesquisa fazem parte do<br />

terceiro capitulo. Como os dados foram coletados, em que contexto se enquadra a pesquisa,<br />

quem são seus participantes, e o processo <strong>de</strong> análise dos dados.<br />

A análise dos dados coletados para a pesquisa é consta do quarto capítulo, <strong>no</strong> qual<br />

tentamos organizar as idéias <strong>de</strong> todos os pesquisados para cumprir os objetivos propostos.<br />

Após o processo <strong>de</strong> análise e contextualização <strong>de</strong>sta pesquisa chegamos a conclusão a<br />

respeito <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> mais usa<strong>das</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong> <strong>espanhola</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da<br />

Paraíba, e as concepções do <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> segundo os participantes da pesquisa.<br />

9


CAPÍTULO I – ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA E OS PRINCIPAIS<br />

MÉTODOS E ABORDAGENS<br />

Iniciamos este capítulo com uma breve reflexão sobre o ensi<strong>no</strong> aprendizagem <strong>das</strong><br />

<strong>língua</strong>s estrangeiras, levando em consi<strong>de</strong>ração o que e o como ensinar, bem como a relação da<br />

motivação construida entre professores e alu<strong>no</strong>s.<br />

Na segunda etapa <strong>de</strong>ste capítulo, fazemos um repasso teórico dos principais métodos e<br />

abordagens relaciona<strong>das</strong> ao ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o método gramática e<br />

tradução até a era pós-método. Dentro <strong>de</strong>sta revisão observamos os principais recursos<br />

midiáticos usados ao longo da história do ensi<strong>no</strong> aprendizagem <strong>das</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras.<br />

1. 1 Ensi<strong>no</strong> aprendizagem da <strong>língua</strong> estrangeira<br />

Dentro do processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> aprendizagem da <strong>língua</strong> estrangeira o aprendiz passa por<br />

muitas situações sociais "(...) momento da fala, pelo lugar on<strong>de</strong> a fala é pronunciada, pelas<br />

relações <strong>de</strong> papéis que ocorrem, mais ou me<strong>no</strong>s implicitamente, entre os participantes, pelo<br />

tipo <strong>de</strong> interação que eles <strong>de</strong>senvolvem. E todos esses parâmetros estão inscritos em uma<br />

situação social e são parcialmente <strong>de</strong>finidos pelo comportamento da comunida<strong>de</strong>."<br />

(MARTINEZ, 2009. p. 18). O fator cultural afetará, segundo MARTINEZ, o discurso do<br />

aprendiz da <strong>língua</strong> estrangeira e toda sua progressão enquanto atuante nessa <strong>língua</strong>. O modo<br />

como isto se dá é que <strong>de</strong>veria ser respondido, pois não se sabe ao certo em que momentos o<br />

aprendiz reagirá <strong>de</strong> forma verbal em <strong>língua</strong> estrangeira. Mas po<strong>de</strong>mos dizer que o <strong>uso</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>mídias</strong> em sala <strong>de</strong> aula po<strong>de</strong> ajudar ou melhor facilitar o contato com a <strong>língua</strong> e o seu<br />

<strong>de</strong>sempenho.<br />

Antes <strong>de</strong> a<strong>de</strong>ntrarmos <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> aprendizagem da <strong>língua</strong> estrangeira, queremos<br />

aqui estipular um termo único para a <strong>língua</strong>, chamando-á, conforme MARTINEZ (2009), <strong>de</strong><br />

<strong>língua</strong> estrangeira. Para efeitos <strong>de</strong>ste trabalho, será consi<strong>de</strong>rada <strong>língua</strong> estrangeira toda aquela<br />

que o indivíduo adquire <strong>de</strong>pois da sua <strong>língua</strong> materna. Sendo assim, a <strong>língua</strong> materna será a<br />

<strong>língua</strong> na qual o indivíduo recebeu sua educação formal e informal – a que apren<strong>de</strong>u em casa<br />

10


com seus pais e formalizou-a na escola.<br />

Tendo dito o que enten<strong>de</strong>mos por <strong>língua</strong> estrangeira, vejamos o processo pelo qual o<br />

aprendiz passa para a aquisição da <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

1.1.1 Processo <strong>de</strong> Ensi<strong>no</strong> Aprendizagem<br />

"A <strong>língua</strong>(gem) não po<strong>de</strong> ser nunca encarada como algo<br />

transparente, unicamente a serviço da comunicação."<br />

Ucy Soto<br />

Quando pensamos em ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong> estrangeira logo <strong>no</strong>s vem a mente o que<br />

ensinar; cultura, história, gramática, vocabulário. Como bem frisa Marcuschi:<br />

(...) é sempre o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> uma visão do objeto e <strong>de</strong> uma relação com ele. (...)<br />

Sempre que ensinamos algo, estamos motivados por algum interesse, algum<br />

objetivo, alguma intenção central; o que dará o caminho para uma produção<br />

tanto do objeto como da perspectiva. (MARCUSCHI, 2008 p.50 - 51 )<br />

O ensi<strong>no</strong> é plural, <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> que se tem muitas opções <strong>de</strong> o que ensinar, porém, é a<br />

partir <strong>das</strong> necessida<strong>de</strong>s da turma que o professor organizará o material que possa correspon<strong>de</strong>r<br />

a tais necessida<strong>de</strong>s, tendo sempre em vista que a sala é um mundo <strong>no</strong> qual torna-se difícil<br />

abarcar to<strong>das</strong> as dificulda<strong>de</strong>s. Afinal, cada indivíduo tem um propósito, que o levou a estudar a<br />

<strong>língua</strong> estrangeira, e <strong>de</strong> acordo com cada proposito uma necessida<strong>de</strong> distinta.<br />

To<strong>das</strong> têm sua motivação, algumas po<strong>de</strong>m estar mais bem fundamenta<strong>das</strong> e<br />

outras po<strong>de</strong>m ser mais explicativas. Mas nenhuma vai ser a única capaz <strong>de</strong><br />

conter toda verda<strong>de</strong>. (MARCUSCHI, 2008 p. 51)<br />

Para o alu<strong>no</strong>, o processo <strong>de</strong> aprendizagem passa pela necessida<strong>de</strong> que o mesmo tem da<br />

<strong>língua</strong> estrangeira. Seja para o trabalho, por status, seja por quais razões forem, haverá sempre<br />

uma necessida<strong>de</strong> e um motivo para que este aprendiz tenha se interessado em estudar a<br />

11


<strong>língua</strong>.<br />

Mas apren<strong>de</strong>r também <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma conduta voluntária e permanente. Uma<br />

atitu<strong>de</strong> positiva diante da L2 <strong>de</strong>termina o processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a motivação inicial,<br />

mesmo que a escolha não tenha sido verda<strong>de</strong>iramente escolha: é o caso <strong>de</strong><br />

quando quem escolhe é a família do aprendiz ou uma <strong>de</strong>cisão <strong>das</strong> autorida<strong>de</strong>s<br />

políticas e educativas. (MARTINEZ, p. 34)<br />

Durante a aprendizagem <strong>de</strong> uma <strong>língua</strong> estrangeira, o aprendiz tem que ter a vonta<strong>de</strong><br />

permanente, ou até mesmo constante, <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a <strong>língua</strong> alvo. Pensando em tudo isso,<br />

po<strong>de</strong>mos imaginar o quanto os métodos usados pelo professor po<strong>de</strong>m ser, também, fatores<br />

<strong>de</strong>terminantes para que o aprendiz siga com a motivação ou construa <strong>no</strong>va(s) motivação(ções)<br />

uma motivação ao longo do curso. O <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> po<strong>de</strong> influenciar na aprendizagem do<br />

alu<strong>no</strong>, ajudando-o a interagir com outros.<br />

Outro fator influenciador na motivação dos alu<strong>no</strong>s, po<strong>de</strong> ser o <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> em sala<br />

<strong>de</strong> aula, as quais permitem a seus participantes uma maior interação com o mundo real, com a<br />

socieda<strong>de</strong> que <strong>no</strong>rteia a <strong>língua</strong> estrangeira e com os falantes nativos <strong>de</strong>ste lugar.<br />

Vejamos os principais métodos e abordagens que influenciaram, <strong>de</strong> alguma forma, o<br />

ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras, e os recursos didáticos usados em cada método, averiguando<br />

uma possível evolução <strong>no</strong>s recursos didáticos usados <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong>ssas <strong>língua</strong>s.<br />

1.2 Principais métodos e abordagens<br />

Des<strong>de</strong> que se começou a pensar <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras que se tenta criar um<br />

método e/ou uma abordagem que seja eficaz para esse ensi<strong>no</strong> sejam essas <strong>língua</strong>s quais forem.<br />

Des<strong>de</strong> as primeiras <strong>língua</strong>s ensina<strong>das</strong>, como o grego e o latim, as famosas <strong>língua</strong>s clássicas,<br />

tenta-se <strong>de</strong>svendar uma metodologia capaz <strong>de</strong> englobar to<strong>das</strong> as dificulda<strong>de</strong>s que o aprendiz<br />

venha a ter ao longo do aprendizado. Ao me<strong>no</strong>s, “(...) a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> um<br />

método perfeito (...) se transformou na busca <strong>de</strong> um método mais a<strong>de</strong>quado.” (DUQUE, 2004<br />

apud VILAÇA, 2008 p. 82)<br />

Pensando nisto, este capítulo tem como principal foco e objetivo fazer um repasso dos<br />

principais métodos e abordagens que já foram pensados e <strong>de</strong>senvolvidos durante o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

12


<strong>língua</strong>s.<br />

Antes <strong>de</strong> revermos os principais métodos e abordagens <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s,<br />

apresentamos os conceitos <strong>de</strong> métodos e abordagens adotados por nós. Este enfoque não<br />

apresenta todos os métodos e abordagens relativos ao ensi<strong>no</strong> aprendizagem <strong>de</strong> <strong>língua</strong><br />

estrangeira. Escolhemos os mais utilizados e <strong>de</strong>scritos por Martinez: gramática e tradução;<br />

método direto; abordagem áudio-lingual; metodologia áudio-visual; abordagem comunicativa<br />

e pós-método.<br />

Há muitos autores que <strong>de</strong>finem método e abordagem, porém, para este trabalho<br />

acreditamos que a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> VILAÇA (2008) seja a mais relevante. Para tanto, vejamos a<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> método.<br />

O método é mas específico, ao passo que a abordagem é mas ampla.<br />

Segundo VILAÇA (2008, p. 75) “(....) o conceito <strong>de</strong> método está relacionado a um<br />

caminho que, seguido <strong>de</strong> forma or<strong>de</strong>nada, visa a chegar a certos objetivos, fins, resultados,<br />

conceitos etc. (...) método refere-se a um caminho necessário para a obtenção <strong>de</strong> um fim.”<br />

A abordagem, por outro lado, “(...) refere-se à visão geral sobre o que seja uma <strong>língua</strong><br />

e sobre o que seja ensinar e apren<strong>de</strong>r uma <strong>língua</strong>.”(ANTHONY, 1963 apud VILAÇA, 2008, p.<br />

76).<br />

1.2.1 Método Gramática e Tradução<br />

Um dos primeiros, senão o primeiro método pensado para o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s<br />

estrangeiras foi o método gramática e tradução que surgiu <strong>no</strong> século XIX, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1840, e<br />

permaneceu forte <strong>de</strong>ntro do ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras até o século XX, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1940.<br />

O ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse método dava-se através da tradução <strong>de</strong><br />

textos <strong>das</strong> <strong>língua</strong>s clássicas para a <strong>língua</strong> materna. Dessa forma, podia-se ter um entendimento<br />

total do texto estudado e traduzido, visando a uma aprendizagem sobre a parte <strong>no</strong>rmativa da<br />

segunda <strong>língua</strong> e o entendimento literário dos textos clássicos, já que, as <strong>língua</strong>s estuda<strong>das</strong><br />

eram as clássicas, como o grego e o latim, e esta última, já era consi<strong>de</strong>rada <strong>língua</strong> morta.<br />

eram:<br />

Alguns dos principais objetivos <strong>de</strong>sse método, segundo RICHARDS e RODGERS,<br />

13


La lectura y la escrita eran los focos principales; se da poca o ninguna<br />

atención sistemática a hablar y escuchar. La selección <strong>de</strong> vocabulário se basa<br />

solamente en los textos <strong>de</strong> lectura utilizados y las palabras se enseñan a través<br />

<strong>de</strong> listas bilingües, el estudio <strong>de</strong>l diccionario y la memorización. En un texto<br />

tipo, se presentan e ilustran las reglas gramaticales, se presenta una lista <strong>de</strong><br />

vocabulario con sus equivalencias y se realizan ejercicios <strong>de</strong> traducción.<br />

(2001, p.11-12)<br />

Os erros nesse tipo <strong>de</strong> abordagem eram inadmissíveis e o tratamento com a oralida<strong>de</strong><br />

da <strong>língua</strong> era impensado já que o objetivo era traduzir textos. A interação entre o professor e o<br />

alu<strong>no</strong> era precária dado que o primeiro neste tipo <strong>de</strong> abordagem, era visto como o único<br />

<strong>de</strong>tentor do saber e o alu<strong>no</strong> seria o que receberia to<strong>das</strong> as informações advin<strong>das</strong> <strong>de</strong> seu mestre<br />

que mais parecia um instrutor.<br />

Aunque este método crea a menudo frustración en los alum<strong>no</strong>s, exige poco a<br />

los profesores. Todavía se utiliza en situaciones don<strong>de</strong> la comprensión <strong>de</strong><br />

textos literarios es lo más importante en el estudio <strong>de</strong> las lenguas extranjeras<br />

y hay poca necesidad <strong>de</strong> hablarlas. (RICHARDS e RODGERS, 2001, p. 12)<br />

Sendo assim, os únicos recursos didáticos usados nesse método eram os textos<br />

clássicos. O material era: papel, lápis, dicionário e, claro, o texto a ser traduzido. Estas eram as<br />

tec<strong>no</strong>logias usa<strong>das</strong> na época.<br />

Esse método perdurou durante muito tempo <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras. Após<br />

ele, vieram muitos outros, com perspectivas e metodologias pouco diferencia<strong>das</strong> e que apenas<br />

tentavam meramente substituir o antigo método.<br />

1.2.2 Método Direto<br />

Se nas abordagens tradicionais o foco era a leitura e tradução <strong>de</strong> textos clássicos, na<br />

abordagem direta o foco será a oralida<strong>de</strong>. No primeiro dia <strong>de</strong> aula o professor entra em sala<br />

falando na <strong>língua</strong> estrangeira. Agora <strong>de</strong>ve-se falar a <strong>língua</strong> e não a respeito <strong>de</strong>la. A tradução<br />

neste tipo <strong>de</strong> abordagem não era bem vista, já que o objetivo era fazer com que o alu<strong>no</strong> falasse<br />

14


ou apren<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> estruturas sem precisar recorrer a sua <strong>língua</strong> materna e nem à<br />

tradução literal <strong>das</strong> palavras.<br />

A abordagem direta vai tentar resolver algumas <strong>das</strong> questões sobre as quais o<br />

ensi<strong>no</strong> patinava em vão ou que tentava ig<strong>no</strong>rar. (...) se em tal situação, tal<br />

palavra parece provocar tal reação (como um “bom dia” suscita seu<br />

equivalente), se tal enunciado em um ambiente que <strong>no</strong>s pareça análogo, sem<br />

passar nem pela tradução, nem pela explicação lexical ou gramatical.<br />

(MARTINEZ, 2009, p. 51)<br />

A pronúncia também obterá toda a atenção que o professor possa manifestar, já que é<br />

através <strong>de</strong>la que ele verificará o avanço do alu<strong>no</strong> <strong>no</strong> aprendizado da <strong>língua</strong> estrangeira. E é a<br />

partir “(...) da observação refletida <strong>das</strong> recorrências que são extraí<strong>das</strong> as regras <strong>de</strong><br />

funcionamento da <strong>língua</strong>.” (MARTINEZ, 2009, p. 52)<br />

Os recursos didáticos usados na abordagem direta eram, basicamente: a voz do<br />

professor que, neste método, preferencialmente, teria que ser nativo; e o livro didático<br />

também, porém, pouco usado. A competência linguística do professor é primordial para o<br />

aprendizado do alu<strong>no</strong>.<br />

A abordagem direta alcançou êxito durante o final do século XIX e início do século<br />

XX, mas logo per<strong>de</strong>u terre<strong>no</strong> vindo, após esse método, a abordagem áudio-lingual.<br />

1.2.3 A Abordagem Áudio-lingual<br />

Antes <strong>de</strong> entrarmos <strong>no</strong> que seria este tipo <strong>de</strong> abordagem, faz-se necessário esclarecer a<br />

<strong>no</strong>menclatura dada a cada abordagem. A abordagem áudio-lingual está separada do áudio-<br />

visual, por uma questão <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> autores. Martinez, que é <strong>no</strong>sso principal teórico, as<br />

separa, e nós acreditamos ser pertinente tal separação e resolvemos adotá-la neste trabalho.<br />

O foco <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> abordagem, como o próprio <strong>no</strong>me sugere, é que a partir da escuta<br />

se obtenha uma produção oral da segunda <strong>língua</strong>. Dentro da sala <strong>de</strong> aula o professor não po<strong>de</strong><br />

falar na <strong>língua</strong> materna, fazendo <strong>uso</strong> exclusivo da <strong>língua</strong> estrangeira, e os alu<strong>no</strong>s, a partir daí,<br />

tentam reproduzir o que escutam.<br />

Richards e Rodgers (1986) resumem a metodologia que resultará <strong>de</strong>ssas<br />

15


premissas, entre 1930 e 1960, insistindo na priorida<strong>de</strong> concedida ao oral, <strong>no</strong><br />

<strong>uso</strong> exclusivo da <strong>língua</strong> alvo em classe, <strong>no</strong> fato <strong>de</strong> que os <strong>no</strong>vos elementos<br />

introduzidos serem sempre introduzidos em situação. (MARTINEZ, 2009, p<br />

54)<br />

A gramática entra, assim que os módulos lingüísticos estejam consi<strong>de</strong>rados seguros<br />

pelo professor, segundo o que ele observou <strong>no</strong> aprendiz da <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

O lugar do vocabulário e da gramática não é <strong>de</strong>ixado ao acaso, leitura e<br />

escrita intervêm, tão logo os meios lingüísticos para tanto estejam<br />

assegurados. (MARTINEZ, 2009, p. 54)<br />

Os recursos didáticos usados nesta abordagem eram, além da voz, os gravadores, com<br />

exercícios estruturais em situações que se assemelhavam ao real. A partir daqui houve um<br />

progresso, um avanço maior e começa a surgir o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> recursos midiáticos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>língua</strong>s estrangeiras.<br />

Após a abordagem áudio-lingual, ainda na busca da melhor abordagem para o ensi<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>língua</strong> estrangeira surge outra abordagem muito conhecida e usada, assim como to<strong>das</strong> as<br />

outras cita<strong>das</strong> até hoje <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s (a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do professor que atua): foi a<br />

metodologia áudio-visual.<br />

1.2.4 Metodologia áudio-visual<br />

A abordagem áudio-visual, como diz MARTINEZ, não foi meramente uma associação<br />

entre a imagem e o áudio, foi além disso. Para isso, <strong>de</strong>fine ainda MARTINEZ que “(...) Será<br />

qualificado <strong>de</strong> método audiovisual aquele que, não se limitando apenas a associar a imagem e<br />

o som para fins didáticos, una-os estreitamente, <strong>de</strong> modo que é em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong>ssa associação que<br />

se constroem as ativida<strong>de</strong>s.” (2009, p. 57).<br />

E neste tipo <strong>de</strong> abordagem não se ensina <strong>de</strong> qualquer forma, qualquer coisa em<br />

qualquer or<strong>de</strong>m, existe uma coerência entre as partes.<br />

Apresentação do conteúdo <strong>no</strong>vo, sob uma forma viva, em uma situação <strong>de</strong><br />

16


comunicação e com suportes variados em que texto, imagem e som se<br />

encontram associados. (2009, p. 59)<br />

Nesta abordagem a repetição é fundamental para a fixação dos conteúdos ensinados em<br />

sala <strong>de</strong> aula.<br />

A repetição se mantém como um dos meios <strong>de</strong> alcançar a fixação, por meio<br />

<strong>de</strong> procedimentos diversificados: aprendizagem <strong>de</strong> cor, individual, em grupo,<br />

na sala <strong>de</strong> aula ou em casa, com o auxílio do gravador, do laboratório <strong>de</strong><br />

<strong>língua</strong>s, autô<strong>no</strong>ma ou não, por meio <strong>de</strong> dramatização ou do jogo <strong>de</strong> papéis<br />

etc. Vemos que se po<strong>de</strong>m combinar diversas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> repetição e <strong>de</strong><br />

correção. (2009, p. 61)<br />

É perceptível que os recursos didáticos usados nesta abordagem são: som com o <strong>uso</strong> <strong>de</strong><br />

gravadores, e imagens que po<strong>de</strong>riam ser trazi<strong>das</strong>: a) em sli<strong>de</strong>s; b) em uma fita cassete e<br />

projeta<strong>das</strong> com o auxilio da tv, ou em um retroprojetor. Enfim, o emprego em aparelhos que<br />

permitam a visualização e/ou, até mesmo, a junção entre o som e a imagem. Também jogos <strong>de</strong><br />

papéis como diz MARTINEZ. Quanto mas se avança <strong>no</strong> tempo, mais funcionais ficam sendo<br />

os recursos didáticos usados <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras.<br />

Após a abordagem áudio-visual, temos a abordagem comunicativa que vem, também<br />

para i<strong>no</strong>var o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras.<br />

1.2.5 Abordagem Comunicativa<br />

A abordagem comunicativa para nós é vista como o “boom” <strong>das</strong> abordagens, já que é<br />

com ela que o alu<strong>no</strong> passa a interagir melhor com o professor e on<strong>de</strong> a construção do saber<br />

parece fazer sentido para o aprendiz.<br />

O aprendiz tem total liberda<strong>de</strong> neste tipo <strong>de</strong> abordagem, à aprendizagem passa a ser<br />

autô<strong>no</strong>ma, <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> que o alu<strong>no</strong> busca mais conhecimento sem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r tanto do<br />

professor. On<strong>de</strong> o aprendiz passa a construir-se como sujeito social na <strong>língua</strong> estrangeira,<br />

enfim,“o aprendiz é posto na situação <strong>de</strong> ser o agente autô<strong>no</strong>mo <strong>de</strong> sua aprendizagem.”<br />

(MARTINEZ, 2009. p.71)<br />

O papel do professor na abordagem comunicativa será diferente, passando a exercer o<br />

papel <strong>de</strong> facilitador do saber e não <strong>de</strong> <strong>de</strong>tentor do saber. O professor abandona o<br />

17


protagonismo, <strong>de</strong>ixando o papel central para o aprendiz.<br />

Diante disso, o papel do professor só po<strong>de</strong>ria estar profundamente<br />

modificado. Não há dúvida <strong>de</strong> que ele ainda continua a ser a referência<br />

lingüística, aquele que corrige com mo<strong>de</strong>ração e avalia os <strong>de</strong>sempenhos, em<br />

um momento ou <strong>no</strong>utro. (2009, p. 71)<br />

A abordagem comunicativa parece respeitar as heterogeneida<strong>de</strong>s da sala <strong>de</strong> aula e<br />

buscar maior interação entre os participantes da conversa. A interação passa a ser apenas<br />

orientada.<br />

(...) a abordagem comunicativa po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como um sistema<br />

voltado para a integração <strong>de</strong> disposições diversifica<strong>das</strong> e para aquelas que<br />

têm como finalida<strong>de</strong> envolver o aprendiz em uma comunicação orientada.<br />

(2009, p. 72)<br />

Os recursos didáticos usados na abordagem comunicativa eram: mais uma vez a voz,<br />

como um dos principais recursos e que está presente em quase todos os métodos e abordagens;<br />

lista <strong>de</strong> palavras que o aprendiz tinha que memorizar; e a criativida<strong>de</strong> do aprendiz faz parte do<br />

processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> aprendizagem. Aqui, também, era possível a utilização <strong>de</strong> <strong>mídias</strong> como<br />

reportagens televisivas do país da <strong>língua</strong> estrangeira, que trouxesse, ao estudante, uma<br />

interação e aproximação a um contexto mais real, envolvendo-o em uma prática social. Vale<br />

ressaltar que a utilização <strong>de</strong>stes recursos trouxe um avanço <strong>no</strong> que concerne ao ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>língua</strong>s, visto que os alu<strong>no</strong>s passaram a ter uma interação maior com o professor e a atuar <strong>de</strong><br />

forma mais realista com pessoas <strong>de</strong> outros países.<br />

Po<strong>de</strong>mos aqui chegar a uma pequena conclusão sobre todos os métodos acima citados,<br />

dizendo, ou até mesmo afirmando, que nenhum método é puramente eficaz <strong>de</strong>ntro do ensi<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>língua</strong>s. Até porque a <strong>língua</strong> é algo em constante mudança, exigindo, assim, <strong>de</strong> seus<br />

usuários, uma <strong>de</strong>senvoltura maior com relação ao seu <strong>uso</strong>.<br />

E, claro, não se esquecendo do professor que a utiliza, que <strong>de</strong>ve estar em constante<br />

atualização, principalmente quando a <strong>língua</strong> que estiver sendo ensinada não é a sua, materna.<br />

É perceptível também a evolução com relação aos recursos didáticos usados em sala <strong>de</strong><br />

aula, passando a serem recorrentes o <strong>uso</strong> <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logias <strong>de</strong>ntro do ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s quando se<br />

18


tor<strong>no</strong>u possível o acesso a elas. Já que <strong>no</strong>s primeiros métodos a utilização era mais difícil, pela<br />

inexistência e <strong>de</strong>pois pela inacessibilida<strong>de</strong> <strong>das</strong> tec<strong>no</strong>logias que i<strong>no</strong>varam o ensi<strong>no</strong>.<br />

Após tantos métodos criados para tentar, <strong>de</strong> alguma forma, “preencher as lacunas”<br />

<strong>de</strong>ixa<strong>das</strong> pelos métodos anteriores, chega-se à era do pós-método.<br />

1.2.6 Pós-Método<br />

O pós-método surge como forma <strong>de</strong> libertação dos professores <strong>de</strong> todos esses métodos<br />

já citados, com a <strong>de</strong>sobrigação <strong>de</strong> seguir um método específico, ou, até mesmo, a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escolher o que achar melhor, ou, ainda, usar vários ao mesmo tempo. É o mesmo que dizer, o<br />

método a<strong>de</strong>quado este será usado, tirando o foco sobre a busca incansável <strong>de</strong> um método<br />

perfeito capaz <strong>de</strong> resolver todos os problemas relacionados ao ensi<strong>no</strong> aprendizagem <strong>de</strong> uma<br />

<strong>língua</strong> estrangeira.<br />

Agora com o pós-método, o professor passa a ter mais auto<strong>no</strong>mia <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>, a ser<br />

crítico com relação a sua própria prática docente e, claro, assume uma responsabilida<strong>de</strong> ainda<br />

maior, já que não po<strong>de</strong>rá por a culpa em nenhum método específico caso o ensi<strong>no</strong> não<br />

funcione; a culpa, neste caso, recairá <strong>no</strong> professor, talvez não por incompetência, mas, talvez,<br />

por falta <strong>de</strong> senso crítico a sua auto-formação. A partir daí o professor passa a andar com as<br />

próprias pernas, sem estar seguindo, <strong>de</strong> alguma forma, um padrão.<br />

A era do pós-método, <strong>de</strong>ve ser vista como a era on<strong>de</strong> cada educador <strong>de</strong>sempenhará o<br />

papel que julgar melhor <strong>de</strong>ntro da sua sala <strong>de</strong> aula, respeitando, assim, os ambientes sociais,<br />

culturais e econômicos on<strong>de</strong> ele atua.<br />

Os recursos usados aqui são <strong>de</strong> total escolha do professor, que tem maior liberda<strong>de</strong><br />

para escolher e trazer, à sua prática docente, o que julgar melhor. A utilização <strong>das</strong> tec<strong>no</strong>logias<br />

aqui é maior, com a utilização <strong>de</strong> blogs, jornais online, filmes, músicas etc.<br />

É até possível pensar em uma sala <strong>de</strong> aula totalmente digital, on<strong>de</strong> ao invés <strong>de</strong> se ter<br />

uma aula à distância se aproximam alu<strong>no</strong>s, professores e outras pessoas que participam, direta<br />

ou indiretamente, na educação, rompendo barreiras e aproximando as fronteiras ao que<br />

concerne a uma <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

Ainda pensando <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras, temos hoje, assim a mídia como um<br />

19


ecurso a ajudar o professor em sua prática e, claro, facilitar o aprendizado do alu<strong>no</strong> que atua<br />

ou interatua com ela.<br />

Vejamos o que as tec<strong>no</strong>logias po<strong>de</strong>m fazer em favor <strong>de</strong>sse ensi<strong>no</strong>.<br />

20


CAPÍTULO II – UM REPASSO HISTÓRICO SOBRE O AVANÇO DAS MÍDIAS E O<br />

USO DELAS NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS<br />

Neste capítulo, preten<strong>de</strong>mos fazer um breve relato histórico sobre o avanço <strong>das</strong> <strong>mídias</strong><br />

apontando quais são as antigas e as atuais.<br />

Preten<strong>de</strong>mos, ainda, abordar o <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> relaciona<strong>das</strong> ao ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s<br />

estrangeiras, explicitando ao longo do texto as mais relevantes.<br />

2.1 Um pouco <strong>de</strong> história<br />

As <strong>mídias</strong> que surgiram <strong>no</strong> inicio da história da evolução humana não são as mesmas<br />

usa<strong>das</strong> hoje em dia. Pois o homem continuou a evoluir e, juntamente com ele, as <strong>mídias</strong>. A<br />

humanida<strong>de</strong> sempre sentiu o <strong>de</strong>sejo da comunicação e, para tanto, fazia-se necessário uma<br />

formalização não só da educação como também dos meios usados para educar e para<br />

armazenar as histórias narra<strong>das</strong> <strong>de</strong> pais para filhos, e os relatos sacerdotais <strong>no</strong>s templos<br />

antigos.<br />

Cada época implementou – <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s específicas,<br />

relaciona<strong>das</strong> a certas práticas sociais concretas – ferramentas que criaram<br />

<strong>no</strong>vas possibilida<strong>de</strong>s, e também limites e restrições. Uma pedra lascada, um<br />

osso polido, uma lança, um jornal, um computador: todos eles instrumentos<br />

exteriores ao homem, mas que o modificam profundamente em sua forma <strong>de</strong><br />

pensar e <strong>de</strong> se relacionar com o mundo. (SOTO, 2008, p. 13)<br />

SOTO (2008), trás como antigas tec<strong>no</strong>logias os pictogramas, o papiro, o pergaminho, o<br />

papel, o livro e o computador. O pictograma foi "uma primeira tentativa <strong>de</strong> representar<br />

idéias/histórias em um suporte fora do cérebro huma<strong>no</strong> (MEC, 2001 apud SOTO, 2008). A<br />

pedra foi um dos suportes que permitiu ao homem não só a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmitir sua<br />

mensagem, mas, principalmente, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixá-la para outros homens." (SOTO, 2008, p. 14)<br />

O papiro, o pergaminho e o papel, segundo SOTO, foram os "(...) suportes mais<br />

comuns sobre os quais o homem escreveu, à mão, com tinta. Mas, tão importante quanto o<br />

material on<strong>de</strong> se escrevia, foi a i<strong>de</strong>alização e cristalização <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado formato para<br />

guardar e transportar o que estava escrito: o códice, que associamos, hoje, automaticamente,<br />

21


ao „livro‟, como se ele só estivesse existido sob essa forma." (2008, p. 15-16)<br />

Como toda <strong>no</strong>va mídia, o livro não tinha o preço acessivel "a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produção artesanal faziam do livro algo singular além <strong>de</strong> um bem caro e, consequentemente,<br />

acessível a poucos. (2008, p. 18)<br />

Segundo SOTO, para que o livro fosse usado e compreendido por todos, fez-se<br />

necessário a unificação do sistema <strong>de</strong> escrita. Deve-se escolher um sistema que padronize a<br />

<strong>língua</strong>, tornando-a entendida por todos.<br />

Depois da padronização da <strong>língua</strong> veio o livro didático impresso, e somente após o<br />

livro impresso é que surge o computador que não só mo<strong>de</strong>rnizou o mesmo, como também<br />

facilitou o acesso a ele, através da sua disponibilização na internet.<br />

Após este repasso histórico sobre algumas <strong>mídias</strong>, vejamos o conceito <strong>de</strong> mídia trazido<br />

por TORI e sua classificação.<br />

2.2 Uma reflexão sobre mídia<br />

“Eu consi<strong>de</strong>ro que a <strong>no</strong>va mídia está transformando as<br />

maneiras <strong>de</strong> se fazer educação. Consequentemente está<br />

mudando como os adultos (crianças) encaram a educação.”<br />

R. Kozma, Media and Learning, apud, TORI.<br />

A epígrafe acima parece pertinente se refletirmos sobre o mundo a <strong>no</strong>ssa volta, e<br />

enxergarmos o quanto ele aparenta ter mudado. Parece lógico dizer que se o mundo muda, o<br />

que está nele também se transforma. Assim como mudaram e surgiram <strong>no</strong>vos métodos<br />

relacionados ao ensi<strong>no</strong>, os recursos, por sua vez, tornaram-se mais avançados. No mundo<br />

mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong> em que vivemos, as <strong>mídias</strong> que <strong>no</strong>s envolvem transformaram-se em <strong>mídias</strong> <strong>de</strong><br />

tec<strong>no</strong>logias avança<strong>das</strong>, e parece inevitável que nós, professores, avancemos juntos. E é quase<br />

que inadimissível que nós, que temos a <strong>no</strong>ssa disposição todos os meios tec<strong>no</strong>lógicos que<br />

promovam a interação, continuemos apenas <strong>no</strong> quadro negro e giz. Até porque o alu<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

ontem não é o alu<strong>no</strong> <strong>de</strong> hoje e, consequentemente, não será o <strong>de</strong> amanhã. Somos conscientes<br />

22


<strong>de</strong> que po<strong>de</strong>mos fazer muito mais pelos <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s.<br />

Este capítulo tem como objetivo proporcionar uma visão suscinta <strong>no</strong> que diz respeito à<br />

utilização dos recursos midiáticos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>. No entanto, faz-se necessário, num primeiro<br />

momento, <strong>de</strong>finirmos o termo mídia.<br />

Segundo TORI (2010), a mídia é um veículo <strong>de</strong> comunicação, ou seja, a mídia é vista<br />

como provedora da interação que vai mais além do computador que conhecemos. Mídia é<br />

qualquer recurso que promova a interação. Para esse autor:<br />

O jornal impresso e o livro utilizam o mesmo sistema <strong>de</strong> símbolos (letras,<br />

palavras e imagens), mas são <strong>mídias</strong> diferentes, uma vez que utilizam<br />

tec<strong>no</strong>logias distintas (formato, qualida<strong>de</strong> do papel e da impressão, por<br />

exemplo) e possuem capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processamento diversas (um é diário e<br />

<strong>de</strong>scartável, o outro é perene; seus processos <strong>de</strong> leitura, físicos e cognitivos<br />

são distintos). O cinema, a televisão e o DVD player utilizam-se do mesmo<br />

sistema <strong>de</strong> símbolos (som e imagem em movimento), mas também se<br />

diferenciam pela tec<strong>no</strong>logia e pelo sistema <strong>de</strong> processamento. (TORI, 2010,<br />

p. 37)<br />

As <strong>mídias</strong> po<strong>de</strong>m ser caracteriza<strong>das</strong> a partir <strong>de</strong> três aspectos, segundo TORI (2010):<br />

sua tec<strong>no</strong>logia, seu sistema <strong>de</strong> símbolos e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento que oferece. Dentro<br />

<strong>de</strong> cada característica que a integram estão outras categorizações.<br />

A tec<strong>no</strong>logia é subdividida em, eletrônica e concreta. A eletrônica, por sua vez, está<br />

subidividida em digital e analógica. As digitais são: computadores, CD <strong>de</strong> áudio, CD-ROM,<br />

DVD etc. Já as analógicas são: rádio, televisão, telefone, cinema etc. A concreta está<br />

subdividida em material e corporal. A material são: livro; apostila; sli<strong>de</strong>s etc. Já a corporal<br />

são: palestras; dança; teatro; e canto. Estas são as características da tec<strong>no</strong>logia que compõe a<br />

mídia.<br />

23


2.1-Tec<strong>no</strong>logia da Mídia<br />

(TORI, 2010; p.54)<br />

A simbologia está subdividida em duas partes, são elas: estática e contínua. Compõem<br />

a estática, o texto trazendo: livros; apostila; partituras; transparências etc; e a imagem com, o<br />

<strong>de</strong>senho; pintura; fotografía; sli<strong>de</strong>s. A contínua, por sua vez, tráz várias categorias. Dentre<br />

elas estão o discurso, trazendo as palestras (sem imagens), audiobook, telefone, chat etc. A<br />

música, por sua vez, tráz o CD <strong>de</strong> áudio, MP3 player etc. A animação trás, <strong>de</strong>senhos<br />

animados, expressão corporal etc. Já a performace tráz a, palestra (com imagem em<br />

movimento), cinema, teatro, dança, show musical e etc. Para finalizar as simbologias, temos a<br />

exercitação que está acompanhada <strong>de</strong> simuladores, dinâmica <strong>de</strong> grupos, jogos, laboratórios<br />

etc.<br />

24


2.2 - Simbologia da Mídia<br />

(TORI, 2010; p.53)<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento está dividida em duas partes: uma <strong>de</strong> distância e<br />

outra <strong>de</strong> conteúdo, que, por sua vez, estão subdividi<strong>das</strong> em muitas outras categorias. No<br />

entando, <strong>no</strong> que concerne ao corpo <strong>de</strong>ste trabalho, faremos apenas a explanação quanto aos<br />

componentes <strong>de</strong> distância, porque preten<strong>de</strong>mos, aqui, tentar enxergar até on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser, ou<br />

não, rompi<strong>das</strong> as fronteiras e a questão da interação entre os participantes, professores e alu<strong>no</strong>s<br />

usuários <strong>das</strong> <strong>mídias</strong>.<br />

Com relação à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento o autor TORI apresenta seis<br />

subdivisões: local; remota; sincrônica; assincrônica; expositiva; e interativa.<br />

A local são as salas <strong>de</strong> aula, laboratório etc; as remotas são as teleconferências,<br />

televisão, ví<strong>de</strong>o, cinema etc. Sendo ambas vistas sobre o enfoque da distância espacial. A<br />

sincrônica são televisão, chat, teleconferência, aula presencial etc; a assincrônica são DVD<br />

player, livro, correio eletrônico, cinema etc. Sendo as duas vistas como em distância temporal.<br />

A expositiva são a TV, DVD player, livro, aula expositiva etc. A interativa são os jogos<br />

interativos, aula experimental, dinâmica <strong>de</strong> grupo etc. Sendo estas categoriza<strong>das</strong> como<br />

distância interativa.<br />

25


2.3-Componentes <strong>de</strong> Distância da Mídia<br />

(TORI, 2010; p.54)<br />

Po<strong>de</strong>mos observar que, serão <strong>mídias</strong> tudo que promova a interação e que a mesma<br />

mídia po<strong>de</strong> ser caracterizada através <strong>de</strong> vários aspectos. Tomemos como exemplo o livro.<br />

Quanto a sua tec<strong>no</strong>logia o livro é classificado como concreto, quanto a sua simbologia é<br />

estático e quanto a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento po<strong>de</strong> ser assincrônico e expositivo.<br />

Pensando <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras, vejamos como se <strong>de</strong>senvolve a interação e<br />

os perigos que o emprego <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> <strong>mídias</strong> po<strong>de</strong> ocasionar <strong>de</strong>vido ao seu mal <strong>uso</strong>.<br />

As <strong>mídias</strong> sobre as quais estaremos refletindo a respeito <strong>de</strong> seu <strong>uso</strong> são: e-mail; blogs;<br />

jornais online; re<strong>de</strong>s sociais (<strong>mídias</strong> relaciona<strong>das</strong> a internet); filmes; telejornais (<strong>mídias</strong><br />

relaciona<strong>das</strong> a televisão e cinema); músicas (mídia relacionada ao rádio, porém po<strong>de</strong> ser<br />

ouvida <strong>no</strong> computador, <strong>no</strong> mp3, na televisão, ou seja, relacionada a tudo que permita a sua<br />

execução).<br />

26


2.2.1 Internet<br />

A internet possibilita ao aprendiz uma maior a<strong>de</strong>são ao universo do que o faz o livro<br />

didático. No entanto, é importante ressaltar que, dificilmente, um material didático po<strong>de</strong>ria<br />

substituir o livro que há tanto tempo <strong>no</strong>s acompanha e que sempre surge <strong>de</strong> forma<br />

mo<strong>de</strong>rnizada, como é o caso dos livros online.<br />

2.2.2 Blogs<br />

Os blogs são meios usados por estudantes que querem manter-se em contacto real com<br />

a <strong>língua</strong>. Através <strong>de</strong> leituras <strong>de</strong> textos produzidos em <strong>língua</strong> estrangeira, possibilitanto um<br />

acesso maior a segunda <strong>língua</strong>; permitindo ao alu<strong>no</strong> a publicação <strong>de</strong> suas próprias produções<br />

em <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

2.2.3 Jornais online<br />

Os jornais online permitem ao alu<strong>no</strong> um contato real com a <strong>língua</strong> estrangeira. Permite,<br />

ainda, o conhecimento do que atualmente se passa <strong>no</strong> lugar da <strong>língua</strong> alvo, o acesso à cultura<br />

do outro etc. O jornal online é um dos meios que oferece, além <strong>de</strong> tudo o que foi citado, um<br />

contato com a variante formal da <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

2.2.4 Re<strong>de</strong>s sociais<br />

Já as re<strong>de</strong>s sociais possibilitam, ao aprendiz, um contato com pessoas que estão a<br />

quilômetras <strong>de</strong> distância, como se aquela pessoa estivesse a seu lado. As re<strong>de</strong>s sociais<br />

permitem, ao aprendiz da <strong>língua</strong> estrangeira, uma interação imediata <strong>de</strong> forma mais<br />

participativa e direta.<br />

27


2.2.5 E-mail<br />

O e-mail também é uma mídia que oportuniza muitos contatos com pessoas <strong>de</strong> outros<br />

lugares. É o <strong>no</strong>sso correio online, para on<strong>de</strong> <strong>de</strong>stinamos muitas coisas que transmitem a<br />

informação que queremos passar, como recados, cartas, sugestões <strong>de</strong> links, currículo etc. A<br />

<strong>língua</strong>gem <strong>de</strong>ntro do e-mail, passeia por entre o formal e o informal, a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do<br />

<strong>de</strong>stinatário.<br />

2.2.6 Televisão<br />

A televisão é um dos meios pelos quais os aprendizes po<strong>de</strong>m entrar em contato com a<br />

<strong>língua</strong> estrangeira, trabalhando a parte auditiva da <strong>língua</strong> estrangeira e entrando em contato<br />

com a realida<strong>de</strong> do lugar on<strong>de</strong> é falada, isso acontece através dos telejornais <strong>no</strong>s canais abertos<br />

e dos filmes que, por sua vez, po<strong>de</strong>m ser vistos em outros ambientes como o cinema.<br />

2.2.7 Telejornais<br />

Os telejornais trazem para os aprendizes a mesma informação veicula<strong>das</strong> pelos jornais<br />

online, só que, <strong>de</strong>sta vez, <strong>de</strong> forma narrada, na qual o aprendiz tem contato com a pronuncia<br />

da <strong>língua</strong> estrangeira e conhece, <strong>de</strong> forma visual e, muitas vezes, em tempo real o que está<br />

ocorrendo naquele lugar.<br />

2.2.8 Filmes<br />

Os bons filmes produzidos na <strong>língua</strong> ofcicial do país que o aprendiz está estudando,<br />

po<strong>de</strong>m trazer, para o estudante, realida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vocabulário que muitas vezes passam<br />

<strong>de</strong>spercebi<strong>das</strong> por professores e uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressões que fazem parte da cultura<br />

daquele lugar. Fazem com que o alu<strong>no</strong> tenha uma visão dinâmica da <strong>língua</strong>, constatando<br />

que ela não é estática. E que, <strong>de</strong> acordo com o lugar, as expressões po<strong>de</strong>m, e são muitas,<br />

28


vezes diferentes.<br />

2.2.9 Rádio e tudo que proporcione a escuta da música<br />

A música po<strong>de</strong>rá também ajudar o alu<strong>no</strong> <strong>de</strong> forma mais poética a visualizar não só as<br />

expressões da cultura <strong>de</strong> um povo como também lhe permite ver como são as pronúncias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>termina<strong>das</strong> palavras. Ela trabalha, <strong>no</strong> aprendiz, a parte auditiva, acrescentando,<br />

ricamente, seu vocabulário.<br />

Porém, o que aqui <strong>no</strong>s interessa é saber em que medida o <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> são vistas<br />

pelos alu<strong>no</strong>s. Se como facilitadoras do aprendizado, meio <strong>de</strong> interação real e uma<br />

construção sócio-virtual da realida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> todo o meio favorece o aprendiz, ou se apenas<br />

como ativida<strong>de</strong>s lúdicas e, até mesmo, simples meio <strong>de</strong> entretenimento em sala <strong>de</strong> aula.<br />

Interessa, mais especificamente, neste estudo, apontar se o curso <strong>de</strong> Letras Espanhol do<br />

<strong>CCHLA</strong>/UFPB, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma perspectiva dos grupos pesquisados, usa as <strong>no</strong>vas <strong>mídias</strong> ou se,<br />

ainda, continuamos utilizando as antigas.<br />

2.2.10 Moodle<br />

Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar ainda como informação <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> relacina<strong>das</strong> a internet<br />

o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), seu i<strong>de</strong>alizador foi<br />

Martin Dougiamas, "como parte <strong>de</strong> sua tese <strong>de</strong> doutorado em ciências da computação e<br />

educação na Universida<strong>de</strong> Curtin da Austrália" (TORI, 2010).<br />

Para ter acesso ao moodle basta ter um provedor <strong>de</strong> internet, e para instalar o moodle é<br />

necessário uma plataforma Linux. Porque segundo TORI (2010), os recursos oferecidos por<br />

esse sistema são "(...) repositórios <strong>de</strong> conteúdos, correio, fórum e whiteboard entre outros."<br />

(2010, p. 139)<br />

Além <strong>de</strong> to<strong>das</strong> as facilida<strong>de</strong>s <strong>no</strong> momento da instalação o custo é zero para a obtenção<br />

<strong>de</strong> uma plataforma moodle.<br />

29


2.3 Mídias <strong>no</strong> Ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> Línguas<br />

Muito se ouve falar sobre a utilização dos recursos midiáticos <strong>de</strong>ntro do ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>língua</strong>s estrangeiras, como um meio facilitador para o aprendizado, ajudando o alu<strong>no</strong> a se<br />

inserir na cultura, <strong>no</strong> meio social e, até mesmo, econômico do país da <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

Pensando nisto, as <strong>mídias</strong> po<strong>de</strong>m proporcionar ao alu<strong>no</strong> alguma auto<strong>no</strong>mia <strong>no</strong><br />

momento da aprendizagem, já que permitem ser usa<strong>das</strong> em um ambiente informal, ou seja,<br />

fora do contexto escolar. Permite ao alu<strong>no</strong> que busca auto<strong>no</strong>mia um acréscimo <strong>de</strong> seus<br />

conhecimentos, aperfeiçoando-se na <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

Uma <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> em alta, hoje, <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> aprendizagem <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras é a<br />

internet. Po<strong>de</strong>mos perguntar aqui, o que necessariamente? Tudo que veícule o aprendiz em<br />

uma re<strong>de</strong> social, na qual possa interagir, em um ambiente social real, com pessoas que falam a<br />

<strong>língua</strong> estrangeira, aproximando, assim, o alu<strong>no</strong> <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> virtual.<br />

To<strong>das</strong> estas <strong>mídias</strong> po<strong>de</strong>mos encontrar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma única mídia chamada internet.<br />

A internet po<strong>de</strong> trazer muitos beneficios como diz GORDILLO,<br />

(...) internet se ha diseñado para permitir un acceso fácil, económico y <strong>de</strong><br />

gran flexibilidad a la ilimitada información que aloja y a los programas<br />

necesarios para la navegación, programas pensados para que cualquier<br />

usuario sin apenas co<strong>no</strong>cimientos informáticos pueda usar todos los recursos<br />

<strong>de</strong> la red. (2001, pg. 19)<br />

Também po<strong>de</strong> trazer algumas <strong>de</strong>svantagens segundo GORDILLO,<br />

(...) internet es un espacio <strong>de</strong> intervención público y libre en el que<br />

prácticamente <strong>no</strong> hay fiscalización, cualquiera pue<strong>de</strong> incluir contenidos e<br />

información. Habrá entonces que tener muy en cuenta el origen y las<br />

características <strong>de</strong> los recursos a los que acce<strong>de</strong>mos. (2001, pg. 21)<br />

Porém é por meio <strong>de</strong>sse recurso didático que o professor po<strong>de</strong> proporcionar ao seu<br />

aprendiz materiais didáticos autênticos. Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver <strong>no</strong>s alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong>termina<strong>das</strong><br />

habilida<strong>de</strong>s que facilitem sua autocriticida<strong>de</strong>, tornando o alu<strong>no</strong> mais seletista, crítico e<br />

autocritico, estratégico, técnico e etc. Assim como bem frisa GORDILLO, (2001) "(...)<br />

contribuye al <strong>de</strong>sarrollo <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s, técnicas, y estratégias <strong>de</strong> estudios en aspectos como":<br />

30


La familiarización con la tec<strong>no</strong>logía, su lenguaje y sus<br />

procedimientos.<br />

El tratamiento <strong>de</strong> la información (búsqueda, selección, manipulación,<br />

organización...).<br />

La competencia linguistica, al ser una fuente inmediata <strong>de</strong> recursos<br />

idiomáticos, con un valor añadido, ya que los variados elementos que<br />

configuran el hipertexto refuerzan el aprendizaje.<br />

GORDILLO, (2001) constróe uma lista <strong>de</strong> constribuições que o <strong>uso</strong> da internet po<strong>de</strong><br />

trazer ao estudante da <strong>língua</strong> estrangeira. É importante ressaltar que através <strong>das</strong> chama<strong>das</strong><br />

re<strong>de</strong>s sociais, os alu<strong>no</strong>s passam a ter uma aprendizagem colaborativa, facilitanto assim na<br />

troca <strong>de</strong> conhecimentos e na interação entre os aprendizes.<br />

Esta representa o meio <strong>de</strong> comunicação que permite, pela primeira vez na<br />

história da humanida<strong>de</strong>, a comunicação <strong>de</strong> muitos com muitos num tempo e<br />

espaço in<strong>de</strong>terminados e à escala global. (RANGEL 2008, p. 19)<br />

Po<strong>de</strong>ndo a mesma romper com as barreiras e porque não dizer fronteiras, quando<br />

pensamos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong>s estrangeiras. Barreiras essas levando em consi<strong>de</strong>ração a<br />

distância física. Aproximando <strong>de</strong> outras maneiras as pessoas.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste <strong>no</strong>vo cenário educacional, o professor assume <strong>no</strong>vos papéis. O professor<br />

agora é orientador, não mais <strong>de</strong>tentor do saber. O professor <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta <strong>no</strong>va perspectiva,<br />

po<strong>de</strong>ria ser visto como profissional atuante na área do ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> forma profissionalizada e<br />

mo<strong>de</strong>rnizada. Saindo <strong>de</strong> uma visão tradicionalista do ensi<strong>no</strong>, on<strong>de</strong> o professor era o único<br />

<strong>de</strong>tentor do saber e os alu<strong>no</strong>s apenas aprendizes que não tinham nada o que trocar com o<br />

professor, apenas apren<strong>de</strong>r.<br />

O <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> trouxe não só a mo<strong>de</strong>rnização para o aprendizado, como a<br />

facilitação do mesmo e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um maior alcance ao mundo real, social e<br />

eco<strong>no</strong>mico cultural da <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

31


CAPÍTULO III - METODOLOGIA<br />

Este capítulo trata da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> todo o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa,<br />

explicitando os pontos relevantes para este trabalho, <strong>de</strong>ixando registrada a construção do<br />

corpus, a pilotagem e por fim o processo <strong>de</strong> análise dos dados recolhidos para a pesquisa, a<br />

contextualização da pesquisa, a natureza da mesma, o perfil dos participantes, e o<br />

procedimento <strong>de</strong> coleta dos dados.<br />

3.1 Natureza da Pesquisa<br />

A pesquisa <strong>de</strong>senvolvida enquadra-se em um âmbito quantitativo, pois levamos em<br />

consi<strong>de</strong>ração as respostas da<strong>das</strong> pelos informantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma análise númerica dos<br />

questionários.<br />

Como a <strong>no</strong>ssa pesquisa foi realizada a partir da visão dos alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Letras Espanhol<br />

dos níveis Básico II e Intermediário III, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, ela po<strong>de</strong> ser<br />

categorizada, também, como um estudo <strong>de</strong> caso, dado que este é<br />

3.2 Contexto da Pesquisa<br />

(...) uma categoria <strong>de</strong> pesquisa cujo objeto é uma unida<strong>de</strong> que se analisa<br />

profundamente. Po<strong>de</strong> ser caracterizado como um estudo <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong><br />

bem <strong>de</strong>finida, como um programa, uma instituição, um sistema educativo,<br />

uma pessoa ou uma unida<strong>de</strong> social. Visa conhecer o seu “como” e os seus<br />

“porquês”, evi<strong>de</strong>nciando a sua unida<strong>de</strong> e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> próprias. É uma<br />

investigação que se assume como particularística, <strong>de</strong>bruçando-se sobre uma<br />

situação específica, procurando <strong>de</strong>scobrir o que há nela <strong>de</strong> mais essencial e<br />

característico.<br />

(http://mariaalicehof5.vilabol.uol.com.br/#Estudo <strong>de</strong> Caso)<br />

Os participantes da pesquisa são alu<strong>no</strong>s da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba, Centro <strong>de</strong><br />

Ciências Humanas letras e Artes, do curso <strong>de</strong> Letras-Espanhol dos níveis: Básico II e<br />

Intermediário III.<br />

32


A escolha <strong>de</strong>stas turmas, em especial, <strong>de</strong>u-se para que possamos averiguar a visão que<br />

alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong> dois níveis têm do <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> em sala <strong>de</strong> aula, <strong>no</strong> caso, alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong> um nível mais<br />

avançado e alu<strong>no</strong>s quase iniciantes do curso, para verificar se há “contrastes” <strong>de</strong> visão entre os<br />

grupos.<br />

Esta pesquisa nasceu da curiosida<strong>de</strong> da própria investigadora, já que nenhum dos<br />

projetos do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol era voltado para a área <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logias. Viu-se necessário<br />

saber até que ponto o alu<strong>no</strong> do referido curso encara o <strong>uso</strong> <strong>de</strong>stes recursos didáticos <strong>de</strong>ntro da<br />

sala <strong>de</strong> aula, e sua possível importância para manter-se em constante contato com a <strong>língua</strong><br />

estrangeira.<br />

Veremos, mais adiante, como se proce<strong>de</strong>u a análise e o <strong>de</strong>senvolvimento da coleta dos<br />

dados relevantes para a pesquisa.<br />

3.3 Procedimento <strong>de</strong> Coleta dos Dados<br />

O questionário utilizado para colher as informações <strong>de</strong> interesse da pesquisa foi<br />

construido e reconstruido diversas vezes até tornar-se a<strong>de</strong>quado. Para <strong>no</strong>s assegurar <strong>de</strong> que, <strong>de</strong><br />

fato, estava funcional o questionário, foi feita uma experiência na turma <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong><br />

conclusão <strong>de</strong> curso da professora Carla Reichmann. A turma é mista contemplando alu<strong>no</strong>s do<br />

curso <strong>de</strong> inglês, francês e espanhol.<br />

O questionário está composto por oito questões, sendo quatro fecha<strong>das</strong> e quatro<br />

abertas, portanto caracterizando o questionário como misto.<br />

Como parte da divisão do questionário temos a i<strong>de</strong>ntificação, na qual pedimos que os<br />

alu<strong>no</strong>s participantes da pesquisa explicitem o nível em que estão <strong>no</strong> curso <strong>de</strong> espanhol: inicial,<br />

intermediário ou avançado. Após esta i<strong>de</strong>ntificação partimos direto para as perguntas. O <strong>no</strong>me<br />

dos participantes não foi pedido, por questões <strong>de</strong> ética <strong>de</strong>ntro do trabalho, acreditamos ser<br />

mais propício que os alu<strong>no</strong>s não se i<strong>de</strong>ntificassem.<br />

Tivemos um total <strong>de</strong> vinte e dois questionários respondidos, sendo quatorze do nível<br />

Básico II e oito do nível IntermediárioIII.<br />

Após o processo <strong>de</strong> coleta dos dados, foram computa<strong>das</strong> manualmente, as respostas<br />

33


obti<strong>das</strong>.<br />

3.4 Procedimento <strong>de</strong> análise dos dados<br />

Para esclarecer a não obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta dos alu<strong>no</strong>s participantes, só<br />

respon<strong>de</strong>u quem <strong>de</strong> fato estava interessado em participar e contribuir, <strong>de</strong> alguma forma, para a<br />

realização da pesquisa.<br />

A análise dos dados foi feita, inicialmente, <strong>de</strong> forma separada (por turma) já que além<br />

da i<strong>de</strong>ntificação do <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> os estudos preten<strong>de</strong>m verificar o contraste <strong>de</strong> informações.<br />

De cada pergunta levantamos a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostas obti<strong>das</strong> para a mídia<br />

<strong>de</strong>signada. Fazendo um levantamento quantitativo <strong>das</strong> respostas obti<strong>das</strong>. A partir daí po<strong>de</strong>mos<br />

respon<strong>de</strong>r a pergunta que fizemos <strong>no</strong> inicio da pesquisa: Quais <strong>mídias</strong> são mais usa<strong>das</strong> nas<br />

turmas do Básico II e Intermediário III, do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

da Paraíba (UFPB)?<br />

34


CAPÍTULO IV - ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA<br />

4.1 Espanhol Básico II<br />

Os dados analisados da presente pesquisa obtiveram os seguintes resultados, segundo o<br />

corpus. Para a turma <strong>de</strong> Espanhol Básico II, com quatorze participantes 1 , foi possível constatar<br />

que as <strong>mídias</strong> mais usa<strong>das</strong> foram: filmes, jornais online, lembrando que esses jornais, em sala<br />

<strong>de</strong> aula, são impressos, porque nas salas <strong>de</strong> aulas do <strong>CCHLA</strong>/UFPB não se tem computadores:<br />

nem para o docente e, muito me<strong>no</strong>s, para o discente e músicas. As <strong>de</strong>mais <strong>mídias</strong> são usa<strong>das</strong>,<br />

<strong>no</strong> entanto, como o objetivo <strong>de</strong>sse trabalho era averiguar as mais recorrentes, achou-se<br />

interessante citar as <strong>mídias</strong> mais marca<strong>das</strong> pelos participantes.<br />

Com relação à freqüência <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong>, onze pessoas respon<strong>de</strong>ram que o <strong>uso</strong><br />

<strong>de</strong>las se dá apenas às vezes.<br />

Os informantes enten<strong>de</strong>m a utilização objetiva <strong>de</strong>sses recursos com fins práticos e<br />

como parte do <strong>de</strong>senvolvimento da aprendizagem.<br />

A importância do <strong>uso</strong> <strong>de</strong>sses recursos didáticos para enten<strong>de</strong>r melhor a <strong>língua</strong>, para<br />

uma ampliação do vocabulário e como prática.<br />

Partindo para um contexto extra-escolar, ou seja, fora da sala <strong>de</strong> aula, dos quatorze<br />

alu<strong>no</strong>s participantes doze respon<strong>de</strong>ram afirmativamente dizendo fazer <strong>uso</strong> dos recursos<br />

midiáticos fora da sala <strong>de</strong> aula. E apenas dois respon<strong>de</strong>ram negativamente, dizendo não fazer<br />

<strong>uso</strong> <strong>de</strong> nenhum dos recursos midiáticos fora da sala <strong>de</strong> aula. Dos doze participantes que<br />

respon<strong>de</strong>ram afirmativamente, apenas cinco usam sempre, e sete usam às vezes. Dos<br />

participantes que usam sempre e às vezes as <strong>mídias</strong>, o ambiente <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>ssas <strong>mídias</strong><br />

são suas respectivas residências, com onze respostas obti<strong>das</strong> para está pergunta, apenas um<br />

participante citou a Universida<strong>de</strong>.<br />

Ainda <strong>de</strong>ntro do contexto extraclasse, as <strong>mídias</strong> mais usa<strong>das</strong> pelos participantes fora da<br />

sala <strong>de</strong> aula são: filmes, com <strong>de</strong>z respostas; música, também, com <strong>de</strong>z; e e-mail com, apenas,<br />

quatro respostas. Outras <strong>mídias</strong> foram cita<strong>das</strong> como: revista; jornais online; dicionário online;<br />

canais <strong>de</strong> tv em espanhol; e livros, todos estes com apenas uma resposta para cada.<br />

1 Ver Apêndice 1 (Básico II), para uma melhor visualização dos resultados obtidos na pesquisa.<br />

35


4.2 Espanhol Intermediário III<br />

No que diz respeito ao Espanhol Intermediário III, com oito informantes 2 para a<br />

presente pesquisa, as respostas obti<strong>das</strong> foram às seguintes. As <strong>mídias</strong> mais usa<strong>das</strong> em sala <strong>de</strong><br />

aula <strong>de</strong> <strong>língua</strong> <strong>espanhola</strong>, são: filmes, com seis respostas; jornais online, com quatro respostas<br />

e email, com cinco respostas. Consi<strong>de</strong>rando apenas as <strong>mídias</strong> com maiores frequências. A<br />

freqüência <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>de</strong>ssas <strong>mídias</strong>, segundo os participantes da pesquisa, é, às vezes, <strong>de</strong> cinco<br />

respostas.<br />

Os objetivos <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>sses recursos em sala <strong>de</strong> aula, segundo os participantes, é<br />

ter um maior contato com o idioma, obtendo três respostas; e motivação pra não <strong>de</strong>ixar a aula<br />

monótona, com duas respostas. Outros dois respon<strong>de</strong>ram promover a interação; e um<br />

respon<strong>de</strong>u que facilita a aprendizagem.<br />

O <strong>uso</strong> <strong>de</strong>sses recursos fora da sala <strong>de</strong> aula é vista como forma <strong>de</strong> praticar a <strong>língua</strong><br />

estrangeira neste caso o espanhol. E os outros quatros respon<strong>de</strong>ram que com o <strong>uso</strong> <strong>de</strong>sses<br />

recursos é possível se manter em contato com a <strong>língua</strong> estrangeira, aprendizagem mais afetiva,<br />

aprendizagem da <strong>língua</strong> <strong>espanhola</strong> e comunicação com os estrangeiros. Obtendo, para cada<br />

uma única resposta.<br />

Todos os participantes da pesquisa respon<strong>de</strong>ram afirmativamente com relação ao <strong>uso</strong><br />

<strong>de</strong>ssas <strong>mídias</strong> fora do contexto acadêmico. Cinco dos participantes usam sempre e três usam<br />

as <strong>mídias</strong> às vezes. Seis usam em casa e duas <strong>no</strong> trabalho.<br />

As mais usa<strong>das</strong> fora da sala <strong>de</strong> aula são: músicas, com sete respostas, filmes, com seis<br />

respostas, jornais online e e-mail cada um com três respostas.<br />

4.3 Análise contrastiva<br />

Po<strong>de</strong>mos dizer que as visões sobre a utilização <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> em sala <strong>de</strong> aula não é tão<br />

diferente com relação ao nível em que os participantes se inserem, já que ambos os grupos<br />

pensam que com a utilização dos recursos midiáticos é possível facilitar o aprendizado, a<br />

2 Ver apêndice 2 (Intermediário III), para uma melhor visualização dos resultados obtidos na pesquisa.<br />

36


prática e a interação. Observou-se que a visão dos alu<strong>no</strong>s iniciais é bem mais amadurecida do<br />

que a visão dos alu<strong>no</strong>s intermediários, visto que os alu<strong>no</strong>s do Básico acreditam na facilitação e<br />

na, interação, enquanto os avançados acreditam que serve para não ser monótona a aula,<br />

lembrando que não é a visão da maioria. No entanto, é consi<strong>de</strong>rável rever que como estes<br />

poucos alu<strong>no</strong>s que respon<strong>de</strong>ram isso, vêem a utilização dos recursos didáticos extras. Será que<br />

todos os recursos extras levados são para não <strong>de</strong>ixar a aula monótona, por usar apenas o livro<br />

didático? Acreditamos ser importante refletir sobre tais respostas.<br />

A maioria dos alu<strong>no</strong>s do nível intermediário vê o <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> como auxílio à<br />

aprendizagem da <strong>língua</strong> estrangeira, já que é através <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> que po<strong>de</strong>m ter um contato<br />

maior com muitas pessoas diferentes, e a prática nessas horas ajuda muito. É importante<br />

ressaltar que as <strong>mídias</strong> que permitem um contato mais real com o mundo em volta dos que<br />

apren<strong>de</strong>m a <strong>língua</strong> estrangeira são usa<strong>das</strong>, não na Universida<strong>de</strong>, e, sim, em suas casas e em<br />

seus locais <strong>de</strong> trabalho.<br />

As <strong>mídias</strong> mais usa<strong>das</strong> são, praticamente, as mesmas por ambos os grupos,<br />

diferenciando-se, apenas, na música e <strong>no</strong> e-mail, sendo este usado pelos participantes do<br />

Intermediário III e a música pelos alu<strong>no</strong>s do Básico II.<br />

Ambos vêem a utilização <strong>de</strong>sses recursos extraclasse como possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> praticar a<br />

<strong>língua</strong> estrangeira e, ampliação do vocabulário. Ambos os grupos disseram fazer <strong>uso</strong> dos<br />

recursos midiáticos fora do âmbito acadêmico.<br />

E as mais usa<strong>das</strong> por ambos os grupos são: músicas; filmes; e-mail e jornais online que<br />

estão presentes na resposta dos grupos participantes da pesquisa.<br />

Po<strong>de</strong>mos dizer que <strong>no</strong>ssos alu<strong>no</strong>s constituem-se como alu<strong>no</strong>s autô<strong>no</strong>mos, já que,<br />

buscam, por conta própria, que tipo <strong>de</strong> material po<strong>de</strong>rá ajudá-los <strong>no</strong> aprendizado da <strong>língua</strong><br />

estrangeira. Acreditamos que selecionam com rigor, as informações que <strong>de</strong>vem guardar e se<br />

essas informações são relevantes ou não.<br />

Enten<strong>de</strong>mos, ainda, que o não <strong>uso</strong> <strong>das</strong> re<strong>de</strong>s sociais como orkut, facebook, twiter, entre<br />

outras, não se dá porque os alu<strong>no</strong>s não as usam e sim pelo fato <strong>de</strong> que talvez não a utilizem<br />

para seu aprendizado na <strong>língua</strong> estrangeira.<br />

37


CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Concluimos com a seguinte pesquisa que as <strong>mídias</strong> mais usa<strong>das</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong><br />

<strong>espanhola</strong> do curso <strong>de</strong> Letras Espanhol, do Básico II e Intermediário III da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral da Paraíba são: músicas, jornais online lembrando que o <strong>uso</strong> <strong>de</strong>sses jornais são<br />

impressos, e-mail e filmes. É através <strong>de</strong>stas <strong>mídias</strong>, que os alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong> letras tentam manter-se<br />

em total conjuntura com a <strong>língua</strong> <strong>espanhola</strong>. Cumprindo assim os objetivos propostos a<br />

principio quando iniciamos a <strong>no</strong>ssa pesquisa, ou seja, apontar quais os recursos midiáticos,<br />

mais usados <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong> <strong>espanhola</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma perspectiva dos alu<strong>no</strong>s do Básico II e<br />

Intermediário III.<br />

Respon<strong>de</strong>ndo também a partir da visão dos mesmos se a utilização <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> é voltada<br />

para o aprendizado ou dinamização <strong>das</strong> aulas. Obtendo as seguintes respostas a partir dos<br />

dados análisados, que sim. São vistas para uma possivel facilitação do aprendizado.<br />

Observou-se ainda, que os participantes da pesquisa, usam as <strong>mídias</strong> para manter-se em<br />

contato com a <strong>língua</strong> quando estão fora da universida<strong>de</strong>. Mostrando serem autô<strong>no</strong>mos na<br />

aprendizagem. A visão dos alu<strong>no</strong>s sobre a utilização <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> (que muitas vezes po<strong>de</strong> não<br />

refletir o porque do <strong>uso</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>das</strong> <strong>mídias</strong>) é que são <strong>mídias</strong> que favorecem <strong>no</strong> momento<br />

da aprendizagem, são vistas como um recurso didático.<br />

As visões sobre o <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> e quais <strong>mídias</strong> (usar ou ainda se) são usa<strong>das</strong> para<br />

apren<strong>de</strong>r espanhol, é bem semelhante entre os grupos. Não <strong>de</strong>monstrando assim uma visão<br />

diferenciada entre o <strong>uso</strong>, nem <strong>de</strong> quais são mais usa<strong>das</strong> e se são usa<strong>das</strong> para aprener a <strong>língua</strong><br />

estrangeira.<br />

É claro que houve uns e outros que em suas respostas <strong>de</strong>monstraram certa imaturida<strong>de</strong>,<br />

por falta até <strong>de</strong> conhecimento talvez, alegando que o <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> é para dinamização <strong>das</strong><br />

aulas e não para facilitar o aprendizado da <strong>língua</strong> estrangeira. Talvez muitas <strong>de</strong>stas concepções<br />

sejam alimenta<strong>das</strong> por falta <strong>de</strong> <strong>uso</strong> <strong>das</strong> <strong>mídias</strong> por parte dos professores <strong>de</strong> espanhol. Não que<br />

não queiram usa-las, mas por falta <strong>de</strong> estrutura da própria universida<strong>de</strong>.<br />

É bem verda<strong>de</strong> que <strong>de</strong> fato as <strong>mídias</strong> são usa<strong>das</strong> em sala <strong>de</strong> aula, se observamos a<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> TORI <strong>de</strong> que tudo que sirva para a comunicação é uma mídia. Então <strong>no</strong>ssos<br />

38


professores fazem <strong>uso</strong> <strong>de</strong>las sim. Agora <strong>no</strong> que diz respeito as <strong>mídias</strong> com tec<strong>no</strong>logias mais<br />

avança<strong>das</strong>, não po<strong>de</strong>mos dizer o mesmo. Já que as usa<strong>das</strong> mostram uma certa <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> se<br />

olharmos para as mo<strong>de</strong>rnas que existem hoje, como a internet, as re<strong>de</strong>s sociais, que permitem<br />

uma interação maior entre as pessoas.<br />

Po<strong>de</strong>mos constatar que diante <strong>de</strong> tantas <strong>mídias</strong> <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logias mais avança<strong>das</strong>, as que<br />

usamos em sala <strong>de</strong> aula são mais antigas. Precisamos <strong>no</strong>s atualizar e <strong>de</strong>ssa forma acompanhar<br />

o mundo mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong>.<br />

39


REFERÊNCIAS<br />

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Acessado dia 22/11/2010 às 10h54min<br />

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40

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