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Roberto Teixeira Luz - SIRGAS

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antes caras e demoradas, e criando novos usos para a informação espacial, dentre<br />

outros. No entanto, elas ainda não apresentam solução satisfatória para o<br />

posicionamento vertical.<br />

As coordenadas e altitudes fornecidas pelos GNSS referem-se a um<br />

elipsóide de revolução, modelo matemático utilizado para simplificar os cálculos<br />

geodésicos. Esta simplificação é adequada para o cálculo de latitudes e longitudes,<br />

mas acaba por restringir a utilização das altitudes elipsoidais (“geométricas”) pela<br />

grande maioria dos interessados no posicionamento vertical. Isso acontece porque<br />

as altitudes elipsoidais não têm correspondência rigorosa com o campo da<br />

gravidade, assumida apenas pelas chamadas altitudes físicas. Estas são contadas a<br />

partir de uma certa superfície de nível (equipotencial) do campo da gravidade,<br />

materializada de forma aproximada pelo nível médio do mar (TORGE, 2001, p. 4).<br />

Ainda assim, o GPS pode ser útil no posicionamento vertical – desde que as<br />

altitudes geométricas sejam adequadamente convertidas em altitudes físicas<br />

(FREITAS, LUZ, 1995). Tal conversão é realizada por intermédio dos modelos<br />

geoidais, construídos, por sua vez, a partir de diversos tipos de dados geodésicos,<br />

mas principalmente observações gravimétricas corrigidas com auxílio das altitudes<br />

físicas. É neste ponto que se começa a delinear a contribuição desta Tese.<br />

As altitudes do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) vêm sendo obtidas<br />

exclusivamente por intermédio de observações de nivelamento geométrico, i. e.,<br />

sem o concurso de informações gravimétricas, desde o início do estabelecimento de<br />

sua Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP), em 1945 (LUZ et al., 2004, p. 44). O<br />

mesmo parece ocorrer na maioria dos países sul-americanos (FREITAS,<br />

BLITZKOW, 1999), que também compartilham com o Brasil o procedimento usual de<br />

estabelecimento do valor inicial de altitude. O chamado datum vertical é<br />

tradicionalmente baseado no nível médio do mar (NMM) em um ponto costeiro<br />

específico, durante um período de observação maregráfica também específico. No<br />

caso do SGB, o datum vertical principal foi estabelecido com dados de nível do mar<br />

coletados entre 1949 e 1957 no Porto de Imbituba, litoral sul de Santa Catarina<br />

(ALENCAR, 1990).<br />

Nos ajustamentos periódicos da RAAP (MATTOS, 1948; BESERRA, 1952;<br />

ALENCAR, 1968; RIBEIRO, LUZ, 1991; LUZ et al., 2002b), os impactos da ausência<br />

2<br />

<strong>Roberto</strong> <strong>Teixeira</strong> <strong>Luz</strong>

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