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11 D<br />
Leia os versos de Álvaro de Campos, heterônimo de<br />
Fernando Pessoa.<br />
Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar<br />
Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos,<br />
Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar.<br />
Engenhos, brocas, máquinas rotativas!<br />
Eia! eia! eia!<br />
A leitura dos versos, comparativamente ao texto de Eça<br />
de Queirós, permite afirmar que<br />
a) traduzem a nova ordem social, rechaçando as<br />
modificações advindas do cientificismo, atitude<br />
contrária à dos camaradas de Jacinto, que se<br />
deslumbravam com a modernidade.<br />
b) apresentam a modernidade numa ótica positivista,<br />
fundamentada na observação e experimentação da<br />
realidade, o que contraria a visão romântica dos<br />
camaradas de Jacinto.<br />
c) expressam, com certa reserva, os adventos da nova<br />
ordem social e tecnológica, ficando implícita a ideia<br />
dos camaradas de Jacinto, que eram pouco afeitos ao<br />
cientificismo.<br />
d) fazem uma apologia da modernidade, de forma<br />
semelhante ao entusiasmo dos camaradas de Jacinto,<br />
deslumbrados com a nova ordem da vida urbana, social<br />
e tecnológica.<br />
e) trazem uma visão apaixonada da realidade, portanto,<br />
subjetiva e desprovida da observação e experimen -<br />
tação, atitude comum também aos camaradas de<br />
Jacinto.<br />
Resolução<br />
Embora anterior ao poema de Pessoa e expressão de<br />
outra mentalidade, o entusiasmo de Jacinto com a<br />
modernidade é comparável ao Futurismo, que teve<br />
forte influência sobre Álvaro de Campos.<br />
<strong>UNIFESP</strong> (2ª Fase) <strong>–</strong> DEZEMBRO/2009