Prêmio Professores do Brasil - Ministério da Educação
Prêmio Professores do Brasil - Ministério da Educação
Prêmio Professores do Brasil - Ministério da Educação
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
gico <strong>do</strong> conhecimento e que<br />
apren<strong>da</strong>m que vão à escola<br />
para ter prazer, para aprender<br />
sem que para isso precisem<br />
receber um prêmio.<br />
Para se discutir mu<strong>da</strong>nças<br />
no que tange à avaliação, antes<br />
de se propor méto<strong>do</strong>s e<br />
alterações práticas, é preciso<br />
pensar no papel social que<br />
tem a escola, a pré-escola e<br />
a creche, bem como a profi<br />
ssão de professor. Ninguém<br />
dirá que a função <strong>da</strong> escola é<br />
selecionar, classifi car, excluir.<br />
Ninguém ousaria, entenden<strong>do</strong><br />
a educação escolar como<br />
um bem universal, dizer que<br />
a escola deveria fi car apenas<br />
com os melhores. Parece que<br />
temos claro qual é nosso papel<br />
e a função social <strong>da</strong> instituição<br />
a qual nos vinculamos<br />
profi ssionalmente. No entanto,<br />
concor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> com Sacristán<br />
(2001) é necessário desvelar o<br />
óbvio para resignifi car o papel<br />
<strong>da</strong> escola e <strong>do</strong> ensino público<br />
como um bem universal. É<br />
fun<strong>da</strong>mental que a discussão<br />
10 revista criança<br />
calei<strong>do</strong>scópio<br />
acerca <strong>da</strong> função social <strong>da</strong> escola<br />
seja coloca<strong>da</strong> novamente,<br />
entre nós educa<strong>do</strong>res, a fi m de<br />
reafi rmarmos os valores para<br />
os quais ela foi cria<strong>da</strong>. A partir<br />
<strong>da</strong>í, então, podemos começar<br />
a discutir to<strong>do</strong>s os elementos<br />
<strong>do</strong> currículo/proposta pe<strong>da</strong>gógica,<br />
inclusive a avaliação.<br />
Os princípios<br />
Ora, se pensar sobre avaliação<br />
implica repensar o papel<br />
social <strong>da</strong> escola e <strong>da</strong> profi ssão<br />
de ser professor, estamos<br />
falan<strong>do</strong>, portanto, de alguns<br />
princípios que devem nortear<br />
a avaliação. Eles não devem<br />
ser diferentes <strong>da</strong>queles que<br />
orientam as práticas e as nossas<br />
crenças acerca <strong>do</strong> papel<br />
<strong>da</strong> escola e <strong>da</strong> instituição de<br />
<strong>Educação</strong> Infantil na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
crianças, de suas famílias e <strong>da</strong><br />
socie<strong>da</strong>de.<br />
Gostaria de destacar alguns<br />
princípios que, a meu ver, deveriam<br />
ser nortea<strong>do</strong>res de<br />
uma avaliação na instituição<br />
de <strong>Educação</strong> Infantil. São eles:<br />
o olhar observa<strong>do</strong>r, a promoção<br />
<strong>da</strong>s crianças e de suas<br />
aprendizagens, a valorização<br />
<strong>da</strong>s experiências culturais <strong>da</strong>s<br />
crianças, o desenvolvimento<br />
<strong>da</strong> autonomia, a inclusão,<br />
o diálogo, a preservação <strong>da</strong><br />
auto-estima favorável ao crescimento,<br />
o comprometimento<br />
<strong>da</strong> escola e <strong>do</strong> professor com<br />
o social, o caráter formativo <strong>da</strong><br />
avaliação, a auto-avaliação, a<br />
participação, a construção <strong>da</strong><br />
responsabili<strong>da</strong>de com o coletivo.<br />
Uma mu<strong>da</strong>nça na escola,<br />
em direção a práticas mais<br />
democráticas de avaliação e,<br />
portanto, não classifi catórias<br />
ou segrega<strong>do</strong>ras, não passa<br />
inicialmente, por mu<strong>da</strong>nças<br />
de méto<strong>do</strong>s ou didáticas mais<br />
contemporâneos. Uma mu<strong>da</strong>nça<br />
profun<strong>da</strong> implica em<br />
uma refl exão acerca <strong>do</strong>s princípios<br />
que regem nossa ação<br />
pe<strong>da</strong>gógica e que nos <strong>da</strong>rão<br />
a base para a construção de<br />
nosso projeto pe<strong>da</strong>gógico e<br />
para os processos de avaliação<br />
que estiverem aí inseri<strong>do</strong>s.<br />
A clareza e a retidão de<br />
princípios poderão nortear<br />
uma prática coerente e própria<br />
de uma escola ou instituição<br />
democrática, compromissa<strong>da</strong><br />
com o crescimento e a valorização<br />
<strong>da</strong>s crianças, professores,<br />
educa<strong>do</strong>res e funcionários.<br />
Uma avaliação formativa<br />
A <strong>Educação</strong> Infantil tem<br />
uma prática de avaliação formativa.<br />
O que signifi ca isto?<br />
Muitos autores já conceitu-