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caminhos para a universalização da internet banda larga

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João moura 341<br />

esse mercado funcionando bem, nós vamos evitar a duplicação de investimento<br />

ou, <strong>para</strong> usar uma expressão mais contundente, a proliferação de investimentos<br />

improdutivos que hoje sentimos devido à ausência de um mercado de atacado.<br />

Muitas operadoras saem fazendo rede, atropelando o que ela não consegue con-<br />

tratar onde existe capaci<strong>da</strong>de disponível. Então ela faz, duplica sua rede. Essa<br />

rede que poderia estar expandindo fullprint, na ver<strong>da</strong>de está se concentrando<br />

onde não precisa. Nas grandes ci<strong>da</strong>des, nos grandes eixos urbanos, existe uma<br />

replicação de redes que não existe em nenhum outro lugar. Aqui em São Paulo,<br />

por exemplo na Faria Lima (um dos principais centros econômicos do muni-<br />

cípio), você verá onze redes de fibra ótica sendo passa<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong> rua.<br />

Isso, economicamente, é uma irracionali<strong>da</strong>de...<br />

Não é assim que nós vamos ter a <strong>universalização</strong> <strong>da</strong> ban<strong>da</strong> <strong>larga</strong>. Não faz sen-<br />

tido. Pelo que eu pesquisei, o lugar que tem mais redes em Paris, por exemplo,<br />

tem cinco. Aqui nós temos onze de ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong> rua. É uma insani<strong>da</strong>de. O mercado<br />

de atacado criaria incentivos <strong>para</strong> racionalizar investimentos e incentivar<br />

a expansão de serviços, com serviços diferenciados e tudo mais.<br />

Nós temos um país com uma extensão territorial grande, uma desigual<strong>da</strong>de regional<br />

grande. Há uma competição acirra<strong>da</strong> em alguns centros urbanos, e ausência de competição<br />

ou às vezes até ausência de serviço, em outros centros. Não estamos falando<br />

só <strong>da</strong>s áreas rurais, estamos falando de outros centros urbanos de menor porte. Qual<br />

a melhor solução <strong>para</strong> criar um modelo que estimule a <strong>universalização</strong> e a capaci<strong>da</strong>de<br />

de competição inclusive em lugares onde não seja economicamente racional investir<br />

ou não haja espaço <strong>para</strong> a competição?<br />

No nosso entender, não existe uma solução mágica que resolva todos os problemas.<br />

Realmente é um desafio, mas é também uma obrigação levar a comunicação<br />

às áreas remotas ou ti<strong>da</strong>s como de menor atração econômica. Eu acredito<br />

numa conjunção de fatores que estimulem e conduzam essa expansão. Quais<br />

seriam? Primeiro, as obrigações de cobertura associa<strong>da</strong>s às licitações, isso que<br />

a Anatel já faz, é uma medi<strong>da</strong> prudente e inteligente, que cria a obrigação de<br />

levar serviço <strong>para</strong> onde normalmente não levaria. É claro que a Anatel poderia<br />

flexibilizar um pouco essas regras <strong>para</strong> permitir, por exemplo, que as operadoras<br />

possam escolher em que frequência vão prestar o serviço em determina<strong>da</strong><br />

região, uma vez que hoje ca<strong>da</strong> operadora móvel tem um portfólio de frequências,<br />

sob um edital com obrigações a serem segui<strong>da</strong>s. Nós já estamos chegando<br />

numa etapa em que a operadora poderia ter flexibili<strong>da</strong>de e usar o seu portfólio<br />

<strong>da</strong> forma que melhor lhe aprouver, desde que ela entregue o serviço. Certamen-

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