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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno - Anac

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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 1<br />

CONTEÚDO<br />

LISTA DE ABREVIAÇÕES .....................................................................................3<br />

DEFINIÇÕES ........................................................................................................4<br />

1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 10<br />

2. ASPECTOS LEGAIS.......................................................................................................... 12<br />

2.1. EMBASAMENTO JURÍDICO................................................................................................... 13<br />

2.1.1. Constituição Fe<strong>de</strong>ral .............................................................................................. 13<br />

2.1.2. Código Brasileiro <strong>de</strong> Aeronáutica .......................................................................... 14<br />

2.1.3. Portaria nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987............................................ 15<br />

2.1.4. Regulamento Brasileiro <strong>de</strong> Homologação Aeronáutica nº 139 ............................. 16<br />

2.1.5. Resolução CONAMA nº 4, <strong>de</strong> 09 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1995 .......................................... 17<br />

3. ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO (ZPA)............................................................ 18<br />

3.1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 18<br />

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ....................................................................................................... 18<br />

3.3. METODOLOGIA ................................................................................................................... 18<br />

3.3.1. Tipos <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo (PZPA)............................. 18<br />

3.4. PROCEDIMENTOS PARA O ENCAMINHAMENTO DOS PROCESSOS ......................................... 26<br />

4. ZONEAMENTO DE RUÍDO ............................................................................................... 29<br />

4.1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 29<br />

4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ....................................................................................................... 29<br />

4.3. METODOLOGIA ................................................................................................................... 29<br />

4.3.1. Tipos <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PZR) ................................................ 30<br />

4.4. PROCEDIMENTOS PARA O ENCAMINHAMENTO DOS PROCESSOS ......................................... 39<br />

4.5. FLUXOGRAMA - PROCEDIMENTOS E AUTORIZAÇÕES EM ÁREAS DO PZR ............................ 41<br />

4.6. AUTORIZAÇÃO PARA APROVEITAMENTO DO SOLO EM ÁREA DO PZR .................................. 42<br />

5. ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA (PERIGO AVIÁRIO) ................................. 48<br />

5.1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 48<br />

5.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ....................................................................................................... 48


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 2<br />

5.3. PROCEDIMENTOS............................................................................................................... 48<br />

5.4. FLUXOGRAMA DO PERIGO AVIÁRIO..................................................................................... 56<br />

5.5. CHECKLIST PARA VERIFICAÇÃO DE FONTES DE ATRAÇÃO DE AVES EM ÁREAS<br />

AEROPORTUÁRIAS ............................................................................................................. 57<br />

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 60<br />

7. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL................................................................................................ 61


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 3<br />

LISTA DE ABREVIAÇÕES<br />

ASA Área <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária<br />

CENIPA Centro <strong>de</strong> Investigação e Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes Aeronáuticos<br />

CINDACTA Centro Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Defesa Aérea e Controle <strong>de</strong> Tráfego Aéreo<br />

COMAR Coman<strong>do</strong> Aéreo Regional<br />

CONAMA Conselho Nacional <strong>do</strong> Meio Ambiente<br />

DAC Departamento <strong>de</strong> Aviação Civil<br />

DECEA Departamento <strong>de</strong> Controle <strong>do</strong> Espaço Aéreo<br />

DGAC Diretor-Geral <strong>de</strong> Aviação Civil<br />

DIPAA Divisão <strong>de</strong> Investigação e Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes Aeronáuticos<br />

DIRENG Diretoria <strong>de</strong> Engenharia da Aeronáutica<br />

EIA Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Impacto Ambiental<br />

GPS Global Position System<br />

IAC Instituto <strong>de</strong> Aviação Civil<br />

ICAO International Civil Aviation Organization<br />

IFR Instrument Flight Rules<br />

OACI Organização <strong>de</strong> Aviação Civil Internacional<br />

PBZPA<br />

PDIR<br />

PEZPA<br />

PEZR<br />

PZPA<br />

PZR<br />

RBHA<br />

RIMA<br />

SAC<br />

SERAC<br />

SERENG<br />

SIE<br />

SRPV<br />

SUCOTAP<br />

VFR<br />

ZPA<br />

Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromos<br />

Pla<strong>no</strong> Diretor Aeroportuário<br />

Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromos<br />

Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong><br />

Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo<br />

Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong><br />

Regulamento Brasileiro <strong>de</strong> Homologação Aeronáutica<br />

Relatório <strong>de</strong> Impacto Ambiental<br />

Sistema <strong>de</strong> Aviação Civil<br />

Serviço Regional <strong>de</strong> Aviação Civil<br />

Serviço Regional <strong>de</strong> Engenharia<br />

Sub<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Infra-Estrutura<br />

Serviço Regional <strong>de</strong> Proteção ao Vôo<br />

Sistema Unifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Cobrança e Arrecadação <strong>de</strong> Tarifas<br />

Visual Flight Rules<br />

Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 4<br />

Administração Aeroportuária Local<br />

DEFINIÇÕES<br />

Órgão ou empresa responsável pela operação <strong>de</strong> um aeroporto com estrutura organizacional<br />

<strong>de</strong>finida e <strong>de</strong>dicada à gestão <strong>de</strong>ste aeroporto.<br />

Administração Aeroportuária Se<strong>de</strong><br />

Estrutura organizacional responsável pela administração, operação, manutenção e<br />

exploração <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> aeroportos.<br />

Aeroporto<br />

É to<strong>do</strong> aeródromo público <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> instalações e facilida<strong>de</strong>s para dar apoio às aeronaves<br />

e ao embarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> pessoas e cargas.<br />

Aeródromo<br />

É toda área <strong>de</strong>stinada ao pouso, <strong>de</strong>colagem e movimentação <strong>de</strong> aeronaves.<br />

Antrópico<br />

Sobre a ação <strong>do</strong> homem.<br />

Área I<br />

Área <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, interior à curva <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> 1, on<strong>de</strong> o<br />

nível <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro é potencialmente <strong>no</strong>civo aos circundantes, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> oca-<br />

sionar problemas fisiológicos por causa das exposições prolongadas.<br />

Área II<br />

Área <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, compreendida entre as curvas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong><br />

ruí<strong>do</strong> 1 e 2, on<strong>de</strong> são registra<strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s.<br />

Área III<br />

Área <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, exterior à curva <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> 2, on<strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>rmalmente não são registra<strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro significativos.<br />

Área Antropizada<br />

Área que apresenta modificações das condições naturais em função das intervenções<br />

da ativida<strong>de</strong> humana.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 5<br />

Área <strong>de</strong> Movimento<br />

Parte <strong>do</strong> aeródromo <strong>de</strong>stinada ao pouso, <strong>de</strong>colagem e taxiamento <strong>de</strong> aeronaves, es-<br />

tan<strong>do</strong> integrada à área <strong>de</strong> ma<strong>no</strong>bras e aos pátios.<br />

Área <strong>de</strong> Ma<strong>no</strong>bras<br />

Parte <strong>do</strong> aeródromo <strong>de</strong>stinada ao pouso, <strong>de</strong>colagem e táxi <strong>de</strong> aeronaves, excluí<strong>do</strong>s<br />

os pátios.<br />

Área Patrimonial<br />

Vi<strong>de</strong> Sítio Aeroportuário<br />

Aviação Regular<br />

Aviação caracterizada por operações <strong>de</strong> caráter periódico das aeronaves pertencentes<br />

aos transporta<strong>do</strong>res aéreos, com o objetivo <strong>de</strong> explorar as linhas que foram estabelecidas<br />

e aprovadas pelo Departamento <strong>de</strong> Aviação Civil (DAC).<br />

Aviação Regular <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Porte<br />

Tipo <strong>de</strong> aviação on<strong>de</strong> operam regularmente aeronaves equipadas com motores “tur-<br />

bofan”, turbojato; jato puro ou turboélice, este com peso máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>colagem igual<br />

ou superior a 40.000kg (quarenta mil quilos).<br />

Exemplo <strong>de</strong> aeronaves:<br />

a) a jato: B-737/200/300/500/700, B-747, B-767, A-300/310/320/430, F-100, DC-<br />

10, MD-11, LEAR 25/35, HS-125, Legacy<br />

b) turboélice 40.000 kg: ELECTRA II, BÚFALO (C-115), HÉRCULES (C-130)<br />

Aviação Regular <strong>de</strong> Médio Porte<br />

Tipo <strong>de</strong> aviação on<strong>de</strong> operam regularmente aeronaves equipadas com motores turboélice<br />

ou pistão, com peso máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>colagem inferior a 40.000kg (quarenta mil<br />

quilos) e igual ou superior a 9.000kg.<br />

Exemplo <strong>de</strong> aeronaves:<br />

EMB – 120 (Brasília), DASH 8, FOKKER 27/50, ATR-42<br />

Aviação <strong>de</strong> Peque<strong>no</strong> Porte<br />

Tipo <strong>de</strong> aviação on<strong>de</strong> operam, não regularmente, aeronaves equipadas com motores<br />

turboélice ou pistão, com peso máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>colagem inferior a 9.000 kg (<strong>no</strong>ve<br />

mil quilos).


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 6<br />

Exemplo <strong>de</strong> aeronaves:<br />

EMB – 110 (Ban<strong>de</strong>irante), C-208 (Caravan), LET – 410<br />

Bioma<br />

Conjunto da fauna e flora <strong>de</strong> uma região.<br />

Categoria I (para fins <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>)<br />

Pista <strong>de</strong> Aviação Regular <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Porte <strong>de</strong> Alta Densida<strong>de</strong>: – Pista na qual haja<br />

ou esteja prevista, num perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s, a operação <strong>de</strong> aeronaves da aviação<br />

regular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, cuja soma <strong>de</strong> pousos e <strong>de</strong>colagens, existente ou pre-<br />

vista, seja igual ou superior a 6.000 (seis mil) movimentos anuais ou que o número<br />

<strong>de</strong> operações <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> aviação, <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>tur<strong>no</strong>, seja superior a <strong>do</strong>is movi-<br />

mentos.<br />

Categoria II (para fins <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>)<br />

Pista <strong>de</strong> Aviação Regular <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Porte <strong>de</strong> Média Densida<strong>de</strong>: – Pista na qual haja<br />

ou esteja prevista, num perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s, a operação <strong>de</strong> aeronaves da aviação<br />

regular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, cuja soma <strong>de</strong> pousos e <strong>de</strong>colagens, existente ou pre-<br />

vista, seja inferior a 6.000 (seis mil) movimentos anuais e que o número <strong>de</strong> operações<br />

<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> aviação, <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>tur<strong>no</strong>, não seja superior a <strong>do</strong>is movimentos<br />

ou cuja soma <strong>de</strong> pousos e <strong>de</strong>colagens, existente ou prevista, seja inferior a 3.600<br />

(três mil e seiscentos) movimentos anuais e que exista operação <strong>no</strong>turna, porém<br />

com o número <strong>de</strong> operações <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> aviação igual ou inferior a <strong>do</strong>is movimen-<br />

tos.<br />

Categoria III (para fins <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>)<br />

Pista <strong>de</strong> Aviação Regular <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Porte <strong>de</strong> Baixa Densida<strong>de</strong> – Pista na qual haja<br />

ou esteja prevista, num perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s, a operação <strong>de</strong> aeronaves da aviação<br />

regular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, cuja soma <strong>de</strong> pousos e <strong>de</strong>colagens, existente ou pre-<br />

vista, seja inferior a 3.600 (três mil e seiscentos) movimentos anuais, sem operação<br />

<strong>no</strong>turna <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> aviação.<br />

Categoria IV (para fins <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>)<br />

Pista <strong>de</strong> Aviação Regular <strong>de</strong> Médio Porte <strong>de</strong> Alta Densida<strong>de</strong> – Pista na qual haja ou<br />

esteja prevista, num perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s, a operação <strong>de</strong> aeronaves da aviação<br />

regular <strong>de</strong> médio porte, cuja soma <strong>de</strong> pousos e <strong>de</strong>colagens, existente ou prevista,


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 7<br />

seja igual ou superior a 2.000 (<strong>do</strong>is mil) movimentos anuais ou em que o número <strong>de</strong><br />

operações <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> aviação, <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>tur<strong>no</strong>, seja superior a quatro movi-<br />

mentos.<br />

Categoria V (para fins <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>)<br />

Pista <strong>de</strong> Aviação Regular <strong>de</strong> Médio Porte <strong>de</strong> Baixa Densida<strong>de</strong> – Pista na qual haja<br />

ou esteja prevista, num perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s, a operação <strong>de</strong> aeronaves da aviação<br />

regular <strong>de</strong> médio porte, cuja soma <strong>de</strong> pousos e <strong>de</strong>colagens, existente ou pre-<br />

vista, seja inferior a 2.000 (<strong>do</strong>is mil) movimentos anuais ou em que o número <strong>de</strong> operações<br />

<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> aviação, <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>tur<strong>no</strong>, seja igual ou inferior a quatro<br />

movimentos.<br />

Categoria VI (para fins <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>)<br />

Pista <strong>de</strong> Aviação <strong>de</strong> Peque<strong>no</strong> Porte – Pista na qual haja ou esteja prevista, num pe-<br />

río<strong>do</strong> <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s, somente operação <strong>de</strong> aviação não regular <strong>de</strong> peque<strong>no</strong> porte.<br />

Centro Geométrico <strong>do</strong> Aeródromo<br />

Para efeito <strong>de</strong> aplicação da Resolução CONAMA nº 4/95, consi<strong>de</strong>ra-se o centro da<br />

pista <strong>de</strong> pouso e <strong>de</strong>colagem mais próxima da influência da ativida<strong>de</strong> observada.<br />

Código <strong>de</strong> Pista<br />

Código numérico <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> para a pista <strong>de</strong> pouso e <strong>de</strong>colagem <strong>de</strong> um aeródromo,<br />

para fins <strong>de</strong> planejamento e <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção, basea<strong>do</strong><br />

<strong>no</strong> Comprimento Básico da Pista.<br />

Comprimento Básico <strong>de</strong> Pista<br />

Comprimento <strong>de</strong> pista necessário para a <strong>de</strong>colagem da aeronave crítica, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong><br />

peso máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>colagem, nível médio <strong>do</strong> mar, temperatura padrão e gradi-<br />

ente <strong>de</strong> pista nulo.<br />

Curva <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> 1<br />

Linha Traçada a partir <strong>do</strong>s pontos <strong>no</strong>s quais o nível <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro é igual a<br />

um valor pre<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> e especifica<strong>do</strong> pelo DAC, em função da utilização prevista<br />

para o aeródromo. O nível <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro representa<strong>do</strong> por esta curva é maior<br />

<strong>do</strong> que o representa<strong>do</strong> pela Curva <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> 2.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 8<br />

Curva <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> 2<br />

Linha Traçada a partir <strong>do</strong>s pontos <strong>no</strong>s quais o nível <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro é igual a<br />

um valor pre<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> e especifica<strong>do</strong> pelo DAC, em função da utilização prevista<br />

para o aeródromo. O nível <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro representa<strong>do</strong> por esta curva é me<strong>no</strong>r<br />

<strong>do</strong> que o representa<strong>do</strong> pela Curva <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> 1.<br />

Desse<strong>de</strong>ntação<br />

Eliminação da se<strong>de</strong>.<br />

Faixa <strong>de</strong> Pista<br />

Área <strong>de</strong>finida <strong>no</strong> aeroporto, que inclui a pista <strong>de</strong> pouso e as áreas <strong>de</strong> parada, se<br />

houver, <strong>de</strong>stinada a proteger a aeronave durante as operações <strong>de</strong> pouso e <strong>de</strong>colagem<br />

e a reduzir o risco <strong>de</strong> da<strong>no</strong>s à aeronave, em caso <strong>de</strong>sta sair <strong>do</strong>s limites da pista.<br />

Gabarito<br />

Conjunto <strong>de</strong> superfícies imaginárias que <strong>de</strong>limita a altura das construções ou edifi-<br />

cações <strong>de</strong>ntro da Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo ou <strong>de</strong> Auxílio à Navegação Aérea.<br />

Heliponto<br />

Aeródromos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s exclusivamente a helicópteros.<br />

Homologação<br />

Processo <strong>no</strong> qual o DAC emite um ato administrativo que autoriza a abertura <strong>de</strong> um<br />

aeródromo público ao tráfego aéreo.<br />

Implantação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> natureza perigosa<br />

São aquelas entendidas como “foco <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> pássaros”, como por exemplo<br />

mata<strong>do</strong>uros, curtumes, vaza<strong>do</strong>uros <strong>de</strong> lixo, culturas agrícolas que atraem pássaros,<br />

assim como quaisquer outras ativida<strong>de</strong>s que possam proporcionar riscos semelhantes<br />

à navegação aérea (Resolução CONAMA nº 4/95).<br />

Implantação <strong>de</strong> natureza perigosa<br />

Toda aquela que produza ou armazene material explosivo ou inflamável, ou cause<br />

perigosos reflexos, irradiações fumo ou emanações, a exemplo <strong>de</strong> usinas si<strong>de</strong>rúrgicas<br />

e similares, refinarias <strong>de</strong> combustíveis, indústrias químicas, <strong>de</strong>pósitos ou fábri-


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 9<br />

cas <strong>de</strong> gases, combustíveis ou explosivos, áreas cobertas <strong>de</strong> material refletivo, mata<strong>do</strong>uros,<br />

vaza<strong>do</strong>uros <strong>de</strong> lixo, culturas agrícolas que atraiam pássaros, assim como<br />

outras que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação aérea (Portaria nº<br />

1.141/GM5).<br />

Obstáculo<br />

Aci<strong>de</strong>nte físico ou objeto <strong>de</strong> natureza temporária ou permanente, fixo ou móvel, ou<br />

parte <strong>de</strong>ste, situa<strong>do</strong> em Zona <strong>de</strong> Proteção e que tenha altura superior ao gabarito fi-<br />

xa<strong>do</strong> pelos diversos Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s na Portaria nº 1.141/GM5.<br />

Pátio <strong>de</strong> Aeronaves<br />

Parte da área operacional <strong>do</strong> aeroporto, <strong>de</strong>stinada a abrigar aeronaves para fins <strong>de</strong><br />

embarque ou <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> passageiros, carga e/ou mala postal, reabastecimento<br />

<strong>de</strong> combustível, estacionamento ou manutenção.<br />

Sítio Aeroportuário<br />

É toda a área patrimonial <strong>do</strong> aeroporto, on<strong>de</strong> estão contidas as instalações e os e-<br />

quipamentos necessários ao atendimento das operações das aeronaves (pouso/<strong>de</strong>colagem),<br />

bem como o processamento <strong>de</strong> passageiros, bagagens e carga<br />

(embarque/<strong>de</strong>sembarque) na transferência modal entre os transportes <strong>de</strong> superfície<br />

e o aéreo e vice-versa.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 10<br />

MANUAL DE GERENCIAMENTO DO USO DO SOLO<br />

1. APRESENTAÇÃO<br />

NO ENTORNO DE AERÓDROMOS<br />

Uma unida<strong>de</strong> aeroportuária po<strong>de</strong> trazer gran<strong>de</strong>s benefícios para o município e<br />

para a região on<strong>de</strong> está situada, geran<strong>do</strong> empregos, amplian<strong>do</strong> as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

negócios e, portanto, induzin<strong>do</strong> e, até mesmo, aceleran<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa<br />

região. Contu<strong>do</strong>, a presença <strong>de</strong> infra-estrutura aeroportuária impõe severas restrições<br />

ao uso <strong>do</strong> solo na área situada em seu entor<strong>no</strong>, tanto para proteger a comuni-<br />

da<strong>de</strong> como para preservar a capacida<strong>de</strong> operacional <strong>do</strong> sítio aeroportuário.<br />

Um aeroporto necessita, para a sua operação, da implantação <strong>de</strong> infra-<br />

estrutura básica, a<strong>de</strong>quada ao seu ple<strong>no</strong> funcionamento, incluin<strong>do</strong> energia elétrica,<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto, abastecimento <strong>de</strong> água, telefonia, correios, acesso ro<strong>do</strong>viário e<br />

transporte urba<strong>no</strong>. Esta infra-estrutura, ao ser implantada em região <strong>de</strong>socupada e<br />

relativamente distante <strong>do</strong> centro urba<strong>no</strong>, transforma o local numa ótima opção para a<br />

expansão da malha urbana. Desse mo<strong>do</strong>, o aeroporto atua como um forte indutor <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento urba<strong>no</strong>.<br />

Deve-se ressaltar que a influência <strong>do</strong> aeroporto <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urba<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>do</strong> porte da cida<strong>de</strong>. Aquelas me<strong>no</strong>res e que apresen-<br />

tam baixo grau <strong>de</strong> urbanização são mais sensíveis a este impacto, uma vez que, geralmente,<br />

carecem <strong>de</strong>ssa infra-estrutura. Assim, à medida que se implanta a infra-<br />

estrutura para viabilizar a construção <strong>do</strong> aeroporto, o fluxo natural <strong>de</strong> expansão e<br />

ocupação urbana é vetoriza<strong>do</strong> na sua direção, pois a população busca usufruir das<br />

benfeitorias implantadas.<br />

Surge, então, o conflito <strong>de</strong> interesses e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impor restrições ao<br />

uso <strong>do</strong> solo, para evitar que a área <strong>do</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong> aeroporto seja ocupada com im-<br />

plantações que possam limitar ou impedir as operações aéreas, induzin<strong>do</strong> a sua interdição.<br />

Tais restrições têm por finalida<strong>de</strong> preservar a segurança na operação das<br />

aeronaves e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expansão <strong>do</strong> aeroporto, assim como proteger a co-<br />

munida<strong>de</strong> contra o incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro e o risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 11<br />

A proteção e a prevenção <strong>de</strong>sta situação serão alcançadas, principalmente,<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às restrições incluídas <strong>no</strong>s Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromos<br />

(ZPA) e <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (ZR), previstos pela Portaria nº1.141/GM5/87 e na<br />

Área <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária (ASA), <strong>de</strong>finida na Resolução CONAMA nº4/95.<br />

Por se tratar <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> modifica<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> meio ambiente, a implantação e a<br />

operação <strong>de</strong> um aeroporto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da elaboração <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Impacto Ambiental<br />

– EIA e respectivo Relatório <strong>de</strong> Impacto Ambiental – RIMA, assim como <strong>do</strong> <strong>de</strong>-<br />

senvolvimento <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> Licenciamento Ambiental, estabeleci<strong>do</strong>s respectivamente<br />

pelas Resoluções CONAMA nº 1/86 e nº 237/97. Assim sen<strong>do</strong>, a a<strong>do</strong>ção das<br />

medidas preventivas e mitiga<strong>do</strong>ras, bem como a implementação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong><br />

acompanhamento e monitoramento <strong>do</strong>s impactos negativos i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s EI-<br />

A/RIMA, também contribuem para a diminuição <strong>do</strong>s possíveis conflitos <strong>de</strong> interesse.<br />

Conta-se ainda, com uma ativa participação das Administrações Municipais e<br />

Estaduais <strong>no</strong>s processos <strong>de</strong> zoneamento urba<strong>no</strong>, <strong>de</strong> permissão para a instalação <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s humanas e da fiscalização <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo, <strong>de</strong> forma a prevenir que as implantações<br />

<strong>de</strong> <strong>no</strong>vas ativida<strong>de</strong>s possibilitem situações <strong>de</strong> conflito com os usos préexistentes.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, o presente manual tem por objetivo orientar o trato <strong>do</strong>s assuntos<br />

referentes ao aproveitamento das proprieda<strong>de</strong>s situadas <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong>s aeró-<br />

dromos, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as restrições acima referidas.<br />

Deve-se ressaltar, contu<strong>do</strong>, que este <strong>do</strong>cumento não consi<strong>de</strong>ra as questões<br />

referentes aos Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção e <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> helipon-<br />

tos. Desta forma, a sua aplicação se restringe aos aeródromos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a aeronaves<br />

<strong>de</strong> asa fixa.<br />

Nota Importante<br />

As orientações constantes <strong>de</strong>ste <strong>Manual</strong> não esgotam os assuntos aborda<strong>do</strong>s<br />

e <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas apenas como referência, haja vista a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ocorrerem mudanças na legislação em vigor posteriores à sua edição.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 12<br />

2. ASPECTOS LEGAIS<br />

A segurança operacional <strong>do</strong>s aeroportos tem si<strong>do</strong> motivo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

preocupação por parte da Organização Internacional <strong>de</strong> Aviação Civil (OACI), que,<br />

recentemente, introduziu diversas modificações em suas <strong>no</strong>rmas, estabelecen<strong>do</strong> a<br />

necessida<strong>de</strong> da certificação operacional <strong>do</strong>s aeroportos com tráfego internacional e<br />

implementou um amplo Programa Universal <strong>de</strong> Auditoria em Segurança<br />

Operacional, <strong>no</strong> intuito <strong>de</strong> reduzir os riscos nas operações aéreas.<br />

Com relação ao controle e redução <strong>do</strong> Perigo Aviário, a referida auditoria irá<br />

verificar o cumprimento das <strong>no</strong>rmas e recomendações estabelecidas em Anexos à<br />

Convenção Internacional <strong>de</strong> Aviação Civil, ratificada pelo Brasil por meio <strong>do</strong> Decreto<br />

Nº 24.713, <strong>de</strong> 27 ago. 1946, em especial o <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pelo item 9.5 “Redução <strong>do</strong><br />

Perigo Aviário”, <strong>do</strong> Anexo 14 – Aeródromos, em sua Norma 9.5.4: “A autorida<strong>de</strong><br />

competente tomará medidas para eliminar ou impedir que se instalem, <strong>no</strong>s<br />

aeródromos ou em seus arre<strong>do</strong>res, vaza<strong>do</strong>uros <strong>de</strong> lixo ou qualquer outra fonte<br />

que atraia aves, a me<strong>no</strong>s que um estu<strong>do</strong> aeronáutico apropria<strong>do</strong> indique ser<br />

improvável que tal ativida<strong>de</strong> se constitua em um problema <strong>de</strong> perigo aviário.”<br />

Com base <strong>no</strong>s aspectos menciona<strong>do</strong>s anteriormente e, <strong>no</strong>s padrões interna-<br />

cionais e práticas recomendadas pela OACI, foram instituídas restrições para coibir a<br />

implantação <strong>de</strong> empreendimentos ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s nas áreas <strong>de</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong>s aeródromos.<br />

Tais restrições encontram amparo na seguinte legislação:<br />

Constituição Fe<strong>de</strong>ral;<br />

Código Brasileiro <strong>de</strong> Aeronáutica, Lei nº 7.565, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1986,<br />

que trata <strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção e <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>;<br />

Portaria nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987, que trata <strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />

Zona <strong>de</strong> Proteção e <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>;<br />

Resolução CONAMA nº 4, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1995, que trata da Área <strong>de</strong> Segurança<br />

Aeroportuária;<br />

Regulamento Brasileiro <strong>de</strong> Homologação Aeronáutica nº 139, Certificação<br />

Operacional <strong>de</strong> Aeroportos, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> <strong>no</strong>vembro <strong>de</strong> 2003; e


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 13<br />

Portaria nº 398/GM5, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999, que dispõe sobre a aplicação<br />

<strong>do</strong> Anexo 14 à Convenção <strong>de</strong> Aviação Civil Internacional <strong>no</strong> Território Nacio-<br />

nal.<br />

No que se refere às implantações <strong>de</strong> natureza perigosa que po<strong>de</strong>m se consti-<br />

tuir em focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves, as restrições são <strong>de</strong>terminadas <strong>no</strong> art. 46 da Portaria<br />

nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987, para as áreas <strong>de</strong> Aproximação e<br />

<strong>de</strong> Transição <strong>do</strong>s aeródromos e helipontos, e na Resolução CONAMA nº 4, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> 1995, que criou a Área <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária (ASA).<br />

2.1. Embasamento Jurídico<br />

Este subitem apresenta os extratos da legislação pertinente ao assunto, na<br />

qual se po<strong>de</strong> constatar que as Administrações Municipais têm a maior parcela <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> na fiscalização e <strong>no</strong> acompanhamento da ocupação das áreas lo-<br />

calizadas <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong>s aeródromos. Assim, a omissão das Prefeituras Municipais<br />

na fiscalização e <strong>no</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> trato <strong>do</strong>s assuntos relaciona<strong>do</strong>s ao parcelamento e<br />

uso <strong>do</strong> solo urba<strong>no</strong> po<strong>de</strong> representar gran<strong>de</strong> ameaça para o <strong>de</strong>senvolvimento e a<br />

operação <strong>do</strong>s aeródromos.<br />

2.1.1. Constituição Fe<strong>de</strong>ral<br />

Art. 23. É competência comum da União, <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />

<strong>do</strong>s Municípios:<br />

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer <strong>de</strong> suas<br />

formas;<br />

Art. 24. Compete à União, aos Esta<strong>do</strong>s e ao Distrito Fe<strong>de</strong>ral legislar con-<br />

correntemente sobre:<br />

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;<br />

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong><br />

solo e <strong>do</strong>s recursos naturais, proteção <strong>do</strong> meio ambiente e controle da poluição;<br />

Art. 30. Compete aos Municípios:<br />

I - legislar sobre assuntos <strong>de</strong> interesse local;


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 14<br />

II - suplementar a legislação fe<strong>de</strong>ral e a estadual <strong>no</strong> que couber;<br />

VIII - promover, <strong>no</strong> que couber, a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento territorial, median-<br />

te planejamento e controle <strong>do</strong> uso, <strong>do</strong> parcelamento e da ocupação <strong>do</strong> solo<br />

urba<strong>no</strong>.<br />

Art. 182. A política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urba<strong>no</strong>, executada pelo po<strong>de</strong>r público<br />

municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo<br />

or<strong>de</strong>nar o ple<strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das funções sociais da cida<strong>de</strong><br />

e garantir o bem-estar <strong>de</strong> seus habitantes.<br />

2.1.2. Código Brasileiro <strong>de</strong> Aeronáutica<br />

O Código Brasileiro <strong>de</strong> Aeronáutica, na Seção V, estabelece:<br />

Art. 43. As proprieda<strong>de</strong>s vizinhas <strong>do</strong>s aeródromos e das instalações <strong>de</strong> auxílio<br />

à navegação aérea estão sujeitas a restrições especiais.<br />

Parágrafo único. As restrições a que se refere este artigo são relativas ao uso<br />

das proprieda<strong>de</strong>s quanto a edificações, instalações, culturas agrícolas e objetos<br />

<strong>de</strong> natureza permanente ou temporária, bem como a tu<strong>do</strong> mais que possa embaraçar<br />

as operações <strong>de</strong> aeronave ou causar interferência <strong>no</strong>s sinais <strong>do</strong>s auxílios<br />

à radionavegação ou dificultar a visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxílios visuais.<br />

Art. 44. As restrições <strong>de</strong> que trata o artigo anterior são as especificadas pela<br />

Autorida<strong>de</strong> Aeronáutica, mediante aprovação <strong>do</strong>s seguintes pla<strong>no</strong>s,<br />

váli<strong>do</strong>s, respectivamente, para cada tipo <strong>de</strong> auxílio à navegação aérea:<br />

I - Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromos;<br />

II - Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>;<br />

III - Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Helipontos;<br />

IV - Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Auxílios à Navegação Aérea.<br />

§ 1º De conformida<strong>de</strong> com as conveniências e peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> proteção<br />

ao vôo, a cada aeródromo po<strong>de</strong>rão ser aplica<strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s Específicos, ob-<br />

servadas as prescrições, que couberem, <strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s Básicos.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 15<br />

§ 4º As administrações públicas <strong>de</strong>verão compatibilizar o zoneamento<br />

<strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo, nas áreas vizinhas aos aeródromos, às restri-<br />

ções especiais constantes <strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s Básicos e Específicos.<br />

§ 5º As restrições especiais estabelecidas aplicam-se a quaisquer<br />

bens, quer sejam priva<strong>do</strong>s ou públicos.<br />

Art. 45. A Autorida<strong>de</strong> Aeronáutica po<strong>de</strong>rá embargar a obra ou construção <strong>de</strong><br />

qualquer natureza que contrarie os Pla<strong>no</strong>s Básicos ou os Específicos<br />

<strong>de</strong> cada aeroporto, ou exigir a eliminação <strong>do</strong>s obstáculos levanta<strong>do</strong>s<br />

e em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com os referi<strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s, posteriormente à sua publi-<br />

cação, por conta e risco <strong>do</strong> infrator, que não po<strong>de</strong>rá reclamar qualquer<br />

in<strong>de</strong>nização.<br />

Art. 46. Quan<strong>do</strong> as restrições estabelecidas impuserem <strong>de</strong>molições <strong>de</strong> obs-<br />

táculos levanta<strong>do</strong>s antes da publicação <strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s Básicos ou Específicos,<br />

terá o proprietário direito a in<strong>de</strong>nização.<br />

2.1.3. Portaria nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987<br />

Art. 74. Para o cumprimento <strong>de</strong>sta Portaria, compete:<br />

I - Aos Coman<strong>do</strong>s Aéreos Regionais:<br />

fiscalizar, em conjunto com as entida<strong>de</strong>s municipais, estaduais e fe<strong>de</strong>rais<br />

competentes, as implantações e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

urbanas quanto à sua a<strong>de</strong>quação aos Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> que trata<br />

esta Portaria”.<br />

Art. 76. A autorização para aproveitamento <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s situadas <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo e Heliponto e <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Auxílios à Navegação Aérea é <strong>de</strong> competência exclusiva<br />

<strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> Aéreo Regional – COMAR, sob cuja administração<br />

se encontre o aeródromo ou o auxílio à navegação aérea.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 16<br />

Art. 77. A autorização para o aproveitamento <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s situadas<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> é <strong>de</strong> competência exclusi-<br />

va <strong>do</strong> DAC.<br />

Parágrafo único – Qualquer outra organização <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> da Aeronáutica<br />

que, eventualmente, receba pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> autorização para aproveitamento das<br />

áreas referidas <strong>no</strong> caput, se obriga exclusivamente a encaminhá-lo ao DAC.<br />

Nota Importante<br />

Embora esta Portaria seja a legislação nacional que dispõe sobre os Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />

Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromos e <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, a Portaria nº<br />

398/GM5, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999, em seu Art. 1º, aprova a utilização <strong>do</strong> Ane-<br />

xo 14 à Convenção <strong>de</strong> Aviação Civil Internacional, Volume I (Aeródromos) e<br />

Volume II (Helipontos), em complemento ou substituição ao que prescreve a<br />

Portaria nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987, até a conclusão <strong>do</strong>s estu-<br />

<strong>do</strong>s para a sua revisão e atualização.<br />

2.1.4. Regulamento Brasileiro <strong>de</strong> Homologação Aeronáutica nº 139<br />

SUBPARTE E – Obrigações da Administração Aeroportuária Local<br />

Parte 139.427 Outras Obrigações:<br />

a) Elaborar os <strong>de</strong>mais Pla<strong>no</strong>s ou Programas:<br />

3. Programa <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> perigo da fauna;<br />

5. Programa <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> obstáculos;<br />

6. Programa <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo <strong>no</strong> entor<strong>no</strong>;<br />

8. Programa <strong>de</strong> proteção <strong>do</strong>s sítios <strong>de</strong> radar e <strong>de</strong> auxílio à navegação aérea,<br />

sob a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> aeroporto.<br />

Nota Importante<br />

As orientações constantes <strong>de</strong>ste Regulamento se aplicam obrigatoriamente<br />

aos aeroportos internacionais e àqueles com operação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> trans-<br />

porte aéreo <strong>do</strong>méstico regular, utilizan<strong>do</strong> aeronaves com capacida<strong>de</strong> superi-<br />

or a sessenta assentos para passageiros.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 17<br />

2.1.5. Resolução CONAMA nº 4, <strong>de</strong> 09 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1995<br />

Art. 1º. São consi<strong>de</strong>radas “Área <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária - ASA” as áreas<br />

abrangidas por um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> raio a partir <strong>do</strong> “centro geométrico <strong>do</strong><br />

aeródromo”, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o seu tipo <strong>de</strong> operação, divididas em duas<br />

categorias:<br />

I - raio <strong>de</strong> 20 km para aeroportos que operam <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as regras <strong>de</strong><br />

vôo por instrumento (IFR); e<br />

II - raio <strong>de</strong> 13 km para os <strong>de</strong>mais aeródromos.<br />

Parágrafo Único: No caso <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> categoria <strong>do</strong> aeródromo, o raio<br />

da ASA <strong>de</strong>verá se a<strong>de</strong>quar à <strong>no</strong>va categoria.<br />

O acompanhamento <strong>do</strong> gerenciamento <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong>s aeródromos<br />

constitui-se numa ativida<strong>de</strong> que envolve diversos órgãos da administração<br />

pública, tais como: Prefeituras Municipais, Administração Aeroportuária, Órgãos Ambientais<br />

<strong>do</strong> Sistema Nacional <strong>do</strong> Meio Ambiente - SISNAMA, bem como organizações<br />

<strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> da Aeronáutica (DAC, DECEA, COMAR, IAC e SERAC).<br />

Assim, conforme apresenta<strong>do</strong> anteriormente, a Constituição Fe<strong>de</strong>ral, em seu<br />

art. 30, estipula que compete aos municípios suplementar a legislação fe<strong>de</strong>ral e a<br />

estadual <strong>no</strong> que couber e, ainda, promover a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento territorial, mediante<br />

controle <strong>do</strong> uso, parcelamento e da ocupação <strong>do</strong> solo urba<strong>no</strong>. Já o Regulamento<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Homologação Aeronáutica nº 139 (RBHA 139), Parte 139.427, estabelece<br />

como obrigação da Administração Aeroportuária Local a elaboração <strong>de</strong><br />

um programa <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong> aeroporto. No que concerne<br />

aos <strong>de</strong>mais órgãos menciona<strong>do</strong>s anteriormente, a Portaria nº 1.141/GM5, em seu<br />

Capítulo XIII, atribui as respectivas competências para a fiscalização, autorização<br />

para aproveitamento, elaboração <strong>de</strong> planejamento etc, <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo <strong>no</strong> entor<strong>no</strong><br />

das unida<strong>de</strong>s aeroportuárias.<br />

Todas essas ações <strong>de</strong>vem se basear <strong>no</strong>s Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção e <strong>de</strong><br />

Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, bem como na Área <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária, conforme<br />

veremos <strong>no</strong>s próximos capítulos.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 18<br />

3. ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO (ZPA)<br />

3.1. Introdução<br />

Este Capítulo contém as diretrizes e os procedimentos necessários ao trato<br />

das questões referentes a implantações que violem ou possam violar o PZPA <strong>do</strong>s<br />

aeródromos.<br />

3.2. Objetivo Específico<br />

O objetivo <strong>de</strong> um Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo é estabelecer o<br />

espaço aéreo que <strong>de</strong>ve ser manti<strong>do</strong> livre <strong>de</strong> obstáculos, a fim <strong>de</strong> permitir que as operações<br />

<strong>de</strong> pouso e <strong>de</strong>colagem sejam conduzidas <strong>de</strong> forma segura, evitan<strong>do</strong> a implantação<br />

<strong>de</strong> obstáculos que possam restringir a capacida<strong>de</strong> operacional <strong>do</strong> aeró-<br />

dromo.<br />

3.3. Meto<strong>do</strong>logia<br />

Este objetivo é alcança<strong>do</strong> pelo estabelecimento <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> superfícies<br />

limita<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> obstáculos, que <strong>de</strong>finem os limites, em termos <strong>de</strong> gabarito, para implantações<br />

e edificações localizadas sob este espaço aéreo.<br />

Deve-se observar que, conforme menciona<strong>do</strong> anteriormente, a Portaria nº<br />

389/GM5, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999, em seu Art. 1º, aprova a utilização <strong>do</strong> Anexo 14 à<br />

Convenção <strong>de</strong> Aviação Civil Internacional, Volume I (Aeródromos) e Volume II (Helipontos),<br />

em complemento ou substituição ao que prescreve a Portaria nº<br />

1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987.<br />

3.3.1. Tipos <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo (PZPA)<br />

Define-se Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo (PZPA) como um <strong>do</strong>cu-<br />

mento <strong>de</strong> aplicação genérica (Básico - PBZPA) ou específica (Específico – PEZPA)<br />

composto por um conjunto <strong>de</strong> superfícies imaginárias, bi ou tridimensionais, que estabelece<br />

restrições ao aproveitamento das proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro da Zona <strong>de</strong> Proteção<br />

<strong>de</strong> um aeródromo.<br />

Cabe ressaltar que o PZPA <strong>de</strong>ve ser aplica<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s os aeródromos constru-<br />

í<strong>do</strong>s ou planeja<strong>do</strong>s, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as características constantes <strong>do</strong> planejamento


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 19<br />

para a implantação final aprovada <strong>no</strong>s <strong>do</strong>cumentos oficiais <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> da Aeronáutica<br />

para cada unida<strong>de</strong>.<br />

Para efeito <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromos, os aeródromos<br />

são enquadra<strong>do</strong>s, segun<strong>do</strong> o tipo <strong>de</strong> operação, em três classes, a saber:<br />

VFR, IFR – NÃO PRECISÃO e IFR – PRECISÃO.<br />

As classes <strong>de</strong>finidas neste Artigo estão divididas em códigos, conforme a tabela<br />

a seguir:<br />

CÓDIGO<br />

DE PISTA<br />

COMPRIMENTO BÁSI-<br />

CO DE PISTA<br />

1 2 3 4<br />

Me<strong>no</strong>r que<br />

800m (*)<br />

800m a<br />

1200m (*), excl.<br />

1200m a<br />

1800m (*), excl.<br />

1800m (*) ou<br />

maior<br />

Nota: (*) Os comprimentos <strong>de</strong> pista <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s na tabela (Comprimento Básico) referem-se a uma<br />

situação i<strong>de</strong>al, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o aeródromo <strong>no</strong> nível médio <strong>do</strong> mar, a temperatura padrão e<br />

o gradiente <strong>de</strong> pista nulo.<br />

Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo (PBZPA)<br />

O Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> aeródromos (PBZPA), <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com a Portaria n° 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987, é composto das seguin-<br />

tes superfícies limita<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> obstáculos:<br />

Faixa <strong>de</strong> Pista;<br />

Áreas <strong>de</strong> Aproximação;<br />

Áreas <strong>de</strong> Decolagem;<br />

Áreas <strong>de</strong> Transição;<br />

Área Horizontal Interna;<br />

Área Cônica; e<br />

Área Horizontal Externa.<br />

A sua configuração geral está ilustrada nas Figuras 1 e 2 da citada Portaria e<br />

a seguir são apresenta<strong>do</strong>s um croqui aplica<strong>do</strong> a um aeroporto e um esquema <strong>do</strong><br />

PBZPA, com as respectivas distâncias e medidas.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 20<br />

Figura 1: Croqui <strong>de</strong> um Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 24<br />

Na Faixa <strong>de</strong> Pista não são permiti<strong>do</strong>s quaisquer aproveitamentos que ultrapassem<br />

seu gabarito, tais como construções, instalações e colocação <strong>de</strong> objetos <strong>de</strong><br />

natureza temporária ou permanente, fixos ou móveis, exceto os auxílios à navegação<br />

aérea que, obrigatoriamente, tenham <strong>de</strong> ser instala<strong>do</strong>s nesta área.<br />

Nas Áreas <strong>de</strong> Aproximação, Decolagem e Transição não são permitidas implantações<br />

<strong>de</strong> qualquer natureza que ultrapassem os seus gabaritos, salvo as torres<br />

<strong>de</strong> controle e os auxílios à navegação aérea que, a critério <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong><br />

Controle <strong>do</strong> Espaço Aéreo – DECEA, po<strong>de</strong>rão ser instala<strong>do</strong>s nas Áreas <strong>de</strong> Transição,<br />

mesmo que ultrapassem o gabarito <strong>de</strong>sta área.<br />

Nas Áreas <strong>de</strong> Aproximação e Áreas <strong>de</strong> Transição <strong>do</strong>s aeródromos e helipontos,<br />

não são permitidas implantações <strong>de</strong> natureza perigosa, mesmo que não ultrapassem<br />

os gabaritos fixa<strong>do</strong>s.<br />

De<strong>no</strong>mina-se Implantação <strong>de</strong> Natureza Perigosa toda aquela que produza ou<br />

armazene material explosivo ou inflamável, ou cause perigosos reflexos, irradiações,<br />

fumo ou emanações que possam proporcionar riscos à navegação aérea, a exemplo<br />

<strong>de</strong> usinas si<strong>de</strong>rúrgicas e similares, refinarias <strong>de</strong> combustíveis, indústrias químicas,<br />

<strong>de</strong>pósitos ou fábricas <strong>de</strong> gases, combustíveis ou explosivos, áreas cobertas <strong>de</strong> ma-<br />

terial refletivo, mata<strong>do</strong>uros, vaza<strong>do</strong>uros <strong>de</strong> lixo, culturas agrícolas, assim como outras<br />

que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação aérea.<br />

Os projetos para qualquer tipo <strong>de</strong> implantação ou aproveitamento <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s<br />

localizadas nessas áreas terão <strong>de</strong> ser submeti<strong>do</strong>s à autorização <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong><br />

Aéreo Regional – COMAR.<br />

Além disso, quan<strong>do</strong> uma implantação <strong>de</strong> qualquer natureza, temporária ou<br />

permanente, fixa ou móvel, elevar-se a 150 m (cento e cinqüenta metros) ou mais <strong>de</strong><br />

altura sobre o terre<strong>no</strong> ou nível médio <strong>do</strong> mar, localiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro ou fora da Zona <strong>de</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Aeródromos ou <strong>de</strong> Helipontos, <strong>de</strong>verá o responsável prestar ao CO-<br />

MAR as informações previstas na Portaria 1.141/GM5 para estes casos.<br />

De acor<strong>do</strong> com a citada Portaria, são permitidas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> autorização<br />

ou consulta ao COMAR, as implantações que se elevem acima da superfície<br />

<strong>do</strong> terre<strong>no</strong> em, <strong>no</strong> máximo, 8 m na Área Horizontal Interna, 19 m na Área Cônica e


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 25<br />

30m na Área Horizontal Externa, qualquer que seja o <strong>de</strong>snível em relação à elevação<br />

<strong>do</strong> aeródromo.<br />

Nota Importante<br />

Esta autorização não se aplica a instalações ou construções <strong>de</strong> torres <strong>de</strong> alta<br />

tensão, cabos aéreos, mastros, postes e outros objetos cuja configuração seja<br />

pouco visível à distância.<br />

Qualquer aproveitamento que ultrapasse os gabaritos das Áreas Horizontal<br />

Interna, Cônica e Horizontal Externa, não enquadra<strong>do</strong>s <strong>no</strong> item anterior, <strong>de</strong>verá ser<br />

submeti<strong>do</strong> à autorização <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> Aéreo Regional – COMAR, mediante pedi<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> autorização para aproveitamento <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s estabeleci<strong>do</strong> na Portaria nº<br />

1.141/GM5.<br />

Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo (PEZPA)<br />

O Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo (PEZPA) é elabora<strong>do</strong><br />

e aplica<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> existem aci<strong>de</strong>ntes naturais e ou artificiais na região <strong>do</strong> aeródromo<br />

que não permitem a aplicação <strong>do</strong>s parâmetros estabeleci<strong>do</strong>s <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> básico, sen<strong>do</strong><br />

necessário o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> específico, visan<strong>do</strong> aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s<br />

operacionais <strong>de</strong> um sítio aeroportuário. O PEZPA <strong>de</strong>ve conter:<br />

Localização e <strong>no</strong>me(s) <strong>do</strong>(s) aeródromo(s);<br />

Ato oficial que aprovou o respectivo Pla<strong>no</strong> Específico;<br />

Gabaritos;<br />

Restrições a serem observadas;<br />

Referência aos obstáculos que <strong>de</strong>vam ser sinaliza<strong>do</strong>s ou retira<strong>do</strong>s;<br />

Referência aos pontos proeminentes, localiza<strong>do</strong>s na Zona <strong>de</strong> Proteção e consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

perigosos à navegação, para efeito <strong>de</strong> sinalização; e<br />

Outros esclarecimentos e informações julga<strong>do</strong>s necessários.<br />

O PEZPA, assim como o PBZPA, <strong>de</strong>ve incluir todas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> evolução<br />

futura previstas pela autorida<strong>de</strong> aeronáutica, e somente po<strong>de</strong>rá ser substituí<strong>do</strong><br />

por outro Pla<strong>no</strong> Específico.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 26<br />

3.4. Procedimentos para o Encaminhamento <strong>do</strong>s Processos<br />

Objetos ou implantações que ultrapassem em altura as superfícies limita<strong>do</strong>ras<br />

<strong>de</strong> obstáculos das Zonas <strong>de</strong> Proteção, e não possam ser a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s ou removi<strong>do</strong>s,<br />

acarretarão limitações operacionais e po<strong>de</strong>rão até inviabilizar as operações aéreas<br />

<strong>no</strong> aeródromo.<br />

A autorização para aproveitamento <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s situadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo, Helipontos e <strong>de</strong> Auxílios à Navegação Aé-<br />

rea é <strong>de</strong> competência exclusiva <strong>do</strong> COMAR sob cuja jurisdição se encontre o aeródromo,<br />

heliponto ou o auxílio à navegação aérea. Qualquer outra organização <strong>do</strong><br />

Coman<strong>do</strong> da Aeronáutica que, eventualmente, receba requerimento para autorização<br />

<strong>de</strong> aproveitamentos das áreas referidas acima, se obriga exclusivamente a encaminhá-lo<br />

ao órgão <strong>de</strong> protocolo <strong>do</strong> COMAR competente, ou, na impossibilida<strong>de</strong>,<br />

ao órgão <strong>de</strong> protocolo da organização <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> da Aeronáutica mais próxima.<br />

Deverá ser feito um requerimento para cada obstáculo a ser implanta<strong>do</strong>, u-<br />

san<strong>do</strong>-se, para isso, o mo<strong>de</strong>lo constante <strong>do</strong> Anexo A da Portaria nº 1.141/GM5. O<br />

COMAR, com base nas análises <strong>do</strong>s órgãos regionais SERENG e S-<br />

RPV/CINDACTA, formalizará ao interessa<strong>do</strong> um parecer final sobre a solicitação.<br />

Quan<strong>do</strong> o aproveitamento das áreas adjacentes aos aeroportos obe<strong>de</strong>cer aos<br />

gabaritos e às <strong>de</strong>mais exigências estabelecidas na regulamentação e nas instruções<br />

concernentes à Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromos, não é necessário consultar ou<br />

pedir autorização ao COMAR respectivo para a sua implantação. Neste caso, é suficiente<br />

que o interessa<strong>do</strong> <strong>de</strong>clare, sob sua inteira responsabilida<strong>de</strong>, às entida<strong>de</strong>s<br />

competentes para o licenciamento <strong>de</strong> obras, instalações ou qualquer outro tipo <strong>de</strong><br />

implantações, que o aproveitamento respeita as restrições impostas pela legislação<br />

vigente. O requerimento para a solicitação <strong>do</strong> aproveitamento <strong>do</strong> solo em área <strong>do</strong><br />

PZP é apresenta<strong>do</strong> a seguir.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 27<br />

ANEXO “A” DA PORTARIA Nº 1.141, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987<br />

AUTORIZAÇÃO PARA O APROVEITAMENTO DO SOLO EM ÁREA<br />

DO PLANO DE ZONA DE PROTEÇÃO<br />

(Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> requerimento)<br />

Exmo Sr. Comandante <strong>do</strong> ......... Coman<strong>do</strong> Aéreo Regional,<br />

..............................................................................................................................., <strong>do</strong>micilia<strong>do</strong><br />

(<strong>no</strong>me) (nacionalida<strong>de</strong>)<br />

na................................................................................................................................................<br />

..................................................................................................................................................<br />

com ...................... metros acima <strong>do</strong> gabarito <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>do</strong> Ae-<br />

ródromo ............................................................................. ou <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção<br />

(<strong>de</strong><strong>no</strong>minação)<br />

<strong>do</strong> ...................................................................................................... requer a V Exa autoriza-<br />

ção para realizar o aproveitamento acima referi<strong>do</strong>, em concordância com o(s) Artigo(s) e<br />

com as instruções baixadas pela Portaria nº ........ , <strong>de</strong> .... <strong>de</strong> ......... <strong>de</strong> 199.... , para o que<br />

anexa ao presente:<br />

I - Carta da região <strong>de</strong> ........................................................................................ na escala <strong>de</strong><br />

.................................... com as seguintes informações:<br />

1 - Traça<strong>do</strong> da pista <strong>de</strong> pouso <strong>do</strong> aeródromo (se for o caso), indican<strong>do</strong> o ponto <strong>de</strong>vida-<br />

mente consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> para contagem <strong>do</strong> <strong>de</strong>snível e sua respectiva altitu<strong>de</strong>;<br />

2 - Indicação <strong>do</strong> local <strong>do</strong> auxílio à navegação aérea (se for o caso), com a altitu<strong>de</strong> da<br />

base da instalação);<br />

(logra<strong>do</strong>uro, número e cida<strong>de</strong>)<br />

(i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> auxílio à navegação aérea)<br />

(<strong>de</strong>signação)


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 28<br />

3 - Localização <strong>do</strong> aproveitamento, com indicação da altitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> terre<strong>no</strong> na base da<br />

implantação pretendida.<br />

II - Desenho <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong> aproveitamento, com as seguintes informações:<br />

1 - Altura, <strong>do</strong> solo ao topo, da implantação pretendida;<br />

2 - Altitu<strong>de</strong> <strong>do</strong> terre<strong>no</strong> na base da implantação.<br />

III - Outras informações necessárias.<br />

Nestes Termos,<br />

Pe<strong>de</strong> Deferimento<br />

............................................................................................,<br />

(local e data)<br />

.............................................................................................<br />

(assinatura <strong>do</strong> requerente)<br />

.................................................................................<br />

(<strong>no</strong>me e função)


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 29<br />

4. ZONEAMENTO DE RUÍDO<br />

4.1. Introdução<br />

A principal forma <strong>de</strong> poluição atribuída à aviação é o ruí<strong>do</strong> aeronáutico, que<br />

gera como impacto a produção <strong>de</strong> algum nível <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> na população localizada<br />

nas proximida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s aeródromos. O incômo<strong>do</strong>, neste senti<strong>do</strong>, po<strong>de</strong> ser entendi<strong>do</strong><br />

como uma expressão da interferência causada pelo ruí<strong>do</strong> aeronáutico <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das ativida<strong>de</strong>s <strong>no</strong>rmais diárias, crian<strong>do</strong> uma sensação subjetiva e negativa<br />

<strong>do</strong> indivíduo em reação a este ruí<strong>do</strong>. Por este motivo, são esperadas reclamações<br />

contra as operações das aeronaves, por parte da população localizada próxima aos<br />

aeródromos.<br />

4.2. Objetivo Específico<br />

Com o intuito <strong>de</strong> amenizar este problema, foram cria<strong>do</strong>s, pelo Coman<strong>do</strong> da<br />

Aeronáutica, os Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PZR), instrumentos para or<strong>de</strong>namento<br />

da implantação, <strong>do</strong> uso e <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s já localizadas ou<br />

que venham a se localizar <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong>s aeródromos, em função <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> aeronáu-<br />

tico.<br />

4.3. Meto<strong>do</strong>logia<br />

O PZR é composto por curvas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> e por restrições ao uso <strong>do</strong> solo<br />

nas áreas abrangidas pelas mesmas. Este Pla<strong>no</strong> possui duas curvas <strong>de</strong><strong>no</strong>minadas<br />

Curvas <strong>de</strong> Nível <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> 1 e 2, que <strong>de</strong>limitam três áreas <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>: Área I, Área<br />

II e Área III. Uma vez que o incômo<strong>do</strong> relativo ao ruí<strong>do</strong> aeronáutico está diretamente<br />

relaciona<strong>do</strong> à distância da fonte emissora e à intensida<strong>de</strong> da emissão, são estabele-<br />

cidas restrições ao uso <strong>do</strong> solo nas proximida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s aeródromos (Áreas I e II), <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

A Área I, por ser a mais próxima da pista, é aquela on<strong>de</strong> o ruí<strong>do</strong> aeronáutico é<br />

mais intenso, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ocasionar sérios problemas <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> conforme o tempo<br />

<strong>de</strong> exposição. Nesta área, a maioria das ativida<strong>de</strong>s urbanas é proibida.<br />

Na Área II, os níveis <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> e o incômo<strong>do</strong> são me<strong>no</strong>res, o que torna possí-


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 30<br />

vel o estabelecimento <strong>de</strong> algumas ativida<strong>de</strong>s urbanas. Todavia, estão proibidas ativida<strong>de</strong>s<br />

ligadas à saú<strong>de</strong>, educação e cultura.<br />

Na Área III, <strong>no</strong>rmalmente, não são registra<strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> mais significativos<br />

e, portanto, não são estabelecidas restrições ao seu uso.<br />

Conforme menciona<strong>do</strong> anteriormente, a legislação que rege a matéria sobre<br />

Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> é a Portaria nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1987, que menciona os usos compatíveis e incompatíveis com a ativida<strong>de</strong> aeronáu-<br />

tica e estabelece:<br />

Art. 64. Para efeito <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, as<br />

pistas <strong>de</strong> aeródromos são classificadas, em função <strong>do</strong> movimento <strong>de</strong> aeronaves<br />

e <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> aviação, nas categorias I, II, III, IV, V e VI, <strong>de</strong>finidas <strong>no</strong> Artigo<br />

3º da Portaria e nas Definições <strong>de</strong>ste <strong>do</strong>cumento.<br />

4.3.1. Tipos <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PZR)<br />

Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> aeronave prevista para operar <strong>no</strong> aeroporto, da fre-<br />

qüência <strong>de</strong> operação e das características da ocupação da sua área <strong>de</strong> entor<strong>no</strong> são<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PZR): o Pla<strong>no</strong> Básico<br />

<strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PBZR) e o Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong><br />

(PEZR).<br />

Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PBZR)<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a inúmeros aeródromos me<strong>no</strong>res<br />

quanto ao estabelecimento <strong>de</strong> restrições ao uso <strong>do</strong> solo em função <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> aeronáutico,<br />

foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> um PBZR para aqueles cujo número <strong>de</strong> movimentos anuais<br />

<strong>de</strong> aeronaves da aviação regular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, existentes ou previstos para um<br />

horizonte <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s, seja inferior a 6.000.<br />

As curvas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong> PBZR são <strong>de</strong>finidas em função <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> avi-<br />

ação que opera <strong>no</strong> aeródromo e <strong>do</strong> número <strong>de</strong> movimentos anuais previstos <strong>de</strong>sta<br />

aviação. Este conjunto <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong>termina a Categoria <strong>de</strong> Pista <strong>do</strong> Aeródromo, ten<strong>do</strong><br />

si<strong>do</strong> estabelecidas para o PBZR as Categorias II,III,IV,V e VI, ten<strong>do</strong> em vista que


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 31<br />

a Categoria I somente se aplica para Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>,<br />

conforme estabeleci<strong>do</strong> na Portaria nº 1.141.<br />

Os tipos <strong>de</strong> aviação e as categorias <strong>de</strong> pista a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s são apresenta<strong>do</strong>s <strong>no</strong><br />

Art. 3º da Portaria nº 1.141/GM5 e se encontram lista<strong>do</strong>s nas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong>ste <strong>do</strong>-<br />

cumento.<br />

As curvas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> correspon<strong>de</strong>ntes às categorias das pistas mencionadas<br />

anteriormente po<strong>de</strong>m ser visualizadas na Figura 5.<br />

Com relação às restrições ao uso <strong>do</strong> solo, são especificadas, <strong>no</strong>s artigos 69 e<br />

70 da referida Portaria, as ativida<strong>de</strong>s permitidas e proibidas, respectivamente, nas<br />

Áreas I e II <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>. No PBZR, estas restrições são iguais para todas as Categorias<br />

<strong>de</strong> Pista.<br />

A <strong>de</strong>terminação das curvas <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> a serem aplicadas em um Pla-<br />

<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, para um aeródromo, é baseada nas diretrizes<br />

da referida Portaria, sen<strong>do</strong> o autor <strong>de</strong> cada projeto aeroportuário ou o administra<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> aeroporto responsável pela aplicação das referidas curvas.<br />

Cabe ressaltar que para fins <strong>de</strong> planejamento, <strong>de</strong> setorização <strong>do</strong> sítio e <strong>de</strong><br />

aproveitamento da área localizada nas proximida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> aeroporto, o Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zo-<br />

neamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser dimensiona<strong>do</strong> para o último horizonte <strong>de</strong> planejamento,<br />

isto é, para a implantação final prevista para o sítio aeroportuário. A figura 6, a-<br />

presentada a seguir, ilustra as curvas que compõem um Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong><br />

Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, aplicadas a um aeródromo.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 32<br />

Figura 5 – Curvas <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong> PBZR.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 34<br />

As restrições ao uso <strong>do</strong> solo para as Áreas I e II, <strong>de</strong>limitadas pelas curvas<br />

<strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> 1 e 2, estão <strong>de</strong>finidas, respectivamente, <strong>no</strong>s artigos. 69 e 70 da<br />

Portaria nº 1.141/GM5, transcritos a seguir. To<strong>do</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo localiza<strong>do</strong><br />

em área <strong>do</strong> PZR <strong>de</strong>verá observar as restrições estabelecidas <strong>no</strong>s referi<strong>do</strong>s artigos.<br />

É importante observar que na elaboração <strong>de</strong> um Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento<br />

<strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PEZR), eventuais restrições ao uso <strong>do</strong> solo em Área III po<strong>de</strong>rão ser<br />

estabelecidas, em função <strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro.<br />

4.3.1.1. Restrições ao <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>do</strong>s Aeroportos<br />

Segun<strong>do</strong> a Portaria nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987, o uso <strong>do</strong> solo<br />

<strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong>s aeródromos <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer ao seguinte:<br />

Art. 68 – As restrições ao uso <strong>do</strong> solo, estabelecidas pelo Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong><br />

Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, obe<strong>de</strong>cerão aos parâmetros estabeleci<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s artigos 69 e<br />

70 <strong>de</strong>sta Portaria.<br />

Art. 69 – Na área I são permiti<strong>do</strong>s a implantação, o uso e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das seguintes ativida<strong>de</strong>s:<br />

I - Produção e extração <strong>de</strong> Recursos Naturais:<br />

1- agricultura;<br />

2- piscicultura;<br />

3- silvicultura;<br />

4- mineração; e<br />

5- ativida<strong>de</strong>s equivalentes.<br />

II - Serviços Públicos ou <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong> Pública:<br />

1- estação <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água e esgoto;<br />

2- reservatório <strong>de</strong> água;<br />

3- cemitério; e<br />

4- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 35<br />

III - Comercial:<br />

1- <strong>de</strong>pósito e armazenagem;<br />

2- estacionamento e garagem para veículos;<br />

3- feiras livres; e<br />

4- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.<br />

IV - Recreação e Lazer ao Ar Livre:<br />

1- praças, parques, áreas ver<strong>de</strong>s;<br />

2- campos <strong>de</strong> esporte; e<br />

3- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.<br />

V - Transporte:<br />

1- ro<strong>do</strong>vias;<br />

2- ferrovias;<br />

3- terminal <strong>de</strong> carga e passageiros;<br />

4- auxílios à navegação aérea; e<br />

5- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.<br />

VI – Industrial:<br />

§ 1° - Na área I, as ativida<strong>de</strong>s, edificações e os equipamentos já existentes e<br />

não relaciona<strong>do</strong>s neste artigo não po<strong>de</strong>rão ser amplia<strong>do</strong>s a partir da vigência <strong>de</strong>sta<br />

Portaria.<br />

§ 2° - A implantação, o uso e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s tratadas <strong>no</strong>s itens<br />

II - números 1 e 3; III – números 1 e 2; e V – número 3 só po<strong>de</strong>rão ser permiti<strong>do</strong>s<br />

quan<strong>do</strong> atendidas às <strong>no</strong>rmas legais vigentes para tratamento acústico <strong>no</strong>s locais<br />

<strong>de</strong> permanência <strong>de</strong> público e funcionários, mediante aprovação prévia <strong>do</strong> Departamento<br />

<strong>de</strong> Aviação Civil – DAC.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 36<br />

§ 3° - A implantação, o uso e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s tratadas <strong>no</strong>s<br />

itens I - número 5; II - número 4; III - número 4; IV- número 3; V - números 1, 2, e 5<br />

e VI só serão permiti<strong>do</strong>s mediante aprovação prévia <strong>do</strong> DAC.<br />

Art. 70 – Não são permiti<strong>do</strong>s a implantação, o uso e o <strong>de</strong>senvolvimento na<br />

Área II das seguintes ativida<strong>de</strong>s:<br />

I – Resi<strong>de</strong>ncial<br />

II – Saú<strong>de</strong>:<br />

1- hospital e ambulatório;<br />

2- consultório médico;<br />

3- asilo; e<br />

4- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.<br />

III – Educacional:<br />

1- escola;<br />

2- creche; e<br />

3- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.<br />

IV – Serviços Públicos ou <strong>de</strong> Utilização Pública:<br />

1- hotel e motel;<br />

2- edificações para ativida<strong>de</strong>s religiosas;<br />

3- centros comunitários e profissionalizantes; e<br />

4- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.<br />

V – Cultural:<br />

1- biblioteca;<br />

2- auditório, cinema, teatro; e<br />

3- equipamentos urba<strong>no</strong>s equivalentes.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 37<br />

Parágrafo Único – As ativida<strong>de</strong>s anteriormente referidas po<strong>de</strong>rão ser, eventualmente,<br />

autorizadas pelos órgãos municipais competentes, mediante aprova-<br />

ção <strong>do</strong> DAC.<br />

Nota Importante<br />

Embora <strong>no</strong> Parágrafo Único <strong>do</strong> Art. 70 da referida Portaria esteja prevista auto-<br />

rização, pelos órgãos municipais competentes, das ativida<strong>de</strong>s inicialmente não<br />

permitidas na Área 2, mediante aprovação <strong>do</strong> DAC, é diretriz <strong>do</strong> Departamen-<br />

to <strong>de</strong> Aviação Civil não autorizar qualquer ativida<strong>de</strong> ou empreendimento em<br />

<strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> ao enuncia<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste artigo.<br />

Art. 71 – As eventuais restrições ao uso <strong>do</strong> solo em Área III, <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong>s<br />

níveis <strong>de</strong> incômo<strong>do</strong> so<strong>no</strong>ro, serão estabelecidas em Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento<br />

<strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>.<br />

Art. 72 – As restrições a que se referem os artigos 69 e 70 <strong>de</strong>sta Portaria po-<br />

<strong>de</strong>rão ser alteradas na elaboração <strong>de</strong> um Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>,<br />

em função <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s locais, mediante ato <strong>do</strong> Comandante da Aeronáuti-<br />

ca.<br />

Art. 73 – To<strong>do</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo localiza<strong>do</strong> em área <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento<br />

<strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> observará as restrições estabelecidas <strong>no</strong>s Artigos 69 e 70 <strong>de</strong>sta<br />

Portaria.<br />

Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PEZR)<br />

O PEZR é, <strong>no</strong>rmalmente, aplica<strong>do</strong> <strong>no</strong>s aeródromos <strong>de</strong> maior porte, os quais<br />

apresentam ou irão apresentar <strong>no</strong> futuro (perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> até vinte a<strong>no</strong>s) mais <strong>de</strong> 6.000<br />

movimentos anuais <strong>de</strong> aeronaves da aviação regular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, sen<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong><br />

para cada aeroporto <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>. De acor<strong>do</strong> com a Portaria nº 1.141/GM5, a<br />

elaboração <strong>de</strong>ste Pla<strong>no</strong> é <strong>de</strong> competência <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Aviação Civil.<br />

Neste Pla<strong>no</strong>, as curvas <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> são elaboradas levan<strong>do</strong>-se em conta os tipos<br />

<strong>de</strong> aeronaves, bem como o seu número <strong>de</strong> movimentos, previstos a operar <strong>no</strong> último<br />

horizonte <strong>de</strong> planejamento <strong>do</strong> aeroporto em questão, entre outros da<strong>do</strong>s. As restrições<br />

ao uso <strong>do</strong> solo são <strong>de</strong>finidas em função das especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong>


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 38<br />

entor<strong>no</strong>, sempre que possível em conjunto com a Prefeitura Municipal. Logo, <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> geral, cada um <strong>de</strong>sses aeroportos terá curvas <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> e restrições ao uso <strong>do</strong><br />

solo diferentes, ou seja, específicas.<br />

Para a elaboração <strong>de</strong> um PEZR é necessário que se conheça <strong>de</strong>talhadamen-<br />

te como se <strong>de</strong>senvolve a ocupação da área <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong> aeroporto. Desta forma,<br />

são informações importantes: a área que é ou será afetada pelo ruí<strong>do</strong> aeronáutico, a<br />

situação <strong>do</strong> a<strong>de</strong>nsamento urba<strong>no</strong>, a localização das diversas ativida<strong>de</strong>s, o nível <strong>de</strong><br />

sua sensibilida<strong>de</strong> a este tipo <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>, a legislação urbana local etc. Todas estas informações<br />

precisam ser levadas em consi<strong>de</strong>ração para que o PEZR elabora<strong>do</strong> pos-<br />

sa refletir realmente a compatibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> solo ao ruí<strong>do</strong> aeronáutico, preservan<strong>do</strong><br />

o bem-estar da comunida<strong>de</strong>.<br />

Assim, é fundamental a participação da Prefeitura Municipal neste processo,<br />

uma vez que, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter conhecimento sobre a realida<strong>de</strong> local, cabe à mesma<br />

planejar e controlar o uso, o parcelamento e a ocupação <strong>do</strong> solo urba<strong>no</strong>, conforme<br />

estabelece o artigo. 30 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral (Anexo 1). Além disso, também a<br />

Administração Aeroportuária Local <strong>de</strong>ve estar atenta para as questões relacionadas<br />

com a ocupação <strong>do</strong> solo <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> <strong>do</strong> aeroporto, ten<strong>do</strong> em vista o que preconiza o<br />

RBHA 139. A Figura 7, apresentada a seguir, ilustra um Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento<br />

<strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>.<br />

Figura 7: Esquema <strong>de</strong> um Pla<strong>no</strong> Específico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 39<br />

4.4. Procedimentos para o Encaminhamento <strong>do</strong>s Processos<br />

A Portaria nº 1.141/GM5 <strong>de</strong>termina que os processos, em que couber a análi-<br />

se <strong>do</strong>s Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, <strong>de</strong>verão ser encaminha<strong>do</strong>s ao Departamento<br />

<strong>de</strong> Aviação Civil (DAC), por meio <strong>do</strong> COMAR da área.<br />

Todavia, como o Instituto <strong>de</strong> Aviação Civil é o órgão <strong>do</strong> DAC responsável pela<br />

análise mencionada, as consultas <strong>de</strong>verão ser encaminhadas ao IAC, respeitan<strong>do</strong><br />

os passos apresenta<strong>do</strong>s a seguir.<br />

A execução integral <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>sses passos possibilitará o encaminhamento<br />

<strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada. O Fluxograma apresenta<strong>do</strong> <strong>no</strong> item 4.5 i-<br />

lustra o processo <strong>de</strong> análise e os procedimentos relaciona<strong>do</strong>s com a ocupação <strong>do</strong><br />

solo em relação aos Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>.<br />

Passo 1 – Localização <strong>do</strong> Empreendimento<br />

Verificar se o empreendimento está em área abrangida pelo PZR (parcial ou<br />

totalmente). Em caso afirmativo, i<strong>de</strong>ntifica-se em que área <strong>do</strong> PZR está localiza<strong>do</strong> o<br />

empreendimento e a quais restrições ao uso <strong>do</strong> solo estará sujeito (Passo 2).<br />

Caso contrário, não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consulta ao IAC e a resposta po<strong>de</strong> ser<br />

fornecida pelo COMAR diretamente ao interessa<strong>do</strong>.<br />

Passo 2 – Entrega <strong>do</strong>s Documentos Necessários<br />

Solicitar ao interessa<strong>do</strong> os <strong>do</strong>cumentos exigi<strong>do</strong>s <strong>no</strong> anexo, “Autorização para<br />

Aproveitamento <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> em Área <strong>do</strong> PZR” (Anexo C da Portaria nº 1.141). Além <strong>de</strong>stes<br />

<strong>do</strong>cumentos, solicitar a apresentação <strong>de</strong> uma Planta Oficial da Prefeitura Municipal<br />

(preferencialmente um levantamento cartográfico) com a localização <strong>do</strong> lote em<br />

relação ao aeródromo, em escala, e assinada pelo técnico responsável pela elaboração<br />

<strong>do</strong> projeto.<br />

Na planta, o lote <strong>de</strong>verá ser individualiza<strong>do</strong> por um ponto inter<strong>no</strong>, localiza<strong>do</strong><br />

em um <strong>do</strong>s vértices, conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> na Figura 8, apresentan<strong>do</strong> as coor<strong>de</strong>nadas<br />

geográficas, fornecidas pela planta da Prefeitura ou pelo levantamento topo-<br />

gráfico <strong>do</strong> projeto interessa<strong>do</strong>. Nos casos em que houver <strong>de</strong>smembramento <strong>do</strong> lote,


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 40<br />

anexar ao processo cópias <strong>do</strong> Registro Geral <strong>de</strong> Imóveis ou da <strong>de</strong>claração da Prefeitura<br />

Municipal.<br />

Caso haja exigência <strong>de</strong> tratamento acústico, o mesmo <strong>de</strong>verá ser solicita<strong>do</strong><br />

ao interessa<strong>do</strong> e anexa<strong>do</strong> ao processo <strong>do</strong> PZR, conforme <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>no</strong> anexo “Padro-<br />

nização <strong>de</strong> Apresentação <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong> Tratamento Acústico” (Anexo D da Portaria<br />

nº 1.141.). Após o processo estar completo e <strong>de</strong>vidamente conferi<strong>do</strong>, continua-se<br />

para o passo seguinte.<br />

Passo 3 – Conferência <strong>do</strong> Projeto<br />

Neste passo, <strong>de</strong>ve-se verificar se os projetos arquitetônico e acústico (se for o<br />

caso) estão completos e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o uso pedi<strong>do</strong> <strong>no</strong> requerimento. O interessa<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>verá apresentar três cópias <strong>de</strong> cada projeto. Após a solução <strong>do</strong> processo, uma<br />

cópia <strong>de</strong>verá ser arquivada <strong>no</strong> COMAR, outra <strong>no</strong> IAC e a terceira <strong>de</strong>verá ser enca-<br />

minhada à Prefeitura.<br />

Verificar também, quan<strong>do</strong> for o caso, a apresentação <strong>do</strong>s índices <strong>de</strong> redução<br />

<strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong>s materiais utiliza<strong>do</strong>s <strong>no</strong> projeto <strong>de</strong> tratamento acústico.<br />

Passo 4 – Encaminhamento ao IAC<br />

Após a elaboração, pelo COMAR, <strong>de</strong> um relatório prévio conten<strong>do</strong> as infor-<br />

mações mais pertinentes ao processo, o mesmo <strong>de</strong>verá ser encaminha<strong>do</strong> ao IAC,<br />

conforme proposta <strong>de</strong> relatório apresentada a seguir, na Figura 8.<br />

Passo 5 – Retor<strong>no</strong> <strong>do</strong> Processo ao COMAR<br />

Após o retor<strong>no</strong> <strong>do</strong> processo com o parecer técnico emiti<strong>do</strong> pelo IAC, o CO-<br />

MAR <strong>no</strong>tificará o interessa<strong>do</strong>, bem como dará ciência <strong>do</strong> mesmo à Prefeitura Muni-<br />

cipal.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 41<br />

4.5. Fluxograma - Procedimentos e Autorizações em Áreas <strong>do</strong> PZR<br />

INTERESSADO<br />

PREFEITURA<br />

ANÁLISE DO IAC<br />

COMAR<br />

LOCALIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

DOCUMENTOS NE-<br />

CESSÁRIOS<br />

CONFERÊNCIA DO<br />

PROJETO<br />

ENCAMINHAMENTO<br />

AO IAC<br />

RETORNO DO<br />

PROCESSO<br />

1º PASSO<br />

2º PASSO<br />

3º PASSO<br />

4º PASSO<br />

5º PASSO


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 42<br />

4.6. Autorização para Aproveitamento <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> em Área <strong>do</strong> PZR<br />

Conforme a Portaria nº 1.141/GM5, o aproveitamento <strong>do</strong> solo em área contida<br />

em Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (PZR) <strong>de</strong>verá ser autoriza<strong>do</strong> pelo Departamento<br />

<strong>de</strong> Aviação Civil (DAC), obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> ao seguinte trâmite, estabeleci<strong>do</strong> <strong>no</strong> artigo 74 e<br />

apresenta<strong>do</strong> a seguir:<br />

1 Os processos em que couber análise <strong>do</strong>s PZR po<strong>de</strong>rão ser encaminha<strong>do</strong>s<br />

pelas Prefeituras Municipais ou pelos interessa<strong>do</strong>s ao Coman<strong>do</strong> Aéreo Regi-<br />

onal (COMAR) respectivo, utilizan<strong>do</strong> a ficha Anexo C da Portaria nº<br />

1.141/GM5 - Autorização para aproveitamento <strong>do</strong> solo em área <strong>do</strong> PZR;<br />

2 Caberá ao COMAR enviar os processos para análise <strong>do</strong> DAC;<br />

3 O DAC <strong>de</strong>volverá os processos ao COMAR, a quem cabe comunicar a <strong>de</strong>cisão<br />

final às Prefeituras Municipais;<br />

4 Os processos envia<strong>do</strong>s por particulares ao COMAR terão seu parecer remeti<strong>do</strong><br />

às Prefeituras Municipais, dan<strong>do</strong>-se ciência ao interessa<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste procedi-<br />

mento;<br />

5 No caso <strong>de</strong> ser exigi<strong>do</strong> tratamento acústico para autorização <strong>do</strong> empreendimento,<br />

<strong>de</strong>verá ser encaminhada ao COMAR a ficha Anexo D da Portaria nº<br />

1.141/GM5 – Padronização da apresentação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> tratamento acústico,<br />

que, em seguida, será encaminhada ao DAC para análise. O fluxograma<br />

a seguir mostra, <strong>de</strong> forma resumida, o processo <strong>de</strong> encaminhamento das consultas.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 43<br />

ANEXO “C” DA PORTARIA N 1.141, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987<br />

AUTORIZAÇÃO PARA APROVEITAMENTO DO SOLO EM ÁREA DO<br />

PZR – PLANO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO<br />

(Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Requerimento)<br />

Exmo. Sr. Comandante <strong>do</strong> .......... Coman<strong>do</strong> Aéreo Regional<br />

........................................................................................................ <strong>do</strong>micilia<strong>do</strong> na ...................<br />

(<strong>no</strong>me) (nacionalida<strong>de</strong>)<br />

.................................................................................................. <strong>de</strong>sejan<strong>do</strong> executar ................<br />

(logra<strong>do</strong>uro, número, cida<strong>de</strong>)<br />

...................................................................................................................................................<br />

(tipo <strong>de</strong> obra, edificação, número <strong>de</strong> pavimentos)<br />

situada na ................................................................................................. loteamento .............<br />

(logra<strong>do</strong>uro, número, cida<strong>de</strong>)<br />

...................................................................................... aprova<strong>do</strong> pela Prefeitura Municipal <strong>de</strong><br />

(<strong>no</strong>me <strong>do</strong> loteamento, quan<strong>do</strong> for o caso)<br />

.............................................................................., em .............................................................,<br />

(data <strong>de</strong> aprovação <strong>do</strong> loteamento)<br />

com ................................................m 2 .<br />

(área da edificação ou loteamento)<br />

E consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que o referi<strong>do</strong> empreendimento encontra-se localiza<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>ntro da Área................................ <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

(I ou II)<br />

................................................................................................................................. requer a V<br />

(<strong>de</strong><strong>no</strong>minação <strong>do</strong> aeródromo)<br />

Exa aprovação para realizar o aproveitamento acima <strong>de</strong>scrito, em concordância com as ins-<br />

truções baixadas pela Portaria n ............., <strong>de</strong> .......... <strong>de</strong> ..................................... <strong>de</strong> 19..........,<br />

para o que anexa à presente:<br />

I - Planta baixa, em escala, <strong>do</strong> imóvel ou equipamentos em questão.<br />

II - No caso <strong>de</strong> parcelamento <strong>do</strong> solo, o projeto <strong>do</strong> mesmo.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 44<br />

III - Planta <strong>de</strong> localização <strong>do</strong> empreendimento em relação ao aeródromo, em escala.<br />

IV - No caso <strong>de</strong> edificação comercial ou industrial, especificação das ativida<strong>de</strong>s e informações<br />

sobre os locais e perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> permanência <strong>do</strong> pessoal.<br />

V - Para as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> item anterior permitidas e localizadas em Área I, Projeto e<br />

Memorial Descrito <strong>do</strong> tratamento acústico (<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o Anexo “D” <strong>de</strong>sta Portaria).<br />

VI - Outras informações que julgar pertinentes.<br />

Nestes Termos,<br />

Pe<strong>de</strong> Deferimento<br />

........................................................................................<br />

(local e data)<br />

........................................................................................<br />

(assinatura <strong>do</strong> requerimento)<br />

.......................................................................................<br />

(<strong>no</strong>me e função)


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 45<br />

ANEXO “D” DA PORTARIA N 1.141, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1987.<br />

PADRONIZAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS<br />

DE TRATAMENTO ACÚSTICO<br />

1. Informações sobre materiais utiliza<strong>do</strong>s:<br />

MATERIAL<br />

M 1<br />

M 2<br />

...<br />

M n<br />

ISOLAMENTO A-<br />

CÚSTICO EM Db<br />

(500Hz)<br />

I 1<br />

I 2<br />

…<br />

I n<br />

ÁREA (m 2 )<br />

2. Deve ser apresentada, quan<strong>do</strong> disponível, a Classe <strong>de</strong> Transmissão So<strong>no</strong>ra (Sound<br />

Transmission Class – STC) e/ou Perda <strong>de</strong> Transmissão (Sound Transmission Loss – S-<br />

TL) <strong>do</strong>s materiais utiliza<strong>do</strong>s.<br />

3. Apresentação <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes construtivos da vedação das esquadrias.<br />

4. Demonstração ao atendimento da NBR 8572 (ABNT).<br />

4.1. Deve ser escolhi<strong>do</strong> o recinto mais exposto ao ruí<strong>do</strong> aeronáutico, isto é, o que possuir o<br />

maior número <strong>de</strong> faces externas e maior área <strong>de</strong> janelas e portas.<br />

4.2. Devem ser apresenta<strong>do</strong>s os cálculos realiza<strong>do</strong>s para obtenção da redução <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> necessária.<br />

4.3. Devem ser apresenta<strong>do</strong>s o valor <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong> recinto e o valor exigi<strong>do</strong> pela<br />

<strong>no</strong>rma brasileira em vigor.<br />

5. O projeto <strong>de</strong>ve ser assina<strong>do</strong> por profissional habilita<strong>do</strong> para tal fim, com o carimbo <strong>de</strong> registro<br />

<strong>no</strong> seu órgão <strong>de</strong> classe.<br />

6. Recomenda-se que o projeto apresente uma relação das <strong>no</strong>rmas e <strong>de</strong>mais referências utilizadas.<br />

S 1<br />

S 2<br />

…<br />

S n


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 46<br />

Nº DATA ORGANIZAÇÃO INTERESSADA PROT.M.AER.:<br />

20/S.ADRM/ZN 10/10/2003 MARIA DA CONCEIÇÃO 50-01/1214/03<br />

ELEMENTOS DO PROCESSO<br />

1. REQUERIMENTO Nº<br />

2. TRÊS CÓPIAS DO PROJETO DE ARQUITETURA<br />

3. TRÊS CÓPIAS DO PROJETO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO<br />

DADOS DO APROVEITA- TIPO DE USO<br />

MENTO RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR<br />

LOCALIZAÇÃO<br />

(INSERIR CROQUI DE LOCALIZAÇÃO EM RELAÇÃO À PISTA)<br />

N<br />

LOTE<br />

ALTURA ALTITUDE DO TERRENO ALTITUDE NO TOPO<br />

8m 7,5m 15,5m<br />

OBSERVAÇÃO REFERENTE AOS TIPOS DE APROVEITAMENTOS EXISTENTES NAS IMEDIAÇÕES<br />

DADOS DO AERÓDROMO<br />

LOTE<br />

PREDOMINÂNCIA DE USO RESIDENCIAL<br />

DENOMINAÇÃO DIMENSÕES<br />

AEROPORTO X 3001x45m<br />

LATITUDE LONGITUDE ALT. DE REFERÊNCIA CLASSIFICAÇÃO DO PZR<br />

08º05'30"S 34º50'25"W 15m BÁSICO ESPECÍFICO<br />

ENQUADRAMENTO<br />

ÁREA LIMITADORA DE OBSTÁCULOS APLICÁVEL ÁREA DE ZONEAMENTO DE RUÍDO APLICÁVEL<br />

TRANSIÇÃO Nº AEA-07<br />

COORDENADAS GEOGRÁFICAS PONTO H FORMA DE OBTENÇÃO DAS COORDENADAS<br />

LAT, LONG. PREF. MEDIÇÃO OUTROS<br />

RELATOR ASSINATURA<br />

Figura 8: Minuta <strong>de</strong> Ficha Análise <strong>de</strong> Construção em Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 47<br />

INTERESSADO<br />

COMAR<br />

DAC/IAC<br />

PREFEITURA<br />

Figura 9: Trâmite para Autorização <strong>de</strong> Aproveitamento <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> em Área <strong>do</strong> PZR.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 48<br />

5. ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA (PERIGO AVIÁRIO)<br />

5.1. Introdução<br />

A segurança das operações aéreas em relação a colisões <strong>de</strong> aeronaves com<br />

aves <strong>no</strong> espaço aéreo brasileiro vem sen<strong>do</strong> ameaçada por fatores exter<strong>no</strong>s, que fogem<br />

às competências e responsabilida<strong>de</strong>s da Autorida<strong>de</strong> Aeronáutica.<br />

Observa-se o agravamento da situação <strong>de</strong> risco, principalmente em função <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sequilíbrio ecológico causa<strong>do</strong>, por exemplo, pelas áreas <strong>de</strong>stinadas à <strong>de</strong>posição<br />

e/ou tratamento <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s urba<strong>no</strong>s, pelos mata<strong>do</strong>uros, entrepostos <strong>de</strong><br />

pesca e curtumes. A presença <strong>de</strong> área resi<strong>de</strong>ncial, com precária ou nenhuma infraestrutura<br />

<strong>de</strong> saneamento básico, também tem contribuí<strong>do</strong> para esse quadro.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir a segurança <strong>de</strong> vôo, principalmente<br />

<strong>no</strong>s procedimentos <strong>de</strong> aproximação, pouso e <strong>de</strong>colagem <strong>de</strong> aeronaves, este <strong>do</strong>cu-<br />

mento apresenta algumas diretrizes e recomendações para a busca <strong>de</strong> soluções que<br />

visam controlar, reduzir ou eliminar os fatores <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves e mitigar o problema<br />

<strong>do</strong> perigo aviário existente <strong>no</strong>s aeroportos brasileiros.<br />

5.2. Objetivo Específico<br />

Orientar o trato <strong>do</strong>s assuntos relaciona<strong>do</strong>s à problemática <strong>do</strong> perigo aviário,<br />

<strong>de</strong> forma a eliminar ou reduzir o risco <strong>de</strong> colisões <strong>de</strong> aeronaves com aves. Isto se<br />

estabelece a partir da gestão <strong>do</strong>s fatores <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves, quer seja pelo controle<br />

das ativida<strong>de</strong>s antrópicas, consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> natureza perigosa em função das condi-<br />

ções <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves, ou pelo or<strong>de</strong>namento e modificação ambiental <strong>do</strong>s biomas,<br />

on<strong>de</strong> a inter-relação <strong>de</strong> seus elementos se constitui em fator atrativo para as aves.<br />

5.3. Procedimentos<br />

Os procedimentos para lidar com as questões relacionadas diretamente com<br />

a problemática <strong>do</strong> perigo aviário, seja por reclamação, <strong>de</strong>núncia ou vistoria, estão<br />

dividi<strong>do</strong>s em quatro passos, a saber: 1. aspectos legais e <strong>no</strong>rmativos; 2. i<strong>de</strong>ntificação<br />

<strong>do</strong> problema; 3. vistoria da área patrimonial aeroportuária; e 4. observações “in<br />

loco” da área externa à poligonal patrimonial <strong>do</strong> aeródromo. Estes passos serão <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s<br />

a seguir.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 49<br />

Passo 1 - Aspectos Legais e Normativos<br />

A Resolução CONAMA nº 4, em seu artigo 1º, estabelece a Área <strong>de</strong> Seguran-<br />

ça Aeroportuária (ASA), caracterizada na Figura 10, como sen<strong>do</strong> a área abrangida a<br />

partir <strong>do</strong> “centro geométrico <strong>do</strong> aeródromo”, até um raio <strong>de</strong> 20 km, para aeroportos<br />

que operam <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as regras <strong>de</strong> vôo por instrumento (IFR), e <strong>de</strong> 13 km para<br />

os <strong>de</strong>mais aeródromos (operação VFR). Em seu artigo 2º, <strong>de</strong>termina que não será<br />

permitida a implantação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> natureza perigosa <strong>de</strong>ntro da ASA, entendi-<br />

das como “foco <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> pássaros”, como mata<strong>do</strong>uros, curtumes, vaza<strong>do</strong>uros<br />

<strong>de</strong> lixo ou quaisquer outras ativida<strong>de</strong>s que possam proporcionar riscos semelhantes<br />

às operações aéreas.<br />

O artigo 46 da Portaria nº 1.141/GM5 estabelece, em seu caput, que nas Áreas<br />

<strong>de</strong> Aproximação e Áreas <strong>de</strong> Transição <strong>do</strong>s aeródromos e helipontos (Figura 11)<br />

não são permitidas implantações <strong>de</strong> natureza perigosa, mesmo não ultrapassan<strong>do</strong><br />

os gabaritos fixa<strong>do</strong>s. Em seu parágrafo 1º, <strong>de</strong><strong>no</strong>mina como implantação <strong>de</strong> natureza<br />

perigosa uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>ntre elas os mata<strong>do</strong>uros, vaza<strong>do</strong>uros <strong>de</strong> lixo,<br />

culturas agrícolas que atraiam pássaros, assim como outras que po<strong>de</strong>m proporcionar<br />

riscos semelhantes às operações aéreas. Já em seu parágrafo 3º, dá competên-<br />

cia ao Coman<strong>do</strong> Aéreo Regional para <strong>de</strong>cidir “contrária ou favoravelmente sobre a<br />

execução da implantação”.<br />

Nesse contexto, cabe observar que as áreas estabelecidas pela legislação citada<br />

<strong>de</strong>terminam a área <strong>de</strong> influência direta, <strong>no</strong> que diz respeito ao perigo aviário, referente<br />

a cada instrumento <strong>no</strong>rmativo, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong>, primeiramente, ser observa<strong>do</strong> o seu<br />

cumprimento. Ainda com relação aos aspectos legais, o RBHA 139 <strong>de</strong>fine:<br />

Seção 139.311, parágrafo c, subparágrafo 12, “<strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> Perigo<br />

da Fauna”. Este item prevê para a administração aeroportuária a necessi-<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer procedimentos <strong>no</strong> intuito <strong>de</strong> avaliar os perigos existentes<br />

e implantar programas <strong>de</strong> controle.<br />

Seção 139.427, parágrafo a, subparágrafo 3, “Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Perigo<br />

da Fauna”.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, <strong>de</strong>verão ser verifica<strong>do</strong>s os procedimentos para avaliar os perigos<br />

existentes para o aeródromo, bem como o Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>do</strong> Perigo da<br />

Fauna, estabeleci<strong>do</strong>s pela administração aeroportuária local.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 52<br />

Passo 2 – I<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> Problema<br />

A existência <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> aves e <strong>de</strong> possíveis focos <strong>de</strong> atração das<br />

mesmas, bem como o aumento <strong>no</strong> número <strong>de</strong> eventos (inci<strong>de</strong>ntes/aci<strong>de</strong>ntes) registra<strong>do</strong>s<br />

<strong>no</strong> aeródromo em questão, é um indica<strong>do</strong>r da presença <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que po-<br />

<strong>de</strong>m se constituir em perigo para as operações aéreas na(s):<br />

Área <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária (ASA) <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> aeródromo, estabelecida<br />

pela Resolução CONAMA nº 04/95, vi<strong>de</strong> figura 10;<br />

Áreas <strong>de</strong> Aproximação e Transição <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo<br />

(PBZPA), vi<strong>de</strong> figura 2, ferin<strong>do</strong> os preceitos estabeleci<strong>do</strong>s na Por-<br />

taria nº 1.141/GM5.<br />

Após a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sses elementos relaciona<strong>do</strong>s ao perigo aviário, os<br />

passos seguintes serão resulta<strong>do</strong> da realização <strong>de</strong> vistorias na área <strong>de</strong> influência direta.<br />

As vistorias visam à elaboração <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong><strong>no</strong>mina<strong>do</strong> “Relatório <strong>de</strong><br />

Visita”, conten<strong>do</strong> fotografias e coor<strong>de</strong>nadas geográficas <strong>do</strong>s focos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s potencialmente<br />

atrativos para aves. Este relatório <strong>de</strong>verá ser composto por duas par-<br />

tes: uma relacionada à vistoria na área patrimonial e a outra na área externa da poligonal<br />

patrimonial, limitada pela dimensão da respectiva ASA.<br />

Passo 3 – Vistoria da Área Patrimonial Aeroportuária<br />

Esta etapa é constituída pelas seguintes fases: 1. observação e verificação “in<br />

loco” <strong>do</strong>s fatores atrativos <strong>de</strong> aves na área patrimonial e solicitação <strong>de</strong> ações correti-<br />

vas à Administração Aeroportuária Local e concessão <strong>de</strong> prazo para a correção <strong>do</strong>s<br />

problemas i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s (Passo 3a); e 2. realização <strong>de</strong> <strong>no</strong>va vistoria objetivan<strong>do</strong> a<br />

avaliação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s (Passo 3b).<br />

Passo 3a – Observação e verificação <strong>do</strong>s fatores atrativos <strong>de</strong> aves na área patrimonial,<br />

solicitação <strong>de</strong> ações corretivas à Administração Aero-<br />

portuária Local e concessão <strong>de</strong> prazo.<br />

Na visita à área <strong>do</strong> aeródromo <strong>de</strong>verá ser verificada a presença <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> atração<br />

<strong>de</strong> aves que possam ser extintas através da atuação contínua <strong>de</strong> fiscalização e in-<br />

tervenção por parte da Administração Aeroportuária.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 53<br />

Inicialmente, <strong>no</strong>s terminais <strong>de</strong> passageiros, <strong>de</strong> carga e em outras edificações,<br />

<strong>de</strong>vem ser observadas as condições <strong>de</strong> abrigo, segurança e <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> a-<br />

ves, <strong>no</strong>s vãos e treliças <strong>de</strong> sustentação <strong>do</strong> telha<strong>do</strong> e <strong>no</strong> forro <strong>do</strong> teto, assim como a<br />

presença <strong>de</strong> aves como rolinhas, corujas, pombos e gaviões.<br />

Deve-se observar, também, se há costume <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> aves por parte<br />

<strong>de</strong> funcionários ou usuários, se as áreas <strong>de</strong> refeição, restaurantes e lanchonetes<br />

possuem limpeza a<strong>de</strong>quada e se o lixo é acondiciona<strong>do</strong> em sacos plásticos e em re-<br />

cipientes <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tampa. É importante verificar, ainda, a forma <strong>de</strong> coleta e o tipo<br />

<strong>de</strong> armazenamento provisório <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s <strong>no</strong> aeródromo, até o re-<br />

colhimento e <strong>de</strong>stinação final <strong>de</strong>stes, visan<strong>do</strong> à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> falhas <strong>no</strong> processo.<br />

Nas áreas abertas, <strong>do</strong>tadas <strong>de</strong> vegetação rasteira ou grama<strong>do</strong>s, observar se<br />

há presença <strong>de</strong> aves ou <strong>de</strong> roe<strong>do</strong>res que possam atrair aves. Nestas áreas po<strong>de</strong><br />

haver nidificação, principalmente <strong>do</strong> quero-quero e da coruja buraqueira, que estatisticamente<br />

concorrem com o urubu em inci<strong>de</strong>ntes envolven<strong>do</strong> aeronaves. Observar<br />

também se há formações aquáticas como lagos, rios e alagadiços forma<strong>do</strong>s pela<br />

chuva ou por ausência <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> drenagem, que possam proporcionar <strong>de</strong>sse<strong>de</strong>ntação<br />

ou alimentação <strong>de</strong> aves pela presença <strong>de</strong> giri<strong>no</strong>s, alevi<strong>no</strong>s ou larvas <strong>de</strong> in-<br />

setos.<br />

Ocasionalmente, as aves também po<strong>de</strong>m usar a área <strong>de</strong> ma<strong>no</strong>bras <strong>do</strong> aero-<br />

porto como <strong>de</strong>scanso, tornan<strong>do</strong>-se um problema, especialmente se sentirem segurança<br />

e encontrarem alimentação. Além disso, uma ave pousada isoladamente na<br />

pista po<strong>de</strong> atrair outras da mesma espécie, aumentan<strong>do</strong> o perigo <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes com<br />

aeronaves.<br />

No senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> orientar o <strong>de</strong>senvolvimento das tarefas <strong>de</strong>sta fase, recomenda-<br />

se a aplicação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento elabora<strong>do</strong> pelo IAC Checklist <strong>de</strong> Fontes <strong>de</strong> Atração <strong>de</strong><br />

Aves em Áreas Aeroportuárias”, cujo conteú<strong>do</strong> encontra-se <strong>de</strong>scrito <strong>no</strong> Item 5.5.<br />

<strong>de</strong>ste manual.<br />

Após a aplicação <strong>do</strong> Checklist e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s possíveis focos <strong>de</strong> atração<br />

<strong>de</strong> aves, <strong>de</strong>vem ser solicitadas à Administração Aeroportuária Local a <strong>de</strong>finição<br />

e a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> ações corretivas, com o estabelecimento <strong>de</strong> prazos, <strong>no</strong> intuito <strong>de</strong> miti-<br />

gar ou controlar os focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves existentes na área patrimonial.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 54<br />

Passo 3b – Realização <strong>de</strong> <strong>no</strong>va vistoria para fins <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

alcança<strong>do</strong>s.<br />

Ao térmi<strong>no</strong> <strong>do</strong> prazo estabeleci<strong>do</strong> para a execução das ações corretivas<br />

solicitadas à Administração Aeroportuária Local, <strong>de</strong>verá ser realizada <strong>no</strong>va vistoria<br />

para verificação e avaliação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s.<br />

Caso as ações corretivas não tenham si<strong>do</strong> implementadas ou não tenham alcança<strong>do</strong><br />

os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ve-se dar conhecimento <strong>do</strong>s fatos ao DAC (SIE<br />

e DIPAA) para a a<strong>do</strong>ção das medidas administrativas julgadas cabíveis, envian<strong>do</strong><br />

cópia <strong>do</strong> Relatório <strong>de</strong> Visita.<br />

Passo 4 – Observações “In Loco” da área externa da poligonal patrimonial <strong>do</strong><br />

aeródromo.<br />

Neste passo, são levanta<strong>do</strong>s e i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s os principais focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong><br />

aves, bem como possíveis concentrações das mesmas observadas na área externa<br />

à área patrimonial <strong>do</strong> aeródromo.<br />

Passo 4a – Levantamento <strong>do</strong>s focos atrativos <strong>de</strong> aves.<br />

Devem ser levantadas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> alimento geradas por ativida<strong>de</strong>s<br />

antrópicas consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> natureza perigosa (lixão, aterro sanitário, ma-<br />

ta<strong>do</strong>uros, granjas, curtume, indústria <strong>de</strong> pesca<strong>do</strong> e outras) na área externa da poligonal<br />

patrimonial <strong>do</strong> aeródromo. Verificar, também, a existência <strong>de</strong> áreas resi<strong>de</strong>nci-<br />

ais com precário sistema <strong>de</strong> saneamento básico, que possam contribuir para a atração<br />

<strong>de</strong> aves, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à oferta <strong>de</strong> alimentos.<br />

Nas visitas <strong>de</strong>verão ser observadas, ainda:<br />

áreas que permitem acúmulo <strong>de</strong> água da chuva por ausência <strong>de</strong> drenagem;<br />

áreas antropizadas que propiciem outros fatores <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves, tais<br />

como áreas seguras para <strong>de</strong>scanso, abrigo, per<strong>no</strong>ite e nidificação,<br />

a presença <strong>de</strong> biomas, tais como mangues, rios, lagoas, baías, matas e florestas,<br />

que possam proporcionar, além <strong>de</strong> alimento, áreas para <strong>de</strong>scanso,<br />

abrigo e condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> segurança para nidificação; e<br />

a presença <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> aves que possam se constituir em perigo<br />

para a ativida<strong>de</strong> aérea <strong>no</strong> aeródromo.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 55<br />

Passo 4b – Comunicação às autorida<strong>de</strong>s competentes e, posteriormente, ao<br />

DAC (SIE e DIPAA) e ao CENIPA quanto à situação <strong>de</strong> risco.<br />

Uma vez confirmada a presença <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves na área externa<br />

da poligonal patrimonial <strong>do</strong> aeródromo, recomenda-se <strong>no</strong>tificar formalmente o fato<br />

aos responsáveis pelo mesmo, à Prefeitura Municipal e ao órgão ambiental local, requeren<strong>do</strong><br />

providências <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> solucionar o problema i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>.<br />

Após <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> prazo, <strong>no</strong>va vistoria <strong>de</strong>verá ser realizada, <strong>no</strong> senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ve-<br />

rificar a extinção da situação <strong>de</strong> risco para a ativida<strong>de</strong> operacional <strong>no</strong> aeródromo em<br />

questão. Caso não se observe melhoria <strong>no</strong> grau <strong>de</strong> risco constata<strong>do</strong> anteriormente,<br />

o DAC (SIE e DIPAA) e o CENIPA <strong>de</strong>verão ser <strong>no</strong>tifica<strong>do</strong>s.<br />

Este procedimento permitirá aos órgãos que compõem a Comissão <strong>de</strong> Controle<br />

<strong>do</strong> Perigo Aviário, <strong>no</strong> Brasil, avaliar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> um “Comitê<br />

Local <strong>de</strong> Controle <strong>do</strong> Perigo Aviário”, para <strong>de</strong>finição e a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> procedimentos efetivos<br />

<strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> perigo aviário, conforme<br />

previsto <strong>no</strong> RBHA 139.<br />

Outra medida cabível, diz respeito ao acionamento da Advocacia Geral da União<br />

(AGU) ou da Procura<strong>do</strong>ria da República, para que os infratores sejam respon-<br />

sabiliza<strong>do</strong>s pela não observância <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>veres quanto aos aspectos <strong>de</strong> planejamento<br />

urba<strong>no</strong>, <strong>de</strong> saneamento básico e ambiental, relaciona<strong>do</strong>s ao perigo aviário.<br />

Por fim, os procedimentos <strong>de</strong> fiscalização e <strong>de</strong> atendimento relaciona<strong>do</strong>s à<br />

problemática <strong>do</strong> perigo aviário, quanto aos focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves presentes na<br />

área <strong>de</strong> influência direta <strong>do</strong>s aeródromos, encontram-se resumi<strong>do</strong>s <strong>no</strong> fluxograma<br />

apresenta<strong>do</strong> <strong>no</strong> subitem 5.4.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 56<br />

5.4. Fluxograma <strong>do</strong> Perigo Aviário<br />

Resulta<strong>do</strong> Satisfatório?<br />

INÍCIO<br />

ORIGEM:<br />

- Reclamação<br />

- Denúncia<br />

- Vistoria<br />

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Passo 1<br />

ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS:<br />

- Resolução CONAMA nº 4/95<br />

- Portaria nº 1.141/GM5/87<br />

- RBHA nº 139<br />

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Passo 2<br />

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGO AVIÁRIO:<br />

- Existência <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> aves<br />

- Possíveis focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves<br />

- Aumento <strong>no</strong> número <strong>de</strong> eventos registra<strong>do</strong>s<br />

Interna<br />

Problema?<br />

Observação “in Loco”<br />

Área Interna<br />

ou Externa?<br />

Não<br />

Resposta<br />

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Sim<br />

Passo 3a<br />

Passo 4a<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levantamento <strong>do</strong>s<br />

focos atrativos <strong>de</strong> aves<br />

Aplicação <strong>do</strong> checklist, solicitação <strong>de</strong> ações corretivas<br />

à Administração Aeroportuária Local e<br />

concessão <strong>de</strong> prazos para a correção<br />

Nova vistoria para verificação e avaliação <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s<br />

Envio <strong>do</strong> Relatório <strong>de</strong> Visita para o<br />

DAC (SIE e DIPAA) e CENIPA<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levantamento <strong>do</strong>s focos atrativos<br />

<strong>de</strong> aves<br />

I<strong>de</strong>ntificar:<br />

- Alimentação<br />

- Áreas antropisadas (Abrigo, per<strong>no</strong>ite, nidificação)<br />

- Biomas (focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves)<br />

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Passo 3b<br />

Passo 4b<br />

Sim<br />

Arquivar<br />

Não<br />

Externa<br />

Comunicação às autorida<strong>de</strong>s<br />

competentes<br />

Sim<br />

Arquivar<br />

Confirmação<br />

<strong>do</strong>s Focos <strong>de</strong><br />

Atração?<br />

Não<br />

Arquivar


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 57<br />

5.5. Checklist para Verificação <strong>de</strong> Fontes <strong>de</strong> Atração <strong>de</strong> Aves em Áreas Aero-<br />

portuárias<br />

Dentro da área patrimonial <strong>do</strong> aeroporto po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificadas diversas fon-<br />

tes <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves. Estas fontes, após i<strong>de</strong>ntificadas, po<strong>de</strong>m ser extintas por intermédio<br />

da atuação contínua <strong>de</strong> fiscalização e intervenção por parte <strong>do</strong> administra<strong>do</strong>r.<br />

A listagem abaixo enumera os principais focos <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves a serem<br />

observa<strong>do</strong>s:<br />

1) Alimentação<br />

Uma das fontes <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> aves mais freqüentes tem si<strong>do</strong> a alimentação,<br />

tanto para as aves resi<strong>de</strong>ntes na área aeroportuária quanto para as aves migrató-<br />

rias. As fontes <strong>de</strong> alimentação mais comuns são:<br />

a) sementes/frutos (frutos <strong>de</strong> casca fina) – evitar árvores frutíferas e legumi<strong>no</strong>-<br />

sas;<br />

b) insetos e larvas<br />

rada;<br />

- verificar, principalmente, em locais on<strong>de</strong> existe água pa-<br />

c) minhocas e outros invertebra<strong>do</strong>s - verificar em grama<strong>do</strong>s ou jardins;<br />

d) plantas ornamentais - evitar o plantio em áreas <strong>de</strong>scobertas;<br />

e) ervas, folhas e raízes comuns – verificar ao re<strong>do</strong>r da área <strong>de</strong> ma<strong>no</strong>bras <strong>do</strong><br />

aeroporto e ao longo das pistas;<br />

f) mamíferos (roe<strong>do</strong>res e outros) – verificar ao re<strong>do</strong>r da área <strong>de</strong> ma<strong>no</strong>bras <strong>do</strong><br />

aeroporto e ao longo das pistas;<br />

g) animais mortos - verificar na área patrimonial <strong>do</strong> aeroporto e <strong>no</strong> seu en-<br />

tor<strong>no</strong>;<br />

h) restos <strong>de</strong> comida – verificar as áreas próximas à comissaria, restaurante,<br />

cantina etc;<br />

i) lixo – evitar <strong>de</strong>pósitos em áreas abertas, sem tratamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 58<br />

2) Abrigo<br />

As aves utilizam como abrigo as árvores, a vegetação, os vazios <strong>no</strong>s telha<strong>do</strong>s<br />

e forros <strong>do</strong> teto <strong>de</strong> hangares e outros edifícios <strong>do</strong> aeroporto, que <strong>de</strong>verão ser veda<strong>do</strong>s.<br />

3) Segurança<br />

Um exemplo <strong>de</strong> ave que busca segurança sem procurar abrigo é a gaivota,<br />

que pousa nas pistas por se sentir mais segura e porque po<strong>de</strong> ver claramente o es-<br />

paço que a ro<strong>de</strong>ia, sem que alguma presença humana à vista venha molestá-la. Além<br />

disso, é necessário o correto cultivo <strong>de</strong> gramíneas, pois a sua altura é muito im-<br />

portante para dificultar o pouso <strong>de</strong> pássaros que buscam segurança em áreas <strong>de</strong>scampadas<br />

com boa visibilida<strong>de</strong>. Conforme recomendações estabelecidas <strong>no</strong> <strong>Manual</strong><br />

<strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Aeroportos da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI),<br />

<strong>de</strong>ve-se manter uma altura mínima <strong>de</strong> 12 cm e máxima <strong>de</strong> 25 cm para qualquer espécie<br />

<strong>de</strong> gramínea utilizada nas áreas aeroportuárias.<br />

4) Nidificação<br />

Na época da procriação, as aves iniciam a construção <strong>de</strong> ninhos e, com isso,<br />

fazem vôos constantes em busca <strong>de</strong> material para sua confecção e <strong>de</strong> alimento para<br />

os filhotes, após a eclosão <strong>do</strong>s ovos. As aves usualmente procuram áreas calmas e<br />

longe da presença humana. Cada espécie apresenta uma época <strong>de</strong> procriação e<br />

hábitos distintos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> clima e <strong>de</strong> diversos fatores.<br />

A medida mais conveniente para reduzir a nidificação <strong>de</strong> um número in<strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> aves é conseguida através da obstrução <strong>do</strong>s locais on<strong>de</strong> essas aves<br />

possam estabelecer-se, ou <strong>do</strong> impedimento <strong>do</strong> acesso das mesmas a estas áreas.<br />

Em certas situações, caberá, ainda, a modificação <strong>do</strong> meio, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a torna-lo me-<br />

<strong>no</strong>s atrativo.<br />

5) Formações Aquáticas<br />

As gran<strong>de</strong>s formações aquáticas não só atraem espécies terrestres em busca<br />

<strong>de</strong> água e alimento, como também servem <strong>de</strong> local <strong>de</strong> permanência para espécies<br />

aquáticas. Os rios, lagos e alagadiços forma<strong>do</strong>s pela chuva estabelecem um “habi-


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 59<br />

tat” a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para as aves que neles encontram peixes, alevi<strong>no</strong>s, giri<strong>no</strong>s, larvas<br />

<strong>de</strong> inseto, crustáceos e outros atrativos.<br />

Áreas <strong>de</strong> espelho d’água <strong>no</strong>s aeroportos <strong>de</strong>verão ficar cobertas por re<strong>de</strong>s, <strong>de</strong><br />

forma a coibir o pouso <strong>de</strong> aves.<br />

6) Descanso<br />

Aves que estão <strong>de</strong> passagem migratória po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>scer nas pistas <strong>do</strong>s aeroportos<br />

em busca <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso e o problema po<strong>de</strong> se agravar se houver segurança e<br />

alimentação em abundância. Uma ave pousada isoladamente na pista po<strong>de</strong> atrair<br />

outras <strong>de</strong> sua espécie, crian<strong>do</strong> uma situação perigosa.<br />

Ao se avistar uma única ave, já <strong>de</strong>vem ser a<strong>do</strong>tadas medidas para que as outras<br />

<strong>do</strong> ban<strong>do</strong> não pousem. Essas medidas <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar o tipo da ave, a disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> meios existente e a conformida<strong>de</strong> com as <strong>de</strong>terminações <strong>do</strong>s órgãos<br />

ambientais locais.<br />

7) Limpeza<br />

Lixo não ensaca<strong>do</strong> e não retira<strong>do</strong>, locais com poças d’água por muito tempo,<br />

sistema <strong>de</strong> drenagem inexistente, ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> ou interrompi<strong>do</strong> por material sóli<strong>do</strong><br />

acumula<strong>do</strong>, restos <strong>de</strong> comida em áreas próximas ao terminal, hangares, pátios e pis-<br />

tas constituem-se em atrativos para aves. Assim, a limpeza constante da área aeroportuária<br />

é fundamental para a manutenção da segurança em relação à atração <strong>de</strong><br />

aves.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 60<br />

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

As tarefas <strong>de</strong> conscientização da população localizada nas áreas <strong>de</strong> entor<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> aeródromos quanto às possíveis formas <strong>de</strong> controle <strong>do</strong>s aspectos negativos <strong>do</strong><br />

relacionamento comunida<strong>de</strong>-aeroporto, cabem à Administração Aeroportuária Local,<br />

que tem como uma <strong>de</strong> suas mais importantes responsabilida<strong>de</strong>s preservar as condi-<br />

ções operacionais <strong>do</strong> sítio aeroportuário.<br />

No que concerne especificamente aos Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong> (P-<br />

ZR) e <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Aeródromo (PZPA), a Administração Aeroportuária<br />

Local <strong>de</strong>ve auxiliar o Coman<strong>do</strong> da Aeronáutica <strong>no</strong>s esforços para a sua incorporação<br />

ao planejamento urba<strong>no</strong> municipal, compatibilizan<strong>do</strong> suas premissas e diretrizes à<br />

legislação que trata <strong>do</strong> zoneamento da cida<strong>de</strong> ou <strong>do</strong> município.<br />

Por último, em relação ao perigo aviário, em face da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se esta-<br />

belecer um gerenciamento da situação <strong>de</strong> risco existente <strong>no</strong>s aeródromos, bem como<br />

garantir a segurança necessária para a prática da ativida<strong>de</strong> aeronáutica e o<br />

cumprimento da legislação ambiental vigente, torna-se fundamental a realização <strong>de</strong><br />

vistorias periódicas nas unida<strong>de</strong>s aeroportuárias e nas respectivas áreas <strong>de</strong> influência.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 61<br />

7. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL<br />

ABNT. Aeroportos – Resíduos sóli<strong>do</strong>s. Julho <strong>de</strong> 1996. (NBR 8843).<br />

ABNT. Avaliação <strong>do</strong> impacto so<strong>no</strong>ro gera<strong>do</strong> por operações aeronáuticas. Maio <strong>de</strong><br />

1993. (NBR 12859).<br />

ABNT. Controle <strong>de</strong> Vetores em Aeroportos. Abril <strong>de</strong> 1985. NBR 8844.<br />

BRASIL. Constituição da República Fe<strong>de</strong>rativa <strong>do</strong> Brasil. promulgada em 5 <strong>de</strong> outubro<br />

<strong>de</strong> 1988. São Paulo. 1998.<br />

BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Portaria nº 1.141/GM5, <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

1987. Dispõe sobre Zonas <strong>de</strong> Proteção e aprova o Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong><br />

Proteção <strong>de</strong> Aeródromos, o Pla<strong>no</strong> Básico <strong>de</strong> Zoneamento <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, o Pla<strong>no</strong><br />

Básico <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Helipontos e o Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Zona <strong>de</strong> Proteção<br />

<strong>de</strong> Auxílios à Navegação Aérea e dá outras providências. Diário Oficial [da<br />

República Fe<strong>de</strong>rativa <strong>do</strong> Brasil], Brasília, v. 125, n. 233, p. 21190-98, 09<br />

Dez. 1987. Seção 1.<br />

BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Portaria nº 398/GM5, <strong>de</strong> 04 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.<br />

Dispõe sobre a aplicação <strong>do</strong> Anexo 14 à Convenção <strong>de</strong> Aviação Civil Internacional<br />

<strong>no</strong> Território Nacional. Diário Oficial [da República Fe<strong>de</strong>rativa <strong>do</strong><br />

Brasil], Brasília, n. 206, p. 11, 07 Jun. 1999. Seção 1.<br />

BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Departamento <strong>de</strong> Aviação Civil. Instrução para<br />

concessão e autorização <strong>de</strong> construção, homologação, registro, operação,<br />

manutenção e exploração <strong>de</strong> aeródromos civis e aeroportos brasileiros Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro: s.n., 1990 (IMA 58-10 – IAC 2328-0790).<br />

BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Regulamento Brasileiro <strong>de</strong> Homologação Aeronáutico<br />

(RBHA-139). Certificação Operacional <strong>de</strong> Aeroportos. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Novembro <strong>de</strong> 2003.<br />

BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Lei Nº 7.565, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1986. Ementa.<br />

Código Brasileiro <strong>de</strong> Aeronáutica.<br />

ICAO. Aerodrome Design and Operations. (Annex 14), Emenda 5. 1 ed. 1999. 2v. V.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 62<br />

1. Montreal<br />

Resolução CONAMA nº 01, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1986. Vincula o licenciamento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

modifica<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> meio-ambiente à elaboração <strong>de</strong> EIA-RIMA a serem<br />

submeti<strong>do</strong>s à aprovação <strong>do</strong> órgão competente.<br />

Resolução CONAMA nº 04, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1995. Cria a Área <strong>de</strong> Segurança Aeroportuária<br />

(ASA), estabelecen<strong>do</strong> restrições especiais sobre o uso da terra<br />

<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s vizinhas <strong>do</strong>s aeródromos.<br />

Resolução CONAMA nº 237, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1997. Dispõe sobre o processo<br />

<strong>de</strong> licenciamento ambiental.


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 63<br />

TELEFONES E ENDEREÇOS PARA CONTATO:<br />

Departamento <strong>de</strong> Controle <strong>do</strong> Espaço Aéreo (DECEA)<br />

Av. General Justo, 160 _ 4º andar<br />

20021-130 – Castelo - Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ<br />

Tel.: (21) 3814-6000<br />

FAX.: (21) 3814-6133<br />

E-mail: dgcea@<strong>de</strong>cea.gov.br<br />

Departamento <strong>de</strong> Aviação Civil (DAC)<br />

Rua Santa Luzia, 651 / 6º Andar<br />

Ed. Santos Dumont _Castelo<br />

20030-040 - Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ<br />

Tel.: (21) 3814-6901 / 6731<br />

Fax.: (21) 2544-6335<br />

E-mail: assecom@dac.gov.br<br />

Sub<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Infra-Estrutura (SIE)<br />

Rua Santa Luzia, 651 / 5º Andar<br />

Ed. Santos Dumont _Castelo<br />

20030-040 - Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ<br />

Tel.: (21) 3814 6706<br />

Fax.: (21) 3814-6736<br />

E-mail: chsie@dac.gov.br<br />

Instituto <strong>de</strong> Aviação Civil (IAC)<br />

Av. Alte. Sílvio <strong>de</strong> Noronha, 369 / Anexo<br />

20021-010 _ Castelo<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ<br />

Tel.: (21) 2210-1393 / 2533-3337<br />

Fax.: (21) 2220-5727<br />

E-mail: secdiriac@dac.gov.br


<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Gerenciamento</strong> <strong>do</strong> <strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> <strong>no</strong> Entor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Aeródromos 64<br />

DIRETOR DO INSTITUTO DE AVIAÇÃO CIVIL (IAC)<br />

Pedro Bittencourt <strong>de</strong> Almeida, Cel.-Av.<br />

CHEFE DA DIVISÃO DE PLANEJAMENTO AEROPORTUÁRIO E<br />

PESQUISA DO TRANSPORTE AÉREO (DPT)<br />

Douglas Artur Pereira, Maj.-Eng.<br />

EQUIPE TÉCNICA:<br />

Ana Lúcia Carvalho <strong>de</strong> Moraes, Arquiteta<br />

Bernar<strong>do</strong> Alencar Porfírio, Arquiteto<br />

Carlos Alberto Fontelles, Biólogo<br />

Elizabeth Andra<strong>de</strong>, Arquiteta<br />

Jorge Alves da Silveira, Físico<br />

Kazuhiro Uekane, Engenheiro<br />

Luiz Carlos Avellar, Engenheiro<br />

Marilda Ramos, Arquiteta<br />

Maurício <strong>de</strong> Mello Reis, Arquiteto<br />

COMPUTAÇÃO GRÁFICA:<br />

Rafael Matera – Arquiteto<br />

REVISÃO<br />

Liane Diniz

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