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Geodiversi<strong>da</strong>de nas antigas ruas<br />
do Centro Histórico de Natal<br />
(RN, Nordeste do Brasil): as<br />
rochas contam sua história<br />
Marcos Antonio Leite do Nascimento 1 ; Heliana Lima de Carvalho 2 ; Ana<br />
Karoline Bezerra 3 ; Robson Rafael de Oliveira 3 ; Marília Barbosa<br />
Venâncio 3 ; Raí Roberto Dantas <strong>da</strong> Cunha 3<br />
1 DG/UFRN; 2 IPHAN/RN; 3 Curso de Geologia/UFRN
Século XVI:<br />
a Natal de<br />
antigamente<br />
1599: fun<strong>da</strong><strong>da</strong> a ci<strong>da</strong>de de Natal com a construção do Forte dos Reis Magos e <strong>da</strong><br />
Capela de Nossa Senhora <strong>da</strong> Apresentação (413 anos).<br />
“A ci<strong>da</strong>de tem cerca de 30/40 casas de palha<br />
Século XVII:<br />
e barro [...]; os habitantes não excedem a<br />
120 ou 130 homens” (Brabant, 1630).<br />
1611: implantação de um governo próprio.<br />
Natal - 1690<br />
Imagem reconstituí<strong>da</strong> após pesquisa documental. In: MENDES, Carina. Centro histórico de Natal. Iphan: Natal, 2007.
Século XVIII:<br />
a Natal de<br />
antigamente<br />
Ruas: em frente à Igreja Matriz e o caminho de beber água – Riacho do Baldo (ruas<br />
Santo Antônio e Conceição).<br />
Natal possuia 118 casas (relato do Ouvidor Domingos Monteiro).<br />
Primeiro mapa oficial saiu em 1908 indicando 6.393 habitantes.<br />
Natal - 1790
Século XIX:<br />
Duas grande secas levam imigrantes à Natal.<br />
Obras de embelezamento e saneamento.<br />
a Natal de<br />
antigamente<br />
A partir <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> metade do século, inicia-se um lento processo de transfomação.<br />
Até então ruas só de areia solta e/ou bati<strong>da</strong>.<br />
Natal – século XIX
DESCRIÇÃO DE NATAL, POR HENRY KOSTER (1810)<br />
a Natal de<br />
antigamente<br />
“As construções foram feitas numa elevação a pequena distância do rio, formando a<br />
ci<strong>da</strong>de propriamente dita porque contém a Igreja Matriz. Consiste numa praça cerca<strong>da</strong> de<br />
residências, tendo apenas o pavimento térreo, as igreja que são três, o palácio, a câmara<br />
e a prisão. Três ruas desembocam nesta quadra, mas elas não possuem senão algumas<br />
casas de ca<strong>da</strong> lado. A ci<strong>da</strong>de não é calça<strong>da</strong> em parte alguma e an<strong>da</strong>-se sobre uma<br />
areia solta, o que obrigou alguns habitantes a fazerem calça<strong>da</strong>s de tijolos ante suas<br />
mora<strong>da</strong>s. Esse lugar contará seiscentos ou setecentos habitantes.”<br />
“À tarde, saímos passeando para ver a ci<strong>da</strong>de baixa. É situa<strong>da</strong> nas margens do rio e as<br />
casas ocupam as ribas meridionais e não há, entre elas e o rio, senão a largura <strong>da</strong> rua.<br />
Essa parte pode conter 200 a 300 moradores e aí residem os negociantes do Rio Grande”.
Objetivos<br />
Pioneirismo<br />
em Natal<br />
Identificar e analisar o Patrimônio<br />
Geológico <strong>da</strong>s principais edificações e<br />
monumentos do Centro Histórico de<br />
Natal;<br />
Classificar as rochas utiliza<strong>da</strong>s e quando<br />
possível determinar os locais de lavra;<br />
Traçar um roteiro geoturístico que possa<br />
se integrar ao Circuto Cultural de Natal;<br />
Traçar estratégias de geoconservação; e<br />
Promover uma maior aproximação entre<br />
os temas ligados as Geociências e a<br />
Socie<strong>da</strong>de.
Pioneirismo<br />
em Natal
Granito fino (Macaíba)<br />
as Rochas na<br />
construção de Natal
Granito fino (Macaíba)<br />
as Rochas na<br />
construção de Natal
Arenitos calcíferos (beachrocks)<br />
as Rochas na<br />
construção de Natal
Arenitos calcíferos (beachrocks)<br />
as Rochas na<br />
construção de Natal
Arenitos ferruginosos (Lateritas)<br />
as Rochas na<br />
construção de Natal
Arenitos ferruginosos (Lateritas)<br />
as Rochas na<br />
construção de Natal
A pavimentação<br />
original de Natal
A pavimentação<br />
original de Natal<br />
Este tipo de calçamento é conhecido popularmente como “pé de moleque”<br />
devido a semelhança na disposição <strong>da</strong>s pedras (arenito ferruginoso) com a<br />
dos amedoins colocados sobre o doce.<br />
A primeira fase de serviços de pavimentação em Natal ocorreu em 1904<br />
com material rochoso proveniente <strong>da</strong>s praias do Meio, <strong>da</strong> Ponta do<br />
Morcego e de Areia Preta.<br />
Esse tipo de pavimento ocupou por vários anos as principais vias públicas<br />
de Natal de forma eficiente, sendo encontrado até hoje.<br />
Essa pavimentação atendeu à deman<strong>da</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> urbana de Natal, já que o<br />
transporte era feito por bondes, porém com a popularização dos automóveis<br />
a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1920, começaram a surgir problemas e a<br />
pavimentação original começou a ser substitui<strong>da</strong>.
Travessa Pax<br />
A pavimentação<br />
original de Natal
Rua Quintino Bocaiuva<br />
A pavimentação<br />
original de Natal
Rua Voluntários <strong>da</strong> Pátria<br />
A pavimentação<br />
original de Natal
Rua Presidente Passos<br />
A pavimentação<br />
original de Natal
A pavimentação original de Natal<br />
a nível microscópico<br />
Arcabouço formado por grãos de quartzo<br />
modera<strong>da</strong> a pobremente selecionados,<br />
angulosos a subangulosos, com<br />
empacotamento frouxo e submaduros.<br />
Classifica-se como um quartzoarenito.<br />
Cimentação em duas fases.
É isso …<br />
OBRIGADO<br />
Contatos:<br />
Marcos Antonio Leite do Nascimento<br />
marcos@geologia.ufrn.br / caxexa@yahoo.com.br<br />
http://www.facebook.com/marcos.nascimento.587<br />
(84) 3215-3810 (ramal 231) / (84) 9971-6861