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práticas de ensino diferenciado na sala de aula - Repositório Aberto ...

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Currículo, Aprendizagens e Trabalho Docente | 2068<br />

trabalho e activida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas e <strong>de</strong>safiantes; e) os alunos e os professores são colaboradores no âmbito do processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem.<br />

CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS<br />

Uma das inovações introduzidas pelo Projecto <strong>de</strong> Gestão Flexível do Currículo (Despacho Normativo 9590/99, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Maio) foi a<br />

<strong>de</strong>finição do currículo por competências e não por objectivos, pensada como uma combi<strong>na</strong>ção complexa <strong>de</strong> atributos<br />

(conhecimentos, atitu<strong>de</strong>s, valores e habilida<strong>de</strong>s) necessários para o <strong>de</strong>sempenho profissio<strong>na</strong>l em situações específicas.<br />

No ano <strong>de</strong> 2001 surge o Decreto-Lei n.º 6/2001que <strong>de</strong>fine o currículo <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l como o ―conjunto <strong>de</strong> aprendizagens e competências<br />

a <strong>de</strong>senvolver pelos alunos ao longo do Ensino Básico, <strong>de</strong> acordo com os objectivos consagrados <strong>na</strong> Lei <strong>de</strong> Bases do Sistema<br />

Educativo‖, competências essas vistas como ―essenciais e estruturantes no âmbito do <strong>de</strong>senvolvimento do currículo <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, para<br />

cada um dos ciclos do <strong>ensino</strong> Básico, o perfil <strong>de</strong> competências termi<strong>na</strong>is <strong>de</strong>ste nível <strong>de</strong> <strong>ensino</strong>, bem como os tipos <strong>de</strong> experiências<br />

educativas que <strong>de</strong>vem ser proporcio<strong>na</strong>das a todos os alunos‖ (Decreto-Lei n.º 6/2001, art.º 2, pontos 1 e 2). Verificamos, assim, que<br />

a competência é relacio<strong>na</strong>l e ―pressupõe a mudança <strong>de</strong> estruturação do conhecimento: <strong>de</strong> uma lógica discipli<strong>na</strong>r para uma lógica <strong>de</strong><br />

conjuntos interdiscipli<strong>na</strong>res‖ (Nóvoa, 2001).<br />

Alonso (2000, p. 34) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a lógica interdiscipli<strong>na</strong>r, interpretando o currículo ―como um campo on<strong>de</strong> intervêm i<strong>de</strong>ias e <strong>práticas</strong> em<br />

interacção recíproca, como um instrumento para pensar a educação escolar, como um artefacto para reflectir e <strong>de</strong>cidir acerca das<br />

questões educativas fundamentais do porquê, para quê, como e quando ensi<strong>na</strong>r e apren<strong>de</strong>r‖,<br />

Trata-se <strong>de</strong> um enorme <strong>de</strong>safio, pois integrar competências implica ir além do trabalho individual traduzido em tarefas e activida<strong>de</strong>s.<br />

Neste contexto, é fundamental investigar a <strong>na</strong>tureza do trabalho e o significado <strong>de</strong>ste para o ―trabalhador‖ (aluno), o que nos obriga<br />

a reflectir sobre as variáveis relacio<strong>na</strong>das não só com o objecto do trabalho, mas com o sujeito que o realiza. Po<strong>de</strong>-se, então,<br />

afirmar que competência, num sentido mais amplo, po<strong>de</strong>rá assumir o papel <strong>de</strong> um ―conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, capacida<strong>de</strong>s e<br />

atitu<strong>de</strong>s e que po<strong>de</strong> ser entendida como saber em acção em uso‖ (Currículo Nacio<strong>na</strong>l do Ensino Básico, Competências Essenciais,<br />

2001, p. 9).<br />

Quando falamos do ―saber em acção ou em uso‖ preten<strong>de</strong>mos realçar o ―processo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos (conhecimentos,<br />

capacida<strong>de</strong>s, estratégias em diversos tipos <strong>de</strong> situações, nomeadamente situações problemáticas‖ (ibid.). Esta realida<strong>de</strong> é sentida<br />

por Perrenoud (1999) como uma forma <strong>de</strong> ―confrontar, e regular a<strong>de</strong>quadamente uma família <strong>de</strong> tarefas e <strong>de</strong> situações,<br />

conhecimentos, informações, procedimentos, métodos, técnicas ou, ainda, as outras competências mais específicas‖.<br />

De Ketele (2002, cit. em Alves, 2005, pp. 29-42) <strong>de</strong>fine competência em termos mais pedagógicos, mostrando que a mesma é a<br />

―capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilizar (i<strong>de</strong>ntificar, combi<strong>na</strong>r e utilizar) um conjunto <strong>de</strong> saberes, <strong>de</strong> saberes-fazer e <strong>de</strong> saber-ser para resolver um<br />

conjunto <strong>de</strong> situações-problema (e não simples aplicações)‖. À luz das afirmações feitas, po<strong>de</strong>mos verificar que a noção <strong>de</strong><br />

competência está intimamente ligada à acção, <strong>de</strong> acordo com Le Boterf (1994, p. 16) e Perrenoud (1995, p. 7) através da ―metáfora<br />

da mobilização‖.<br />

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS PRÉVIOS DE UM PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO DE DOUTORAMENTO (EM CURSO)<br />

De acordo com a teoria sócio-construtivista da aprendizagem, o presente estudo procura encontrar respostas para o seguinte<br />

problema, Que <strong>práticas</strong> <strong>de</strong> <strong>ensino</strong> <strong>diferenciado</strong>, o professor do 1.º ciclo do Ensino Básico privilegia para respon<strong>de</strong>r às dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizagem dos alunos em situação <strong>de</strong> insucesso escolar? Tem como objectivos específicos, OBE.1) conhecer as<br />

representações <strong>de</strong> diferenciação curricular e pedagogia diferenciada, dos professores do 1.º ciclo do Ensino Básico, patentes no<br />

P.C.T.; OBE.2) a<strong>na</strong>lisar as <strong>práticas</strong> <strong>de</strong> diferenciação curricular e pedagogia diferenciada dos professores face a alunos retidos, com

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