09.05.2013 Views

A «Obra ao Rubro - Cátedra de Estudos Sefarditas "Alberto ...

A «Obra ao Rubro - Cátedra de Estudos Sefarditas "Alberto ...

A «Obra ao Rubro - Cátedra de Estudos Sefarditas "Alberto ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pag 217-244:Pagina 1-28.qxd 10-12-2009 01:18 Page 242<br />

sAndrA sIlvA<br />

tura falla por Parabolas” 107 . entre aquelas <strong>de</strong>signações acha-se então a<br />

da Fénix, maravilhosa ave que num ninho odorífero pereceu queimada,<br />

nascendo das suas cinzas nova ave, enigma através do qual<br />

“qui zerão os sabios antigos explicar a dignida<strong>de</strong> da Pedra Philosophal; & que<br />

da sua cinza se produzia outra, & outra Pedra, como os Chymicos ensinão” 108 .<br />

<strong>de</strong>fensor das expressões cifradas dos «filósofos pelo fogo»,<br />

Bocarro, espelhando os ensinamentos da tradição hermética, passa<br />

a <strong>de</strong>screver o modo <strong>de</strong> preparação da Lapis, alegando que esta, en -<br />

quanto matéria, antes <strong>de</strong> alcançar o estado filosófico, se reparte em<br />

dois modos ou fundamentos, no enxofre, “Espiritu sutil” 109 , que<br />

“tem as forças <strong>de</strong> macho” 110 , e no mercúrio, “corpo vnido” 111 , que “tem as<br />

vezes da femea” 112 , os quais como princípios ou “agentes naturais” 113<br />

vão actuando entre si, posto que os “dous saõ, do que digo, os instrumentos,/<br />

Hum saye <strong>de</strong>ste, & este rege estoutro,/ Ambos vnidos, & hum melhora<br />

a outro” 114 .<br />

Coisa dupla, a matéria da Lapis era <strong>de</strong>pois posta na retorta ou<br />

ovo filosófico, “vidro forte, & bem tapado” 115 , a fim <strong>de</strong> impedir a liber -<br />

ta ção <strong>de</strong> algum vapor. macerada por um “fogo philosophico” que “<strong>de</strong><br />

contino sem queimar ardia” 116 , atravessa então a sublimação pelas cha -<br />

mas e a <strong>de</strong>corrente epifania das cores, entrando na fase da putrefactio,<br />

al tura em que, <strong>de</strong>scendo à noite sombria, à <strong>de</strong>snu<strong>de</strong>z e à mortificação,<br />

se torna negra “como a tinta” 117 ; em seguida, “como a neue” 118 ; vai<br />

embranquecendo, ace<strong>de</strong>ndo à fase do Albedo, momento em que da<br />

107 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 34v.<br />

108 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 35.<br />

109 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 12v, oit. 44.<br />

110 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 38v.<br />

111 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 12v, oit. 44.<br />

112 Cf. mAnoel BoCArro FrAnCes, Anacephaleoses da Monarchia Luzitana[...], fl. 38v.<br />

113 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 12v, oit. 45.<br />

114 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 12v, oit. 44.<br />

115 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 13, oit. 49.<br />

116 Ibi<strong>de</strong>m.<br />

117 Ibi<strong>de</strong>m, fl. 13v, oit. 50.<br />

118 Ibi<strong>de</strong>m.<br />

242

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!