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Aspergillus Gracilis Bainier var. Sartoryi (Biourge) Batista, Lima e ...

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ASPERGILLUS GRACILIS <strong>Bainier</strong> VAR. SARTORYI<br />

(BIOURGE) BATISTA, LIMA E VITAL N. VAR. - SUA<br />

IMPORTANCIA FILOGENI~TICA<br />

A. CHAVES BATISTA, 1)<br />

0SWALDO GON~ALVES DE LIMA ~ 2)<br />

A~BISO FE~ANDES VITAL 3).<br />

UNIVERSIDADE DO RECIFE --INSTITUTO DE<br />

MICOLOGIA Publifacdo no 4 ~)<br />

(Corn 15 figuras)<br />

0 fungo em apr~qo apareceu-nos como contaminante de cuttura<br />

de Candida stellatoidea Jones e Martin, despertando a nossa aten~o<br />

pela morfologia de seus conidioforos, em parte de <strong>Aspergillus</strong> e em<br />

parte de Penicillium.<br />

Examinado detidamente, permitiu-nos reconhecer que a aparente<br />

confus~o das suas caracteristicas era urea constante especifica e<br />

n~o urea simples <strong>var</strong>ia~o, induzida por fatores do meio, como se<br />

poderia imaginar, e, muito menos, o produto da associa~o, num<br />

cultivo, de dois fungos distintos.<br />

A an~lise taxon6mica revelou-nos tratar-se, pot seu turno, de<br />

urn <strong>Aspergillus</strong>, do grupo ,,glaucus", na sdrie ,,restrictus", de T~toM<br />

e RAPER (1945).<br />

A s6rie ,,restrictus" que compreende as f6rmas intermedi~rias<br />

entre os grupos de A. glaucus e A. /umigatus, -- Intermediate<br />

Forms -- de TI~OM e CI~u~ClL (1926), reune, de modo paralelo a<br />

todos os <strong>Aspergillus</strong> de aparelho conidial semelhante a Penicillium,<br />

ou seja o grupo de A. peuicilloides de G. SMITH (1931), tendo<br />

A. restHctus Smith como tipo.<br />

O conceito de TI~OM e RAPER ao erigir a s6rie ,,restrictus" foi o<br />

de que essa sdrie abrangeria os fungos de restricto desenvolvimento<br />

cultural e conidios equinulados ou espinescentes, em longas cadeias,<br />

1) Chefe do Instituto de Micologia;<br />

2) Diretor do Instiiuto de Antibi6ticos e Prof. de Microbiologia da Escola de<br />

Quimica;<br />

3) Assistente micologista do Instituto de ~iicologia -- (Todos da Universidade<br />

do Recife).<br />

4) Os autores declinam o seu agradecimento ao Dr. HERALDO DA SILVA MAIA,<br />

Assisterlte micologista e D. MARILE~E MARANI~20 MOnEIRA, Auxiliar~T6cnico, do<br />

Instituto de Micologia, pela colaboracgo que lhes prestaram, durante a realizacg~o<br />

do presente trabalho.


90 A. CHAVES BATISTA E COLL.<br />

compactas, aproximados aos do grupo A. glaucus. D~sse rnodo, a<br />

simples semelhan~a do aparelho conidial, das chamadas f6rmas<br />

intermedi~rias, corn A. gIaucus, os levou, a THOM e RAPER, ~t nova<br />

s6rie ,,restrictus" estimando-a como integrada por elementos anor-<br />

mais de A. glaucus, sere tomar em considera~o o marcante relevo<br />

que tais formas exibem em rela~o a Penicillium, como se verifica<br />

de suas palavras ,,the important relationship indicated by the<br />

structure of the conidial apparatus is not with Penicillium but<br />

with the A. glaucus group of which these forms appear to be merely<br />

reduced members."<br />

Essa conceitua~o, pordm, pondo por terra os Microas~Sergillus<br />

de WEI~MER e o grupo A. penicilloides de SMITH, ao nosso ver, n~o<br />

pode ser tomada como definitiva.<br />

Faltamdhe os limites naturals necess~rios para urea base nomen-<br />

clatural s61ida, desprezada, como foi, a caracteristica fundamental<br />

da morfologia dos conidioforos, e contestada a sua profunda<br />

similitude para corn Penicillium.<br />

0 comodismo didgttico que preocupou aos autores citados, na<br />

cria~o de s6rie ,,restrictus" ter~i de ceder terreno ~ evid4ncia dos<br />

fatos, restringindo-se mais ainda o grupo artificial de A. glaucus, e<br />

situando-se, ent~o, a sdrie de A. restrictus como intermedi~ria entre<br />

os g~neros <strong>Aspergillus</strong> e Penicillium, atd que novos estudos digam<br />

da conveni6ncia ou n~o de se restaurar Microaspergitlus, como ponte<br />

entre ~sses dois g6neros.<br />

No caso presente, o A. gracilis sartoryi n. <strong>var</strong>. afigura-se-nos como<br />

de extraordin~ria import~ncia, podendo mesmo ocupar a posi~o<br />

de elemento de transi~o filogen6tica entre <strong>Aspergillus</strong> e Penicilliurn,<br />

uma vez que a morfologia de sua frutifica~o conidial apresenta<br />

caracteres d~sses dois g6neros. Fig. 1-b-c.<br />

O alicerce da taxonomia micoldgica repousando ainda ern grande<br />

parte, classicamente, no estudo da morfologia das estruturas<br />

vegetativas e de reprodu~o dos fungos, refor~a-se para a diferen-<br />

ciag~o das esp~cies de <strong>Aspergillus</strong> e Penicillium no estudo do seu<br />

comportamento cultural em diferentes meios de laborat6rio,<br />

enquanto n~o se faz sensivel a contribuig~o da Genetica, no es-<br />

clarecimento da potencialidade cromoz6mica dos organismos<br />

pertencentes a 6sses generos.<br />

Assim, levando em conta o tipo dos conidioforos que se erguem<br />

do substrato, corn a presenga de celula p6 (foot cell) Fig. l-a,<br />

pr6prios de <strong>Aspergillus</strong>, e os conidioforos que se definem s6bre<br />

cord6es micelianos aereos, (ropes), com vesfculas disfargadas em<br />

simples dilatagSes e esterigmas inseridos ao modo das frutificagSes<br />

monoverticiladas de Penicillium, ou ainda proliferantes, corn a<br />

produgfio de novasrpseudo-vesiculas, mantendo, o aspecto germ das<br />

ramificag6es de Penicillium, n~o podemos deixar ~ margem, em<br />

fung~o embora que s6mente da morfologia, fisse car&ter de conex~o<br />

entre os dois generos <strong>Aspergillus</strong> e Penicillium que o A. gracilis<br />

sartoryi n. vat. bern representa.


ASPERGILLUS GRACtLIS BAINIER 91<br />

Achamos mesmo, ante os resultados de seu cultivo, adiante<br />

expostos, que 6sse fungo, filogeneticamente, merece urea considera-<br />

~o t6da especial.<br />

Fig. I<br />

ASP~GILLUS GP~CILIS BAINIER VAR. SAR-<br />

TORYI (BIOURGE) BATISTA, LIMA E VITAL.<br />

~)"foo$ cell" e "rizoides";b) conidio-<br />

foro simples, com eSterigTmas lembrsn-<br />

do PenieilllLxm monovertlcilado; c ) co-<br />

nidioforo de ves{c&la ramificada e 9<br />

¢uJos ramos se origlnar~o novas ves~-<br />

¢ulas.<br />

Fig. I.<br />

Outrossim, a nfio forma~o de cleistotecios e ascosporos, e a<br />

aus.6ncia de esclerocios que acompanham as culturas dos fungos da<br />

serle ,,restrictus" e em particular de A. gracilis sartoryi, ressaltam


92 A. CHAVES BATISTA ]~ COLL.<br />

Fig. 2. <strong>Aspergillus</strong> <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Var. <strong>Sartoryi</strong> (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Col6nia s6bre Czapek neutro, aos 10 dias. Orig.<br />

Fig. 3. <strong>Aspergillus</strong> <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Vat. Sartovyi (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Conidioforos simp]es, desenvolvidos perpendicularmente s6bre cord~o miceliano<br />

trope) e ¢adeias compactas de conidios. Orig. 400 ×.


ASPERGILLUS GRACILIS BAINIER 93<br />

um est~dio incompleto, que se distingue do grupo de A. glaucus,<br />

geralmente produtor de corpos frutigenos, de natureza sexuada.<br />

Descri~fio<br />

O fungo <strong>Aspergillus</strong> gracilis <strong>Bainier</strong> <strong>var</strong>. sartoryi que ora des-<br />

crevemos apresenta, do ponto de vista da taxonomia, os caracteres<br />

gerais que demarcam a espfieie A. gracilis, e as particularidades que<br />

delimitariam A. sartoryi <strong>Biourge</strong>, que, apesar de como tal denomina-<br />

do, n~o alcan~ou validade, por falta de publica~o adequada,<br />

conforme o prescrevem as regras do Cddigo InternacionaI de Nomen-<br />

clatura Botfi.nica.<br />

Distanciando-se o nosso fungo de A. gracilis peta estrutura do<br />

epispdrio e maior tamanho dos seus conidios poderiamos revalidar a<br />

espficie A. sartoryi ou descrev6-1o como esp6cie nova; preferimos,<br />

entretanto, reunir o epiteto sarloryi ao nome esp6dfico de A.<br />

gracilis, para designa-lo, simplesmente, como urea <strong>var</strong>iedade, numa<br />

homenagem a BIOURGE.<br />

No meio de Czapek-agar, ~ temperatura ambiente (26--28 ° C) e<br />

aos 11--12 dias, as col6nias revelam-se de lento crescimento,<br />

alcangando de I3--16 rams de di~metro e 1--1,5 mms de Mtura;<br />

s~o arredondadas, de bordos inteiros ou arborescentes, um tanto<br />

mucoides, planas e ent~o de colora~o inicial branco-cinza e depois<br />

verde cinza corn a 5rea central densa, de micetio aereo branco,<br />

contrastante, aveludadas, ou se mostram convolutas, ondeadas, de<br />

firme textura miceliana, flocosas em parte ou no todo, e de tonali-<br />

dade branca, corn orta estreita verde-cinza, Fig. 2; o micelio sub-<br />

merso ao redor das col6nias, origina como que um halo de 1--2 rams<br />

de di~metro; exsudato ausente; odor indistinto ou ausente; reverso,<br />

de cotora~o azul-cinza ou incolor.<br />

Conidioforos de dois tipos: simples e de vesiculas ramificadas.<br />

Os conidioforos simples levantam-se do substrato, corn celula p6<br />

(foot cell) diferen~ada, ou se constituem a partir de hifas aereas e<br />

cordSes micelianos (ropes), no sentido perpendicular a 6stes, Fig. 3,<br />

apresentando-se septados, de membrana lisa, corn o ~pice clavado<br />

ou c6nico, e alcan~ando a extens~o de 22,5--110 #, progressivamente<br />

dilatados da base para o fipice, onde o di~metro <strong>var</strong>fa de 6---12,5 #.<br />

Os conidioforos de vesleulas ramificadas geralmente originam-se<br />

do substrato, corn ,,foot cell" ou corn ,,rizoides" 101--276 # de<br />

extens~o (ramo prim~rio) e o ~pice compSe urea vesicula globosa<br />

ou elaviforme, 10--19¢, de di~metro da quaI proliferam novos<br />

eonidioforos, pseudo-conidioforos, de base estreitada e ~pice alar-<br />

gado em vesfcula elaviforme, Fig. 4 e Fig. 5; frequentemente, dessas<br />

novas veslculas formam-se novos pseudo-conidioforos, 62--287 ×<br />

6--17# que d~o dilata~Ses vesiculares por seu turno tamb6m<br />

origin~rias de novos pseudo-conidioforos, de 62--295 × 6--17/~,<br />

perfazendo assim um total de tr6s expans5es de conidioforos e tr6s<br />

vesiculas Fig. 6 e Fig. 7; eertas linhagens ainda produzem uma


94 A. CHAVES BATISTA E COLL.<br />

• ig. 4<br />

AS~GILLU$ GRACILIS BAINIER VAR. SAETORYI (BIOURGE)<br />

BATISTA, LIMA E VITAL.<br />

Fig. 4.<br />

Fig. 5,<br />

"x<br />

d*<br />

Fig. 5 ASPERGILLUS GRACILIS BAINIER ~AR. SAR~QRYI<br />

(BIOURGZ) BATISTA, LIMA E VITAL.<br />

©


ASPERGILLUS GRACILIS BAINIER 95<br />

quarta extens~o de pseudo-conidioforos encimados tamb6m por<br />

vesiculas.<br />

Os conidioforos simptes s~o abundantes na superflcie do meio de<br />

CzAPEI~ enquanto que os conidioforos ramificados se apresentam<br />

imersos no meio de cultura, ~t maneira decumbente, e escassos ou<br />

bastante numerosos, Fig. 10.<br />

Nas vesiculas dos conidioforos simples inserem-se esterigmas<br />

lageniformes, em uma flnica sdrie, em nflmero de 3 ou em grande<br />

quantidade, e sdmente na porg~o mais apical das vesicutas, atingindo<br />

de 6--9 × 2,5---4 #.<br />

t~ comum tambdm o conidioforo depois de entumecer o £pice, na<br />

constru~o de vesicula, dar lugar ao crescimento de longos e dis-<br />

formes esterigmas, assemelhados as ramifica~Ses monoverticiladas<br />

de Penicillium, os quais, entretanto conservam-se est6reis, sere<br />

produzir conidios, Fig. 8 e Fig. 9; em outros conidioforos, pordm,<br />

alguns d6sses esterigmas comp6em novas vesiculas.<br />

Nos conidioforos de vesiculas ramificadas s6 as vesiculas dos<br />

filtimos pseudo-conidioforos possuem esterigmas, ali~s corn as<br />

mesmas caracteristicas dos esterigmas das veslculas dos conidio-<br />

foros simples; as demais n~o os t6m.<br />

Nas vesiculas livres, de ramos secund~rios, os esterigmas suportam<br />

curtas cadeias de conidios -- Fig. 11, enquanto que as vesiculas<br />

livres de ramos terci~rios e quatern~rios exibem esterigmas corn um<br />

s6 conidio ou estereis.<br />

Dos esterigmas dos conidioforos simples partem colunas com-<br />

pactas de conidios, que <strong>var</strong>iam de 90--281 × 17--28 #, Fig. 12.<br />

Os conidios s~o em fdrma de barril, de tonatidade verde-cinza,<br />

5--7,5 × 4--5/~, de epispdrio liso quando jovens, e espinescente<br />

maturidade, ligados uns aos outros por conectivos pouco evidentes,<br />

Fig. 13.<br />

No meio de SABOUmaUD ,,Difco" as col6nias s~o mais ampliadas<br />

do que s6bre CZAPEK agar chegando a 21 mms de dfftmetro, aos<br />

6 dias e ~ temperatura ambiente; s~o ondeadas, brancas at6 o 13 °<br />

dia, mas em vez de flocosas, mostram-se de aspecto fasciculado,<br />

corn abundantes cord6es micelianos (ropes) ~ superficie; o micelio,<br />

submerso ~ bern mais reduzido do que em CzaPJ~, Fig. 14 e Fig. 15,<br />

inodoras, sere exsudato, de reverso branco-cinza; a 37 ° C o cresci-<br />

mento 6 paralisado.<br />

Na superficie das col6nias encontram-se conidioforos simples ao<br />

passo que, imersos no meio de cultura se acham, abundantemente,<br />

conidioforos de vesiculas ramificadas e at6 cordSes micelianos dos<br />

quais se originam conidioforos simples, no sentido perpendicular.<br />

S6bre papel de filtro assentado na superficie do meio de SABOU-<br />

RAUD, em placas de PETRI, segundo a t6cnica de t~'LEMMING, as<br />

culturas desenvolvem-se corn certa intensidade, chegando a 20 mms<br />

de di~metro, planas ou enrugadas, de colora~o branco-creme;<br />

tais col6nias produzem, indistintamente, tanto s6bre o papel, como<br />

entre o papel e o meio de cultivo, conidioforos simples e conidioforos


96 A, CHAVES BATISTA E COLL.<br />

de vesiculas ramificadas; algumas linhagens entretanto formam<br />

preferentemente os conidioforos de vesiculas ramificadas entre o<br />

papel e o meio de cultura.<br />

No meio de batata-dextrose-agar as col6nias s~o planas, velutinas,<br />

quase sem desenvolvimento de micelio adreo, e permanecem de<br />

colora~o verde-cinza.<br />

Os conidioforos simples n~o se distinguem daqueles que se for-<br />

mare s6bre Czapek-agar.<br />

Os de vesiculas ramificadas, originando-se tamb~m s6bre ,,foot<br />

cell", ou s6bre ,,rizoides" apresentam o ramo prim~irio mais longo e<br />

mais estreito, 146--300 × 8,5-:-11 #; os ramos secund~rios <strong>var</strong>iam<br />

de 62--135 × 8,5--11 #; nXo assinalamos ramifica§6es terci~rias e<br />

quatern~rias has culturas s6bre batata-dextrose-agar.<br />

Em regra os conidioforos simples se acham na superficie das<br />

co16nias eos conidioforos de vesiculas ramificadas est~o imersos no<br />

meio de cuttivo.<br />

As cadeias conidiais oscilam entre 45--140 × 17,5--25 # e os<br />

conidios, individualmente, revetam-se de menor tamanho, 5--6,5 ×<br />

3--4/~.<br />

O fungo em aprecia~o apresenta clamidosporos globosos ou<br />

ovoides, intercalares, em rosario ou isolados, em todos os meios de<br />

cultura e ~ medida de seu envelhecimento.<br />

N~o desenvolve esclerocios hem constitui cleistotecios.<br />

Isolado como contaminante de cultura no laborat6rio.<br />

Leg. A. Fernandes Vital, 8/11/195¢.<br />

Typo, no 246, no Instituto de Micologia, da Universidade do<br />

Recife.<br />

<strong>Aspergillus</strong> gracilis <strong>Bainier</strong> <strong>var</strong>. sartoryi (<strong>Biourge</strong>) Bafista, <strong>Lima</strong><br />

e Vital.<br />

Coloniae in agaro Czapekii neutro multo restrictae, 18--16 mm<br />

diam., in Sabouraudii dextrosi celeriter crescentes, planae, albido-<br />

cinereae, dein viridae -- cinereae et area centrali denso-/loccosae,<br />

aIbidae, vel convolutae, corrugata comflositae, albae et margine viridae<br />

in agaro Sabouraudii [asciculatae; mycelio submerso in halo margi-<br />

nato," sporulatione media; exsudato hullo, reverso incolorato vel<br />

caeruleo-cinereo, in agaro Sabouraudii dextrosi incolorato vel albo-<br />

cinerae, inodora: conidiophoris simpliees et conidiophoris vesicula<br />

ramosis gerentes.<br />

In agaro Czapekii conidiophoris simpliees cure ,,/oot cell", plerum-<br />

que ex hyphis repentibus orientibus membrana Iaevis, septatis, ad<br />

apicem clavatis vel conicis, 22,5--110 × 6--12,5 # super[iciali.<br />

Conidiophoris vesicula ramosis immersis cure ,,rhizoidis" vel<br />

,,loot cell" sed distinctis in ramis,, prima ramis 101--276 x 10--19;<br />

vesicula globosa vel clavi/ormia, ramosa; secundarius ramis 62--.287<br />

× 6--17 # et vesicula clavi/ormia ipse proli/erantibus," tertius ramis<br />

62--295 × 6--17 # et vesicula clavata vel globosa; ramo quarto taro,"<br />

sterigmatibus in eonidiophoris simplicis lageni/ormibus, 3 vel


ASPERGILLUS GRACILIS BAINIER 97<br />

Fig. 6. <strong>Aspergillus</strong> Gracitis <strong>Bainier</strong> Vat. <strong>Sartoryi</strong> (<strong>Biourge</strong>) atista, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Vesicula ramificada, corn esterigmas transformados em pseudo-conidioforos que<br />

dAo novas veslculas. Orig. 400 ×.<br />

Fig. 7. <strong>Aspergillus</strong> <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Vat. Savloryi (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Conidioforo (ramo prim~rio) vesicula ramosa e pseudo conidioforo (ramos secund~-<br />

rios e terciarios), os dltimos tendo veslculas Ierteis, corn esterigmas normais onde se<br />

insere um s6 conidio. Orig. 200 ×.


A. CHAVES BATISTA E COLL. 98<br />

Fig. 8. <strong>Aspergillus</strong> <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Vat, <strong>Sartoryi</strong> (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Conidioforo com esterigmas uniseriados assemelhando-se 5~ ramificag~o mono-<br />

verticiIada de Pe¢¢icillium. Orig. 430 ×.<br />

Fig. 9. dspergillus <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Vat. Sa~4oryi (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Detalhe da inserq~o de esterigmas aaaormais no terco apical da ves~cula, Foto-micro<br />

obtida corn filtro vermelho. Orig. 430 ×.


ASPERGILLUS GRACILIS BAINIER 99<br />

Fig. 10. <strong>Aspergillus</strong> <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Va~. <strong>Sartoryi</strong> (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Outro aspecto dos conidioforos de veslculas rami~icadas, formados Ila intimidade do<br />

meio de Czapek, inteiramente imersos. Orig. 200 ×.<br />

Fig. 1I. <strong>Aspergillus</strong> <strong>Gracilis</strong> t3ainier Va~. <strong>Sartoryi</strong> (]<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Aspecto de conidioforos de veslculas ramificad&s, notando-se os ramos primanos e os<br />

ramos secund~rios, ~stes corn as vesiculas sustentando curtas cadeias de conidios.<br />

Orig. 200 ×.


100 A, CHAViES }3ATISTA E COLL.<br />

Fig. 12. Aspergitl,us <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Vat. <strong>Sartoryi</strong> (<strong>Biourge</strong>) Bafis£a, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Cadeias conidiais compact:as, como verdadeiras colunas, desenvoIvidas s6bre<br />

conidioioros simples, no meio de Czapek. Orig. 200 ×.<br />

Fig. 13,<br />

Detalhe<br />

<strong>Aspergillus</strong> <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Var. <strong>Sartoryi</strong> (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

da constitui~Ao das colunas de conidios, s6bre conidioforos simples.<br />

Orig. 400 ×.


ASPERGILLUS GRACILIS BAINIER 101<br />

Fig. 14. Aspevgillus <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> Vat. Savloryi (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

CoI6nias em Sabouraud-dextrose, aos 7 dias. Orig.<br />

Fig. 15. A spevgillus <strong>Gracilis</strong> <strong>Bainier</strong> vaf. <strong>Sartoryi</strong> (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> e Vital.<br />

Detathe da superflcie da cultura, em Sabouraud-dextrose, aos 7 dias. Orig.


102 A. CHAVES BATISTA ]~ COLL.<br />

numerosis, 6--9 × 2,5--4 it; in vesicula ramosis sterigmatibus solum<br />

in suprema, dense con/ertis, cure uno soIum conidiis; in sterigmatibus<br />

conidiophoris simplicis, conidiis in cadusi, viride-cinereis, 5--7,5 ×<br />

4--5 tt, conspicuae spinescentis, in catenis tongis, 90--281 × 17--28#<br />

saepe spissus parallelibus.<br />

Contaminatione in laboratorio, Recife, Brasil.<br />

Leg. A. F. Vital, S/11/1954. Typus, 246, Instituto de Micologia,<br />

Universidade do Recife.<br />

Prov. Pernambuci, Brasiliae, Amer., Austr.<br />

Summary<br />

We deal with a new <strong>var</strong>iety of <strong>Aspergillus</strong> which we call Asper-<br />

gillus gracilis <strong>Bainier</strong> <strong>var</strong>. sartoryi (<strong>Biourge</strong>) <strong>Batista</strong>, <strong>Lima</strong> and<br />

Vital.<br />

This <strong>var</strong>iety appears to be very important under the phylogenetic<br />

point of view, apparently being an intermediate form between<br />

<strong>Aspergillus</strong> and Penicillium.<br />

Its morphology resembles A. gracilis but the conidia characte-<br />

ristics are distinct; we took the epithet sartoryi from A. sartoryi<br />

<strong>Biourge</strong> which was not described by the respective author.<br />

We suggest, too, the transfer of the series A. restrictus, where<br />

we put our new <strong>var</strong>iety, from the group A. glaucus, to become in-<br />

dependant, as a connective series in the phylogenetic development<br />

between Aspergitlus and Penicillium, since the type of the series<br />

and the other elements that it embraces does not produce sclerotia<br />

or cleistothecia and the conidial apparatus offers curious similarity<br />

to Penicillium. Besides, some fungi of the series grow well in<br />

certain culture media, in complete discordance with the members of<br />

the group A. glaucus.<br />

Refer6ncias<br />

BESSEY, E. A. (1952) In Morphology and Taxonomy of fungi. The<br />

Blakiston Co, Philad. U.S.A., 791 p~gs.<br />

MASON, E. W. (1942--1943) Remarks on <strong>var</strong>iation and changes in<br />

the appearance of moulds. In Proc. Lin. Soc. Lond, part 1, 6--7.<br />

FLEMING, A. (1942--1943) The Use of Paper and Celophane Discs<br />

for the Preparation of Museum Specimens of Mould Cultures. In<br />

Proc. Lin. Soc. Lond, part 1, 5--6.<br />

RAVER, K. B. and FENNELL, D. I. (1948) New species of Penicillium.<br />

In Mycologia, 40, 507--546, il.<br />

RAFER, K. B. and THOM C. (1949) In A Manual of the Penicillia.<br />

Lond. Baillidre, Tindall & Cox, 875 p£gs. il.<br />

THOM, C. and RAI)ER, K. B. (1949) In A Manual of the Aspergilli --<br />

The Williams & ~:ilkins Co. 373 p£gs. it.

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