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tecnologia da informação aliada a gestão do conhecimento

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ALIADA A GESTÃO DO CONHECIMENTO NA<br />

MELHORIA DA ESTRATÉGIA E DESEMPENHO ORGANIZACIONAL<br />

Resumo<br />

Artur Alves de Moura *<br />

Tarcisio Campanholo **<br />

O <strong>conhecimento</strong> dentro <strong>da</strong>s organizações se tornou um ativo estratégico capaz de gerar<br />

vantagens competitivas e diferenciais de merca<strong>do</strong>, fazen<strong>do</strong> com que essas organizações se<br />

esforcem para criar, armazenar, transferir e aplicar o <strong>conhecimento</strong>. É nesse contexto que a<br />

Gestão <strong>do</strong> Conhecimento se transforma em valioso recurso estratégico, posto que a<br />

globalização <strong>da</strong> economia, impulsiona<strong>da</strong> pelo avanço tecnológico e pelas comunicações, é<br />

uma reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> qual não se pode escapar. Nesse cenário que a Tecnologia <strong>da</strong> Informação<br />

se faz importante, pois através de recursos tecnológicos e computacionais a organização é<br />

capaz de melhorar a quali<strong>da</strong>de e a disponibili<strong>da</strong>de de informações e <strong>conhecimento</strong>s<br />

inerentes ao seu crescimento e sua diferenciação no merca<strong>do</strong>.<br />

Palavras-­‐chave: Gestão <strong>do</strong> Conhecimento. Organização. Tecnologia <strong>da</strong> Informação.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O conceito de Gestão <strong>do</strong> Conhecimento parte <strong>do</strong> princípio de que to<strong>do</strong> o <strong>conhecimento</strong><br />

existente na empresa, no intelecto <strong>da</strong>s pessoas, nos processos cria<strong>do</strong>s e nos departamentos<br />

existentes, é parte integrante <strong>da</strong> organização e, em contraparti<strong>da</strong>, os colabora<strong>do</strong>res devem<br />

contribuir para a geração <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>, bem como usufruir dele. Sen<strong>do</strong> assim as organizações<br />

atuais estão preocupa<strong>da</strong>s em analisar e organizar <strong>da</strong><strong>do</strong>s, de forma que sejam disponibiliza<strong>do</strong>s<br />

como <strong>informação</strong>, com valor agrega<strong>do</strong>, para subsidiar os processos de toma<strong>da</strong> de decisão, pois o<br />

atual ambiente de negócios sofre influência de fatores que são decorrentes de inovações sociais,<br />

econômicas, políticas, organizacionais, tecnológicas e institucionais, fazen<strong>do</strong> com que a criação e<br />

* Gradua<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong> Computação pela Universi<strong>da</strong>de Federal de Uberlândia e Especialista em Gestão<br />

Organizacional e Desenvolvimento de Talentos Humanos pela Facul<strong>da</strong>de Católica de Uberlândia. E-mail<br />

artur14@gmail.com.<br />

** Doutoran<strong>do</strong> em Administração pela Universi<strong>da</strong>d de La Empresa - UDE - Montevidéo - Uruguay. Mestra<strong>do</strong> em<br />

Bio<strong>tecnologia</strong> e Gestão Industrial pela Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>do</strong> Rio de Janeiro - UFRJ. Pós Graduação em Segurança<br />

<strong>da</strong> Informação pela União Educacional de Minas Gerais. Gradua<strong>do</strong> em Ciências Contábeis pela Facul<strong>da</strong>de de<br />

Itapiranga-FAI. E-mail tarcisio_campa@hotmail.com


a disseminação <strong>da</strong> <strong>informação</strong> e <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> passem a desempenhar um papel estratégico<br />

nas organizações.<br />

De fato, o mun<strong>do</strong> atual passa por uma ver<strong>da</strong>deira Revolução Tecnológica, e para Castels<br />

(1999) não é a centrali<strong>da</strong>de de <strong>conhecimento</strong> que caracteriza essa revolução, e sim um ciclo de<br />

realimentação cumulativo entre inovação e seu uso. Com o grande volume de informações que é<br />

difundi<strong>do</strong> pelos meios de comunicação, surge a necessi<strong>da</strong>de de melhorar o gerenciamento dessas<br />

informações com o intuito de contribuir para a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> dentro <strong>da</strong>s organizações.<br />

Nesse contexto, surge a oportuni<strong>da</strong>de de aliar as <strong>tecnologia</strong>s <strong>da</strong> <strong>informação</strong> e as <strong>tecnologia</strong>s de<br />

<strong>gestão</strong>, fazen<strong>do</strong> com que as duas sejam executa<strong>da</strong>s em paralelo ten<strong>do</strong> como ponto comum a<br />

<strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>.<br />

A Tecnologia <strong>da</strong> Informação (TI) oferece um leque de ferramentas para auxiliar o gestor a<br />

implantar a Gestão <strong>do</strong> Conhecimento, de forma satisfatória e coordena<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong> organização,<br />

contu<strong>do</strong> esse gestor deve estar ciente de que apenas as TI, quan<strong>do</strong> implanta<strong>da</strong>, não gerará uma<br />

melhoria <strong>do</strong> desempenho organizacional e nem criará vantagem competitiva, que é o que to<strong>da</strong><br />

empresa espera.<br />

O presente artigo é composto de uma pesquisa bibliográfica que abor<strong>da</strong> os principais<br />

conceitos sobre a Gestão <strong>do</strong> Conhecimento, mostran<strong>do</strong> como o <strong>conhecimento</strong> é cria<strong>do</strong>, como ele<br />

transita dentro <strong>da</strong>s organizações e de que forma ele pode ser mensura<strong>do</strong>. Além disso, o artigo<br />

também exibe uma pesquisa bibliográfica sobre como a Tecnologia <strong>da</strong> Informação pode ser<br />

relevante para a estratégia de uma organização. E por fim o artigo exibe três pesquisas realiza<strong>da</strong>s<br />

em diferentes países que mostram como a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> pode aliar-se à <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>informação</strong>.<br />

2. A GESTÃO DO CONHECIMENTO<br />

Em face <strong>do</strong> tema a ser discorri<strong>do</strong> neste artigo, cabe aqui, inicialmente, esclarecer alguns<br />

conceitos chave, como o que se entende por <strong>da</strong><strong>do</strong>s, informações, <strong>conhecimento</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>conhecimento</strong>. Segun<strong>do</strong> alguns autores, entre eles Motta (1999), o termo <strong>gestão</strong> é genérico e<br />

sugere a idéia de dirigir e decidir. Druker (1993), em sua obra sobre a socie<strong>da</strong>de pós-capitalista,<br />

abor<strong>da</strong> o <strong>conhecimento</strong> no contexto de uma revolução gerencial, onde a aplicação <strong>do</strong><br />

<strong>conhecimento</strong> é sinônimo de gerência eficaz, sen<strong>do</strong> que, em sua visão o gerente é o “responsável<br />

pela aplicação e pelo desempenho <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>”; ain<strong>da</strong> nesta obra Druker (1993) afirma que


o <strong>conhecimento</strong> nos dias atuais é o único recurso com significa<strong>do</strong>, pois os recursos tradicionais<br />

como terra (recursos naturais), mão-de-obra e capital se tornaram secundários, pois podem ser<br />

obti<strong>do</strong>s facilmente, desde que o <strong>conhecimento</strong> exista.<br />

Para Davenport e Prusak (1998) <strong>da</strong><strong>do</strong>s, informações e <strong>conhecimento</strong> estão intimamente<br />

relaciona<strong>do</strong>s, forman<strong>do</strong> uma hierarquia entre eles, esses autores explicam que o <strong>conhecimento</strong> é<br />

decorrente <strong>da</strong> <strong>informação</strong>, que, por sua vez, deriva de um conjunto de <strong>da</strong><strong>do</strong>s. Para os autores<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s são registros sem significa<strong>do</strong>, que se transformam em informações ao adquirirem algum<br />

significa<strong>do</strong>. As informações são <strong>da</strong><strong>do</strong>s que possuem relevância e propósito e o <strong>conhecimento</strong><br />

pode ser visto como o conjunto de informações reconheci<strong>da</strong>s e integra<strong>da</strong>s pela pessoa dentro de<br />

um esquema pré-existente, ou seja, o <strong>conhecimento</strong> é gera<strong>do</strong> apenas no momento em que as<br />

pessoas reconhecem as informações e as aplicam em suas ações cotidianas para a obtenção de<br />

algo.<br />

Da mesma forma, a hierarquia reversa também pode ser considera<strong>da</strong>, o <strong>conhecimento</strong> ao<br />

ser explicita<strong>do</strong>, difundi<strong>do</strong> através de meios físicos ou virtuais, se torna uma <strong>informação</strong> ou um<br />

conjunto delas, que ao serem desmembra<strong>da</strong>s se tornam um conjunto de <strong>da</strong><strong>do</strong>s, a Figura 1 ilustra<br />

essa hierarquia para transformação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s em <strong>informação</strong>, <strong>informação</strong> em <strong>conhecimento</strong> e<br />

vice-versa. Nesse senti<strong>do</strong>, Davenport e Prusak (1998) afirmam que o <strong>conhecimento</strong> está<br />

relaciona<strong>do</strong> ao uso inteligente <strong>da</strong> <strong>informação</strong>, poden<strong>do</strong> ser avalia<strong>do</strong> pela quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações ou<br />

<strong>da</strong>s decisões a que leva.<br />

Alguns autores ain<strong>da</strong> definem o <strong>conhecimento</strong> a partir <strong>do</strong> conceito de reali<strong>da</strong>de como<br />

construção social, é o caso de Berger e Luckmann (1966), que buscaram na obra de Marx, o<br />

argumento de que a origem <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> é o trabalho humano, de forma que esses autores<br />

afirmam que o <strong>conhecimento</strong> é construí<strong>do</strong> socialmente, à medi<strong>da</strong> que o homem em suas<br />

ativi<strong>da</strong>des cotidianas, se depara com algum tipo de problema, ou seja, enquanto não ocorrem<br />

problemas, aceita-se a reali<strong>da</strong>de como certa e o <strong>conhecimento</strong> como ver<strong>da</strong>deiro. Neste senti<strong>do</strong>, só<br />

há aprendizagem quan<strong>do</strong> o ser humano, em suas interações com o mun<strong>do</strong>, supera desafios e<br />

transforma a reali<strong>da</strong>de.<br />

De forma coerente com a visão de <strong>conhecimento</strong> como construção social, Polanyi (1983)<br />

identifica <strong>do</strong>is tipos de <strong>conhecimento</strong>, o tácito e o explícito, onde o <strong>conhecimento</strong> explícito ou<br />

codifica<strong>do</strong> é passível de transmissão sistemática por meio <strong>da</strong> linguagem formal, relaciona<strong>do</strong> a<br />

eventos e objetos, independente <strong>do</strong> contexto; já o <strong>conhecimento</strong> tácito é pessoal, relaciona<strong>do</strong> a


um contexto específico e difícil de ser formaliza<strong>do</strong> e comunica<strong>do</strong>, representa o <strong>conhecimento</strong><br />

produzi<strong>do</strong> pela experiência de vi<strong>da</strong>, incluin<strong>do</strong> elementos cognitivos e práticos.<br />

Mais tarde <strong>do</strong>is autores japoneses, Nonaka e Takeuchi (1997), utilizariam estes conceitos<br />

de <strong>conhecimento</strong> tácito e explícito para formular uma teoria sobre a criação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>.<br />

Figura 1 – Hierarquia de transformação de <strong>da</strong><strong>do</strong>s em <strong>informação</strong> e <strong>conhecimento</strong><br />

Fonte: A<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> de Davenport e Prusak (1998)<br />

Após o entendimento <strong>do</strong>s conceitos de <strong>da</strong><strong>do</strong>s, <strong>informação</strong> e <strong>conhecimento</strong>, a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>conhecimento</strong> pode ser entendi<strong>da</strong> como o processo pelo qual uma organização consciente e<br />

sistematicamente coleta, organiza, compartilha e analisa seu acervo de <strong>conhecimento</strong> para atingir<br />

seus objetivos (FALCÃO e BRESCIANI FILHO, 1999). Já na visão de Schultze e Leidner<br />

(2002) a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> é a geração, representação, estoque, transferência,<br />

transformação, aplicação, incorporação e proteção <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>; e para essas autoras a <strong>gestão</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> está intimamente liga<strong>da</strong> a conceitos como: aprendizagem organizacional,<br />

organização de aprendizagem, memória organizacional, compartilhamento <strong>da</strong> <strong>informação</strong> e<br />

trabalho colaborativo.<br />

Ain<strong>da</strong> na conceituação <strong>da</strong> Gestão <strong>do</strong> Conhecimento, é imprescindível apresentar uma <strong>da</strong>s<br />

principais abor<strong>da</strong>gens sobre essa <strong>gestão</strong> na literatura, que consiste na teoria <strong>da</strong> criação <strong>do</strong><br />

<strong>conhecimento</strong>, exposta no livro “Criação de Conhecimento na Empresa” (Editora Campus),


escrito por Nonaka e Takeuchi (1997), onde essa teoria busca examinar os mecanismos e<br />

processos pelos quais o <strong>conhecimento</strong> é cria<strong>do</strong>.<br />

Os autores Nonaka e Takeuchi buscaram suporte para a teoria <strong>da</strong> criação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong><br />

na obra de Platão (século IV a.C.), na qual o <strong>conhecimento</strong> é defini<strong>do</strong> como “crença ver<strong>da</strong>deira<br />

justifica<strong>da</strong>”, e a partir dessa definição fun<strong>da</strong>mentaram sua teoria em duas dimensões:<br />

epistemológica e ontológica, sen<strong>do</strong> a dimensão epistemológica basea<strong>da</strong> na distinção feita por<br />

Polanyi (1983) entre <strong>conhecimento</strong> tácito e explícito, onde essas duas formas de <strong>conhecimento</strong>,<br />

tácito e explícito, devem integrar-se permanentemente, por meio de símbolos, metáforas e<br />

analogias para a criação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> nas organizações. Já na dimensão ontológica, Nonaka e<br />

Takeuchi (1997) consideram o <strong>conhecimento</strong> como uma criação individual, que se expande pela<br />

organização através de uma espiral <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>, forman<strong>do</strong> uma rede de <strong>conhecimento</strong>s.<br />

No que concerne a gênese <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> na organização, Nonaka e Takeuchi (1997)<br />

afirmam que está identifica<strong>da</strong> na interação <strong>da</strong>s duas perspectivas discuti<strong>da</strong>s anteriormente, por<br />

meio <strong>da</strong> integração <strong>da</strong>s duas formas de <strong>conhecimento</strong>, tácito e explícito, onde são considera<strong>do</strong>s<br />

quatro processos de conversão <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> que permeiam essas duas formas:<br />

• socialização, que consiste no processo de compartilhamento de <strong>conhecimento</strong> tácito, por<br />

meio <strong>da</strong> experiência (Tácito à Tácito);<br />

• externalização, que consiste no processo de articulação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> tácito em<br />

conceitos explícitos, por meio de metáforas, analogias, símbolos, slogans ou modelos<br />

(Tácito à Explícito);<br />

• combinação, que consiste no processo de sistematização de conjuntos diferentes de<br />

<strong>conhecimento</strong> explícito (Explícito à Explícito);<br />

• internalização, que está intimamente relaciona<strong>da</strong> aos processos de aprendizagem na<br />

prática, de incorporação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> explícito no <strong>conhecimento</strong> tácito, por meio <strong>da</strong><br />

aplicação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> formal nas ativi<strong>da</strong>des de trabalho (Explícito à Tácito).<br />

O processo de conversão <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> ocorre por meio de processos colaborativos<br />

promovi<strong>do</strong> por um grupo de pessoas ou por iniciativa de um único indivíduo. Nesse caso, o<br />

<strong>conhecimento</strong> é cria<strong>do</strong>, recria<strong>do</strong> e amplia<strong>do</strong>, tem seu escopo mais abrangente, num processo


circular, forman<strong>do</strong> a famosa Espiral <strong>do</strong> Conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997), conforme<br />

ilustra a Figura 2.<br />

Figura 2 – Espiral <strong>do</strong> Conhecimento<br />

Fonte: A<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> de Nonaka e Takeuchi (1997)<br />

A teoria <strong>da</strong> criação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> é apresenta<strong>da</strong>, de forma geral, por Nonaka e<br />

Takeuchi (1997) como uma crítica ás práticas <strong>da</strong>s empresas <strong>do</strong> ocidente, pois os ocidentais<br />

tendem a enfatizar o <strong>conhecimento</strong> explícito, empresa é vista como uma máquina processa<strong>do</strong>ra<br />

de <strong>conhecimento</strong>, em que enfatiza o <strong>conhecimento</strong> explícito, formaliza<strong>do</strong>; já os japoneses tendem<br />

a ressaltar o <strong>conhecimento</strong> tácito, empresa é vista como um organismo vivo, onde se destaca o<br />

<strong>conhecimento</strong> como uma criação social.<br />

A visão oriental (japonesa) <strong>da</strong> <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> está explicita<strong>da</strong> principalmente nas<br />

obras de Nonaka e Takeuchi, já no contexto ocidental o trabalho de Davenport e Prusak (1998) é<br />

considera<strong>do</strong> referência, pois esses autores realizaram um amplo estu<strong>do</strong> em empresas ocidentais<br />

de grande porte, no qual identificaram dificul<strong>da</strong>des e as condições de sucesso <strong>do</strong>s modelos de<br />

<strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>. As principais dificul<strong>da</strong>des referem-se à <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> tácito e


as condições de sucesso, são determina<strong>da</strong>s quan<strong>do</strong> a organização possui uma cultura<br />

organizacional favorável ao <strong>conhecimento</strong> e a utilização de sistemas de <strong>informação</strong>. Neste<br />

mesmo contexto, as autoras Alavi e Leidner (2001) destacam a necessi<strong>da</strong>de de sistemas de<br />

<strong>informação</strong> para a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>, especificamente volta<strong>do</strong>s para apoiar a criação, a<br />

transferência e a aplicação <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> nas organizações.<br />

A <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> alia<strong>da</strong> à <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> confere às organizações uma<br />

perspectiva ampla e promissora, pois viabiliza a geração de inovações de forma dura<strong>do</strong>ura, o que<br />

permite vislumbrar a conquista de vantagem competitiva.<br />

2.1 A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES<br />

O conceito de Tecnologia <strong>da</strong> Informação é mais abrangente <strong>do</strong> que o de processamento de<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s, sistemas de <strong>informação</strong>, engenharia de software, informática ou o conjunto de hardware e<br />

software, pois também envolve aspectos humanos administrativos e organizacionais (KEEN,<br />

1993).<br />

Muitos autores, entre eles Alter (1992), fazem a distinção de Tecnologia <strong>da</strong> Informação e<br />

Sistemas de Informação, restringin<strong>do</strong> à primeira expressão apenas os aspectos técnicos, enquanto<br />

que a segun<strong>da</strong> corresponderia às questões relativas ao fluxo, pessoas e informações envolvi<strong>da</strong>s. Já<br />

outros, como Henderson & Venkatraman (1993), usam o termo <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong><br />

abrangen<strong>do</strong> ambos os aspectos.<br />

A <strong>informação</strong>, de acor<strong>do</strong> com Davenport e Prusak (1998) pode ser descrita como uma<br />

mensagem de comunicação audível ou visível, em geral apresenta<strong>da</strong> sob a forma de <strong>do</strong>cumento,<br />

que envolve um emitente e um receptor e, cuja finali<strong>da</strong>de é mu<strong>da</strong>r o mo<strong>do</strong> como o destinatário vê<br />

algo ou exerce algum impacto sobre o seu julgamento e comportamento. Diferente <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s, a<br />

<strong>informação</strong> tem significa<strong>do</strong> e se organiza ten<strong>do</strong> em vista algum fim.<br />

Porter e Millar (1985) acreditam que nenhuma empresa pode escapar <strong>do</strong>s efeitos <strong>da</strong><br />

revolução causa<strong>da</strong> pela <strong>informação</strong>. Os gestores ca<strong>da</strong> vez mais gastam recursos com a <strong>tecnologia</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>informação</strong> e se envolvem em sua <strong>gestão</strong>. Segun<strong>do</strong> Freire (2000) e Santos (2001), a empresa<br />

deve ter consciência de que a <strong>informação</strong> é um requisito tão importante quanto os recursos<br />

humanos, pois é dela que depende o sucesso e o fracasso <strong>da</strong>s decisões toma<strong>da</strong>s por seus<br />

responsáveis e também por to<strong>do</strong>s os seus colabora<strong>do</strong>res. A <strong>informação</strong> é um elemento primordial


para estabelecer nas organizações, condições para atingir seus objetivos e aumentar sua<br />

competitivi<strong>da</strong>de.<br />

No que diz respeito à estratégia empresarial, a <strong>informação</strong> apóia as estratégias e processos<br />

de toma<strong>da</strong> de decisão, pois possibilita um maior controle <strong>da</strong>s operações empresariais e pode ser<br />

utiliza<strong>da</strong> para interferir no processo de <strong>gestão</strong>, com a possibili<strong>da</strong>de de provocar mu<strong>da</strong>nças<br />

organizacionais, uma vez que este uso afetaria os diversos elementos que compõem tal sistema<br />

(BEUREN, 2000).<br />

A <strong>gestão</strong> dessa <strong>informação</strong> engloba a sinergia entre a <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong>,<br />

comunicação e os recursos/conteú<strong>do</strong>s informativos, visan<strong>do</strong> o desenvolvimento de estratégias e a<br />

estruturação de ativi<strong>da</strong>des organizacionais. Portanto, essa <strong>gestão</strong> implica mapear as informações<br />

necessárias, fazer sua coleta, avaliar sua quali<strong>da</strong>de, proceder ao seu armazenamento e à sua<br />

distribuição e acompanhar os resulta<strong>do</strong>s de seu uso (MARCHIORI, 2002). A <strong>gestão</strong> estratégica<br />

<strong>da</strong> <strong>informação</strong> significa o uso <strong>da</strong> <strong>informação</strong> com fins estratégicos para obter vantagem<br />

competitiva (LESCA e ALMEIDA, 1994).<br />

A <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> alterou o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios de forma irreversível. Desde<br />

que foi introduzi<strong>da</strong> sistematicamente, em mea<strong>do</strong>s <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 50, houve uma mu<strong>da</strong>nça radical<br />

no mo<strong>do</strong> de operar <strong>da</strong>s organizações (MCGEE e PRUSAK, 1994). Antonialli (1996) concor<strong>da</strong><br />

que fortes tendências e fatores tecnológicos são os responsáveis por contínuas a<strong>da</strong>ptações <strong>da</strong><br />

postura estratégica empresarial.<br />

Essa <strong>tecnologia</strong> abrange uma gama de produtos de hardware e software capazes de<br />

coletar, armazenar, processar e acessar números e imagens, usa<strong>do</strong>s para controlar equipamentos e<br />

processos de trabalho e conectar pessoas, funções e escritórios dentro <strong>da</strong>s empresas e entre elas<br />

(WALTON, 1993). De forma correspondente, segun<strong>do</strong> Balarine (2002) essa <strong>tecnologia</strong> pode ser<br />

entendi<strong>da</strong> como objetos (hardware) e veículos (software) destina<strong>do</strong>s a criar sistemas de<br />

informações que resultam na implementação <strong>da</strong> TI (Tecnologia <strong>da</strong> Informação) através <strong>do</strong> uso de<br />

computa<strong>do</strong>res e <strong>da</strong> telecomunicação. E ain<strong>da</strong>, de um mo<strong>do</strong> mais amplo, pode-se afirmar que essa<br />

<strong>tecnologia</strong> refere-se ao conjunto de hardware e software, já cita<strong>do</strong>s, com a função de<br />

processamento de informações, que implica coleta, transmissão, estocagem, recuperação,<br />

manipulação e exibição de <strong>da</strong><strong>do</strong>s, tarefas essas que podem estar incluí<strong>da</strong>s em computa<strong>do</strong>res,<br />

mainframes, scanners, planilhas eletrônicas ou banco de <strong>da</strong><strong>do</strong>s, além de outros (CAMPOS<br />

FILHO, 1994).


Albertin (1996) apresenta também uma abrangente definição <strong>da</strong> <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong>,<br />

uma vez que a conceitua como tu<strong>do</strong> aquilo com que se pode obter, armazenar, tratar, comunicar e<br />

disponibilizar a <strong>informação</strong>. Investimentos em TI são expressivos e as empresas esperam, através<br />

destes, ampliar a relação de objetivos gerenciais que venham a influenciar o desempenho.<br />

A <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> é considera<strong>da</strong> relevante para as organizações, pois<br />

proporciona a inovação de muitos produtos e serviços, viabilizan<strong>do</strong> o surgimento de importantes<br />

capaci<strong>da</strong>des dentro <strong>da</strong>s organizações, como por exemplo, a entrega online de informações, o<br />

acesso eletrônico a serviços, a habili<strong>da</strong>de de solicitar e obter serviços específicos, o pagamento e<br />

a apresentação eletrônica de contas e a habili<strong>da</strong>de de utilizar vários produtos de software sem que<br />

seja preciso realimentar os <strong>da</strong><strong>do</strong>s (ALBERTIN, 2000).<br />

Trata-se de uma <strong>da</strong>s maiores influências no planejamento <strong>da</strong>s organizações, poden<strong>do</strong><br />

inclusive colaborar com a estratégia competitiva <strong>da</strong>s empresas, por oferecer vantagens<br />

competitivas, diferenciar produtos e serviços, melhorar o relacionamento com os clientes,<br />

facilitar a entra<strong>da</strong> em alguns merca<strong>do</strong>s, possibilitar o estabelecimento de barreiras de entra<strong>da</strong>,<br />

auxiliar a introdução de produtos substitutos e permitir novas estratégias competitivas com o uso<br />

de sua própria <strong>tecnologia</strong> (ALBERTIN, 2001); além disso, a TI também é responsável pelo<br />

armazenamento de <strong>da</strong><strong>do</strong>s provenientes <strong>do</strong> ambiente externo, sen<strong>do</strong> que, para isso, a ferramenta<br />

mestra a ser utiliza<strong>da</strong> é o banco de <strong>da</strong><strong>do</strong>s – repositório central de to<strong>da</strong>s as informações pertinentes<br />

ao relacionamento de uma empresa com seus clientes e/ou fornece<strong>do</strong>res (NEWEL, 2000).<br />

É notória a importância <strong>da</strong> TI, contu<strong>do</strong> não basta apenas coletar e armazenar <strong>da</strong><strong>do</strong>s, é<br />

essencial transformá-los em informações relevantes ao processo de <strong>gestão</strong> estratégica. Sen<strong>do</strong><br />

assim, para garantir o sucesso e a viabili<strong>da</strong>de de seu emprego, principalmente em empresas<br />

pequenas, é necessário utilizar uma ferramenta que forneça respostas rápi<strong>da</strong>s aos usuários finais<br />

<strong>da</strong> maneira mais simples e econômica possível.<br />

Para implantar com êxito uma <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong>, as empresas precisam levar em<br />

conta algumas condições básicas, como: integrá-la a outras ferramentas de <strong>gestão</strong>, consideran<strong>do</strong><br />

que a<strong>do</strong>tá-las é apenas uma variável de decisão estratégica, e ter consciência de que os benefícios<br />

realmente significativos virão a médio e longo prazo (SILVA e FISCHMANN, 2002).<br />

Walton (1993) ressalta que, para facilitar a implementação <strong>da</strong> <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong><br />

na empresa, é necessário criar uma visão estratégica, isto é, uma visão que, no contexto<br />

estratégico, seja não só capaz de alinhar as estratégias de negócios, de organização e de


<strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong>, mas também de abranger a estratégia competitiva e os modelos<br />

organizacionais que poderão direcionar o sistema de <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> ou ser<br />

direciona<strong>do</strong>s por ele. Para o autor, a TI abrange três ângulos que formam o denomina<strong>do</strong> triângulo<br />

estratégico.<br />

Para Laurin<strong>do</strong> et al. (2001) é necessário utilizar a <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> sob o enfoque<br />

<strong>da</strong> eficácia de seu emprego, comparan<strong>do</strong> e analisan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s de sua aplicação no negócio<br />

<strong>da</strong>s organizações, os impactos de seu uso na operação e estrutura <strong>da</strong>s empresas.<br />

Na atual economia de <strong>informação</strong>, a concorrência entre as empresas baseia-se em sua<br />

capaci<strong>da</strong>de de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a <strong>informação</strong> de forma eficaz (MCGEE e<br />

PRUSAK, 1994). A <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong>, quan<strong>do</strong> associa<strong>da</strong> à <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>, pode<br />

ser um fator importante no aperfeiçoamento <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> <strong>informação</strong> estratégica presente no<br />

ambiente, <strong>informação</strong> esta capaz de criar grande valor e manter as organizações unifica<strong>da</strong>s. Na<br />

próxima seção será apresenta<strong>do</strong> de que forma a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> alia<strong>da</strong> à <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>informação</strong> podem influenciar na estratégia e no desempenho <strong>da</strong>s organizações.<br />

2.2 A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ALIADA À GESTÃO DO CONHECIMENTO<br />

Segun<strong>do</strong> Toumi (2001) o sucesso <strong>do</strong>s negócios está fican<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> vez mais dependente <strong>da</strong><br />

inovação e <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>, que estão mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> as formas tradicionais de organizar negócios<br />

nas empresas. As suposições tradicionais em coordenação, controle e apropriação de recursos<br />

estão perden<strong>do</strong> sua relevância, e as habituais formas de administrar as organizações estão se<br />

tornan<strong>do</strong> inadequa<strong>da</strong>s.<br />

Com o surgimento <strong>da</strong> Tecnologia <strong>da</strong> Informação (TI), novas formas de rede de<br />

organização estão emergin<strong>do</strong> e a importância de redes informais dentro e entre organizações está<br />

se tornan<strong>do</strong> amplamente concebi<strong>da</strong>. Na rede <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>, as empresas terão<br />

novos tipos de profissionais, considera<strong>do</strong>s experts, e os gerentes de negócio precisam estar<br />

cientes de que deverão entender de diferentes sistemas de valor. Essas mu<strong>da</strong>nças implicam no<br />

design organizacional, na estratégia, nas práticas de <strong>gestão</strong> e <strong>tecnologia</strong>s organizacionais,<br />

conduzin<strong>do</strong> às novas teorias e práticas de Gestão <strong>do</strong> Conhecimento (GC).<br />

Para Toumi (2001), novas informações, comunicação e <strong>tecnologia</strong>s computacionais estão<br />

mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> fun<strong>da</strong>mentalmente a organização e o conteú<strong>do</strong> de trabalho, enfatizan<strong>do</strong> que pelos<br />

menos para alguns membros <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, carreiras de trabalho de longa vi<strong>da</strong> estão se tornan<strong>do</strong>


um mosaico, onde o trabalho produtivo, o aprendiza<strong>do</strong> e o desenvolvimento de competência são<br />

inseparáveis.<br />

Esse quadro de integração <strong>do</strong> trabalho produtivo, aprendiza<strong>do</strong> e competências, geram para<br />

a organização vantagens competitivas e oportuni<strong>da</strong>des de melhorar a estratégia empresarial, a<br />

integração entre a GC e TI aparece como um imperativo para atender esses requisitos que são<br />

importantes para to<strong>da</strong> empresa. Contu<strong>do</strong> essa integração é extremamente complexa, pois envolve<br />

tanto a <strong>gestão</strong> de ativos intangíveis de diferentes naturezas – pessoas, <strong>conhecimento</strong>s tácitos,<br />

explícitos, individuais, organizacionais e de redes – quanto <strong>conhecimento</strong>s estruturais, que<br />

servem de base tecnológica para estocagem, para melhoria e para o fluxo <strong>do</strong>s bens intangíveis, e<br />

sistemas de <strong>informação</strong> com aplicativos que possibilitem o aumento <strong>da</strong> interação entre pessoas<br />

nos ambientes interno e externo, agregan<strong>do</strong> fornece<strong>do</strong>res e clientes à cadeia de valor <strong>da</strong>s<br />

organizações.<br />

Diante dessa complexi<strong>da</strong>de, Júnior (2004) destaca que as TI têm-se torna<strong>do</strong> o centro<br />

nervoso <strong>da</strong>s empresas, um fator estratégico de competitivi<strong>da</strong>de e sobrevivência. Embora essa<br />

afirmação esteja correta, as empresas precisam ter precaução para que não cometam o erro de<br />

considerar a TI, em si, como a solução para o sucesso <strong>da</strong>s organizações.<br />

Davenport e Prusak (1998) afirmam que algumas organizações, equivoca<strong>da</strong>mente,<br />

presumiram que a <strong>tecnologia</strong> poderia substituir a qualificação e o julgamento de um trabalha<strong>do</strong>r<br />

humano experiente, o que se tem revela<strong>do</strong> falso. Esses autores destacam que a <strong>informação</strong> se<br />

movimenta pelas organizações por redes hard e soft. As redes hard têm uma infra-estrutura<br />

defini<strong>da</strong>, forma<strong>da</strong> por fios, utilitários de entrega, antenas parabólicas, centrais de correio,<br />

endereços, caixas postais eletrônicas. Envolvem <strong>conhecimento</strong> estrutura<strong>do</strong>, qualificações técnicas<br />

e experiência profissional. Já as redes soft são menos formais e visíveis; são circunstanciais;<br />

envolvem um claro senso <strong>do</strong>s aspectos culturais, políticos e pessoais <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>, <strong>da</strong><br />

transferência <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong>. A integração adequa<strong>da</strong> entre ambas é o que permite o bom<br />

posicionamento <strong>da</strong> empresa no merca<strong>do</strong>, sua resposta acerta<strong>da</strong> às deman<strong>da</strong>s.<br />

Para Davenport e Prusak (1998), o objetivo <strong>da</strong>s ferramentas de GC é modelar parte <strong>do</strong><br />

<strong>conhecimento</strong> existente nas cabeças <strong>da</strong>s pessoas e nos <strong>do</strong>cumentos corporativos,<br />

disponibilizan<strong>do</strong>-o para to<strong>da</strong> a organização. A mera existência <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> na empresa é de<br />

pouco valor, se ele não estiver acessível e não for utiliza<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s seus recursos mais<br />

importantes. Com essas ferramentas, almeja-se que o <strong>conhecimento</strong> possa fluir por meio de redes


de comuni<strong>da</strong>des, transforman<strong>do</strong> a <strong>tecnologia</strong> em um meio e o <strong>conhecimento</strong> em um capital, em<br />

uma mensagem.<br />

A expressão <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> pode assumir diversos significa<strong>do</strong>s. Com o advento<br />

<strong>da</strong> TI e com o avanço nas práticas de <strong>gestão</strong> organizacional, a GC tem si<strong>do</strong> entendi<strong>da</strong> sob a forma<br />

de diferentes estratégias, a partir <strong>da</strong>s quais as organizações li<strong>da</strong>m com o <strong>conhecimento</strong>, interna e<br />

externamente, para obter vantagens competitivas. Tal é a constatação de renoma<strong>do</strong>s autores na<br />

área, como Davenport et al. (1996), por exemplo.<br />

A GC pode ser sintetiza<strong>da</strong>, segun<strong>do</strong> Salim (2001), como um processo articula<strong>do</strong> e<br />

intencional, destina<strong>do</strong> a sustentar ou promover o desempenho global de uma organização, ten<strong>do</strong><br />

como base a criação e a circulação de <strong>conhecimento</strong>.<br />

Existe uma forte tendência em correlacionar a GC com desempenho organizacional em<br />

senti<strong>do</strong> amplo, o que tem si<strong>do</strong> comprova<strong>do</strong> em diversas pesquisas realiza<strong>da</strong>s com méto<strong>do</strong>s<br />

diferentes, junto a empresas de distintos perfis, portes e locais. Três estu<strong>do</strong>s recentes a esse<br />

respeito feitos por amostragem quantitativamente significativa, detalhan<strong>do</strong> as relações entre CG,<br />

TI e desempenho organizacional, apontam-nas como positivas.<br />

O primeiro desses estu<strong>do</strong>s, conduzi<strong>do</strong> por Maier e Remus (2002), descreve como<br />

empresas alemãs utilizam a GC. Este estu<strong>do</strong> investigou o esta<strong>do</strong>-<strong>da</strong>-arte <strong>do</strong>s sistemas de <strong>gestão</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> (Knowledge Managment System – KMS), utiliza<strong>do</strong>s nas 500 maiores firmas <strong>da</strong><br />

Alemanha e nas 50 mais importantes companhias <strong>do</strong>s setores bancário e de seguros <strong>do</strong> país,<br />

sen<strong>do</strong> que para esse estu<strong>do</strong> foram envia<strong>do</strong>s questionários, que revelaram, conforme Maier e<br />

Remus (2002), que a GC, embora pareça absorver to<strong>do</strong>s os tipos de abor<strong>da</strong>gens teóricas e<br />

práticas, muitas vezes não leva em consideração o valor estratégico ou de negócios. Sen<strong>do</strong> assim,<br />

os autores concluíram que “os esforços de GC <strong>da</strong>s organizações respondentes, em média, ain<strong>da</strong><br />

têm elementos para ir até os mais avança<strong>do</strong>s benefícios que podem ser colhi<strong>do</strong>s”, e concluíram<br />

também que a “(...) GC, na prática, parece ser um esforço que compreende to<strong>do</strong>s os tipos de<br />

ativi<strong>da</strong>des, medi<strong>da</strong>s e <strong>tecnologia</strong>s”.<br />

Para Maier e Remus (2002), as estratégias de GC são afeta<strong>da</strong>s pelo uso de <strong>tecnologia</strong>s de<br />

<strong>informação</strong> e comunicação que influenciam to<strong>do</strong>s os níveis de intervenção, isto é, a cultura<br />

corporativa subjacente, a estrutura organizacional, as funções e processos, classifica<strong>do</strong>s como<br />

<strong>tecnologia</strong>s que suportam a GC, e isso permite inferir que as <strong>tecnologia</strong>s de <strong>informação</strong> utiliza<strong>da</strong>s


são, de alguma forma, a partir de certas instâncias, confundi<strong>da</strong>s com estratégias de GC ou que<br />

estratégias têm dimensão secundária como ações integrativas em um sistema de GC.<br />

O segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, realiza<strong>do</strong> por Leite (2004), analisan<strong>do</strong> as relações entre GC e<br />

estratégia, GC e <strong>gestão</strong> de competências e GC e resulta<strong>do</strong>s, em 99 empresas brasileiras a partir de<br />

um amplo referencial teórico. Entre os 16 conceitos de GC revisa<strong>do</strong>s pela autora, a maioria traduz<br />

a expressão como processos, fluxos ou redes de valor, para que as empresas possam chegar a uma<br />

posição superior em relação à concorrência. Ela a<strong>do</strong>tou o conceito de Weggman (1997), que<br />

considera a GC como um processo contínuo, relaciona<strong>do</strong> à criação de valor em uma cadeia de<br />

produção, o que segun<strong>do</strong> esse autor, confere-lhe dinamici<strong>da</strong>de.<br />

Entre as principais conclusões de Leite (2004), destaca-se que em muitas organizações as<br />

iniciativas para a GC parecem iniciativas isola<strong>da</strong>s de áreas funcionais, não sen<strong>do</strong> raro observar<br />

esforços de departamento de recursos humanos ou de <strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> tentan<strong>do</strong><br />

desenvolver ou implementar projetos de GC, ou seja, a cúpula <strong>da</strong> maior parte <strong>da</strong>s empresas ain<strong>da</strong><br />

não apóia as iniciativas de GC, nem tampouco os emprega<strong>do</strong>s compreendem o que significa GC.<br />

Acrescenta ain<strong>da</strong> que a potencial contribuição <strong>da</strong> TI não chega a ser um destaque, restringe-se ao<br />

desenvolvimento e uso <strong>do</strong>s registros <strong>do</strong>s ativos intelectuais e <strong>do</strong>s sistemas de processamento.<br />

Leite (2004) concluiu que “(...) as empresas brasileiras ain<strong>da</strong> possuem poucas práticas que<br />

relacionam a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> à estratégia empresarial, <strong>gestão</strong> de competências e de<br />

resulta<strong>do</strong>...”. Inferiu também que essas empresas não enfrentaram obstáculos que se impõem à<br />

implementação <strong>da</strong> GC.<br />

O terceiro estu<strong>do</strong> foi efetua<strong>do</strong> por McKeen et al. (2006), com o objetivo de verificar até<br />

que ponto as organizações acoplam em particular, práticas de GC positivamente relaciona<strong>da</strong>s<br />

com desempenho organizacional e se desempenho organizacional é, em troca, positivamente<br />

relaciona<strong>do</strong> a desempenho financeiro. Os autores elaboraram um quadro com 12 práticas de GC,<br />

a partir de 30 pesquisas anteriores, que também relacionaram GC com desempenho<br />

organizacional. Pode-se afirmar que a base conceitual <strong>do</strong>s autores está assenta<strong>da</strong> em uma revisão<br />

bibliográfica que permite identificar, com expressivo grau de profundi<strong>da</strong>de, os problemas<br />

associa<strong>do</strong>s à implantação <strong>da</strong>s estratégias de GC. McKenn et al. (2006) elaboraram um<br />

questionário para estu<strong>da</strong>r as relações entre GC e desempenho organizacional em empresas <strong>do</strong><br />

Canadá e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Com base nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, concluíram que a GC deixou de ser<br />

um conceito emergente para tornar-se uma função comum nas organizações. Mesmo assim,


indicam que na prática ain<strong>da</strong> há problemas a resolver. Mencionam, que a cultura talvez seja o<br />

fator mais influente na promoção ou inibição de práticas de GC.<br />

O autor McKenn et al. (2006) confirmaram o vínculo entre GC e desempenho<br />

organizacional, já referi<strong>do</strong> por pesquisas quantitativas e qualitativas, e certa relação positiva,<br />

ain<strong>da</strong> que fraca, entre desempenho organizacional e desempenho financeiro. Esses autores<br />

concluíram, mais especificamente, que as práticas de GC estão diretamente relaciona<strong>da</strong>s a várias<br />

medi<strong>da</strong>s intermediárias de desempenho organizacional estratégico (proximi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r,<br />

liderança em produto e excelência operacional) e que essas medi<strong>da</strong>s intermediárias estão<br />

associa<strong>da</strong>s ao desempenho financeiro. Eles ain<strong>da</strong> mencionaram, com base na pesquisa<br />

bibliográfica realiza<strong>da</strong>, que há uma espécie de desequilíbrio entre o desenvolvimento de<br />

pesquisas teóricas nessa área e a falta de estu<strong>do</strong>s empíricos que comprovem ou não as hipóteses<br />

acadêmicas.<br />

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Ao analisar o cenário <strong>da</strong>s organizações cita<strong>da</strong>s neste artigo foi possível perceber que o<br />

<strong>conhecimento</strong> tácito ain<strong>da</strong> não aparenta ser tão credita<strong>do</strong> pelas organizações, quanto o explícito.<br />

Parece haver dificul<strong>da</strong>de para geri-lo no âmbito <strong>da</strong> socialização entre as pessoas. Organizações<br />

que valorizam seus emprega<strong>do</strong>s pelos que eles sabem, recompensan<strong>do</strong>-os por compartilhar seus<br />

<strong>conhecimento</strong>s, criam um clima mais favorável à GC e conseguem melhor desempenho.<br />

Apesar de alguns obstáculos que impedem o melhor entendimento <strong>da</strong> função <strong>da</strong> GC, já<br />

existe um grande número de iniciativas de GC nas organizações. Elas combinam várias<br />

abor<strong>da</strong>gens, ativi<strong>da</strong>des singulares diferentes e <strong>tecnologia</strong>s, que supostamente entregam valores de<br />

negócios, pela melhoria <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> como as organizações alavancam o <strong>conhecimento</strong>.<br />

A GC está intimamente relaciona<strong>da</strong> ao fator de sucesso na toma<strong>da</strong> de decisões, o qual<br />

tende a aumentar à medi<strong>da</strong> que aumenta a interação entre GC e TI, pois a TI desempenha um<br />

papel de infra-estrutura na GC, é utiliza<strong>da</strong> como ferramenta de apoio à análise de merca<strong>do</strong> e<br />

suporte à toma<strong>da</strong> de decisão, funciona como instrumento para desenvolver e implantar<br />

<strong>tecnologia</strong>s que apóiem o mapeamento, a extração, a codificação, a modelagem, a<br />

disponibilização, o compartilhamento <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> e a comunicação empresarial. Além<br />

disso, a TI é um instrumento facilita<strong>do</strong>r <strong>da</strong> rápi<strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> no interior <strong>da</strong>s<br />

organizações, um fator estratégico de competitivi<strong>da</strong>de e sobrevivência nas empresas. Contu<strong>do</strong>, é


preciso cautela para que não se cometa o equívoco de julgar que a TI, em si, seja a solução para o<br />

sucesso <strong>da</strong>s organizações.<br />

Dessa forma as organizações devem estar atentas para to<strong>do</strong>s os possíveis gargalos que<br />

impedem o crescimento e o desenvolvimento <strong>da</strong> GC, pois a boa <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> alia<strong>da</strong> a<br />

<strong>tecnologia</strong> <strong>da</strong> <strong>informação</strong> permite o bom posicionamento <strong>da</strong> empresa no merca<strong>do</strong> e permite que<br />

essa empresa possa <strong>da</strong>r respostas acerta<strong>da</strong>s a to<strong>da</strong>s as deman<strong>da</strong>s que lhe forem apresenta<strong>da</strong>s.<br />

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