da empresa newtoniana-cartesiana para a holstica - CAD - UFSC
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o indivíduo é uno e por conseguinte, matéria e vi<strong>da</strong>; corpo e emoções; e mente fazem parte<br />
de um único todo.<br />
Através de tais elementos emerge o conceito de holismo, que do grego holos<br />
significa todo, totali<strong>da</strong>de. De acordo com Ferreira, Reis & Pereira (1997) é uma teoria que<br />
entende o homem como ser indivisível e que não pode ser interpretado por intermédio de<br />
uma análise se<strong>para</strong><strong>da</strong> de suas diferentes partes.<br />
Mesmo com um conceito diferente do velho <strong>para</strong>digma, Weil (1991) tem uma visão<br />
interessante acerca dos dois <strong>para</strong>digmas. Para o autor na ver<strong>da</strong>de, eles são fases de<br />
desenvolvimento de um conceito amplo. Onde o mecanicismo representa apenas uma fase<br />
mais primitiva do holismo, portanto, os dois conceitos não são opostos e ca<strong>da</strong> um tem o seu<br />
próprio entendimento <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. Sendo assim, o mecanicismo diminui à medi<strong>da</strong> que o<br />
<strong>para</strong>digma holístico se desenvolve.<br />
A idéia de complementari<strong>da</strong>de é também defendi<strong>da</strong> por Crema (1991), pois ele<br />
esclarece que os extremos dos <strong>para</strong>digmas não são os ideais, haja vista, que palavras como<br />
“sempre” e “nunca”, ou seja, os extremos, são perigosos de serem levados <strong>para</strong> a reali<strong>da</strong>de<br />
dos fenômenos naturais e/ou sociais. Diante do exposto, fica evidente que a abor<strong>da</strong>gem<br />
holística não é nem analítica nem sintética na sua essência, mas a sinergia dos dois<br />
métodos.<br />
Uma definição importante <strong>para</strong> o <strong>para</strong>digma holístico é apresenta<strong>da</strong> na Carta Magna<br />
<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Holística Internacional: “Este <strong>para</strong>digma considera ca<strong>da</strong> elemento de um<br />
campo como um evento que reflete e contém to<strong>da</strong>s as dimensões do campo. É uma visão na<br />
qual o todo e ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s suas sinergias, estão estreitamente ligados em interações<br />
constantes e <strong>para</strong>doxais” (Crema, 1989, p.72).<br />
Mulej et. al. (1999) trazem à discussão um elemento importante no estudo dos<br />
fenômenos através <strong>da</strong> visão holística. Para eles o holismo total, ou seja, o ideal, ou a<br />
interpretação dos fenômenos através de to<strong>da</strong>s as variáveis que perpassam o conceito de<br />
holismo, atualmente é impossível de ser concebido devido aos limites naturais <strong>da</strong><br />
capaci<strong>da</strong>de mental humana. Isso apenas serve de alerta do quão difícil será a ruptura <strong>da</strong><br />
maneira de pensar e agir <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. To<strong>da</strong> e qualquer mu<strong>da</strong>nça, por menor que seja, é<br />
impactante, será ain<strong>da</strong> maior quando houver uma quebra de um <strong>para</strong>digma vigente há mais