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Introdução<br />
Na Física Atômica e Molecular frequentemente<br />
recorre-se à aproximação Born-Oppenheimer ao estudar<br />
quanticamente sistemas moleculares estáveis e nãoestáveis.<br />
Tal aproximação se<strong>para</strong> a equação de Schrödinger<br />
em duas partes: uma eletrônica e outra nuclear. A parte<br />
eletrônica da equação de Schrödinger fornece, entre<br />
outras propriedades, a energia potencial <strong>para</strong> cada<br />
confi guração nuclear, que infl uencia no movimento dos<br />
núcleos e na dinâmica molecular como um todo. Tal<br />
propriedade é conhecida como curva de energia potencial<br />
(CEP) <strong>para</strong> moléculas diatômicas, e superfície de energia<br />
potencial (SEP) <strong>para</strong> sistemas com mais átomos.<br />
Para resolver a parte nuclear da equação de<br />
Schrödinger, responsável pela dinâmica molecular, é<br />
preciso primeiro conhecer a solução da parte eletrônica<br />
<strong>para</strong> várias confi gurações nucleares. Para esse propósito,<br />
ajustam-se as soluções eletrônicas <strong>para</strong> uma forma<br />
analítica conhecida que entra por fi m na hamiltoniana<br />
nuclear como uma CEP ou SEP. Desta forma, torna-se de<br />
fundamental importância determinar a forma funcional<br />
que descreve a energia eletrônica de um sistema<br />
molecular <strong>para</strong> qualquer geometria nuclear.<br />
As propostas de novas formas de ajuste das CEP’s<br />
+ foram feitas usando a molécula diatômica ionizada H , 2<br />
por esse íon molecular, formado por um elétron e dois<br />
prótons, ser o mais simples encontrado na natureza.<br />
+ Tal fato motivou muitos estudos sobre a molécula H , 2<br />
o que gerou valores experimentais muito acurados na<br />
literatura das suas energias eletrônicas e constantes<br />
espectroscópicas. Esse íon molecular, por ser tão<br />
simples, também serve de ponto de partida <strong>para</strong> o estudo<br />
e compreensão de moléculas diatômicas com estrutura<br />
+ eletrônica mais complexa. Portanto, a molécula H se 2<br />
tornou o sistema molecular perfeito <strong>para</strong> testar novas<br />
formas de ajuste das curvas de energia potencial.<br />
Metodologia<br />
O PROBLEMA MOLECULAR<br />
A resolução quântica de qualquer problema<br />
envolvendo núcleos e elétrons consiste em encontrar a<br />
solução da equação de Schrödinger, dada por:<br />
40<br />
Artigo Geral 1<br />
(1)<br />
onde é o hamiltoniano quantizado do sistema, E a<br />
energia total da molécula, a função de onda do sistema<br />
molecular, o vetor posição dos elétrons e o vetor<br />
posição dos núcleos. Escrevendo no hamiltoniano a<br />
interação entre elétrons e núcleos, além da energia<br />
cinética de cada partícula, a equação fi ca da forma:<br />
(2)<br />
onde 2<br />
i e 2 são os laplacianos em relação às coordenadas<br />
A<br />
do elétron i e do núcleo A, M é a massa de cada núcleo,<br />
A<br />
Z é o número atômico do núcleo A, R é a distância<br />
A AB<br />
entre os núcleos, r é a distância entre cada núcleo e cada<br />
iA<br />
elétron, r é a distância entre os elétrons e escolhemos as<br />
ij<br />
unidades atômicas onde ћ = m = e =1.<br />
e<br />
Usando a aproximação Born-Oppenheimer1,2 podemos se<strong>para</strong>r esta equação em duas; uma <strong>para</strong> a parte<br />
eletrônica da molécula:<br />
(3)<br />
onde a representa cada confi guração nuclear; e uma <strong>para</strong><br />
a parte nuclear:<br />
(4)<br />
Observa-se que na equação (3) a função de onda<br />
depende <strong>para</strong>metricamente das coordenadas nucleares,<br />
portanto essa equação deve ser resolvida <strong>para</strong> diferentes<br />
confi gurações nucleares, em regiões de forte e fraca<br />
interação. Fazendo isso <strong>para</strong> um número fi nito de<br />
distâncias internucleares, obtém-se também um número<br />
fi nito de energias eletrônicas que, quando interpoladas,<br />
geram a função η( a ). Tal função é conhecida como<br />
curva de energia potencial.<br />
Serão agora apresentados os métodos utilizados<br />
<strong>para</strong> ajustar as energias eletrônicas [Obtidas através<br />
da solução da equação (3)], determinar as constantes<br />
espectroscópicas ro-vibracionais de sistemas diatômicos<br />
e <strong>para</strong> resolver a equação (4).<br />
FUNÇÃO DE RYDBERG GENERALIZADA<br />
No presente projeto foram utilizadas as Funções de<br />
Rydberg Generalizadas <strong>para</strong> obter um ajuste da função<br />
η( a ) <strong>para</strong> uma curva analítica. A Função de Rydberg<br />
Revista Processos Químicos Jan / Jun de 2012