EFEITO DA CIANAMIDA HIDROGENADA E ... - Unifenas
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<strong>EFEITO</strong> <strong>DA</strong> CIANAMI<strong>DA</strong> HIDROGENA<strong>DA</strong> E BENZILAMINOPURINA NA<br />
PROLIFERAÇÃO in vitro DE BROTOS DE MORANGUEIRO<br />
(Fragaria × ananassa Duch.) CV. PRINCESA ISABEL (* )<br />
RESUMO<br />
115<br />
MOACIR PASQUAL (** )<br />
ADRIANO BORTOLOTTI <strong>DA</strong> SILVA (*** )<br />
ANNA LYGIA DE REZENDE MACIEL (*** )<br />
ANDRÉ BARRETTO PEREIRA (**** )<br />
JOÃO MAURÍCIO CAVALCANTE-ALVES (***** )<br />
O presente trabalho foi realizado com objetivo de avaliar os efeitos de BAP (benzilaminopurina) e cianamida<br />
hidrogenada sobre a proliferação in vitro de brotos de morangueiro (Fragaria × ananassa ), cv. Princesa Isabel. Brotos com<br />
aproximadamente 1 cm e já estabelecidos in vitro, foram inoculados em meio de cultura MS com sacarose 30 gL-1 , pH<br />
ajustado para 5,7 e solidificado com ágar 7 gL-1 e suplementado de BAP (0; 0,5; 1; 2; 4 mgL-1 ) e cianamida hidrogenada (0;<br />
2,5; 5; 10 mgL-1 ) em todas as combinações possíveis. Após a autoclavagem, o meio foi colocado em tubos de ensaio (150 x<br />
25 mm), inoculado com explantes levados para sala de crescimento a 260C, fotoperíodo de 16 horas e intensidade luminosa<br />
de 16 μM.m-2 .s-1 . Os resultados permitiram concluir que o uso de cianamida hidrogenada, nas concentrações e condições<br />
em que foi testada, é prejudicial à proliferação de brotos de morangueiro, cv. Princesa Isabel. Para a proliferação de brotos<br />
de morangueiro é dispensável o uso de BAP .<br />
DESCRITORES: Morangueiro, Fragaria × ananassa , micropropagação.<br />
SUMMARY<br />
Effects of Hydrogen Cyanamide and Benzylaminopurine on in vitro Proliferation of Strawberry (Fragaria ×<br />
ananassa) Shoots CV Princesa Isabel<br />
The objective of this work was to study the effects of hydrogen cyanamide and benzylaminopurine (BAP) on in<br />
vitro proliferation of strawberry shoots cv. Princesa Isabel. Explants (1 cm long) were inoculated on MS medium, supplemented<br />
by sucrose 30 gL -1 , pH 5,7 and agar 7 gL -1 in all possible combinations of BAP (0.0; 0.5; 1.0; 2.0 and 4.0 mgL -1 ) and<br />
hydrogen cyanamide (0.0; 2.5; 5.0 e 10.0 mgL -1 ). After inoculation, the 150 x 25 mm tubes with medium were allocated to<br />
chambers at 26 0 C, photoperiod fitted to 16/8 hours light/dark and 16 μM.m -2 .s -1 light intensity. The hydrogen cyanamide is<br />
not recommended for in vitro strawberry shoot proliferation nor is the use of BAP necessary for the same proposal.<br />
KEY WORDS: Strawberry, Fragaria × ananassa , micropropagation<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
O morangueiro (Fragaria × ananassa Duch.)<br />
é uma herbácea membro da família Rosaceae, o qual<br />
tem sido valorizado por suas características de sabor,<br />
fragrância e por suas qualidades nutricionais (Wilhelm<br />
e Sagen, 1974) além de ser cultivado em qualquer parte<br />
do mundo. A produção mundial foi de 2.670.908 ton<br />
em 1998 , com produtividade média de 13.251 Kg/ha<br />
(Agricultural, 1998). Os maiores produtores mundiais<br />
são os EUA e Espanha, respondendo por quase 40%<br />
da produção mundial. O Brasil produz em torno de 40<br />
mil ton/ano, sendo os principais produtores os Estados<br />
de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em<br />
Goias e Santa Catarina, a cultura vem crescendo e é<br />
uma excelente opção de renda para os agricultores<br />
locais (Groppo et al., 1997; Ronque, 1998).<br />
Dentre os patógenos que afetam o<br />
morangueiro incluem-se fungos, nematóides, vírus e<br />
micoplasmas. Essa herbácea é resistente à doenças<br />
bacterianas, exceto à mancha angular, causada por<br />
Xanthomonas fragarie, que pode ocorrer em condições<br />
de chuvas prolongadas (Jungnickel, 1988; Kennedy e<br />
King, 1962). Além disso, diversas viroses como a do<br />
encrespamento, da clorose marginal e do mosqueado<br />
* Aceito para publicação em:Apoio financeiro FAPEMIG.<br />
** Eng. Agr. Dr., Prof. Titular, Dep. de Agric., Universidade Federal de Lavras (UFLA),C. P. l 37, CEP 37200-000, Lavras, MG, e-mail: mpasqual@ufla.br.<br />
bolsista CNPq.<br />
( *** Eng. Agr., mestrando/UFLA<br />
( **** Eng. Agr. MS, Pesquisador CEPLAC, doutorando/UFLA, bolsista FAPEMIG<br />
( ***** Eng. Agr. Dr., bolsista recem-doutor da FAPEMIG na UFLA<br />
R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:115-119, 1998
116 M. PASQUAL et. al.<br />
atualmente reduzem o vigor das plantas e produção<br />
dos frutos, sendo transmitidas por mudas infectadas<br />
(Dias, 1999). O morangueiro exige por parte do<br />
produtor um nível tecnológico avançado no que diz<br />
respeito ao controle de doenças. A erradicação dessas<br />
doenças, no campo de multiplicação, é dificultada<br />
devido ao fato de sintomas característicos só se<br />
manifestarem após a indução floral, o que leva a<br />
hipótese de que essa infecção se inicia na forma latente<br />
(Boxus, 1980).<br />
As técnicas de cultura de tecidos têm se<br />
tornado a única alternativa efetiva para se obterem<br />
plantas livres de vírus, bactérias, micoplasmas e<br />
fungos. A obtenção de material pré-básico em<br />
programas de certificação de mudas dos EUA, França<br />
e Suiça vem sendo feita através de micropropagação.<br />
Desse modo, a micropropagação a partir da cultura<br />
de meristemas tem sido amplamente utilizada para<br />
obtenção de plantas matrizes sadias (Roudeillac, 1999;<br />
Fachinello, 1999).<br />
Na multiplicação in vitro é freqüente a<br />
utilização do meio MS (Murashige e Skoog, 1962) e<br />
de componentes orgânicos. O balanço hormonal do<br />
meio é constituído de 1 mgL -1 AIB, 1 mgL -1 BAP e<br />
0,1 mgL -1 GA 3 , sendo usado na maioria dos<br />
laboratórios que estão micropropagando plantas<br />
(Damiano, 1980; Navatel et al., 1989; Scott e Zanzi,<br />
1981). A proliferação é obtida através de brotações<br />
adventícias.<br />
A partir da publicação de Sansavini e Gherardi<br />
(1980), demonstrando preocupação com relação a<br />
problemas resultantes do uso de reguladores de<br />
crescimento durante a proliferação in vitro, houve<br />
tendência de reduzir o nível hormonal do meio de<br />
cultura, por recomendação de Boxus (1986).<br />
Na França, o uso de 0,5 mgL -1 de BAP e 0,5<br />
mgL -1 de AIB é indicado por Navatel et al. (1989),<br />
enquanto Marcotrigiano et al. (1984) determinaram<br />
que BAP 0,3 mgL -1 foi tão efetivo quanto 1 e 4 mgL -<br />
1 para a proliferação de brotos. O enraizamento de<br />
brotos de morangueiro é usualmente obtido pela<br />
omissão de BAP no mesmo meio de proliferação,<br />
embora brotos enraízem bem em meio sem reguladores<br />
de crescimento (Martinelli, 1992).<br />
A cianamida hidrogenada (H 2 CN 2 ) tem sido<br />
utilizada para estimular e uniformizar a brotação e<br />
floração, bem como para aumentar a produtividade<br />
da videira (Mielle, 1991), do quiwi (Laiiav et al., 1989;<br />
Linsley-Noakes, 1989; Paulin e McHattie, 1989;<br />
Schuck, 1992), da pereira (Francisconi et al., 1992) e<br />
do pessegueiro (Marondin et al., 1991; Matos e<br />
Ducroquet, 1992). Miele e Dallagnol (1994), usando<br />
cianamida hidrogenada em plantas de videira, cv.<br />
Trebiano, não identificaram efeito significativo no<br />
primeiro ano. No segundo ano houve efeito<br />
R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:115-119, 1998<br />
significativo sobre a percentagem de gemas brotadas<br />
e produtividade. Esses dados foram obtidos com<br />
pulverização desta substância no campo.<br />
Com a tendência de se utilizarem novas<br />
substâncias para a otimização da multiplicação in<br />
vitro, a cianamida hidrogenada pode se tornar uma<br />
alternativa para a produção de mudas de morangueiro,<br />
possibilitando a aquisição de mudas de boa qualidade<br />
fitossanitária pelos produtores de morango a um custo<br />
mais baixo.<br />
O presente trabalho foi realizado com o<br />
objetivo de avaliar os efeitos do BAP e da cianamida<br />
hidrogenada sobre a proliferação in vitro de brotos de<br />
morangueiro cv. Princesa Isabel.<br />
2. MATERIAL E MÉTODOS<br />
Este trabalho foi desenvolvido no Laboratório<br />
de Cultura de Tecidos do Departamento de Agricultura<br />
da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em<br />
Lavras, MG, com morangueiro (Fragaria ×<br />
ananassa), cv. Princesa Isabel.<br />
O meio de cultura utilizado nos ensaios foi o<br />
MS, acrescido de 7 gL -1 de ágar e 30 gL -1 de sacarose,<br />
sendo o pH ajustado para 5,7. Os explantes, obtidos<br />
de material já mantido in vitro, constituídos de<br />
brotações com 1 cm de comprimento, foram<br />
cuidadosamente inoculados nos tubos de ensaio com<br />
dimensões de 150 x 25 mm, contendo 10 ml de meio<br />
de cultura, de acordo com os tratamentos. Após a<br />
autoclavagem por 20 minutos à temperatura de 121 0<br />
C. Os ensaios foram mantidos em sala de crescimento<br />
com temperatura de aproximadamente 26 0 C,<br />
fotoperíodo de 16 horas e intensidade luminosa de<br />
16 μM.m -2 .s -1 . Testaram-se cinco concentrações de<br />
BAP e quatro de cianamida hidrogenada num fatorial<br />
simples 5 x 4, com quatro repetições, cada qual com<br />
três tubos.<br />
As concentrações utilizadas de BAP em<br />
mgL -1 foram as seguintes: 0; 0,5; 1; 2; 4 e as de<br />
cianamida hidrogenada foram: 0; 2,5; 5; 10 mgL -1 . As<br />
avaliações foram realizadas 60 dias após a instalação<br />
do experimento, por meio do número total de brotos,<br />
tamanho de brotos, peso da matéria seca de brotos e<br />
presença de raízes.<br />
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
A análise de variância para os parâmetros<br />
avaliados, com os respectivos níveis de significância,<br />
podem ser observados na Tabela 1. A variável número<br />
de brotos foi significativamente afetada apenas pelas<br />
concentrações de BAP. Não houve efeito significativo
<strong>EFEITO</strong> <strong>DA</strong> CIANAMI<strong>DA</strong> HIDROGENA<strong>DA</strong> E BENZILAMINOPURINA NA PROLIFERAÇÃO...<br />
117<br />
de cianamida hidrogenada nem da interação entre os fatores testados.<br />
Tabela 1. Análise de variância para número total de brotos, tamanho de brotos, peso da matéria seca de<br />
brotos e presença de raiz em brotos de morangueiro obtidos in vitro nas diferentes concentrações<br />
(mgL -1 ) de cianamida hidrogenada e BAP. Lavras, UFLA, 1999.<br />
Causa de<br />
variação<br />
BAP<br />
Cianamida<br />
BAP x Cian.<br />
Resíduo<br />
CV (%)<br />
GL<br />
4<br />
3<br />
12<br />
60<br />
Número total<br />
de brotos<br />
150,964**<br />
2,988<br />
48,478<br />
29,124<br />
42,31<br />
Tamanho<br />
dos brotos<br />
155,507**<br />
7,759<br />
31,125**<br />
9,714<br />
53,32<br />
* e ** Significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente.<br />
Na Figura 1 é apresentado número de brotos<br />
por explante em diferentes concentrações de BAP.<br />
Observa-se que com o aumento dos níveis de BAP,<br />
houve redução do número de brotos. Este resultado<br />
discorda em parte da citação de vários autores, a<br />
exemplo de Damiano (1980), Scott e Zanzi (1981) e<br />
Natavel et al. (1989), segundo os quais, para a<br />
proliferação de brotos de morangueiro o meio de<br />
cultura deve ser acrescido de BAP 1,0 mgL -1 , AIB 1<br />
mgL -1 e GA 3 0,1 mgL -1 . Por outro lado, esses resultados<br />
estão de acordo com registros de Marcotrigiano et al.<br />
(1984), que obtiveram multiplicação de brotos com<br />
baixa concentração de BAP (0,3 mgL -1 ).<br />
Número de brotações<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
0 1 2 3 4 5<br />
BAP (mg/L)<br />
Figura 1. Número de brotos de morangueiro<br />
obtidos por explante em diferentes<br />
concentrações de BAP. Lavras, UFLA, 1999.<br />
Efeitos similares foram registrados para<br />
tamanho de brotos, porém neste parâmetro houve<br />
significância para interação entre BAP e cianamida<br />
hidrogenada (Figura 2). Observa-se que na ausência<br />
desta substância com o aumento das concentrações de<br />
BAP, houve um correspondente decréscimo no<br />
tamanho dos brotos, de forma linear. Comportamento<br />
semelhante foi observado para cianamida hidrogenada<br />
na concentração de 10 mgL -1 . Já o uso de 5 mgL -1<br />
desta substância demonstrou resposta quadrática,<br />
evidenciando redução no tamanho dos brotos com<br />
elevação de BAP até 2,5 mgL -1 , a partir daí observouse<br />
tendência no aumento do tamanho dos brotos.<br />
Tamanho das<br />
brotações (cm)<br />
QM<br />
Peso da matéria<br />
seca dos brotos<br />
0,0023*<br />
0,0011<br />
0,0029**<br />
0,0006<br />
37,28<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Presença<br />
de raízes<br />
6223,74**<br />
83,35<br />
4605,89**<br />
631,95<br />
43,09<br />
0 1 2 3 4 5<br />
BAP (mg/L)<br />
CH (0 mg/L) CH (5 mg/L) CH (1 0 mg/L)<br />
Figura 2. Tamanho de brotos (cm) de morangueiro<br />
obtidos com diferentes concentrações de BAP<br />
(mg/L) e cianamida hidrogenada (CH). Lavras,<br />
UFLA, 1999.<br />
Havia a expectativa de que a cianamida<br />
hidrogenada apresentasse efeitos positivos sobre a<br />
proliferação de brotos de morangueiro in vitro,<br />
considerando seu efeito em várias espécies, a exemplo<br />
de videira (Mielle, 1994), quiwi (Schuck, 1992),<br />
pereira (Francisconi et al., 1992) e pessegueiro (Matos<br />
e Ducroquet, 1992), estimulando e uniformizando a<br />
brotação de plantas no campo.<br />
Há que se considerar o fato de que Miele e<br />
Dall’agnol (1994) só identificaram efeito significativo<br />
no segundo ano de aplicação. No primeiro ano não<br />
houve respostas, levando a supor que problemas<br />
ambientais, especialmente luz e temperatura,<br />
interferiram na resposta de brotos à aplicação de<br />
cianamida hidrogenada. Novos testes deverão ser<br />
efetuados, combinando concentrações de BAP e<br />
condições ambientais, na tentativa de identificar as<br />
causas desses resultados.<br />
Para peso da matéria seca (Figura 3) registrouse<br />
tendência de elevação até a concentração de<br />
2,5 mgL -1 de BAP, havendo a partir deste nível, ligeiro<br />
decréscimo. Esta observação é válida para cianamida<br />
hidrogenada 2,5 e 10 mgL -1 . Para 5 mgL -1 o resultado<br />
foi totalmente contraditório, evidenciando redução do<br />
R. Un. Alfenas, Alfenas, 4:115-119, 1998
118 M. PASQUAL et. al.<br />
peso da matéria seca até 2,5 mgL -1 de BAP e, nas<br />
doses mais elevadas, aumento. Estes dados, por si só,<br />
não são conclusivos, sugerindo a necessidade da<br />
instalação de outros experimentos que possam<br />
confirmar os resultados obtidos.<br />
Peso (g) da<br />
matéria seca das<br />
brotações<br />
0,15<br />
0,1<br />
0,05<br />
0<br />
0 1 2 3 4 5<br />
BAP (mg/L)<br />
CH (2,5 mg/L) CH (5 mg/L) CH (1 0 mg/L)<br />
Figura 3. Peso da matéria seca (g) de brotos de<br />
morango com diferentes concentrações de BAP<br />
(mg/L) e cianamida hidrogenada (CH). Lavras,<br />
UFLA, 1999.<br />
A porcentagem de enraizamento (Figura 4)<br />
diminuiu tanto para cianamida hidrogenada a 5 como<br />
a 10 mgL-1 , à medida que as dosagens de BAP foram<br />
elevadas. Esses resultados seguem a linha de<br />
pensamento exposta por Martinelli (1992) de que o<br />
enraizamento de brotos de morangueiro pode ocorrer<br />
na ausência de reguladores de crescimento.<br />
Presença de<br />
raízes (%)<br />
130<br />
80<br />
30<br />
-20<br />
0 1 2 3 4 5<br />
BAP (mg/L)<br />
CH (5 mg/L) CH (1 0 mg/L)<br />
Figura 4. Presença de raízes (%) em brotos de<br />
morangueiro com diferentes concentrações de<br />
BAP (mg/L) e cianamida hidrogenada (CH).<br />
Lavras, UFLA, 1999.<br />
4. CONCLUSÕES<br />
A cianamida hidrogenada, nas concentrações<br />
e condições em que foi testada, mostrou-se prejudicial<br />
a proliferação de brotos de morangueiro cv. Princesa<br />
Isabel. Da mesma forma, o uso de BAP é dispensável.<br />
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