Por nós próprias: Galiza, Galiza e nada mais do que Galiza - AMI
Por nós próprias: Galiza, Galiza e nada mais do que Galiza - AMI
Por nós próprias: Galiza, Galiza e nada mais do que Galiza - AMI
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1. 1931: <strong>do</strong>s berros de “fora o Bourbom!” até a proclamaçom <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> Galego.<br />
Desde 1923 o Esta<strong>do</strong> espanhol é governa<strong>do</strong> polo General Primo de Rivera e polo rei Afonso XIII. O<br />
primeiro “pronunciou-se” em contra <strong>do</strong>s “males de la nación española: los políticos<br />
profesionales”, e contou com o apoio <strong>do</strong> monarca para criar um governo militar e pôr em ordem o<br />
Esta<strong>do</strong>. É dizer, ao estilo italiano com o rei Vittorio Emmanuele III e Mussolini. A cópia espanhola<br />
apenas funcionou uns anos. No 1930 Primo de Rivera caia em desgraça e acaba no exílio. Caminho<br />
<strong>que</strong> seguirá o monarca Borbón em abril <strong>do</strong> 1931, trás as eleiçons municipais. No 14 de Abril, será<br />
proclamada a II República espanhola.<br />
Movimentos de reorganizaçom <strong>do</strong>s nacionalistas<br />
Durante a ditadura de Primo de Rivera os galegos<br />
emigra<strong>do</strong>s na América conspiravam e artelhavam<br />
novas formas de luita. Existiam <strong>do</strong>us pensamentos na<br />
emigraçom: o lidera<strong>do</strong> por Blanco Amor, Soares<br />
Picalho e Antom Alonso Rios: pensamento achega<strong>do</strong><br />
ao socialismo e próximo a republicanos e agrários e<br />
possibilista no plano nacional; e os <strong>que</strong> sobrevivíram<br />
da Irmandade Nazonalista Galega e <strong>que</strong> mantinham<br />
a sua pureça ideológica, renegan<strong>do</strong> de colaborar com<br />
forças espanholas, das <strong>que</strong> nascerá a linha<br />
independentista <strong>do</strong> periódico A Fouce. Estes <strong>do</strong>us<br />
grupos conseguem no 1925 reorganizar a Irmandade<br />
Nazonalista Galega em Buenos Aires, a<strong>do</strong>tam o<br />
programa político <strong>do</strong> manifesto de Lugo substituin<strong>do</strong> o difuso “autonomia integral” <strong>do</strong> 1º ponto<br />
polo objetivo da “independência” e revitalizam a Tripla Aliança de 1923 com bascos e cataláns.<br />
Em abril <strong>do</strong> 31 abre-se um perío<strong>do</strong> constituinte e das diferentes demostraçons de força <strong>do</strong>s<br />
diferentes movimentos nacionalistas dependerá o seu “poste de saída” na carreira da<br />
autodeterminaçom. Maciá, em Catalunha, aproveitará para proclamar o “Esta<strong>do</strong> catalám sob o<br />
regime de umha República Catalana” dan<strong>do</strong> a entender <strong>que</strong> poderia fazer parte de umha<br />
“Confederaçom de Povos Ibéricos”. Isto excedia o pacta<strong>do</strong> em Donostia, polo <strong>que</strong> a independência<br />
catalana terá <strong>que</strong> esperar, já <strong>que</strong> se negocia a criaçom da “Generalitat de Catalunya”.<br />
Na <strong>Galiza</strong> a Organizaçom Republicana Autónoma Galega (ORGA) nasce no 1929 pretenden<strong>do</strong><br />
conjugar galeguismo e republicanismo. Muitos confiavam no controlo da organizaçom por Antom<br />
Vilar Ponte, mas <strong>Por</strong>tela Valladares vê a jogada de Casares Quiroga 1 e adverte a Risco, Pedraio e<br />
Castelao; os independentistas de Buenos Aires também clamarám contra Casares Quiroga. Em<br />
1 Presidente <strong>do</strong> Governo da II república espanhola nas datas nas <strong>que</strong> se produziu a sublevaçom militar de julho <strong>do</strong> 1936.<br />
Pretendia e conseguiu usar a ORGA para chegar ao poder e depois aban<strong>do</strong>nar a ideologia galeguista <strong>que</strong> esta tinha.