Tese Rompendo Amarras ao 46-CONUNE-1999 - Reconquistar a ...
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atual presidente da UNE chegou a chamá-la de "greve de pijama") como<br />
procurou desautorizar a ação do Comando de Greve e Mobilização dos<br />
Estudantes. Mas a despeito deles, a greve ganhou amplo apoio no meio<br />
universitário e na sociedade e demonstrou de forma inequívoca a possibilidade<br />
de se construir um movimento combativo, que fugisse à lógica de<br />
colaboração. O mais impressionante é, que, na tese da Refazendo, afirmam<br />
que a UNE esteve na linha de frente da greve. Tudo bem que fizessem<br />
autocrítica, agora , mudar a história já é demais! Mas a falência da atual<br />
direção não se expressou só neste episódio. A paralisia e imobilismo tem sido<br />
a tônica nos últimos anos. Isto para não falarmos da grande "vitrine" desta<br />
gestão: a "campanha da paz", feita em aliança com a Rede Globo. Uma<br />
campanha despolitizada, conservadora, puro marketing. <strong>Rompendo</strong> <strong>Amarras</strong> é<br />
um espaço plural, um amplo movimento, que busca aglutinar em um campo<br />
comum o conjunto dos estudantes, DCE's, CA's, Executivas de Curso e<br />
correntes de pensamento que se disponham a construir uma alternativa de<br />
movimento que efetivamente defenda o ensino público contra o projeto<br />
privatista de FHC e que batalhe por uma UNE democrática. Compartilham<br />
este espaço correntes políticas com diferentes concepções de organização do<br />
movimento estudantil mas que se dispõem a impedir que nossa entidade<br />
nacional se transforme definitivamente em um mero balcão de carteiras e a<br />
retomar a perspectiva de lutas que em tantos momentos marcou sua trajetória.<br />
Acreditamos ser possível iniciar um processo amplo de transformação do<br />
movimento estudantil brasileiro. Derrotar a UJS/Refazendo/PCdoB é somente<br />
um primeiro passo na ruptura com a lógica imobilista, burocrática e<br />
conciliadora que tem prevalecido na UNE. Mas é um passo importante. E<br />
queremos dá-lo. Com estes objetivos, apresentamos <strong>ao</strong> <strong>46</strong>º Congresso da UNE<br />
um conjunto de propostas, que acreditamos capazes de contribuir para o<br />
avanço do movimento estudantil. Queremos constituir, além de uma chapa<br />
para o congresso da UNE, um instrumento capaz de colocar-se à altura das<br />
reivindicações e mobilizações dos estudantes.<br />
SITUAÇÃO NACIONAL Não me entrego sem lutar/ Tenho ainda coração/<br />
Não aprendi a me render/ Que caia o inimigo então (Renato Russo) A falência<br />
do Plano Real veio tornar evidente a total impossibilidade de se constituir uma<br />
saída para o contínuo ciclo de crises vivido pelo país desde o início dos anos<br />
80 com base no modelo de completa subordinação da política econômica<br />
brasileira <strong>ao</strong>s interesses do capital estrangeiro. A prostração do Governo FHC<br />
diante do FMI, do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio<br />
caracteriza um nível de dependência política e econômica que não se via por<br />
estas terras desde o tempo da Colônia. Caiu o mito da "estabilização". Outra<br />
mentira repetida milhões de vezes pelos grandes meios de comunicação,<br />
também caiu: Efeagá está muito longe de ser um presidente éticamente<br />
inatacável. Os escândalos do Sivam e da Pasta Rosa, ocorridos logo no início<br />
do primeiro mandato, se tornaram quase insignificantes quando comparados<br />
com a escabrosa promiscuidade entre a esfera de poder público e os interesses