Tese Rompendo Amarras ao 46-CONUNE-1999 - Reconquistar a ...
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exploram os estudantes. A atual lei de mensalidades é desobedecida<br />
sistematicamente pelos donos de escola que impedem os estudantes<br />
inadimplentes de realizar matrículas, assistir aulas, fazer provas. Fica claro<br />
que a lei só vale como base para garantir os aumentos das mensalidades.<br />
Durante muito tempo, a luta dos estudantes e trabalhadores foi o que permitiu<br />
a manutenção da universidade pública e gratuita. E hoje temos a grande<br />
responsabilidade de derrotar a política de Fernando II e do FMI para impedir a<br />
tentativa de acabar com a grande conquista que significa a universidade<br />
pública e gratuita. Ao mesmo tempo, precisamos de garantir condições para os<br />
milhares de estudantes brasileiros que estão nas particulares concluírem os seu<br />
cursos. Neste sentido, os estudantes argentinos nos deram um grande exemplo<br />
de luta e coragem, saindo às ruas para impedir os cortes de verbas imposto<br />
pelo presidente Menem, que assim como seu colega brasileiro, aplica o<br />
mesmo plano de fome e miséria. Estudantes e professores tomaram as ruas de<br />
todo o país, construindo gigantescas mobilizações de rua e ocupações de<br />
universidades, golpeando de morte o governo neoliberal de Menem. Para nós,<br />
este é o único caminho para defendermos a universidade pública, e inclusive,<br />
para garantir a expansão da rede pública de ensino, absorvendo parte dos<br />
estudantes das pagas. Essa luta é parte da indignação geral que cresce contra o<br />
governo. Os atos de 26 de março e 21 de abril, com mais de 25 mil pessoas e o<br />
primeiro de maio demostram esta disposição. Assim como as mobilizações de<br />
várias universidades públicas contra o pagamento de taxas, em defesa dos<br />
RU's e moradias e dos estudantes das particulares contra os tubarões de<br />
ensino, demostram que os estudantes estão dispostos a defender a<br />
universidade. <strong>Rompendo</strong> <strong>Amarras</strong> propõe: o Abaixo a reforma educacional<br />
FHC/Banco Mundial; o Defesa da universidade pública, gratuita e de<br />
qualidade; o Lutar contra a lei orgânica do governo; Autonomia de verdade é<br />
financiamento público, democracia e gratuidade; o Abertura imediata de<br />
concursos públicos para professor; o Contra a cobrança de taxas de qualquer<br />
tipo; o Contra o pagamento de mensalidades nas universidades públicas; o<br />
Aplicação imediata dos 30% de vagas em cursos noturnos; ampliação das<br />
vagas nas universidades públicas; o Não <strong>ao</strong> fechamento ou privatização de<br />
moradias estudantis e restaurantes universitários; em defesa da assistência<br />
estudantil; o Fim dos cortes de bolsas de pesquisa e extensão; suplementação<br />
orçamentária para CNPq e CAPES; o Construir o Encontro Unificado<br />
UNE/ANDES/FASUBRA, para constituição de uma pauta conjunta rumo a<br />
um projeto comum de reforma universitária; o Redução de mensalidades nas<br />
pagas. Não aceitamos nenhum aumento. Anistia das dívidas. Garantia do<br />
direito de matrículas, aulas e provas; o Não <strong>ao</strong>s cortes de bolsas; garantia e<br />
ampliação das bolsas financiadas pelas mantenedoras das antigas<br />
filantrópicas; o Que no mínimo 30% dos alunos das faculdades particulares<br />
tenham direito a bolsas integrais financiadas através dos lucros destas<br />
instituições.