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DISCURSO PROFERIDO PELA SENHORA IARA SILVEIRA COSTA ...

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> <strong>PELA</strong> <strong>SENHORA</strong> <strong>IARA</strong><br />

<strong>SILVEIRA</strong> <strong>COSTA</strong> NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011 - TRIBUNA POPULAR<br />

Boa tarde. O documento que vou ler agora é um<br />

representativo do coletivo de profissionais, usuários e familiares<br />

de pacientes com transtornos mentais.<br />

Em duas assembleias, no dia 31 de janeiro e 07 de<br />

fevereiro, se discutiu a precariedade dos serviços de saúde<br />

mental e tiramos os seguintes pontos para trazer para essa<br />

assembleia para que sejam apreciados.<br />

1- Falta de alimentação para usuários em<br />

acompanhamento nas unidades, conforme estabelecido na<br />

portaria 336/2002, Artigo 4, item 4.2, alínea G. ;<br />

2 - Falta de profissionais responsáveis pela segurança<br />

patrimonial, bem como falta de segurança pública nas<br />

proximidades dos CAPS, comprometendo a integridade física<br />

dos usuários, técnicos, familiares e dos bens patrimoniais;<br />

3 - Falta de profissionais de higienização,<br />

comprometendo a limpeza e higiene dos CAPS, inviabilizando a<br />

execução de determinadas atividades e procedimentos, bem<br />

como exposição da saúde dos usuários, técnicos e familiares,<br />

Praça Thomé de Souza, s/nº, Centro – Salvador – Bahia<br />

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agravos e doenças pela ausência de controle de pragas e<br />

zoonoses nas unidades;<br />

4 - Insuficiência crônica de recursos materiais para o<br />

desenvolvimento de atividades terapêuticas, com o<br />

comprometimento da efetividade das mesmas.<br />

5 - Estruturas físicas e instalações inadequadas, muitos<br />

dos quais funcionando sem sede própria, estando sujeitos a<br />

contratos de locação por prazo determinado e diversas<br />

mudanças de endereços, dificultando assim uma vinculação<br />

com o seu território, além de manutenção insuficiente dos<br />

imóveis e patrimônios;<br />

6 - Equipe técnica/recursos humanos insuficientes para<br />

atual demanda de usuários atendidos na unidade e para o<br />

desenvolvimento de atividades no território;<br />

7 - Falta de linha telefônica e internet em determinadas<br />

unidades, restringindo os meios de comunicação e informação<br />

dos usuários, familiares e técnicos, além do uso de<br />

equipamentos de comunicação dos técnicos para fins<br />

profissionais (celular, internet, impressora, etc.);<br />

8 - Ausência de transporte ou insuficiente para o<br />

desenvolvimento de atividades extramuros, conforme<br />

preconizado pela Portaria 336/2002, além da diminuição da<br />

cota de combustíveis, inviabilizando a execução de atividades<br />

no território;<br />

9 - Fornecimento precário ou ausente de energia<br />

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elétrica nas Unidades de Saúde Mental, comprometendo o<br />

desenvolvimento das atividades e segurança dos sujeitos;<br />

10 - Vínculos trabalhistas precários, contrariando<br />

todas as legislações trabalhistas vigentes e acordos<br />

estabelecidos com o Ministério Público para ajustamento de<br />

conduta e regularização das condições laborativas;<br />

11 - Falta de supervisão clínica dos CAPS, considerada<br />

importante instrumento de qualificação do atendimento e da<br />

gestão, incentivada pela Portaria GM 1174/2005;<br />

ambulatoriais;<br />

12 - Necessidade de reestruturação dos atendimentos<br />

13 - Recursos financeiros gerenciados pela Secretaria<br />

da Fazenda e não pela Secretaria de Saúde, conforme<br />

preconizado pela Lei Orgânica da Saúde n° 8.08090.<br />

Muito obrigada.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> PELO SENHOR JOSUÉLITON<br />

DE JESUS SANTOS NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011- TRIBUNA POPULAR<br />

Boa tarde à Mesa, boa tarde a todos. Gostaria de pedir<br />

um pouco de silêncio, atenção e respeito, pois o assunto em<br />

pauta, apesar de ser Tribuna Popular, é da população que elege<br />

esta Casa.<br />

Represento a Metamorfose Ambulante, Associação de<br />

Usuários do Serviço de Saúde Mental do Estado da Bahia, e em<br />

nome da saúde mental do município que, provavelmente, todos<br />

estão reconhecendo como adoecida - só tenho cinco minutos, se<br />

parar toda hora... -, é reflexo da ingerência de algumas pessoas<br />

que são responsáveis por esse setor.<br />

Dizem que por desconhecer, cometemos equívocos,<br />

então, temos um relatório situacional de tudo que acontece na<br />

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saúde mental do município. Porém, vou trazer apenas alguns<br />

pontos aqui. Creio que os senhores conhecem a Lei 10216, que<br />

fala em desinstitucionalizar, ou seja, extinguir os manicômios e<br />

criar serviços substitutivos. Isso é uma lei que foi sancionada e<br />

aprovada.<br />

O município responde por um TAC, Termo de<br />

Ajustamento de Conduta, e aí começou a implantação dos<br />

serviços de saúde mental substitutivos, que são chamados de<br />

CAPS. Esses estão fazendo o caminho inverso agora. Fechava-se<br />

o manicômio e mandava o pessoal que estava lá para os CAPS.<br />

Com a precarização, que já foi dita aqui, da alimentação, da<br />

estrutura, da higienização, da segurança, nem o profissional e<br />

nem o usuário se sente confortável ou minimamente assistido.<br />

E o que ele faz? Se ele já tem uma saúde mental<br />

abalada, quando ele vai para um serviço desse e não tem<br />

assistência, ele volta para onde? Para casa? Não. Para rua?<br />

Não, porque não tem mais espaço, o morador de rua já ocupou.<br />

E a indústria da loucura cresce, através desse mecanismo,<br />

porque nós sabemos que são pessoas que continuam<br />

alimentando a indústria da loucura.<br />

Essas pessoas estão descaracterizando, sucateando e<br />

precarizando o serviço que, de 2004 para cá, vem funcionando a<br />

duras penas, mas vem provando que é o que funciona, e não o<br />

manicômio. Até hoje nós ouvimos as pessoas dizerem que ainda<br />

como está a situação dos CAPS é melhor que o melhor dos<br />

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manicômios. Isso nós ouvimos como jargão, mas é realidade.<br />

Então, queria deixar para apreciação dos senhores para<br />

reconhecerem que a situação da saúde mental do município<br />

anda sem perna, sem braço e, infelizmente, na mão de quem<br />

não deveria.<br />

O sucateamento começou em 2006, com a<br />

desestruturação das equipes. Uma equipe que está<br />

funcionando, começa a trabalhar e alguém percebe que está<br />

dando certo, começou-se a desmontar essa equipe e hoje a<br />

gente têm pessoas que não têm nada a ver com saúde, e muito<br />

menos com saúde mental, trabalhando nesse setor. E são<br />

indicações políticas, infelizmente. Mandam pessoas para lá para<br />

gerenciar, para administrar, fazer coisas.<br />

A nossa saúde mental está precarizada, sem<br />

alimentação, e vocês podem fiscalizar. Nós somos o controle<br />

social, mas se vocês quiserem fazer alguma visita vocês podem<br />

ir.<br />

Nós temos um relatório; o tempo da Tribuna Popular<br />

aqui é muito curto, não dá para falarmos tudo. Eu só quero<br />

trazer à tona a realidade da saúde mental do município que<br />

anda muito precária.<br />

Muito obrigado.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> PELO SENHOR VEREADOR<br />

JORGE JAMBEIRO NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011- COMENTÁRIO DA TRIBUNA POPULAR<br />

Sr. presidente, Srs. vereadores, senhoras e senhores, eu<br />

queria falar um pouco sobre a situação dos CAPS, pois eu acho<br />

que a gente às vezes não tem um entendimento perfeito da<br />

importância do CAPS para a saúde mental do Brasil, da Bahia e<br />

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de Salvador. Na verdade, quando houve aquelas lutas anti-<br />

manicomiais ficou absolutamente definido dentro da legislação<br />

que os CAPS seriam substitutos daqueles internamentos<br />

desnecessários.<br />

Em certo momento, surgiu uma ideia de que CAPS e<br />

manicômio eram antagônicos, quando não é verdade. O<br />

manicômio tem uma finalidade, que é cuidar do doente<br />

psicótico, que pode trazer um risco para a população, seja para<br />

ele próprio ou para a família, ou um surto agudo psicótico, e<br />

que não pode ser retirado. A finalidade do CAPS é fazer um<br />

atendimento em que você possa ter aquele acompanhamento<br />

diário de alimentação, de jogos, de atividades lúdicas e<br />

integração à sociedade. Então, são duas coisas diferentes.<br />

Eu conheço bem o CAPS, pelo menos o Dom Rodrigo tem<br />

um CAPS, que era do Estado. Não tenho certeza se hoje ele<br />

ainda é administrado pelo Estado ou é administrado pelo<br />

município, mas o Caps, ali de Águas Claras, o Dom Rodrigo de<br />

Menezes, mas eu quero dizer que desde o início começou a<br />

funcionar muito mal, não por força dos profissionais, porque<br />

sempre nós vemos nos CAPS psicólogos, enfermeiros, mas não<br />

consigo enxergar nunca um psiquiatra que possa dar<br />

assistência. E o CAPS precisa disso.<br />

Não existe possibilidade de que um doente mental possa<br />

ficar apenas com o atendimento psicossocial, que é muito bom,<br />

importantíssimo, fundamental para a vida dele, mas às vezes é<br />

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necessário o acompanhamento também medicamentoso. É<br />

frequente não existir psiquiatra em todos os CAPS. Em geral, os<br />

CAPS ficam sem psiquiatras, e isso talvez seja a maior falha nos<br />

CAPS, é não haver essa assistência médica.<br />

É claro que o secretário Gilberto José vem tentando<br />

recuperar. Eu acho que ele teve até audiência com a vereadora<br />

Aladilce, uma pessoa extremamente importante para essa luta<br />

aí, mas com certeza o vereador Gilberto tem tentado<br />

transformar essa situação, que é a pessoa chegar e não ter<br />

alimentação no CAPS, ou ter que dividi-la. Eu me lembro que<br />

teve um certo momento que no CAPS da Boca da Mata, as<br />

pessoas chegavam e só tinha alimentação para a metade das<br />

pessoas e eles dividiam as quentinhas para que desse para<br />

todos.<br />

Evidentemente não é isso que se quer. A saúde mental<br />

precisa ser muito bem cuidada, porque é absolutamente<br />

necessário que essas pessoas não façam surto, que tenham o<br />

apoio ostensivo do governo para que possam ter uma vida muito<br />

melhor para ele e para a sociedade.<br />

Obrigado, presidente.<br />

Parabéns a vocês que estiveram aqui e apresentaram tão<br />

bem a situação dos CAPS.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> PELO SENHOR VEREADOR<br />

HEBER SANTANA NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011 - COMENTÁRIO DA TRIBUNA POPULAR<br />

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Sr. presidente, Srs. vereadores e vereadoras,<br />

inicialmente quero cumprimentar a Sra. Iara Costa e o Sr.<br />

Josueliton de Jesus Santos por estarem trazendo a esta Casa<br />

não apenas o conhecimento, até porque já foi destacada aqui a<br />

participação da vereadora Aladilce, que tem sido uma<br />

batalhadora nesta causa, mas trazendo mais informações,<br />

mais detalhes, utilizando de um espaço que esta Casa<br />

democraticamente cede, chamado com o nome peculiar de<br />

Tribuna Popular, para trazer ao conhecimento dos Srs.<br />

vereadores as necessidades que os CAPS têm. A gente sabe que<br />

a cidade enfrenta problemas em diversas áreas, em diversos<br />

meios, mas é necessário que paremos e pensemos sobre a<br />

realidade daqueles que têm problemas de saúde mental, a sua<br />

realidade de vida, as dificuldades naturais que já sofrem, e é<br />

justo que nós, enquanto vereadores de Salvador, pensemos<br />

numa forma de amenizar esses problemas dando melhores<br />

condições de vida, mais dignidade, oportunidades para que eles<br />

possam ser inseridos no mercado de trabalho, mercado<br />

acadêmico, enfim, estarem vivendo sua vida com maior<br />

dignidade possível.<br />

É nesse sentido que venho aqui ocupar neste momento a<br />

Tribuna, para mim e minha equipe, nos colocar inteiramente à<br />

disposição nessa batalha, nessa luta. Falo também em nome da<br />

bancada do PSC e vereadores Paulo Magalhães, Alberto Braga,<br />

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o Adriano Meireles; todos estamos prontos a somar esforços<br />

nessa batalha para que estejamos produzindo melhores<br />

resultados.<br />

Faço a ressalva do nosso colega vereador Gilberto<br />

José, que assumiu recentemente a Secretaria. Sei do seu<br />

compromisso com a saúde, da luta de tantos anos, inclusive fez<br />

com que ele fosse renovando a cada momento seu mandato<br />

como vereador de Salvador. Tenho certeza que essas<br />

dificuldades de infraestrutura e de gestão que foram colocadas<br />

aqui, certamente terão com ele a atenção devida para busca da<br />

solução. Mas naquilo que lhe faltar, naquilo que for necessário<br />

a Câmara participar, naquilo que for necessário quanto<br />

mandato do vereador aqui de Salvador, quero, realmente, me<br />

colocar à disposição para que possamos dar maior e melhor<br />

dignidade, melhores condições, melhor qualidade de vida para<br />

as pessoas que precisam de nosso carinho, de nossa atenção;<br />

até porque também tem muito a contribuir e a nos ensinar.<br />

É nesse sentido que parabenizo mais uma vez a Sra.<br />

Iara e o Sr. Josueliton e reforço que estamos prontos a atender<br />

qualquer dificuldade e demanda, somando esforços com a<br />

vereadora Aladilce, a bancada do PSC, para podermos mudar o<br />

quadro e termos melhores condições.<br />

Muito obrigado.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> <strong>PELA</strong> <strong>SENHORA</strong> VEREADORA<br />

ALADILCE DE SOUZA NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO de<br />

2011- COMENTÁRIO DA TRIBUNA POPULAR<br />

Sr. presidente, Srs. vereadores, Sras. vereadoras,<br />

senhores usuários, familiares e amigos das pessoas que têm<br />

transtorno mental e que hoje se encontram aqui exercendo o<br />

seu direito de cidadão, Srs. profissionais da área de saúde<br />

mental, sejam bem vindos a esta Casa.<br />

Que bom que temos uma Tribuna Popular, um espaço<br />

para trazer para esta Casa legislativa, que é a Casa do povo, o<br />

sofrimento do povo.<br />

Quero aqui complementar as palavras dos vereadores<br />

Jorge Jambeiro, Heber e outros. Rapidamente dizer, só<br />

complementando, que desde 1991 que a lei 10.216, que é a lei<br />

que faz a reforma psiquiátrica no Brasil, estabeleceu que não<br />

podemos ter o serviço de saúde mental baseado no hospital, é<br />

preciso que o serviço hospitalar, que cronifica a doença mental,<br />

seja substituído por uma rede de serviços chamados de<br />

substitutivos.<br />

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Temos os CAPS, as residências terapêuticas, CAPS,<br />

serviço especializado para criança, para álcool e drogas, para<br />

adolescentes, uma rede de serviço que possa dar conta da<br />

loucura, tratando as pessoas que têm transtorno mental<br />

integrados à sua vida, sem perder os vínculos familiares.<br />

É preciso também que a gente tenha leitos psiquiátricos<br />

em hospitais gerais, que a gente tenha hospital dia para aqueles<br />

curtos internamentos, para as crises mais graves, mas que<br />

fundamentalmente o paciente possa retornar à sua vida, o<br />

convívio e viver no meio de todos, porque todos têm direito a<br />

uma vida integrada na sociedade, porque são pessoas<br />

portadoras de direitos; e o hospital, o chamado "hospício",<br />

tirava as pessoas, jogava lá, condenava a uma vida segregada.<br />

Então, aqui em Salvador, no ano de 2005, o Ministério<br />

Público obrigou a Prefeitura a instalar esse serviço. E de lá para<br />

cá, vereador Pedrinho Pepê, estou atenta à questão da saúde, os<br />

serviços vêm capengando. O pessoal vem hoje aqui fazer um<br />

apelo, vem se reunindo, fazendo um movimento da mesma<br />

forma que o pessoal da área de Saúde da Família e também o<br />

SAMU, porque a crise no Município de Salvador é grave, uma<br />

crise administrativa de gestão.<br />

E quero aqui dizer do esforço do vereador Gilberto José,<br />

desta Casa e secretário de Saúde, que já recebeu os<br />

representantes do movimento, mas o esforço do secretário<br />

sozinho não vai resolver a questão se nós não tivermos os<br />

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ecursos da Saúde no Fundo Municipal administrado pelo<br />

secretário, com o controle social do Conselho, com essa Casa<br />

batalhando, discutindo, debatendo.<br />

Enfim, queria trazer mais uma vez aqui à Tribuna<br />

Popular, é um tema da saúde, e esta Casa, como representante<br />

do povo da cidade, quem de nós aqui, vereadores e vereadoras,<br />

não tem ou na família, ou um parente, ou um amigo que<br />

precisa de serviço de saúde mental, e só o município, apenas o<br />

município oferece esse serviço, que está numa situação crítica e<br />

que nós precisamos ajudar a reerguer.<br />

Portanto, as nossas palavras aqui são de chamar<br />

atenção a cada líder de partido, de cada vereador e vereadora<br />

para a gente somar e cobrar do prefeito João Henrique, do<br />

secretário da Fazenda que os recursos da Saúde sejam<br />

aplicados, direcionados para a Saúde para que a gente tenha<br />

não só psiquiatra - com a sua tolerância -, não só psiquiatra<br />

que está faltando, mas terapeuta ocupacional, psicólogo,<br />

oficineiro, todos aqueles profissionais que as pessoas precisam<br />

para se reerguer e poder produzir a sua vida.<br />

Vereador, trouxeram aqui um apelo, que é a questão do<br />

passe livre, que todo o município do interior do Estado já<br />

concede para as pessoas irem aos CAPS, porque não adianta ter<br />

o CAPS se as pessoas não tiverem o dinheiro do transporte e<br />

Salvador precisa fazer justiça.<br />

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Eu quero parabenizar o vereador Jambeiro que<br />

escreveu essa semana um artigo no jornal, o Correio da Bahia,<br />

defendendo o passe para o guarda municipal. Precisamos,<br />

vereador Jambeiro, do passe para as pessoas com transtorno<br />

mental poderem fazer seu tratamento.<br />

Obrigada.<br />

<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> <strong>PELA</strong> <strong>SENHORA</strong> VEREADORA<br />

VÂNIA GALVÃO NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011 - COMENTÁRIO DA TRIBUNA POPULAR<br />

Sr. presidente, Sras. e Srs. vereadores, gostaria também<br />

de saudar os companheiros e companheiras que se encontram<br />

na galeria desta Casa, familiares de portadores de transtorno<br />

mental; saudar a Sra. Iara e o Sr. Joselito, da Associação<br />

Metamorfose Ambulante.<br />

Gostaria de colocar, em nome do Partido dos<br />

Trabalhadores, também a nossa posição e a nossa avaliação<br />

com relação ao que está acontecendo, não apenas, Sra. Iara, no<br />

que se refere à situação dos CAPS. Todos nós sabemos que o<br />

que está acontecendo hoje é reflexo da crise seríssima, da grave<br />

crise que ocorre no Município de Salvador, pegando aí como<br />

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foco a questão da Saúde aqui no nosso município. Já esteve<br />

aqui na semana passada o pessoal representando o SAMU, os<br />

profissionais do SAMU.<br />

A cada instante, isso é um assunto recorrente. Nós<br />

vemos aqui nesta Casa problemas relacionados com a crise da<br />

saúde do município serem debatidos. E o que está acontecendo<br />

com os CAPS, o que acontece com o SAMU, o que acontece com<br />

vários outros órgãos que prestam assistência à saúde, à<br />

população desta cidade é a falta de prioridade, é a falta de<br />

compromisso do governo, do prefeito, pois nesses 6 anos de<br />

gestão já tivemos praticamente 6 secretários de Saúde.<br />

Então, esta é a nossa realidade aqui no Município de<br />

Salvador. É uma crise que está aí presente, e o que é pior é que<br />

nós não vislumbramos nenhuma possibilidade de solução<br />

imediata, a não ser o que a vereadora Aladilce aqui acabou de<br />

colocar, que o prefeito efetivamente cumpra com seu<br />

compromisso constitucional de disponibilizar, de dispor e de<br />

encaminhar os recursos da saúde para que nós venhamos a ter<br />

aqui na nossa cidade pelo menos uma melhoria de todo esse<br />

sistema.<br />

Então, o que hoje passam os profissionais, o que hoje<br />

passam os pacientes do CAPS todos nós sabemos e só podemos<br />

aqui dizer: Olha, nós somos solidários. Mas precisa, de fato, de<br />

uma ação efetiva por parte do gestor público, que ele priorize a<br />

questão da Saúde Pública, porque o que o povo passa neste<br />

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momento com os profissionais do SAMU, tendo comida<br />

estragada, equipamentos quebrados sem poder prestar uma<br />

devida e boa assistência à população desta cidade, a mesma<br />

coisa com vocês, profissionais do CAPS.<br />

Então, da nossa parte, e da parte do Partido dos<br />

Trabalhadores, só temos que nos solidarizar e nos colocar à<br />

disposição para os encaminhamentos que venham a ser feitos.<br />

Muito obrigada.<br />

<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> PELO SENHOR VEREADOR<br />

ODIOSVALDO VIGAS NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011- COMENTÁRIO DA TRIBUNA POPULAR<br />

Sr presidente, Sras. vereadoras, Srs. vereadores, nos<br />

antecederam aqui alguns colegas justamente com inserção no<br />

segmento da Saúde. Mas seria interessante fazermos uma<br />

pequena análise da situação da Saúde Pública que começa em<br />

nível de Brasil. Sabemos que vem com dificuldades, isso<br />

porque a sociedade brasileira está aguardando já há bastante<br />

tempo uma definição do financiamento da Saúde, quem é que<br />

vai bancar a Saúde. E nós aguardamos de maneira ansiosa, a<br />

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sociedade aguarda a aprovação pelo Congresso Nacional da PEC<br />

nº 29.<br />

Vejam os senhores que recebemos recentemente a visita<br />

do ministro da Saúde que defendeu veementemente - quando<br />

ele entregou uma série de ambulâncias ao SAMU - a<br />

necessidade de se definir com clareza, nessa gestão da<br />

presidente Dilma Roussef - que meu partido votou com ela e<br />

apoia - quem vai financiar a Saúde e por extensão todo o serviço<br />

de Saúde Pública.<br />

Vejam os senhores que aqui, inclusive a vereadora<br />

Aladilce reconhece o empenho do secretário Gilberto José, seu<br />

esforço na resolução do problema por que passa a Saúde<br />

Pública da Cidade do Salvador, não só na questão tocante ao<br />

CAPS, no tocante ao SAMU, aos agentes de endemias e tantos<br />

outros.<br />

Porém, é de bom alvitre também compreendermos que<br />

na Cidade do Salvador temos 18 CAPS, e tem um, o ACD3, ali<br />

em Pirajá, o Ges Pinheiro, que inclusive serve de hospitalização<br />

para muitos pacientes.<br />

Agora, claro que esse vínculo, a precarização do vínculo<br />

empregatício, a questão da higienização, a questão da<br />

segurança, a questão da alimentação se faz necessário que a<br />

Secretaria de Saúde se atenha para resolver, e o secretário até<br />

então, Dr. Gilberto José, tem procurado dialogar com os<br />

segmentos organizados desse setor no intuito de minimizar a<br />

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questão que se apresenta. Eu nem diria minimizar, mas<br />

resolver a questão.<br />

Também sugiro, como médico, e esta Casa , que tem<br />

uma bancada de vereadores médicos, companheiros da área de<br />

Saúde, como o Dr. Pitangueiras, e tantos outros, que façamos<br />

menções junto à Comissão de Saúde para que a gestão do<br />

Fundo, eu concordo até com a vereadora Aladilce, essa gestão<br />

do Fundo de Saúde tem que ser controlada pelo próprio<br />

secretário no intuito de dirimirmos as dúvidas.<br />

Nesse patamar, eu acredito que com o vereador<br />

experiente, Gilberto José, médico, ex-presidente desta Casa,<br />

com 6 mandatos, seremos capazes de dialogar com os demais<br />

segmentos e encontrarmos as soluções.<br />

Parabéns a vocês do Transtorno de Saúde Mental,<br />

porque no momento em que esta Casa, de maneira democrática,<br />

abre este espaço para esse debate, vocês serão parceiros desta<br />

Casa Legislativa e certamente dos 41 vereadores.<br />

Muito obrigado, Sr. presidente.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> <strong>PELA</strong> <strong>SENHORA</strong> VEREADORA<br />

OLÍVIA SANTANA NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011 - PINGA-FOGO<br />

Sr. presidente, colegas vereadores e vereadoras, eu<br />

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quero inicialmente saudar os companheiros e companheiras,<br />

expressar a nossa solidariedade aos companheiros da luta<br />

antimanicomial, da luta em defesa do funcionamento dos CAPS,<br />

que é uma conquista deste movimento.<br />

E eu sempre digo, vi a notícia hoje de que o prefeito<br />

João Henrique havia se filiado a um novo partido, mais um<br />

novo partido na sua história política. E eu espero que dessa vez<br />

o prefeito consiga, agora que já se filiou a outro partido,<br />

efetivamente colocar Salvador nos seus horizontes. Como<br />

prioridade, a garantia dos serviços públicos, da regularidade<br />

dos serviços públicos na área da Saúde, o funcionamento dos<br />

CAPS, garantir efetivamente os serviços de educação.<br />

Nós tivemos audiência com o secretário de Educação na<br />

sexta-feira, que assumiu uma agenda de compromissos com o<br />

nosso movimento, com os segmentos populares. Hoje, os<br />

professores realizaram uma grande assembleia e decretaram o<br />

final da greve, acreditando, dando mais um voto de confiança a<br />

essa administração municipal que tem que garantir<br />

efetivamente os vigilantes, o cuidado com as escolas, o<br />

funcionamento das escolas públicas municipais. Há escolas que<br />

não têm água. Escola de educação infantil sem água é um<br />

convite de retorno à casa, porque não há condição de cuidar de<br />

crianças de 3, 4 anos sem ter uma gota de água numa escola.<br />

Portanto, é fundamental que os compromissos que o<br />

secretário assumiu, de investir os 25% da educação que o<br />

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Tesouro Municipal, tem que assegurar, garantir os vigilantes, os<br />

porteiros das escolas, as merendeiras, convocar as merendeiras<br />

concursadas para assumirem os seus lugares nas escolas<br />

públicas municipais.<br />

Então, essa agenda de reivindicações, a reforma das<br />

escolas, só 30% das empresas estavam recebendo pagamento, e<br />

é preciso garantir que essas empresas que estão fazendo<br />

reforma nas escolas tenham regularidade no repasse dos<br />

pagamentos e entregue no prazo suas obras, porque as crianças<br />

precisam ter a garantia do funcionamento da rede pública<br />

municipal de ensino.<br />

Então, parabenizo a APLB Sindicato, o Fórum de<br />

Diretores e Diretoras, todos os segmentos que se mobilizaram<br />

em defesa da reabertura da rede municipal de ensino com<br />

qualidade, com pelo menos o mínimo dos serviços em<br />

funcionamento para receber essas crianças.<br />

Finalizo dizendo que o prefeito João Henrique precisa<br />

assumir posição em relação a esse caso das baianas. É um<br />

absurdo querer colocar isso na conta da Superintendência da<br />

União, que deu uma resposta a uma consulta que foi feita pela<br />

Aban, que é a Associação das Baianas, dizendo que não cabia,<br />

vereadora Marta Rodrigues, à Superintendência regularizar o<br />

serviço praticado pelas baianas há séculos nesta cidade.<br />

Nunca houve interferência da Superintendência em<br />

atividade de baiana de acarajé; agora, a Prefeitura está dando<br />

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uma de joão sem braço e não quer assumir que é a Secretaria<br />

de Serviços Públicos que não quer deixar a baiana fazer o seu<br />

trabalho, ter o seu ganha pão. São as mulheres negras, a<br />

grande maioria que saiu dos seus terreiros de candomblé, que<br />

ganharam as ruas secularmente, ainda na época da escravidão,<br />

para vender bolinho de acarajé, para vender seu abará e tirar<br />

dali o sustento das suas famílias.<br />

Nenhum prefeito fez isso que João Henrique está<br />

fazendo. Ele está aplicando às baianas o que acontece com os<br />

vendedores, mas com os vendedores do Porto da Barra existe<br />

um pacto, há muito tempo, porque eles colocam e retiram as<br />

cadeiras, levam isopor para vender a cerveja, o refrigerante e<br />

sempre funcionou muito bem; idem para as baianas de acarajé,<br />

levam seu tabuleiro, o tabuleiro é móvel, não é fixo, não precisa<br />

fazer alvenaria, não pode a Prefeitura comparar o ofício das<br />

baianas com as barracas de praia, que eram verdadeiros<br />

restaurantes dentro do mar, por desmando da Prefeitura, que<br />

depois deixou os trabalhadores sem ter como trabalhar, como<br />

sobreviver.<br />

Esse é um assunto de interesse de toda a cidade, e eu<br />

finalizo, Sr. presidente, dizendo que não é possível que chegue<br />

o carnaval sem resolver esse problema das baianas. É preciso<br />

deixar essas mulheres trabalhar, porque o nosso povo não deve<br />

é roubar, e tirar o ganha pão do nosso povo é mandar essa<br />

população roubar.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> <strong>PELA</strong> <strong>SENHORA</strong> VEREADORA<br />

MARTA RODRIGUES NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011 - PINGA-FOGO<br />

Sr. presidente, Srs. vereadores e Sras. vereadoras, todos<br />

das galerias, técnicos, profissionais de saúde e amigos. A nossa<br />

líder já externou a nossa posição, a posição do nosso partido,<br />

portanto, eu só queria fazer essa saudação a vocês e dizer que<br />

estamos na luta.<br />

Sr. presidente, eu também vou iniciar o nosso Pinga-<br />

Fogo de hoje na mesma linha da vereadora Olívia. Mais uma vez<br />

o gestor público da nossa cidade costuma transferir a<br />

responsabilidade do que é dele para um outro setor, para um<br />

outro ente federado, como foi o caso da baianas de acarajé, que<br />

é responsabilidade do município e não da Superintendência do<br />

Patrimônio da União na Bahia.<br />

Na tarde de sábado, a superintendente Ana Villas Boas<br />

colocou isso com muita propriedade, e a vereadora Olívia já se<br />

referiu aqui ao ofício que o Patrimônio da União respondeu à<br />

ABAN, justamente nessa direção de esclarecer e dizer que não é<br />

da sua competência regularizar o mercado formal e o informal, é<br />

da Sesp, é do município.<br />

Amanhã teremos essa reunião e seria bom que na<br />

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segunda-feira nós pudéssemos agendar para que a<br />

superintendente viesse aqui também para colocar, para que o<br />

prefeito não venha, mais uma vez, transferir as suas<br />

responsabilidades. Ainda mais em um período deste, que é o<br />

período do carnaval, em pleno verão, pois as baianas são<br />

patrimônio material do Brasil desde 2005.<br />

Nós precisamos cobrar do gestor público a sua<br />

responsabilidade, porque não dá para ele atribuir para o nível<br />

federal porque, de fato, não é da competência do Patrimônio da<br />

União. Os blogs, os jornais todos colocaram essa situação no<br />

final de semana e precisamos esclarecer para que não tenha<br />

nenhuma dúvida.<br />

Só um minuto, vereadora, que eu lhe dou um aparte,<br />

porque eu tenho um assunto que eu queria tratar aqui, já há<br />

dias que eu estou tentando trazer esse debate. O nosso<br />

presidente não está aqui, o vereador Pedro Godinho, que já<br />

recebeu a Comissão de Amigos da Casa de Retiro São<br />

Francisco, que é o maior patrimônio arquitetônico baiano , que<br />

está sendo desrespeitado a todo momento, com sua venda pela<br />

Ordem Provincial, que fica em Recife.<br />

Agora, nessa ação que foi encaminhada na quinta-feira<br />

para o Tribunal de Justiça, e hoje também já teve o sorteio do<br />

desembargador que vai acompanhar, é necessário ir à Justiça<br />

para que as irmãs também, que já saíram ontem do Retiro São<br />

Francisco, possam voltar e aquele patrimônio não seja<br />

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desrespeitado, como está sendo na sanha do empreendimento<br />

imobiliário, pois o metro quadrado daquela área é muito<br />

valorizado.<br />

Não podemos, de maneira nenhuma, permitir que essa<br />

sangria que vem acontecendo em nossa cidade, como foi na<br />

Paralela, venha também ocupar o bairro de Brotas, com os seus<br />

congestionamentos. Digo porque moro ali perto do Retiro e sei<br />

da dificuldade e a importância também daquele patrimônio para<br />

toda população carente que está no seu entorno. O posto de<br />

saúde funcionava ali dentro, mas já não atende mais, como<br />

também o abrigo e seminário de diversas entidades que já<br />

utilizaram aquele espaço agradável.<br />

Então, eu gostaria de conclamar todos os vereadores e<br />

vereadoras para que nós pudéssemos também, junto com o<br />

grupo, com essa causa que já foi à Justiça, abraçar também<br />

essa luta para garantir a permanência desse espaço que é do<br />

Estado da Bahia e também dos soteropolitanos.<br />

Muito obrigada.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> PELO SENHOR VEREADOR<br />

TÉO SENNA NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL<br />

DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE 2011- PINGA<br />

FOGO<br />

Sr. presidente, Srs. vereadores, minhas senhoras e meus<br />

senhores, ouvi atentamente, vereador Sandoval, o<br />

pronunciamento e fiquei em dúvida, pois colocaram a culpa no<br />

prefeito pelo problema das baianas de acarajé. Ele foi o primeiro<br />

a declarar o seu apoio a essa classe de trabalhadores e a tomar<br />

a iniciativa de procurá-las para um acordo, juntamente com a<br />

SPU. Todos os jornais colocaram que é uma decisão da<br />

Superintendência e ainda continuam aqui a falar que é o<br />

prefeito.<br />

Eu acho que a Câmara precisa avaliar não somente um<br />

jornal, mas a própria Tribuna da Bahia, o A Tarde, pois todos<br />

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eles colocaram dessa forma, inclusive, com a própria<br />

informação da Dra. Ana Villas Boas, que não sabemos nesta<br />

Casa, de que a SPU está cobrando por metro quadrado<br />

qualquer atividade esportiva nas praias de Salvador.<br />

A Superintendência está inviabilizando o esporte em<br />

Salvador e qualquer competição que venha às praias é cobrada<br />

por metro quadrado. Não estão proibindo somente as baianas,<br />

mas um torneio de futebol, handbol, basquetebol ou o que for.<br />

Conclamo a Câmara para que possamos ir em comissão,<br />

pois, no momento em que preparamos a cidade para a Copa do<br />

Mundo, estamos discutindo o esporte, a Superintendência do<br />

Patrimônio da União cobra por um evento esportivo e agora<br />

quer tirar as baianas de acarajé .<br />

Então, graças a Deus eles estão se reunindo com o<br />

prefeito João Henrique, que tomou a iniciativa, pois precisamos<br />

discutir não só as baianas, mas também o esporte. Sabemos<br />

que há uma lei que legaliza o uso da praia, mas não podemos<br />

perceber que vamos inviabilizar o esporte e qualquer<br />

competição. Para qualquer competição, a Superintendência está<br />

cobrando por metro quadrado, vereador Alcindo.<br />

Um aparte ao vereador Alcindo.<br />

SR. VEREADOR ALCINDO DA ANUNCIAÇÃO: -<br />

Vereador, V. Exa., na condição de líder, seria bom que tomasse<br />

ciência, porque nós temos informações que a Sesp já vinha<br />

notificando, vereadora Marta, a Sesp já vinha perseguindo as<br />

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aianas.<br />

Agora, no momento em que houve essa decisão,<br />

midiaticamente o prefeito resolveu levantar a bola, sair em<br />

defesa das baianas, quando, na realidade, não tem sido essa a<br />

postura da Prefeitura.<br />

V.Exa., como líder, poderia interceder, porque na<br />

quinta-feira teremos uma audiência pública e gostaríamos de<br />

ter a presença do secretário da Sesp, Dr. Oscimar, que já vinha<br />

perseguindo as baianas. Agora, como dá Ibop defender as<br />

baianas, aí sai em defesa delas.<br />

Obrigado, vereador Téo Senna.<br />

SR. VEREADOR TÉO SENNA: - Vereador Alcindo,<br />

gostaria de dizer a V.Exa., e até comunicar, porque V.Exa. tem<br />

interesse, quem têm sido notificadas são as pessoas que estão<br />

querendo fazer comércio ambulante na praia. A Sesp só está<br />

permitindo os barraqueiros que já estão lá, esses podem fazer.<br />

Não pode abrir indiscriminadamente, pois está todo mundo<br />

querendo levar um isopor e ocupar as praias todas.<br />

Esse ordenamento que é feito pela Sesp e que não pode,<br />

V. Exa. está equivocado ou talvez não tenha conhecimento,<br />

porque o que está sendo feito, e muito bem feito, é determinar<br />

quem pode: são as quinhentas e trinta e tantas barracas, essas<br />

podem usar isopor e o comércio. Não pode para qualquer<br />

pessoa, porque senão estaria daquele jeito.<br />

O que nós queremos e está sendo feito, vereador Alcindo,<br />

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é esse ordenamento. Não pode para qualquer pessoa. Esse<br />

ordenamento precisa ser feito para que possa realmente<br />

ordenar.<br />

Um aparte à vereadora Léo Kret.<br />

SRA. VEREADORA LÉO KRET: - A Associação da<br />

Baianas, segundo a presidente, foi assaltada mais de vinte<br />

vezes só nesse mês.<br />

Apesar da Aban ser responsável pelo Memorial das<br />

Baianas, não recebe mais nenhum financiamento das esferas<br />

públicas, mas recebe diariamente centenas de turistas, e a<br />

Embasa cobra uma dívida da Associação das Baianas de mais<br />

de trinta mil reais.<br />

Então, temos que nos juntar com as baianas para ver<br />

como podemos ajudá-las, já que são patrimônio histórico.<br />

SR. VEREADOR TÉO SENNA: - Vereadora Léo Kret,<br />

V.Exa. está de parabéns.<br />

O problema de segurança e o problema da Embasa são<br />

do governo do Estado, não são problemas da Prefeitura<br />

Municipal.<br />

É a partir dessa discussão que nós temos que buscar<br />

outras. As baianas são um patrimônio imaterial nacional, é<br />

preciso ver dessa forma.<br />

Um aparte ao vereador Odiosvaldo.<br />

SR. VEREADOR ODIOSVALDO VIGAS: - O vereador Téo<br />

Senna, líder do governo, tem explicitado de maneira clara a<br />

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posição do governo municipal, inclusive mostrando ao vereador<br />

Alcindo da Anunciação o encaminhamento que vem sendo<br />

dado. Eu acredito que assim dirime dúvidas e está aberto às<br />

discussões e aos diálogos.<br />

E seria bom, vereador, trazer para a discussão a questão<br />

da retirada dos animais da Lavagem do Bonfim, mostrando que<br />

o STU e a Justiça de maneira federal está até interferindo na<br />

vida histórico-cultural da Cidade do Salvador.<br />

Muito obrigado.<br />

SR. VEREADOR TÉO SENNA: - Gostaria de pedir não só<br />

à bancada de oposição, mas à bancada de governo, à bancada<br />

independente, ao aguerrido vereador Alcindo, com quem tenho<br />

aprendido muito nesta Casa e sei que vamos caminhar juntos<br />

em muitos momentos, que nós possamos fazer uma comissão<br />

para ir à Dra. Ana Villas Boas para que pudéssemos ver,<br />

inclusive, o problema do esporte.<br />

Essa cobrança da areia da praia, nós temos que verificar<br />

pois é realmente um problema sério quando a gente quer<br />

fomentar o esporte; e também a questão das baianas.<br />

Muito obrigado.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> <strong>PELA</strong> <strong>SENHORA</strong> VEREADORA<br />

ALADILCE DE SOUZA NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011 - PINGA-FOGO<br />

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Sr. presidente, Srs. vereadores, Sras. vereadoras,<br />

gostaria de começar debatendo esse assunto aqui que acho<br />

extremamente grave, a Câmara tem que tomar uma posição.<br />

Gostaria de parabenizar a proposta do vereador Alcindo<br />

da Anunciação de fazermos uma audiência pública. Vamos<br />

trazer a Sesp para que as coisas fiquem esclarecidas.<br />

Eu estava ali me lembrando, vendo V.Exa. pegando os<br />

jornais, eu acho que a todo veículo de imprensa temos que dar<br />

credibilidade. Agora, precisamos saber qual foi a informação<br />

que passaram para o jornal A Tarde, para a Tribuna e para<br />

outros jornais, porque como disse muito bem a vereadora<br />

Marta, o prefeito João Henrique é useiro e vezeiro de fazer uma<br />

coisa e quando não dá certo, joga a responsabilidade nos<br />

outros, joga a culpa em alguém, algum auxiliar seu ou então em<br />

qualquer pessoa. Ele nunca é responsável pelos seus atos.<br />

Estava pensando, vereador Téo Senna, tomara que essa<br />

questão - quero crer que não - não seja uma manifestação de<br />

intolerância religiosa. Nós já tivemos aqui no município, na<br />

gestão de João Henrique, a derrubada de terreiro. E V.Exa.<br />

lembra a confusão de que deu no município?<br />

Outro dia, vereador Odiosvaldo Vigas, proibiram de<br />

bater o sino da igreja do Rio Vermelho. A Sucom mandou<br />

proibir e depois voltou. Alguém é responsável. E agora proíbem<br />

as baianas de acarajé? Elas são figuras que temos que<br />

reverenciar pelo que significam para nossa cultura e pela<br />

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eligiosidade da maioria do povo de nossa cidade. Tomara que<br />

não seja uma manifestação de intolerância religiosa, porque aí<br />

vai ser muito pior do que tudo que está se dizendo aqui,<br />

vereador Téo Senna.<br />

vereadora?<br />

SR. VEREADOR TÉO SENNA: - Um aparte, vereadora?<br />

SR. VEREADOR HEBER SANTANA: - Um aparte,<br />

SRA. VEREADORA ALADILCE DE SOUZA: - Sabe por<br />

que, vereador? Porque não tem justificativa. Na areia da praia,<br />

vai o vendedor de churrasquinho, o vendedor de cerveja com<br />

isopor, vários tipos de comércio móveis estão sendo feitos na<br />

areia da praia. Por que só tem que sair a baiana de acarajé,<br />

vereadora Marta?<br />

Quero aqui reforçar a proposta do vereador Alcindo para<br />

que traga todos os atores responsáveis, vamos trazer do<br />

Patrimônio da União, Dra. Ana Villas Boas, vamos trazer o<br />

Oscimar. São tantos que a gente até esquece. Trazer o Cláudio<br />

Silva, da Sucom, e faremos uma audiência.<br />

Quanto à questão do esporte, vereador Téo Senna,<br />

precisamos analisar. Acho que os espaços públicos devem ser<br />

voltados para as atividades públicas, para o interesse coletivo.<br />

Agora, os grandes torneios promovidos pela Coca Cola, pela<br />

Schincariol querem tomar conta da orla. Acho que eles também<br />

tinham que contribuir um pouco, pois faturam alto também<br />

com esses torneios. Não é inviabilizar o esporte, é contribuir,<br />

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fazer com que as grandes marcas contribuam para os cofres<br />

públicos municipais, porque esse recurso, com certeza, em<br />

última instância, vem favorecer à população de Salvador.<br />

Quero dar um aparte ao vereador Heber e depois ao<br />

vereador Téo Senna.<br />

SR. VEREADOR HEBER SANTANA: - Vereadora Aladilce,<br />

é apenas para chamar atenção sobre quando V.Exa. se referiu à<br />

intolerância religiosa. Sabemos que o prefeito João Henrique é<br />

evangélico, membro da Primeira Igreja Batista. Eu também sou<br />

evangélico e muitas vezes ações que têm algum evangélico como<br />

responsável são colocadas dessa forma. Quando, na verdade, o<br />

segmento evangélico prega o respeito a todos, independente de<br />

sua crença, de suas opiniões, e assim também é o prefeito João<br />

Henrique nessa questão.<br />

Acho que o que está em discussão é o melhor uso da<br />

praia, o respeito com relação ao meio ambiente, mas também o<br />

bom senso para que possamos ter uma praia ordenada. Quero<br />

chamar sempre a atenção dessa questão, especialmente no que<br />

diz respeito ao segmento evangélico, porque vemos que o<br />

segmento evangélico é sempre mais aberto.<br />

SRA. VEREADORA ALADILCE DE SOUZA: - Incorporo o<br />

seu pronunciamento ao meu discurso. Só faço um reparo: sei<br />

do seu respeito, da sua posição de tolerância religiosa, aliás,<br />

como muitos representantes do segmento evangélico aqui nesta<br />

Casa. Só não tenho certeza se essa é a mesma atitude do<br />

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prefeito João Henrique, pelos fatos que aqui relatei.<br />

Por isso que acho, vereador, sem nenhuma questão<br />

pessoal, que temos que ter o cuidado ao debater. Acho que o<br />

Estado é laico, o município é laico e todas as religiões, qualquer<br />

que seja ela, têm que ter a sua manifestação garantida.<br />

SR. VEREADOR TÉO SENNA: - Um aparte, vereadora?<br />

SRA. VEREADORA ALADILCE DE SOUZA: - Um aparte<br />

ao vereador Téo Senna, com sua tolerância, presidente.<br />

SR. VEREADOR TÉO SENNA: - Vereadora, primeiro,<br />

tenho certeza absoluta e a Cidade do Salvador sabe da<br />

responsabilidade do prefeito João Henrique em gerir a cidade ,<br />

em assumir essa responsabilidade em todo momento, nos bons<br />

e nos maus momentos. Se no momento em que ele esteve com o<br />

PC do B ele foi responsável pelo gerenciamento da cidade, hoje<br />

que o PC do B está na oposição, ele continua responsável pelo<br />

gerenciamento da cidade, e isso é indiscutível.<br />

Eu acho que V.Exa. peca, como vereadora competente,<br />

quando busca a intolerância religiosa como um problema que<br />

está tão claro da forma como foi exposto em todos os jornais e<br />

em todos os segmentos. Não se trata de intolerância. Eu acho<br />

que, então, nem deveria se discutir isso aqui. Nós precisávamos<br />

mesmo é buscar a SPU para que a gente possa discutir isso de<br />

forma ampla.<br />

SRA. VEREADORA ALADILCE DE SOUZA: - Vereador<br />

líder do governo, nós temos liberdade de expressão de pensar e<br />

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uscar explicação para os fatos. Vamos fazer uma audiência<br />

pública.<br />

Queria só, para encerrar, dizer que quanto à<br />

responsabilidade do prefeito com a cidade, o Elevador Lacerda<br />

está ali com duas cabines fechadas, e a que está funcionando<br />

ninguém suporta subir e descer, porque está a 40 graus de<br />

temperatura.<br />

Muito obrigada.<br />

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<strong>DISCURSO</strong> <strong>PROFERIDO</strong> PELO SENHOR VEREADOR<br />

SANDOVAL GUIMARÃES NA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE SALVADOR DO DIA 21 DE FEVEREIRO DE<br />

2011- PINGA-FOGO<br />

Presidente Paulo, colegas vereadores e vereadoras, até<br />

na condução das discussões hoje neste plenário, há uma<br />

diferença no ar, no pensamento, com as recentes notícias que<br />

estão acontecendo no meio político de Salvador. Até o próprio<br />

governador Jaques Wagner já disse que está se sentindo muito<br />

bem com a ida do prefeito João Henrique para o PP. É sinal de<br />

que esta Casa vai se unir dessa vez buscando salvar Salvador e<br />

que teremos, realmente, as condições de aqui serem inseridos<br />

na pauta os jogos da Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2116.<br />

Falo isso porque, na próxima segunda-feira, nós<br />

estaremos aqui nesta Casa discutindo, com a presença do<br />

secretário da Copa do governo do Estado, Ney Campello, sobre<br />

um dos fatos mais importantes que aconteceram da semana<br />

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passada para cá em relação ao Orçamento da nossa cidade.<br />

Trata-se do repasse de cerca de dois bilhões e quatrocentos<br />

milhões de reais, que mesmo o governo federal tendo feito esse<br />

corte de cinquenta milhões, garantiu, através de um ministério<br />

subordinado à presidente Dilma, para os destinos do BRT em<br />

Salvador.<br />

Segundo essas informações, nós estaremos esticando,<br />

elevando o metrô até a estação desejada; estaremos fazendo as<br />

intervenções dentro da via principal, que deverá sofrer essas<br />

modificações, que é a Paralela. E esta Casa precisa, realmente,<br />

dentro de um tempo hábil, voltar a convocar uma reunião<br />

extraordinária com a Comissão de Acompanhamento dos<br />

Empreendimentos, que foi criada em maio do ano passado e<br />

que terá envolvimento com a Copa do Mundo e com os Jogos<br />

Olímpicos, já que esta Casa foi quem deu a isenção para todos<br />

esses empreendimentos que serão aqui realizados na nossa<br />

capital.<br />

Hoje, lendo o Correio da Bahia, vi ainda que o Projeto<br />

das Dunas, que foi um projeto de lei indicado em nosso<br />

mandato, aprovado e sancionado, e hoje existe o Parque das<br />

Dunas, está também já fazendo reuniões com a Infraero para<br />

discutir a utilização ou não da ampliação do Aeroporto de<br />

Salvador, porque vai afetar, certamente, aquela parte.<br />

Então, nós estamos muito preocupados, pois a<br />

Comissão, tendo já quase um ano - agora em maio fará um ano<br />

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que foi instalada - não fez nenhuma reunião. E mesmo sendo<br />

uma comissão provisória, nós temos que aqui debater, porque<br />

todos esses empreendimentos que vão ser inseridos aqui em<br />

Salvador terão gastos públicos vindos do governo federal, do<br />

governo estadual. São relevantes as importâncias a serem<br />

implantadas aqui e nós temos que acompanhar, porque só no<br />

Estado do Rio de Janeiro, no primeiro momento da reforma do<br />

estádio do Maracanã, foram desviados 300 milhões de reais.<br />

SR. VEREADOR ALCINDO DA ANUNCIAÇÃO: - Nobre<br />

vereador, muito pertinente o pronunciamento de V.Exa., agora,<br />

eu tenho uma preocupação. Eu queria que V.Exa., que é<br />

realmente expert em orçamento, nos informasse se esse recurso<br />

que está vindo para a Copa do Mundo vai depender da<br />

adimplência da Prefeitura? Porque a Prefeitura está devendo a<br />

Deus e ao mundo, INSS não paga, FGTS não recolhe, está na<br />

CADIM, que é a Serasa no serviço público. Queria saber de<br />

V.Exa. e do líder - está no SPC do Serviço Público -, e do líder,<br />

vereador Teófilo Sena, se realmente, se esses recursos estão na<br />

dependência de certidões negativas da Prefeitura? Porque nós<br />

estivemos em Brasília e o que nós soubemos é que não adianta<br />

vir recursos para Salvador, porque não consegue, porque está<br />

inadimplente. Queria saber de V.Exa. porque isso pode atrasar,<br />

mas como V.Exa. é expert, eu quero saber se vai depender dessa<br />

certidão ou não, porque se depender dessa certidão, adeus, não<br />

vai haver recurso para a Copa do Mundo.<br />

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SR. VEREADOR SANDOVAL GUIMARÃES: - Com a<br />

permissão da Presidência, eu queria explicar a V.Exa. que já<br />

existe uma PPP na cidade da construção do Estádio da Fonte<br />

Nova que está gerido completamente pelo governo do Estado.<br />

Agora, eu queria dizer também a V.Exa. que todos esses<br />

encaminhamentos a nível de acompanhamento, eles são<br />

voltados para esta Casa, porque fomos nós que demos a<br />

concessão de isenção, tanto para os jogos da Copa do Mundo,<br />

quanto para os jogos das Olimpíadas, e nós temos a<br />

responsabilidade maior de mais de bilhões de reais que serão<br />

inseridos aqui, serem acompanhados para não acontecer fatos<br />

deploráveis como já vem acontecendo em outros Estados que<br />

serão sede da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.<br />

Muito obrigado.<br />

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