Jornal O Cobalca - Universidade Tuiuti do Paraná
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<strong>Jornal</strong> da Escola Estadual Padre Colbacchini<br />
N N E E S S T T A A E E DD D I I Ç Ç Ã Ã OO<br />
O :<br />
Quem foi Padre Colbacchibi<br />
Uma vez em Santa<br />
Felicidade<br />
1<br />
2<br />
Você Sabia? 3<br />
Era uma Vez<br />
A Casa Escolar<br />
4<br />
A Estrutura inicial 4<br />
Curiosidade sobre a<br />
História da Escola<br />
Aumento da Estrutura<br />
e nº alunos<br />
Seção Tempos Antigos<br />
Pré-Escola—Estu<strong>do</strong> e<br />
criatividade<br />
Traquinagens da<br />
Diretora<br />
5<br />
5<br />
6<br />
9<br />
9<br />
Onde ficamos 10<br />
Realização e Referenciais<br />
10<br />
Q U EM FOI PA D R E COLBACCHINI?<br />
Pietro Colbacchini nasceu<br />
em Bassano Del Grappa,<br />
na região italiana <strong>do</strong> Vêneto,<br />
em 20 de agosto 1845.<br />
Veio de uma família de<br />
fundi<strong>do</strong>res de sinos. Entrou<br />
na Companhia de Jesus<br />
aos 13 anos e iniciou seu<br />
novicia<strong>do</strong> na Alemanha.<br />
Retornan<strong>do</strong> à Itália, tornouse<br />
sacer<strong>do</strong>te em Vicenza<br />
em 1869 e, em 1884, decidiu<br />
partir para o Brasil.<br />
A primeira visita <strong>do</strong> padre<br />
Pietro Colbacchini às colônias<br />
<strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> foi em<br />
1886. Como primeira parte<br />
de sua missão, passou 15<br />
dias em Santa Felicidade,<br />
para a alegria <strong>do</strong>s colonos,<br />
que freqüentavam suas<br />
prédicas.<br />
Após, retornou à São Paulo,<br />
onde já estava há <strong>do</strong>is<br />
anos, e solicitou ao então<br />
bispo deste esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong><br />
<strong>Paraná</strong>, Dom Lino D. R. de<br />
Carvalho, que o liberasse<br />
para uma missão na região<br />
que acabara de visitar, que<br />
era carente de atendimento<br />
religioso. O bispo lhe<br />
concedeu permissão, através<br />
de despacho, em 29<br />
de setembro de 1886. O<br />
padre deveria conceder os<br />
sacramentos (batiza<strong>do</strong>s,<br />
casamentos, etc.) aos imigrantes<br />
italianos e depois<br />
enviar aos padres das paróquias<br />
a qual estes pertenciam<br />
os da<strong>do</strong>s para os<br />
devi<strong>do</strong>s assentos.<br />
Inicialmente moran<strong>do</strong> na<br />
Colônia Dantas (Água Ver-<br />
de), Colbacchini<br />
criou uma pequena<br />
capela ao<br />
la<strong>do</strong> de sua residência.<br />
De lá,<br />
visitava os locais<br />
onde os<br />
imigrantes italianos<br />
viviam, quer<br />
seja em colônias<br />
composta só<br />
deles ou mistas:<br />
Campo Compri<strong>do</strong>,<br />
Ferraria,<br />
Santa Maria de<br />
N o v o T i r o l<br />
(Piraquara), Vila<br />
Colombo, Morretes,<br />
Muricy, Umbará,<br />
São José<br />
<strong>do</strong>s Pinhais,<br />
Rondinha, dentre outros.<br />
Em fevereiro de 1888, a<br />
Vigaria Geral de Curitiba<br />
criou a Capelania Curada<br />
Italiana, a qual ficou nas<br />
mãos <strong>do</strong> padre. Assim, seus<br />
fiéis poderiam ser atendi<strong>do</strong>s<br />
diretamente, desligan<strong>do</strong>-se<br />
das paróquias a qual pertenciam<br />
e sen<strong>do</strong> atendi<strong>do</strong>s pela<br />
Capelania, ou seja, esta poderia<br />
conceder os sacramentos<br />
como casamentos e<br />
batismos e registrá-los em<br />
seus próprios livros. Esta<br />
Capelania teve sua sede<br />
inicial na Colônia Dantas,<br />
mas foi transferida para<br />
Santa Felicidade em 1889,<br />
onde Colbacchini comprou<br />
um terreno de Pietro Slompo,<br />
com uma casinha de<br />
duas peças para sua moradia.<br />
Colbacchini, a partir daí,<br />
Padre Colbacchini<br />
Novembro - 2011 Nº 01<br />
começou a solicitar à várias<br />
dioceses na Itália que<br />
enviassem padres para<br />
sua Capelania. Desta forma,<br />
entrou em contato<br />
com Dom Scalabrini, bispo<br />
de Piacenza, que tentava<br />
congregar e incentivar<br />
missionários para enviálos<br />
à colônias italianas <strong>do</strong><br />
além-mar.<br />
Colbacchini solicitou seu<br />
agregamento a esta ordem<br />
que, em 12 de julho<br />
de 1888, enviou <strong>do</strong>is missionários<br />
para as colônias<br />
paranaenses: Domênico<br />
Mantese e Giuseppe Molinari,<br />
os primeiros propriamente<br />
scalabrianos envia<strong>do</strong>s<br />
às Américas.
Página 2<br />
U M A VEZ EM SANTA FELICIDADE....<br />
As famílias que se mudaram para<br />
Santa Felicidade eram muito religiosas.<br />
Sem ter onde realizar suas<br />
orações, estas eram feitas nas<br />
casas de algumas delas.<br />
Com o passar <strong>do</strong> tempo, e em conjunto,<br />
os colonos construíram uma<br />
capela de madeira em terreno<br />
<strong>do</strong>a<strong>do</strong> por Marcos Mocelin, a uns<br />
200 metros da atual Igreja. Padre<br />
Colbacchini, vêneto como grande<br />
parte <strong>do</strong>s colonos da região, decidiu<br />
que estes deveriam ter uma<br />
igreja, visto a capela já era pequena<br />
para a população que crescia.<br />
Em 1888, Padre Colbacchini foi o<br />
mestre de obras, arquiteto e decora<strong>do</strong>r<br />
da nova Igreja em alvenaria<br />
que, com a ajuda das 150 famílias<br />
que já viviam na região, levou três<br />
O P A D R E D Á A D E U S !<br />
À pedi<strong>do</strong> de Colbacchni, os colonos se<br />
mantiveram afasta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> conflito gera<strong>do</strong><br />
pela Revolução Federalista, que<br />
iniciou em 1893. Colbacchini fazia<br />
campanha para que os colonos italianos,<br />
de maneira geral, se mantivessem<br />
fora <strong>do</strong> conflito e <strong>do</strong>s recrutamentos<br />
para ele. Os jovens de Santa Felicidade,<br />
assim, se recusaram a participar<br />
dele, fugin<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> ameaça<strong>do</strong>s de<br />
convocação. A comunidade acabou<br />
perden<strong>do</strong> apenas alguns animais, soli-<br />
P A D R E E S C R I T O R . . . .<br />
Padre Colbacchini teve intenso contato<br />
com autoridades italianas, como<br />
Dom Scalabrini e o Ministro de Relações<br />
Exteriores. Através de cartas e<br />
relatórios, ele contava a situação <strong>do</strong>s<br />
colonos no <strong>Paraná</strong> e em São Paulo.<br />
Estes relatórios foram publica<strong>do</strong>s em<br />
livros na Itália e se transformaram em<br />
anos para ficar pronta.<br />
Inauguração:<br />
Inauguração:<br />
A nova construção foi inaugurada<br />
no natal de 1891, com grande<br />
pompa. Durante alguns dias foram<br />
realizadas procissões em<br />
que, aos poucos, eram trazi<strong>do</strong>s os<br />
objetos e imagens da antiga capela.<br />
A última procissão trouxe o<br />
Santo Sacramento e fechou-se a<br />
inauguração com uma missa.<br />
Dom Scalabrini<br />
Inauguração da Igreja em 1891<br />
Volume 1, edição 1<br />
cita<strong>do</strong>s pelo governo.<br />
Em função disso, Colbacchini correu<br />
perigo e teve que se refugiar em casas<br />
de amigos e bosques. Devi<strong>do</strong> ao<br />
risco, sua saúde precária e o fato de<br />
querer que mais missionários viessem<br />
ao Brasil, retornou para Itália em<br />
1894. Uma vez lá, se tornou diretor<br />
<strong>do</strong> Instituto Missionário em Piacenza,<br />
a pedi<strong>do</strong> de Dom Scalabrini.<br />
Ao voltar ao Brasil em 1896, passou<br />
rapidamente por Santa Felicidade.<br />
referência para os que estudam a<br />
imigração italiana no sul <strong>do</strong> Brasil.<br />
Ele é constantemente cita<strong>do</strong> por diversos<br />
especialistas na área, devi<strong>do</strong> a<br />
sua capacidade de analisar e descrever<br />
a história, as dificuldades encontradas<br />
e a posição em que os colonos<br />
italianos nos locais que visitava.
<strong>Jornal</strong> da Escola Estadual Padre Colbacchini Página 3<br />
PADRE PADRE PADRE CONSTRUTOR?<br />
CONSTRUTOR?<br />
Padre Colbacchini<br />
aju<strong>do</strong>u e organizou a<br />
construção de diversas<br />
capelas em madeira<br />
e igrejas em<br />
alvenaria pelas colônias<br />
que atendia,<br />
muitas vezes in<strong>do</strong> de<br />
uma a uma em lombo<br />
de cavalo. Dentre as<br />
igrejas construídas, temos a da colônia Dantas (hoje<br />
bairro <strong>do</strong> Água Verde), inaugurada em 29 de junho de<br />
1888 (ver foto). Esta construção substituiu a antiga<br />
capela de madeira. Porém, a primeira missa feita<br />
nesta colônia não foi nem na capela nem na nova<br />
igreja. Colbacchini a rezou em 25 de maio de 1886,<br />
na casa de um colono, Sr. Antonio Bonato.<br />
Você Você Você Você<br />
Sabia? Sabia? Sabia? Sabia?<br />
COLÉGIO COLÉGIO ESTADUAL ESTADUAL PADRE PADRE COLBACCHINI?<br />
COLBACCHINI?<br />
Padre Colbacchini também<br />
é patrono de outra<br />
escola, mas lá no Rio<br />
Grande <strong>do</strong> Sul (ver foto).<br />
A escola iniciou suas<br />
atividades em 1937,<br />
com o nome de Grupo<br />
Escolar Nova Bassano.<br />
Mu<strong>do</strong>u de nome para<br />
Grupo Escolar Pe. Pedro Antônio Colbachini em<br />
1959, em homenagem a um <strong>do</strong>s considera<strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res<br />
da cidade. O nome atual é <strong>do</strong> ano 2000. A<br />
escola oferta desde educação infantil, ensino fundamental<br />
e médio, EJA e curso técnico de Administração.<br />
Em sua estrutura possui laboratórios de informática<br />
e de ciências, biblioteca, ginásio de esportes,<br />
auditório, sala de artes, refeitório e parque infantil.<br />
PADRE PADRE FUNDADOR?<br />
FUNDADOR?<br />
Quan<strong>do</strong> retornou ao Brasil em 1896, Padre Colbacchini<br />
foi destina<strong>do</strong> ao Rio Grande <strong>do</strong> Sul, para dar assistência<br />
religiosa aos colonos<br />
italianos que ali moravam.<br />
Lá, fixou-se em<br />
uma colônia recém formada<br />
por cerca de 30<br />
famílias, inicialmente<br />
chamada de Bassano<br />
Del Grappa, local pertencente<br />
à época à Lagoa<br />
Vermelha. Seu nome era uma homenagem à região de<br />
origem da maioria <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res e <strong>do</strong> próprio padre.<br />
Colbacchini fun<strong>do</strong>u a igreja matriz local (ver foto atual).<br />
Esta colônia se tornou cidade em 1964, com o nome de<br />
Nova Bassano. O padre e estas famílias são considera<strong>do</strong>s<br />
os funda<strong>do</strong>res desta cidade.<br />
PADRE PADRE ENCRENQUEIRO?<br />
ENCRENQUEIRO?<br />
Em 1879, um imigrante<br />
italiano em Novo Tirol<br />
(hoje Piraquara), Giovanni<br />
B. Marconi, fun<strong>do</strong>u<br />
uma escola no prédio da<br />
administração da colônia.<br />
Esta escola era dita<br />
promíscua, pois continha<br />
alunos de ambos os Novo Tirol—Final Séc. XIX<br />
sexos, o que era incomum na época. Com as visitas<br />
<strong>do</strong> padre Colbacchini, que possuía um espírito autoritário,<br />
começaram as discussões entre este e o professor.<br />
O padre acusava Marconi de ser liberal demais.<br />
Com a força <strong>do</strong> padre, influente entre colonos,<br />
o professor foi expulso da escola em 1888. A escola<br />
funcionou até 1890. A partir de 1893, ele voltou a ter<br />
alunos, mas só meninos eram aceitos.
Página 4<br />
ERA UMA VEZ...<br />
A CASA ESCOLAR PADRE COLBACCHINI<br />
Vista Vista Vista da da da Escola Escola—1967<br />
Escola 1967<br />
Fonte: Fonte: Arquivo Arquivo da da Escola Escola<br />
Escola<br />
Sala Sala de de Aula Aula —1967 1967<br />
Fonte: Fonte: Arquivo Arquivo da da Escola<br />
Escola<br />
Cantina Cantina —1967 1967<br />
Fonte: Fonte: Arquivo Arquivo da da Escola Escola<br />
Escola<br />
C O M O T U D O C O M E Ç O U<br />
A escola iniciou suas aulas<br />
em 11 de maio de 1967.<br />
Ela substituiu a escola isolada<br />
de Butiatuvinha, considerada<br />
muito aquém das necessidades<br />
<strong>do</strong>s alunos, tanto<br />
em termos físicos quanto<br />
na capacidade de atender à<br />
demanda de educação na<br />
localidade. Esta escola funcionava<br />
nas dependências<br />
da Igreja <strong>do</strong> bairro, em uma<br />
sala de madeira. Assim que<br />
E S T R U T U R A I N I C I A L<br />
Volume 1, edição 1<br />
foi extinta, os alunos foram<br />
transferi<strong>do</strong>s para a nova<br />
Casa Escolar.<br />
A construção da nova escola<br />
iniciou em janeiro de 1967 e<br />
foi feita em um terreno <strong>do</strong>a<strong>do</strong><br />
pela prefeitura, cerca<strong>do</strong><br />
por vegetação. Participou da<br />
sua inauguração o então<br />
secretário Educação e Cultura,<br />
Carlos Alberto Moro. A<br />
primeira diretora foi a Professora<br />
Maria Vendramim.<br />
A escola contava com duas salas de aula com 40 carteiras<br />
e 1 quadro negro cada, para atender os 104 alunos<br />
matricula<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> 1º ao 5º ano (em 1973, o 5º ano deixou<br />
de ser fazer parte <strong>do</strong> ensino primário). Além da diretora,<br />
a escola possuía 5 professoras e 1 servente. Havia<br />
também um gabinete para a diretora e uma cantina.<br />
Gabinete Gabinete da da Diretora Diretora —1967 1967<br />
Fonte: Fonte: Arquivo Arquivo da da Escola Escola<br />
Escola
<strong>Jornal</strong> da Escola Estadual Padre Colbacchini Página 5<br />
CURIOSIDADES SOBRE A HISTÓRIA DA ESCOLA<br />
Arlete Arlete A. A. G. G. da da Luz Luz—1973 Luz 1973<br />
Fonte: Fonte: Família Família da da Luz<br />
Luz<br />
A U M E N T O D A E S T R U T U R A E N Ú M E R O D E<br />
A L U N O S<br />
fessores, e duas salas em alvenaria<br />
(1980), próximas à quadra poliesportiva.<br />
Em 1980, já estavam matricula<strong>do</strong>s na<br />
escola 625 alunos.<br />
Em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s anos 90, a escola ganhou<br />
a cancha coberta e, em 2009, a<br />
quadra poliesportiva. Hoje, a escola conta<br />
com 455 alunos matricula<strong>do</strong>s em<br />
seus três turnos.<br />
• A primeira merenda <strong>do</strong>s alunos continha<br />
sopa Maggi, farinha, leite e aveia.<br />
• Além das disciplinas comuns, nos primeiros<br />
anos da escola os alunos tinham<br />
aulas de catequese nos <strong>do</strong>is turnos.<br />
• Como “uniforme”, no início da década<br />
de 70, se usavam jalecos brancos.<br />
• A Escola já teve 4 nomes: Casa Escolar<br />
Padre Colbacchini, Grupo Escolar Padre<br />
Colbacchini, Escola Padre Colbacchini -<br />
Ensino de 1º Grau e Escola Estadual<br />
Padre Colbacchini – Ensino Fundamental.<br />
• O símbolo da escola não era o mesmo que é agora, era uma âncora com<br />
as iniciais <strong>do</strong> Padre Colbacchini.<br />
• A escola começou a extinguir os anos iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental e a contar com a 5ª e 8ª série a<br />
partir de 1993.<br />
Calçamento Calçamento construí<strong>do</strong> construí<strong>do</strong> —1968 1968 1968<br />
Fonte: Fonte: Arquivo Arquivo da da Escola<br />
Escola<br />
A crescente demanda por ensino fundamental<br />
fez com que rapidamente as duas salas de aula<br />
iniciais fossem insuficientes. De acor<strong>do</strong> com um<br />
relatório da escola e conversa com ex-alunos,<br />
nos primeiros tempos as turmas eram cheias e<br />
havia aulas até no almoxarifa<strong>do</strong> e no refeitório<br />
recém construí<strong>do</strong>.<br />
A estrutura da escola foi alterada, ao longo <strong>do</strong>s<br />
anos, para atender às necessidades de alunos,<br />
ganhan<strong>do</strong> novas salas. As últimas construções<br />
da escola foram: a casa <strong>do</strong> caseiro (1978), a<br />
sala <strong>do</strong> pré-escolar (1979), hoje sala <strong>do</strong>s pro-<br />
Duas Duas novas novas salas salas —1968 1968<br />
Fonte: Fonte: Fonte: Arquivo Arquivo da da Escola<br />
Escola<br />
Antigo Antigo Logo<br />
Logo<br />
Fonte: Fonte: Arquivo Arquivo da da Escola<br />
Escola<br />
“A educação é a arma<br />
mais poderosa que você<br />
pode usar para mudar o<br />
mun<strong>do</strong>”<br />
(Nelson Mandela)
Página 6<br />
SEÇÃO TEMPOS ANTIGOS—1967-1980<br />
A Escola Estadual Padre Colbacchini tem um livro de atas rechea<strong>do</strong>s de boas histórias. Este livro conta um pouquinho<br />
sobre a escola de 1967 à 1980. Confira nas próximas três páginas as principais celebrações que a escola<br />
fazia.<br />
D I A D A P Á T R I A ( 7 D E S E T E M B R O )<br />
To<strong>do</strong>s os anos eram realizadas<br />
comemorações para o dia, ou<br />
semana, da Independência <strong>do</strong><br />
Brasil. O único ano, entre 1967 e<br />
1980, em que não houve comemorações<br />
foi em 1978, devi<strong>do</strong> à<br />
paralisação <strong>do</strong>s professores ocorrida<br />
ao longo <strong>do</strong> mês de agosto,<br />
que acabou prejudican<strong>do</strong> o calendário.<br />
A primeira delas foi realizada em<br />
D I A D A S C R I A N Ç A S<br />
D I A D A S M Ã E S<br />
Desfile <strong>do</strong> Dia da Pátria —1967<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
O primeiro Dia das Crianças da Escola foi comemora<strong>do</strong> com um<br />
piquenique, em 1967. Houve anos em que a festinha foi realizada<br />
no Estádio <strong>do</strong> Iguaçu, próximo à escola. Porém, na maioria das<br />
vezes, as comemorações<br />
eram<br />
feitas na própria<br />
escola, com jogos,<br />
brincadeiras<br />
e distribuição de<br />
<strong>do</strong>ces e biscoitos,<br />
o que só era possível<br />
com o apoio<br />
da Associação de<br />
Pais e Mestres,<br />
professoras e co-<br />
Comemoração <strong>do</strong> Dia das Crianças—1972<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Volume 1, edição 1<br />
03 de setembro de 1967. Foi feito<br />
um desfile na Avenida Manoel Ribas,<br />
no qual os alunos levavam<br />
bandeiras <strong>do</strong> Brasil e <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>.<br />
De ano a ano, as comemorações se<br />
alteravam, mas em geral contavam<br />
com declamação de versos e poesias,<br />
jograis, discursos e entoação<br />
<strong>do</strong>s hinos da Independência e <strong>do</strong><br />
Brasil.<br />
Comemoração <strong>do</strong> Dia das Crianças—1972<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
munidade.<br />
Em 1972, a escola comprou balas, biscoitos, pirulitos e suco. As<br />
professoras, juntamente com algumas mães, trouxeram pratos de<br />
<strong>do</strong>ce ou de salga<strong>do</strong>. Cada sala comemorou a sua maneira, com brincadeiras e jogos. Ao final, cada criança recebeu<br />
um pacote de <strong>do</strong>ce.<br />
O Dia das Mães quase sempre era comemora<strong>do</strong> com uma missa, segui<strong>do</strong> de homenagens, como leituras de poesias<br />
e mensagens e entrega de lembranças. Ainda nos anos 90, era comum haver missas em homenagem às mães.
<strong>Jornal</strong> da Escola Estadual Padre Colbacchini Página 7<br />
F E S T A J U N I N A<br />
Festa Junina—1970<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Festa Junina—1973<br />
Fonte: Família da Luz<br />
As festas juninas eram tradição na escola.<br />
A primeira delas foi realizada em 1968 e<br />
o dinheiro arrecada<strong>do</strong> foi usa<strong>do</strong> para<br />
comprar cortinas para duas salas de aula,<br />
dentre outras coisas.<br />
Normalmente, as festas tinham muitas<br />
brincadeiras, como roda da fortuna, pescaria<br />
e jogo de argolas. Pinhão, quentão e<br />
outras guloseimas também faziam parte<br />
da festa. É claro que não podia faltar a<br />
tradicional quadrilha. O dinheiro arrecada<strong>do</strong><br />
com estas festas era utiliza<strong>do</strong> para o<br />
bem da própria escola. Vale lembrar que<br />
a Associação de Pais e Mestres, pais, professores<br />
e funcionários da escola trabalhavam<br />
duro para tu<strong>do</strong> dar certo.<br />
E A E S C O L H I DA F O I . . . . A S I N H A Z I N H A<br />
Rosicleia Manfron — Sinhazinha 1972<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Outra tradição das festas juninas<br />
da escola era a escolha da sinhazinha.<br />
As alunas participantes tinham<br />
que vender votos, para ajudar a<br />
escola. Quem vendesse mais votos<br />
era considerada a sinhazinha<br />
<strong>do</strong> ano.<br />
A primeira foi Ligia Margarete<br />
Braganholo, <strong>do</strong> terceiro ano, em<br />
1968.<br />
Festa Junina—1974<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Festa Junina—1968<br />
Fonte: Arquivo da<br />
Escola<br />
Rosimeri Stival— Sinhazinha 1974<br />
Fonte: Arquivo da Escola
Página 8<br />
F O R M A T U R A S<br />
Formatura —1968<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
V I S I T A S E O U T R O S PA S S E I O S<br />
Nos primeiros anos da escola,<br />
era comum fazer formaturas<br />
para os alunos que completassem<br />
o 5º ano. A primeira delas<br />
ocorreu na própria escola em<br />
1968 e, para entrega <strong>do</strong>s diplomas,<br />
contou com a presença <strong>do</strong><br />
secretário da Educação e Cultura,<br />
Cândi<strong>do</strong> Manoel Martins de<br />
Oliveira, fato que deixou os professores<br />
com muito orgulho.<br />
Após a formatura, foram entregues<br />
medalhas aos alunos destaques<br />
e foi servi<strong>do</strong> um coquetel<br />
para os convida<strong>do</strong>s.<br />
Volume 1, edição 1<br />
A escola recebeu nestes Tempos Antigos a visita de peças de teatro e outras instituições e seus alunos visitaram<br />
vários lugares. Dá uma olhadinha nas fotos de algumas destas ocasiões!<br />
Comemoração <strong>do</strong> Dia das Professoras –1972<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Formatura —1970<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Formatura - 1972<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Formatura —1969<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Visita ao Aeroporto Afonso Pena—<br />
1972<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
Distribuição de Fanta—1974<br />
Fonte: Arquivo da Escola
<strong>Jornal</strong> da Escola Estadual Padre Colbacchini Página 9<br />
P R É-ESCOLA—ESTUDO E CRIATIVIDADE<br />
Formatura <strong>do</strong> pré—1998<br />
Em destaque: Talise<br />
Gasparetto<br />
Fonte:Família Gasparetto<br />
A primeira turma de pré<br />
-escola <strong>do</strong> Padre Cobalcchini<br />
foi aberta em<br />
abril de 1977. Haviam<br />
si<strong>do</strong> inscritos para o pré<br />
muitas crianças com 7<br />
anos completos. Assim,<br />
optou-se por criar uma<br />
turma extra de 1ª série.<br />
A partir <strong>do</strong>s anos seguintes,<br />
até o início <strong>do</strong>s<br />
anos 90 quan<strong>do</strong> foi<br />
extinto, a pré-escola<br />
contava com duas turmas,<br />
uma de manhã e<br />
Fotos da sala <strong>do</strong> pré (1987) e pátio (anos 90)<br />
Fonte: Arquivo Prof. Lorena Cabral<br />
outra a tarde.<br />
Em 1979, o pré ganhou uma sala especial<br />
(hoje sala <strong>do</strong>s professores), que contava com<br />
uma estrutura mais apropriada aos alunos,<br />
como <strong>do</strong>is banheiros internos, sala para almoxarifa<strong>do</strong>,<br />
<strong>do</strong>is quadros negros e outros para<br />
fixação de atividades e carteiras específicas.<br />
As aulas eram sempre divertidas e estimulavam<br />
a criatividade <strong>do</strong> aluno. Era comum, também, ocorrerem formaturas<br />
com direito a apresentações e entregas simbólicas de diplomas.<br />
Em 1988, a formatura da turma da manhã foi realizada na Capela São Carlos, próxima a escola. Contou com apresentações<br />
diversas, como de balé e valsa, ensaiadas pela professora da classe, Lorena Cabral.<br />
T R A QUINAGENS DA DIRETOR A<br />
A atual diretora da escola, Professora Sirlene Benato,<br />
já foi aluna dela. Ela fez parte da primeira turma de 1ª<br />
série da escola, em 1967.<br />
A professora conta que ficava olhan<strong>do</strong>, por cima <strong>do</strong><br />
muro de sua casa, a escolinha<br />
de madeira onde se realizavam<br />
as aulas antes <strong>do</strong> Colbacchini<br />
ser inaugura<strong>do</strong>. Uma<br />
professora que dava aulas no<br />
local, Alice Gasparetto, convi<strong>do</strong>u-a<br />
para estudar lá.<br />
Com o fechamento desta escola,<br />
Sirlene foi para o Padre<br />
Colbacchini, onde fez muitas<br />
traquinagens, segun<strong>do</strong> ela<br />
mesma. Corria, pulava, fazia<br />
bagunça na hora <strong>do</strong> recreio.<br />
Como a escola ainda estava<br />
Formatura da Prof. Sirlene — 1971<br />
Fonte: Arquivo da Escola<br />
em construção, chegou a pisar em um prego!<br />
Com me<strong>do</strong> de ser descoberta por ter burla<strong>do</strong> um concurso<br />
da sala sobre quem escrevia melhor o Hino <strong>do</strong><br />
Brasil, e por culpa de ter feito isto, acabou o decoran<strong>do</strong>.<br />
Professora Sirlene lembra também<br />
que a relação professoraluno<br />
era bem diferente <strong>do</strong>s dias<br />
de hoje e que seus dias de merenda<br />
prediletos era quan<strong>do</strong> tinha<br />
mingau de chocolate.<br />
Bons tempos os de criança, não é<br />
mesmo?
Página 10<br />
O N DE ESTA M O S:<br />
R E A L I Z AÇÃO<br />
Talise Talise Dayane Dayane Gasparetto<br />
Gasparetto<br />
5º 5º Perío<strong>do</strong> Perío<strong>do</strong> de de História História<br />
História<br />
<strong>Universidade</strong> <strong>Universidade</strong> <strong>Tuiuti</strong> <strong>Tuiuti</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong><br />
<strong>Paraná</strong><br />
Escola Escola Estadual Estadual Padre Padre Colbacchini Colbacchini Colbacchini —<br />
Ensino Ensino Fundamental<br />
Fundamental<br />
Rua Caetano Alessi, 30<br />
CEP: 82.400-290 - Butiatuvinha<br />
Curitiba—<strong>Paraná</strong><br />
Fone: 3272-1831<br />
Muito Muito Obriga<strong>do</strong>:<br />
Obriga<strong>do</strong>:<br />
Arlete Arlete A. A. Gasparetto Gasparetto da da Luz<br />
Luz<br />
Professoras Professoras Lorena Lorena Cabral, Cabral, Sirlene Sirlene Benato Benato e e Antonia Antonia Lobato<br />
Lobato<br />
Funcionários Funcionários da da Escola<br />
Escola<br />
Michael Michael Anderson Anderson Sanzovo Sanzovo (responsável (responsável pelas pelas ilustrações)<br />
ilustrações)<br />
R E F ENCIAIS PRINCIPA I S<br />
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA ESTADUAL PADRE COLBACCHINI. Disponível<br />
em http www.ctacolbacchini.seed.pr.gov.br. Acesso em: 01.set.2011.<br />
LIVRO ATA Nº 01. Escola Estadual Padre Colbacchini.<br />
________. Arquivo da Paróquia de Santa Felicidade. Boletim n.º 11, Departamento de<br />
História da UFPR. Curitiba: 1971.<br />
BALHANA, Altiva Pilatti. Santa Felicidade: Uma paróquia veneta no Brasil. Curitiba: Fundação<br />
Cultural de Curitiba, 1978.<br />
TOMAZ, Antonio, TOMAZ, J. Ariel. Colônia Imperial Santa Maria Do Novo Tirol Da Boca da<br />
Serra, 120 anos de história 1878-1998, genealogia. Curitiba. Editare, 1998.<br />
MARTINI, Giuseppe. Origine e sviluppo della colônia Santa Felicidade. In: CARDOSO,<br />
Rosy de Sá (trad). Boletim <strong>do</strong> Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico Paranaense. v.<br />
XXXIV. Curitiba, 1978.<br />
DA LUZ, Arlete A. G. Entrevista cedida a Talise D. Gasparetto. Curitiba. 14 de novembro,<br />
2011.<br />
BENATO, Sirlene <strong>do</strong> R. C. Entrevista cedida a Talise D. Gasparetto. Curitiba. 29 de novembro,<br />
2011.<br />
Volume 1, edição 1