baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial
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No estúdio, era tudo uma continuidade da minha<br />
casa, aquelas câmeras, aqueles cenários, aqueles<br />
cabos, aquelas pessoas, era o meu cotidiano, era<br />
todo dia, toda hora. A gente morava no Sumaré,<br />
perto dos estúdios da TV Tupi. De manhã, eu<br />
estudava, como qualquer criança. Fiz o jardim de<br />
infância e o primário no Instituto de Educação<br />
Caetano de Campos, um colégio do governo na<br />
Praça da República.<br />
À tarde eu ia para a TV trabalhar, ensaiava e à<br />
noite entrava ao vivo. Cruzava com meus pais<br />
pelo estúdio mas eles não ficavam no meu pé,<br />
já que não estavam lá para me acompanhar,<br />
mas para atuar. A gente não era de fora, era<br />
de dentro. Como já disse, nós praticamente<br />
morávamos lá, era todo dia, o dia inteiro. Para<br />
se entender a TV naquela época, é importante<br />
esquecer essa ideia de indústria, era uma coisa<br />
quase que familiar.<br />
Eu acho que neste começo só havia uma novela<br />
no ar, mas tinha a TV de Vanguarda, a TV de<br />
Comédia, o Grande Teatro Tupi, tinha comerciais,<br />
de modo que nós três estávamos s<strong>em</strong>pre<br />
trabalhando <strong>em</strong> alguma coisa. Fui independente<br />
desde o começo, e d<strong>em</strong>orou para eu trabalhar<br />
com os meus pais. Eles, claro, nunca se opuseram,<br />
foi tudo muito natural, aconteceu e pronto.